THE CHALLENGE OF DENTAL CARE FOR PATIENTS WITH AUTISM SPECTRUM DISORDER (ASD)
REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10901790
Suene Rodrigues de Souza1
Pedro Arão Oliveira Junior2
Marlene Ribeiro de Oliveira3
Graciele Cristina Rodrigues Mafra4
RESUMO
Este artigo tem como objetivo falar do desafio do atendimento odontológico a pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), no que tange suas características comportamentais. Discute a importância da abordagem multiprofissional e personalizada no tratamento odontológico, com ênfase em técnicas comportamentais para reduzir traumas durante as consultas. Ressalta a necessidade de adaptação do ambiente odontológico e considera estratégias farmacológicas, como a sedação com óxido nitroso para alguns pacientes com TEA. Conclui destacando a importância da qualificação do profissional, bem como de toda a equipe multiprofissional para um atendimento Odontológico mais eficaz e confortável.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista (TEA), Atendimento odontológico, Características comportamentais, Abordagem multiprofissional, Técnicas comportamentais.
ABSTRACT
This article aims to address the challenge of providing dental care to patients with Autism Spectrum Disorder (ASD), focusing on their behavioral characteristics. It discusses the significance of a multiprofessional and personalized approach in dental treatment, emphasizing behavioral techniques to minimize trauma during consultations. It underscores the need for adapting the dental environment and considers pharmacological strategies, such as nitrous oxide sedation, for some patients with ASD. The conclusion highlights the importance of professional qualification and the entire multiprofessional team for more effective and comfortable dental care.
Key-words: Autism Spectrum Disorder (ASD), Dental care, Behavioral characteristics, Multiprofessional approach, Behavioral techniques.
INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta uma série de traços que impactam a afetividade e o desenvolvimento dos indivíduos. Entre esses traços, destacam-se o isolamento social, a falta de interação com o ambiente externo, a resistência a mudanças, a manifestação de movimentos estereotipados ou repetitivos, distúrbios na linguagem e fala, inversão pronominal, falas repetitivas, bem como implicações na inteligência e no desenvolvimento físico. Essas características são comumente observadas em pessoas dentro do espectro autista (TENÓRIO MCA, 2015). O TEA é descrito como um distúrbio comportamental de natureza irreversível, cuja origem ainda não foi completamente definida (DA SILVA et al., 2019).
Dentre as principais características dos pacientes com TEA, podemos citar a falta do contato visual, incompreensão das emoções, comprometimento da comunicação verbal e não verbal, dificuldade na interação social, deficiências sensoriais, retarda mental ou epilepsia (DELLI et al., 2013; AMARAL et al., 2012). A sensibilidade exacerbada do paciente a estímulos externos pode converter o contato físico e alguns sons em ameaças significativas, resultando em sofrimento. Isso pode se manifestar quando confrontados com sons intensos, levando-os a cobrir os ouvidos como forma de proteção (AMARAL et al., 2012).
Quanto ao atendimento ao paciente que possui TEA, abordagem multiprofissional é de suma importância, sendo crucial que cada atendimento seja personalizado. No contexto do tratamento odontológico para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), as intervenções devem ser adaptadas às suas necessidades específicas. Utilizam-se técnicas comportamentais e didáticas com o objetivo de reduzir tanto a frequência quanto a intensidade de eventuais traumas durante a consulta. Isso, por sua vez, facilita a interação entre o profissional de saúde e o paciente, estabelecendo um vínculo fundamentado na confiança e segurança mútua (SANT’ANNA et al., 2017).
Os primeiros sinais desse transtorno costumam surgir por volta dos três anos de idade da criança, geralmente percebidos pelos cuidadores. Características como comportamento estereotipado, dificuldades na comunicação e padrões restritos de interesses são notáveis no TEA, o que pode transformar atividades cotidianas, como a escovação dos dentes e o uso do fio dental, em desafios significativos. Apesar de apresentar características orais semelhantes às de pacientes não autistas, as limitações inerentes à condição e a falta de atenção por parte dos pais podem tornar a cavidade bucal mais suscetível a cáries e outras doenças bucais (DA SILVA et al., 2019).
No contexto do autismo, observa-se uma tendência do indivíduo em não explorar o ambiente, optando, ao invés disso, por permanecer imóvel por períodos prolongados, fixando o olhar em um ponto específico. Além disso, há uma relutância em praticar atividades como tocar, mexer ou conhecer o entorno. Em lugar de se envolver em brincadeiras, eles demonstram uma preferência por permanecerem isolados, muitas vezes focados em um objeto que tenha despertado interesse. Adicionalmente, é comum que não respondam aos chamados, agindo como se não estivessem ouvindo (DA SILVA; SILVA, 2022).
É fundamental buscar alternativas que proporcionem apoio aos pacientes autistas, implementando estratégias que facilitem a comunicação com eles. Isso envolve a consideração de métodos verbais, não verbais, ilustrativos, sensoriais, entre outros. Ao evitar abordagens farmacológicas, é viável promover um progresso nas consultas mediante o estudo e compreensão dos padrões comportamentais da pessoa. Ao estabelecer um vínculo entre o profissional e o paciente, é possível mitigar medos, ansiedade e inquietude, contribuindo para um ambiente mais favorável (Silva et al., 2021).
MÉTODO
Por meio de uma extensa revisão bibliográfica, que incluiu recursos online, livros, teses e artigos científicos, realizou-se uma análise abrangente dos trabalhos disponíveis na literatura nacional e internacional sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O levantamento foi conduzido em importantes bases de dados, como Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (MEDLINE), BIREME/BVSalud e Institutes of Health Search (PubMed). A busca utilizou uma combinação de palavras-chave, incluindo “autismo”, “transtorno”, “odontologia”, “condicionamento”, “medicamentos para autistas”, “condutas” e “manifestações bucais”. Este método proporcionou uma visão abrangente e atualizada das informações disponíveis relacionadas ao TEA no contexto odontológico.
Os artigos selecionados para a revisão foram limitados ao período de publicação de 2013 a 2023, visando incorporar as pesquisas mais recentes sobre o tema.
No total, foram identificados 31 artigos relevantes durante a busca nas bases de dados mencionadas. Destes todos foram incluídos na presente análise, proporcionando uma abordagem abrangente e fundamentada sobre o Transtorno do Espectro Autista no âmbito odontológico.
Procedência | Título do Artigo | Autores | Periódico (Vol, No, Pág, Ano) | Considerações/Temática |
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CAPES | Pacientes com transtorno do espectro autista: conduta clínica na odontologia | Da Silva, M.J.L. et al. | Revista Uningá, v. 56, n. S5, p. 122-129, 2019 | Explora a conduta clínica em pacientes autistas na odontologia. |
CAPES | Atenção à saúde bucal do paciente autista | Sant’Anna, L.F.C. et al. | Revista Pró-Univer SUS, v.8, n.1, p.6774, jan/jun. 2017 | Foca na atenção à saúde bucal de pacientes autistas. |
REFERENCIAL TEÓRICO
Características comportamentais da pessoa com TEA
O autismo possui diferentes graus de comprometimento, que podem ser classificados como leve, moderado e severo. No grau leve, os sintomas incluem dificuldades no convívio social. No grau moderado, há ocorrência de dificuldades na comunicação verbal e não verbal. Já no grau severo, predominam padrões repetitivos de comportamento, interesses e atividades (CORREIA et al., 2021). De acordo com Liberalasso e Lacerda (2020) O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se manifesta por meio de uma variedade de sintomas centrais, apresentando características específicas em seu quadro clínico. Esses sintomas têm impacto direto no bem-estar dos indivíduos afetados, influenciando diversos aspectos de suas vidas.
Conforme indicado pelo DSM-V (2014) e Nilsson (2004), indivíduos dentro do espectro autista podem apresentar tanto inteligência e fala intactas quanto indicativos de retardo intelectual e/ou linguagem, com graus variados de intensidade, resultando em comportamentos mais acentuados e ligados a padrões restritos e rígidos. A disparidade entre habilidades funcionais adaptativas e intelectuais tende a ser significativa, e déficits motores frequentemente se manifestam juntamente com comportamentos desafiadores, incluindo a possibilidade de deficiência intelectual. Essas condições aumentam a propensão a experiências de ansiedade e depressão.
O comportamento, as atividades e os interesses seguem um padrão estereotipado, caracterizado por uma aderência inflexível às rotinas e rituais, bem como por preocupações persistentes com partes específicas de objetos. Além disso, observam-se estereotipias motoras, como agitar as mãos e balançar o corpo, entre outros (AMARAL, 2013).
De maneira geral, os indivíduos no espectro autista enfrentam desafios ao iniciar uma conversa, muitas vezes devido à dificuldade em compreender o conteúdo e a noção do tempo. Aqueles que conseguem iniciar uma interação frequentemente enfrentam obstáculos para manter o fluxo natural da conversa. É comum que a maioria deles evite o contato visual, preferindo se comunicar por meio de gestos. Uma vez estabelecido o contato visual, torna-se possível seguir instruções simples. No entanto, é raro que expressem perguntas, sendo que sua comunicação tende a se restringir a ordens e negociações (CURADO et al., 2019). Muitas pessoas no espectro autista enfrentam desafios significativos na tomada de decisões, frequentemente repetindo a última palavra da pergunta. Suas respostas, quando oferecidas, tendem a se concentrar principalmente no momento presente. Esses indivíduos encontram dificuldade em utilizar elementos gramaticais que variam com o tempo e o contexto, como pronomes, preposições e verbos (SILVA et al., 2019).
O Cirurgião Dentista e o Paciente com TEA
Ao prestar atendimento a Pessoas com Necessidades Especiais (PNEs), é de extrema importância que o cirurgião dentista dedique atenção especial aos aspectos emocionais dos pacientes e seus familiares. É crucial considerar a possibilidade de sentimentos como o risco de segregação e a sensação de rejeição que esses indivíduos podem experimentar durante o processo de cuidado odontológico. Esse cuidado integral não apenas aborda as necessidades clínicas, mas também reconhece e respeita as dimensões emocionais envolvidas no tratamento (GONÇALVES, 2012).
A interação entre o paciente e o cirurgião dentista emerge como um desafio significativo durante o tratamento odontológico, sobretudo quando envolve pacientes com déficits sensoriais. Isso se deve ao fato de que esses pacientes frequentemente enfrentam obstáculos na socialização, além de experimentarem níveis elevados de medo e ansiedade (Oliveira, 2015). Dentro do consultório, são implementadas algumas estratégias de manejo, tais como a prevenção da exposição à luz intensa do refletor, a minimização de movimentos repetitivos, a redução de ruídos e sons excessivamente altos, a realização de consultas de forma mais breve e a consistência na realização dos atendimentos sempre no mesmo local (Stoski, 2022).
Pacientes infantis diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) não apresentam características orais distintas das crianças sem TEA. Entretanto, o uso de medicamentos controlados e as dificuldades na realização da higiene oral podem impactar o ambiente bucal, aumentando a suscetibilidade a condições como cárie e doenças periodontais. Para garantir a saúde bucal desses pacientes, é essencial dedicar cuidados especiais, principalmente em termos de prevenção, destacando-se a importância de visitas regulares ao dentista (MARULANDA et al., 2013).
Até o momento, não existem manifestações orais claramente definidas em pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Contudo, características recorrentes, como bruxismo, maloclusões, cárie dentária e problemas periodontais, têm sido identificadas. Essas condições tendem a se agravar devido à capacidade limitada dos pacientes autistas de compreender e assumir responsabilidades por sua saúde bucal, dificultando a colaboração nas práticas preventivas (SANT’ANNA et al., 2017).
O manejo do paciente com TEA
Para atender adequadamente um paciente com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no contexto odontológico, é essencial que o cirurgião dentista implemente um condicionamento gradual, promovendo a adaptação do paciente à rotina do consultório (GUEDES PINTO, 2016). Essa abordagem gradual contribui para estabelecer uma relação de confiança.
O ambiente do consultório odontológico, caracterizado por luzes fluorescentes intensas, equipamentos produzindo ruídos agudos, como a caneta de alta rotação, e a presença de materiais com texturas, gostos e aromas desconhecidos, é percebido como um cenário que suscita ansiedade. A redução desse desconforto emocional proveniente do entorno clínico pode ser alcançada por meio da adaptação sensorial do ambiente (Delli et al., 2013).
As estratégias psicológicas utilizadas no tratamento de pacientes autistas coincidem com as abordagens comuns em Odontopediatria, incluindo o método dizer-mostrar- fazer, distração, dessensibilização, controle de voz, reforço positivo ou recompensa, e modelação. No entanto, a aplicação dessas técnicas pode ser mais desafiadora em pacientes autistas, embora seja recomendável encorajá-las. Adicionalmente, a utilização da linguagem corporal é uma alternativa viável, permitindo que o profissional, por meio de expressões faciais, transmita à criança sua satisfação ou desaprovação em relação ao comportamento (Josgrilberg & Cordeiro, 2005).
Em determinadas situações, é essencial recorrer ao uso de medicamentos para diminuir a ansiedade, problemas comportamentais, esquizofrenia, epilepsia, entre outras condições, considerando o comportamento específico desses pacientes. Contudo, é crucial estar ciente dos efeitos colaterais associados a esses medicamentos, notadamente em relação ao potencial cariogênico. Esses efeitos incluem a redução da secreção salivar, resultando em boca seca ou xerostomia, e a possibilidade de desencadear problemas gengivais, como a hiperplasia (Araujo, 2021; Gomes, 2019).
O manejo odontológico diante das complexidades do autismo requer a implementação de estratégias e métodos específicos para adaptar o paciente ao ambiente odontológico. Caso não seja possível alcançar a adequação necessária, o tratamento sob anestesia geral em ambiente hospitalar é a recomendação mais apropriada (SOUZA et al., 2017).
Os autores Amaral et al. 2012; Cruz et al. 2017 exploram a possibilidade de utilizar agentes farmacológicos, como o óxido nitroso, diazepam, hidroxizina e prometazina, para sedação de pacientes autistas. No entanto, ressaltam a imprecisão na previsão dos resultados ao empregar esses medicamentos nesse grupo específico. Essa abordagem farmacológica destaca- se como uma alternativa potencial, mas a variabilidade de respostas em pacientes autistas torna complexa a antecipação dos efeitos dessas substâncias.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) representa uma condição no neurodesenvolvimento, manifestando-se através de desafios que afetam principalmente a interação social e a linguagem. A sedação com óxido nitroso emerge como uma opção sedativa benéfica e eficaz para pacientes com TEA, apresentando mínimo risco à saúde e à vida do indivíduo. Essa abordagem proporciona segurança em sua utilização, facilitando a realização de atendimentos odontológicos confortáveis e tranquilos para pacientes com TEA (De Lima et al., 2018).
A administração de sedação inalatória pode ser ajustada conforme a resposta clínica do paciente, sendo um procedimento bastante seguro, sem contraindicações. A eficácia desse método exerce um papel crucial na gestão do comportamento de pacientes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), resultando na diminuição da ansiedade e no alívio do medo durante os procedimentos (DUKER et al., 2019).
DISCUSSÃO
Segundo a American Psychiatric Association, 2014 o indivíduo com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) apresenta sintomas centrais que comprometem três áreas específicas do neurodesenvolvimento, incluindo deficits em habilidades sociais, deficits em habilidades comunicativas (verbais e não verbais) e a presença de comportamentos, interesses e/ou atividades restritos, repetitivos e estereotipados
Conforme observado por Elmore et al., 2016, e Myhren et al., 2023, a execução do procedimento planejado pelo profissional dentista nem sempre segue as expectativas, uma vez que está sujeita à condição emocional do paciente no dia da consulta. A presença de estresse emocional, agitação, medo e/ou comportamento agressivo pode impactar significativamente o andamento do tratamento. Portanto, é crucial que o dentista esteja adequadamente preparado para lidar com essas variáveis, pois cada paciente apresenta condições distintas que exigem abordagens específicas durante os procedimentos a serem realizados. Essa prontidão do profissional se revela essencial para assegurar um atendimento eficaz e confortável, considerando as diferentes necessidades e reações individuais dos pacientes.
De acordo com Josgrilberg & Cordeiro, 2005 O controle do comportamento durante procedimentos odontológicos pode ser alcançado por meio da aplicação de diversos métodos. Os métodos de restrição física visam proteger e proporcionar segurança à criança, especialmente quando o cirurgião-dentista utiliza materiais cortantes que podem causar lesões em caso de movimentos bruscos e imprevistos. A utilização de sistemas de imobilização, como envoltórios de tecidos e faixas, bem como estabilizadores, requer uma explicação prévia ao paciente, utilizando uma linguagem acessível para evitar que ele interprete o procedimento como uma agressão ou castigo por falta de colaboração.
Devido ao período de latência e ao tempo de efeito sedativo associado aos fármacos administrados por via oral, alguns profissionais têm optado pela sedação com óxido nitroso/oxigênio. Essa abordagem permite determinar o tempo de ação da droga com base na duração do procedimento, além de possibilitar o ajuste da concentração de óxido nitroso ao longo do tratamento. Essa técnica proporciona maior conforto e segurança durante os procedimentos odontológicos em pacientes com necessidades especiais (Veerkamp et al., 1995).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O atendimento odontológico a pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) requer uma abordagem personalizada e multiprofissional. O uso de técnicas comportamentais é essencial para reduzir traumas durante as consultas, considerando desafios como falta de contato visual e sensibilidade a estímulos externos. A adaptação do ambiente odontológico e o cuidado ao considerar estratégias farmacológicas, como a sedação com óxido nitroso, são cruciais. A prontidão do profissional para lidar com variáveis individuais é fundamental para garantir um atendimento eficaz e confortável aos pacientes com TEA. O avanço contínuo na pesquisa e colaboração na comunidade odontológica contribuirá para melhorar ainda mais a qualidade do cuidado odontológico para essa população específica.
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1Orcid: https://orcid.org/0009-0007-1482-988X Email: Suhsouza0892@gmail.com
2Orcid: https://orcid.org/0009-0001-3986-774X Email: pedroaraoarao6@gmail.com
3Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4289-8053 E-mail: enelram.cro@hotmail.com
4Orcid: https://orcid.org/0009-0002-1739-9903 E-mail: cieledtna@yahoo.com.br