O SOFRIMENTO DA CRIANÇA COM DOENÇA FALCIFORME: CUIDADOS DA ENFERMAGEM 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11555987


Luana Amorim F. Ribeiro1
Priscila Kezia Sousa T. Lima1
Wanessa Galli1
Amanda Cardoso Moreira2
Anderson Scherer3


RESUMO 

Este trabalho foca no sofrimento vivenciado por crianças com doença falciforme e nos  cuidados prestados pela equipe de enfermagem para mitigar esse sofrimento. A  doença falciforme é uma condição hereditária crônica e dolorosa, prevalente  especialmente em populações de ascendência africana, com alta incidência no Brasil.  A falta de cuidados adequados resulta em altas taxas de mortalidade infantil, com  sintomas que incluem crises dolorosas, úlceras, icterícia e fadiga. O objetivo geral do  estudo é analisar os cuidados de enfermagem destinados a essas crianças, visando  compreender como esses cuidados podem reduzir o sofrimento e melhorar a  qualidade de vida dos pacientes. Entre os objetivos específicos estão investigar os  desafios físicos e emocionais enfrentados pelas crianças, avaliar as estratégias de  cuidado da enfermagem e identificar as contribuições da enfermagem no manejo do  sofrimento. A pesquisa utiliza uma abordagem bibliográfica, exploratória e qualitativa,  com busca sistemática em bases de dados relevantes. Estudos indicam que a equipe  de enfermagem desempenha um papel crucial no cuidado dessas crianças,  promovendo o autocuidado, fornecendo orientações terapêuticas e realizando ações  educativas. 

Palavras-chave: Falciforme. Crianças. Sofrimento. Cuidados. Enfermagem. 

ABSTRACT 

This study focuses on the suffering experienced by children with sickle cell disease  and the nursing care provided to alleviate this suffering. Sickle cell disease is a chronic  and painful hereditary condition, particularly prevalent in populations of African  descent, with high incidence rates in Brazil. Inadequate healthcare results in high infant  mortality rates, with symptoms including painful crises, ulcers, jaundice, and fatigue.  The general aim of this study is to analyze nursing care for these children, aiming to  understand how this care can reduce suffering and improve patients’ quality of life.  Specific objectives include investigating the physical and emotional challenges faced  by children, evaluating nursing care strategies, and identifying nursing contributions to  managing the suffering. The research uses a bibliographic, exploratory, and qualitative  approach, with a systematic search in relevant databases. Studies indicate that the  nursing team plays a crucial role in caring for these children, promoting self-care,  providing therapeutic guidance, and conducting educational activities. 

Keywords: Sickle Cell. Children. Suffering. Care. Nursing. 

1. INTRODUÇÃO 

O foco deste trabalho será o sofrimento vivenciado por crianças com doença  falciforme e os cuidados prestados pela equipe de enfermagem para mitigar esse  sofrimento. A doença falciforme é uma condição crônica e muitas vezes dolorosa, que  pode causar um grande impacto na vida das crianças que a vivenciam, é fundamental  entender como a equipe de enfermagem pode desempenhar um papel significativo na  promoção do bem-estar e na redução do sofrimento desses pacientes, fornecendo  cuidados adequados e compassivos, tecnologias promissoras devido à suas  capacidades de oferecer um registro distribuído, imutável e transparente de  transações (Trentini, 2017).  

A doença falciforme (DF) é uma condição hereditária caracterizada pela  presença de uma hemoglobina mutante, a hemoglobina S (Hb-S), que leva à distorção  dos glóbulos vermelhos (hemácias), conferindo-lhes uma forma de foice. Originária da  África, a DF é uma das doenças hematológicas hereditárias mais comuns em todo o  mundo, com maior prevalência em populações de ascendência africana. No Brasil, é  mais frequente nas regiões Nordeste e Sudeste, principalmente entre a população  negra e seus descendentes (Carvalho, 2015). 

Estima-se que ocorram cerca de 3 mil nascimentos de crianças com doença  falciforme no Brasil a cada ano. No entanto, a falta de cuidados de saúde adequados  resulta em altas taxas de mortalidade infantil entre essas crianças, com  aproximadamente 80% delas não alcançando os 5 anos de idade devido a  complicações da doença. Os sintomas da doença geralmente começam a se  manifestar por volta dos seis meses de idade, sendo as crises de dor (ou crises vaso 

oclusivas) uma das principais características clínicas. Outros sintomas comuns  incluem úlceras nas pernas, icterícia, palidez e fadiga (MDS, 2024). A síndrome mão-pé é uma das primeiras manifestações clínicas da doença,  ocorrendo geralmente nos primeiros meses de vida da criança. Caracteriza-se por dor,  inchaço, vermelhidão e calor nas mãos e/ou pés devido à oclusão dos pequenos vasos  sanguíneos pelas hemácias falciformes (Da Silva, 2018). 

No entanto, identificar a dor em crianças com DF pode ser desafiador,  especialmente em crianças muito novas que ainda não desenvolveram habilidades  cognitivas ou linguísticas para expressar sua dor. Os cuidadores, incluindo pais e profissionais de saúde, precisam observar sinais fisiológicos e comportamentais para  identificar a dor nessas crianças (Brasil, 2014). 

Justificasse este estudo para entender que o tratamento das crises dolorosas da DF  envolve tanto abordagens farmacológicas quanto não farmacológicas, como apoio  emocional e promoção do conforto, que desempenham um papel crucial na  recuperação da criança. 

O objetivo deste estudo é analisar os cuidados de enfermagem destinados à  criança com doença falciforme, visando compreender como esses cuidados podem  contribuir para a redução do sofrimento e melhoria da qualidade de vida desses  pacientes. E os objetivos específicos: Investigar os principais desafios enfrentados  pelas crianças com doença falciforme em relação ao seu bem-estar físico e emocional; avaliar as estratégias de cuidado adotadas pela equipe de enfermagem para atender  às necessidades específicas das crianças com doença falciforme e também identificar  as contribuições da enfermagem no manejo do sofrimento relacionado à doença  falciforme na infância (Trentini, 2017).  

Como problema de pesquisa este estudo irá responder como os cuidados de  enfermagem podem influenciar o alívio do sofrimento e a melhoria da qualidade de  vida das crianças com doença falciforme? Destarte, as Hipóteses dos resultados  considerando a relevância do papel da equipe de enfermagem no cuidado à criança  com doença falciforme, é possível hipotetizar que estratégias de cuidado específicas  e individualizadas, aliadas a uma abordagem holística, podem contribuir  significativamente para a redução do sofrimento e melhoria da qualidade de vida  desses pacientes.  

Este estudo adotou a metodologia em pesquisa bibliográfica exploratória de  cunho qualitativo, com foco no sofrimento enfrentado pelas crianças com doença  falciforme e nos cuidados de enfermagem direcionados a essa população específica.  A pesquisa foi conduzida mediante uma busca sistemática de trabalhos científicos  relacionados ao tema em bases de dados relevantes, como BVS, SCIELO e  MEDLINE, utilizando descritores como Cuidado de Enfermagem, Anemia Falciforme  e Assistência de Enfermagem com caráter de exclusão de estudos com base nos  descritores: “crianças”; “falciforme”; “cuidados”; “enfermagem.” 

2. REFERENCIAL TEÓRICO 

Lima (2021), aborda o contexto do cuidado às crianças com anemia falciforme,  os enfermeiros desempenham um papel crucial, estabelecendo estratégias para  promover o autocuidado, fornecendo orientações terapêuticas que incentivam a  continuidade do tratamento e realizando ações educativas que visam a promoção da  saúde. O objetivo principal é melhorar a qualidade de vida dessas crianças, reduzindo  a incidência de complicações agudas e crônicas que impactam diretamente seu bem estar físico e social. 

Os enfermeiros buscam ativamente promover, prevenir, recuperar e reabilitar  as crianças com anemia falciforme, oferecendo uma assistência de enfermagem  individualizada e de alta qualidade. Fica evidente que há uma necessidade contínua  de aprimoramento do atendimento a esse grupo de pacientes, e a disseminação de  informações para a melhoria do cuidado tende a beneficiar significativamente essas  crianças (Soares, 2014). 

2.1 Conceito da doença 

A Doença Falciforme (DF) é uma condição genética e hereditária caracterizada  por uma mutação no gene responsável pela produção da hemoglobina (HbA),  resultando na formação de uma hemoglobina mutante denominada hemoglobina S  (HbS), que é de herança recessiva. Além da HbS, existem outras variantes de  hemoglobinas mutantes, como C, D, e E, que, em combinação com a HbS, formam  um grupo de condições denominadas doenças falciformes. A anemia falciforme, ou  HbSS, é a forma mais comum e grave dessa condição. Apesar das particularidades  que distinguem as diversas formas de doenças falciformes, todas apresentam  manifestações clínicas e hematológicas semelhantes (Trentini, 2017). 

A doença falciforme surgiu na África há aproximadamente 7.300 anos. No  Brasil, a doença foi introduzida durante o período colonial, com a chegada dos  africanos escravizados a partir do século XVI, portanto, pode-se estimar que a doença  falciforme apareceu no Brasil por volta do século XVI, concomitante ao início do tráfico  de escravos africanos para o país. Nos anos 1930 e 1940, a anemia falciforme era  frequentemente associada à população negra no Brasil. Durante esse período, a ideia  de que a miscigenação resultava em uma epidemiologia única da doença no país era  prevalente. 

A miscigenação era vista como um fator que influenciava a disseminação e a  manifestação da anemia falciforme, reforçando conceitos raciais que estavam  enraizados na sociedade da época. Esses conceitos refletiam não apenas uma  compreensão limitada da doença, mas também as ideologias raciais que permeiam  o pensamento científico e social no Brasil desse período. 

A doença falciforme é uma das doenças hematológicas hereditárias mais  comuns, caracterizada pela presença de hemoglobina S (Hb-S) mutante que leva à  distorção dos glóbulos vermelhos, conferindo-lhes uma forma de foice. Originária da  África, sua prevalência é maior em populações de ascendência africana e, no Brasil,  é mais comum nas regiões Nordeste e Sudeste (Carvalho, 2015). 

A doença falciforme (DF) é uma das doenças hematológicas hereditárias mais  comuns, caracterizada pela presença de hemoglobina S (HbS), que provoca a  deformação dos glóbulos vermelhos em forma de foice. Esta condição resulta em uma  série de complicações clínicas graves, que incluem crises de dor intensa, anemia  hemolítica, infecções frequentes e danos a órgãos. O sofrimento dessas crianças é  multifacetado, envolvendo tanto aspectos físicos quanto emocionais e sociais. Diante  disso, o papel da enfermagem é crucial na mitigação desse sofrimento, através de  cuidados que promovam o bem-estar e a qualidade de vida desses pacientes. 

O diagnóstico da DF é realizado principalmente através do Programa Nacional  de Triagem Neonatal (PNTN), conhecido como “Teste do Pezinho”. Este teste é  essencial para a detecção precoce da doença em recém-nascidos. Crianças a partir  dos quatro meses de idade, jovens e adultos que não foram diagnosticados  anteriormente podem realizar a eletroforese de hemoglobina, um exame de sangue  disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Este exame também é incluído na rotina  de cuidados pré-natais, garantindo que todas as gestantes e seus parceiros tenham  acesso ao diagnóstico (Brasil, 2014). 

Em indivíduos com DF, as hemácias, que normalmente são redondas,  assumem a forma de “meia-lua” ou “foice” em situações de esforço físico, estresse,  frio, traumas, desidratação, infecções, entre outros. Esta mudança de formato dificulta  a passagem dos glóbulos vermelhos pelos vasos sanguíneos, resultando em má  circulação e oxigenação inadequada do organismo. Esse fenômeno explica muitas  das manifestações clínicas da doença falciforme, que podem afetar quase todos os  órgãos e sistemas do corpo, manifestando-se a partir do primeiro ano de vida e  persistindo ao longo da vida do indivíduo (Da Silva, 2018).

As manifestações clínicas da DF incluem crises de dor, icterícia, anemia,  infecções frequentes, síndrome mão-pé, crise de sequestração esplênica, acidente  vascular encefálico, priaprismo, síndrome torácica aguda, crise aplásica, ulcerações,  osteonecrose, complicações renais e oculares, entre outras. As complicações tardias  também são comuns, muitas vezes relacionadas à sobrecarga de ferro secundária às  transfusões de sangue necessárias para o tratamento da doença (Martins, 2020). 

Entre 2014 e 2020, a média anual de novos casos de crianças diagnosticadas  com DF através do PNTN foi de 1.087, correspondendo a uma incidência de 3,75 por  10.000 nascidos vivos. Estima-se que existam entre 60.000 a 100.000 pacientes com  DF no Brasil. A distribuição da doença é bastante heterogênea no país, sendo mais  prevalente na Bahia, no Distrito Federal e em Minas Gerais. A DF é mais comum entre  indivíduos de ascendência africana, embora não seja exclusiva a esta população  segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da  Saúde (OPAS/OMS). 

Os cuidados de enfermagem são fundamentais na gestão do sofrimento dessas  crianças. A equipe de enfermagem deve adotar uma abordagem holística, que inclua  tanto intervenções farmacológicas quanto não farmacológicas. A administração  adequada de analgésicos é crucial. Os enfermeiros devem monitorar a eficácia do  tratamento, ajustar as dosagens conforme necessário e observar possíveis efeitos  colaterais. Além dos medicamentos, técnicas de relaxamento, massagem terapêutica  e o uso de compressas quentes podem ser implementados para aliviar a dor. A  educação dos pais e cuidadores é essencial para a gestão eficaz da DF. Informar  sobre a doença, ensinar a reconhecer os sinais de crises vaso-oclusivas e explicar as  medidas preventivas são passos importantes. O apoio emocional aos pais, que muitas  vezes enfrentam ansiedade e estresse significativos, também é fundamental. 

2.1.1 Impacto da Doença Falciforme na Infância 

Segundo Martins (2020), crianças com doença falciforme enfrentam uma série  de desafios físicos e emocionais devido às crises dolorosas, anemia severa e  complicações crônicas. Essas crianças apresentam sintomas que podem começar a  se manifestar por volta dos seis meses de idade, como crises vaso-oclusivas, úlceras  nas pernas, icterícia e fadiga.

O sofrimento das crianças com DF é complexo e influenciado por múltiplos  fatores. A dor crônica, resultado das crises vaso-oclusivas, é um dos principais  desafios. A dor pode ser desencadeada por fatores como esforço físico, estresse,  infecções e mudanças climáticas. Além da dor, essas crianças frequentemente  enfrentam complicações como úlceras nas pernas, priaprismo, osteonecrose e  complicações renais. O sofrimento emocional e psicológico também é significativo,  devido a hospitalizações frequentes, estigmatização social e limitações nas atividades  diárias (Santos, 2015). 

2.2 Identificação e Manejo da Dor em Crianças 

Da Silva (2018) destaca que a identificação da dor em crianças com doença  falciforme é um desafio, especialmente em crianças muito jovens que ainda não  desenvolveram habilidades cognitivas ou linguísticas para expressar sua dor. É  essencial que os cuidadores, incluindo pais e profissionais de saúde, observem sinais  fisiológicos e comportamentais para identificar a dor. Oliveira (2016) ressalta que a  enfermagem tem um papel essencial em garantir que crianças diagnosticadas com  doença falciforme recebam encaminhamento adequado para serviços especializados  em hematologia. A visita domiciliar realizada por enfermeiras permite a avaliação do  risco social e a prescrição de cuidados de enfermagem apropriados, conforme o  contexto socioeconômico da família. 

Conforme Andrade (2014), no pré-natal, a enfermagem orienta as mulheres  sobre a importância do “teste do pezinho” e do tratamento precoce em caso de  resultados positivos para doenças detectadas por este exame, como a doença  falciforme. É fundamental reforçar a importância de retornar ao posto de saúde com o  bebê na primeira semana de vida para realizar o teste e receber as vacinas  necessárias. 

Freitas (2017) explica que a doença falciforme apresenta diferentes  manifestações clínicas conforme a faixa etária, incluindo anemia crônica, crises  dolorosas e infecções. A anemia, como descrito, é resultado da destruição precoce  dos glóbulos vermelhos, necessitando de uma dieta equilibrada e adequada ao nível  social da família. As crises dolorosas, causadas pela vaso-oclusão, requerem  cuidados específicos, como a não subestimação da dor e a oferta adequada de  líquidos. 

Assim, devido a esse manejo de modificações do processo da doença fica  evidente o apoio da família, e da enfermagem, como abordaremos no próximo  capítulo, além de compreender o atendimento humanizado. 

3. O PAPEL DA ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME 

O papel da enfermagem no manejo da DF é crucial, abrangendo desde o  diagnóstico precoce até o manejo das crises e complicações. Os enfermeiros são  essenciais na educação dos pacientes e suas famílias sobre a doença, promoção do  autocuidado e implementação de estratégias de cuidado individualizadas. Estudos  indicam que uma abordagem holística, que inclua tanto cuidados farmacológicos  quanto não farmacológicos, é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos  pacientes com DF (Lima, 2021). 

Lima (2021) aborda o papel crucial dos enfermeiros no cuidado às crianças com  doença falciforme, enfatizando a promoção do autocuidado, fornecimento de  orientações terapêuticas e realização de ações educativas para melhorar a qualidade  de vida dessas crianças. Os enfermeiros desempenham um papel vital na prevenção,  recuperação e reabilitação, oferecendo uma assistência de enfermagem  individualizada e de alta qualidade. 

O enfermeiro(a) também atua como um defensor da criança com DF, buscando  garantir seus direitos à saúde, à educação e à inclusão social. Através da colaboração  com outros profissionais da saúde, educadores e assistentes sociais, o enfermeiro(a)  contribui para a criação de um ambiente social mais acolhedor e inclusivo para a  criança. Para as crianças com doença falciforme (DF), o sofrimento pode se  manifestar tanto física quanto emocionalmente. As crises dolorosas, que podem durar  horas ou até dias, são extremamente intensas e debilitantes, comprometendo  significativamente a qualidade de vida da criança e gerando sentimentos de medo,  ansiedade e frustração (Santos, 2015). 

Nesse contexto, Trentini (2017), aborda que a enfermagem desempenha um  papel crucial no cuidado da criança com DF, atuando como um elo fundamental entre  a criança, sua família e a equipe médica. Através de uma abordagem holística e  humanizada, o enfermeiro busca minimizar o sofrimento da criança, promover seu bem-estar e garantir a efetividade do tratamento. Segue a tabela com as principais  ações do enfermeiro no cuidado da criança com doença falciforme (DF):

Tabela 01: Principais ações.

Fonte: Autoria própria (2024) 

Além da promoção da autonomia, uma estratégia essencial no cuidado da  criança com doença falciforme. Incentivar a criança a participar ativamente do seu  tratamento não só melhora a gestão da doença, mas também fortalece sua  autoconfiança e independência.  

O enfermeiro nesse processo atua, ensinando a criança a identificar seus  sintomas, comunicar suas necessidades e tomar decisões informadas sobre sua  saúde. Além disso, o enfermeiro orienta a criança sobre práticas cotidianas que podem minimizar os riscos de complicações, como a importância da hidratação,  alimentação adequada e atividades físicas moderadas. Ao capacitar a criança com  conhecimento e habilidades, o enfermeiro contribui para o desenvolvimento de uma  atitude proativa em relação à sua condição de saúde, promovendo uma melhor  qualidade de vida e um senso de controle sobre sua própria saúde. 

Essas ações destacam a importância de uma abordagem integrada e  compassiva no cuidado das crianças com DF. O papel do enfermeiro é essencial para  garantir que essas crianças recebam o suporte necessário para enfrentar os desafios  físicos e emocionais da doença, promovendo uma melhor qualidade de vida e bem estar (Santos, 2015). 

A enfermagem atua no cuidado da criança com DF, contribuindo para o alívio  da dor, a promoção do bem-estar físico e emocional e a garantia de uma vida mais  digna e saudável. Através de sua atuação profissional, o enfermeiro(a) torna-se um  agente de transformação na vida da criança e de sua família, ajudando-os a enfrentar  os desafios da doença e construir um futuro mais promissor (Martins, 2020). 

3.1 Abordagens de tratamentos e diagnósticos precoces DF 

Segundo Trentini (2017), o tratamento das crises dolorosas na doença  falciforme envolve tanto abordagens farmacológicas, como o uso de analgésicos e  anti-inflamatórios, quanto abordagens não farmacológicas, como apoio emocional,  técnicas de relaxamento e intervenções comportamentais.  

A eficácia dessas abordagens combinadas pode contribuir significativamente  para a redução do sofrimento das crianças. Portanto, para um tratamento eficaz,  acompanhamento e prevenção das complicações ocasionadas pela doença, é  essencial o diagnóstico precoce e início do tratamento imediato, como também uma  investigação genética. 

Atualmente, a maioria dos programas de triagem neonatal utiliza, no diagnóstico, a eletroforese por focalização isoelétrica ou a cromatografia líquida de  alta resolução. Essas técnicas podem ser utilizadas de forma isolada para a triagem  inicial, pois constituem métodos de elevada precisão, devendo todo resultado positivo  ser repetido em outra amostra para confirmação. Para realização desses testes são  usadas amostras de sangue fresco de cordão umbilical ou de sangue seco em papel-filtro, coletadas do calcanhar do recém-nascido, seguindo critérios estabelecidos para  o Programa Nacional de Triagem Neonatal. 

Esses métodos de triagem apresentam sensibilidade e especificidade  excelentes, entretanto, podem ocorrer resultados falso-positivos ou falso-negativos  obtidos geralmente devido a problemas de coleta ou erro técnico na interpretação. Os  testes de falcização (pesquisa de drepanócitos) e de solubilidade são inadequados para o recém-nascido por levarem a resultados falso-negativos devido ao alto nível de  Hb fetal e ao baixo nível da Hb S presentes nessa faixa etária (FERREIRA; GOUVEA,  2018). 

Em recém-nascidos com hemoglobinopatias, principalmente aquelas que envolvem a cadeia beta da globina, os testes de triagem só encontraram traços da Hb  variante, sendo o perfil hemoglobínico característico obtido somente após o sexto mês  de vida. Por isso, neonatos diagnosticados como possíveis portadores de doenças  falciformes deverão ser reavaliados laboratorialmente após o sexto mês de vida e o  estudo familiar dos possíveis casos deverá ser realizado. (FERRAZ, 2010 p. 317). 

Sendo assim, confirmado o diagnóstico em adultos e crianças, iniciará uma busca ativa dos casos e em seguida encaminhados aos centros especializados para inicialização do tratamento e acompanhamento com médico hematologista, serão incluídas na atenção integral da sua região e para os indivíduos que são identificados traços falciformes, serão encaminhadas à atenção primária para acompanhamento junto a equipe multidisciplinar e o aconselhamento genético, a fim de esclarecer dúvidas e as devidas orientações (BRASIL, 2014). 

De acordo com Silva (2018), a atuação da enfermagem na atenção básica é  essencial para garantir que crianças diagnosticadas com doença falciforme sejam  encaminhadas a serviços especializados de hematologia. A visita domiciliar realizada  por enfermeiras permite a avaliação do risco social e a prescrição de cuidados de  enfermagem apropriados, de acordo com o contexto socioeconômico da família. 

Oliveira (2016) ressalta que a educação dos familiares é uma parte importante  do tratamento da doença falciforme. A enfermagem deve fornecer informações sobre  a doença, incluindo sintomas, crises dolorosas e a importância do tratamento  contínuo. A orientação adequada ajuda os familiares a reconhecerem sinais de  complicações e a procurarem atendimento médico de forma oportuna. 

Conforme Andrade (2014), o acompanhamento pré-natal também é crucial para  a detecção precoce de doenças. A enfermagem deve orientar as gestantes sobre a importância do “teste do pezinho” e garantir que o teste seja realizado na primeira  semana de vida do bebê, caso a coleta não tenha sido feita na maternidade. Além  disso, é importante que a mãe receba as vacinas adequadas e seja matriculada no  programa de atenção à saúde da criança. 

Freitas (2017) explica que a gestão da dor é um componente crítico no  tratamento da doença falciforme. As crises dolorosas, causadas pela vaso-oclusão,  requerem cuidados específicos, como a oferta adequada de líquidos e a administração  de analgésicos e anti-inflamatórios conforme prescrição médica. A enfermagem deve  estar atenta ao limiar de dor de cada paciente e fornecer o suporte necessário para  aliviar a dor e o estresse associados. 

Costa (2013) argumenta que a suplementação nutricional é importante para  pacientes com doença falciforme. Devido ao metabolismo elevado, esses pacientes  necessitam de uma dieta hiperprotéica e hipercalórica. A enfermagem deve trabalhar  com as famílias para elaborar uma alimentação equilibrada que seja coerente com o  nível social da família, garantindo que os alimentos ricos em ferro sejam parte da dieta  cotidiana. 

Em resumo, Almeida (2019) destaca que a abordagem integrada da  enfermagem, que inclui diagnóstico precoce, educação familiar, gestão da dor e  suplementação nutricional, é fundamental para o manejo eficaz da doença falciforme.  A presença de enfermeiras capacitadas e comprometidas com a educação e apoio  emocional dos pacientes e suas famílias contribui significativamente para a qualidade  do atendimento e para a melhoria da qualidade de vida dos afetados por esta  condição. 

3.2 Estratégias de Enfermagem para Mitigação do Sofrimento 

Segundo Kikuchi (2007), a enfermagem desempenha um papel crucial na  orientação e apoio aos familiares de crianças com doença falciforme, particularmente  no que diz respeito aos aspectos subjetivos do diagnóstico, como sentimentos de  culpa, raiva, medo e depressão. Esses sentimentos podem afetar significativamente  a qualidade de vida dos familiares, especialmente das mães, e é essencial que a  enfermagem ofereça suporte emocional e esclarecimentos sobre a enfermidade. 

Santos (2015) destaca a importância da enfermagem nas unidades de atenção  básica, enfatizando que o suporte emocional não é o único aspecto relevante. No  contexto do Programa Nacional de Triagem Neonatal, a enfermagem é fundamental para a coleta precisa de dados, acondicionamento e envio seguro dos exames ao  laboratório de referência. Além disso, é crucial que a enfermagem realize a  reconvocação dos afetados para novos exames, quando necessário, e ofereça  orientações sobre a enfermidade e suas possíveis reincidências familiares. 

De acordo com Silva (2018), a detecção precoce é vital para o manejo  adequado da doença falciforme. A triagem neonatal, também conhecida como “teste  do pezinho”, é um conjunto de exames realizados entre 48 horas e sete dias de vida  do recém-nascido. A triagem é dividida em fases que incluem testes para  fenilcetonúria, hipotiroidismo, doença falciforme e fibrose cística, dependendo da fase  de implementação nos diferentes estados do Brasil. 

Costa (2013) argumenta que a atuação da enfermagem é indispensável na  gestão da dor e no suporte emocional aos pacientes e suas famílias. Cada pessoa  possui um limiar de dor diferente, e é necessário que a equipe de enfermagem esteja  preparada para oferecer alívio adequado e manter o paciente confortável. Em casos  de dores intensas, a medicação prescrita, como analgésicos e anti-inflamatórios, deve  ser administrada conforme a necessidade. 

A enfermagem na atenção básica é fundamental para a detecção precoce,  orientação e manejo de pacientes com doença falciforme. Segundo Almeida (2019), a  presença de enfermeiras capacitadas e comprometidas com a educação e apoio  emocional dos pacientes e suas famílias contribui significativamente para a qualidade  do atendimento e para a melhoria da qualidade de vida dos afetados por esta  condição. A importância do papel do enfermeiro como facilitador no processo de  ensino e aprendizagem da cultura corporal, tanto em ambientes físicos quanto virtuais,  não pode ser subestimada. 

Soares (2014) destaca a importância das estratégias de cuidado específicas e  individualizadas, aliadas a uma abordagem holística, no alívio do sofrimento e na  melhoria da qualidade de vida das crianças com doença falciforme. Isso inclui tanto  abordagens farmacológicas quanto não farmacológicas, como apoio emocional e  promoção do conforto. A equipe de enfermagem pode colaborar com psicólogos e  assistentes sociais para fornecer apoio emocional, facilitar a integração escolar e  combater o estigma associado à DF. A prevenção de complicações através de  medidas como vacinação, profilaxia com antibióticos e acompanhamento regular com  hematologistas é uma parte essencial do cuidado. A monitorização rigorosa e a educação sobre sinais de alerta para complicações graves também são  imprescindíveis. 

Trentini (2017), o cuidado de enfermagem destinado a crianças com doença  falciforme é essencial para mitigar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida desses  pacientes. A abordagem deve ser multifacetada, abordando os aspectos físicos,  emocionais e sociais do sofrimento. Através de intervenções adequadas e apoio  contínuo, a equipe de enfermagem pode desempenhar um papel significativo na  gestão da DF, promovendo o bem-estar e a inclusão dessas crianças na sociedade. 

Estudos de Oliveira (2019) mostram que a enfermagem pode contribuir  significativamente para o bem-estar das crianças com doença falciforme, através de  práticas de cuidado centradas na família, educação sobre a doença e apoio contínuo. 

Abordagens de Tratamentos e Diagnósticos Precoces da Doença Falciforme Lorencini e Paula (2015) afirmam que, em crianças, o tratamento da doença  falciforme pode levar a diversas consequências emocionais e sociais, como  sentimentos de tristeza, isolamento e indiferença. O tratamento contínuo ao longo da  vida pode acarretar complicações adicionais, afetando aspectos sociais,  comportamentais e culturais da vida das crianças. 

Segundo Kikuchi (2007), o tratamento prolongado altera a rotina diária de  crianças e adolescentes, trazendo limitações significativas, como visitas frequentes a  hospitais, procedimentos dolorosos e invasivos, ausência escolar e redução da  interação com pares em atividades prazerosas. Essas limitações podem resultar em  sequelas físicas, como atraso no crescimento, incapacidade motora ou sensitiva e  déficit intelectual, aumentando a vulnerabilidade a problemas emocionais e de  comportamento, o que pode comprometer o desenvolvimento adequado. 

Dib et al. (2012) destacam a importância do diagnóstico precoce para melhorar  a progressão no desenvolvimento das crianças. A triagem neonatal, educação,  aconselhamento genético, puericultura, prevenção de crises álgicas e gestão do  cuidado são fundamentais para aumentar a sobrevida dos pacientes. Cada  manifestação clínica da doença falciforme requer um tratamento específico, cabendo  ao profissional de saúde selecionar a abordagem mais adequada para cada caso e  momento. 

Souza et al. (2016) enfatizam que a hidratação adequada, uma dieta rica em  zinco e ácido fólico, e a imunização com vacinas e penicilina são essenciais no  tratamento profilático da anemia falciforme. Em crianças, o tratamento profilático com penicilina é iniciado aos dois ou três meses de idade e continua até cerca de cinco  anos, utilizando penicilina oral ou benzatina a cada 21 dias. 

Costa, Conran e Fertrin (2015) afirmam que a hidroxiuréia, uma droga  quimioterápica utilizada no tratamento de neoplasias hematológicas, pode ser  administrada para aliviar a dor e aumentar a produção de hemoglobina fetal (HbF),  diminuindo as crises dolorosas e manifestações clínicas. Além disso, a profilaxia com  penicilina é essencial para prevenir infecções, a maior causa de hospitalização e óbito  em pacientes com anemia falciforme. 

Figueiredo et al. (2014) explicam que a presença de HbF em crianças até seis  meses de idade inibe o aumento da HbS, tornando a doença assintomática. Após os  seis meses, a produção de HbF diminui, e a HbS aumenta, levando às primeiras  manifestações da doença. A hidroxiuréia é eficaz em aumentar a produção de HbF,  reduzindo as manifestações tanto em crianças quanto em adultos. 

Segundo Brasil (2016), o tratamento da doença falciforme deve ser iniciado  antes dos quatro meses de vida para prevenir infecções e outras manifestações  graves. A família deve ser orientada por serviços especializados de saúde sobre as  medidas profiláticas necessárias, incluindo suplementação com ácido fólico e  antibioticoterapia. 

Alves et al. (2015) destacam o papel da equipe de saúde da família na atenção  primária, que inclui cuidados gerais de bem-estar, acompanhamento regular,  vacinação, aconselhamento genético e orientação sobre aleitamento materno. A  atenção primária deve oferecer diagnósticos complementares, imunizações básicas e  especiais, e a prescrição de medicamentos, quando indicados, como analgésicos,  anti-inflamatórios, ácido fólico e penicilina. 

Meneses et al. (2015) ressaltam que a educação em saúde realizada pelo  enfermeiro é crucial, especialmente através da orientação da comunidade,  considerando a cultura da população-alvo. Isso visa tornar os cidadãos críticos sobre  a enfermidade e promover o autocuidado e o aconselhamento genético. 

Ferreira e Gouvea (2018) afirmam que o transplante de células-tronco  hematopoiéticas é a única cura para a doença falciforme, embora possa causar  complicações graves, como rejeição e risco de desenvolvimento de câncer. Efeitos  adversos pré-transplante, como altas doses de quimio e radioterapia e sobrecarga de  ferro de transfusões sanguíneas, também são preocupações, sendo que apenas 25%  dos casos apresentam doadores compatíveis.

Essas práticas ajudam a reduzir a incidência de complicações agudas e  crônicas, promovendo uma melhor qualidade de vida para as crianças afetadas.  Encorajar as crianças a participarem ativamente do seu próprio cuidado, conforme a  idade e capacidade, pode melhorar o manejo da doença. Isso inclui a ingestão  adequada de líquidos, adesão ao regime de medicamentos e práticas de higiene para  prevenir infecções. A assistência psicossocial é vital para o bem-estar das crianças (Santos, 2015). 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A revisão da literatura evidencia a importância do papel da enfermagem no  cuidado às crianças com doença falciforme. Através de estratégias de cuidado  específicas e uma abordagem holística, é possível mitigar o sofrimento e melhorar  significativamente a qualidade de vida desses pacientes. 

O cuidado de enfermagem destinado a crianças com doença falciforme é  essencial para mitigar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.  A abordagem deve ser multifacetada, abordando os aspectos físicos, emocionais e  sociais do sofrimento. Através de intervenções adequadas e apoio contínuo, a equipe  de enfermagem pode desempenhar um papel significativo na gestão da DF,  promovendo bem-estar e a inclusão dessas crianças na sociedade. 

Este estudo destaca a complexidade e a importância dos cuidados de  enfermagem no manejo da doença falciforme em crianças. A doença falciforme impõe  um fardo significativo não apenas sobre o paciente, mas também sobre suas famílias,  devido às frequentes internações, procedimentos dolorosos e a necessidade  constante de monitoramento e tratamento. Esse cenário exige uma abordagem  multidisciplinar onde a enfermagem ocupa um papel central. 

A atuação da enfermagem é crucial desde a detecção precoce da doença,  através da triagem neonatal, até o acompanhamento contínuo do paciente. A triagem  neonatal, também conhecida como “teste do pezinho”, permite o diagnóstico precoce  e, consequentemente, a intervenção imediata, o que é essencial para a melhoria da  qualidade de vida e do prognóstico das crianças afetadas. A educação e o  aconselhamento dos familiares são fundamentais para que compreendam a doença,  saiba identificar sinais de complicações e mantenham uma rotina de cuidados  adequada.

Além disso, os cuidados de enfermagem vão além do aspecto físico,  englobando também o suporte emocional aos pacientes e seus familiares.  Sentimentos de tristeza, isolamento e ansiedade são comuns entre as crianças com  doença falciforme e seus cuidadores, devido às limitações impostas pela doença. A  enfermagem tem a responsabilidade de oferecer suporte emocional, ajudando a  mitigar esses sentimentos e promovendo uma melhor adaptação à condição crônica. 

A gestão da dor é um componente crítico do cuidado de enfermagem,  considerando as crises dolorosas frequentes e intensas que caracterizam a doença  falciforme. A administração de medicamentos analgésicos, a promoção de uma  hidratação adequada e o suporte emocional são medidas essenciais para aliviar o  sofrimento dos pacientes. 

Além do manejo da dor, a nutrição adequada e a imunização são aspectos  importantes do tratamento que devem ser monitorados pela equipe de enfermagem.  A suplementação com ácido fólico e a administração de vacinas e antibióticos são  medidas preventivas essenciais que contribuem para a redução de complicações  graves e hospitalizações. 

Finalmente, o papel educativo da enfermagem é indispensável. A orientação  sobre práticas de autocuidado, a importância da adesão ao tratamento e a realização  de atividades de conscientização na comunidade são fundamentais para empoderar  os pacientes e suas famílias, melhorando assim a qualidade de vida e o manejo da  doença a longo prazo. 

Em conclusão, os cuidados de enfermagem são vitais no enfrentamento da  doença falciforme, proporcionando um suporte integral que abrange aspectos físicos,  emocionais e educacionais. Através de uma abordagem holística e multidisciplinar, a  enfermagem contribui significativamente para a melhoria da saúde e do bem-estar das  crianças com doença falciforme, demonstrando o valor inestimável desses  profissionais no sistema de saúde. Fica evidente que há necessidade de novos  estudos, para abordagem da doença e da humanização no tratamento das crianças  com falciforme. 

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1Discente do curso de enfermagem da Anhembi Morumbi.
2Docente do curso de enfermagem da Anhembi Morumbi. 
3Orientador e coorientador do curso de enfermagem da Anhembi Morumbi