O PAPEL DA ENFERMAGEM NO CUIDADO HUMANIZADO ÀS MÃES DIANTE DO ÓBITO NEONATAL

THE ROLE OF NURSING IN THE HUMANIZED CARE OF MOTHERS IN THE FACE OF NEONATAL DEATH

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11620816


Claudia Ebner
Mirelle Galhardo de Freitas Oliveira
Raphaela Pereira de Araújo Coelho
Stella Januária de Souza Brito


RESUMO

A perda fetal é um evento traumático que afeta as mulheres e suas famílias, após a perda, sentimentos como culpa, impotência e fracasso são comuns, além da busca por explicações ou justificativas para o ocorrido durante a gestação. Esse processo de luto pode envolver uma ampla gama de emoções, incluindo frustração, decepção, revolta, tristeza, culpa e choro. Para lidar com essa situação delicada, é essencial que os profissionais de saúde ofereçam uma assistência completa, humanizada e holística. Tal fato está além da assistência médica, envolvendo também suporte emocional para enfrentar esse momento difícil. No entanto, muitas vezes, a equipe de saúde não está devidamente preparada para lidar com a complexidade emocional desse cenário, o que pode resultar em uma falta de habilidade para oferecer o suporte necessário. Portanto, é crucial que haja um investimento na capacitação e sensibilização da equipe de saúde para que possam oferecer uma assistência mais adequada e compassiva às mulheres que enfrentam a perda fetal, reconhecendo e abordando tanto as necessidades físicas quanto emocionais dessas pacientes e suas famílias.

Palavras-chave: Enfermagem; Mães; Óbito; Neonatal.

ABSTRACT

Fetal loss is a traumatic event that affects women and their families. After the loss, feelings such as guilt, impotence and failure are common, as well as the search for explanations or justifications for what happened during pregnancy. This grieving process can involve a wide range of emotions, including frustration, disappointment, anger, sadness, guilt and crying. In order to deal with this delicate situation, it is essential that health professionals offer complete, humanized and holistic care. This goes beyond medical assistance and also involves emotional support to face this difficult moment. However, the healthcare team is often not properly prepared to deal with the emotional complexity of this scenario, which can result in a lack of ability to offer the necessary support. Therefore, it is crucial that there is an investment in training and sensitization of the healthcare team so that they can offer more adequate and compassionate care to women facing fetal loss, recognizing and addressing both the physical and emotional needs of these patients and their families.

Palavras-chave: Enfermagem; Mães; Óbito; Neonatal.

1 INTRODUÇÃO

A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um setor hospitalar especializado no cuidado de neonatos de zero a 28 dias de vida, especialmente aqueles que apresentam alto risco de complicações. Com uma equipe médica e de enfermagem disponível 24 horas por dia, a UTIN oferece suporte vital completo. Os pacientes atendidos abrangem uma ampla gama de casos, predominantemente neonatos pré-termo, ou seja, aqueles nascidos antes de completar 37 semanas de gestação, com peso abaixo de 2.500 gramas. Além disso, a unidade também recebe neonatos a termo, nascidos entre 37 e 41 semanas de gestação, bem como pós-termo, com mais de 42 semanas, mas que apresentam patologias graves que requerem cuidados intensivos (ALMEIDA, MORAES E CUNHA, 2016).

Apesar dos avanços científicos e tecnológicos que têm permitido salvar e prolongar a vida desses pacientes de alto risco, o ambiente da UTIN é muitas vezes caracterizado por uma carga emocional elevada e traumática. Para as famílias, em especial, a experiência pode ser profundamente desafiadora, especialmente quando são negados os momentos preciosos de convivência com o recém-nascido.

          Nesse contexto, entende-se que a mãe já está passando por um momento de fragilidade, dado que a gestação representa uma fase de intensas mudanças físicas, emocionais e sociais para o casal e seu entorno. Nesse sentido, a morte fetal representa um profundo impacto psicológico para a mulher e sua família, acarretando consequências emocionais significativas a longo prazo (ALMEIDA, MORAES E CUNHA, 2016).

          Além disso, pesquisas apontam que mulheres com histórico de abortos recorrentes, óbito fetal, parto prematuro ou óbito neonatal precoce tendem a ter uma qualidade de vida comprometida e maior incidência de sintomas de ansiedade e depressão em comparação com aquelas sem histórico de eventos adversos durante a gestação. Além disso, é importante enfatizar que essas mulheres após a perda, adquirem uma série de sentimentos intensos como culpa, impotência, fracasso, frustração, decepção, revolta, tristeza, culpa e lágrimas (SANTOS et al., 2012).

          Assim, tal fato demostra a importância de analisar meios adequados para acolher a mulher em tal cenário. Sendo assim, é fundamental garantir uma assistência completa e humanizada às mulheres que enfrentam o diagnóstico de óbito fetal, oferecendo não apenas cuidados médicos, mas também suporte emocional para lidar com essa fase tão desafiadora da vida. No entanto, é comum encontrar equipes de saúde que não estão devidamente preparadas para lidar com essa situação, demonstrando falta de habilidade para lidar com o sofrimento e os sentimentos envolvidos. Atitudes como evitar abordar o assunto, transferir a responsabilidade de informar o óbito fetal para outras categorias profissionais como psicólogos e assistentes sociais, focar exclusivamente no aspecto biológico e negligenciar o aspecto psicológico evidenciam a falta de preparo dos diferentes membros da equipe de saúde para oferecer uma assistência adequada às pacientes diante do óbito fetal (SANTOS et al., 2012).

2 REVISÃO NA LITERATURA

          De acordo com Santos et al. (2012) nos tempos antigos, o óbito fetal não tinha o mesmo significado que possui atualmente. Na Idade Média, a morte de uma criança era pouco valorizada, visto que ela era considerada um ser sem personalidade. Ao falecer, muitas vezes não recebia um nome, e quando o recebia, esse nome poderia ser dada a outra criança. Foi somente a partir do século XIX que a morte infantil começou a ganhar importância. Contudo, independentemente da simbologia associada à morte fetal, é crucial entender que o óbito fetal não se resume apenas à morte em si, mas também envolve a frustração relacionada à experiência vital da mulher durante a gestação.

          A gravidez envolve uma série de transformações físicas, psíquicas e sociais que afetam tanto o casal quanto o contexto ao seu redor. É comumente associada à criação de uma nova vida e raramente se pensa na possibilidade de uma perda concreta e definitiva. Quando essa perda ocorre, todo o significado associado à vida é abruptamente interrompido, deixando marcas profundas e traumáticas nos pais e em todos que presenciam essa experiência (SANTOS et al., 2012).

          Segundo Almeida, Moraes e Cunha (2016) os avanços tecnológicos têm proporcionado uma maior esperança de vida e possibilidades de cura para crianças com enfermidades raras, graves e complexas, como malformações e complicações decorrentes de nascimentos prematuros. Graças à tecnologia e às descobertas científicas recentes, novas abordagens estão sendo desenvolvidas para garantir a saúde dos recém-nascidos e tratamento de suas enfermidades.

          Contudo, apesar dos progressos, muitos prematuros e recém-nascidos com baixo peso ainda enfrentam desafios em relação à sua saúde, com algumas consequências que não podem ser completamente remediadas. No entanto, a globalização, informatização, ciência robótica e avanço tecnológico têm contribuído significativamente para que os neonatos possam superar as enfermidades e encontrar maior conforto durante momentos de dor (ALMEIDA, MORAES E CUNHA, 2016).

          De acordo com Farias et al. (2012) o período neonatal abrange o intervalo de tempo entre o nascimento e o 28º dia de vida. Os óbitos que ocorrem nesse período estão intimamente relacionados com a qualidade da atenção à saúde de mães e crianças, sendo, em grande parte, consequência de falhas na assistência pré-natal, durante o parto e no atendimento ao recém-nascido. No Brasil, os óbitos neonatais constituem a maior proporção de mortes em menores de um ano, com um aumento significativo de crianças que falecem antes de completarem sete dias de vida. É importante destacar que o parto prematuro é o fator mais determinante da mortalidade neonatal tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento.

          Entretanto, em alguns casos, a morte neonatal é inevitável, o que gera sentimentos negativos para a mãe que gestou a criança, especialmente porque, após o parto, ela sonha em ter o filho em seus braços. Quando isso não acontece, surge um sentimento de despersonalização devido ao desejo não realizado conforme imaginado. Aceitar a morte é uma tarefa complexa em qualquer fase da vida, seja na velhice, quando a pessoa já viveu parte de seu ciclo vital, ou mesmo no início da vida, quando o ser nem chegou a existir fora do corpo da mãe. Portanto, compreende-se a importância das perdas fetais e seu impacto na vida da mãe e da famíliam, visto que todos do vínculo aguardavam ansiosamente o momento especial de encontrar o bebê, um sonho que é interrompido pelo diagnóstico do óbito fetal (FARIAS et al., 2012).

          Corforme Rocha et al. (2015) é importante pontuar que após a perda, surge uma série de sentimentos, especialmente por parte da mulher, como culpa impotência e sensação de fracasso por não ter conseguido levar adiante a gravidez. É comum que a mulher ou o casal busquem explicações ou eventos durante a gestação para tentar entender a situação em que se encontram. Conforme a mulher vai processando a perda do bebê, uma variedade de sentimentos é expressa, tanto verbalmente quanto não verbalmente: frustração, decepção, raiva, tristeza, culpa e lágrimas são comuns nesse momento.

          Nesse contexto, o enfermeiro deve estar preparado para apoiar a mãe que perdeu o filho, posicionando-se como um profissional que reconhece o sofrimento do outro. O enfermeiro deve promover apoio e conforto, esclarecer dúvidas e estabelecer um diálogo que favoreça uma comunicação acolhedora e reconfortante, tanto verbal quanto não verbal, durante o processo de luto. Para que a humanização seja efetiva, é essencial uma comunicação empática e compreensiva (ROCHA et al., 2015).

          Entende-se então que a enfermagem é uma profissão que envolve a interação com o ser humano e requer conhecimento sobre sua natureza física, social e psicológica. Assim, o ato de cuidar pode ser definido como a atenção, o zelo e a preocupação com o bem-estar do outro. O cuidado é uma prática que abrange todo o ciclo de vida, desde o nascimento até a morte. Sua essência está em proporcionar alívio e assistência, pois a cura nem sempre é o objetivo final, o cuidado deve estar presente mesmo no processo de fim da vida (FARIAS et al., 2012).

          Nessa perspectiva, na pesquisa realizada por Rocha et al. (2015) foi enfatizado que cabe aos profissionais de saúde que trabalham nesse contexto fornecer uma assistência completa, humanizada e abrangente às mulheres que passam pela experiência do óbito fetal. Isso inclui não apenas cuidados médicos, mas também suporte emocional para ajudá-las a enfrentar esse momento extremamente difícil da vida. No entanto, nem sempre a equipe que lida com essas situações está devidamente preparada, podendo ter habilidades limitadas para lidar com o sofrimento e os sentimentos que surgem nesse contexto.

            Em concordância com o autor supracitado, no trabalho de Santos et al. (2012) foi realizado entrevistas com alguns enfermeiros que destacaram o suporte psicológico como o principal aspecto a ser priorizado na assistência a essas mulheres, visando proporcionar um maior conforto em um momento em que seus estados emocionais estão desequilibrados. No entanto, apesar do destaque dado ao suporte psicológico nos discursos, os enfermeiros expressaram que sentiam falta da realização de um cuidado especializado em outros aspectos, isso foi percebido por causa da sensação de impotência por parte das profissionais diante do óbito fetal, dado que foi notado que os profissionais evitam lidar com pacientes nessas condições devido ao medo de comunicar o diagnóstico e à falta de preparo para lidar com as questões emocionais, reconhecendo a importância de uma equipe mais bem preparada, especialmente em relação ao apoio emocional oferecido às famílias que enfrentam a perda fetal.

          Nesse sentido, para Silva et al. (2020) é essencial adotar uma visão ampla ao analisar diferentes aspectos de um fenômeno, o que inclui reconhecer as interações entre as partes e o todo. Cada situação pode afetar cada pessoa de maneira única, e é crucial compreender como as mudanças no todo podem repercutir nas partes. Diante dessas situações desafiadoras, os enfermeiros muitas vezes se sentem limitados por não saberem como reagir ou compreender plenamente a situação como um todo. Sentimentos de impotência, estresse, angústia, tristeza e frustração podem surgir, tornando fundamental a reflexão e a abordagem das questões relacionadas à morte, perda e aos medos e inseguranças que permeiam sua prática profissional, isso é tão crucial quanto o conhecimento técnico e científico para o exercício profissional eficaz.

          A falta de preparo emocional dos enfermeiros pode impactar diretamente na forma como lidam com os pais e familiares, que necessitam de apoio e segurança durante momentos difíceis. O enfermeiro desempenha um papel crucial na humanização do cuidado na UTIN, pois é uma das principais figuras de contato com os pacientes. Portanto, é responsabilidade do profissional estar atento aos sentimentos e manifestações dos familiares ao enfrentarem a doença e o processo de morte (SILVA et al., 2020).

3 DISCUSSÃO

            Para Silva et al. (2021) a morte de um recém-nascido pode desencadear uma variedade de emoções intensas, como sentimentos de inutilidade, melancolia e prostração diante da perda de uma vida tão jovem. A interrupção prematura da vida de uma criança gera uma sensação profunda de frustração para os familiares do recém-nascido a ocorrência de uma doença crônica ou terminal que leve ao óbito é algo inesperado, visto que a morte de neonatos é um evento raro. A equipe de enfermagem também enfrenta uma série de sentimentos diante da condição de recém-nascidos com prognóstico de vida limitado, pois são treinados para promover a saúde e buscar a cura dos pacientes em todos os momentos. Os profissionais enfrentam momentos de dor, sofrimento emocional, angústia, revolta, tristeza e outras reações diante do óbito do recém-nascido.

          No trabalho realizado por Rocha et al. (2016) foi debatido uma interface do cuidado neonatal com dignidade, alguns profissionais da enfermagem debateram sobre a importância do cuidar dos pacientes que enfrentam doenças graves, com prognóstico limitado. Nessa experiência, os profissionais enfatizam que é imprescendível fornecer um cuidado digno e holístico ao paciente, em especial neonatal.

          No mesmo trabalho, foi entrevistado outro profissinal que destacou a importância da empatia com a família, enfatizando que oferecer suporte à família enlutada é um papel crucial para a enfermeira que cuida de neonatos/crianças. Para tanto, transmitir confiança à família, orientá-la sobre os procedimentos, conscientizá-la de que tudo está sendo feito pela criança, estar ao seu lado para oferecer conforto e apoio são atitudes essenciais para que o enfermeiro desempenhe seu papel de suporte durante o luto. Além disso, o profissional deve ser capaz de se colocar no lugar da família e oferecer suporte psicológico (ROCHA et al., 2016).

          Assim, a presença da enfermagem desempenha um papel fundamental na promoção da humanização dos cuidados e tratamentos fornecidos aos pacientes na UTIN. Sua ausência pode criar um ambiente mais inseguro, incerto e inconsistente. Por isso, os enfermeiros trabalham para criar um ambiente acolhedor, fornecendo informações aos familiares sobre a condição do neonato, os equipamentos e tratamentos utilizados. Além disso, eles se dedicam a manter o ambiente organizado, limpo e seguro, priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes e suas famílias.

          Já no trabalho realizado por Silva et al. (2021) o autor ennfatiza que é essencial que os profissionais de enfermagem compreendam e estejam emocionalmente preparados para lidar com complicações no caso clínico e até mesmo com a morte de recém-nascidos. Eles frequentemente enfrentam abalos psicológicos ao testemunhar o sofrimento e a deterioração da saúde dos neonatos. Lidar com a morte é uma parte importante de seu trabalho, pois lhes permite proteger os familiares de um sofrimento ainda maior e da incerteza em relação às perspectivas de sobrevivência.

          Porém o auto reonhece, no entanto, que muitos profissionais enfrentam dificuldades ao lidar com a morte devido à falta de capacitação e conhecimento sobre como transmitir informações sensíveis, mesmo quando se trata de comunicar o falecimento de um bebê. A formação em enfermagem neonatal frequentemente não aborda adequadamente essas questões práticas e emocionais, o que requer uma maior preparação psicológica para atuar nessa área e minimizar a insegurança no desempenho de suas funções (SILVA et al., 2021).

          Na percepção de Almeida, Moraes e Cunha (2016) a ênfase na formação dos profissionais de enfermagem para a cura dos pacientes pode tornar desafiador para eles lidarem com a morte dos recém-nascidos, pois frequentemente veem o óbito como uma falha pessoal ou profissional. A incapacidade de restaurar a saúde do paciente pode causar desapontamento, afetando sua saúde mental de maneira duradoura e tornando difícil a adaptação à ausência do neonato na unidade hospitalar.

          Dessa forma, para o autor é fundamental que os enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham na UTIN recebam treinamento contínuo e preparo emocional para reconhecer e enfrentar as complexas situações enfrentadas, incluindo a perda de pacientes. Esse treinamento não apenas aumenta sua competência clínica, mas também os prepara para lidar com o aspecto emocional da profissão, garantindo que possam oferecer apoio adequado aos familiares e colegas de equipe (ALMEIDA, MORAES E CUNHA, 2016).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

          Os avanços tecnológicos na área da saúde, especialmente no cuidado neonatal, têm sido fundamentais para proporcionar maiores chances de vida e cura para crianças com enfermidades graves e complexas. Graças a esses avanços, recém-nascidos prematuros e aqueles com baixo peso ao nascer têm uma maior probabilidade de sobrevivência do que nunca antes.

          No entanto, apesar das melhorias, ainda há desafios a serem enfrentados, muitos recém-nascidos continuam a enfrentar complicações de saúde que não podem ser completamente remediadas, mesmo com os recursos tecnológicos disponíveis. Além disso, é importante reconhecer que a tecnologia, por si só, não é suficiente para garantir uma qualidade de vida ideal para esses pacientes.

          Entende-se então que a morte neonatal pode ser muito difícil de aceitar para uma mãe, especialmente porque ela criou um laço afetivo durante a gestção, e espera ansiosamanete pelo seu bebê. Quando isso não acontece, é como se um desejo profundo não se realizasse, gerando uma sensação de despersonalização. Aceitar a morte é complicado em qualquer fase da vida, seja na velhice, quando já se viveu muito, ou no início da vida, quando o bebê mal começou a existir fora do corpo da mãe. As perdas fetais impactam profundamente a mãe e sua família, que esperavam ansiosamente pelo momento de conhecer o bebê, um sonho que é interrompido pela triste notícia do óbito fetal.

          Portanto, os profissionais de saúde que trabalham com mulheres que enfrentam o óbito fetal têm a responsabilidade de oferecer uma assistência completa, humanizada e abrangente. Isso significa não apenas fornecer cuidados médicos, mas também oferecer apoio emocional para ajudá-las a enfrentar esse momento extremamente difícil. Infelizmente, nem sempre a equipe que lida com essas situações está adequadamente preparada, o que pode resultar em habilidades limitadas para lidar com o sofrimento e os sentimentos que surgem nesse contexto.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Fabiane de Amorim; MORAES, Mariana Salim de; CUNHA, Mariana Lucas da Rocha. Cuidando do neonato que está morrendo e sua família: vivências do enfermeiro de terapia intensiva neonatal. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 50, p. 122-129, 2016.

FARIAS, Leiliane Martins et al. Enfermagem e cuidado humanístico às mães diante do óbito neonatal. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 13, n. 2, p. 365-374, 2012.

ROCHA, Maria Cristina Pauli da et al. A experiência do enfermeiro no cuidado paliativo ao neonato/criança: a interface com o processo de morrer e do luto. Saúde em revista, v. 15, n. 40, p. 37-48, 2016.

ROCHA, Maria Cristina Pauli da et al. Assistência humanizada na terapia intensiva neonatal: ações e limitações do enfermeiro. Saúde em revista, v. 15, n. 40, p. 67-84, 2015.

SANTOS, Camila da Silva et al. Percepções de enfermeiras sobre a assistência prestada a mulheres diante do óbito fetal. Escola Anna Nery, v. 16, p. 277-284, 2012.

SILVA FERREIRA, Keyze Mirelly Carneiro da et al. A enfermagem neonatal e os cuidados paliativos em neonatos com graves problemas de saúde: uma revisão integrativa. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 12, p. 1474-1493, 2021.

SILVA, Beatriz Vieira da et al. Ações de enfermagem aos pais frente à perda neonatal: Revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 2, p. 2218-2230, 2020.