ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INDIVÍDUOS HOSPITALIZADOS COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11463185


Raquel Sousa Soares1; Mirelle Freire Santos2; Rodrigo Santos Damascena3; Daiane Porto Ney4; Docente Orientador: Dr.ª ÉRika Pereira De Souza5


RESUMO

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma grave preocupação de saúde que resulta em um aumento das hospitalizações e óbitos ao longo dos anos. Este estudo visa descrever o perfil epidemiológico das internações por IAM no período de 2021 à 2022 em um Hospital do Sudoeste Baiano. Foi realizada a análise de 50 prontuários, utilizando um roteiro construído pelas pesquisadoras contendo informações pertinentes à doença. Trata-se de um estudo transversal e descritivo com abordagem quantitativa, que investigou as hospitalizações de pacientes diagnosticados com IAM. Foram incluídos pacientes internados devido a uma condição isquêmica cardíaca. Os dados foram coletados utilizando o Google Forms, que disponibilizou os resultados dos questionários em forma de gráficos e tabelas. A análise estatística descritiva foi processada pelo software STATA para Windows, versão 14.0, com um nível de significância de 5% (α=0,05). O teste do Qui-quadrado (χ2) e o teste Exato de Fisher foram empregados para a comparação de proporções. As variáveis mais prevalentes foram: sexo masculino (52,00%), faixa etária 60 anos ou mais (76,00%), sem relatos de atividade física (94,00%),  HAS  (70,00%),  ECG  (90,00%),  biomarcadores  (92,00%),  ECO  (56,00%), hemograma (75,00%), eletrólitos (60,00%), cateterismo cardíaco (54,00), antiagregante plaquetário (58,00%), oximetria (94,00%), monitorização cardíaca (92,00%). Espera-se que os profissionais de saúde responsáveis pelo cuidado de pacientes com IAM possam utilizar essas informações para aprimorar suas práticas clínicas, oferecer um atendimento de qualidade e melhorar os desfechos dos pacientes acometidos por esta patologia.

Palavras-chave: Miocárdio, Aterosclerose, Isquemia, Artérias.

ABSTRACT

Acute Myocardial Infarction is a serious health concern that results in an increase in hospitalizations and deaths over the years. This study aims to describe the epidemiological profile of hospitalizations for AMI in the period from 2021 to 2022 in a Hospital in Southwest Bahia. An analysis of 50 medical records was carried out, using a script created by the researchers containing information pertinent to the disease. This is a cross-sectional and descriptive study with a quantitative approach, which investigated hospitalizations of patients diagnosed with AMI. Patients hospitalized due to an ischemic cardiac condition were included. Data was collected using Google Forms, which made the results of the questionnaires available in the form of graphs and tables. The descriptive statistical analysis was processed by the STATA software for Windows, version 14.0, with a significance level of 5% (α=0.05). The Chi-square test (χ2) and Fisher’s Exact test were used to compare proportions. The most prevalent variables were: male gender (52.00%), age group 60 years or over (76.00%), no reports of physical activity (94.00%), hypertension (70.00%), ECG (90.00%), biomarkers (92.00%),  ECHO  (56.00%),  blood  count  (75.00%),  electrolytes  (60.00%),  cardiac catheterization (54.00), antiplatelet agent (58 .00%), oximetry (94.00%), cardiac monitoring (92.00%). It is expected that health professionals responsible for the care of patients with AMI can use this information to improve their clinical practices, offer quality care and improve the outcomes of patients affected by this pathology.

Keywords: Myocardium, Atherosclerosis, Ischemia, Arteries.

1 INTRODUÇÃO

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ocorre devido à obstrução do lúmen de uma ou mais artérias coronárias, causada por uma placa de aterosclerose ou trombo. Essa obstrução resulta na diminuição do fluxo sanguíneo e da oxigenação para o coração, desencadeando a necrose do músculo cardíaco. Sendo assim, esta patologia se torna uma grave preocupação de saúde que resulta em um aumento das hospitalizações e óbitos ao longo dos anos (Miranda et al. 2022; Lima; Máximo; Filho, 2023).

A maioria dos pacientes que apresentam essa condição clínica, são indivíduos que possuem fatores de risco associados ao IAM, e estes podem ser modificáveis ou não modificáveis. Os não modificáveis incluem sexo, idade, raça e predisposição genética. Os modificáveis estão relacionados aos hábitos de vida, como tabagismo, dislipidemia, diabetes mellitus, sedentarismo, hipertensão arterial, uso de anticoncepcionais, obesidade e estresse (Vaz et al. 2020).

Neste contexto, é importante reconhecer os fatores de risco apresentados pelos pacientes bem como os sinais clínicos com essa comorbidade para buscar atendimento e intervenção imediata. Os principais sinais e sintomas incluem dor ou desconforto precordial que pode irradiar para as costas, rosto e braço esquerdo, muitas vezes descrita como sensação de aperto ou peso sobre o tórax (Bussons; Santos; Gonçalves, 2022).

Para diagnóstico do IAM é necessário a associação dos aspectos clínicos com as alterações eletrocardiográficas e no aumento dos marcadores bioquímicos de necrose, estes elementos são cruciais, pois os sintomas podem variar amplamente e os indicadores começam a aumentar aproximadamente seis horas após o início da dor. Assim, o método diagnóstico primordial é o eletrocardiograma (ECG), que permite classificar o IAM em duas categorias: com ou sem supradesnivelamento do segmento ST. O supradesnivelamento do segmento ST ou o bloqueio agudo do ramo esquerdo são critérios suficientes para iniciar imediatamente uma intervenção em um paciente com história sugestiva da condição (Miranda et al. 2022; Vaz et al. 2020).

Frente ao exposto, este estudo apresentou como objetivo descrever o perfil epidemiológico das internações por IAM no período de 2021 a 2022 em um hospital do

Sudoeste da Bahia. O propósito é fortalecer a compreensão profissional e da população geral sobre a doença, uma vez que o aumento do conhecimento facilita a implementação de medidas preventivas mais eficazes.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal e descritivo, com abordagem quantitativa, que analisou as internações de pacientes diagnosticados com IAM no período de 2021 a 2022 em um hospital de Vitória da Conquista, localizado no Sudoeste da Bahia, região com uma população de 370.879 habitantes (IBGE, 2024).

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR, sob N° 6.627.174, obedecendo a resolução CNS N° 466/12. Não foi necessário o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) uma vez que os dados foram coletados a partir dos prontuários dos pacientes hospitalizados na instituição de saúde.

Participaram da pesquisa pacientes que foram hospitalizados devido a uma condição isquêmica cardíaca. Quanto aos critérios de inclusão, apenas os prontuários com informações condizentes aos anos de 2021 e 2022 foram utilizados, incluindo pacientes de ambos os sexos. Os prontuários de crianças de 0 a 18 anos que sofreram IAM devido a outras complicações foram excluídos.

Após determinar a quantidade de prontuários, levando em consideração os critérios de exclusão e inclusão, um cálculo amostral foi realizado e a amostra do estudo foi definida (50 prontuários avaliados). A coleta foi realizada utilizando um roteiro padronizado construído pelas pesquisadoras do estudo, o qual abrangeu informações como sinais e sintomas, fatores de risco, hábitos de vida, faixa etária, sexo, uso de medicações, exames diagnósticos, intervenções médicas, complicações durante a hospitalização, monitorização cardíaca, oximetria de pulso, gasometria arterial dos pacientes, hemograma, eletrólitos, história médica pregressa, dentre outros aspectos importantes para a pesquisa.

Para os dados, foram coletados utilizando o Google Forms, que disponibilizou os resultados dos questionários em forma de gráficos e tabelas, apresentando um resultado quantitativo de forma prática e organizada, facilitando a análise dos dados (Mota, 2019). A análise estatística descritiva dos dados foi processada pelo software STATA para Windows,

versão 14.0, considerando-se um nível de significância de 5% (α=0,05). O teste do Qui- quadrado (χ2) e o teste Exato de Fisher foram empregados na comparação de proporções.

Com base nas informações coletadas, na aplicação dos instrumentos e na análise estatística de correlação, a interpretação dos resultados foi realizada, em diálogo com a literatura atual utilizada ao discutir a temática, com o intuito de responder às questões da pesquisa e alcançar os objetivos apresentados pelo estudo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A pesquisa foi realizada a partir da análise de 50 prontuários de pacientes internados com quadro de IAM em um hospital localizado no Sudoeste da Bahia, no período de 2021 a 2022, abrangendo uma faixa etária mínima de 30 anos representando 12 (24,00%) dos casos e máxima de 60 anos ou mais representando 38 (76,00%) dos casos. A análise revelou que a hospitalização devido a esta condição acomete predominantemente o sexo masculino, representando 26 casos (52,00%). Este achado está em consonância com o estudo de Ferreira (2023), que também identificou o sexo masculino como o mais afetado entre os pacientes hospitalizados por infarto em Goiás.

Segundo Nascimento et al. (2023) o aumento expressivo dos casos de IAM ocorrem principalmente após os 40 anos, com uma incidência ainda maior após os 60, com isso, a idade avançada torna-se um fator de risco importante para doenças cardiovasculares (DCV). Essa incidência pode ser explicada devido a alterações metabólicas que ocorrem ao longo do tempo, especialmente nas artérias, que perdem a elasticidade gradualmente. O impacto da pressão sanguínea nas artérias aumenta a fragilidade vascular e torna as suscetíveis à descamação do endotélio. Sendo assim, os vasos se tornam mais rígidos e propícios a lesões, facilitando a formação de trombos, contribuindo para o desenvolvimento do infarto.

Estudos manifestam que as mulheres com quadro de IAM apresentam uma taxa de mortalidade mais elevada em comparação aos homens. Esse aumento está associado à diminuição da proteção proporcionada pelo estrogênio após a menopausa (Barbosa, 2014; Ferreira, 2023). Essas descobertas corroboram com os resultados desse estudo, uma vez que, apesar das taxas de mortalidade por óbito serem baixas, o sexo feminino foi mais afetado, representando 4 casos (16,67%).

Tabela 1: Características demográficas e clínicas dos pacientes hospitalizados por quadro de IAM no período de 2021 à 2022 em um hospital do Sudoeste da Bahia.

CaracterísticaSexo Total 50 (100,00%)
 Masculino 26 (52,00%)Feminino 24 (48,00%)
Óbito2 (7,69%)4 (16,67 %)6 (12,0%)
Faixa Etária (>60)22 (84,62%)16 (66,67%)38 (76,00%)
  Faixa Etária (30 a 59)  4 (45,38%)  8 (33,33%)  12 (24,00%)
Praticante de atividade Física1 (3,85%)0 (0,00%)1 (2,00%)
Sem Relatos de Atividade Física25 (96,15%)22 (91,67%)47 (94,00%)
Tabagista6 (23,08%)8 (33,3%)14 (28,00%)
Etilista0 (0,00%)3 (12,50%)3 (6,00%)
Diabetes Mellitus8 (30,77%)10 (41,67%)18 (36,00%)
Hipertensão19 (73,08%)16 (66,67%)35 (70,00%)
Dislipidemia7 (36,92%)8 (33,33%)15 (30,00%)
Obesidade3 ( 11,54%)2 (8,33%)5 (10,00%)

Fonte: Dados da pesquisa.

A maioria dos fatores de risco modificáveis associados às doenças cardiovasculares podem ser alterados por medidas preventivas, como a adoção de prática regular de atividade física. A realização de exercício físico traz inúmeros benefícios, principalmente relacionados ao sistema circulatório incluindo a redução da frequência cardíaca, pressão arterial, colesterol, estresse e peso corporal (Barbosa, 2014). No presente estudo, observou-se uma escassez no preenchimento de informações relacionadas aos hábitos de vida dos pacientes nos prontuários (conforme mostra a Tabela 1), o que constitui uma limitação da nossa análise, pois, esses dados são essenciais para uma avaliação precisa do risco que cada paciente apresenta em relação ao desenvolvimento do IAM e são fundamentais para um manejo preventivo eficaz.

É estimado que a HAS seja responsável por cerca de 12,8% das mortes por IAM em todo o mundo, com uma incidência de 20% na população adulta e de 50% na população idosa. Aproximadamente 30% da população brasileira é hipertensa, sendo que esse índice duplica na população idosa e está fortemente associado a desfechos cardiovasculares adversos (Pereira et al. 2023).

A presença de comorbidades como DM e HAS, após os 60 anos, expõe o organismo a um estresse oxidativo. Desencadeando assim, alterações nos vasos sanguíneos e no miocárdio, resultando no aumento da inflamação e no acúmulo de gordura no endotélio o que, por sua vez, contribui para o desenvolvimento da doença arterial coronariana (DAC), conhecida como a principal causa de IAM e disfunção cardíaca (Nascimento et al. 2023). Ao analisarmos os dados apresentados na tabela 1, observamos que HAS e DM são patologias presentes em 35 (70,00%) e 18 (36,00%) da população estudada, respectivamente.

Tabela 2: Frequência dos sinais e sintomas relatados por pacientes hospitalizados com quadro de IAM no período de 2021 à 2022 em um hospital do Sudoeste da Bahia.

 Sexo Total
Sinais e SintomasMasculino 26 (52,00%)Feminino 24 (48,00%)50 (100,00%)
  Dor Precordial  9 (34,62%)  9 (37,50%)  18 (36,00%)
Desconforto Torácico11 (4,31%)11 (45,83%)22 (44,00%)
Náuseas6 (23,08%)5 (20,83%)11 (22,00%)
Dispneia6 (23,08%)3 (12,50%)9 (18,00%)
Vômito6 (23,08%)3 (12,50%)9 (18,00%)
Sudorese3 (11,54%)2 (8,33%)5 (10,00%)
Tontura3 (11,54%)2 (8,33%)5 (10,00%)
Epigastralgia5 (19,23%)2 (8,33%)7 (14,00%)
Outros *11 (42,51%)9 (37,50%)20 (40,00%)

* Outros queimação, taquicardia, fadiga, dorsalgia, cefaleia, parestesia, hipotensão, ansiedade, mal estar, inapetência, desorientação, diarreia, febre, diaforese, taquidispneia, palpitações.

Fonte: Dados da pesquisa.

Os sinais clínicos do IAM dificilmente serão manifestados de forma isolada, a associação de dispneia, tontura, náuseas, fadiga, síncope e palpitação, dentre outros sintomas podem estar relacionados a complicações cardiovasculares (Rocha et al. 2020; Pereira et al.

2023; Muniz et al. 2023). No presente estudo, observou-se que a maioria dos pacientes internados com quadro de infarto apresentaram sinais e sintomas como desconforto torácico 22 (44,00%), dor precordial 18 (36,00%), náuseas 11 (22,00%), dispneia 9 (18,00%), tontura 5 (10,00%), sudorese 5 (10,00%), vômitos 9 (18,00%) e epigastralgia 7 (14,00%), além de outros sintomas menos frequentes que foram relatados nos prontuários totalizando 20 (40,00%) das evidências.

Segundo Rezende et al. (2023), para o diagnóstico do IAM é necessário a utilização de dois ou três parâmetros clínicos, tais como: sinais e sintomas apresentados pelo paciente, alterações no eletrocardiograma (ECG) e elevação dos marcadores bioquímicos. Os principais biomarcadores incluem mioglobina, troponina T, creatina quinase fração MB (CK-MB) e creatinoquinase total (CK). Destes, a mioglobina e CK-MB são utilizados como testes iniciais, enquanto CK e troponina são considerados testes tardios e definitivos. Na tabela 3 é possível verificar que o ECG foi realizado em 45 pacientes (90,00%) e os marcadores bioquímicos em 46 pacientes (92,00%), confirmando a importância desses métodos na identificação do IAM, conforme a tabela abaixo.

Tabela 3: Distribuição das formas de diagnóstico e avaliação clínica de pacientes hospitalizados com quadro de IAM no período de 2021 à 2022 em um hospital do Sudoeste da Bahia.

Exames DiagnósticosSexo Total
 Masculino 26 (52,00%)Feminino 24 (48,00%)50 (100,00%)
ECG25 (96,15%)20 (83,33%)45 (90,00%)
ECO16 (61,54%)12 (50,00%)28 (56,00%)
Biomarcadores24 (92,31%)22 (91,67%)46 (92,00%)
Cineangiocoronariografia5 (19,23%)2 (8,33%)7 (14,00%)
Radiografia de Tórax6 (23,08%)3 (12,50%)9 (18,00%)
Ventriculografia Esquerda6 (23,08%)3 (12,50%)9 (18,00%)
Outros *3 (11,54%)2 (8,33%)5 (10,00%)
Hemograma21 (80,77%)17 (70,83%)38 (75,00%)
Eletrólitos18 (69,23%)12 (50,00%)30 (60,00%)
(D-dímero)0 (0,00%)1 (4,17%)1 (2,00%)

*Outros:Cintilografia miocárdica, USG.

Fonte: Dados da pesquisa.

Além desses exames principais, outros também são utilizados no diagnóstico do IAM. O ecocardiograma, por exemplo, é considerado seguro e útil, pois avalia o grau de obstrução das artérias coronárias e determina as áreas do músculo cardíaco em risco de necrose (Piegas et al. 2015). A cineangiocoronariografia identifica alterações do miocárdio, como coronariopatias, disfunções miocárdicas, doenças valvulares e anormalidades congênitas do coração e dos grandes vasos (Barbosa et al. 2011). A pesquisa verificou que 28 pacientes (56,00%) realizaram ecocardiograma e 7 pacientes (14,00%) realizaram cineangiocoronariografia.

A radiografia de tórax é um método de imagem amplamente utilizado sendo fundamental para avaliar o sistema cardiovascular, além de identificar alterações torácicas (Ruano, 2007). A ventriculografia esquerda é outro exame utilizado para avaliar a função do ventrículo esquerdo (Santos et al. 2022). Neste estudo, a radiografia de tórax e a ventriculografia esquerda foram realizadas em 9 pacientes (18,00%). Outros exames menos utilizados incluem a cintilografia miocárdica e a ultrassonografia (USG), realizados em 5 pacientes (10,00%).

Os eletrólitos são fundamentais para a manutenção da homeostase. Eles estão distribuídos no corpo humano para garantir processos metabólicos adequados (Stivanin, 2014). Distúrbios relacionados à perda de eletrólitos incluem a hiponatremia (baixos níveis de sódio), que pode causar choque, astenia e cefaleia. A hipernatremia (altos níveis de sódio) está associada à retenção de água e pode levar à insuficiência cardíaca congestiva. A hipocalemia (baixos níveis de potássio) pode resultar em alcalose metabólica, enquanto a hipercalemia (altos níveis de potássio) pode causar miastenia e bradicardia, podendo levar à parada cardíaca (Almeida, 2024).

A avaliação conjunta do hemograma e dos eletrólitos é essencial na condução terapêutica ao longo da evolução do IAM. Os dados da nossa pesquisa mostraram que o hemograma foi realizado em 38 (75,00%) dos casos e a análise dos eletrólitos em 30 (60,00%). Além disso, o D-dímero foi avaliado para identificar coagulação em 1 (2,00%) dos casos.

Dentre as linhas de tratamento do IAM, a terapia de reperfusão é um método eficaz para restaurar rapidamente o fluxo sanguíneo na artéria coronária obstruída. Contudo, nem todos os pacientes necessitam desse procedimento. (Oliveira et al. 2024). A angioplastia, por exemplo, é um procedimento não cirúrgico utilizado para desobstruir as artérias coronárias bloqueadas. Isso é feito através da inserção de um stent, visando restaurar o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco e garantir a estabilidade hemodinâmica do paciente (Costa et al. 2020). É essencial destacar que essa intervenção deve ser realizada dentro dos primeiros 90 minutos após o início dos sintomas (Alves et al. 2018).

Tabela 4: Distribuição das formas de intervenções de pacientes hospitalizados com quadro de IAM no período de 2021 à 2022 em um hospital do Sudoeste da Bahia.

 Sexo  
Intervenções MédicasMasculino 26 (52,00%)Feminino 24 (48,00%)Total 50 (100,00%)
Angioplastia9 (34,62%)5 (20,83%)4 (28,00%)
Colocação de Stent9 (34,62%)8 (33,33%)17 (34,00%)
Cateterismo Cardíaco12 (46,15%)15 (62,50%)27(54,00%)
Outros *6 (23,08%)4 (16,67%)10 (20,00%)

*Outros: Tratamento cirúrgico, intubação orotraqueal, massagem cardíaca, ventilação mecânica, RCP.

Fonte: Dados da pesquisa.

O cateterismo cardíaco, é um procedimento invasivo no qual se introduz um cateter nas artérias (femoral ou braquial) ou em veias periféricas para verificar a presença de obstrução (Andrade et al. 2022). De acordo com os dados na tabela 4, constatou-se que o cateterismo cardíaco foi utilizado em 27 casos (54,00%), a colocação de stent em 17 casos (34,00%) e a angioplastia em 14 casos (28,00%), outros métodos menos empregados foram utilizados em 10 casos (20,00%).

Outra linha de intervenção de extrema importância no tratamento do IAM são as medicações. Os fármacos mais utilizados incluem os antiagregantes plaquetários e os bloqueadores beta-adrenérgicos, eles reduzem as mudanças estruturais e funcionais no coração que ocorrem em resposta a lesões, controlam a frequência cardíaca e melhoram a função cardíaca (Murad et al. 2018; Neto et al. 2023). Os anti-hipertensivos, por sua vez, desempenham um papel crucial na redução do débito cardíaco, resultando na diminuição dos efeitos centrais, da liberação de renina e da inibição simpática periférica (Martelli; Longo; Seriani, 2008). Outra classe de medicamento fundamental são os vasodilatadores, pois promove o relaxamento muscular dos vasos sanguíneos, resultando em vasodilatação e diminuição da resistência vascular periférica (Ribeiro et al. 2010). Essas medicações, entre outras, foram identificadas em nosso estudo, conforme mostrado na tabela 5.

Tabela 5: Distribuição da terapia farmacológica na hospitalização de pacientes com quadro de IAM no período de 2021 à 2022 em um hospital do Sudoeste da Bahia.

 Sexo Total
Classe MedicamentosaMasculino 26 (52,00%)Feminino   24 (48,00%)50(100,00%)
Antiagregante Plaquetário16 (61,54%)13 (54,17%)29 (58,00%)
Betabloqueadores10 (38,46%)9 (37,50%)19 (38,00%)
Estatinas10 (38,46%)9 (37,50%)19 (38,00%)
Vasodilatadores4 (15,38%)2 (8,33%)6 (12,00%)
Trombolíticos3 (11,54%)2 (8,33%)5 (10,00%)
Vasopressores4 (15,38%)2 (8,33%)6 (12,00%)
Antiarrítmico3 (11,54%)2 (8,33%)5 (10,00%)
Anticoagulante5 (19,23%)3 (12,50%)8 (16,00%)
IECA5 (19,23%)3 (12,50%)8 (16,00%)
Analgésico6 (23,08%)5 (20,83%)11 (22,00%)
Antipirético2 (7,69%)2 (8,33%)4 (8,00%)
Opioides2 (7,69%)2 (8,33%)4 (8,00%)
Diurético3 (11,54%)2 (8,33%5 (10,00%)
Anti Hipertensivo12 (46,15%)9 (37,50%)21 (42,00%)
Outros*14 (53,85%)14 (58,33%)28 (56,00%)

*Outros: Anti-inflamatório, Inibidores de Bomba de Próton, antipsicóticos, antidepressivo, nitratos, inotrópico, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da colinesterase, vasoprotetores, inibidores enzimáticos, sedativo, cefalosporina, benzodiazepínicos, hipolipemiantes, insulina, Inibidores SGLT-2.

Fonte: Dados da pesquisa.

Conforme Guieiro et al. (2012), dentre as complicações que acometem os pacientes com quadro de IAM, foi observado que o choque cardiogênico teve uma taxa de 5 a 10% dos casos, principalmente nas primeiras 24 horas após internação hospitalar. Outra complicação que pode vir como consequência do IAM é a parada cardiorrespiratória (PCR) na qual ocorre a interrupção da contratilidade cardíaca, o que resulta na cessação do fluxo de sangue e oxigênio para os órgãos do corpo (Silva, 2023). A avaliação do ritmo cardíaco durante uma PCR é crucial para determinar o tratamento adequado e as chances de sucesso na ressuscitação (Nunes et al. 2023). De acordo com os dados obtidos neste estudo, um número reduzido de complicações foram registradas, sendo o choque 6 (12,00%) e a PCR 3 (6,00%) os eventos que se destacaram, além de complicações tromboembólicas, que ocorreram em 1 (2,00%) dos casos.

Tabela 6: Distribuição das complicações que afetam pacientes hospitalizados com quadro de IAM no período de 2021 à 2022 em um hospital do Sudoeste da Bahia.

Complicações Durante a HospitalizaçãoSexo Total 50(100,00%)
Masculino 26 (52,00%)Feminino 24 (48,00%)
Choque3 (11,54%)3 (12,50%)6 (12,00%)
PCR1 (3,85%)2 (8,33%)3 (6,00%)
Outros *0 (0,00%)1 (4,17%)1 (2,00%)

*Outros: (complicações tromboembólicas)

Fonte: Dados da pesquisa.

A glicemia alterada pode desencadear um processo inflamatório na camada íntima das artérias coronárias, levando à hipertrofia dessa camada. Esse processo desencadeia um ciclo de inflamação local e apoptose, resultando em lesão endotelial progressiva e o desenvolvimento de placas ateromatosas (Marques; Silva, 2022). A realização do controle glicêmico deve ser instituído para pacientes com IAM que apresentem hiperglicemia significativa > 180mg/dL. (Nicolau et al. 2021).

A hipoglicemia é capaz de ativar o sistema nervoso simpático, resultando na ocorrência de arritmias cardíacas, aumento da demanda de oxigênio pelo miocárdio, propensão a episódios anginosos e estimulação da liberação de citocinas inflamatórias (Gomes; Foss; Freitas, 2014). Essa variável importante foi pouco relatada nos prontuários desse estudo, com apenas 17 (34,00%) verificações como descrito na tabela 7.

A monitorização continua do paciente pode ser realizada de por métodos simples e não invasivo, possibilitando a verificação continua um dos sinais vitais. A saturação periférica de oxigênio, a oximetria de pulso, é uma técnica é capaz de diagnosticar hipoxemia, variável intimamente relacionada com a pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (Kock et al. 2014). De acordo com os dados apresentados na tabela 7, a monitorização foi realizada em 46 (92,00%) dos casos e a oximetria de pulso 47 (94,00%), destacando-se como componentes essenciais no manejo do IAM.

Tabela 7: Distribuição dos testes realizados para avaliar os pacientes hospitalizados com quadro de IAM no período de 2021 à 2022 em um hospital do Sudoeste da Bahia.

Teste realizadoSexo Total 50(100,00%)
 Masculino 26 (52,00%)Feminino 24 (48,00%)
Glicemia Capilar7 (26,92%)10 (41,67%)17 (34,00%)
Oximetria25 (96,15%)22 (91,67%)47 (94,00%)
Monitorização Cardíaca23 (88,46%)23 (95,83%)46 (92,00%)
Gasometria Arterial2 (7,69%)0 (0,00%)2 (4,00%)

Fonte: Dados da pesquisa.

Para revelar os valores do pH (potencial de Hidrogênio sanguíneo), pressão parcial gás carbônico (PaCO2 ou pCO2) e oxigênio (PaO2), íon Bicarbonato (HCO3) e saturação da Oxi- hemoglobina é utilizado a gasometria arterial, um método invasivo que avalia o equilíbrio ácido básico (Pinto et al. 2017). Ademais, auxilia no diagnóstico precoce propiciando uma abordagem terapêutica adequada para evitar potenciais complicações (Gomes; Pereira, 2021). Apesar de haver poucas informações nos prontuários sob a realização da gasometria 2 (7,69%), a realização desse exame é essencial, pois tem a função de avaliar os distúrbios ácido- base.

Na análise de sobrevida segundo aos fatores de risco apresentados pelos indivíduos hospitalizados, quando avaliados separadamente, os parâmetros mais importantes são doenças isquêmicas, doenças crônicas, e cardiopatia isquêmica, como evidenciado na tabela 8. Estudos demonstram que essas variáveis quando apresentadas pelos indivíduos, tornam-se condições que comprometem o suprimento de oxigênio e nutrientes aos tecidos celulares, resultando em um desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio pelo músculo cardíaco (Borba et al. 2016; Silva, 2023; Fuchs, 2016).).

Indivíduos com histórico prévio de infarto têm uma probabilidade aumentada de sofrer novos episódios, estando predispostos a complicações graves, maior mortalidade e eventos cardiovasculares adversos (Lucas et al.2022). Após análise, foi possível observar que as doenças relatadas pelos pacientes nos prontuários são um fator de risco determinante para um possível IAM e, consequentemente, para uma maior probabilidade de óbitos.

Uma das principais observações deste trabalho foi que a associação de fatores de riscos apresentados pelos pacientes, torna-se uma condição importante para a sobrevida dos pacientes. A presença dos fatores de risco acumulados, como observado neste estudo na tabela 8, demonstram que esta população tem maior susceptibilidade de desenvolver um quadro clínico de IAM, evoluído para o óbito.

Tabela 8: Sobrevida segundo os fatores de risco apresentados por pacientes que sofreram IAM no período de 2021 à 2022 internados em um hospital do Sudoeste da Bahia.

Óbito
Fatores de RiscoSimNão  
 n (%)n (%)Total n (%)P valor
Doenças    Isquêmicas4 (19,05%)17 (80,95%)21 ( 100,00%)0,223
Doenças Crônicas*5 (10,87%)41 (89,13%)46 ( 100,00%)0,411
Cardiopatia1 (6.67%)14 (93.33%)15 ( 100,00%)0,654
IAM Prévio0 (0,00%)6 (100,00%)6 ( 100,00%)1,000
Outros **0 (0,00%)14 (100,00%)14 ( 100,00%)0,167
Quantidade de fatores de risco    
01 (6,25)15 (93,75)16 ( 100,00%) 
13 (15,79%)16 (84,21%)19 ( 100,00%) 
20 (0,00%)12(100,00%)12 ( 100,00%)0,033
31 (50,00%)1 (50,00%)2 ( 100,00%) 
51 (100,00%)0 (0,00%)1 ( 100,00%) 

* Doenças crônicas: diabetes, hipertensão arterial e obesidade.

**Outros: Cirurgias prévias, enfisema pulmonar, alzheimer, hipertireoidismo, hipercolesterolemia, gastrite, labirintite, distimia, câncer de mama, erisipela, tireoidectomia, amaurose, insuficiência renal crônica, nefropatia, anemia crônicas.

Fonte: Dados da pesquisa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise realizada, a maioria dos indivíduos que apresentaram IAM eram do sexo masculino com 60 anos ou mais. No entanto, observou-se uma taxa de óbitos maior no sexo feminino. Apesar da escassez de informações relacionadas aos hábitos de vida nos prontuários, é evidente que a presença de comorbidade e fatores de risco contribuiu para uma piora no prognóstico dos pacientes.

Recomenda-se a implementação de medidas que promovam a prevenção, detecção precoce e tratamento adequado, além de uma maior atenção ao preenchimento completo e preciso dos prontuários. Os estudos epidemiológicos, prognósticos e de sobrevida permitem ao profissional de saúde e aos pacientes com afecções cardíacas conhecerem o comportamento desta doença garantindo uma abordagem realista e que proporcione intervenção de qualidade, bem como um melhor prognostico aos indivíduos acometidos por esta patologia. Assim, é necessário realizar novos estudos com um número maior de amostras para investigar melhor os aspectos epidemiológicos dessa doença, considerando suas altas taxas de morbimortalidade.

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