IMPACTOS EMOCIONAIS CAUSADO PELO MELASMA EM MULHERES

EMOTIONAL IMPACTS CAUSED BY MELASMA IN WOMEN

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11540996


Maysa Vitória Araujo Cruz,
Edna Linhares de Queiroz,
Heloana Araujo Cruz,
Orientador: Ma. Isadora Araújo


RESUMO

Introdução: O melasma é uma doença pigmentada comum, crônica e de difícil tratamento que afeta principalmente áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço e braços. Esta doença é determinada pela hipertrofia melanocítica e hiperfunção das unidades melanocíticas epidérmicas. O melasma é uma doença geralmente difícil de tratar e de longo prazo, com recorrente impacto na percepção da qualidade de vida das pacientes. Em pacientes clínicos, as doenças de pele como a melasma, podem afetar a autoestima e tem um enorme potencial a desencadear sentimentos que podem manifestar-se como ansiedade, tristeza ou até mesmo quadros depressivos. Objetivos: O objetivo deste estudo é levantar na literatura científica o que existe de impactos emocionais causado pelo melasma em mulheres. Material e Métodos: Será realizada uma revisão de literatura sistemática, comparativa e descritiva sobre os efeitos emocionais causado pela melasma em mulheres. Para inclusão na amostra serão utilizados periódicos de livre acesso, disponíveis nas bases de dados científicas Medline, Google Acadêmico e Scielo, disponíveis nas línguas portuguesa, publicados nas últimas quatro décadas. Para busca serão utilizados os descritores qualidade de vida; Melasma; Hiperpigmentação, impactos causados pelo melasma, mulheres com melasma. Será excluído qualquer material que não atenda aos critérios de inclusão. Resultados esperados: Espera-se detectar que de forma direta o melasma, pode afetar a autoestima e causar vários impactos emocionais na vida de mulheres. 

Descritores: Qualidade de vida; Melasma; Hiperpigmentação

ABSTRACT

Introduction: Omelasma is a common, chronic and difficult to treat pigmented disease that mainly affects areas exposed to the sun, such as the face, neck and arms. This disease is determined by melanocytic hypertrophy and hyperfunction of epidermal melanocytic units. Melasma is a disease that is generally difficult to treat and long-term, with a recurring impact on patients’ perception of quality of life. In clinical patients, skin diseases such as melasma can affect self-esteem and have enormous potential to trigger feelings that can manifest themselves as anxiety, sadness or even depression. Objectives: The objective of this study is to survey the scientific literature about the emotional impacts caused by melasma in women. Material and Methods: A systematic, comparative and descriptive literature review will be carried out on the emotional effects caused by melasma in women. For inclusion in the sample, free access journals will be used, available in the scientific databases Medline, Google Scholar and Scielo, available in Portuguese languages, published in the last four decades. For the search, the descriptors quality of life will be used; Melasma; Hyperpigmentation, impacts caused by melasma, women with melasma. Any material that does not meet the inclusion criteria will be excluded. Expected results: It is expected to detect that melasma can directly affect self-esteem and also cause various emotional impacts on women’s lives.

Descriptors: Quality of life; Melasma; Hyperpigmentation.

INTRODUÇÃO

O melasma é uma doença pigmentada comum, crônica e de difícil tratamento que afeta principalmente áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço e braços. Esta doença é determinada pela hipertrofia melanocítica e hiperfunção das unidades melanocíticas epidérmicas. (Ana Luíza Almeida de Carvalho et al. 2023).

Mulheres em idade fértil são o grupo mais suscetível e as áreas expostas ao sol, são as mais afetadas, especialmente na face. No entanto, o melasma afeta todas as raças e populações.( Camila Fernandes Pollo et al. 2018).

Embora a etiologia e a patogênese do melasma não sejam totalmente compreendidas, múltiplos fatores estão envolvidos no processo. Nesse caso, a ocorrência de melasma indica predisposição genética em 30% dos casos. Além disso, gravidez, contraceptivos orais, disfunção endócrina, terapia hormonal, medicamentos (anticonvulsivantes, agentes fototóxicos e fenotiazinas), sensibilidade ao contato cosmético e exposição à luz ultravioleta também são fatores predisponentes ao melasma. (Ana Luíza Almeida de Carvalho et al. 2023)

O diagnóstico do melasma baseia-se na história e nas manifestações clínicas de máculas e placas hiperpigmentadas distribuídas simetricamente na face. Examinar a luz de Wood pode ajudar a identificar padrões de deposição de pigmento. O tratamento do melasma pode ser desafiador devido à sua natureza crônica e recorrente. Os tratamentos incluem clareadores de pele, peelings químicos e terapia com laser e luz. (Ana Luíza Almeida de Carvalho et al. 2023)

Estudos epidemiológicos sugerem maior prevalência entre fenótipos mais pigmentados. O melasma é uma doença geralmente difícil de tratar e de longo prazo, com recorrente impacto na percepção da qualidade de vida das pacientes. (Camila Fernandes Pollo et al. 2018).

Em pacientes clínicos, as doenças de pele como o melasma, podem afetar a autoestima e tem um enorme potencial a desencadear sentimentos que podem manifestar-se como ansiedade, tristeza ou até mesmo quadros depressivos. Sabe-se que a intensidade do prejuízo no emocional é proporcional ao tempo que a pessoa afetada convive com o melasma. (Camila Fernandes Pollo et al. 2018).

Os resultados indicam que melasma é uma dermatose comum e, por afetar áreas expostas, produz uma aparência de negligência e é difícil de camuflar, sobressaindo em um impacto na imagem corporal e nas relações interpessoais. A pesquisa mostra que mulheres com esta afcção sentem-se menos atraentes e utiliza maquiagem para encobrir vários pontos. (Camila Fernandes Pollo et al. 2018).

Embora a maioria dos pacientes dermatológicos não apresentam doenças com risco de morte, as doenças de pele principalmente em região facial, têm um impacto significativo no estado emocional, pois pelos estigmas causados por manifestações muito aparentes prejudicam a autoimagem e têm um grande potencial para conduzir a depressão e a ansiedade tanto quanto doenças sistêmicas graves. Apesar de não serem ameaçadoras à vida, nem fisicamente debilitantes, podem afetar gravemente funções psicológicas e sociais dessas mulheres.

Neste sentido, mudanças físicas na aparência como manchas causadas pelo melasma são capazes de trazer sofrimento e mudança para a vida de mulheres, mudando sua rotina diária e de habilidades sociais de forma geral.  Dados sociológicos e psicológicos cada vez mais indicam que problemas de pele podem ter sérias consequências, pois geram vergonha, ansiedade e constrangimento social. (Camila Fernandes Pollo et al. 2018).

1 METODOLOGIA
 TIPOS DE PESQUISA

Será realizada uma revisão de literatura, comparativa e descritiva.

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Para inclusão serão utilizados periódicos de livre acesso, disponíveis nas bases de dados científicas Medline, Google Acadêmico e Scielo, disponíveis na língua portuguesa, publicados nos últimos 06 anos. Para busca serão utilizados os descritores qualidade de vida; Melasma; Hiperpigmentação, impactos causados pelo melasma, mulheres com melasma. Será excluído qualquer material que não atenda aos critérios de inclusão, tais como publicações de outros idiomas que não o português e publicações científicas antecedentes períodos específico e que forem de caráter pago.

 ANÁLISES DOS DADOS 

Após a seleção dos artigos, leitura e fichamento dos dados, eles serão analisados e discutidos visando analisar a possível relação dos possíveis impactos causados pelo melasma em mulheres. Por não se tratar de estudo com seres humanos, o presente trabalho não necessita ser submetido ao comitê de ética em pesquisa, conforme a resolução 466/12 e 510/16.

2  DISCUSSÃO

A pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha um papel crucial na proteção e no bom funcionamento do organismo. Ela é composta por três camadas: epiderme, derme e hipoderme. A camada basal, que é a mais profunda da epiderme, contém os melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele através da produção de melanina. O excesso de melanina pode levar ao desenvolvimento de uma condição chamada melasma. Aline Araújo Oliveira et al (2019).

O melasma é uma condição crônica da pele caracterizada por manchas escuras, assintomáticas, irregulares e simétricas, que geralmente aparecem na face e outras áreas expostas ao sol. Embora possa afetar pessoas de todas as etnias e ambos os sexos, é mais comum em mulheres entre 30 e 55 anos, especialmente em mulheres de pele mais escura que vivem em regiões com alta exposição solar. Estudos mostram que cerca de 90% dos casos ocorrem em mulheres em idade reprodutiva, com apenas cerca de 10% dos casos ocorrendo em homens. Aline Araújo Oliveira et al. 2019).

O melasma se manifesta como manchas de pigmentação escura, geralmente sem sintomas, com bordas irregulares e distribuição simétrica. Ele pode ocorrer em três padrões clínicos diferentes, sendo o mais comum o centro facial, seguido pelo malar e mandibular. É uma queixa dermatológica comum, sendo a terceira mais relatada em consultas dermatológicas, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Sua prevalência varia de acordo com fatores como etnia, tipo de pele e exposição solar, sendo mais comum em hispano-americanos e brasileiros que vivem em regiões com alta exposição à radiação ultravioleta. (Aline Araújo Oliveira et al. 2019).

Apesar do melasma ser principalmente um problema estético sem graves repercussões na saúde, pode causar significativos impactos emocionais nas pessoas afetadas. Essas manchas escuras no rosto podem desencadear ansiedade, baixa autoestima e até depressão. A condição afeta a forma como a pessoa se vê e como é vista pelos outros, comprometendo sua confiança e capacidade de enfrentar o mundo. Diante dessa insatisfação, muitas mulheres buscam diversos tratamentos para melhorar as manchas e aliviar o impacto psicológico negativo que elas causam. (SILVA, D. A. M. da.; SANTOS, J. R. 2021).

Nos últimos anos a estética e cosmética está cada vez mais em busca de tratamentos com a finalidade de corrigir as alterações no corpo. Na maioria dos casos esses tratamentos traz uma melhoria e qualidade de vida social das pascientes. (Elisangela Aparecida Fresca.2018).

Dentre os tratamentos um dos resursos mais utilizado é o microagulhamento, composto por um rolo revestido por agulhas finas cuja função é provocar pequenos furos na camada córnea, sem danificar a epiderme, a fim de induzir um processo inflamatório que conduzirá ao restabelecimento da pele, favorecendo a estimulação de elastina e colágeno. (Joyce Weidja Mendonça Parente et al.2022).

3 CONCLUSÃO

O melasma é uma condição crônica da pele que revela como manchas escuras e simétricas, principalmente no rosto e em áreas expostas ao sol. Ainda que seja mais comum em mulheres entre 30 e 55 anos, pode afetar pessoas de ambos os sexos. Mesmo que o melasma seja principalmente um problema estético, ele pode ter um impacto significativo na saúde emocional das pessoas afetadas, levando a ansiedade, baixa autoestima e até depressão. Consequentemente muitas mulheres buscam tratamentos para melhorar as manchas e aliviar o impacto psicológico negativo. Esses tratamentos podem trazer melhorias na qualidade de vida social das pacientes.

REFERÊNCIAS

1 SilvaA. L. A. de C.; AthieG. N.; RamosJ. de S.; LopesL. L. S. R.; JúdiceW. A. de S. Qualidade de vida de mulheres portadoras de melasma. Revista Eletrônica Acervo Científico, v. 44, p. e11729, 8 mar. 2023.

2 Pollo CF, Miot LDB, Miot HA, Meneguin S. Signifi cados da qualidade de vida para pacientes com melasma facial. ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther., 16: e3318. https://doi.org/10.30886/estima.v16.626_PT

3 Impacto do Melasma na Autoestima de Mulheres / Impact of Melasma on Women’s Self-Estems | ID on line. Revista de psicologia (emnuvens.com.br). 29 dez. 2019

4 SILVA, D. A. M. da.; SANTOS, J. R. . O impacto da estética terapêutica na qualidade de vida de mulheres com melasma. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento. 22 dez. 2021

5 MELASMA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO | Revista Científica Unilago 09 nov. 2018.

6 v. 33 n. 27 (2022): AGOSTO/2022 – ISSN: 2176-9141