ESTUDO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO FRENTE AOS DESAFIOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA FÍSICA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12092800


Paula Dielly Lopes da Silva1; Adriana de Miranda Santiago Terra2; Phamilla Lima Ribeiro3; Rúbia Caetano Cardoso4; Euripedes Martins da Silva5; Rômulo Caldeira de Souza Maia6; Alessandra Martins Correia7; Claudeilda de Morais Luna8; Adonaldo Avelino de Oliveira9; Marllos Peres de Melo10


RESUMO

Vários fatores podem ser associados à primeira dificuldade, dentre elas, destaca-se a dificuldade do professor em reparar seu conteúdo uma vez que o mesmo enfrenta o desinteresse dos alunos, conteúdos e metodologias desatualizados e metodologias ultrapassadas que não acompanham a linguagem atual. Essa situação se agrava mais ainda quando inserida em um ambiente de pandemia e reclusão social em escala mundial. Esta pesquisa trata-se de um trabalho de revisão de literatura onde objetivou-se responder uma questão principal: quais seriam as ferramentas digitais de comunicação e informação ideais no processo de ensino e aprendizagem durante o período de pandemia? Uma das conclusões que este trabalho levantou está relacionada a falta de atualização do ensino da disciplina em relação às linguagens modernas de comunicação, bem como os ensinos “mecânicos” que são executados em sala de aula. As ferramentas digitais vem como solução para estes dois cenários, auxiliar o professor neste processo e aproximar o mesmo com seu aluno em tempos de reclusão social devido a pandemia mundial.

Palavras-chave: Ensino de Física. Desafios. Pandemia. Aprendizagem.

ABSTRACT

Teaching and learning physics has never been an easy task for both teachers and students due to the reputation of “difficult subject” that it carries. The world of teaching and learning physics has been questioned by authors regarding the way the discipline has been worked on in recent years. Several factors can be associated with the first difficulty, among them, it highlights the difficulty of the teacher in repairing its content since it faces the students’ lack of interest, outdated content and methodologies and outdated methodologies that do not follow the current language. This situation is even more aggravated when inserted in an environment of pandemic and social seclusion on a world scale. This research is a work of conclusion of a physics course elaborated in the form of a literature review where the objective was to answer a main question: how to study with the use of digital technologies of communication and information in face of the teaching and learning challenges of in times of Covid-19 pandemic? One of the conclusions that this work raised is related to the lack of updating of the teaching of the discipline in relation to modern communication languages, as well as the “mechanical” teachings that are performed in the classroom. The digital tools come as a solution to these two scenarios, to help the teacher in this process and to bring him closer to his student in times of social confinement due to the world pandemic.

Keywords: Physical; Challenges; Pandemic; Learning.

1. INTRODUÇÃO

As últimas décadas ficaram marcadas por serem um período de grande evolução na produção de conhecimento de um modo geral. Houveram inúmeras transformações de cunho político, econômico e educativo na sociedade. Tais transformações se devem às inovações tecnológicas que possibilitaram a universalização da informação. 

Quando se fala em tecnologia, logo se percebe que esta evolução influencia diretamente na vida das pessoas. Transformou o homem, sua conduta, bem como a sua maneira de obter conhecimento, principalmente quando se fala no ensino escolar coletivo (ARAÚJO, et al., 2017).

Em questão de poucos segundos, obtemos informações de todos os lugares do planeta, seja sobre a situação econômica dos países, culturas, novidades tecnológicas, isso tudo sem a necessidade de se deslocar. No âmbito da educação e principalmente na sala de aula, as tecnologias de comunicação e informação atuam como ferramenta importante no ensino coletivo. Esta se configura como uma aliada para ser utilizada no que diz respeito a explorar e despertar o interesse e a curiosidade ao aluno (KLEIN; STAUB; VELTER, 2017).

Diante disto, todas as áreas e disciplinas trazem seus desafios no que diz respeito ao ensino na coletividade e não é diferente no ensino da física. A Física vem se tornando cada vez mais um componente curricular de difícil aprendizado por vários motivos, entre esses os quais se pode destacar a abordagem tradicional aplicada pelos professores, valorizando-se a memorização de conceitos e fórmulas. Neste sentido. Algumas dessas dificuldades podem ser amenizadas quando se fala nos benefícios que as tecnologias de comunicação e informação podem trazer. (OLIVEIRA DA SILVA, 2018).

Este trabalho abordará o uso das tecnologias de informação e comunicação frente aos desafios  do ensino e aprendizagem da disciplina  de Física, bem como mostra como estes recursos podem servir como caminho para um melhor aprendizado coletivo no âmbito da sala de aula.

1.1 Problemas de Pesquisa

Mediante as dificuldades que professores encontram no que diz respeito ao ensino e aprendizagem da disciplina de física, este trabalho traz a seguinte pergunta como problema a ser respondido: quais seriam as ferramentas digitais de comunicação e informação ideais no processo de ensino e aprendizagem durante o período de pandemia?

1.1.1 Hipóteses

Em tempos de reclusão social, a tecnologia serviu como meio de comunicação entre aluno e professor. Esta por sua vez, foi duramente criticada por muitos como possível vilã no processo de ensino e aprendizado. No ano de 2020, esta ferramenta tornou-se a salvação no ensino a distância. Diante disto e das informações apresentadas até aqui, a hipótese levantada neste trabalho é que as tecnologias de comunicação e informação podem auxiliar o professor tanto em tempo de reclusão social como pode servir de saída para as dificuldades estruturais enfrentadas pelos docentes no ensino da física.

1.2 Justificativa

O motivo da escolha deste tema para ser abordado como eixo principal deste trabalho é a necessidade de expor as tecnologias de comunicação e informação como aliadas do processo coletivo de ensino e aprendizado. Pouco ainda se fala sobre os verdadeiros benefícios que as ferramentas digitais podem oferecer tanto para o professor quanto para o aluno. Assim como abordado no tópico anterior, a tecnologia para a não ser mais enxergada como vilã do processo de ensino e aprendizado, no ano de 2020 passou a ser vista como a única saída para dar continuidade ao ensino.

Parte daí a necessidade da ciência estudar mais sobre os benefícios que as tecnologias trazem para sala de aula, tanto para aperfeiçoar os processos já existentes como para solucionar deficiências no ensino.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivos Gerais

Este trabalho tem como eixo principal em seu objetivo geral, estudar o uso das tecnologias de comunicação e informação frente aos desafios do ensino e da aprendizagem da física.

1.3.2 Objetivos Específicos

  • Caracterizar as dificuldades enfrentadas pelos professores no ensino e aprendizagem da física;
  • Identificar como as tecnologias de digitais podem auxiliar os professores no caminho do ensino e aprendizagem frente às dificuldades enfrentadas;
  • Reconhecer o impacto e a eficiência das ferramentas digitais no processo de ensino e aprendizagem.
  • Distinguir as metodologias e o uso das tecnologias de comunicação no auxílio do ensino e aprendizagem durante o período de pandemia e reclusão social.

2. METODOLOGIA

A presente pesquisa teve origem em um trabalho de conclusão de curso de graduação em Licenciatura em Física – Universidade Federal do Tocantins. Neste sentido, o mesmo configura-se como um artigo de revisão de literatura, ou seja, foi elaborado com base em pesquisas já publicadas anteriormente em plataformas disponíveis na internet.

Como base para a procura de trabalhos publicados, utilizou-se alguns recursos como a plataforma Scielo, Google Acadêmico e as bases da Cnpq para pesquisa dos artigos científicos de pesquisa inéditas e revisões de bibliografia. Foram utilizados ainda, monografias, dissertações, teses e livros que abordassem questões relacionadas às tecnologias de comunicação e informação para o ensino e aprendizagem, bem como contribuições para o âmbito do ensino da física.

Caminhando na mesma perspectiva de Araújo e Uchôa (2014), partindo do ponto da discussão, será feito um panorama acerca dos objetivos a serem respondidos. Por meio da pesquisa na literatura, será feito um diagnóstico das dificuldades enfrentadas pelos docentes e discentes no que diz respeito à formação de conhecimento na disciplina de Física, bem como os desafios enfrentados pelos educadores nos tempos atuais de pandemia e reclusão social.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 O Professor, o Ensino e a Tecnologia

Com a proliferação de cursos na internet, os professores universitários terminam sendo estimulados a participar, seja como aluno, seja como docente, dessas experiências. Os modelos desses cursos variam desde cursos estritamente expositivos a outros baseados numa interação mais intensa, buscando uma formação crítica. O docente, muitas vezes novato no uso das tecnologias, embora se sentindo curioso e desejoso de participar destes novos espaços de aprendizagem, percebe-se despreparado. Outras vezes, acredita-se preparado para enfrentar estas novas situações que se apresentam e depara-se com questões até então desconhecidas para ele como, por exemplo, as relativas à interação online onde os desafios que se apresentam passam não somente pela importância de motivar a participação online dos alunos como também pela necessidade do próprio docente atuar de forma ativa nas discussões (LARROSA,2005).

Para Marcelo (2009, apud MENDES, e BACCON, 2005), nos dias de hoje, ser professor se configura em compreender que tanto os alunos como o conhecimento transformam-se muito rapidamente, mais do que o que estávamos habituados, e para continuar respondendo adequadamente ao direito discente de aprender é preciso que os professores se esforcem também para continuar aprendendo. Dito de outro modo, não é só a tarefa de ensinar aos alunos, de fazê-los aprender, mas também é necessário o esforço do professor para continuar aprendendo para poder ensinar.

Com a fala dos autores, tem-se a ideia de que ser um profissional do ensino não é simples, pois é necessário considerar a intencionalidade da atividade docente, mas também não podemos esquecer que ser professor é se relacionar, é estar imerso nas relações interpessoais, e se fazer delas para efetivar sua função. Ser profissional do ensino, na sociedade contemporânea, não é tarefa fácil visto que existem muitos fatores que influenciam no exercício profissional docente, desde sua formação a constituição profissional.

Acredita-se que podemos criar condições, ou seja, um conjunto de estratégias para que o sujeito desenvolva competências relacionadas a algo ou alguma coisa. Necessariamente, o conjunto de estratégias definidas para alguém ou para um grupo que se reúne por afinidades ou necessidades poderá ser replicado e oferecer resultados idênticos em outro contexto. Isso pressupõe uma abordagem customizada que leve em consideração as situações reais do cotidiano da ação docente (ZABALA; ARNAU, 2010).

Nesse sentido, a forma que cada sujeito encontra para ativar os recursos é particular. Isso porque as tomadas de decisões estão pautadas nas experiências e nos elementos que envolvem uma competência. Contudo, qualquer competência se manifestará na ação do sujeito, porque é através dela que podemos identificar como os recursos foram mobilizados. Percebe-se que a formação docente ainda necessita mobilizar-se no sentido de articular a teoria com a prática, e vice e versa, para formar professores cada vez mais capacitados em uma sociedade conectada (BEHAR, 2013).

3.2 A docência da física – aspectos gerais

Se analisado o contexto histórico, perceber-se-á que a educação básica brasileira foi modificada por meio de algumas mudanças como a LDB e PCNs, Ensino por competências, e etc. Algumas dessas mudanças refletiram diretamente no âmbito escolar. Assim como nas demais ciências, a Física em específico, por muito tempo foram severamente criticadas por serem formas de conhecimento completamente fora da realidade. Em 1996 houve a aprovação da nova LDB – Lei de Diretrizes Básicas lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que embutiu uma nova forma de conceber a educação, junto com ela houveram medidas governamentais elaboradas com o intuito de modificar o cenário da educação no Brasil. Especificamente na área do ensino da física, as modificações localizaram-se primeiramente nos objetivos do ensino, a partir de então passou a ter uma função de formação, ou seja, preparar o cidadão para a sociedade. Em outras palavras, o ensino passa a ser a base necessária para a formação do cidadão e de tudo aquilo que ele necessita para sua sobrevivência (PIETROCOLA, 2002).

Oliveira da Silva (et al., 2018) ressalta alguns avanços que foram importantes para a educação brasileira e que implicaram diretamente no ensino da física no Brasil:

  • No ano de 1996 foram criados também os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCNEM (BRASIL, 2002b);
  • Logo em 1997 continuou a evolução com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação – DCN (BRASIL, 2002a);
  • No ano de 2001, o tão esperado Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, em 1998, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE (BRASIL, 2004);
  • Por fim, no ano de 2008, a Política Nacional de Educação Especial Na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008).

Falando de um modo geral, o ensino da Física tem se tornando um forte componente curricular, no entanto de difícil aprendizado. Porém, para Oliveira da Silva (et al., 2018), abordagem tradicional utilizada pelos professores, cuja a qual valoriza mais a memorização de fórmulas e conceitos, tem-se tornado um fator que serve de dificuldade no que diz respeito ao processo de ensino e aprendizagem. Outro fato que implica neste processo é a falta de estrutura adequada nas unidades escolares brasileiras que acaba se tornando um fator implicante para o desinteresse por parte dos discentes pela disciplina. Neste sentido, muito se discute o papel do professor, de como ele tem promovido o ensino, como o mesmo utiliza os recursos disponíveis e quais estes recursos (OLIVEIRA DA SILVA, Et al., 2018). Para Costa e Barros (2015), isto se torna um enorme obstáculo pedagógico no que diz respeito ao sucesso do ensino e aprendizagem em todos os níveis de escolaridade.

3.3 Aprendizagem e as tecnologias de comunicação e informação

O conceito aprendizagem é basicamente definido como o processo de aquisição e/ou modificação de suas competências, habilidades, conhecimentos, comportamento e valores através de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação, segundo Gomes da Silva (2017). Essa é uma das mais importantes funções mentais no que diz respeito à evolução do indivíduo, tanto para si mesmo como para a sociedade.

Observando a próxima figura, nota-se que o ser humano já nasce disposto a “aprender”, absorvendo conhecimento para a sua sobrevivência, no entanto, o mesmo necessita de estímulos internos e externos para instigar tal processo. Algumas habilidades são consideradas como nativas como o ato de aprender a falar, aprender a andar, pois estão ligados ao processo de amadurecimento físico e psicológico da pessoa. Tudo isso pode ser consequência do que acontece é a mesma vivência no meio social no qual o indivíduo está inserido, pois o ambiente favorece mudança em sua conduta (GOMES DA SILVA, 2017).

Figura 1 – Alunos de Licenciatura em Física inserindo crianças no mundo da Física de maneira improvisada.

Fonte: Globo Educação(2019).

Para Jacometo e Yabile (2017), entende-se a aprendizagem como um processo dinâmico e interativo da criança com o mundo que a cerca, garantindo-lhe a apropriação de conhecimentos e estratégias adaptativas a partir de suas iniciativas e interesses e dos estímulos que recebe de seu meio social. Diante do exposto acima, este trabalho traz como objetivo principal, discutir como trabalhar na coletividade o processo de aprendizagem dos alunos mediados pelas tecnologias da comunicação e informação.

“O conceito de aprendizagem emergiu das investigações empiristas em Psicologia, ou seja, de investigações levadas a termo com base no pressuposto de que todo conhecimento provém da experiência. Isso significa afirmar o primado absoluto do objeto e considerar o sujeito como uma tabula rasa, uma cera mole, cujas impressões do mundo, fornecidas pelos órgãos dos sentidos, são associadas umas às outras, dando lugar ao conhecimento. O conhecimento é, portanto, uma cadeia de ideias atomísticamente formada a partir do registro dos fatos e se reduz a uma simples cópia do real (GIUSTA, 2013, p. 22)”.

Percebe-se que, cada vez mais, surgem novas formas de se comunicar, e, com isso, altera-se a forma como percebemos o mundo, o tempo, os espaços, os sentimentos, a maneira de viver e de se relacionar, observe a figura 2 onde retrata bem esta afirmativa. Com o passar dos anos, uma descoberta potencializa uma próxima e sempre em prol de maximizar a inteligência e a capacidade do homem de evoluir e de se reinventar.

Figura 2 – Crianças no processo de aprendizado sendo auxiliadas por recursos tecnológicos.

Fonte: SM Educação(20129) 

No Brasil, há um aumento significativo de conhecimento organizado formalmente e publicado em forma de artigos científicos, livros, dissertações e teses impressas, além de fontes on-line, sobre as teorias, metodologias, ferramentas e aplicações em EaD nas mais diferentes áreas do conhecimento da docência.

Nem é preciso ir tão longe para analisar alguns dados. Como exemplo disto, podemos citar o Censo da Educação Superior de 2007, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, que constata a existência de 2.281 instituições com 23.488 cursos. Mesmo havendo indícios de uma queda no ritmo de criação de novas instituições, observamos uma ainda predominância do setor privado, com enorme número de faculdades (92,5%) e de centros universitários (96,7%). As universidades estão distribuídas em proporção aproximada entre setor público e privado, 52,5% e 47,5% respectivamente. As instituições privadas foram responsáveis pelo maior aumento de vagas: 196.189 novas vagas de graduação no ano de 2007. No particular de cursos oferecidos a distância constatamos um aumento de 19 Instituições de Ensino Superior oferecendo cursos de graduação nessa modalidade em relação às registradas no ano de 2006 (CASTRO, 2010).

Fica evidente que o Brasil adotou o ensino a distância como estratégia para a ampliação da oferta de cursos superiores, tanto na rede privada como na pública. Por volta do ano de 2002 o país contava com vinte e cinco instituições de ensino superior que ofertam curso de graduação na modalidade EAD, em 2007, este número passou para 97 instituições, representando um incremento de 288,0% no período (CASTRO; NETO, 2009, p. 100-101). O que mais se destaca é o crescimento de cursos para a formação de professores. “

O autor nos diz que a área de educação (pedagogia, normal superior e demais licenciaturas) nos anos 2000 e 2001 concentrava todas as matrículas da EAD, situação que permaneceu hegemônica até 2006, quando foram efetuadas 72,3% das matrículas nesses cursos.

Esses números demonstram o tamanho do desafio que o país tem pela frente e a repensar na formação inicial de professores, e também, na necessidade de formação continuada dos mesmos, com ações que superem a lógica de treinamento de professores, em prática no Brasil desde muito. A formação de professores, tanto a inicial como a continuada, tem sido objeto de intenso debate em todo o país desde sempre (MENEZES, 1996).

3.4 A formação de docentes

O primeiro elemento importante para caracterizar uma competência é o conhecimento que serve como base para qualificar a ação pedagógica. Acerca do processo de construção do conhecimento, considera-se o enfoque construtivista de Piaget, pois acredita-se que a construção do conhecimento ocorre através da interação entre o sujeito, o meio e suas estruturas. Logo, “a aquisição de conhecimento depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito, quanto da relação dele – sujeito – com o objeto” (BEHAR et al., 2013, p. 27).

Ao tratarmos da temática da formação de professores, num momento que acompanhamos uma verdadeira explosão do uso da educação por meio de recursos tecnológicos, terminamos na maioria das vezes, confundindo muitas expressões ligadas ao tema e misturando, em última análise, formação continuada, a educação a distância e online, o uso das tecnologias contemporâneas digitais e a própria noção de rede. Em muitas destas abordagens o que menos se vê é a discussão sobre educação propriamente dita (CASTRO, 2010).

Essa formação passa a se dar, então, a partir de sua própria prática ou de participação em eventos na área específica onde atuam, onde são abordadas as novidades e inovações técnicas para o ensino das disciplinas da área em questão. Aqui, pouco ou quase nada – se fala da educação no sentido amplo e também não são tratadas as questões relativas às concepções de currículo, das metodologias de ensino, das abordagens pedagógicas ou formas de aprendizagem adequadas à cultura contemporânea (LARROSA, 2005).

O elemento conhecimento, se bem articulado, permite que o docente conheça as ferramentas e suas possibilidades. Dessa forma, levar em consideração as boas práticas pedagógicas que estão sendo desenvolvidas por professores que buscam acompanhar, no mesmo compasso, as demandas da sociedade, é uma alternativa, visto que os docentes relataram que o contato com outros colegas permitiu conhecer possibilidades e recursos de forma rápida e contextualizada (BEHAR, 2013).

O professor como intelectual transformador deve estar comprometido com o seguinte: ensino como prática emancipadora; criação de escolas como esferas públicas democráticas; restauração de uma comunidade de valores progressistas compartilhados; e fomentação de um discurso público ligado aos imperativos democráticos de igualdade e justiça social (GIROUX, 1997, p. 28).

A experiência do docente como parte do seu processo formativo é, assim como propõe Jorge e Larrosa (2001, 2005), refletir mais sobre a própria docência online e as possibilidades do estabelecimento de redes de comunicação, formação e aprendizagem que articulem de forma intensa os diversos níveis da educação. Para essa reflexão há uma enorme demanda de tempo e de oportunidades para que ela aconteça. Na busca dessa formação mais adequada para a atuação na docência online, o profissional sai em busca de cursos e oportunidades para que essa formação se dê.

4. DISCUSSÃO

Este trabalho encontra-se até aqui mediante duas questões: a dificuldade do ensino da física mediante a precariedade enfrentada tanto em relação a professores com suas dificuldades, os alunos em relação ao processo de aprendizado e a solução para estes dois problemas não apenas no sentido de resolver tal questão. Mas estas problemáticas serão discutidas aqui mediante a um cenário mais delicado ainda: como estes processos podem ser enfrentados em tempos de reclusão social devido a pandemia mundial de 2020-2021?

Torna-se evidente que no atual contexto de reclusão social devido a pandemia e, levando em consideração o que fora escrito por Moreira (2018), as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) deveriam ser mais presentes no contexto do ensino da Física. Isso se deve ao fato de que algumas tecnologias eram vistas como vilãs e inimigas da sala de aula. Em tempos de pandemia, as tecnologias se mostraram não apenas como única solução em comunicação, mas também levantou questionamentos sobre a maneira que educadores têm transmitido seus conhecimentos aos alunos. Segundo este autor, isso não acontece como deveria. A preocupação com relação ao método de ensino da física é que esse ensino é quase o mesmo de sempre, resume-se em aulas expositivas, com conteúdo a partir da perspectiva do professor do que fora ensinado no ano anterior e não baseado na quantidade de preparo e conhecimento do aluno.

Moreira (2018) ainda enfatiza que partindo de uma perspectiva geral, o ensino da disciplina de física ainda é focado em instrumentos como listas de exercícios (na maioria das vezes, exercícios repetidos de períodos anteriores cujo os resultados já são de conhecimento dos alunos) , lousa, recursos midiáticos básicos como slides, livros com textos uniformes e sem conotação a provocação de curiosidade pela disciplina, apostilas antigas e xerocopiadas, conteúdos extremamente desatualizados, dentre tantas metodologias ultrapassadas.

Torna-se evidente de que este autor reflete sua preocupação com o fato de professores utilizarem apostilas e conteúdos únicos e padrões, na maioria das vezes são desatualizados e os alunos são submetidos a uma aprendizagem “mecânica” repleta de “decorebas”, fórmulas memorizadas e respostas pré estabelecidas. Os recursos midiáticos devem estar diretamente inseridos no processo educacional, Moreira (2018) retrata que alguns recursos como Simulações computacionais, laboratórios virtuais, modelagem computacional, já deveriam estar inseridos nas salas de aula, em especial naquelas escolas onde não se dispõe de recursos físicos suficientes.

Para Moreira (2018), alguns outros recursos como aparelhos celulares também podem fazer parte dos recursos e ferramentas a serem utilizados em sala de aula enquanto aprendizados. O autor parte do princípio de que algumas escolas não possuem instrumentalização necessária para um bom ensino da física, entretanto, mesmo frente a essa necessidade, a razão principal da inserção dos recursos de tecnologias digitais no âmbito do ensino ainda é focada no treinamento mecânico para provas avaliativas, onde o sentido é dar “respostas corretas” e no emprego de fórmulas conhecidas apenas no objetivo de resolver problemas conhecidos.   O autor ainda nos traz o seguinte questionamento: “isso é ensino da física”, logo o mesmo autor responde: “certamente, não!”.

Para Oliveira da Silva (2018), existem alguns outros problemas que são enfrentados no âmbito do ensino da física, mas que não são relacionados ao professor. Estamos falando de recursos físico didáticos adequados para as aulas,bem como materiais que atendam às necessidades do aluno no que diz respeito ao entendimento do conteúdo. O que o autor quer dizer é que o peso do ensino da física não deve cair todo dobre o professor, pois ele não é o único responsável. A unidade educacional para a qual ele presta seus serviços deve lhe proporcionar o mínimo de recursos básicos para que suas aulas sejam ministradas como sucesso e seus educandos consigam absorver todo o conteúdo. Além disso, o autor argumenta que eu a perspectiva que o aluno tem a respeito da disciplina é um resultado de como governo, secretarias de educação, direção de escola e professor tratam a matéria.

Neste sentido, partindo deste ponto de vista do autor, subentende-se que a disciplina de física é enxergada a partir de uma perspectiva ruim por conta do próprio tratamento que ela recebe, não por parte dos alunos, mas por parte de quem a direciona.

Bitencourt e Albino (2017) relatam que o professor ao entrar na academia de licenciatura da disciplina, o mesmo enquanto acadêmico é formado em um sentido, de instigar, ensinar e aguçar a curiosidade do aluno de modo que ele absorva o conteúdo e retenha o máximo possível de conhecimento, no entanto, os autores revelam uma preocupação que também é expressada por outros autores deste trabalho como Moreira (2018), Larrosa (2005), Castro (2010) e Behar (2013).

Partindo das perspectivas destes autores, os educandos quando se deparam com a realidade do ensino da física na realidade, são obrigados a suportarem a sobrecarga por conta de dois fatores. O primeiro está relacionado a falta de professores de física, neste sentido o mesmo fica sujeito a lecionar acima de sua carga horária, comprometendo assim seu bom desempenho. O segundo fator está relacionado a realidade “nua e crua”: mediante a falta de recursos necessários, os educadores ficam à mercê de apenas treinar seus alunos para provas, ensinando-os a responder “corretamente” a atividade avaliativa periódica.Por este fator, a disciplina de física acaba perdendo sua interdisciplinaridade e as rotinas usuais roubam a identidade da física em si. Os componentes curriculares não passam das áreas da mecânica clássica, além de que são abordados temas mais simples possível e frequentemente repetitivos. Outro fator preocupante é que toda a centralidade do ensino e aprendizagem é focada apenas no professor, nos modelos tradicionais, não há uso de tecnologias alternativas que possam tanto facilitar o trabalho do professor, como instigar o aluno em seu processo de aprendizado.

Para Moreira (2018), o resultado desse processo converge unicamente no aluno que ao invés de desenvolverem uma relação benéfica com a disciplina (assim como é esperado em uma aprendizagem significativa), alguns chegam a dizer que “odeiam” a física.

No entanto, qual a real necessidade da inserção das tecnologias de informação no processo de ensino da física? Para esta resposta, Bitencourt e Albino (2017) ressaltam que a utilização destes recursos no ambiente educativo como estratégia aliada ao ensino e aprendizagem trazem para as instituições de ensino diversas opções de recursos didáticos de modo que lhes dê oportunidade de atender as diferenças entre um âmbito educacional e outro.

Em outras palavras, os autores querem dizer que algumas instituições apresentam estruturas e recursos pedagógicos diferentes. Neste sentido, a tecnologia se mostra como uma ferramenta democrática já que com um celular ou computador com acesso à internet, todos podem ter acessos aos mesmos recursos.

Zeide (Et al., 2016) acredita que os professores possam ensinar de forma personalizada através dos recursos digitais. Os autores partem da premissa de que mesmo sendo uma disciplina de conteúdo complicado, é possível acompanhar a evolução dos alunos em sua coletividade e particularidade, em outras palavras, é possível ensinar de forma igualitária mesmo mediante as necessidades e dificuldades diferentes de cada aluno.

Zeide (Et al., 2016) entrevistaram alguns professores em sua pesquisa e constataram que grande parte dos entrevistados apoiam a aprendizagem aliada a tecnologia como alternativa dentro do processo de ensino da física. A maioria dos professores acreditam que possam ter um ensino personalizado, além de estar inserido no mundo e na linguagem dos alunos que se atualiza com uma velocidade muito maior do que a dos professores. Os autores ainda argumentam que o índice alto de professores entrevistados que apoiam o uso de tecnologia como uma ferramenta no processo de ensino se deve ao fato de que já percebeu-se que instrumentos digitais e seus mais diferentes suportes são os preferidos dos jovens em fase escolar.

Isso não significa que os livros e materiais tradicionais deverão ser esquecidos, mas deverão estar incluídos, dentro das ferramentas digitais, não apenas como uma ferramenta auxiliar, mas como uma ferramenta principal, um pilar, um componente que faz parte do processo em si.

A partir deste ponto de vista, este trabalho selecionou dois aplicativos que podem ser utilizado dentro desta realidade, de inserir a tecnologia dentro do ensino da física com o intuito de atualizar-se com relação a linguagem dos alunos, bem como ferramentas que do mesmo modo são soluções para o processo de ensino mediante o cenário de reclusão social devido a pandemias mundiais.

4.1 Zoom

De acordo como informações disponibilizadas em setores do próprio site da Zoom A plataforma Zoom, é um aplicativo de celular e programa para computador que permite com que várias pessoas possam fazer videoconferência diretamente do seu celular ou computador (Zoom, 2020).

Este recurso está disponível para baixar gratuitamente em qualquer dispositivo celular e computador, além de ser acessível para todos os públicos.

No caso de professores e educadores, essa ferramenta permite a realização de reuniões e aulas. Outra vantagem é que o professor pode transmitir sua tela do computador onde pode explicar todo o conteúdo de suas aulas. Após o término das aulas, o aplicativo permite ainda gravar todo o vídeo e disponibilizar para os alunos assistirem posteriormente.

No caso de alunos com dificuldades no processo de aprendizado da física, o professor pode estar em contato direto e estimular as habilidades tanto com relação ao conteúdo da aula como as habilidades sócio comunicativas.

Professores podem montar grupos separados de alunos, grupos de turmas específicas para acompanhamento dos alunos. O educador pode acompanhar o desenvolvimento de cada aluno bem de “perto”, saber das dificuldades de cada um, além de que o aluno pode conversar de forma particular com o professor e desta maneira, sanar as dúvidas e até relatar alguma dificuldade particular.

Figura 3 – Plataforma ZOOM

Fonte: Zoom (2020)

Dentro desta plataforma o professor poderá fazer uso de recursos disponíveis na internet como simulações de experimentos e diversas outras possibilidades, compartilhar sua tela do computador onde os alunos acompanharão tudo ao vivo de maneira igual.

Em outras palavras, dois problemas são resolvidos momentaneamente (lembrando que o trabalho está falando do processo de ensinomediante reclusão social): as deficiências no processo de ensino e aprendizagem dos mesmos processos em tempos de pandemia. Neste momento de uso da plataforma, o professor trará toda sua carga pedagógica de formação para ser inserida no contexto de linguagem dos jovens, moderna, atualizada e de uma velocidade maior do que a dos demais adultos.

4.2 Google Meet

O Google é uma grande empresa de abrangência mundial. Dentre os diversos que a empresa disponibiliza para seus usuários, uma novidade não muito recente é o Meet. O Hangouts Meet, é um aplicativo do Google para sistemas de celular Android, iOS e web que oferece videochamadas pelo celular ou computador. O que chama atenção nessa ferramenta é sua aparência simples e manuseamento simplificado que permite com que o aluno no processo de aprendizado da física possa se comunicar com seu professor, além de poder participar de aulas, reuniões e seminários pelo computador.

O aplicativo também permite com que o educador transmita sua tela do computador, fazendo assim apresentação de slides, experimentos assistidos por computador, filmes, vídeos, fotos e aulas verdadeiramente completas. O aluno pode começar a ser inserido no âmbito científico mesmo que haja alguma dificuldade com relação a compreensão do conteúdo.

Antes mesmo do grande advento dessas tecnologias na última década, autores como Maçada, Sato e Maraschin (2011), já argumentavam que essas tecnologias digitais oferecem para escola, possibilidades de promover e desenvolver projetos que incluam toda a comunidade estudantil, tudo isso girando em torno da construção de conhecimento para o mesmo e contribuindo ainda mais para o aperfeiçoamento dos professores.

Figura 4 – Google Meet

Fonte: Google (2020)

Ainda segundo Zeide (2016) ainda cita seu próprio trabalho de 2010 para fazer o seguinte questionamento, se um maior número de professores que trabalhassem com os alunos nos laboratórios com ambientes digitais com projetos de aprendizagem, nos quais os alunos desenvolvem suas competências e habilidades, certamente teríamos melhores resultados no processo de aprendizagem.

Ainda há uma ferramenta chamada Phet Colorado. Neste site há ferramentas que podem auxiliar no ensino prático da química, física, matemática, ciências da terra e biologia. De acordo com informações obtidas no próprio site, PhET oferece simulações de matemática e ciências divertidas, interativas, grátis, baseadas em pesquisas. “Nós testamos e avaliamos extensivamente cada simulação para assegurar a eficácia educacional. Estes testes incluem entrevistas de estudantes e observação do uso de simulação em salas de aula. As simulações são escritas em Java, Flash ou HTML5, e podem ser executadas on- line ou copiadas para seu computador”. Todas as simulações são de código aberto (ver nosso código fonte). Vários patrocinadores apoiam o projeto PhET, permitindo que estes recursos sejam livres para todos os estudantes e professores (PHET, 2021).

Por último e não menos importante, este trabalho destaca ainda a ferramenta “Google Classroom” que trata-se de uma sala virtual onde é possível disponibilizar materiais didáticos, além de que permite ainda a aplicação de questionários e atividades avaliativas de forma online.

5. CONCLUSÃO

Mediante o exposto pelo trabalho, é possível chegar a algumas considerações finais a respeito do processo de estudo auxiliado pelo uso de tecnologias mediante os desafios do ensino e aprendizagem da física nos tempos de pandemia do COVID-19.

Ao observar os autores, percebe-se que as dificuldades enfrentadas não são novas e já deveriam ser atendidas e solucionadas há tempos. As dificuldades enfrentadas vão desde materiais desatualizados, linguagens de ensino e comunicação ultrapassadas, atividades mecânicas e padronizadas onde o aluno é treinado apenas a responder “correta” as questões das apostilas e provas, além da falta de preparo da academia em instigar o professor a buscar atualização para a sua linguagem de ensino, uma vez que vivemos em um mundo totalmente digitalizado e informatizado. Deve-se salientar ainda que alguns autores ainda revelam sua preocupação com relação a carga horária dos professores que ao invés de exercer suas atividades de forma correta, a maioria são obrigados a diminuir a qualidade de seu trabalho para atender uma carga horária bem maior, consequentemente, um número maior de alunos.

Neste sentido, as tecnologias de comunicação e informação podem auxiliar o professor em dois aspectos interessantes, o primeiro é com relação a atualização de sua linguagem de comunicação enquanto educador, pois como o uso das tecnologias, o mesmo estará em conformidade com a linguagem com a qual seus alunos se comunicam, uma vez que estamos em uma sociedade totalmente tecnológica. O segundo aspecto está relacionado à possibilidade de explorar recursos que possam simular aulas e experimentos de física de modo que todos os alunos acompanhem e consigam absorver todo o conteúdo da aula.Os alunos, por serem de pouca idade, têm um raciocínio mais ágil quando se fala em tecnologia, com contrapartida de metodologias usuais que são em sua maioria, desatualizadas. Isso fará com que o professor explore mais recursos, claro, de maneira virtual, no entanto atenderá as necessidades do aluno e ministrará sua aula com grande desempenho.

Por fim, para todos os processos aqui elencados, existem duas plataformas que são muito utilizadas nos dias atuais quando se trata do estudo escolar em geral, em especial o ensino da física. As plataformas Google Meet e Zoom podem auxiliar o professor no sentido de estar “mais próximo” de seus dias durante o período no qual deve-se evitar aglomerações para que não haja disseminação do COVID-19.

Em resumo, estudar com o uso dessas tecnologias digitais de comunicação e informação frente aos desafios dos dias atuais do próprio ensino e aprendizado em meio a um caos de pandemia, podem aproximar aluno e professor e de uma vez só, resolver dois problemas básicos que foram apresentados neste trabalho, os desafios do ensino da física e suas ramificações e este mesmo desafios   em meio a um cenário de afastamento social. Por fim, este estudo revela que tanto professores, quanto a metodologia de ensino deveria estar bem mais atualizada do que se percebeu.

As dificuldades enfrentadas se devem mais ao fato de que professor, escola e conteúdo estão atrasados em relação à linguagem moderna e tecnológica do que a dificuldade do ensino da física propriamente dita. Subentende-se então que, a tecnologia possa ser uma saída para reverter o cenário da física como uma disciplina “difícil”.

REFERÊNCIAS

ALTENFELDER, Anna Helena. Desafios e tendências em formação continuada. Constr. psicopedagoga. v. 13, n. 10, 2005. ISSN 1415-6954.Disponível em: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-695420050001 00004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 08 de março de 2002.

ARAÚJO, Marcus de Souza. EaD em tela: docência, ensino e ferramentas digitais. Rev. bras. linguist. apl., Belo Horizonte, v. 14, n. 3, p. 735-741, setembro de 2014.

BACCON, A. L. P. Um ensino para chamar de seu: uma questão de estilo. 169f. Tese(Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011.

BEHAR, Patrícia Alejandra (Org.). Competências em educação a distância. Porto Alegre: Penso 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES nº. 9, de 11 de março de 2002. Brasília, DF, 2002a.

BRASIL. Ministério da Educação. PCN+Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências da Natureza Matemática e suas Tecnologias: Física. Brasília: MEC, 2002b.

BRASIL. Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Brasília, DF, 2004.

CANDAU, Vera M. F. Novos rumos da licenciatura. Brasília: INEP; Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 1987. 93 p.

CAMPOS, D. M. de S. Psicologia da aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1987.

COELHO, M. T; JOSÉ, E. A. Problemas de Aprendizagem. São Paulo: Ática, 1999.

CASTELLS, Manuel. The Rise of the Network Society. Blackwell, 1996.

CASTRO, Jorge Abrahão de; AQUINO, Luseni (Org.). Juventude e Políticas Sociais no Brasil. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Brasília, abril de 2008. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/tds/td_1335.pdf>. Acesso em 08 de março de 2002.

COSTA, L. G.; BARROS, M. A. O ensino da física no Brasil: Problemas e desafios, in:… Formação de professores, complexidade e trabalho docente, PUC-PR, Curitiba – PR, 26 a 29 de outubro de 2015. Disponível em: <https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/21042_8347.pdf>. Acesso em 12 de nov. de 2020.

DIAS, Leila. Redes: emergência   e   organização.   In:   CASTRO, J.   E. etal. (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil.

GIROUX, H. A. OS   PROFESSORES COMO   INTELECTUAIS: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

GIÚSTA, A. da S. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas. Educação Em Revista, Belo Horizonte, v. 29, n. 01, p. 17-36, mar. 2013. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/edur/v29n1/a03v29n1.pdf>. Acesso em: 15 de jan. de 2021.

KLEIN, R.; STAUB, K. WELTER, M. P. Tecnologia na Educação: aliada ou vilã? Resumos 6º SEMIC, 2017. Disponível em: <http://faifaculdades.edu.br/eventos/SEMIC/6SEMIC/arquivos/resumos/RES25.pdf>. Acesso em: 15 de jan. de 2021.

LARROSA, Jorge. Nietzsche & a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2. ed. 1ª.Reimp. 2005.

MAÇADA, Débora Laurino; SATO, Luciane Sayuri; MARASCHIN, Cleci. Educação sem Distâncias: uma experiência de convivência em ambiente digital de aprendizagem. Revista Informática na Educação, Florianópolis, 2001. Disponível em: http://www.nied.unicamp.br/oep/pub/art_ead_sem_dist_cleci_lec.pdf>. Acesso em 12 de nov. de 2020.

MENEZES, Luis Carlos (Org.). Formação continuada de professores de ciências no contexto ibero-americano. Campinas: Autores Associados/NUPES, 1996.

MOREIRA, Marco Antonio. Uma análise crítica do ensino de Física. Estud. av., São Paulo, v. 32, n. 94, p. 73-80, Dez. 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142018000300073 &lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 22 Jan. 2021.

MOORE, M.   G. KEARSLEY, G. Educação a distância: sistemas de aprendizagem on-line. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

OLIVEIRA DA SILVA, P. O. Et al. Os desafios do ensino e aprendizagem na física no ensino médio. Rev. Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente. Ariquemes, v. 9, n. 2, p. 829-843, jul.-dez. 2018. Disponível em: <http://repositorio.faema.edu.br/bitstream/123456789/2458/1/Artigo%20Patrick.pdf>. Acesso em: 15 de jan. de 2021.

PERRENOUD, Philippe; THURLER, Mônica Gather. As competências para ensinar no século XXI a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre, Artmed, 2002.

PRETTO, Nelson De Luca. UMA ESCOLA SEM/COM FUTURO: Educação e multimídia. São Paulo: Papirus Editora, 1996.

PIETROCOLA, M. Reformulação Curricular dos Cursos de Física. Rev. Bras.Ensino Fís., São Paulo, v. 24, n. 3, p. 259, Set. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172002000300001 &lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 15 de jan. de 2021.

SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. 2. ed. São Paulo, Paulus, 2011.

SILVA, N. G. As Práticas Pedagógicas no Ensino Fundamental: Superando Problemas com Atividades Lúdicas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 08. Ano 02, Vol. 01. pp 103-133, Novembro de 2017. ISSN:2448-0959. Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/atividades-ludicas>. Acesso em: 15 de jan. de 2021.

VASCONCELLOS, C. dos S. Construção do Conhecimento em sala de aula. Cadernos Pedagógicos do Libertad. São Paulo, 1993.

WRUCK, D. F. Desenvolvimento e aprendizagem na escola/Dianne Françoise Wruck, Fernanda Germani de Oliveira. – Blumenau: Edifurb: Gaspar: ASSEVALI. Educacional, 2008.
ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010.


1pauladiellylopes@gmail.com. Licenciatura em Física (UFT)Gestão Pública (IFTO)
2Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional – Universidade de Taubaté (2012). Especialista em Educação Especial pela Facinter Areiopólis – SP (2002), Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Gurupi (2000).
3limaribeiropham@gmail.com. Especialista em Contabilidade Tributária pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Marabá (FACIMAB) e em Gestão Pública pela Universidade Anhanguera (UNIDERP)
4rubiacaetano9@gmail.com docente Unirg e mestra em Ciências Contábeis. Docente na Universidade de Gurupi – UNIRG.
5euripedesjunior1211@gmail.com Graduação em Administração Pós graduação em gestão de pessoas e Gestão do Agronegócio *Mestrando em educação profissional e tecnológica.
6romulosouzamaia@gmail.com Graduação – Administração de Sistemas de Informação. Especialização – Metodologia da Pesquisa Científica. Gestão Educacional. Mestrado – Administração e Desenvolvimento Organizacional.
7alessandra2778@gmail.com Doutoranda pela FUCAPE Business School, em Ciências Contábeis e Administração em âmbito profissional e docente na Universidade de Gurupi – UNIRG. 
8cmluna.claudialuna@gmail.com. Especialista em planejamento e gestão empresarial
9Economista, especialista em administração hospitalar. Docente na Universidade de Gurupi – UNIRG.
10marllosperes@unirg.edu.br-  Doutor em produção vegetal pela UFT. Docente na Universidade de Gurupi – UNIRG.