IMPACTOS DA SELETIVIDADE ALIMENTAR EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11522817


Aline Cássia Reis dos Santos de Paula
Gabriela Luiza Lopes Bueno Francisco
Gradton Wellinton de Souza
Monalisa Gomes
Orientadora: Prof. Me. Vanessa Dias Ferreira Nogueira


RESUMO 

O Transtorno do Espectro do Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits na comunicação social e padrões de comportamento repetitivos e restritos. A seletividade alimentar é comum em crianças atípicas e pode ter um impacto significativo na sua saúde e qualidade de vida. O presente estudo utilizou uma abordagem multidisciplinar que incluiu uma revisão da literatura e análise de dados de estudos anteriores para examinar os efeitos da seletividade alimentar em crianças com TEA. Foram consideradas as características da seletividade alimentar, seus fatores de influência e possíveis intervenções para enfrentar esse problema. A seletividade alimentar em crianças portadoras do TEA é influenciada por diversos fatores, incluindo características sensoriais, comportamentais, genéticas e ambientais. Pesquisas anteriores mostraram que a seletividade alimentar é altamente prevalente nesta população, o que pode levar a deficiências nutricionais e problemas de saúde a longo prazo. Os resultados da análise indicam que a seletividade alimentar em crianças com TEA é uma questão complexa e multifacetada. Fatores como textura, cor, aroma e aparência dos alimentos podem influenciar as escolhas alimentares. Além disso, foram identificadas possíveis intervenções como terapia sensorial e exposição repetida a novos alimentos para melhorar os hábitos alimentares dessas crianças. A seletividade alimentar é um grande desafio para crianças com TEA e suas famílias. É importante que os profissionais de saúde estejam conscientes desta questão e estejam prontos para fornecer apoio e intervenção adequados. Uma abordagem multidisciplinar e uma compreensão das necessidades individuais de cada criança são essenciais para gerir eficazmente a seletividade alimentar e promover a melhoria da qualidade de vida das crianças.

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno do Espectro Autista. Deficiência Nutricional. Nutrição Infantil. Comportamento Alimentar. Alimentação Seletiva.

INTRODUÇÃO 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição comportamental caracterizada por dificuldades nas áreas da comunicação verbal e não verbal e desenvolvimento neuropsicológico. Normalmente, manifesta-se durante a infância e persiste até a adolescência e a idade adulta. A prevalência é mais alta em meninos, com uma proporção de 3,5 a 4,0 para cada menina (MOREIRA, 2019).

Alguns indivíduos experimentam melhorias enquanto crescem e conseguem levar uma vida convencional. Embora não haja cura para o autismo, existem diversos tratamentos disponíveis para auxiliar as pessoas afetadas por essa condição. O principal objetivo desses tratamentos é reduzir os sintomas comportamentais. Embora não haja evidências da eficácia de medicamentos no tratamento do autismo, algumas crianças conseguem desenvolver habilidades de linguagem e independência excepcionais (QUEIROZ et al., 2018).

Depois de diagnosticada, é fundamental que a criança e seus responsáveis recebam atendimento de uma equipe multidisciplinar de saúde que inclua um nutricionista, uma vez que a nutrição é uma das formas de intervenção para esse transtorno e auxilia na redução dos sintomas comportamentais e gastrointestinais (PAIVA; GONÇALVES, 2020; CAMPELLO et al., 2021).

Crianças atípicas que apresentam seletividade alimentar manifestam sintomas como desinteresse pela comida, falta de apetite e vários graus de comprometimento sensorial, comprometendo a qualidade de vida dos mesmos (PEREIRA et al., 2021). Geralmente, possuem preferência por alimentos processados ricos em amido (MARQUES, 2021). O sabor, formato, temperatura e cor dos alimentos influenciam a alimentação de portadores do TEA, sendo necessários tratamentos que introduzem alimentos com poucos aditivos a fim de prevenir complicações relacionadas à dieta e à saúde (OLIVEIRA; FRUTUOSO, 2021).

Indivíduos com diagnóstico de autismo são mais seletivos na escolha de alimentos, preferindo aqueles com cores e consistências específicas. Certas abordagens nutricionais podem melhorar a função cerebral, a atenção, o humor, o crescimento e a saúde geral dos pacientes. Uma alimentação equilibrada pode proporcionar melhores interações sociais, concentração, comunicação, controle de acessos de raiva e reações de pânico a locais desconhecidos (VALDIVINO, 2016).

A urina de crianças autistas contém altos níveis de peptídeos, o que resulta na degradação incompleta de algumas proteínas do leite e do trigo. A remoção dessas proteínas através da terapia nutricional pode melhorar os sintomas do TEA. As abordagens nutricionais mais estudadas incluem dieta com pouco glúten e caseína, dieta específica de carboidratos, dieta mediterrânea e dieta cetogênica. O estado nutricional das crianças com autismo depende dos alimentos que consomem diariamente, de maneira que processos fisiológicos e metabólicos funcionam baseados na qualidade alimentar. Portanto, muitas vezes há rejeição a alimentos naturais, provocando falta de oferta de nutrientes essenciais (GONZÁLEZ, 2010 Apud MENDES, 2020).

O TEA é caracterizado por distúrbios comportamentais de diferentes níveis e gravidade. Não existem testes padronizados para diagnóstico, sendo necessária a utilização de dados clínicos e observação direta do comportamento, além de informações fornecidas pelos pais e familiares (SILVA, 2021). Uma abordagem terapêutica adequada ao TEA requer uma equipe mista, incluindo psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, especialistas em educação física e fisioterapeutas (MAGAGNIN et al., 2019). 

Essas equipes devem desenvolver uma variedade de habilidades para incluir esses indivíduos em suas atividades diárias: cognitivas, sociais e linguísticas. Uma abordagem para lidar com as preferências alimentares em equipes de variadas áreas é a terapia de integração sensorial, que mostra resultados positivos na prática clínica (MOURA; SILVA; LANDIM, 2021).

OBJETIVO

O objetivo deste estudo é analisar as questões nutricionais subjacentes à seletividade alimentar em pacientes autistas, examinando o padrão de consumo alimentar baseado em grupos de alimentos. Avaliar o impacto das escolhas alimentares. Estes objetivos serão alcançados através de uma revisão abrangente da literatura atual e da recolha e análise de dados de estudos empíricos sobre este tema. Ao atingir estes objetivos, este estudo proporciona uma compreensão mais profunda dos desafios alimentares enfrentados pelas crianças diagnosticadas com TEA e avaliação de intervenções eficazes para promover uma nutrição saudável e adequada nesta população específica.

MÉTODOS

A escolha de um modelo de trabalho acadêmico envolve vários fatores, dentre eles alguns podem ser citados, tais como: tempo hábil para execução (prazo estipulado pela instituição); tema a ser abordado; bibliografia disponível; objetivos propostos e delineamento experimental. O projeto de pesquisa, elaborado anteriormente, define qual o tipo de modalidade que mais se enquadra ao tema proposto.

Para este trabalho, de acordo com as normas da instituição, foi escolhida uma Revisão de Literatura, a ser elaborada aos moldes de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Este TCC foi elaborado e escrito selecionando estudos realizados, preferencialmente, nos idiomas espanhol, inglês e português, referentes ao tema.

 Como base de dados foram utilizados: o Google Acadêmico; o Pubmed e o Scielo, empregando operadores booleanos específicos para cada plataforma. Durante a seleção de trabalhos, os critérios de inclusão consideraram idioma (espanhol, inglês e português), período de elaboração e evidências concretas acerca do tema proposto, já os de exclusão levaram em consideração ano de publicação (excluindo as mais antigas) e a relevância acadêmica dos trabalhos. Após a escolha de material bibliográfico viável, iniciou-se um processo de leitura e análise minuciosas dos dados encontrados para que a redação fosse coesa, precisa e de fácil entendimento.

RESULTADOS

Os resultados obtidos por Paula et al. (2020) corroboraram a presença de seletividade alimentar em todos os participantes da pesquisa. A maioria demonstrou ser seletiva em relação às frutas, vegetais, temperatura e consistência dos alimentos. A problemática da seletividade requer atenção especial, visto que pode impactar o estado nutricional das crianças, influenciando seu desenvolvimento e qualidade de vida. 

A avaliação realizada por Bittar et al. (2022) destaca as respostas à seletividade como um tema relevante, uma vez que a seletividade alimentar é prevalente, sendo que as crianças frequentemente selecionam alimentos com base em características como especiarias ou texturas. Este aspecto demanda especial atenção, pois as restrições alimentares frequentemente se concentram em opções não saudáveis, associadas ao excesso de peso e ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.

 Em pesquisa conduzida por Rodrigues et al. (2022), observou-se que a maioria dos participantes enfrentava dificuldades para se alimentar e experimentar novos alimentos, o que pode resultar em deficiências nutricionais na dieta infantil. Tais resultados podem ser atribuídos ao modo como os alimentos são oferecidos, uma vez que a maioria das crianças recebe alimentos líquidos em formato não chamativo. 

O estudo de Rocha et al. (2019) identificou que 85,7% dos participantes enfrentavam desafios durante as refeições, relacionados à recusa de novos alimentos, problemas com texturas e variedades, sendo que as estratégias adotadas pelos pais e cuidadores incluíam a apresentação diferenciada dos alimentos. Entre os alimentos, os vegetais, frutas, leite e derivados foram os mais rejeitados. 

Caetano e Gurgel (2018) realizaram um estudo acerca do perfil nutricional de crianças diagnosticadas com TEA. A amostra era composta por 26 crianças, com idade média de 7 anos, sendo que 92,31% eram do sexo masculino. Um relatório de 24 horas revelou que 53,85% das crianças com autismo apresentavam alta ingestão calórica, possivelmente devido a escolhas alimentares inadequadas. Quanto aos macronutrientes, os carboidratos e proteínas estavam dentro dos limites recomendados em 57,69% e 88,43% dos indivíduos, respectivamente, enquanto os lipídios estavam abaixo dos valores recomendados em 65% dos pacientes. No que diz respeito aos micronutrientes, o estudo constatou deficiência de ferro em 88,46% dos participantes, 50% apresentaram deficiência de cálcio e 77% de vitamina A.

Um estudo conduzido por Silva, Santos e Silva (2019) entrevistou 39 crianças e realizou um registro alimentar de 24 horas, identificando o consumo de fontes de glúten, caseína e produtos envelhecidos. A análise revelou que as crianças que ingeriram glúten, caseína e massas apresentaram algumas alterações gastrointestinais, como refluxo, gases, diarreia e constipação. No entanto, apenas o consumo de glúten foi associado aos sintomas gastrointestinais.

Em uma pesquisa envolvendo oito crianças, estas seguiram uma dieta restrita em glúten e caseína por 30 dias. Todos os participantes responderam positivamente, com melhora nos sintomas do autismo, incluindo agressividade, transtorno obsessivo-compulsivo e ansiedade. Quatro mães também relataram melhorias nos sintomas gastrointestinais. No entanto, são necessários estudos adicionais com amostras maiores e em períodos mais longos para confirmar a eficácia dessa dieta (PIMENTEL et al., 2019).

Outro estudo conduzido por Almeida et al. (2018) constatou que as comorbidades gastrointestinais são comuns em crianças com TEA, havendo evidências de uma relação entre essas condições e a gravidade do transtorno. Essa relação, às vezes negligenciada, pode aumentar a incidência de irritabilidade, ansiedade e isolamento social. De acordo com este estudo, Kral et al. (2015) afirmam que crianças com TEA que apresentam sensibilidade sensorial oral atípica tendem a ter comportamentos de evitação alimentar mais pronunciados do que aquelas com sensibilidade sensorial oral típica.

Estudos demonstram que jovens com TEA possuem maior risco de desenvolver excesso de peso devido a diversos fatores, como dificuldades na comunicação social, comorbidades secundárias, uso de medicamentos, dificuldades na prática de atividades físicas, influências biológicas, ambiente alimentar e escassez de profissionais qualificados (QUEDAS et al., 2020).

Pesquisa realizada por Caetano e Gurgel (2018) revelou que 58% das crianças com TEA avaliadas apresentavam deficiência de vitamina B6. Esta vitamina desempenha papel crucial na saúde, participando de diversas reações bioquímicas, incluindo a síntese, conversão e degradação de aminoácidos, ácidos graxos e neurotransmisores. Além disso, atua como coenzima na síntese de neurotransmissores como ácido gama-aminobutírico (GABA), dopamina, norepinefrina, histamina e serotonina. Estudos indicam que a suplementação de vitamina B6 em conjunto com magnésio pode potencializar o comportamento (ROBEA et al., 2020). 

Liu et al. (2016) evidenciaram que a anemia foi uma das principais alterações nutricionais observadas em seu estudo, sendo a deficiência de ferro a causa subjacente. A deficiência de ferro e a anemia ferropriva tem sido associadas a indivíduos com transtornos de desenvolvimento e psiquiátricos.

DISCUSSÃO 

Entre os padrões alimentares identificados em crianças com TEA, destaca-se a alta prevalência da seletividade alimentar, englobando transtornos e recusas alimentares. Fatores como preferências individuais, identificação com alimentos, contexto ambiental e rotina alimentar exercem influência sobre o comportamento alimentar dessas crianças (ARANTES, 2022). 

A formação dos hábitos alimentares tem início na amamentação e continua ao longo da vida, sendo passível de modificações influenciadas por fatores genéticos, ambientais, econômicos, físicos, sociais e psicológicos, que moldam as preferências e escolhas alimentares. Logo, a aceitação de certos alimentos é multifacetada e depende de uma variedade de variáveis (BRAGA et al., 2021).

A recusa alimentar pode ser desencadeada por experiências negativas com alimentos, déficits neuromotores, regurgitação e receio de situações desconhecidas, como parto prematuro. Nesse contexto, os transtornos alimentares (TA) referem-se a distúrbios que impactam negativamente o padrão alimentar, podendo interferir no desenvolvimento nutricional e social (BRAGA et al., 2021). 

Alguns desses TA podem manifestar-se por perda de apetite, desinteresse por alimentos, prolongamento das refeições, inquietação e distração (OKUIZUMI et al., 2020). Embora a seletividade alimentar seja comum na infância, estudos realizados por Gray et al. (2018) e Yeung et al. (2021) indicam que crianças com TEA enfrentam dificuldades alimentares mais significativas em comparação com crianças neurotípicas.

O ato de se alimentar é uma prática social que vai além da simples ingestão de nutrientes, envolvendo também aquisição de alimentos, preparo, relações interpessoais e escolhas alimentares. É na infância que tais hábitos se estabelecem, tanto no ambiente familiar quanto no escolar. Dessa forma, compartilhar refeições é uma maneira de unir esses espaços alimentares e fortalecer os laços sociais (GUO et al., 2018).

Para crianças com TEA, os desafios alimentares impactam significativamente na rotina diária das famílias, tornando as refeições tanto um desafio para os relacionamentos quanto para a nutrição adequada. Um estudo conduzido por De Oliveira e Frutuoso (2021) destacou que a alimentação afeta os campos sensoriais, como olfato e tato, e que a forma como os alimentos são apresentados e consumidos pode influenciar as interações sociais das crianças com autismo. Além disso, alguns estereótipos e comportamentos genéricos sobre a deficiência podem limitar a compreensão e reduzir as oportunidades de melhoria das conexões sociais (DE OLIVEIRA; FRUTUOSO, 2021).

Diversas intervenções tem sido empregadas para lidar com a neofobia alimentar, incluindo a educação sensorial, que envolve o uso de todos os cinco sentidos no aprendizado alimentar. A exposição repetida a novos alimentos, juntamente com o envolvimento de pessoas de confiança, tem se mostrado eficaz, embora os resultados possam ser limitados por diferentes abordagens e padrões alimentares (BENNETT et al., 2020).

A alimentação não responsiva ocorre quando pais ou cuidadores não estão atentos aos sinais alimentares da criança, resultando na falta de motivação para comer. Esse cenário pode levar à perda de autonomia e à incapacidade de reconhecer os sinais de fome e saciedade, contribuindo para o ganho rápido de peso e deficiências nutricionais (SILVA et al., 2016).

Diante da complexidade e individualidade das crianças com TEA, é crucial que os profissionais compreendam suas necessidades específicas para promover um desenvolvimento nutricional e comportamental adequado. Portanto, estratégias personalizadas de intervenção devem ser adotadas por nutricionista em consultório, como por exemplo, a dessensibilização sensorial gradual, onde alimentos são introduzidos de forma lenta e controlada para reduzir a aversão sensorial. Além disso, a terapia de exposição repetida e positiva utiliza a apresentação repetida de novos alimentos em ambientes sem pressão, promovendo uma associação positiva, a utilização de reforços positivos, como elogios e recompensas por experimentar novos alimentos, também é uma prática comum. Essas estratégias são frequentemente acompanhadas por um planejamento alimentar individualizado, levando em conta as preferências e aversões específicas da criança. Assim, novas pesquisas são necessárias para aprofundar o entendimento dos transtornos alimentares, comportamentais e possíveis terapias.

CONCLUSÃO

Diante do exposto, fica evidente que a seletividade alimentar representa um desafio significativo para crianças portadoras do transtorno do espectro autista (TEA), afetando não apenas sua saúde nutricional, mas também seu bem-estar físico, emocional e social. 

A partir das análises realizadas, foi possível observar a complexidade desse fenômeno e sua ampla gama de influências, que vão desde questões genéticas e neurológicas até aspectos ambientais e sociais. A compreensão dos padrões alimentares e comportamentais dessas crianças é crucial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de intervenção e suporte. 

É fundamental que profissionais da área da saúde, principalmente nutricionistas, estejam capacitados para identificar e abordar as necessidades específicas de cada criança com TEA, promovendo uma alimentação adequada que contribua para seu crescimento e desenvolvimento. 

Além disso, é importante ressaltar a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento dessas crianças, envolvendo profissionais de diferentes áreas, como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. Somente através de uma abordagem integrada e holística será possível proporcionar o suporte necessário para que essas crianças possam superar os desafios relacionados à seletividade alimentar e alcançar uma melhor qualidade de vida. Portanto, faz-se necessário o desenvolvimento contínuo de pesquisas e ações voltadas para a compreensão e manejo da seletividade alimentar em crianças com TEA, visando melhorar seu prognóstico e promover uma vida mais saudável e plena para esses indivíduos e suas famílias.

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