BIOFEEDBACK E MÉTODO PILATES NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES DA TERCEIRA IDADE

BIOFEEDBACK AND PILATES METHOD IN THE TREATMENT OF STRESS URINARY INCONTINENCE IN ELDERLY WOMEN

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11498859


Estefani de Moura Lima,
Jaqueline Ribeiro,
Sheila Basílio de Oliveira Paranhos,
Orientador (a): Profº. MSc. Fábio Augusto d´Alegria Tuza,
Orientador: Profª. Esp. Maria da Penha Laprovita


RESUMO

Introdução: A Incontinência Urinária de Esforço é a perda involuntária de urina  secundaria ao aumento da pressão intra abdominal por  esforço físico, tosse ou espirro.Decorre da insuficencia esfincteriana e inabilidade em  manter a pressão de fechamento uretral,  resultando em perda urinária. Na fisioterapia pélvica, o biofeedback é um dos aparelhos mais utilizados  por contribuir  na ,prevenção, inibição e evolução do quadro de incontinencia, com redução dos sintomas.Concomitatemente destaca-se  atualmente, o Método Pilates, que  vem sendo, apontado como recurso adjuvante na na fisioterapia pelvica,por sua contribuição na  melhora da  vascularização da região pélvica, aumento da  tonicidade e força da musculatura do     assoalho pélvico. Objetivo :Revisar a literatura especializada sobre a contribuição da Fisioterapia com uso do biofeedback associado ao Método Pilates na incontinência urinária de esforço em mulheres da terceira idade. Metodologia: revisão sistemática da literatura com abordagem qualitativa,exploratória quanto aos seus objetivos, realizada a partir da busca nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, Scientific Electronic Library Online, o Portal de Periódicos CAPES e a PubMed, concentradas em artigos publicados no período compreendido entre 2014 e 2024, nas línguas portuguesa e inglesa. Resultados: a pesquisa resultou em 44 produções acadêmicas obtidos aptos a fazer parte deste     estudo após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, e da exclusão por título. Conclusão:Esse estudo evidenciou que o biofeedback no tratamento de mulheres idosas com incontinencia urinaria de esforçose mostra eficaz, na redução dos sintomas contribuindo para a saude  feminina, sendo  amplamente utilizado pela fisioterapia pelvica, conforme estudos acadêmicos. Com relação ao Método Pilates, nota-se poucos estudos relacionados  a sua eficácia, isoladamente,ocorrendo predominio de publicaçoes, onde  recomenda-se  sua utilização  associada ao biofedback ou a outros métodos terapêuticos.

Palavra-chave: Incontinência Urinária de Esforço; Assoalho pélvico; Fisioterapia; Método Pilates, biofeedback.

ABSTRACT

Introduction: Stress Urinary Incontinence is the involuntary loss of urine upon physical exertion, coughing or sneezing, resulting from sphincter insufficiency. In pelvic physiotherapy, biofeedback is one of the most important devices in the prevention, inhibition and evolution of the condition and currently, the Pilates Method has proven to be efficient for physiotherapeutic rehabilitation through vascularization in the pelvic region, tone and strength of the pelvic muscles. pelvic floor. Objective: To review the specialized literature on the contribution of Physiotherapy using biofeedback associated with the Pilates Method in stress urinary incontinence in elderly women. Methodology: systematic literature review with a qualitative approach, being exploratory in terms of its objectives, carried out by searching the databases of the Virtual Health Library, Scientific Electronic Library Online, the CAPES Periodical Portal and PubMed, concentrated on published articles published in the period between 2014 and 2024, in Portuguese and English. Result: the research resulted in 44 academic productions obtained capable of being part of this study after applying the inclusion and exclusion criteria, and exclusion by title. Conclusion: Biofeedback in the treatment of elderly women is effective according to the selected articles and in terms of female health, urogynecological physiotherapy with its use has a greater contribution to academic studies. Regarding the Pilates Method, few studies have evaluated its effectiveness and that is why we recommend its use in combination with other therapies.

Keywords: Stress Urinary Incontinence; Pelvic floor; Physiotherapy; Pilates Method, Biofeedback.

1. INTRODUÇÃO

O processo de envelhecimento pode ser conceituado como fase dinâmica e progressiva em que alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas limitam progressivamente o idoso acompanhado por alterações nos sistemas neuromuscular, somatossensorial, vestibular e visual, podendo estar associado ao sedentarismo ou a doenças1.

A incontinência urinária (IU) é uma dessas alterações acarretando prejuízos na vida do indivíduo acometido, causando transtornos psicológicos, sociais, ocupacionais, domésticos, físicos e sexuais, assim interferindo negativamente na qualidade de vida em diversos casos implica em mudanças nos hábitos, estilo de vida e atividades diárias 2.

A IU na mulher é definida pela Sociedade Internacional de Continência (SIC) como qualquer perda involuntária de urina, podendo ser classificada em incontinência urinária de esforço (IUE), incontinência urinária de urgência (IUU) e incontinência urinária mista (IUM) 1.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é uma enfermidade caracterizada pela “perda involuntária de urina pela uretra”, sendo mais frequente em indivíduos idosos, gerando impactos negativos na qualidade de vida dos sujeitos

A perda involuntária da urina pela uretra tem maior incidência na terceira idade, decorrente do envelhecimento que traz alterações que interferem na força de contração da musculatura detrusora, pois a capacidade vesical e a habilidade de adiar a micção são reduzidas, tanto em idosos do sexo masculino quanto feminino, ocorrendo com mais incidência nas mulheres 2.

Envelhecer é uma fase importante, entretanto, ocorrem significativas perdas de funções que começam a ficar mais evidentes após os 60 anos. Especificamente na população idosa, os principais fatores que podem contribuir para o aparecimento da IU são: alterações hormonais, alterações cognitivas, constipação intestinal, imobilidade, atrofia dos músculos e tecidos, lentificação da resposta funcional do sistema nervoso e circulatório, diminuição da capacidade da bexiga, doenças crônicas e aumento do índice de massa corpórea 4.

Estudos apontam que a IUE é o tipo mais comum, que acomete cerca de 60% das mulheres com IU, sendo pela perda involuntária de urina quando a pressão intra-abdominal   e, consequentemente, a   pressão    intravesical, excedem a pressão de fechamento uretral máxima e sua etiologia caracteriza-se por ser multifatorial, tendo a causa mais comum a disfunção dos músculos do assoalho pélvico (MAP) 5.

Para que não ocorra à IUE é necessário que haja um funcionamento adequado do aparelho urinário inferior, que implica integridade anatômica dos centros e vias venosas, que coordenam a musculatura lisa e estriada do aparelho urinário e pavimento pélvico por ser decorrente de insuficiência esfincteriana, que pode ser provocada por alterações anatômicas e defeitos no esfíncter intrínseco da uretra 6.

A área de fisioterapia na geriatria tem papel importante na prevenção, inibição e evolução do quadro, mantendo a qualidade de vida do idoso. A IU apresenta-se como uma das prevalências nessa área, utilizando técnicas de exercícios para aquisição do fortalecimento muscular, além da reeducação da musculatura do assoalho pélvico e seu fortalecimento 2.

Pesquisas evidenciam que a IUE é o tipo de IU mais frequente nas mulheres, alcançando o percentual de 66,7% e a fisioterapia pélvica é um tratamento indicado para os casos nos quais faz-se necessário o aprimoramento da musculatura do Assoalho Pélvico e, entre as técnicas, encontra-se o biofeedback 7.

Pesquisas recentemente publicada destacam que o biofeedback é um dos aparelhos mais importantes da fisioterapia pélvica, justamente porque está presente no plano de tratamento de diversas disfunções do assoalho pélvico AP) e seus sintomas, principalmente na incontinência urinária de esforço 8,9,10.

Atualmente, profissionais de fisioterapia utilizam o Método Pilates (MP) como um programa de treinamento físico e mental que considera o corpo e a mente como uma unidade, onde o primeiro pilar do método é alcançar um melhor funcionamento do corpo baseando-se no fortalecimento do centro de força, expressão que denomina a circunferência do tronco inferior, estrutura que suporta o resto do corpo

O estudo realizado com mulheres idosas com diagnóstico de incontinência urinaria de esforço, após realizarem o referido método visando o fortalecimento do assoalho pélvico, revelou a sua eficácia com a redução de perdas urinárias e aumento da força muscular do períneo 11.

Diante desse contexto, o presente estudo monográfico delimitou a contribuição da Fisioterapia com o uso do biofeedback associado ao Método Pilates em mulheres da terceira idade com incontinência urinária de esforço.

A pesquisa se justifica, tendo em vista que sua realização possui potencial para conscientizar as mulheres e a população em geral sobre como a abordagem fisioterapêutica que propicia técnicas menos invasivas e acessíveis, possibilitando o alívio dos sinais e dos sintomas, das perdas urinárias e a promoção da qualidade de vida 12.

Acredita-se que a realização deste estudo contribuirá com o desenvolvimento de novas pesquisas, que auxiliarão os profissionais e acadêmicos da área de Fisioterapia para compreender a eficácia do biofeedback associado ao Método Pilates.

Assim sendo, a pesquisa também possui relevância para o âmbito acadêmico- científico no reconhecimento para evitar a perda de urina via uretral. decorrente de insuficiência esfincteriana, que pode ser provocada por alterações anatômicas e defeitos no esfíncter intrínseco da uretra 6.

Diante desse contexto, o presente estudo delimitou como tema a eficácia do biofeedback associado ao Método Pilates em mulheres da terceira idade com incontinência urinária de esforço via uretral relatada na literatura especializada.

2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL

Revisar a literatura especializada sobre a contribuição da Fisioterapia com uso do biofeedback associado ao Método Pilates na incontinência urinária de esforço em mulheres da terceira idade.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Correlacionar os resultados da eficácia do biofeedback e do Método Pilates para o tratamento da incontinência urinária de esforço em mulheres da terceira idade.

Identificar na literatura  quais aparelhos ultilizados no Método Pílates no tratamento  da incontinência urinária de esforço em mulheres idosas.

Correlacionar e identificar o tempo de reposta no tratamento em cada método aplicado na literatura.

Contribuir nos estudos científicos e aprofundar a discussão acerca do tratamento fisioterapêutico em mulheres com incontinência urinária de esforço.

3 MARCO TEÓRICO

Apresentados os pressupostos teóricos voltados para este estudo especificado na presente pesquisa.

Abordaremos os principais conceitos sobre a função e o funcionamento da bexiga, o mecanismo de ação do urotélio, o controle neural do Trato Urinário Inferior, os nervos periféricos, o enchimento e o esvaziamento da bexiga, o assoalho pélvico, os cinco tipos de incontinência identificados, a sua fisiopatologia, o biofeedback, o Método Pilates.

3.1   ASSOALHO PÉLVICO

Assoalho pélvico (AP) ilustrado na figura 1, é objeto de estudos de diversos pesquisadores, conceituando-o como uma estrutura complexa composta por músculos, fáscias e ligamentos que se encontra entre o osso púbis, cóccix e tuberosidade isquiática, na pelve 12,13,14.

Os músculos do AP são formados por dois tipos de fibras: o tipo I (T1), caracterizadas pela lentidão da sua contração, ao passo que as do tipo II (T2) são reconhecidas como aquelas que se contraem com maior rapidez, pontuando que há 70% das fibras T1 na constituição dos músculos do AP e apenas 30% das fibras T2. Palma13, destaca que os seus mecanismos de suporte são essenciais para a manutenção da continência 1213,14.

A função mais importante da AP no organismo feminino é de apoio às vísceras, exercendo papel na eliminação da urina, de suporte tanto na gestação quanto no parto e, por fim, sustenta os órgãos internos, além de possuir função esfincteriana 13.

As disfunções do AP, ocorrem com aproximadamente 33% das mulheres adultas, sendo as mais frequentes a IUE (16%), a Incontinência Fecal (IF) (9%) e o prolapso genital (PG) (3%) e o uso de técnicas não-cirúrgicas – ou seja, menos invasivas – para a ampliação da força muscular não somente é indicado, como também necessário. Os seus impactos, alegam os autores, são extremamente benéficos para as mulheres 12.

3.2 MECANISMO DA NEUROFISIOLOGIA DA MICÇÃO

Micção é o ato de expelir urina, seja de forma voluntária ou não; é o termo fisiológico utilizado para o esvaziamento da bexiga que é controlada pelo sistema nervoso, que possui pontos envolvidos na coordenação dos órgãos do sistema urinário entre eles os núcleos da medula espinhal sacral e do tronco cerebral3 .

A bexiga é um órgão muscular oco e age como um reservatório cuja função é a de armazenar e eliminar a urina. Seu funcionamento é coordenado pelo Sistema Nervoso Central (SNC) que está, respectivamente, “na medula, na ponte e nos centros superiores”, cabendo aos receptores da bexiga e da uretra a recepção e a transmissão das informações vindas dos órgãos desse sistema 15.

A micção, está sob a coordenação do tronco encefálico – que recebe o nome de centro pontino da micção (CPM) – e, em condições de bom funcionamento, recebe a influência do cerebelo, dos gânglios da base, do tálamo e do hipotálamo. Admitem que os processos de armazenamento de urina e micção estão sob controle do SNC e quaisquer alterações neurológicas podem interferir no controle da micção 15.

O primeiro ponto acerca da fisiologia da micção é que as fibras do detrusor se adaptam tanto ao armazenamento da urina quanto à sua eliminação, de modo que o enchimento da bexiga ocorre apenas diante de baixas pressões intravesicais. O controle neural do trato urinário inferior (TUI) possui três conjuntos formados por nervos periféricos, sendo eles os sistemas a) parassimpático, cujas

funções são, respectivamente, a contração detrusora e o relaxamento uretral; b) simpático, cuja função é inibir o detrusos e estimular tanto o colo vesical quanto a uretra proximal e; c) somático, cujas funções são relaxar os músculos do Assoalho Pélvico e encher e esvaziar o colo vesical 16.

A fisiologia da micção requer conhecimento sobre o Trato Urinario Inferior (TUI) ilustrada na Figura 2. Segundo Rios; Averbeck; Madersbacher 16.

Figura 2: Anatomia da bexiga e uretra próxima
Fonte: Rios; Averbeck; Madersbacher 16

No ciclo miccional, identificamos dois movimentos que são o enchimento e o esvaziamento. No enchimento são ativados os nervos aferentes vesicais a partir de uma distensão da bexiga, no qual Centro Pontinuo da Micção (CPM) – cuja função é inibitória – é monitorado, resultando na ativação do esfíncter externo. Rios, Averbeck e Madersbacher16 a denominam fase de armazenamento e afirmam que essa se trata de uma fase passiva, onde há um reflexo simpático que promove a inibição das contrações. O reflexo é inibido em momentos nos quais a pressão vesical se encontra acima do limite 16.

O esvaziamento, por sua vez, ocorre quando o CPM para a inibição do Centro Sacral da Micção (CSM) e ativa a contração vesical enquanto, em paralelo, há a interrupção da inibição simpática e inibição da ativação somática; o que resulta no relaxamento do aparelho esfincteriano representado na Figura 3. Essa fase pode ser voluntária ou involuntária, sendo um relaxamento do esfíncter uretral seguido em poucos segundos por uma contração detrusora, levando a um aumento da pressão vesical e promoção de fluxo urinário 15.

3.3 INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO

A IUE pode ser definida como a queixa de perda involuntária de urina no esforço físico, espirro ou tosse, nos atos de levantar, mudar de posição e subir escadas. Considerado um distúrbio mais frequente no sexo feminino, pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta da uretra, sejam mais frágeis nas mulheres 14,15.

Infelizmente e popularmente, a IUE é comumente relacionada como algo exclusivo à gestação, o que decorre a um tratamento não adequado, pois as causas se relacionam, principalmente, com o enfraquecimento dos músculos do AP, o que resulta na incompetência do esfíncter uretral 16,17.

O principal objetivo do tratamento da IUE é a restauração da incontinência e a reabilitação da paciente. No século XXI há tratamentos destinados para a resolução deste problema de saúde, em especial no que diz respeito à área da Fisioterapia, uma vez que a implementação de tratamentos não-cirúrgicos é um fator em crescimento

Em pesquisa realizada objetivou-se identificar as causas e os principais tratamentos para a IUE, alegando-se que o tratamento fisioterapêutico é indispensável para o combate da doença. Segundo as pesquisadoras, a Fisioterapia corrobora para a recuperação das funções voluntárias da musculatura18.

3.3.1   Classificação da IUE

Para Martinez; Kraievski 18 há três tipos de IUE conforme a sua perda de urina e a tipologia se dá especificamente a partir do seu grau de seriedade:

  1. O T1, caracterizado pela perda discreta de urina, ocorre quando o paciente realiza um grande esforço físico e está em pé;
  2. O T2, caracterizado pela perda de moderada de urina, ocorre nas mesmas condições do tipo anterior e;
  3. O T3, caracterizado pela perda severa de urina, ocorre quando o paciente sofre uma lesão na uretra e a bexiga perde a capacidade de se contrair.

Outros pesquisadores identificam 19:

  1. O Tipo 0, de acordo com os autores, é quando o paciente, apesar de apresentar um histórico de IUE, não demonstra qualquer nível de perda de urina ao longo das avaliações clínicas.
  2. O T1 é quando, ao se esforçar, o colo vesical de movimenta menos de 2cm.
  3. O Tipo II a, por sua vez, possui forte similaridade com o T1, com a diferença de haver um movimento maior do que 2cm que se intensifica sob maior pressão abdominal.
  4. O Tipo II b, é quando há a abertura da uretra proximal sem que haja obrigatoriedade na movimentação do colo vesical.
  5. O último, T3, é caracterizado pela demonstração objetiva da perda não intencional de urina de acordo com o aumento da pressão intravesical.
3.3.2   Causas da IUE

O mecanismo de contenção urinária pode ser perturbado por vários fatores, genericamente associado à fraqueza da musculatura pélvica, nomeadamente os músculos do pavimento pélvico: os músculos do períneo 19.

Na IUE o aumento intenso e brusco da pressão intra-abdominal constitui o fator perturbador do mecanismo de contenção urinária ao elevar a pressão intravesical. Na realidade se a pressão abdominal se transmitisse de forma homogénea e idêntica tanto para a uretra como para a bexiga, a relação entre as duas pressões continuaria a manter-se não sendo induzida qualquer força no sentido da expulsão da urina do interior da bexiga. Contudo, a pressão intravesical tende a elevar-se sem o equivalente aumento da pressão intrauretral15

A explicação para este fenômeno está associada ao mecanismo de controlo da micção, o qual condiciona o relaxamento dos músculos do períneo e a consequente diminuição da pressão intrauretral, no momento em que a contração dos músculos abdominal assegura o aumento da pressão intra-abdominal e da pressão intravesical. O aumento da pressão intrauretral pode ser conseguido pressionando a uretra contra a sínfise púbica através da contração dos músculos do períneo 9.

De uma forma geral, a IUE é atribuída à incapacidade dos músculos do períneo em assegurar níveis de pressão intrauretral superior ao da pressão intravesical. A fraqueza dos músculos perineais é entendida como um fenómeno associado ao processo de envelhecimento e/ou à gravidez e parto vaginal, ao número de gravidezes e partos ou mesmo à redução no número de fibras do tipo I 4,3,6,15,20.

Em estudos de revisão de literatura apontam que mulheres incontinentes encaram os episódios de perda de urina via uretral como um fenómeno natural associado ao envelhecimento e para o qual não há nada a fazer, a não ser esconder- se do resto da sociedade 9.

Entretanto destacam se que o envelhecimento, por si só, não poder ser encarado como causa da IUE, o certo é que as disfunções do aparelho urinário da mulher associadas à idade, em conjunto com algumas patologias comuns como as infecções urinárias, constituem fatores predisponentes relevantes para o aparecimento e manutenção da condição clínica 19.

As evidências disponíveis até ao momento apontam para o fato da idade e as doenças relacionadas com o processo de envelhecimento serem fatores etiológicos mais importantes que a menopausa no desenvolvimento da IUE 14,20.

3.4 BIOFEEDBACK

O biofeedback é utilizado para o fortalecimento dos MAP, sendo um aparelho que capta os movimentos que o paciente realiza sob orientação do profissional de saúde, podendo se observar em uma tela os sinais biológicos que estão sendo reproduzidos.

Na fisioterapia pélvica, as incontinências urinárias é um grande desafio, os músculos da pelve são pouco visíveis e não estamos acostumados a isolar seus movimentos e treiná-los pode ser mais difícil. Desta forma, o biofeedback pode acelerar o processo e mudar o rumo do tratamento das incontinências urinárias 21,22,23.

Feedback significa, literalmente, retroalimentação e o termo é utilizado quando um indivíduo precisa saber se uma ação teve o efeito necessário, sendo útil nas mais diversas áreas. Na Fisioterapia, o biofeedback se destaca atualmente, mostrando ser uma arma poderosa para diversos tratamentos. Sua principal função é transformar ações que passariam despercebidas em sinais objetivos, conscientizando o paciente sobre o próprio corpo 21,22).

Uma das grandes vantagens do uso do biofeedback é o seu caráter minimamente invasivo. Diferentemente de métodos radiográficos, por exemplo, ele não traz maiores complicações e pode ser usado rotineiramente 21,22.

O biofeedback ilustrado na Figura 4, é um aparelho que, busca dar um feedback visual tanto para a paciente quanto para o fisioterapeuta, através de estímulo dos músculos do assoalho pélvico por uma sonda que é introduzida no canal vaginal.

Os estudos para tratamento da IUE com o biofeedback apresentaram evidências científicas enquanto potencializador de intervenções de ganho de força nas pacientes. Afirmam que em grupos de mulheres da terceira idade que utilizaram o aparelho como forma de tratamento, apresentaram melhorias em relação aos que não usam 21,23.

Pelo exposto o biofeedback ilustrado na Figura 4 é um importante aliado no tratamento da IUE, pois permitir ao indivíduo desenvolver a capacidade de controlar voluntariamente as funções fisiológicas que não estão sob o seu controle naquele momento através da contração passiva, a propriocepção e ativação da MAP, melhorando o controle e a consciência perineal.

3.4.1 Funcionalidade do biofeedback

O aparelho biofeedback atua cooperando no fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico tendo sido recomendado como tratamento de escolha da IUE. Isso porque essa musculatura apresenta duas funções principais: suportar os órgãos pélvicos e contribuir para a função esfincteriana da uretra 24.

O biofeedback oferece à paciente a chance de manipular as respostas musculares do assoalho pélvico de acordo com sinais visuais ou auditivos, realizando um treinamento mais efetivo. Para o tratamento ser efetivo, deve ser associado aos exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e, com essa associação, é possível fortalecer e promover a contração correta dos músculos responsáveis pela continência 24.

O objetivo do tratamento com o biofeedback é promover uma pré-contração da musculatura do assoalho pélvico com a elevação da pressão intra-abdominal e aumentar o suporte pélvico por meio do aumento do tônus e da hipertrofia da musculatura. Enfatizam também que para o tratamento ser mais efetivo, deve ser associado aos exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e, com essa associação, é possível fortalecer e promover a contração correta dos músculos responsáveis pela continência 25

Associado o biofeedback ao Treino Muscular do Pavimento Pélvico (TMPP) para identificar, na literatura acadêmico-científica, os benefícios das técnicas utilizadas em conjunto com o Método Pilates. Os resultados indicam que tanto a qualidade de vida das mulheres quanto a força muscular são positivamente impactadas com a associação 26.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), realizaram estudo descritivo com análise quantitativa em uma clínica com o objetivo de comparar o MP e do biofeedback para o tratamento fisioterapêutico de mulheres com IUE. Os resultados dos experimentos foram satisfatórios, concluindo que ambas as técnicas fisioterapêuticas propostas para mulheres na menopausa  foram eficazes na redução da frequência das perdas miccionais mensais e no ganho de força muscular 5.

4 MÉTODO PILATES

O popular programa de exercícios, conhecido como o Método Pilates (MP), nome do fundador, Joseph Pilates que desenvolveu este método na década de 1920, consiste numa série de exercícios de flexibilidade e força de baixo impacto que produzem força para todo o corpo. Um conjunto de exercícios que produzem condicionamento de todo o corpo e promovem uma “ligação mente-corpo” 24.

Os profissionais de saúde que utilizam MP utilizam comandos verbais para aplicar este método que privilegiam a zona abdominal, lombar, os músculos da coxa e da coluna. Os exercícios raramente ultrapassam as dez repetições, e a resistência vem do peso corporal do indivíduo, funcionando como “molas” 11.

Com a crescente popularidade, os seus efeitos sobre o pavimento pélvico (PP) feminino passaram a ser estudados. A justificativa biológica para programas de treino do pavimento pélvico resulta numa melhoria da força muscular pélvica. O MP ensina a treinar músculos localizados, antes de começar a treinar a musculatura geral, adicionando intensidade aos exercícios de força e estando sempre presentes os oito princípios base do método: concentração, respiração, centralização, controlo, precisão, fluidez, isolamento e rotina. Por todos estes princípios o MP se tornou tão eficaz e benéfico na ajuda para a manutenção e treino da funcionalidade do PP

Desta forma a abordagem cirúrgica que representou a solução clássica e mais utilizada para os problemas relacionados com o PP tem conquistado espaço. Atualmente representa a primeira opção de tratamento para muitos pacientes e profissionais da área, visto que busca restabelecer as funções naturais desta região, visto que as formas de tratamento fisioterapêutico raramente causam efeitos colaterais 26.

Estudo realizado com um grupo de mulheres da terceira idade, nas quais foram diagnosticados problemas de IUE, verificou que após praticarem MP com vista a fortalecerem o AP, houve uma redução das perdas urinárias e um aumento da força muscular do períneo onde foram realizados exercícios no chão e nos aparelhos Trapézio, Reformer, Chair, para fortalecimento da musculatura abdominal profunda e do PP 27.

O MP tem se mostrado eficiente para a reabilitação fisioterapêutica, contribuindo principalmente para a melhora da força e resistência muscular, flexibilidade e equilíbrio postural. Há uma grande quantidade de exercícios e variações, um programa completo de condicionamento físico e mental ideal para a população idosa 27.

Um dos pontos principais e focais do MP é a contração contínua do “core”, conhecida como músculos do powerhouse. Fazem parte do core os MAP, o diafragma respiratório, o transverso do abdome, os multífidos, o psoas que é músculo super espesso que se conecta de sua coluna lombar ao fêmur, as fibras mediais do quadrado lombar e o oblíquo interno 26,27.

Segundo Joseph Pilates, o powerhouse é a parte mais importante do corpo humano sendo o local de origem dos nossos movimentos na execução dos exercícios e fundamental para que se aproveite 100% dos benefícios que o MP pode oferecer 24.

Acredita-se que a contração do core proporcionará maior estabilização da cintura escapular e pélvica, e da coluna lombar. Os exercícios do MP são fundamentados em considerações anatômicas, fisiológicas e cinesiológicas. Mediante a sua prática, há o treinamento e domínio do “centro de força” corporal, chamado por powerhouse”, expressão que se refere a – casa de força – circunferência da cintura pélvica que funciona como estrutura de suporte e reforça para a coluna vertebral como ilustra a Figura 5.

Estudos apresentaram a eficácia do MP associado ao Biofeedback em mulheres idosas com IUE que realizaram mais de três partos vaginal. Após o período de intervenção as pacientes aprovaram o tratamento, relatando melhora na perda de urina e foi realizado exame digital, no qual se observou ganho de força muscular do períneo28.

Um grande estudo realizado em Portugal, durante três meses, na população de mulheres idosas do Concelho de Velas, Ilha de São Jorge, Açores com o objetivo de avaliar os efeitos do MP por si só, em termos de autoeficácia na musculatura do PP, apresentou resultados satisfatórios com o aumento da vascularização na região pélvica, da tonicidade e da força da musculatura do AP 29.

Apesar de serem ainda poucos estudos com a temática MP, os resultados obtidos mostram que mulheres idosas beneficiaram com o tratamento proposto. Sendo assim, pode ser uma alternativa a mais na reabilitação da IUE, promovendo a melhora da qualidade de vida dessas pacientes.

Pesquisadores argumentam que na prática do MP, há a contração e a sustentação do músculo transverso abdominal, favorecendo uma maior estabilização lombo pélvica e o aumento da força da musculatura perineal durante a execução dos exercícios. Além disso, o argumento dos referidos autores sustenta que a técnica promove benefícios adicionais quando comparado as técnicas preventivas tradicionais, sendo assim garantido a maior adesão e permanência das pacientes no respectivo tratamento 27,28,29.

Por ser o MP tão abrangente e adaptável, é amplamente utilizado em tratamento às diversas lesões, como por exemplo, hérnias de disco ou bursites, através do fortalecimento e alongamento de grupos musculares específicos relacionados à lesão, e através de consciência corporal e controle do powerhouse e dos movimentos do corpo 30.

Os praticantes do MP destacam como principais sinalizadores positivos a melhora do equilíbrio, a conscientização corporal e a postura. Para mulheres com mais de 60 anos, em especial aquelas que se dedicam a prática de pilates, preservam por mais tempo e com maior qualidade sua independência e autoestima, principalmente por apresentarem maior força muscular de maneira global, reduzindo assim os efeitos do envelhecer 30.

5 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica realizado como parte de formação do Curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Iguaçu.

Sua construção objetiva identificar na literatura científica nacional e internacional artigos científicos nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), o Portal de Periódicos CAPES e a PubMed.

A busca bibliográfica foi realizada entre o período de janeiro 2023 a março 2024, nas línguas portuguesa e inglesa, nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), o Portal de Periódicos CAPES e a PubMed. Os idiomas utilizados para seleção os periódicos foram, nas línguas portuguesa e inglesa, abrangendo artigos com datas de publicação entre janeiro de 2016 a  feverereiro de 2024. Para busca de periódicos foram utilizados os descritores na língua inglesa com os termos: Stress Urinary Incontinence, Pelvic Floor Musculature, Biofeedback and Pilates Method e para língua portuguesa: Incontinência Urinária de Esforço, Musculatura do Assoalho Pélvico, Biofeedback e Método Pilates. Foram utilizados os operadores booleanos AND, OR, e NOT cruzando-se os descritores anteriormente relacionados nas bases de dados citadas Stress Urinary Incontinence AND Pelvic Floor Musculature, Biofeedback OR Pilates Method, Stress Urinary Incontinence NOT Pilates Method .

No estudo foram incluídos artigos originais de revisão bibliográfica, ensaio clinico, caso controle e série de casos que incluíssem o tema Abordagem Fisioterapêutica Integrada: Biofeedback e Método Pilates no Tratamento da Incontinência Urinária de Esforço em Mulheres da terceira idade.

Foram excluídos os artigos duplicados na base de dados, artigos que se referiam a tratamento cirúrgico, incontinência urinária mista, de urgência, prolapsos, pesquisas realizadas em homens, ou que abordaram outras técnicas de fisioterapia.

6 RESULTADOS

A pesquisa nos repositórios digitais resultou em 44 produções acadêmicas, sendo dois (2) na base de dados SciELO, trinta e sete (37) na PubMed, dois (2) no CAPES e dois (2) na BVS. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, e da exclusão por título e resumo, foram obtidos 10 artigos aptos a fazer parte deste estudo.

Apresentando na Figura 6, o fluxograma da seleção da amostra quanto as publicações encontradas, critérios de exclusão e inclusão.

Após avaliação dos artigos e levantamento bibliográfico, realizando uma leitura analítica apresentam-se como resultados 10 artigos que abordam a fisioterapia o Biofeedback é o Método Pilates, e sua contribuição para uma melhor qualidade de vida em mulheres da terceira idade. Após avaliação dos artigos e a realização da leitura analítica, apresentam-se o Quadro 1 com os estudos incluídos nesta pesquisa para análise.

Quadro 1. Artigos selecionados para análise
 Autor/AnoTítuloRevista / Qualis / Fator de ImpactoDesenho do EstudoMetodologiaResultados
1Gonzaga S. et al ; (2024)14Análise comparativa do treinamento muscular do assoalho pélvico e do Pilates no manejo da incontinência urinária em mulheres na pós-menopausa: um ensaio clínico randomizado  Internacional de uroginecologia. B1/2.2Ensaio clínico randomizado  Em 40 mulheres na pós-menopausa divididas aleatoriamente em 2 grupos, durante 12 semanas, 3 vezes por semana em dias não consecutivos. A IU foi avaliada por meio do pad test e do diário miccional, a força e resistência dos MAP por meio de avaliação bidigital e manometria, e o impacto da IU na qualidade de vida por meio do Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF), antes e depois o tratamento de 3 meses. Houve melhora significativa intragrupo em ambos os grupos para o pad test, perda urinária média diária e ICIQ-SF. A força melhorou significativamente apenas no grupo TMAP, e a resistência em ambos os grupos. Na comparação intergrupos houve melhora significativa apenas na força muscular, o que foi positivo para o grupo.
2Pulotova A. et al; (2023)36Exercicio musculares do assoalho pelvico mais biofeedback versus exercicios de musculares do assoalho pélvico para pacientes com incontinencia urinaria de esforço: uma revisão sistematica e meta- análise de ensaiosModestum. B1/2.1Meta analise de ensaio clinico randomizado.Comparar a eficacia do EMAP mais o BF em um grupo de  788 muheres de 45 ano com IUE, num periodo de 1 ano.Adição do  EMAP mais BF obteram significativas  taxas na melhora  da MAP e satisfação dos pacientes, pórem não houve alteração na perda miccional noturna.
3Priya Kannan,et al; (2022)43Eficácia do treinamento muscular do assoalho pélvico sozinho ou combinado com um novo dispositivo de biofeedback ou biofeedback convencional para melhorar a incontinência urinária de esforço: um ensaio piloto randomizado e controlado. Contemporary Clinical Trials B2/2.2Ensaio piloto randomizado, controlado, cego.Comparar a aceitação do dispositivo de biofeedback PelviSense com o biofeedback convencional (CB) para tratar a incontinência urinária de esforço (IUE) em  51 mulheres divididas em 3 grupos.Revelou efeitos significativos na melhora dos sintomas de IUE , na gravidade da  perda de urina e na força dos MAP para o grupo de TMAP assistido por PelviSense em comparação com os grupos de TMAP assistido por BF .
 4Barnes, et al;(2021)35Biofeedback domiciliar versus fisioterapia para incontinência urinária de esforço: um ensaio randomizado.Female Pelvic Medicine & Reconstructive Surgery, B2/1.8Estudo randomizado controlado.Avaliar se o biofeedback doméstico é inferior à fisioterapia supervisionada do assoalho pélvico (PFPT) para o tratamento da IUE em 52 mulheres no periodo de  junho 2018 á outubro 2019, usaram questionario do ICIQ-SF.O grupo que utilizou a PFPT apresentou  melhores  no resultados no controle do grupo que utilizou  hiperatividade da bexiga. Embora o estudo mostre que o biofeedback foi funcional para o tratamento primário, nos 3 primeiros meses da intervenção.
5Hagen, et al;(2020)33Eficácia do treinamento muscular do assoalho pélvico com e sem biofeedback eletromiográfico para incontinência urinária em mulheres: ensaio multicêntrico randomizado controlado.Family Medicine and Community and The BMJ, A1/107.7Ensaio multicêntrico randomizado controlado em grupos paralelos.Biofeedback eletromiográfic o ou PFMT sozinho para incontinência urinária de esforço em 600 mulheres em 2 grupos.Não foram encontradas diferenças percentuais significativas de melhorias para ambos os gruposdurante os 24 meses
6Andreazza;(2019)27A influência do método Pilates no fortalecimento do assoalho pélvicoRevista Brasileira de Fisioterapia, A1/3.4Pesquisa computorizada  estudo randomizado controlado.Comparar e mensurar e  o grau de força muscular com o aparelho de biofeedback ,TMPP e método pilates em 792 mulheres idosas dividias em três grupos.O Método Pilates demonstrou ser benéfico para a saúde, incluindo o aumento da força do assoalho pélvico (AP).  Sugerindo que o MP pode ser empregado como uma medida preventiva para evitar o surgimento de disfunções relacionadas à musculatura perineal.
7Chmielewska D., et al;(2019)42Características eletromiográficas dos músculos do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária de esforço após treinamento de biofeedback assistido por SEMG e exercícios de PilatesPloS one, A1/3.4Estudo clínico randomizado.Comparar o efeito do treinamento muscular do assoalho pélvico com biofeedback eletromiográfic o de superfície e exercícios de Pilates na atividade bioelétrica dos músculos do assoalho pélvico em 31 mulheres com  mais de 45 anos,em 2 grupos com IUE.O biofeedback mostrou efeitos positivos nos músculos do assoalho pélvico, enquanto o Método Pilates beneficiou a qualidade de vida. No entanto, nenhum método demonstrou superioridade em termos de atividade muscular do assoalho pélvico em pacientes com incontinência urinária de esforço.
8Adriane Bertotto, et al; (2017)44 .Efeito do biofeedback eletromiográfico como complemento aos exercícios musculares do assoalho pélvico nos resultados neuromusculares e na qualidade de vida em mulheres na pós- menopausa com incontinência urinária de esforço: um ensaio clínico randomizadoNeurourology and Urodynamics, A2/2.367Ensaio controlado randomizado.Comparação da eficácia dos exercícios do assoalho pélvico com e sem biofeedback eletromiográfico na força muscular, atividade mioelétrica, pré-contração e qualidade de vida   na incontinência urinária de esforço em 49 mulheres pós-menopáusicas . Grupos que realizaram treinamento muscular do assoalho pélvico, com e sem biofeedback, apresentaram melhorias significativas na força muscular, pré-contração ao tossir, contração voluntária máxima e duração da contração de resistência, além de pontuações do ICIQ-SF. Já os grupo que combinaram ambos os métodos tiveram melhorias superiores em relação o grupo que realizou apenas o treinamento muscular.

30

9Özlü, Yildiz, et al;(2017)32Comparação da eficácia dos exercícios musculares do assoalho pélvico assistidos por biofeedback perineal e intravaginal em mulheres com incontinência urinária de esforço urodinâmicaNeurourology and urodynamics, A2/2.367Estudo randomizado. Analisar eficácia dos exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico utilizando biofeedback intravaginal e eletromiográfico em  53 mulheres  com IUE em 3 grupos. Grupo 1  (EMAP n =18 mulheres) Grupo 2 (EMAP+ BF n = 17 mulheres) Grupo 3 ( EMAP +BF domiciliar n = 18 mulheres)Todos os grupos apresentaram melhoras nos parametros na 4º e 8º semana comparado com os valaores basais, o grupo 2 e 3 se destacaram na taxa de cura e qualidade de vida das pacientes.
10Schrader,et al;(2017)5Eficácia    do    método Pilates          e          do biofeedback manométrico            em mulheres                   na menopausa   com incontinência urináriaSemina cienc. biol. saude ; A2/6.56Estudo descritivo de caráter   quantitativo do tipo ensaio clínico .Amostra constituida por 14 mulheres na menopausa, divididas em 2 grupos , no total de 32 sessões, avaliadas antes e após os tratamentos,. Curto prazo( 22 sessões) médio prazo ( 32 sessões) e longo prazo (após 2 meses sem intervenção )  foi usado o quetionario ICIQ-SF.conclui-se que   ambas   as técnicas fisioterapêuticas propostas  foram eficazes na redução da frequência das perdas miccionais mensais e no ganho de força muscular das fibras rápidas, com consequente aumento na QV em tratamentos a curto, médio e longo prazo, pórem o BF  apresentou  maiso eficacia no tempo de contração mantida.
7 DISCUSSÃO

A incontinência urinária de esforço é comumente observada em mulheres, especialmente na terceira idade, afetando cerca de 60% delas. Sua origem multifatorial está relacionada a disfunções nos músculos do assoalho pélvico, este estudo abordou intervenções fisioterapêuticas destinadas a reabilitar e estabilizar esses músculos, visando melhorar a qualidade de vida e a autonomia funcional das pacientes.

Entre os estudos incluídos, Hagen S.et al33 e Pulatova A.et al36  não apresentaram diferenças estatisticamente relevantes na gravidade dos sinais e sintomas  para concluir que o biofeedback é o método MP associados no período de 16 semanas  foram eficazes no tratamento de mulheres com IUE . 

Priya K. et al43; e Bertotto A.et al44   utilizaram só o biofeedback, evidenciaram que se apresenta como mais eficaz na fisioterapia supervisionada do assoalho pélvico (PFPT) no início da intervenção apresentando benefícios na redução da perda miccional.

Stemberg M.S. et al37 onde a intervenção no MP é trabalhado em mulheres com IUE, comprovou ser apto no fortalecimento do AP, além de promover uma melhora na qualidade de vida, proporcionando o aumento da força da musculatura perineal como forma de prevenção para o aparecimento de disfunções. Constatando que as sessões de treinamento em 3 fases corroboraram com o a eficacia no estudo.

Ribeiro.L.S.29  conduziu o estudo, que focou exclusivamente no Método Pilates (MP) para tratar a incontinência urinária de esforço (IUE), demonstrou resultados promissores em apenas seis semanas de intervenção. O MP fortaleceu os músculos do assoalho pélvico (MAP) e melhorou significativamente a qualidade de vida das mulheres. Esses resultados sugerem que o Método Pilates pode ser uma nova estratégia terapêutica alternativa e não invasiva para o tratamento da IUE.

Andrezza E.I S27, realizou um processo de intervenção com MP, mas relata que seu resultado final ficou comprometido pela perda na amostra que ficou bem reduzida. A pesquisadora aplicou exercícios que englobam ponte, agachamento com bola, hundred, adução e abdução com elástico e prancha associadas a respiração, consistindo em 10 sessões de 50 minutos, 10 repetições e 02 vezes por semana, sendo recomendado os exercícios domiciliares. Constatou que houve aumento da força do AP, podendo ser utilizado como forma de prevenção e auxílio no tratamento das disfunções desta musculatura influenciando tanto na reeducação das perdas urinárias.

Chmielewska D.  et al.42 buscaram averiguar a funcionalidade do biofeedback em contraponto ao MP. Foi identificada melhoria na qualidade de vida em pacientes que utilizaram o segundo método e diminuição da perda miccional com o primeiro. Estudos que indicaram os resultados do MP no ganho de força muscular não são superiores aos do biofeedback embora ambos os métodos apresentem benefícios5,35.

Özlü, et al.32 em sua pesquisa obteve resultados em seus treinamentos depois da 4ª semana de intervenção, nos quais o exercício muscular foi combinado com os exercícios de biofeedback perineal e intravaginal o que corrobora com os achados de Barnes, et al35 que demonstraram que os exercícios domésticos são inferiores em ambos os grupos participantes do estudo e a importância da associação de técnicas, como a cinesioterapia com o biofeedback, que possibilita o ganho de consciência perineal.

Dumoulin C.et al.4e de Gontijo R. R.41 destacam efeitos adversos como perda urinaria e da contração do esfincter  encontrados na literatura . Apesar de identificado um aumento na qualidade de vida, persistem dores mesmo após a intervenção PFPT, que demonstrou ser funcional no ganho de força e resistência.

Na investigação de Hagen, et al.33  os resultados comparativos após 6, 12 e 24 meses de intervenção e uso rotineiro de biofeedback eletromiográfico com TMAP, não são conclusivos e não devem ser recomendados. Outras formas de maximizar os efeitos do TMAP devem ser investigadas.

A intervenção de Schrader, et al.5 com 27 mulheres participantes na pesquisa, teve um achado estatisticamente relevante na variável eixo da duração das contrações. Foi constatado que as sessões de treinamento com biofeedback  em 3 fases ( curto,médio e longo prazo) foram significativas e a intervenção se mostrou eficiente no tocante ao ganho de força e resistência.

Liu Y. J. et al.34 conduziram um estudo abrangente com 83 mulheres, utilizando o biofeedback para a percepção da região urogenital devido à incapacidade de contrair voluntariamente os músculos do assoalho pélvico. Após 4 semanas de tratamento, observou-se uma redução de 10% na frequência urinária diurna e de 36% na noturna. Após 3 meses, as participantes relataram uma redução adicional, com frequências diurnas e noturnas diminuindo para 5% e 66%, respectivamente.

Oliveira S. et al.,22  foi orientada por uma amostra bastante limitada de mulheres pós-menopausa, apesar de apresentarem diagnóstico de hipermobilidade uretral causada por fraqueza muscular do assoalho pélvico ou cirurgias ginecológicas. Os tratamentos complementares demonstraram um aumento na força dos músculos do assoalho pélvico, sendo o biofeedback mais eficaz nesse aspecto. Os pesquisadores sugerem que futuros estudos abordem o mesmo tema com uma amostra maior e outras formas de avaliação para complementar esses resultados.

Stemberg P. et al. 37 não conseguiram chegar a uma conclusão devido à amostra composta por apenas 10 participantes, com idades entre 60 e 89 anos. As mulheres não apresentaram melhora com a utilização do biofeedback após 12 sessões. Por outro lado, o estudo de Barnes K.L.;35 demonstrou que a fisioterapia pélvica supervisionada é mais vantajosa do que o biofeedback, indo na direção oposta aos demais estudos revisados.

Barnes,et al.35demonstram que PFPT é mais vantajosa do que o biofeedback , é o estudo que vai em contramão aos demais selecionados para a revisão de literatura.

Nesta pesquisa dos  44 artigos sobre o tratamento da incontinência urinária,  30% dos estudos indicaram que o biofeedback isolado é eficaz para aumentar a força muscular das fibras rápidas e prolongar o tempo de contração das fibras lentas.

Por outro lado, 18% dos estudos sobre o método Pilates isolado apontaram uma escassez de evidências sobre sua eficácia na redução dos sintomas, mas ressaltaram sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida de idosas com incontinência urinária de esforço.

Além disso, 40% dos estudos destacaram a eficácia da combinação de biofeedback e Pilates na melhora da propriocepção, na ativação da musculatura do assoalho pélvico e na redução da perda miccional, contribuindo para a melhora dos sintomas da incontinência urinária de esforço.

Concluindo, 12% dos estudos se mostraram  inconcludentes quanto à eficácia dos métodos abordados nesta pesquisa.

8 CONCLUSÃO 

Esse estudo apontou que a Fisioterapia contribui para tratamento da IUE em mulheres da terceira idade.Resultados apresentados neste estudo, evidenciaram que  a utilização do  método pilates associado ao  biofeedback resultou em melhora dos  sintomas de incontinência urinária de esforço em mulheres idosas.

As abordagens contribuíram para a redução da frequência das perdas urinárias, aumento da força muscular do assoalho pélvico, melhora do equilíbrio dinâmico e da qualidade de vida.       Assim, as técnicas se mostraram plausíveis quando associadas em intervenções para esse grupo específico de pacientes. Sugere-se a realização de novos estudos com amostras maiores para explorar a eficácia dos recursos aqui  investigados.

REFERÊNCIAS

1 Haylen B. T.; Gajewski J. B.; Schurch B.;Hamid R.; Averbeck M.; Sakakibara R.; Agrò. An International Urogynecological Association International Continence Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic floor dysfunction. Neurourology and Urodynamics: Official Journal of the International Continence Society, v. 29, n. 1, p. 4-20, 2014.

2 Santos M. O. Influência da incontinência urinária na qualidade de vida de idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 15, p. 619-626, 2018.

3 Duarte S. N ; Azevedo Y.S ;Furtado E.S.C ; Araújo L.J ; Bendelack  R.M ;Rodrigues C.N.C ; et al.Atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico em diferentes posições durante o uso de educador vaginal inovador:estudo trasnversal.PloS One;19(3);e0291588.doi10.1371/journal.pone.0291588, 2024.

4 Saboia D. M.; Firmiano M. L. V.; Bezerra K. D. C.; Vasconcelos Neto J. A.; Oriá M. O. B.; Vasconcelos C. T. M. Impacto dos tipos de incontinência urinária na qualidade de vida de mulheres. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 51, 2017.

5 Schrader E. P.; Frare J. C.; Comparin K. A.; Diamante C.; Araújo B. G.; Danielli, C.; Murbach L; Schrader E. P.; Frare J. C.; Comparin K. A.; Diamante C.; Araújo B. G.; Danielli C.;Murbach L. D. 2017.Eficácia do método Pilates e do biofeedback manométrico em mulheres na menopausa com incontinência urinária Efficacy of the Pilates method and the manometric biofeedback in menopausal women with urinary incontinence.Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v.38, n. 1, p. 61-78, jan./jun. 2017

6 Cândido F. J. L. F.; Matnei T.; Galvão L. C.; Jesus Santos V. L.; Santos, M. C.; Sarris A. B.; Sobreiro B. P. Incontinência urinária em mulheres: breve revisão de fisiopatologia, avaliação e tratamento. Visão acadêmica, v. 18, n. 3, 2017.

7 Silva A. G.; CarvalhoR. R. C.;  Almeida Ferreira S.; Valença,M. P.; Silva Filho J. C.; Santos I. C. R. V. Incontinência urinária em mulheres: fatores de risco segundo tipo e gravidade. Cogitareenferm., 25, 2020. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/download/68514/pdf. Acesso em: 14 de março de 2023.

8 Marques L. P.;Schneider I. J. C.; Giehl M. W. C.; Antes D. L.; Orsi D. Fatores demográficos, condições de saúde e hábitos de vida associados à incontinência urinária em idosos de Florianópolis, Santa Catarina. Revista brasileira de epidemiologia, v. 18, p. 595-606, 2015.

9 Bertoldi J. T.; Queluz A. G.; Piccinini B. M. Fisioterapia na incontinência urinária de esforço: revisão de literatura. Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul/Unisc Joinville SC, v. 15, n. 4, 2014.

10 Monteiro L. S. A eficácia do biofeedback em mulheres com incontinência urinária de esforço: uma revisão sistemática da literatura. 2022.

11 Macedo C. G.; Haas A. N.; Goellner S. V. O Método Pilates no Brasil segundo a narrativa de algumas de suas instrutoras pioneiras. Pensar a Prática, v. 18, n. 3, 2015.

12 Pereira É. R.; Machado E. C. C.; Carvalho L. A. N.; Silveira L. A. G.; Ribeiro G. R. A influência da cinesioterapia no tratamento da incontinência urinária em mulheres: revisão. Brazilian Journal of Development, v. 7, n.1, p. 9734-9748, 2021.

13 Palma P. C. R. Aplicações clínicas das técnicas fsioterapêuticas nas disfunções miccionais e do assoalho pélvico. Campinas, SP: Personal Link Comunicações, 2016. Disponível em: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2016/page/urofisioterapia.pdf. Acesso em: 09 de junho de 2023.

14 Gonzaga S. ; Oliveira R.G; Dutra L.L ;Oliveira L.S ;Oliveira L.C .Análise Comparativo do treinamento muscular do assoalho pélvico e do Pilates no manejo da incontinência urinária em mulheres na pós-menopausa:um ensaio clínico randomizado.Int Urogynecol J.;35(3):561-569.doi:10.1007/s00192-023-05712-0.2024.Gomes C. M.; Hisano M. Anatomia e Fisiologia da Micção. São Paulo: Planmark, 2010.

15 Rios L. A. S.; Averbeck M. A.; Madersbacher H. Neurologia: manual para a prática clínica. Rio de Janeiro: SBU, 2017.

16 Figueiredo P. B.; Franco G. R.; Feitosa S. M.; Yuaso D. R.; Aquino Castro R.; Girão M. J. B. C. Fisioterapia para consciência perineal: uma comparação entre as cinesioterapias com toque digital e com auxílio do biofeedback. Fisioterapia em Movimento, v. 25, p. 639-648, 2012.

17 Martinez M. A.; Kraievski E. S. O advento da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária de esforço. Rev. Conexão Eletrônica, v. 14, n. 1, p. 190-9, 2017.

18 Rios J. L.; Silva B. A. Fisiopatologia da incontinência urinária de esforço. Artigo de revisão. Revista Digital – Buenos Aires – Año 14 – Nº 140 – jan. 2012.

19 Fernandes S.; Coutinho E. C.; Duarte J. C.; Nela P. A. B.; Chaves C. M. C. B.; Amaral O. Qualidade de vida em mulheres com Incontinência Urinária. Revista de Enfermagem Referência, v. 4, n. 5, p. 93-99, 2015.

20 Azarias L. E.; Oliveira A. P. B . Estudo de caso comparativo entre os métodos cinesioterapia e biofeedback para tratamento de incontinência urinária de esforço no climatério. 2017. Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas, 2017. Disponível em: http://192.100.247.84/handle/prefix/1137. Acesso em: 27 de maio de 2023.

21 Oliveira Souza J.; Alves S. C.; Oliveira Januário P.; Cruz A. T. Estudo clínico randomizado no tratamento da incontinência urinária por esforço na pós-menopausa. Revista Saúde e Desenvolvimento, v14. p.17, 2020.

22 Schimith F. M. Abordagem fisioterapêutica no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço. 2017.

23 Trindade S.; Luzes R. Atuação do fisioterapeuta nas disfunções sexuais femininas. Alumni-Revista Discente da UNIABEU-ISSN 2318-3985, v. 5, n. 9, p. 10-16, 2017.

24 Guerra T. E. C.; Rossato C.; Nunes, E. F. C.; Latorre G. F. S. Atuação da fisioterapia no tratamento de incontinência urinaria de esforço. Femina, p. 251-254, 2014.

25 Almeida,N. V. Eficácia do método Biofeedback associado ao treino muscular do pavimento pélvico na incontinência urinária em mulheres adultas: revisão bibliográfica. 2021. Escola Superior de Saúde João Pessoa. Porto, 2021.

26 Andreazza E. I. Serra, E. A influência do método Pilates no fortalecimento do assoalho pélvico. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 8, n. 3, 2019.

27 Pinheiro E. M.; Passos K. N. A. A eficácia do Método Pilates na incontinência urinária. 2019.

28 Ribeiro L.S. Efeitos de um programa de intervenção por meio do método pilates para o tratamento da incontinência urinária de esforço feminina. Revista Brasileira de Saúde Funcional, 2018.

29 Isacowitz R; Clippinger K. Anatomia do Pilates, Editora Manole, 2018.

30 H; Donato M. Etapas na condução de uma revisão sistemática. Acta Médica Portuguesa, 32(3), 227-235.2019.

31 Aysun; Yildiz Necmettin; Öztekin Özer. Comparison of the efficacy of perineal and intravaginal biofeedback assisted pelvic floor muscle exercises in women with urodynamic stress urinary incontinence. Neurourology and urodynamics, 36(8), 2132-2141.

32 Hagen S.; Elders A.; Stratton S.; Sergenson N.; Bugge C.; Dean S.; McClurg D. Effectiveness of pelvic floor muscle training with and without electromyographic biofeedback for urinary incontinence in women: multicentre randomised controlled trial. bmj, 371.2020.

33 Liu Y. J.; Ting S. W. H.; Hsiao S. M.; Huang C. M.; Wu W. Y. Efficacy of bio- assisted pelvic floor muscle training in women with pelvic floor dysfunction. European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, v. 251, p. 206-211.2020.

34 Barnes K. L.; Cichowski S.; Komesu Y. M.; Jeppson P. C.; McGuire B.; Ninivaggio C. S.; Dunivan G. C. Home biofeedback versus physical therapy for stress urinary incontinence: a randomized trial. Female Pelvic Medicine & Reconstructive Surgery, v.27(10),p. 587-594.2021.

35 Amina Pulatova; Nagima Mamedaliyeva ; Gulzhakhan Omarova; Gulfairuz Urazbayeva.; Ainura Veliyeva. Exercícios musculares do assoalho pélvico mais biofeedback versus exercícios musculares o assoalho pélvico para pacimntes com incontinência urinária de esforço: uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios . Modestum, 20(05), em520 e-ISSN ,2516-3507, 2023. https://www.ejgm.co.uk/

36 Stemberg M. S.; Parisotto D. Qualidade de vida de idosas institucionalizadas com incontinência urinária por esforço. Revista UNIANDRADE, v.19(1),p. 45-52.2018.

37 A. F.; Lima I. S.; Pereira R. G. B. BIOFEEDBACK COMO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v. 3, p. 03, 2023.

38 Torelli L.; Jarmy Di Bella Z. I. K.; Rodrigues C. A., Stüpp, L.; Girão M. J. B. C.; Sartori M. G. F. Effectiveness of adding voluntary pelvic floor muscle contraction to a Pilates exercise program: an assessor-masked randomized controlled trial. International urogynecology journal, v.27,p. 1743-1752. 2014

39 Dumoulin C. ; Hay‐Smith J.; Habée‐Séguin G. M.; & Mercier J. Pelvic floor muscle training versus no treatment, or inactive control treatments, for urinary incontinence in women: a short version Cochrane systematic review with meta‐ analysis. Neurourology and urodynamics, v.34(4),p. 300-308. 2015

40 Gontijo R. R. Funções dos músculos do assoalho pélvico em mulheres continentes e em mulheres incontinentes.UFRJ (2012)

41 Daria Chmielewska; Magdalena Stania ; Katarzyna Kucab – Klich ; Edward Błaszczak; Krystyna Kwaśna ; Agnieszka Smykla ; Dominika Hudziak ;etal ; . Características eletromiográficas dos músculos do assoalho pélvico em mulheres com  incontinência urinária de esforço após treinamento de biofeedback assistido por sEMG e exercícios de Pilates: PLoS on. ; 14(12): e0225647. 2019

42 Priya Kannan ; Gladys L.Y. Cheing Brigitte ;Kim Yook Fung ; Jess Li ; Wing Cheong Leung ; Raymond C.K. Chung; etal;. Eficácia do treinamento muscular do assoalho pélvico sozinho ou combinado com um novo dispositivo de biofeedback ou biofeedback convencional para melhorar a incontinência urinária de esforço: um ensaio piloto randomizado e controlado:

43 Contemporary Clinical Trials ,Volume 123, December 2022, 106991, https://doi.org/10.1016/j.cct.2022.106991

44 Adriane B; Renata S; Silvana U; Maria C. O.W . Efeito do biofeedback eletromiográfico como complemento aos exercícios musculares do assoalho pélvico nos resultados neuromusculares e na qualidade de vida em mulheres na pós- menopausa com incontinência urinária de esforço: um ensaio clínico randomizado: Neurourology and Urodynamics, v. 36, Ed. 8 ,p. 2142-2147, 2017 https://doi.org/10.1002/nau.23258