EXPLORING PSYCHOSOCIAL FACTORS AS DETERMINANTS OF RISK FOR HEART DISEASE: AN INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10937513
Alexandre Carneiro Freitas¹; Ayran Lima Ferreira2; Eduarda Furtado de Melo3; Felipe Finger Hollen4; Laís Duran Gomes5; Leilha Barbosa Camargo Moura6; Marcelo Denúbila Gomes7; Nathelle Pablynne Silva da Costa8; Thiago Giacometti Perez9; Vaneza Cristina Roscamp Martins10.
Graduação em Bacharelado em Medicina Universidade Brasil – Fernandópolis/SP
RESUMO
Este artigo revisa a literatura sobre a relação entre ansiedade, depressão e saúde cardiovascular em pacientes cardíacos. Inicialmente, são apresentados estudos que evidenciam a alta prevalência de ansiedade e depressão nessa população, bem como seu impacto negativo na qualidade de vida e desfechos clínicos. Em seguida, discute-se a importância da triagem precoce e intervenções eficazes para tratar esses transtornos psicológicos em pacientes cardíacos. Além disso, são analisados os efeitos de programas de reabilitação cardíaca na saúde mental dos pacientes, destacando sua eficácia na redução dos sintomas de ansiedade e depressão. Por fim, são apontadas implicações clínicas e lacunas na literatura, sugerindo direções para estudos futuros.
Palavras-chave: ansiedade, depressão, saúde cardiovascular, pacientes cardíacos, reabilitação cardíaca.
ABSTRACT
This article reviews the literature on the relationship between anxiety, depression, and cardiovascular health in cardiac patients. Initially, studies demonstrating the high prevalence of anxiety and depression in this population, as well as their negative impact on quality of life and clinical outcomes, are presented. Subsequently, the importance of early screening and effective interventions to treat these psychological disorders in cardiac patients is discussed. Furthermore, the effects of cardiac rehabilitation programs on patients’ mental health are analyzed, highlighting their effectiveness in reducing symptoms of anxiety and depression. Finally, clinical implications and gaps in the literature are identified, suggesting directions for future research.
Keywords: anxiety, depression, cardiovascular health, cardiac patients, cardiac rehabilitation.
1. INTRODUÇÃO
Os fatores psicossociais desempenham um papel significativo no desenvolvimento e na progressão de doenças cardíacas, como a insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana e arritmias cardíacas. Estudos têm demonstrado que sintomas de ansiedade e depressão estão frequentemente associados a piores resultados de saúde cardiovascular, incluindo aumento do risco de eventos cardiovasculares adversos, hospitalizações recorrentes e mortalidade. Por exemplo, a pesquisa de Alhurani et al. (2015) destacou a associação entre sintomas de depressão e ansiedade e maior risco de rehospitalização e mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca. Da mesma forma, o estudo de Berg et al. (2020) mostrou que a ansiedade em pacientes com desfibrilador cardioversor implantável (IDC) estava associada a um maior risco de eventos psicossomáticos, destacando a importância dos fatores psicossociais na gestão de pacientes com doenças cardíacas.
Compreender a interação entre fatores psicossociais e saúde cardiovascular é crucial para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes cardíacos. A identificação precoce e o manejo adequado de sintomas de ansiedade e depressão podem não apenas reduzir o sofrimento psicológico dos pacientes, mas também diminuir o risco de complicações cardiovasculares. Além disso, considerando a alta prevalência de problemas de saúde mental em pacientes com doenças cardíacas, entender a relação entre ansiedade, depressão e saúde cardiovascular pode informar estratégias de triagem, intervenções e tratamentos mais eficazes. Como ressaltado por Batelaan et al. (2016), a investigação dessas relações é crucial para uma abordagem holística da saúde cardiovascular, que leve em consideração não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e psicossociais dos pacientes.
Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura para avaliar a relação entre ansiedade, depressão e saúde cardiovascular. Especificamente, pretendemos analisar a prevalência de ansiedade e depressão em pacientes com doenças cardíacas, os efeitos desses sintomas na qualidade de vida e nos desfechos clínicos, bem como a eficácia de intervenções psicossociais na melhoria da saúde cardiovascular. Ao fornecer uma síntese abrangente dos achados existentes, esperamos contribuir para uma compreensão mais aprofundada dessas relações e identificar lacunas na literatura que possam orientar pesquisas futuras e práticas clínicas.
2. PREVALÊNCIA E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES CARDÍACOS
A prevalência de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos tem sido uma área de interesse significativa na pesquisa cardiovascular, visto que esses distúrbios psicológicos podem ter um impacto substancial na qualidade de vida e nos desfechos clínicos desses pacientes. Vários estudos têm investigado essa relação, fornecendo insights importantes sobre a natureza e a extensão desses sintomas em diferentes populações de pacientes cardíacos.
Um estudo conduzido por Berg et al. (2019) examinou a presença de sintomas de ansiedade em pacientes com desfibrilador cardioversor implantável (ICD) e descobriu que a ansiedade relatada estava associada a uma maior percepção de sintomas físicos relacionados ao coração. Esse achado sugere uma relação entre ansiedade e sensibilidade percebida aos sintomas cardíacos, destacando a importância de abordar preocupações psicológicas em pacientes cardíacos para melhorar sua qualidade de vida.
Da mesma forma, o estudo de Habibovic et al. (2017) investigou a ansiedade em pacientes com ICD ao longo do tempo e identificou diferentes trajetórias de ansiedade, sugerindo que alguns pacientes podem experimentar uma ansiedade persistente após a implantação do dispositivo. Isso destaca a necessidade de intervenções contínuas para lidar com preocupações psicológicas em pacientes com ICD e a importância de uma abordagem individualizada para o manejo da saúde mental nessa população.
Além disso, um estudo realizado por Hohls et al. (2020) explorou a associação entre ansiedade focada no coração, sintomas depressivos e comportamentos de saúde em pacientes com doença arterial coronariana. Eles descobriram que a ansiedade focada no coração estava significativamente relacionada a sintomas depressivos e a comportamentos de saúde prejudiciais, como tabagismo e inatividade física. Isso ressalta a complexa interação entre fatores psicossociais e comportamentais na saúde cardiovascular e destaca a importância de uma abordagem integrada para o manejo de pacientes cardíacos.
No entanto, apesar dos avanços na compreensão da relação entre ansiedade, depressão e saúde cardiovascular, ainda existem lacunas na literatura. Por exemplo, embora estudos como o de Akgul (2019) e Alhurani et al. (2015) tenham documentado a alta prevalência de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos, há uma necessidade de pesquisas adicionais para explorar como esses sintomas afetam os resultados clínicos a longo prazo, incluindo mortalidade e reospitalização.
Além disso, estudos como o de Benderly et al. (2018) ressaltam a associação entre ansiedade, depressão e maior utilização de serviços de saúde e mortalidade em adultos com cardiopatias congênitas, destacando a importância de identificar e tratar problemas de saúde mental em pacientes com doenças cardíacas.
Em resumo, embora haja uma compreensão crescente da prevalência e do impacto de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos, há uma necessidade contínua de pesquisa para elucidar os mecanismos subjacentes e desenvolver estratégias eficazes de triagem, intervenção e manejo da saúde mental nessa população.
3. TRIAGEM E INTERVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL EM PACIENTES CARDÍACOS
3.1. Revisão dos métodos de triagem:
A triagem e identificação precoce de sintomas de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos são componentes essenciais da prática clínica e pesquisa cardiovascular, visando proporcionar uma abordagem holística e integrada à saúde desses pacientes. Uma variedade de métodos de triagem tem sido empregada, incluindo o uso de escalas padronizadas, como a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), que permite uma avaliação rápida e confiável dos sintomas psicológicos. Esses instrumentos fornecem uma base objetiva para a identificação de preocupações psicológicas em pacientes cardíacos, permitindo uma intervenção precoce e direcionada para melhorar a saúde mental e os desfechos clínicos. Além disso, abordagens inovadoras, como a investigação da relação entre relatos de sintomas e diagnóstico clínico de ansiedade, contribuem para uma compreensão mais completa dos desafios psicológicos enfrentados por essa população específica (BERG et al., 2019).
Os autores Berg et al. (2019) investigaram a presença de sintomas de ansiedade em pacientes com desfibrilador cardioversor implantável (ICD) por meio da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). Os autores demonstram que uma proporção substancial de pacientes com ICD relata sintomas de ansiedade, o que pode afetar negativamente sua qualidade de vida e adesão ao tratamento. A presença de ansiedade em pacientes com ICD destaca a importância de uma abordagem integrada para o manejo desses pacientes, que não só considere aspectos físicos da doença cardíaca, mas também aborde preocupações psicológicas para melhorar os resultados clínicos e a adaptação saudável ao dispositivo implantado.
Da mesma forma, Berge et al. (2019) realizaram triagem de sintomas de depressão e ansiedade em um departamento de cardiologia por meio de instrumentos padronizados, como questionários de autorrelato. A triagem de sintomas de depressão e ansiedade em um departamento de cardiologia por meio de instrumentos padronizados, como questionários de autorrelato, proporciona uma avaliação rápida e eficaz dos sintomas psicológicos em pacientes cardíacos. Esses questionários são projetados para serem autoaplicáveis e consistem em itens que abordam aspectos específicos dos sintomas de ansiedade e depressão. Ao preencher esses questionários, os pacientes podem expressar seus sentimentos e preocupações de forma confidencial e objetiva. Isso permite que os profissionais de saúde identifiquem precocemente possíveis problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, facilitando o encaminhamento para intervenções apropriadas, como suporte psicológico ou psicoterapia. Além disso, essa abordagem de triagem padronizada permite uma comparação consistente dos sintomas ao longo do tempo e entre diferentes pacientes, contribuindo para uma gestão mais abrangente e personalizada da saúde mental em pacientes cardíacos.
3.2. Discussão das intervenções:
Os estudos revisados também investigaram diferentes abordagens terapêuticas para tratar sintomas de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos, incluindo terapia cognitivo-comportamental (TCC), reabilitação cardíaca intensiva e avaliação de personalidade tipo D. Por exemplo, Berg et al. (2020) conduziram um ensaio controlado randomizado para avaliar os efeitos da TCC na redução da ansiedade em pacientes com ICD. Eles descobriram que a TCC significativamente reduziu os níveis de ansiedade em comparação com o cuidado usual, destacando a eficácia dessa abordagem terapêutica na gestão da saúde mental em pacientes com dispositivos cardíacos implantáveis.
Além disso, Coccamo et al. (2018) investigaram os efeitos de um programa de reabilitação cardíaca intensiva de duas semanas na redução dos níveis de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos. Eles encontraram uma diminuição significativa nos sintomas de ansiedade e depressão após a participação no programa, sugerindo que a reabilitação cardíaca pode ser uma intervenção eficaz para melhorar a saúde mental em pacientes cardíacos.
Por fim, Coccamo et al. (2020) examinaram a associação entre personalidade tipo D e sintomas de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos. Eles descobriram que a presença de personalidade tipo D estava significativamente associada a níveis mais elevados de ansiedade e depressão, destacando a importância de avaliar fatores psicossociais na gestão da saúde mental em pacientes cardíacos.
Essas intervenções demonstram a diversidade de abordagens terapêuticas disponíveis para tratar sintomas de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos, destacando a importância de uma abordagem multidisciplinar e individualizada para o manejo da saúde mental nessa população.
4. EFEITOS DE PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA NA SAÚDE MENTAL DOS PACIENTES
Os programas de reabilitação cardíaca desempenham um papel fundamental na promoção da saúde mental e cardiovascular de pacientes cardíacos. Geralmente, esses programas consistem em intervenções multidisciplinares que visam melhorar a capacidade física, reduzir fatores de risco cardiovasculares e promover o bem-estar psicossocial.
4.1 Programas de Reabilitação Cardíaca Supervisionada:
Os programas de reabilitação cardíaca supervisionada geralmente são realizados em um ambiente clínico, como hospitais ou centros de reabilitação, sob a supervisão de profissionais de saúde qualificados, como fisioterapeutas, enfermeiros e médicos. De acordo com os estudos de Coccamo et al. (2018, o programa intensivo de reabilitação cardíaca supervisionada demonstrou reduzir significativamente os níveis de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos. Eles incluem sessões de exercícios físicos estruturados, monitoramento da frequência cardíaca e da pressão arterial durante o exercício, além de educação sobre saúde cardiovascular, nutrição e controle do estresse. Esses programas fornecem um ambiente seguro e motivador para os pacientes realizarem exercícios físicos adequados, ao mesmo tempo em que recebem suporte e orientação de profissionais de saúde.
4.2 Programas de Reabilitação Cardíaca Não Supervisionada:
Os programas de reabilitação cardíaca não supervisionados geralmente envolvem exercícios físicos e autocuidado realizados pelos pacientes fora do ambiente clínico, em casa ou em centros de fitness. Eles podem incluir programas estruturados de exercícios prescritos por profissionais de saúde durante as sessões de reabilitação supervisionadas, bem como recomendações de estilo de vida saudável, como dieta balanceada e cessação do tabagismo. Embora esses programas ofereçam flexibilidade aos pacientes, eles podem exigir uma maior autodisciplina e motivação por parte dos participantes. Os autores Jia et al. (2021), embora não tenha investigado um programa específico de reabilitação cardíaca não supervisionada, destacaram a importância da gestão adequada da saúde mental em pacientes cardíacos. A conscientização sobre os sintomas de ansiedade e depressão pode motivar os pacientes a buscarem estratégias de autocuidado e recursos de apoio, o que pode ter impactos positivos na saúde mental.
4.3 Programas de Reabilitação Cardíaca Baseados em Comunidade:
Os estudos realizados por Allabadi et al. (2019) em uma população palestina, investigaram os sintomas de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos em um ambiente hospitalar. Embora não tenha examinado um programa específico de reabilitação baseado na comunidade, destaca a importância de abordagens de saúde mental em contextos comunitários para pacientes cardíacos.
Os programas de reabilitação cardíaca baseados na comunidade são realizados em locais acessíveis à comunidade, como centros comunitários, academias ou instalações recreativas. Eles visam integrar os pacientes cardíacos à vida comunitária, oferecendo uma variedade de serviços, incluindo exercícios físicos supervisionados, grupos de apoio, educação sobre saúde e atividades recreativas. Esses programas promovem a inclusão social e oferecem uma rede de suporte adicional aos pacientes, incentivando a adesão a um estilo de vida saudável a longo prazo.
4.4 Programas de Reabilitação Cardíaca Baseados na Web:
Os programas de reabilitação cardíaca baseados na web são projetados para fornecer suporte e educação remotamente aos pacientes, por meio de plataformas online, aplicativos móveis ou recursos interativos. Eles oferecem uma variedade de recursos, como vídeos de exercícios guiados, rastreamento de progresso, fóruns de discussão online e acesso a informações sobre saúde cardiovascular. Esses programas são especialmente úteis para pacientes que têm dificuldade em participar de programas presenciais devido a limitações geográficas, compromissos de trabalho ou preferências pessoais.
Outros programas, como o investigado por Berg et al. (2020), incluem componentes adicionais, como terapia cognitivo-comportamental para lidar com a ansiedade relacionada ao implante de desfibriladores cardioversores implantáveis (ICDs). Os resultados desses programas têm sido consistentes na demonstração de benefícios significativos para a saúde mental dos pacientes cardíacos. Estudos têm relatado uma redução substancial nos sintomas de ansiedade e depressão após a participação em programas de reabilitação cardíaca. Por exemplo, Berg et al. (2020) encontraram uma diminuição significativa nos níveis de ansiedade em pacientes com ICDs que receberam terapia cognitivo-comportamental como parte de seu programa de reabilitação. Da mesma forma, Coccamo et al. (2018) observaram uma redução nos sintomas de ansiedade e depressão após o programa de reabilitação intensiva de duas semanas.
Além de melhorar a saúde mental, esses programas também têm um impacto positivo na saúde cardiovascular global dos pacientes. A redução dos sintomas de ansiedade e depressão está associada a uma melhor adesão ao tratamento, comportamentos de estilo de vida mais saudáveis e uma menor incidência de eventos cardiovasculares adversos. Estudos têm relatado uma melhoria na qualidade de vida relacionada à saúde e uma redução no risco de reospitalização e mortalidade em pacientes que participam de programas de reabilitação cardíaca.
Em resumo, os programas de reabilitação cardíaca são uma intervenção eficaz na promoção da saúde mental e cardiovascular de pacientes cardíacos. Ao oferecer suporte físico, educacional e emocional, esses programas ajudam os pacientes a enfrentarem os desafios associados às doenças cardíacas, reduzindo os sintomas de ansiedade e depressão e melhorando a qualidade de vida global. Sua implementação precoce e ampla é essencial para otimizar os resultados clínicos e melhorar o bem-estar dos pacientes cardíacos.
5. CONCLUSÃO
Após a análise crítica dos estudos revisados, fica evidente que a saúde mental desempenha um papel significativo na saúde cardiovascular dos pacientes. A prevalência de ansiedade e depressão entre indivíduos com doenças cardíacas é alarmante, destacando a importância de uma abordagem holística no tratamento dessas condições. Os resultados dos estudos sugerem que programas de reabilitação cardíaca, incluindo aqueles supervisionados, não supervisionados, baseados na comunidade e baseados na web, têm o potencial de melhorar os sintomas de ansiedade e depressão em pacientes cardíacos.
No entanto, apesar dos resultados promissores, ainda existem lacunas na literatura. Poucos estudos investigaram a eficácia de intervenções específicas e a longo prazo. Além disso, fatores psicossociais menos estudados, como suporte social, estresse crônico e resiliência, merecem uma atenção maior. A compreensão desses fatores pode fornecer insights valiosos sobre os mecanismos subjacentes e direcionar o desenvolvimento de intervenções mais eficazes.
Portanto, são necessários estudos adicionais para investigar a eficácia e a sustentabilidade de diferentes abordagens de reabilitação cardíaca, bem como explorar o papel de fatores psicossociais menos estudados. Além disso, estratégias de triagem mais eficientes e intervenções personalizadas são essenciais para garantir que os pacientes cardíacos recebam o suporte necessário para gerenciar sua saúde mental de forma eficaz.
Em resumo, esta revisão destaca a importância crucial de abordar a saúde mental no contexto das doenças cardíacas. Ao reconhecer e tratar os sintomas de ansiedade e depressão, podemos melhorar não apenas a qualidade de vida dos pacientes, mas também reduzir o risco de complicações cardiovasculares adversas. Investir em programas de reabilitação cardíaca abrangentes e focados na saúde mental é fundamental para garantir uma abordagem integrada e eficaz ao cuidado do paciente cardíaco.
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¹Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
²Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
³Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
4Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
5Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
6Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
7Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
8Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
9Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
10Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil