A INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO PLIOMÉTRICO NA AGILIDADE DE ATLETAS DE CORRIDA DE RUA

THE INFLUENCE OF PLYOMETRIC TRAINING ON THE AGILITY OF ROADO RUNNING ATHLETES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10899638


FERREIRA, Melissa Maria Gomes[1]
ROSENSTOCK, Karelline Izaltemberg Vasconcelos[2]
OLIVEIRA, Luciano de[3]


           RESUMO

O presente estudo teve como objetivo verificar a influência que os exercícios pliométricos exerceram sobre a evolução da agilidade em atividades de corrida de rua. A pesquisa envolveu 10 atletas com idade maior que 18 anos, divididos igualmente em grupos de controle e intervenção. Durante o treinamento, a agilidade foi avaliada por meio do teste de Shuttle Run, utilizando análises estatísticas descritivas, observou-se que o GE apresentou redução significativa no tempo do teste de agilidade Shuttle-Run e aumento na altura do salto vertical após o treinamento, enquanto o GC obteve aumento na média de tempo do teste de agilidade, menos significativas que o GE, e redução da média de altura do salto vertical. Portanto, o estudo concluiu que o treinamento pliométrico foi eficaz para o aprimoramento da agilidade em praticantes de corrida de rua.

Palavras-chaves: Agilidade, Corrida de rua, Pliométria, Shuttle Run, Salto Vertical.

ABSTRACT

The present study aimed to verify the influence that plyometric exercises had on the evolution of agility in street running activities. The research involved 10 athletes over the age of 18, divided equally into control and intervention groups. During training, agility was assessed through the Shuttle Run test, using descriptive statistical analyses, it was reported that the EG showed a significant reduction in Shuttle-Run agility test time and an increase in vertical jump height after training, while the CG obtained an increase in the average time of the agility test, less significant than the EG, and a reduction in the average height of the vertical jump. Therefore, the study concluded that plyometric training was effective in improving agility in street runners.

1 INTRODUÇÃO

A corrida consiste em um dos esportes mais populares do mundo, sendo praticada como forma de lazer, competição ou sobrevivência, visto que o gesto de correr é habito diário da espécie humana desde que se tem conhecimento (Fixx, 1997). Ao tornar-se modalidade esportiva padronizada e sistemática, foram divididas e classificadas em provas curtas, médias e longas de pista de rua, provas de ultraendurance, também englobando as corridas de aventura, montanha e outras variações de pedestrianismo que levam milhares de pessoas aos treinos diários, nas mais variadas localidades e terrenos (Daniels, 2013).

Ademais, o bom desempenho do corredor é influenciado por fatores biomecânicos, psicológicos e fisiológicos (Biagrove; Howatson; Hayes, 2018). Em termos de biomecânica, o aprimoramento da coordenação motora é crucial para evitar lesões e afetar negativamente a eficácia do movimento (Flora, 2018). Na esfera psicológica, o treinamento sistemático e repetitivo é de suma importância, mas seu volume de treino deve ser equilibrado para evitar o overtraining e lesões musculo esquelética (Roelofs, 2015). Fisiologicamente, está associado a três parâmetros: VO2 máximo, acumulo de lactato (fornecimento de energia sem a presença de oxigênio) e a economia de corrida (demanda energética necessária para manter o esforço durante a corrida) (Rivas; Smith; Sherman; 2017).

É imperioso destacar que correr longas distâncias com grande frequência e volume semanal, com pouca variação das características e quilometragens entre os treinos, consistia no único meio para se obter melhora eficaz no desempenho dos atletas corredores (Machao, 2011). Entretanto, o treinamento pliométrico provou-se eficiente para a melhoria do desempenho atlético, visto que auxilia na melhora da força de reação do solo, acumulada nos componentes contrateis da musculatura durante a fase de estiramento que antecede a ação muscular concêntrica e de força rápida, potencializando a capacidade reativa do sistema neuromuscular, componentes que promovem melhorias para o desempenho de atletas e um fator preventivo de lesões esportivas (De Villarreal, 2009).

Outrossim, o treinamento pliométrico possui origem do termo “plyometrics” criado pelo Dr. Yuri Verkhoshansky em 1960 e refere-se a um conjunto de exercícios que exploram a capacidade dos músculos de exibir força máxima em curtos períodos (Flávio; Oliveira; Souza, 2018) classificados como uma sucessão de saltos, anteponde uma perna frente a outra (Verkhoshansksy,1998). Resultando em ganhos de desempenho relacionados a flexibilidade, aceleração, força e velocidade, superiores quando comparados a exercícios realizados rotineiramente por corredores, como educativos técnicos de corrida, ou por aqueles que apenas praticam a corrida, sem nenhum fortalecimento muscular tradicional, visto que são gestos mais específicos a modalidade (Ramirez-Campillo, 2014).

Com base nessas considerações, o presente estudo teve como objetivo analisar o efeito da realização do treinamento pliométrico, com saltos horizontais e saltos verticais, no desempenho da agilidade em atletas amadores de corrida de rua por meio do teste Suttle Run aplicado pré e pós o período de quatro semanas.

2 METODOLOGIA

 Esta pesquisa de campo, de caráter exploratório, consistiu em uma pesquisa quantitativa e teve como objetivo analisar a melhoria na agilidade de atletas de corrida de rua que praticaram o treinamento pliométrico. A amostra foi constituída por 10 atletas de corrida de rua da cidade de João Pessoa, PB. Entretanto, foram definidas como classificações de inclusão: atletas com ausência de lesões nos membros inferiores nos últimos 6 meses, faixa etária acima de 18 anos e não praticantes de qualquer outro tipo de esporte além da corrida

    Para início da pesquisa todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE), conforme recomendações do Conselho Nacional de Saúde (resolução 196/96), também foram esclarecidos todos os procedimentos, anonimato dos dados, possíveis riscos e benefícios do estudo, assim como a informação de que poderiam, sem constrangimento, deixar de participar da pesquisa quando desejado. 

Em seguida, todos os participantes responderam o questionário para anamnese clinica sobre patologias existentes (PAR-Q) e dados antropométricos (nome, peso, altura, idade, massa muscular e IMC). Além disso, para a avaliação do salto vertical foi utilizado o aplicativo “My Jump”, onde calcula-se sua altura, tempo de voo, velocidade de saída, força e potência, com sua aplicação validada por Gallardo-Fruentes (2016).

 Após as avaliações, os participantes realizaram o teste “Shuttle Run” proposto por Johnson e Nelson (1979), com o objetivo de medir a velocidade de deslocamento, que consiste em correr rapidamente entre duas linhas traçadas a uma distância de 9,14 metros. O teste iniciou-se ao comando do avaliador e cronometro, o avaliado foi orientado a iniciar com o pé na posição anteroposterior atrás da linha e ao comando, correr até os cones, apunham um deles e o posiciona atrás da linha de partida, sem interrupção a corrida, e repetem o processo com o segundo cone. O tempo foi parado quando o último cone foi colocado no solo e pelo menos um pé cruzou a linha final. Cada participante realizou duas tentativas com o intervalo de cinco minutos para permitir a recuperação do ATP-CP, e o resultado final consistiu no menor tempo.

Figura 1.  Teste de Shuttle Run

Fonte: Augusto (2022)

 Posteriormente, os avaliados foram divididos em Grupo Controle (GC) e Grupo Experimental (GE), onde os integrantes do GE realizaram o treinamento pliométrico durante o período de quatro semanas, composto por conter-movement jump (Salto Vertical), drop jump (Salto em Profundidade) e saltos laterais, com frequência mínima de três vezes por semana. É imperioso destacar que o grupo GC não foi submetido a nenhum tipo de intervenção especifica de pliométria e continuou normalmente suas atividades de treinamento voltado para a corrida. 

É imperativo pontuar que o estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Uniesp, da cidade de Cabedelo-PB e aprovado o parecer consubstanciado de número 6.334.774.

3 RESULTADOS

A Tabela 1 apresenta a média dos dados antropométricos dos participantes do estudo. A média de faixa etária do GC foi de ± 34 anos enquanto a do GE foi de ± 27 anos, sendo a maioria composto pelo sexo masculino nos dois grupos (GC 60% – GE 80%). A média de estatura do GC foi de ± 1,72cm e do GE ± 1,74cm. Quanto a média em relação ao peso dos participantes não teve diferença significativa nos dois grupos, sendo ± 78 kg, mas em relação ao IMC o GC foi ± 26,15 e o GE ± 25,48.

Tabela 1.  Média dos dados antropométricos do grupo controle e experimental

      VariávelGrupo Controle (média)Grupo Experimental (média)                          
Idade (anos)        ± 34                         ± 27                                             
Estatura (cm)      ± 1,72                       ± 1,74                                            
Peso (kg)       ± 78                         ± 78                                              
IMC   ± 26,15                      ± 25,48                                          
Sexo F (%)    ± 40%                        ± 20%                                         
Sexo M (%)     ±60%                        ± 80%                                         

Fonte: autor (2023)

A Tabela 2 aponta a média de tempo (segundos) do Teste Sutlle Run para os dois grupos envolvidos no estudo: o grupo controle e o grupo experimental, realizada no pré-intervenção e o pós-intervenção, permitindo acompanhar as mudanças no desempenho do Sutlle Run ao longo do período de estudo.

Tabela 2.  Média de tempo do teste de agilidade Shutlle Run do GC e GE. 

  Shutlle Run   Pré-Intervenção  Pós-Intervenção
Grupo Controle   ± 13,40 s   ± 15,03 s                                            
Grupo Experimental    ± 11,80 s    ± 10,57 s                                            

Fonte: autor (2023)

A Tabela 3 exibe a média da altura, em centímetros, alcançada no CounterMovement Jump (Salto Vertical) pelos dois grupos participantes do estudo: o grupo de controle e o grupo experimental. Essas bases foram realizadas antes (pré-intervenção) e depois (pós-intervenção) da aplicação do treinamento, permitindo a observação das variações no desempenho do CMJ ao longo do período do estudo.

Tabela 3.  Média de altura do Counter-Movemente Jump (CMJ) do GC e GE. 

CMJ   Pré-Intervenção     Pós-Intervenção
Grupo Controle   ± 27,10 cm                 ± 16,90 cm                                        
Grupo Experimental    ± 32,14 cm                 ± 34,27 cm                                        

Fonte: autor (2023)

 Abaixo segue o quadro com o método de treinamento pliométrico utilizado com o grupo experimental (quadro 1). Para melhor aproveitamento do treinamento, nas primeiras duas semanas foram aplicados exercícios básicos da pliométria com baixa intensidade, com o objetivo de priorizar o aprendizado da execução do movimento e a diminuição de falhas. Além disso, o monitoramento da intensidade do treinamento foi realizado por meio da Percepção Subjetiva de Esforço (PSE), conforme proposto por Foster em 1998, a metodologia envolve o uso de uma escala de 0-10 que auxiliam os participantes a avaliarem o seu próprio grau de esforço durante cada sessão de treinamento. 

Quadro 1.  Treinamento pliométrico aplicado no GE. 

SEMANAFREQUÊNCIAEXERCICIO SÉRIES/REPINTERVALO
1° Semana2x por semanaAgachamento           com salto; Saltos bilaterais para lateral.  2 x 15         por lado3 minutos
2° Semana2x por semanaSalto contramovimento (CMJ); Salto    unilateral             para lateral.2 x 153 minutos
3° Semana2x por semanaSalto Vertical unilateral no caixote (45cm); Salto    Horizontal bilateral.2 x 10          por lado3 minutos
4° Semana3x por semanaDrop Jump; Salto no caixote (45cm).2 x 10         por lado3 minutos

      Fonte: autor (2023)

A priori, o programa de treinamento pliométrico seguiu as diretrizes estabelecidas por Verkhoshanski (1996), nas quais é recomendado que o período de recuperação entre as séries seja de 3 a 5 minutos e o intervalo de recuperação entre as repetições seja determinado com base na percepção do atleta. No entanto, no presente estudo, foi adotado um intervalo de 10 segundos, permitindo a execução do maior número de repetições com alta intensidade nos momentos ativos. Para os períodos de recuperação, foi adotado um intervalo de 3 minutos, seguindo as orientações de Mcardle et al. (2016), respeitando a depleção de ATP-CP através da via de transferência anaeróbia alática. Em relação à frequência semanal de treinamento pelo método pliométrico na preparação de atletas, Verkhoshanski (1996) recomenda que não exceda três sessões por semana, com o objetivo de otimizar o equilíbrio entre o estímulo e a recuperação, consequentemente, promovendo um treinamento eficaz e seguro.

4. DISCUSSÃO

O objetivo geral deste estudo consistiu em identificar a influência do treinamento pliométrico no desenvolvimento da agilidade em atletas de corrida de rua através do teste de shuttle run. O principal resultado encontrado refere-se as médias de tempo para o grupo controle 13,40 segundos (pré intervenção) 15,03 segundos (pós intervenção) e para o grupo experimental 11,80 segundos (pré intervenção) e 10,57 segundos (pós intervenção). Além disso a média da altura do salto vertical para o grupo controle 27,10 centímetros (pré intervenção) 26,90 centímetros (pós intervenção) e para o grupo experimental 32,14 centímetros (pré intervenção) e 34,27 centímetros (pós intervenção).

Observou-se que o GE apresentou redução significativa no tempo do teste de agilidade Shuttle-Run e aumento na altura do salto vertical após o treinamento, em contraste, o GC obteve aumento na média de tempo do teste de agilidade e redução da média de altura do salto vertical.

Assim como acontecera em estudo semelhante realizado por Menezes (2014), onde teve como objetivo principal verificar a influência de exercícios pliométricos na agilidade de atletas de futsal feminino. A amostra foi composta por vinte atletas, divididas igualmente em grupo controle e intervenção, avaliadas utilizando o teste de shuttle run que revelaram melhorias significativas na agilidade do GE, com médias pré e pós-teste de 11,52±0,66 e 10,67±0,42, respectivamente, também houve melhorias no GC, mas menos significativas. O autor concluiu que o treinamento pliométrico é relevante para aprimorar a agilidade em jogadoras de futsal.

Outro estudo que buscou analisar o efeito do treinamento pliométrico sobre a força explosiva, velocidade e agilidade em atletas de voleibol feminino foi o realizado por Almeida (2019), onde dezesseis voleibolistas entre 14 e 15 anos foram divididos em grupo experimental e controle, mas apenas o grupo experimental foi submetido ao treinamento pliométrico enquanto o grupo controle foi submetido apenas ao treinamento de voleibol. Para avaliação das capacidades pré e pós intervenção foram aplicados os testes de impulsão vertical, impulsão horizontal e shuttle run. Os resultados do teste de impulsão vertical, impulsão horizontal e shuttle run apresentaram diferenças significativas quando comparados ao GC (p <0,05). Concluiu-se que o treinamento pliométrico é eficiente para o desenvolvimento das capacidades físicas de força explosiva de membros inferiores e agilidade para o GE, visto que o GC apresentou apenas pequena alteração na capacidade de força explosiva de membros inferiores no teste de impulsão horizontal.

A pesquisa de Viegas (2017) explorou o impacto do treinamento pliométrico na força explosiva, velocidade e agilidade de jovens jogadores de futebol. Com 18 participantes masculinos, divididos em GE (grupo experimental composto por 10 pessoas) e GC (grupo controle composto por 8 pessoas), o estudo utilizou como testes de avaliação de força explosiva de membros inferiores o squat jump e conter movement jump, teste de velocidade aos 10 e 20 metros e agilidade teste de illinois. Os resultados mostraram que o grupo que passou pelo treinamento pliométrico teve melhorias significativas nos saltos, diminuiu o tempo em corridas de 20 metros e melhor desempenho na agilidade, enquanto o GC não apresentou mudanças significativas após o treinamento. Portanto, o autor concluiu que o treinamento progressivo de pliometria produziu alterações benéficas no desempenho de atividades que contenha força explosiva, velocidade e agilidade.

Asadi (2013) examinou os efeitos de um programa de treinamento pliométrico realizado duas vezes por semana durante 6 semanas no desempenho da potência muscular e agilidade em 20 jovens com 19-20 anos jogadores de basquete masculino, divididos igualmente em grupo pliométrico (PL) e grupo controle (GC). O estudo utilizou como teste de avaliação para potência bilateral dos membros inferiores o salto em distância e o salto vertical, e para avaliação da agilidade o teste de shuttle run. Observou-se que o PL teve aumento de 24,1% no desempenho dos saltos e efeitos positivos de 8,6% no desempenho da agilidade, enquanto o GC não apresentou melhora. Concluindo-se que o treinamento pliométrico é eficaz na melhora da capacidade de salto, agilidade, economia em execução e força. 

Augusto (2022) correlacionou o desempenho funcional de agilidade, velocidade de potência de membros inferiores em 21 jovens capoeiristas do sexo masculino. Foram utilizados os testes de shuttle run (SR) para avaliar a agilidade, corrida de 50 metros (C50) para avaliar a velocidade e o salto horizontal (SH) para avaliar a potência dos membros inferiores. Os resultados obtidos nos testes de SR, C50 E SH foram: 11,0 ±1,0 s; 7,2 ±0,9 s e 191,1 ±25,7 cm, além de correlações inversamente proporcionais entre SH e SR (r = -0,69; p<0,01), SH e C50 (r = -0,57; p<0,01) e diretamente proporcional entre SR e C50 (r = 0,55; p<0,01). Tais resultados indicam que quanto maior a potência de membros inferiores, melhor será o desempenho em tarefas que exijam velocidade e agilidade de jovens capoeiristas, destacando a importância do treinamento de tais capacidades de forma conjunta, uma vez que existem correlações entre as mesmas.

Vretaros (2021) afirmou que a potência muscular pode ser pronunciada numa fórmula da seguinte maneira: Potência=Força x Velocidade\Tempo. Isso aponta que o desenvolvimento da potência explosiva está relacionado a capacidade neuromuscular do atleta em aplicar força em alta velocidade na menor unidade de tempo, ou seja, quanto mais treinado for o atleta na potência muscular, maior será sua capacidade de desenvolver movimentos explosivos, obtendo resultados substanciais no aprimoramento de capacidades biomotoras relacionadas a agilidade, velocidade, resistência anaeróbia, potência muscular, resistência de potência e potência reativa (Zarsiorsky; Kraemer, 2008)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nesse estudo e nos artigos analisados, conclui-se que o treinamento pliométrico é eficaz na melhora da agilidade de atletas de corrida de rua, visto que expressou ajustamentos positivos para GE na redução na média de tempo de realização do teste de agilidade Shuttle-Run, além de melhoras significativas na média de altura do salto vertical (CMJ), resultando em maior potência nos membros inferiores, enquanto o GC obteve resultados negativos quando comparado ao GE. 

Em contrapartida, os movimentos de velocidade juntamente com mudança de direção, promoveu no atleta uma demanda elevada dos níveis de força e potência na aceleração e desaceleração do movimento, avaliados com o objetivo de mensurar a velocidade que o atleta é capaz de alcançar durante o ato de correr, não apenas medir sua distância máxima. (Rebelo; Oliveira, 2006), além disso, o objetivo principal do atleta velocista é percorrer determinada distancia no menor tempo possível, sendo necessário que aplique grande quantidade de força explosiva contra o solo (Morin; Edouard; Samozino, 2011). 

Portanto, foi diagnosticado que a literatura carece de pesquisas relacionadas ao treinamento através dos exercícios pliométricos podem influenciar em uma melhora na agilidade de atletas praticantes de corrida de rua, podendo assim identificar mais resultados a fim de otimizar o rendimento para os praticantes da modalidade.

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[1] Graduando do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário UNIESP.  E-mail: melissagomespb@hotmail.com

[2] Professor Orientador, Docente do Curso Superior Curso de Educação Física da UNIESP

[3] Professor Orientador, Docente Superior do Curso de Educação Física da UNIESP