A PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT EM ESTUDANTES DE MEDICINA: REVISÃO INTEGRATIVA 

THE PREVALENCE OF BURNOUT SYNDROME IN MEDICAL STUDENTS: AN INTEGRATIVE REVIEW 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10892879


Flaviane Garanhani Bordignon dos Santos1
Heloisa de Mattia Broto2
Bruna Muller Cardoso3
Simone Martins de Oliveira4


Resumo 

Na atual conjuntura mundial, o estresse ocupacional crônico está amplamente presente no cotidiano de diversos profissionais, com destaque, sem dúvida, para os profissionais de saúde. Entre eles, os futuros atuantes dessa área se encontram sujeitos a uma exaustiva jornada acadêmica devido ao alto teor de responsabilidade e ao contato constante, por meio de estágios, com os mais variados sofrimentos humanos. Sendo assim, a saúde mental é comprometida nesse contexto oportuno. Fundamentado nisso, a Síndrome do Burnout (SB) é a patologia que acomete esse grupo subjetivo emocionalmente, pois, eventualmente, a característica mais marcante é o declínio psicológico e físico. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho foi compreender a SB, sua influência e o impacto na vida e formação desses discentes, investigando a sua prevalência nessa população e, por fim, pontuando intervenções que contribuam para o enfrentamento do quadro sintomatológico. Para isso, a metodologia escolhida foi o método qualitativo descritivo que elencará dados escolhidos com cautela a partir dos descritores em saúde “Burnout”, “Psychological” e “Health personnel”, tendo sido publicados entre o período de 2019 e 2023, para garantir riqueza de informações confiáveis, fazendo uma revisão integrativa da literatura por meio de plataformas como, por exemplo, Scielo e Pubmed. Finalmente, o resultado obtido foi que os estudantes de medicina são um público vulnerável a SB e vários fatores da vida pessoal, como idade e gênero, e estudantil, como ano de estudo, influenciaram no seu desenvolvimento. Além disso, esses indivíduos também se mostraram mais vulneráveis a outras alterações emocionais e ao abuso de substâncias. Outrossim, fatores como alta resiliência e atividade física mostraram-se como formas de proteção e enfrentamento da SB. 

Palavras-chave: Síndrome de Burnout. Estresse. Saúde mental. 

Abstract 

In the current global scenario, chronic occupational stress is widely present in the daily lives of various professionals, with particular emphasis on healthcare professionals. Among them, future practitioners in this field are subjected to an exhaustive academic journey due to the high level of responsibility and constant exposure to a variety of human sufferings through internships, compromising their mental health in this opportune context. Based on this, Burnout Syndrome is the pathology that affects this emotionally subjective group, as its most striking characteristic is the psychological and physical decline. Given this context, the aim of this study was to understand burnout, its influence, and impact on the lives and education of these students, investigating its prevalence in this population, and finally, pinpointing interventions that contribute to addressing the symptomatic condition. For this purpose, the chosen methodology was the descriptive qualitative method, which will list carefully selected data from health descriptors “Burnout,” “Psychological,” and “Health personnel” published between 2019 and 2023 to ensure a wealth of reliable information, conducting an integrative literature review through platforms such as Scielo and Pubmed. Finally, the result obtained was that medical students are a vulnerable population to burnout and various personal factors, such as age and gender, and student-related factors, such as year of study, influenced its development. Furthermore, these individuals also proved to be more vulnerable to other emotional changes and substance abuse. Additionally, factors such as high resilience and physical activity were shown to be protective and coping mechanisms against burnout. 

Keywords: Burnout syndrome. Stress. Mental health. 

1. INTRODUÇÃO 

A Síndrome de Burnout (SB) é uma condição de alteração emocional relacionada com o excesso de trabalho, formada por três componentes principais: a exaustão emocional, a despersonalização (distanciamento mental ou sentimentos negativos) e a redução da realização profissional (MASLACH, GOLDBERG, 1998). Tal situação justifica a importância de investigá-la já durante o período de graduação médica, uma vez que prediz sobre as sequentes classe médica, pois são os profissionais de saúde os principais atingidos pela patologia. 

Nessa perspectiva, os estudantes de medicina ao longo de sua preparação passam por inúmeros obstáculos, exemplificando as dificuldades financeiras em razão da longa carga horária exigida pelo curso, muitas vezes tornando inacessível um emprego. Enfim, não é apenas o estudo diretamente, mas sim esse adicionado a fatores pessoais (MASLACH & LEITER, 2016; PRATA et al., 2021). Outro fator é a vivência com os pacientes; isso tudo os faz viver uma labilidade emocional, indo desde uma resposta fisiológica ao estresse até ao esgotamento (MOURA et al., 2021).

Outrossim, autores manifestam a preocupação quanto à relação médico-paciente ser comprometida, em razão de que a diminuída sensação de satisfação e outras manifestações da SB são capazes de gerar um déficit durante o processo de aprendizagem, podendo tornar gerações de médicos inseguros, empáticos e não capacitados para o enfrentamento de situações que exijam não somente conhecimento, mas também controle emocional (DEGGERONE et al., 2021). De tal modo, que seria inevitável o prejuízo tanto para o profissional quanto para quem receberá o atendimento, por isso é necessário identificar e tratar. 

Posto isto, para compreensão, define-se estresse como sendo um conjunto de reações do organismo que ocorre frente a situações que necessitam de adaptação (FURUCHO, 2016), e conta com a ação de diferentes sistemas fisiológicos para sua regulação, como o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) e o sistema simpático-adrenal-medular (SAM) (BURFORD, 2017; MYERS, 2014). 

O eixo HPA culmina na estimulação das glândulas adrenais a secretar o cortisol, o principal hormônio relacionado com a resposta adaptativa (BURFORD, 2017; KUDIELKA, 2006). O SAM possui uma cascata de reações imediatas ao estresse, que age integrando o cérebro aos órgãos terminais através da liberação de glicocorticoides e catecolaminas (BURFORD, 2017; MYERS, 2014). Todos esses atos têm como objetivo final a mobilização energética, que ocorre para melhorar sua habilidade de proteção diante do perigo, ao aumentar as capacidades físicas e mentais (MYERS, 2014). 

Entretanto, o estímulo crônico de fatores estressantes pode ultrapassar os limites fisiológicos e gerar um desequilíbrio no organismo. Tal situação pode ser entendida na Síndrome de Adaptação Geral, a qual explica como o organismo perde sua homeostase, ela é dividida em três estágios (SELYE, 1959). 

O primeiro estágio, a reação de alarme, é quando o organismo reconhece a situação iminente e se mobiliza para combatê-la através do eixo HPA e SAM e suas consequências explicadas anteriormente. Nesta fase, o corpo perde o equilíbrio a fim de aumentar o seu aporte energeticamente e mentalmente, possibilitando garantir condições de reações para a sobrevivência (ARALDI-FAVASSA, 2005; SOUSA, 2015). 

O segundo, a fase de resistência, ocorre quando o estímulo estressor persiste após seu reconhecimento. Nesta etapa, o condicionamento físico e psicológico do ser humano atinge seu pico máximo com o intuito de preservar a vida. Após a retirada da ameaça, o corpo passa a tentar se recuperar das alterações provocadas e retornar ao estado de homeostase (ARALDI-FAVASSA, 2005; SOUSA, 2015).

E, por fim, a fase de exaustão, nela as tentativas anteriores de superar o obstáculo foram falhas ou não houve adaptação. O organismo passa então a responder cronicamente ao episódio. Tal condição corrompe o equilíbrio e é o que vai começar os sintomas, que são relacionados com a fase de alarme, entretanto, mais fortes, e doenças induzidas por estresse, como a SB, podem se estabelecer (ARALDI-FAVASSA, 2005; SOUSA, 2015). Assim, quando o estresse se mantém constante, o sistema neuroendócrino é afetado, pois o cortisol que atuaria fazendo um feedback negativo sobre o hipotálamo e a pituitária, perde a eficácia. Pesquisas demonstram que os estímulos negativos podem se impor sobre esse mecanismo repressor provocando aumento na secreção do cortisol (ROCHA, 2018).

Desta forma, tendo em vista a fisiologia do estresse, é possível ver que a SB apresenta como sinais e sintomas vários fatores relacionados a ele, como o aumento da pressão arterial, da frequência e força cardíaca, maior glicogenólise acontecendo, agindo para elevar os níveis de glicose e amplificação da frequência respiratória (LIU, 2019; GOIATO ET, 2019; NICOLO, 2020). Ela também é associada com baixa competência emocional, uma dificuldade de regular a intensidade da expressão emocional (PALLICH, 2020). 

Com relação ao diagnóstico da SB, ele pode ser feito através do Maslach Burnout Inventory (MBI), um questionário com 22 itens que avaliam a síndrome por suas 3 dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal (VIDOTTI, 2018). O MBI visa medir com que frequência o sujeito experimenta os componentes da SB e quais deles o afetam mais, além de mensurar a gravidade da doença (OLIVEIRA, 2018). 

Aliás, intervenções são necessárias, tais como a psicoterapia, sendo ela um método válido que possibilita ao paciente adquirir maturidade emocional e conhecer melhor as próprias emoções (PALLICH, 2020). No entanto, ainda é necessário explorar essa temática e entender as dimensões do quadro, uma vez que o número de afetados por essa síndrome está crescendo (SHANAFELT, 2016). 

Para concluir, esta revisão tem como objetivo mensurar a prevalência da Síndrome de Burnout entre os estudantes de medicina, compreender suas dimensões de adoecimento que comprometem o rendimento cotidiano e, principalmente, a qualidade de vida. Nesse sentido, outro aspecto importante é apontar as possíveis intervenções e fatores mitigadores. 

2. METODOLOGIA 

O estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura sobre a frequência de Burnout entre estudantes de medicina. Para sua realização, foi conduzida uma busca nas bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs e Medline, com o auxílio dos descritores: “Students, Medical” AND “Burnout, Psychological” [Mesh] AND “Health Personnel [Mesh]”. Dessa forma, foram incluídos estudos publicados entre 2022 e setembro de 2023, com o objetivo de investigar a frequência de SB entre estudantes de medicina. Foram excluídos estudos que abordassem outros públicos além dos estudantes de medicina, que não tivessem a SB como foco principal ou objetivo, e aqueles que estivessem incompletos ou não fossem disponibilizados gratuitamente. 

A seleção dos artigos pode ser visualizada na Figura 1: 

Figura 1: fluxograma do processo de seleção dos artigos. 

Fonte: Autoral 

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

Com o objetivo de analisar os artigos selecionados para o trabalho, os autores optaram por disponibilizá-los em um quadro contendo o autor, ano de publicação, título e os principais achados.

Quadro 1: Caracterização dos artigos conforme o autor, ano de publicação, título e os principais achados.

Autor/AnoTítuloPrincipais achados
WANG, Simeng. Et Al. 2022Learning burnout and its association with perceived stress, social support, and the Big Five personality traits in Chinese medical students during the COVID-19 pandemic: a cross-sectional studyO estresse é o principal gatilho para o esgotamento na aprendizagem, sendo o apoio social um recurso fundamental no enfrentamento da Síndrome de Burnout (SB). Além disso, constatou-se que um maior nível de estresse percebido está correlacionado com uma maior intensidade de exaustão emocional, dissociação da personalidade e menores percentis de realização pessoal.
WU, Wenzhi. Et Al. 2022Empathy alleviates the learning burnout of medical college students through enhancing resilience.Estimular a empatia é algo benéfico para minimizar o esgotamento na aprendizagem de estudantes de medicina. Nesse estudo, verificou-se que a resiliência psicológica desempenha um papel intermediário entre a empatia dos acadêmicos e o esgotamento na aprendizagem. Isso ocorre porque, de forma indireta, através da resiliência, os estudantes que demonstram maior empatia têm um menor risco de serem afetados pelo esgotamento.
WANG, Qinghua. Et Al. 2022Associations between academic burnout, resilience and life satisfaction among medical students: a three-wave longitudinal study.A resiliência apresentou um resultado mediador significativo na relação entre o esgotamento acadêmico e a satisfação com a vida em universitários de medicina. Além disso, verificou-se que não houve diferença considerável entre os itens avaliados de esgotamento acadêmico, resiliência e satisfação com a vida com base no gênero dos participantes.
PURANIT EE,
Pongtong. et al. 2022
Promoting a sense of
belonging, engagement, and collegiality to reduce burnout: a mixed methods study among undergraduate medical students in a non-Western, Asian context.
O burnout apresentou uma relação frágil, porém considerável, com o sentimento de pertencimento, especialmente no que se refere ao envolvimento no serviço entre os acadêmicos de medicina da Universidade de Tai. Paralelamente, os estudantes com indícios de burnout demonstraram menor engajamento e contentamento psíquico básico. Por fim, investir na autonomia, competência e envolvimento dos alunos com o ambiente de estudo e com os colegas é benéfico para lidar com a questão do esgotamento dos estudantes.
DUARTE, Ivone. Et Al. 2022The Mediating Role of Resilience and Life Satisfaction in the Relationship between Stress and Burnout in Medical Students during the COVID-19 Pandemic.Fatores como a resiliência, juntamente com a satisfação com a vida, contribuíram para a diminuição do estresse associado ao esgotamento por exaustão. Além disso, a hipótese formulada no estudo sugere que essas duas variáveis também podem mediar a associação entre o estresse percebido e a Síndrome de Burnout (SB).
DARYANT O, Besut. Et Al. 2023Prevalence of burnout and its associated factors among medical students during COVID-19 pandemic in Indonesia: A cross- sectional studyAtravés de um estudo transversal realizado
durante o período da Covid-19, identificou-se uma taxa de 17,9% de burnout entre estudantes de medicina. Destes, 29,5% e 32,9% relataram um elevado nível de exaustão emocional e despersonalização, respectivamente. Observou-se uma maior incidência de exaustão emocional entre os estudantes mais jovens, bem como entre os alunos dos períodos pré-clínicos. Apesar da maior prevalência entre os estudantes do sexo feminino, os cálculos de desvio padrão e comparações com o número total de estudantes não revelaram diferenças significativas entre os sexos.
NASR, Cassandra. Et Al. 2023Burnout rates among Lebanese pre-final and final year medical students during the COVID-19 pandemic: A multi-centered survey-based
study
A prevalência geral de burnout entre estudantes de medicina libaneses durante a pandemia foi de 40,01%. Apesar desse número, comparações com pesquisas de anos anteriores na região não indicaram um aumento significativo dessa taxa.
TEE, Ke Ran. Et Al. 2022Prevalence of Anxiety and
Burnout, and Coping Mechanisms among Clinical Year Medical Undergraduate Students in Universiti Kebangsaan Malaysia Amidst the COVID-19 Pandemic
A prevalência de burnout entre os estudantes dos anos clínicos de medicina durante a Covid-19 foi de 22,2%, com destaque para os alunos dos anos mais jovens (3° anos) e do sexo feminino como os mais afetados. Neste estudo, 23,8% dos participantes apresentaram ansiedade extremamente grave juntamente com burnout. As estratégias de enfrentamento centradas na abordagem dos problemas foram mais utilizadas do que as evitativas, destacando-se o enfrentamento ativo, o apoio emocional, a aceitação, o suporte informativo, o reenquadramento positivo e o planejamento como os principais recursos adotados. Observou-se que a minoria que recorreu a mecanismos de enfrentamento evitativos, como negação ou abuso de substâncias, apresentou correlações mais elevadas com burnout e ansiedade.
CIPTA, Darien Alfa. Et Al. 2022Burnout prevalence and
degree among undergraduate
medical students in Indonesia during 1 month of the COVID-19 pandemic: A cross-sectional descriptive survey
Cerca de 35,5% dos estudantes apresentaram Síndrome de Burnout (SB). Dos participantes do estudo, 41,7%, 45% e 66,7% relataram, respectivamente, níveis moderados a altos de
exaustão emocional, altos níveis de despersonalização e baixa realização pessoal.
ALMUTAI RI, Hessah. Et Al. 2022Prevalence of burnout in medical students:
A systematic review and meta-analysis
Foi encontrada uma prevalência de 37,23% de burnout, com os participantes mais velhos e do sexo feminino apresentando maior impacto. Os três componentes do burnout – exaustão emocional, despersonalização e comprometimento da realização pessoal – estavam presentes em 38,08%, 35,07% e 36,85% dos participantes, respectivamente. Além disso, os Estados Unidos e o Irã foram os países mais afetados entre os analisados.
SILISTRA RU, Ioana. Et Al. 2022Burnout and Online Medical Education: Romanian Students in Lockdown and Their Residency ChoicesIdentificou-se uma taxa de 36,5% de burnout entre os estudantes de medicina, com piores resultados nas áreas de exaustão emocional e cinismo. Dos 126 entrevistados, apenas 15,07% obtiveram resultados positivos, ou seja, apresentaram baixos níveis de exaustão emocional e cinismo, e altos níveis de eficiência profissional.
RUIZ, Roxanna. Et Al. 2022Prevalence of burnout in
medical students in Guatemala: Before and
during Covid-19 pandemic
comparison
Os resultados obtidos foram comparados com uma pesquisa anterior realizada pelos mesmos autores em 2017. Verificou-se um aumento das taxas de burnout leve (de 14,5% antes para 19,7% durante a pandemia) e grave (de 5% para 13,6%), enquanto houve
uma diminuição do burnout moderado (de 80,5% para 61,4%). No entanto, também foi observado um aumento na realização pessoal, enquanto as taxas de despersonalização não apresentaram mudanças significativas.
TAYLOR, Charlotte E. Et Al. 2022 Physical activity, burnout and quality of life in medical students: A systematic reviewEm conclusão, o exercício físico está associado a uma menor proporção de Síndrome de Burnout (SB) e a uma melhor qualidade de vida entre os acadêmicos de medicina. Observou-se que quanto maior a intensidade e frequência do exercício, melhores foram os resultados. No entanto, o estudo também ressaltou a importância de continuar investigando esse assunto devido à escassez de informações disponíveis.
ALKUREI SHI, Maria L. Et Al. 2022 Impact of the Early Phase of the COVID-19 Pandemic on Medical Student Well-Being: a Multisite SurveyBurnout foi identificado em 50% dos estudantes, sendo a exaustão emocional e a despersonalização as manifestações mais comuns. Além disso, o esgotamento também foi mais prevalente em indivíduos do segundo e terceiro anos, assim como entre pessoas identificadas como pertencentes a minorias raciais, como asiáticos e negros. Estudantes que relataram dificuldades financeiras e experiências de racismo durante o período da pandemia também apresentaram uma maior incidência de burnout.
ROJAS, Blanca. Et Al. 2023A compassion-base d program to reduce psychological distress in medical students: A pilot randomized clinical trialO Treinamento de Cultivo de Compaixão (CCT) aplicado em estudantes de medicina demonstrou resultados positivos, incluindo uma melhora nos sintomas de exaustão emocional e cinismo.
MUADDI, Mohamme d A. Et Al. 2022Assessment of Medical Students Burnout during
COVID-19 Pandemic
A prevalência de burnout foi de 54,5%. Não houve muita diferença entre os resultados dos sexos feminino e masculino. Os alunos do 4° ano foram os mais afetados, com 67,1% de incidência. Além disso, foram encontradas maiores taxas entre os estudantes que tinham atraso de um ano, eram divorciados ou filhos de pais divorciados. Estudantes com algum tipo de transtorno psiquiátrico prévio mostraram-se mais vulneráveis ao burnout, com 68,4% de prevalência. Outro fator determinante foi a satisfação do aluno com o curso: os insatisfeitos apresentaram 64,7% de burnout, assim como aqueles que tinham a intenção de abandonar o curso.
GILBEY, Peter. Et Al. 2023Burnout in Israeli medical students: a national surveyEntre os estudantes, apenas 23,1% não apresentaram alteração em nenhuma das áreas do burnout, enquanto 26,3%, 50,6% e 76,9% tiveram resultados desfavoráveis em uma, duas e em todas as três áreas, respectivamente. A prevalência global do burnout foi de 50,6%. Os alunos do sexo feminino, sem apoio parental e mais jovens parecem ser os mais vulneráveis.
ASHRAFI, Agaah. Et Al. 2022Mental health and wellbeing among Iranian medical students: a descriptive studyVerificou-se pelo escore OLBI para avaliação do Burnout que 79% dos estudantes de medicina estavam exaustos e 86% sentiam-se desmotivados. Além disso, entre os principais fatores estressantes percebidos no estudo, 65% relataram preocupações financeiras e 44% enfrentavam problemas de relacionamento. Por fim, outro dado relevante é que 77% dos acadêmicos relataram algum problema de saúde mental por meio do questionário GHQ 12 aplicado, enquanto apenas 6% tinham problemas relacionados ao
consumo de álcool.
KADHUM, Murtaza. Et Al. 2022Wellbeing, burnout and
substance use amongst medical students: A summary of results from nine countries
Na pesquisa, nove países foram envolvidos e, por meio do questionário OLBI, observou-se que, em média, os participantes apresentaram baixo empenho (81%) e também exaustão (78%). Além disso, os principais fatores estressantes encontrados foram o estudo (75,6%), relacionamentos (45%) e problemas financeiros (35%).
DIAS, Alan Roger. Et Al. 2022Burnout syndrome and
resilience in medical students from a Brazilian public college in Salvador, Brazil
A prevalência de burnout na amostra foi de 28,2%, sendo que a resiliência se mostrou um fator protetor. Os estudantes com baixos níveis de resiliência apresentaram uma taxa de burnout de 86%, enquanto aqueles com alto nível tiveram uma taxa inferior a 50%. Menores taxas de burnout foram associadas a estudantes mais velhos, casados, com melhor desempenho no curso e alta resiliência, conforme avaliado pelo questionário RS-25. Além disso, foi observada uma relação entre burnout, ideação suicida (62,7%) e sintomas depressivos (74,6%).
AYINDE, Olatunde Olayinka. Et Al. 2022A descriptive study of mental health and burnout among Nigerian medical studentsA descoberta principal desta pesquisa é que 84,6% dos estudantes de medicina nigerianos apresentaram sintomas de desligamento, enquanto 77,0% sofriam de exaustão, de acordo com a ferramenta OLBI aplicada. Além disso, os principais causadores de estresse foram identificados como estudo (75,6%), dinheiro (52,3%) e relacionamentos (30,1%). Outro ponto importante observado foi que 5% dos participantes se encaixaram nos critérios para uso problemático de álcool, enquanto 6% relataram uso de cannabis.
GRADISKI, Ivan P. Et Al. 2022Burnout in International Medical Students:
Characterization of Professionalism and Loneliness as Predictive Factors of Burnout
Este estudo foi conduzido com alunos de medicina de uma única faculdade da Croácia, e seus resultados revelaram uma inter-relação positiva entre a Síndrome de Burnout (SB) e a solidão familiar e social. Além disso, confirmou-se uma correlação negativa entre os escores globais de burnout e os escores globais de empatia e aprendizagem ao longo da vida, mas não com o trabalho em equipe. Portanto, por meio das análises, sugere-se que um melhor desempenho ao longo dos anos de estudo poderia impactar positivamente na prevenção da SB, especialmente relacionada à diminuição do
cinismo.
LILI, Rossalina. Et Al. 2022Wellbeing and mental health among medical students in Indonesia: A descriptive studyForam contempladas 29 faculdades da Indonésia neste estudo, mostrando um baixíssimo uso abusivo de álcool e drogas entre os estudantes de medicina (CAGE 1%). No entanto, altas taxas de estresse foram detectadas, com 93% dos estudantes se sentindo descomprometidos e 95% relatando exaustão. Entre as principais causas identificadas, destacam-se o trabalho acadêmico (68%), inter-relações pessoais (45%), questões financeiras (25%) e 18% dos estudantes trabalhavam além dos estudos. Além disso, 74% dos participantes apresentaram doença psiquiátrica leve.
FORYCKA, Joanna. Et Al. 2022Polish medical students facing the pandemic — Assessment of resilience, well-being and burnout in the COVID-19 eraEste estudo foi realizado durante a pandemia da COVID-19 com estudantes da Polônia. Descobriu-se que 47% dos participantes tomaram medicamentos sem receita médica para ajudar nos estudos. Em relação à Síndrome de Burnout (SB), os participantes apresentaram menor exaustão (p=0,003) e cinismo (p=0,02), além de maior eficácia acadêmica (p=0,002). Apenas 3,7% dos estudantes foram associados a transtornos ligados ao estresse.

Fonte: Autoral 

Primeiramente, a partir dos artigos revisados, observou-se uma estimativa bastante variável da prevalência da síndrome entre os acadêmicos de medicina, oscilando entre 17,9% a 54,5% (DARYANTO et al., 2023; MUADDI et al., 2022). Além disso, alguns estudos consideraram a frequência dos sintomas individuais do burnout em indivíduos afetados pela síndrome, revelando que a exaustão emocional, a despersonalização e a baixa realização pessoal apresentaram resultados variados, variando entre 29,5% a 41,7%, 32,9% a 45% e 36,85% a 66,7%, respectivamente (DARYANTO et al., 2023; CIPTA et al.; ALMUTAIRI et al., 2022). 

Além do exposto, o período de publicação escolhido para os artigos, de 2022 a 2023, refletiu os efeitos da pandemia da Covid-19 nos resultados. A maioria dos estudos mostrou taxas elevadas de burnout; no entanto, suas discussões apontaram controvérsias, pois foram observados valores menores, iguais ou apenas ligeiramente elevados quando comparados com trabalhos anteriores ao surto de SARS-CoV (NASR et al., 2023). É interessante mencionar o estudo de Ruiz, que realizou duas pesquisas, uma em 2017 e outra em 2022, e comparou os dois períodos, constatando um aumento nas taxas de burnout leve e grave (de 14,5% e 5% para 19,7% e 13,6%, respectivamente) e uma diminuição na taxa moderada (de 80,5% para 61,4%) (RUIZ et al., 2022). 

Entre os estudos acadêmicos, alguns compararam a prevalência entre os sexos feminino e masculino. Enquanto apenas um indicou que não havia diferença significativa entre os índices dos dois grupos (MUADDI et al., 2022), outros três apontaram que as mulheres eram mais vulneráveis ao burnout (TEE et al.; ALMUTAIRI et al., 2022; DARYANTO et al., 2023; GILBEY et al., 2023). Por outro lado, com base na pesquisa de Daryanto, concluiu-se que, apesar da maior proporção entre as mulheres, essa diferença se torna insignificante quando considerados o desvio padrão e o número de entrevistados em ambos os sexos. Além disso, um dos estudos identificou o sexo masculino como um fator de risco para o esgotamento, com um odds ratio de 51% (DIAS et al., 2022). 

Quanto à idade, quatro estudos tentaram determinar se os alunos mais jovens ou mais velhos eram os mais afetados, com conflitos entre eles. Três desses estudos apontaram os alunos mais jovens como mais vulneráveis e mais propensos ao burnout (GILBEY et al.; DARYANTO et al., 2023; DIAS et al., 2022), enquanto apenas um indicou que os alunos mais velhos eram os mais afetados (ALMUTAIRI et al., 2022). 

Paralelamente, quatro artigos tentaram estimar se havia uma relação entre o ano de estudo e o burnout, todos eles encontrando uma correlação entre o burnout e os alunos antes do terceiro ciclo da faculdade, o internato. Dois desses estudos identificaram as maiores taxas de exaustão entre os estudantes do ciclo básico, enquanto os outros dois encontraram os alunos dos ciclos clínicos como os mais afetados (TEE et al., 2022; MUADDI et al., 2023). 

Outrossim, alguns estudos mostraram que fatores externos à faculdade contribuem para o burnout, como problemas financeiros, racismo e relacionamentos interpessoais (ALKUREISHI et al.; ASHRAFI et al.; KADHUM et al.; LILI et al.; MUADDI et al., 2022; GILBEY et al., 2023). Outro aspecto analisado foi a satisfação dos acadêmicos com a escolha do curso, sendo que mais de 60% dos insatisfeitos ou aqueles que pretendiam abandonar a faculdade apresentaram burnout (MUADDI et al., 2022). 

Além do burnout, poucos estudos investigaram a presença de outras doenças mentais entre os afetados. Entre esses, foram encontrados sintomas depressivos, ideação suicida, ansiedade, outros transtornos relacionados ao estresse e abuso de álcool ou outras substâncias (DIAS et al.; TEE et al.; FORYCKA et al.; AYINDE et al.; ASHRAFI et al., 2022). 

Em outro enfoque, dos 24 artigos selecionados, apenas 9 destacaram fatores que podem ajudar a minimizar a síndrome. Entre os fatores apresentados está a resiliência, atividade física, autonomia, competência, despertar de sentimentos de compaixão e empatia. Inicialmente, a resiliência demonstrou ser um fator influenciador positivo sobre o esgotamento, agindo diretamente como um elemento de proteção (DIAS et al., 2022) ou indiretamente, mediando entre qualidade de vida e estresse (WANG et al., 2022). 

Adicionalmente, a atividade física foi avaliada em apenas um estudo, no qual foi relacionada a menores taxas de burnout e uma melhor perspectiva de vida (TAYLOR et al., 2022). Por sua vez, a autonomia, juntamente com a competência, demonstraram ser benéficas contra a exaustão (PURANITEE et al., 2022). Entretanto, em outro trabalho, avaliando a prevenção do surgimento da síndrome de burnout vinculada ao cinismo, os autores apenas levantaram a hipótese de que a competência poderia trazer benefícios nessa situação (GRADISKI). Por fim, embora analisadas separadamente, tanto a compaixão quanto a empatia demonstraram ser úteis no enfrentamento da doença (Rojas et al., 2022; WU et al., 2022). 

4. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Com base nos resultados da pesquisa, fica evidente que o estresse ocupacional crônico, especialmente entre os profissionais de saúde em formação, representa uma preocupação significativa. A Síndrome do Burnout emerge como uma patologia que afeta não apenas o bem-estar psicológico, mas também o desempenho acadêmico e, potencialmente, a qualidade do cuidado prestado aos pacientes. 

A prevalência da Síndrome do Burnout entre os estudantes de medicina destaca a importância de abordagens preventivas e intervenções eficazes. Os resultados indicam que fatores pessoais e acadêmicos desempenham um papel crucial no desenvolvimento do Burnout, destacando a necessidade de estratégias de promoção da saúde mental desde o início da formação. 

Além disso, os achados sugerem que a resiliência e a prática de atividade física podem desempenhar um papel protetor contra o Burnout, fornecendo insights valiosos para o desenvolvimento de programas de intervenção voltados para os estudantes de medicina. 

Em síntese, esta pesquisa destaca a importância de uma abordagem holística para lidar com o Burnout entre os profissionais de saúde em formação, reconhecendo a complexidade dos fatores envolvidos e promovendo estratégias de autocuidado e apoio institucional para garantir o bem-estar e a eficácia na prática clínica futura. 

REFERÊNCIAS 

ALKUREISHI, Maria L et al. “Impact of the Early Phase of the COVID-19 Pandemic on Medical Student Well-Being: a Multisite Survey.” Journal of general internal medicine vol. 37,9 (2022): 2156-2164. doi:10.1007/s11606-022-07497-2 

ALMUTAIRI, Hessah et al. “Prevalence of burnout in medical students: A systematic review and meta-analysis.” The International journal of social psychiatry vol. 68,6 (2022): 1157-1170. doi:10.1177/00207640221106691 

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1Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto Centro Universitário de Maringá Campus Maringá-PR e-mail: flavibordignon@hotmail.com
2Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto Centro Universitário de Maringá Campus Maringá-PR e-mail: heloisabroto@gmail.com 
3Docente do Curso Superior de Medicina do Instituto Centro Universitário de Maringá Campus Maringá-PR. Doutora em Biociências e Fisiopatologia. e-mail: brunamullerc@gmail.com 
4Docente do Curso Superior de Medicina do Instituto Centro Universitário de Maringá Campus Maringá-PR. Pós-Doutora em Biologia Celular e Molecular. e-mail: simone.martins@docentes.unicesumar.edu.br