A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM DE TETRA PAK (CAIXAS LONGA VIDA) NAS UNIDADES OFFSHORE

THE IMPORTANCE OF RECYCLING TETRA PAK (LONG LIFE BOXES) IN OFFSHORE UNITS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10951065


Tales Dias da Silva1
Orientador: Dr. José Augusto Ferreira da Silva1


RESUMO

O artigo busca analisar a viabilidade da reciclagem de Tetra Pak geradas a bordo de centenas de embarcações e plataformas atuantes no Brasil, e que prestam variados serviços para o setor de óleo e gás. Através de uma pesquisa inicial, verificou-se que, em média, é gerado cerca de 1,2 tonelada deste material todos os meses, ou seja, 14,4 toneladas todos os anos em cada navio com capacidade média de 100 ocupantes. Devido ao aumento da geração deste material a bordo,  provenientes do aumento de novos contratos para atender a demanda do mercado de óleo e gás, onde, dezenas de novas embarcações chegarão até 2026, visto que ainda existem muitas caixas “longa vida” geradas em grande quantidade a bordo destas embarcações, onde, são misturadas com os resíduos comum e enviadas aos diversos aterros sanitários do Brasil todos os meses, notou-se a necessidade de analisar de forma mais detalhada a viabilidade logística, legal, técnica e econômica para que as empresas tenham uma orientação mais aprofundada e direcionada neste assunto. O intuito central deste projeto é analisar a viabilidade da reciclagem deste material em larga escala e fazer com que outras empresas do ramo de óleo e gás tomem conhecimento e aderem ao projeto e ao benefício ambiental, social e econômico que trará para si e para o nosso país. Além dos inúmeros benefícios aqui explanados, a partir deste artigo, servirá como mais uma fonte de pesquisa para a expansão e abrangência deste tipo de reciclagem, e, também, um estímulo de novas ideias e tecnologias para que outros materiais tenham o mesmo destino sustentável.    

Palavras-chave: Reciclagem; Tetrapak; Embalagem Longa Vida; Sustentabilidade.

ABSTRACT

This article seeks to analyze the feasibility of recycling Tetra Pak generated on board hundreds of vessels operating in Brazil, which provide various services for the oil and gas sector. Through an initial survey, it was found that, on average, about 1.2 tons of this material is generated every month, that is, 14.4 tons every year in each ship with an average capacity of 100 occupants. Due to the increase in the generation of this material on board, resulting from the increase in new contracts to meet the demand of the oil and gas market, where dozens of new vessels will arrive by 2026, since there are still many “long life” boxes generated in large numbers. quantity on board these vessels, where they are mixed with common waste and sent to the various sanitary landfills in Brazil every month, it was noted the need to analyze in more detail the logistical, legal, technical and economic feasibility for companies have more in-depth and targeted guidance on this matter. The main purpose of this project is to analyze the feasibility of recycling this material on a large scale and to make other companies in the oil and gas sector take notice and adhere to the project and the environmental, social and economic benefit it will bring to them and ours. country. In addition to the numerous benefits explained here, from this article, it will serve as another source of research for the expansion and scope of this type of recycling, and also a stimulus for new ideas and technologies so that other materials have the same sustainable destination.

Keywords: Recycling; Tetra Pak; Long Life Packing; Sustainability.

1. INTRODUÇÃO

Devido a quantidade de resíduos gerados todos os dias no mundo, a reciclagem vem se tornado uma atitude indispensável para a manutenção da saúde das pessoas e do planeta. Anualmente, o Brasil produz cerca de 78,4 milhões de toneladas de resíduos sólidos, mas recicla apenas 3% destes. Segundo dados levantados pelo Ministério do Meio Ambiente através da Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2020), estima-se que o Brasil perca cerca de R$ 8 bilhões por ano por não reciclar os resíduos sólidos e destiná-los aos aterros sanitários e lixões das cidades. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de recursos naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Além é claro da geração de emprego e renda para estas empresas.

Com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PGRS) regida pela Lei 12.305, foi sancionada em 2 de agosto de 2010, que regulamenta a gestão de resíduos no país, apenas quando todas as possibilidades de reaproveitamento forem esgotadas é que os resíduos devem ser destinados em aterros. Assim, ações práticas de sustentabilidade começaram a ser aplicadas em maior escala dentro das indústrias geradoras de resíduos, de forma a tornar suas atividades menos impactantes ao meio ambiente e de acordo com as normas vigentes. 

Segundo estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2020), informa que durante 2009, as atividades relacionadas à exploração e à produção de petróleo e gás offshore produziram um total de 44.437 toneladas de resíduos sólidos, com os principais resíduos gerados correspondendo a: resíduos oleosos em torno de 16.002 toneladas; metal não contaminado em torno de 11.085 toneladas; resíduos contaminados aproximadamente 5.630 toneladas e resíduos não passíveis de reciclagem 4.935 toneladas. 

Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelecida pela Lei nº 12.305/10, a qual propõe que as empresas pratiquem hábitos de consumo sustentáveis, aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e, ainda, a destinação ambientalmente adequada dos resíduos.

Encontrar uma forma de minimizar cada vez mais os efeitos nocivos ao meio ambiente, oriundo dos resíduos gerados em nosso planeta é um desafio grande, porém, se suma importância para a garantia das futuras gerações. Infelizmente, as quantidades destes resíduos gerados não são proporcionais ao tratamento dado, de forma a não gerar impacto ao meio ambiente. Uma forma de minimizar estes efeitos nocivos ao meio ambiente, é o reuso e reciclagem destes materiais, tornando-o sustentavelmente viável. 

Com base neste contexto, viu-se a necessidade de uma análise minuciosa quanto a viabilidade de reciclagem de caixas Tetrapak a bordo das embarcações do ramo de óleo e gás, visto a grande quantidade deste material gerado a bordo. Em média, cerca de 14,4 toneladas/ano são geradas a bordo em cada uma destas embarcações que comporta cerca de 100 trabalhadores durante todo o ano. 

Os resultados levantados fornecerão dados de viabilidade, podendo auxiliar na melhoria das condições ambientais norteando as tomadas de decisão e na criação de políticas para conservação e mitigação dos efeitos nocivos ao meio ambiente. Apesar deste trabalho ser direcionado às atividades do ramo de óleo e gás, espera-se que o projeto abranja outras empresas, fábricas, indústrias e refinarias geradoras das caixas de longa vida. O intuito central deste é analisar a viabilidade da reciclagem deste material em larga escala e fazer com que outras empresas do ramo de óleo e gás tomem conhecimento e aderem ao projeto e ao benefício ambiental, social e econômico que trará para si e para o nosso país. Além disso, o artigo científico servirá como fonte de pesquisa e dados para tornar a reciclagem deste material ainda mais abrangente a outros setores, que poderão ser beneficiados com as informações aqui contidas, e, também, estimular que novas tecnologias surjam para tornar viável a reciclagem de novos materiais. 

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Embasamento legal sobre reciclagem e redução de resíduos na indústria offshore

Por meio das Notas Técnicas CGPEG/DILIC/IBAMA n° 08/2008 e 01/2011 o Projeto de Controle da Poluição (PCP) é a seção do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que configura uma das medidas mitigadoras de impactos ambientais exigidas como condicionante de licença ambiental dos empreendimentos concernentes às atividades passíveis de serem submetidas a processo de licenciamento ambiental na Coordenação Geral de Petróleo e Gás (CGPEG), coordenação responsável pela temática da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). De acordo com a Nota, estas atividades são constituídas por: Pesquisa Sísmica; Perfuração; Produção e Escoamento. 

O PCP se faz então em um conjunto de procedimentos, tanto a bordo, nas unidades marítimas e embarcações inseridas nesses processos de licenciamento, quanto fora dessas unidades e embarcações, de modo a buscar a minimização da poluição advinda: da geração de resíduos a bordo, de sua disposição em terra, do descarte de rejeitos no mar e das emissões atmosféricas. 

Desta forma, tomando por base o que foi preconizado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal n. º 12.305/2010), discute-se aqui e aponta os instrumentos legais relacionados à temática, estratégias que visem aperfeiçoar as ações de uma melhor destinação dos resíduos provenientes da atividade de produção de petróleo offshore e reciclar ao máximo possível destas caixas “longa vida”, que antes eram destinadas aos aterros.

Fato é que precisamos pensar além das legislações, criando uma cultura de melhoria contínua sem esperar que as normas e leis resolvam todos os problemas da temática ambiental. Mas entendo também que sem a força da Lei, não haveria este estímulo inicial para a formação desta cultura preventiva.  A Nota Técnica, por exemplo, consubstancia as diretrizes da Coordenação Geral de Petróleo e Gás (CGPEG), da Diretoria de Licenciamento Ambiental (DILIC), do IBAMA, para implementação do Projeto de Controle da Poluição (PCP), uma das medidas mitigadoras de impactos exigidas como condicionante de licença ambiental dos empreendimentos, no que concerne às três atividades passíveis de serem submetidas a processo de licenciamento ambiental na CGPEG (Pesquisa Sísmica; Perfuração; Produção & Escoamento). 

Trata-se de um conjunto de procedimentos, tanto a bordo, nas unidades marítimas (plataformas e sondas) e embarcações inseridas nos processos de licenciamento, quanto fora dessas unidades e embarcações, de modo a buscar a minimização da poluição advinda: da geração de resíduos; de sua disposição em terra; do descarte de rejeitos no mar; das emissões atmosféricas (IBAMA, 2011). E esse conjunto de procedimento e condicionantes são cruciais para o mínimo de impacto ambiental possível para o ambiente offshore, porém, é preciso ir além, pensar “fora da caixa” para que as ações não estejam baseadas apenas no controle dos impactos ambientais, mas, nas melhorias que podem surgir mediante o contínuo estudo e auxílio e inclusão das novas tecnologias neste processo.  

O PCP sempre foi um projeto de mitigação exigido das empresas, porém a forma pela qual a CGPEG vinha recebendo as informações a serem analisadas mostrou-se insatisfatória do ponto de vista de resultados. Tal fato levou à necessidade de uma discussão entre os Analistas Ambientais que trabalham com essa temática na CGPEG, de modo a se estabelecer um novo formato de registro e de apresentação das informações sobre esse projeto. Sob essa perspectiva, optou-se, também, por dar novo foco ao PCP, onde pudesse ser observada a gestão de resíduos, efluentes e emissões de um conjunto de empreendimentos de cada empresa, localizados ou em operação em uma dada região, ao longo do tempo (IBAMA, 2011). 

A evolução dos dados sobre a geração de resíduos em cada empreendimento está sendo acompanhada por esta Coordenação Geral no intuito de se verificar a forma mais adequada de estabelecimento de metas de redução de geração nesta atividade (IBAMA, 2011). Embora ainda não se tenha a obrigatoriedade de apresentação dessas metas, a CGPEG está observando os procedimentos que cada empresa vem adotando para buscar a redução na geração de resíduos nos seus empreendimentos (IBAMA, 2011).

Embora não tenham recebido enfoque neste estudo, vale citar que existem outros instrumentos legais que versam sobre os resíduos sólidos ou, de forma geral, sobre o impacto ambiental por ele causado. É o caso da Constituição Federal da República de 1988, as principais diretrizes para a execução do licenciamento na esfera federal estão expressas na Lei nº 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, as Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA nº 23/94, 237/97 e 275/01, a Lei 9.966/00, a MARPOL 73/78 e a Nota Técnica NBR-ABNT 10004/2004, esta última já apresentada no item anterior.

Destaca-se aqui o que a Constituição Federal da República de 1988 estabelece em seus art. 23, 24 e 225:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (…) 
VI – Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; (…) 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; (…) 
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; ” (…) 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
34 § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei (grifo nosso)

Nestes termos, temos que a Constituição Federal em seu caráter generalista motiva e exige aos entes federados a responsabilidade de atuar na proteção ambiental e combate a poluição. Vários instrumentos legais, como a Lei Federal 12.305/2010 já discutida neste estudo, vêm justamente atender a estas exigências.

A Resolução CONAMA nº 237/97 dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. É justamente o Licenciamento Ambiental o instrumento por meio do qual o IBAMA assegura a proteção ambiental e controle da poluição das Atividades de E&P. 

A Resolução CONAMA nº 275/01 estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. 

2.2. Reaproveitamento Tetra Pak

Conforme Garcia e Tabarelli (2016) afirmam, produtos sustentáveis devem demonstrar maior eficiência no que diz respeito ao consumo de matéria e energia, além de simplificar a reciclagem de seus materiais e a reutilização de seus componentes. Para esclarecer essa proposta de maneira mais abrangente, é relevante enfatizar que prolongar a vida dos materiais implica em estendê-la além do ciclo de vida dos produtos que esses materiais compõem. A reciclagem emerge como um meio de concretizar essa ideia, já que ela envolve o processo de reprocessamento dos materiais, transformando-os em matérias-primas secundárias que podem ser utilizadas na fabricação de novos e distintos produtos.

As embalagens conhecidas como Tetra Pak, também referidas como embalagens longa vida, apresentam uma composição multicamadas composta por diferentes materiais, incluindo papel, polietileno de baixa densidade e alumínio, conforme descrito por Pedroso e Zwicker (2007)

De acordo com Jahnke et al. (2006), a união das embalagens cartonadas longa vida resulta em uma barreira eficaz contra a radiação. A aplicação dessas embalagens longa vida em subcoberturas e painéis de vedação desempenha um papel importante na minimização das trocas de calor com o ambiente externo. Como resultado, o material que poderia ser descartado torna-se um valioso isolante térmico, útil em diversas construções, como destacado por Jahnke et al., (2006).

Essa abordagem demonstra uma aplicação inovadora e sustentável para as embalagens Tetra Pak, transformando-as em recursos valiosos que contribuem para a eficiência energética e o isolamento térmico em edifícios de diferentes tipos. Isso ressalta o potencial de reutilização e reciclagem de materiais que, de outra forma, poderiam ser considerados resíduos (Silva et al., 2015).

A reciclagem apresenta uma dupla vantagem ambiental significativa, uma vez que aborda dois aspectos cruciais. Em primeiro lugar, elimina o impacto negativo da disposição inadequada de materiais primários, como o alumínio, o polietileno e o papel (componentes do Tetra Pak), evitando assim a contaminação ambiental decorrente desse descarte. Além disso, a reciclagem contribui para a preservação dos recursos naturais, uma vez que reduz a necessidade de utilizar matérias-primas virgens e a energia associada à sua extração e produção na fabricação de novos materiais. Portanto, essa abordagem ambientalmente responsável não apenas minimiza os danos ambientais causados pelo descarte inadequado, mas também conserva os recursos naturais, promovendo um ciclo mais sustentável de utilização de materiais (Costa; Gonçalves; Schumann; 2023).

As embalagens produzidas pela Tetra Pak, frequentemente denominadas como “embalagens longa vida,” constituem uma linha abrangente de caixas cartonadas projetadas para acondicionar alimentos frescos, processados e industrializados, tais como leite, suco, iogurtes, molhos, produtos lácteos, e muito mais. Essas embalagens se caracterizam por sua composição, na qual 75% do material é composto por papel, 5% por alumínio, e os 20% restantes consistem de um polímero denominado polietileno. É essencial separar esses materiais para permitir o processo de reciclagem adequado (Fernandes; Danielewicz; Secco, 2014).

Este enfoque na composição das embalagens Tetra Pak enfatiza a importância de promover a separação e reciclagem adequadas, contribuindo para a gestão sustentável de recursos e minimizando o impacto ambiental associado ao descarte inadequado desses materiais (Fernandes; Danielewicz; Secco, 2014).

Nesse contexto, as embalagens longa-vida fabricadas pela Tetra Pak são classificadas como materiais compósitos. De acordo com a definição de Lobato e Lima (2010), os compósitos são o resultado da combinação de dois ou mais materiais distintos, resultando na soma das diferentes propriedades desses materiais. Essa combinação confere ao compósito um desempenho superior em relação ao que esses materiais individuais não conseguiriam alcançar separadamente. Apesar de sua ampla utilização na indústria devido às suas propriedades vantajosas, os compósitos também apresentam desafios em termos de sustentabilidade ambiental. Isso ocorre devido à dificuldade na reciclagem desses materiais, o que pode resultar em riscos ambientais consideráveis.

2.2.1. Reciclagem de Tetra Pak e aspectos normativos

De uma forma geral, a nossa legislação ambiental vem direcionando constantemente as empresas do ramo de óleo e gás gerirem melhor os seus resíduos e aplicando, cada vez mais, metas anuais desafiadoras de redução destes materiais aos aterros sanitários, para que as empresas possam buscar cada vez mais alternativas mais sustentáveis, tanto na geração de resíduo, quanto na destinação e na reciclagem destes. Conforme figura 01 a seguir, podemos observar que no ramo offshore, a Tetra Pak, ainda no ano de 2011, era descartada junto dos resíduos não passíveis de reciclagem, ou seja, apesar de no ano de 2011 já termos uma possibilidade de reciclagem deste material, a viabilidade era muito pouco conhecida pelas empresas.

Apesar de ser uma tabela (IBAMA) com dados de 2011 podemos ter uma ideia do quantitativo gerado por tipo de resíduo. Se tratando do Tetrapak, no ano deste levantamento, praticamente todas as caixas longa vida eram descartadas junto com os resíduos comuns pela dificuldade de separar o material que compõe as caixas e pela falta de empresas com tecnologia capaz de reciclar este material. Hoje, já temos algumas empresas que reciclam este material, porém, ainda temos muito a explorar no que diz respeito à reciclagem. 

Praticamente não existe literatura ou trabalho que embase e proporcione maiores conhecimentos sobre esta prática, visto que se trata de ações ainda muito restritas ao “universo” offshore do setor de óleo e gás. A ideia é que na medida que trabalhos como este sejam elaborados, maiores fontes de pesquisa aparecerão para que não somente a área de óleo e gás adote esta boa prática em sua totalidade, mas, que todas as que geram materiais similares. Pode ser que além das caixas Tetrapak, seja um estímulo para que novas tecnologias surjam para tornar possível a reciclagem de outros tipos de materiais.    

3. METODOLOGIA

No presente estudo utilizou-se de metodologia exploratória-descritiva para conhecimento do tema por meio da observação participante, estudo de caso, levantamentos, coletas de dados e por fim análise e interpretação dos dados. 

Pesquisou-se o quantitativo dos materiais Tetra Pak existentes a bordo das embarcações do ramo de óleo e gás; os tipos dos materiais; capacidade de armazenamento temporário; condições de implementar um coletor específico para Tetrapak; viabilidade no controle e armazenamento destes materiais; gestão de logística e transporte das caixas através dos manifestos específicos; legislações aplicáveis; licenças de operação das empresas que fazem o gerenciamento e análise da viabilidade econômica e técnica para o processo de implementação.

Para o levanto e revisão das referências sobre o tema utilizou-se de estratégias bibliométricas com o uso de operadores booleanos e palavras-chave, nos bancos de documentos indexados aplicando-se os termos de busca em português e inglês respectivamente da seguinte forma: (tetrapak) “e” (embalagens de longa vida) “ou” (tetrapak) “e” (sustentabilidade) “ou” (embalagens longa vida) “e” (sustentabilidade) “ou” (tetrapak) “e” (long life packing) “ou” (sustainability) “e” (long life Sustainability).

Sendo assim, buscou-se com as palavras-chave instituição de ensino e universidade, empregadas nos dois idiomas citados, garantir tanto a abrangência da busca no que se refere aos diferentes níveis da educação quanto ao recorte geográfico, incorporando dados de outros países além do Brasil.

O corte temporal foi de 3 anos (2020 a 2023), visando pesquisar o que há de mais atual em relação ao assunto e após a busca, foram encontrados 80 artigos, analisados seguindo alguns passos das fases da leitura informativa propostas por Marconi e Lakatos (2017). Algumas das fases da leitura informativa são a fase de reconhecimento, que consiste em uma leitura rápida do título para a verificação do assunto de interesse, a pré-leitura que busca localizar determinadas informações e a fase seletiva que permite a eliminação do supérfluo através da busca pelas informações que têm relação com o problema estudado, a leitura seletiva é a última parte na busca por materiais e a primeira de uma leitura mais profunda (Marconi; Lakatos, 2017).

Portanto, foi feita uma seleção através da leitura simultânea dos títulos e resumos dos artigos encontrados, buscando informações pertinentes com as palavras-chave utilizadas e consequentemente com a temática deste trabalho. Dos 80 artigos encontrados 78 foram descartados por não terem nenhuma relação direta com o tema ou estarem duplicados. Os 2 artigos restantes foram lidos na íntegra, por estarem, de alguma forma, tratando diretamente do tema. Vale ressaltar, que o tema abordado neste artigo é relativamente novo e com poucas literaturas específicas ao trabalho, visto que a tecnologia e conhecimento da reciclagem deste material ainda não foi amplamente difundido.    

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A coleta seletiva é uma estratégia amplamente usada para otimizar a separação e o armazenamento correto do resíduo, visando sua reutilização, reciclagem, tratamento e disposição adequada, adotada e exigida de forma fundamental nas Atividades de E&P. No caso dos coletores para Tetrapak, apesar de não haver nenhuma norma que direciona a cor ideal para as caixas “longa vida”, é recomendado que se utilize o coletor na cor azul e com plástico transparente.

O código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva é estabelecido pela resolução CONAMA nº 275/01

Através da visita técnica a bordo, foi possível ter uma ideia do quantitativo de Tetrapak gerado a bordo, tipos de caixas e tamanhos, facilidade na coleta devido o consumo deste material ser todo dentro do refeitório, facilidade no armazenamento temporário, viabilidade logística das empresas que buscam este material nos portos onde os navios atracam, capacidade de transporte e reciclagem dos resíduos em sua totalidade. Lembrando que as licenças ambientais e de operação dão todo o respaldo para que toda esta cadeia se torne viável em sua essência.   

4.1. Viabilidade de Coleta e Armazenamento nas unidades offshore 

Visto que em 2012, durante experiência pessoal de trabalhando na área de meio ambiente junto às empresas contratadas da Petrobras do ramo de embarcações offshore, pude observar, uma lacuna e grandes possibilidades de uma melhoria na gestão e reciclagem de alguns resíduos categorizados como não passíveis de reciclagem a bordo dos navios de lançamento de dutos flexíveis, entre eles, as caixas Tetrapak.

Este foi um trabalho realizado na embarcação de lançamento de linha tipo PLSV (Pipe Line Support Vessel) que implementou em sua unidade um coletor azul para Tetrapak na cozinha do refeitório. Após a implementação, fiz um cálculo médio através do recebimento dos manifestos de resíduos (Tetra Pak) gerados por três meses, para saber a geração (Kg) anual deste material a bordo do navio. O resultado inicial levantado foi uma média de 1,4 tonelada/ano de material Tetra Pak sendo reciclado a bordo de um único navio. Isso significa que 1,4 tonelada/ano deste material está deixando de ir para os aterros sanitários, sinalizando a necessidade de expandir este projeto para outras embarcações que trabalham em Águas Jurisdicionais Brasileiras.

O fato da geração destes resíduos ser somente no refeitório, facilita ainda mais na coleta deste material que é gerado a bordo das embarcações conforme pode observar nas Fotos 1 e 2 abaixo.

Apesar da imagem do refrigerador mostrar apenas caixas de suco e leite, vale ressaltar que outros tipos de caixas tetrapak são utilizadas na cozinha como:  leite condensado, creme de leite, requeijão etc.

Quanto ao coletor, pela foto pode observar que ele recebe uma etiqueta com descrição específica para Tetra Pak, na cor azul para facilitar a identificação e o plástico é transparente. Tudo é aproveitado, todos recebem a instrução de retirar a tampa das caixas para não gerar volume, e as tampas são doadas para igrejas e ONG (Organização Não Governamental) que trocam estas tampinhas por cadeiras de rodas para doação. A coleta destas tampas pode ser observada através da Foto 03 abaixo.

4.2. Viabilidade econômica da reciclagem de Tetrapak 

As empresas que recebem estes materiais das unidades marítimas, compram este material da empresa geradora. Ou seja, ao invés da empresa geradora (dona da unidade) ter que pagar para destinar estes resíduos para destinação final em aterros sanitários, podem vender estes materiais para as recicladoras que compram este material, vão até o porto buscar e fazem a logística completa até a geração do manifesto de resíduo específico para Tetrapak. Não existe nenhuma inviabilidade que aumente custos para as empresas, muito pelo contrário, existe um estímulo grande para que as empresas reciclem cada vez mais esse tipo de material. 

Através de um estudo realizado em algumas empresas recicladoras deste material, foi possível coletar a informação de uma média de valor que as empresas pagam para quem gera esse material, confirmando então, total viabilidade econômica tanto para quem gera quanto para as empresas que compram e lucram com a reciclagem da Tetrapak. A média de preço e tabela para troca de embalagem praticado por essas empresas, pode ser observado através das Tabelas 01 e 02 abaixo.

4.3. Viabilidade logística e de gerenciamento dos caixas Tetrapak desde a geração nas unidades marítimas até a destinação final

Conforme informado anteriormente, a legislação prevê metas de redução e geração de resíduos e que as empresas criem meios de reutilizar e reciclar os materiais a bordo das embarcações. Vale ressaltar que as empresas recicladoras possuem a licença de operação para realizar a logística e reciclagem destes materiais, gerando manifesto de resíduos específicos para Tetrapak e gerindo o material até a destinação final. 

Devido a facilidade de armazenamento na fonte de geração e do grande volume gerado a bordo das unidades marítimas offshore, torna-se completamente viável às empresas recicladoras deste material, irem até os portos para buscarem e gerenciarem as caixas “longa vida”. Apesar de ainda não termos a informação do custo total desta operação, pela prática que já ocorre, conseguimos observar a total viabilidade logística e gerencial até a reciclagem completa.    

4.4. Viabilidade de caixas Tetra Pak em pequenos portos

Foi realizado um estudo de viabilidade técnica e logística de reciclagem de Tetrapak junto a umas das empresas recicladoras que atuam junto a alguns portos no Brasil. Foi constatado a inviabilidade, visto o volume empregado oriundo das embarcações que atracam no Porto de Macaé, ser um volume muito pequeno, devido ao calado de apenas 5 metros e baixa capacidade de receber embarcações maiores conforme Foto 04 abaixo.

4.5. Processo de reciclagem das caixas tetrapak de uma recicladora

A reciclagem é uma das alternativas para o tratamento do lixo urbano e contribui diretamente para a conservação do meio ambiente. Ela trata o lixo como matéria-prima que é reaproveitada para fazer novos produtos e traz benefícios para todos, como a diminuição da quantidade de lixo enviada para aterros sanitários, a diminuição da extração de recursos naturais, a melhoria da limpeza da cidade e o aumento da conscientização dos cidadãos a respeito do destino do lixo.

Existem diversas tecnologias disponíveis para a reciclagem das embalagens da Tetra Pak. A reciclagem das fibras e do plástico/alumínio que compõem a embalagem começa nas fábricas de papel, em um equipamento chamado “hidrapulper”, semelhante a um liquidificador gigante conforme observado nas Fotos 05 e 06.

Durante a agitação do material com água e sem produtos químicos, as fibras são hidratadas, separando-se das camadas de plástico/alumínio. Em seguida, essas fibras são lavadas e purificadas e podem ser usadas para a produção de papel utilizado na confecção de caixas de papelão, tubetes ou na produção de material gráfico, como os folhetos distribuídos pela Tetra Pak.

O material composto de plástico/alumínio é destinado para fábricas de processamento de plásticos, onde é reciclado por meio de processos de secagem, trituração, extrusão e injeção. Ao final, esse material é usado para produzir peças plásticas como cabos de pá, vassouras, coletores e outros.

Outro processo de reciclagem permite que o plástico com alumínio seja triturado e prensado a quente, transformando-se em uma chapa semelhante ao compensado de madeira que pode ser usada na fabricação de divisórias, móveis, pequenas peças decorativas e telhas. Esses materiais têm grande aplicação na indústria de construção civil conforme Foto 07.

Outra tecnologia, esta nova e inédita, desenvolvida localmente no Brasil, trabalha com o processamento do composto de plástico/alumínio em um forno de plasma. O sistema aquece a mistura de plástico e alumínio a altíssimas temperaturas em uma atmosfera sem oxigênio (que preserva a qualidade do alumínio). Neste processo, o plástico se quebra em moléculas, transformando-se em parafina e o alumínio se funde, tornando-se matéria-prima pura novamente, que pode voltar a ser folha para uso em embalagens longa vida. Segue foto 08 e 09 abaixo.

4.6. Questionário semiestruturado para coleta de dados

Foi realizado um levantamento através de um questionário semiestruturado, junto a empresa que gerencia e recicla esses materiais tetra pak, a fim de coletar informações relevantes do processo de forma a somar com todos dados levantados até aqui. 

Foi enviado esse questionário para uma das empresas recicladoras de Tetrapak, a fim de coletarmos ainda maiores informações quanto à viabilidade de reciclar este material conforme pode ver na Foto 10 abaixo.

Segue abaixo as respostas do questionário semi estruturado enviado a uma das empresas recicladoras. 

A empresa selecionada para responder ao questionário, trabalha a mais de 15 anos no mercado de reciclagem de Tetrapak e possui um conhecimento vasto com reciclagem e reutilização deste material. Na visão desta empresa, que tem crescido ano após ano, informa que a reciclagem desse material tem crescido exponencialmente no Brasil.

Segundo a empresa, que é instalada no Rio de Janeiro, esse material é coletado nos grandes portos da região por meio de caminhão próprio que dá acesso aos portos e realizam a coleta que já é transferido de forma separada, facilitando a transferência do navio para o caminhão. Após a coleta, esse material é transportado até a base da empresa, onde é feito a limpeza, triagem por tipos e tamanhos de tetrapak e direcionado para reuso ou reciclagem. Após esse processo, os materiais constituintes são separados de suas camadas e gerando um manifesto de resíduos de destinação final com o nome de “Reciclagem de Tetrapack” para as empresas interessadas parceiras. Na visão da empresa recicladora, buscar esse material nos portos é rentável, pois a quantidade gerada é alta e viabiliza todo o processo de transporte até a destinação final.

 Estes materiais são reciclados, onde, cada parte do tetrapak é separada das caixas através de um maquinário próprio em formato de um liquidificador, capaz de triturar e separar adequadamente cada camada de material conforme explicado no item 4.5. Alguns materiais são destinados para reaproveitamento em construção civil, pois, é um excelente isolante térmico de baixo custo e alta durabilidade. Obras onde existem telhados e paredes que não estão aparentes, são de grande interesses de pequenas, médias e até grandes empresas, pois, são de custos baixos e desempenham um bom funcionamento. 

A empresa enxerga o aquecimento do petróleo como uma rica oportunidade de crescimento, pois, nos últimos dois anos, aumentou o seu faturamento em 120% e contratou 15 novos funcionários. A intenção da empresa é expandir para outros estados, pois, são poucas as empresas que são especializadas em reciclagem de tetra pak. 

Como a empresa é familiar e cresceu muito no estado do Rio de Janeiro, eles ainda não se sentem seguros para dar um passo grande neste momento, pois querem tornar o processo e controle mais eficiente antes de abrir uma filial em outro estado. A meta da empresa é que até em 2026, eles já estejam mais estruturados para esse grande passo. Se nos próximos anos o mercado de óleo e gás continuar a crescer neste ritmo, até 2026 eles esperam crescer de 80% a 100%. Segundo a empresa, é um mercado muito viável e rentável para quem possui o conhecimento, tecnologia e mão de obra necessária para o trabalho. 

Na visão da empresa, ainda existe um estímulo muito pequeno dos governantes e da população para reciclagem deste material. Eles entendem que precisa ser melhor divulgado para pessoas, empresas, indústrias, etc. possam cada vez mais aderirem a reciclagem. Muitas empresas pagam para esse material ser destinado aos aterros sanitários, enquanto, na verdade, poderiam estar lucrando ou deixando de pagar toda essa quantidade de resíduos gerados. É bom para o meio ambiente, bom para a empresa recicladora que gera empregos, bom para o governo e para a população. Na visão da empresa, este projeto de Mestrado é muito importante, pois, ajuda a difundir ainda mais o conhecimento das pessoas e empresas, além de estimular ainda mais a reciclagem de tetra pak no Brasil. Eles esperam que muitos outros trabalhos possam surgir em virtude deste artigo e estimular as empresas de óleo e gás a aderirem cada vez mais ao projeto.  

5. CONCLUSÃO

Dado a viabilidade comprovada da reciclagem deste material, ainda, observa-se uma lacuna muito grande quanto ao conhecimento e real condições logística, legal, econômica e facilidade de acondicionamento e separação deste material na embarcação. Além das empresas economizarem boa parte dos seus recursos para contratação de outras empresas para destinarem estes resíduos aos aterros sanitários, esta empresa pode ainda lucrar com a venda das caixas Tetra Pak. 

Outros benefícios também são consideráveis, principalmente, no que diz respeito ao meio ambiente. Até 2026, o Brasil contará com mais 8 embarcações FPSO de grande porte e embarcações de outros tipos também entrarão em contrato para serviços de lançamento de linha e instalação de equipamentos submarinos. Até o final de 2022, serão 94 embarcações em contrato com apenas uma empresa de exploração e produção de óleo. Se uma embarcação com tripulação média de 100 pessoas, gera em torno de 1,4 tonelada/ano de Tetra Pak, pode-se o grande benefício da reciclagem deste material sendo aplicada em centenas de outras embarcações. 

Conclui-se que a reciclagem de Tetra Pak é totalmente viável e factível nas operações de óleo e gás dado ao volume, viabilidade técnica e legal para que este material chegue até o destino final da reciclagem. Além da viabilidade técnica, existe uma facilidade no que diz respeito ao investimento financeiro que as empresas terão para reciclar o material, pois, as recicladoras, em sua maioria, compram este material das empresas que não terão nenhum prejuízo em sua receita.  

Dado a grande relevância do tema e grande benefício ao meio ambiente, espera-se que, através deste artigo, haja uma maior aderência desta boa prática nas organizações, não apenas dos setores de óleo e gás, mas, de outros setores como: refinarias, fábricas e indústrias, entre outros. Além do benefício ambiental, muitas famílias são beneficiadas através de empregos que são gerados com a reciclagem, e toda uma sociedade é atingida positivamente.  

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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