STUDY OF THE FACILITATING ASPECTS OF THE SCIENCE LABORATORY INSTRUMENT IN THE TEACHING-LEARNING PROCESS AT COLÉGIO PRECIOSSIMO SANGUE IN THE CITY OF MANAUS, FROM 2016 TO 2017.
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10883490
Davi José Vasconcelos Fróes¹
RESUMO
Esta pesquisa aborda a importância sobre os aspectos facilitadores do instrumento Laboratório de Ciências no Processo Ensino Aprendizagem com firme propósito de contribuir no desenvolvimento de habilidades cognitivas relacionadas a autonomia e cidadania. A pesquisa se desenvolveu a partir de uma análise geral sobre a aprendizagem; através de uma abordagem dialética a partir dos teóricos estudados, o estudo demonstra como a educação que prioriza o desenvolvimento de habilidades cognitivas vem contribuindo de modo decisivo através do instrumento Laboratório de Ciências. Neste contexto foram analisados três turmas do turno da manhã e da tarde totalizando 87 estudantes sendo duas turmas de 4º ano duas turmas de 5º ano e duas turmas de 6º ano do Ensino Fundamental. O estudo é dividido em 03 capítulos: O capitulo 1: é voltado para a contextualização da educação nos aspectos legais da aprendizagem, sobretudo considerando conceitos epistemológicos, sociológicos, pedagógicos e psicológicos. O Capitulo.2; aborda sobre as diretrizes para a formação inicial de professores da Educação Básica, em cursos de Nível Superior, considera-se também o Ensino de Ciências e sua Metodologia. No Capitulo. 3; verifica-se que diferenças existem na Educação Tradicional por memorização e a Educação que prioriza o desenvolvimento de habilidades cognitivas observando como os professores de Ciências avaliam o Instrumento Laboratório de Ciências. Finalizando o estudo, a análise de dados tem como instrumental metodológico uma análise qualitativa e quantitativa;
PALAVRAS-CHAVE: Educação; Laboratório; Ensino-Aprendizagem.
RESUMEN
Esta investigación aborda la importancia sobre los aspectos facilitadores del instrumento Laboratorio de Ciencias en el Proceso Enseñanza Aprendizaje con firme propósito de contribuir en el desarrollo de habilidades cognitivas relacionadas con la autonomía y la ciudadanía. La investigación se desarrolló a partir de un análisis general sobre el aprendizaje; a través de un abordaje dialéctico a partir de los teóricos estudiados, el estudio demuestra cómo la educación que prioriza el desarrollo de habilidades cognitivas viene contribuyendo de modo decisivo a través del instrumento Laboratorio de Ciencias. En este contexto fueron analizados tres grupos del turno de la mañana y de la tarde totalizando 87 estudiantes siendo dos grupos de 4º año dos clases de 5º año y dos clases de 6º año de la Enseñanza Fundamental. El estudio se divide en tres capítulos: El capítulo 1: se dirige a la contextualización de la educación en los aspectos legales del aprendizaje, sobre todo considerando conceptos epistemológicos, sociológicos, pedagógicos y psicológicos. El Capítulo.2; se aborda sobre las directrices para la formación inicial de profesores de Educación Básica, en cursos de Nivel Superior, se considera también la Enseñanza de Ciencias y su Metodología. En el Capitulo. 3; se verifica que diferencias existen en la Educación Tradicional por memorización y la Educación que prioriza el desarrollo de habilidades cognitivas observando cómo los profesores de Ciencias evalúan el Instrumento Laboratorio de Ciencias. Finalizando el estudio, el análisis de datos tiene como instrumental metodológico un análisis cualitativo y cuantitativo;
PALABRAS CLAVE: Educación; Laboratorio; Enseñanza-Aprendizaje.
INTRODUÇÃO.
A presente pesquisa mostra que o trabalho pedagógico no laboratório favorece a sistematização de princípios científicos, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades. Entretanto, a ciência não é feita somente em Laboratórios, ela pode ser feita em qualquer lugar. Porém o laboratório é o lugar onde se desenvolvem habilidades que se transformam em investigação dando, aos experimentos, o caráter de verticalidade e precisão, além da segurança oferecida por instalações adequadas.
O laboratório como instrumento pedagógico cria expectativas no aluno e no professor. Para o estudante, quando passa a fazer parte do seu cotidiano, chama-lhe a atenção a possibilidade de crescer em habilidades neste ambiente e, proporciona ao professor oportunidade de desenvolver conteúdos associando a teoria à prática.
Aprendizagem é o processo de adquirir e recordar ideias e conceitos, //por isso não se deve considerar o indivíduo como desconectado de sua própria história, porque é no seu passado que se encontra a base para o conhecimento que se quer construir.
Um ambiente como o laboratório proporciona condições para se construir o conhecimento, ou seja, é lá que o estudante a vai procurar soluções para os problemas apresentados, experimentar alternativas e descobrir novas possibilidades. Assim o conhecimento, mais importante para o aluno é aquele que o faz raciocinar, isto é, a descoberta que nasce do problema que se quer resolver.
A interação do estudante com o conhecimento mediado pelo professor, na escola, é que proporcionará a construção do diálogo crítico e verdadeiramente educativo. Porém infelizmente, constatei que em muitos casos o padrão de ensino atual tem sido o de não questionar, o conhecimento é apenas transmitido e o aluno o reproduz, ignorando a função formativa do conhecimento.
Contribuem também, no direcionamento para obtenção, coleta e organização de dados, terminando por permitir interpretações adequadas e conclusões válidas usando o raciocínio indutivo. Por essas razões o laboratório é um bom instrumento para aprendizagem dentro da escola.
A constituição diz, no capitulo III artigo 205 da constituição Federal, O que se visa com a educação é o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, portanto, é preciso assegurar que os saberes aprendidos na escola estejam próximos das necessidades do mercado de trabalho.
Os profissionais das ciências da Educação, notadamente os químicos e de modo geral, especialmente os licenciados, exercendo a atividade de ensino, estarão aplicando seus conhecimentos de química, e auxiliados pela didática, não poderão abrir mão das técnicas laboratoriais, para que possam ministrar seus ensinamentos com clareza e conhecimento de causa. Os químicos licenciados, por serem conhecedores da capacidade desta ciência dentro do processo de desenvolvimento técnico e científico, são potenciais divulgadores das técnicas e teorias científicas na sala de aula.
ASPECTOS LEGAIS E EPISTEMOLÓGICOS DA APRENDIZAGEM
Observei como princípio norteador as variáveis que caracterizam o problema a ser investigado. A respeito das Diretrizes Curriculares para a Educação fundamental 2015, no que se refere a faixa 10 aos 15 anos, que trata a respeito do pilar Formação integral dos educandos; o trabalho e a pesquisa como princípio educativo e pedagógico; a indissociabilidade entre a educação e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como teoria e prática no processo ensino aprendizagem; a integração de conhecimentos gerais e, quando for caso de conhecimentos técnicos profissionais (PCNs,2010),necessitam estratégias articuladoras que vão além das metodologias tradicionais de aprendizagem, pois são instigadores no sentido não somente de levar os estudantes a aprenderem conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, mas também de conduzi-los a refletirem a sua própria condição humana e social. Considerando a aprendizagem num ambiente como o laboratório, deve-se levar em conta algumas atitudes que, necessariamente, são desenvolvidas pelos alunos:
HABILIDADES | DEFINIÇÃO |
MODÉSTIA | Atributo de escutar muito, informar-se frequentemente, falar o essencial, julgar cautelosamente, propor conclusões precisas passiveis de serem comprovadas |
EMPIRISMO | Caracterizado por ideias. Conclusões e generalizações, baseadas unicamente em resultados experimentais. |
PARCIMÔNIA | Tentativas de explicações simples, Julgamentos Cautelosos; |
HONESTIDADE | Empenho em não atribuir-se descrições, métodos, descobertas idealizadas por outras pessoas. |
RECEPTIVIDADE | Mente livre de preconceitos, podendo aceitar uma proposição mesmo contrária a sua opinião. |
DESEJO DE APRENDER | Preocupação em saber mais e em maior profundidade, crescimento intelectual, compreensão do mundo |
INTERESSE COMUNITÁRIO | Reflexão e interesse pelos problemas da comunidade |
CURIOSIDADE- INTERESSE | Força interna que conduz o indivíduo a interessar-se por fatos para ele significativos |
MANIPULAÇÃO CIÊNTÍFICA | Adequada seleção, Manipulação e controle de variáveis. |
DETERMINISMO PROBALÍSTICO | Admissão efetiva da relação causa e efeito como princípio científico. |
Essas atitudes pessoais, quando desenvolvidas, possibilitam a identificação correta de uma situação problemática, ajuda na proposição de um problema relevante, permite ao aluno elaborar hipóteses testáveis, o que facilita na investigação. E além disso devemos considerar, também como argumenta (CRUZ, S. M. S. C.; ZYLBERSZTAJN, A. O)
Promover a educação científica e tecnológica dos cidadãos, auxiliando o aluno a construir conhecimentos, habilidades e valores necessários para tomar decisões responsáveis sobre questões de ciência e tecnologia na sociedade e atuar na solução de tais questões (CRUZ, S. M. S. C.; ZYLBERSZTAJN, A. O, 2001)
A educação de um modo geral hoje prioriza o desenvolvimento de habilidades para que os alunos sejam competentes no sentido de saber fazer, saber ser e saber aprender, Rios pondera;
A competência associa-se à conjugação dos diversos saberes mobilizados pelo indivíduo (saber aprender, saber fazer, saber ser) na realização de uma atividade. Ela faz apelo não somente aos seus conhecimentos formais, mas a toda a gama de aprendizagens interiorizadas nas experiências vividas, que constituiriam sua própria subjetividade. (Rios, 2000)
Considerei também o que argumenta Cachapuz;
Á investigação como um fator positivo na aquisição do conhecimento, fomentando a aprendizagem, a pesquisa deve, efetivamente, ser um dos esteios principais que dê coerência e sentido ás tomadas de decisão que o professor, no seu cotidiano, tem de assumir de forma consciente e fundamentalmente (Cachapuz, 2005)
Sabemos que na resolução número 4 (CNE, 2015) define como princípio norteador o desenvolvimento pleno da pessoa humana, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho, como bases fundamentais de uma educação robusta e harmoniosa, entretanto, constatamos pelo noticiário, sobretudo os relatórios divulgados pela organização para a cooperação e o desenvolvimento econômico (OCDE), sinalizadores contrariando os fundamentos da resolução número quatro.
Diante de um quadro conflituoso como esse, estudantes abaixo do mínimo considerado aceitável, buscamos orientações específicas que facilitem o desenvolvimento da aprendizagem sistematizando princípios, como referência os objetivos constitucionais, fundamentando-se na cidadania e na dignidade da pessoa, o que leva a igualdade, liberdade, diversidade, respeito, justiça social, solidariedade e sustentabilidade (CNE, 2015).
Um aspecto muito importante que deve ser mencionado no ensino de alunos na faixa dos 10 a 15 anos, é o preparo do professor que precisa estar atento as seguintes características, segundo (MEC, 2015)
Orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos responsabilizar-se pelo sucesso da aprendizagem dos alunos assumir e saber lidar com a diversidade existente entre os alunos incentivar atividades de enriquecimento curricular elaborar e executar projetos para desenvolver conteúdos curriculares desenvolver hábitos de colaboração e trabalho em equipe. (MEC, 2015)
E além desse contexto, novos instrumentos para transformar em realidade as propostas da Educação Básica, neste sentido (MEC):
O contexto atual traz a necessidade de promover a educação escolar, não como uma justa posição de etapas fragmentadas , o que tem acontecido até aqui, mas numa perspectiva de continuidade entre educação infantil , ensino fundamental e ensino médio, dando concretude ao que a legislação denomina educação básica e que possibilite um conjunto de aprendizagens e desenvolvimento de capacidades que todo cidadão- criança, jovem ou adulto- tem direito de desenvolver ao longo da vida, com a mediação e ajuda da escola. (MEC, 2015)
Entendi por isso que a educação escolar é essencial no desenvolvimento das pessoas e da sociedade, a serviço de um desenvolvimento sociocultural e ambiental mais harmonioso, então devemos evitar no dizer de (Demo)
O aluno que apenas ouve, copia, repete, reproduz, faz prova e cola, não abandona a condição de objeto de domesticação. (Demo, Desafios Modernos da Educação, 1999). E de escravidão também. (Acréscimo nosso)
A educação tem múltiplos aspectos, o fator de produção, isto é, o capital, é decisivo no controle do meio técnico científico-informacional, o que determina a estrutura da sociedade com isso definindo os dinâmicas sociais e econômicos e políticas. Diante deste contexto, a escola deve contribuir para uma cidadania consciente e ativa, ressignificando o ensino para crianças e adultos, favorecendo a construção da identidade e da autonomia da criança e seu conhecimento de mundo. Os alunos de Ensino Fundamental e Médio devem aprender a valorizar o conhecimento, os bens culturais, o trabalho e ter acesso a eles autonomamente, selecionar o que é relevante, investigar, questionar e pesquisar, construir hipóteses, compreender, raciocinar logicamente, comparar, estabelecer relações, inferir e generalizar, adquirir confiança na própria capacidade de pensar e encontrar soluções, entretanto, precisamos compreender qualificação que é um substantivo abstrato, sendo assim, (Soares) citando Cegalla;
Substantivos são palavras que designam os seres. Os abstratos são os que designam qualidades, sentimentos, ações e estados dos seres, dos quais se podem abstrair (= separar) e sem os quais não poderiam existir (Soares, 2000)
Além desses pressupostos é importante que aprendam a ler criticamente, diferentes tipos de textos, utilizar diferentes recursos tecnológicos, expressar-se e comunicar-se em várias linguagens, opinar enfrentar desafios, criar, agir de forma autônoma, diferenciar espaço público do privado, solidariedade, diversidade e repúdio a qualquer tipo de discriminação e injustiça.
Outra questão é a interdisciplinaridade na concepção de (Fazenda)
Entendemos por atitude interdisciplinar uma atitude diante de alternativas para conhecer mais e melhor; atitude de espera ante os atos consumados, atitude de reciprocidade que impele a troca, que impele ao diálogo com pares idênticos, com pares anônimos ou consigo mesmos, atitude de humildade diante da limitação do próprio saber, atitude de perplexidade ante a possibilidade de desvendar novo saberes, atitude de desafio, desafio perante o novo, desafio em redimensionar o velho, atitude de envolvimento e comprometimento com os projetos e com as pessoas neles envolvidas, atitude, pois, de compromisso em construir sempre, da melhor forma possível, atitude de responsabilidade, mas sobretudo, de alegria, de revelação, de encontro de vida. (Fazenda, 1994)
Concebeu-se que uma pessoa é competente quando tem os recursos para realizar bem uma determinada tarefa, ou seja, para resolver uma situação complexa (MEC, 2010), entretanto, verificamos que em nossas salas de aula os alunos demonstram apatia, resistência às propostas pedagógicas, não tem iniciativa para perguntar e muito menos fazer as atividades que são propostas, neste contexto (Beauclair) assevera:
Ressignificar a relação entre teoria e prática, é sem sombra de dúvida, superar a resistência e a dureza de formas de pensar já cristalizadas e assumir as novas maneiras emergentes de ativar esta fantástica capacidade humana chamada pensamento. (Beauclair, 2009)
Então o laboratório de ciências entra como um motivador, instigador das propostas feitas em sala de aula e neste contexto percebe-se desenvolvimento de atitudes científicas alinhadas ao comportamento ético e cidadão, vejamos algumas atitudes que podem ser observadas em um ambiente como o laboratório de ciências segundo, (Hennig)
Pensamento Científico: Processos mentais racionais e ordenados, que norteiam o investigador na busca de soluções teóricas e práticas de problemas Atitudes Científicas: desenvolve o raciocínio indutivo Interesse: Ampliação das informações sobre as coisas e fenômenos da natureza Desejo de Aprender: crescimento Intelectual Interesse Comunitário: Trabalhar pela comunidade Receptividade: Mente livre de preconceitos Modéstia: Escutar muito, Informar-se frequentemente, falar o essencial, Julgar cautelosamente, Propor conclusões precisas, passíveis de serem comprovadas (Hennig, 1986, p.47)
A formação da consciência Crítica é um dos fins fundamentais da educação, propiciando condições mais adequadas de inserção social do educando, possibilitando ao mesmo a construção de novos conhecimentos e encaminhando para a condição de melhoria qualitativa, para a etapa seguinte do processo do desenvolvimento (Neto, 1994). Em sintonia com o pensamento de Neto, entendemos a importância do laboratório de ciências na construção de um pensamento autônomo, criativo e que poderá ser mais desenvolvido adiante pelos estudantes, por isso, concordamos com (Cardoso), que diz “…
A abordagem holística fundamenta-se na holologia (especulação e experimentação) e na holopráxis (vivências que incluem o transpessoal) com o objetivo de apreensão, percepção e compreensão dos fatos e do mundo” (Cardoso, 1999)
Concordando com (Libâneo, 1994), que concebe a formação profissional de professores como um processo pedagógico, intencional e organizado, de preparação teórica científica e técnica do professor para dirigir competentemente o processo de ensino. Neste contexto o tratamento dado à parte teórica-científica que se refere às áreas do conhecimento em que o docente irá se especializar e a técnica específica em sua formação para a docência baseada em princípios pedagógicos necessários, é fundamental para que o mesmo seja mediador entre o conhecimento e os alunos, objetivando o atendimento da necessidade de integralizar o ensino com a prática e o ambiente/laboratório ciências no que auxilia muito.
Durante a pesquisa constatei que um dos pressupostos que melhor caracteriza a atualidade é a constante transformação de: sociedade paradigma científico escola processos/ sistemas educacionais
A própria concepção de ciência está mudando, principalmente com a introdução da filosofia da ciência que busca refletir sobre a complexidade do conhecimento científico (Cachapuz, 2005), sua construção teórica, sua relação com a tecnologia e os acontecimentos sociais. A escola torna-se a cada dia uma instituição mais heterogênea, pelos próprios alunos que a constituem, visto que cada um pertence a um contexto social, desse modo, segundo, (ASSMANN,Hugo.;SUNG,Jung Mo.). Competência humana inclui:
Saber intervir na realidade com autonomia e competência uma cultura de reconstrução permanente do conhecimento doa saberes necessários à competência humana Desenvolver Atitudes de competência emocional e político-social. Compreender a importância da aprendizagem permanente vivenciar o processo de reconstrução do conhecimento com autonomia individual e coletiva. (ASSMANN,Hugo.;SUNG,Jung Mo., 2000)
No que diz respeito à competência, cabe dizer que uma sociedade em que o conhecimento se transformou no principal fator de produção, o ente competência, é entendida como a capacidade de transformar tecnologia em produto e neste contexto, a educação assume papel preponderante. Assim, educar alguém para ser um pianista competente, é criar as condições para que ele adquira os conhecimentos, as habilidades, as linguagens, os valores culturais e os emocionais relacionados a atividade específica de tocar piano muito bem (Moretto, 2002). O Ministério da Educação determina as competências essenciais a serem desenvolvidas pelos educandos no Ensino Fundamental, Segundo (Carneiro)
Dominar Leitura/escrita e outras linguagens Fazer Cálculos e resolver Problemas analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações compreender o seu entorno social e atuar sobre ele receber criticamente os meios de comunicação; localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada; planejar, trabalhar e decidir em grupo. (Carneiro, 1998)
Por tudo o que foi dito entenda-se que a lei que rege o ensino no Brasil procura o alinhamento com o mercado de trabalho, por isso não podemos desconsiderar contribuições tão importantes na produção do conhecimento principalmente na área educacional sobretudo em propostas simples que buscam aproximar o conhecimento teórico e prático onde o laboratório de ciências auxilia bastante, entretanto, Como assevera (Imbernón) et all;
Diante dos vazios de normativa moral criados pelas mudanças sociais recentes necessita-se de uma nova forma de estabelecer critérios e que estes sejam transmitidos ás novas gerações. Embora se possa em outras formas institucionais, hoje em dia a única instituição social oferece certa garantia de cobertura universal (ainda que não igualitária) é o sistema educativo. (Imbernón, 2000)
O ensino de ciências é, sem dúvida, uma área relativamente recente de pesquisa que tem objetos de trabalho diferentes das outras áreas do conhecimento. É inegável que tenhamos maior diálogo entre pesquisadores e professores para troca de experiências e perspectivas tanto teóricas quanto metodológicas que enriqueçam nossas práticas como professores, por isso, (Novaes) assevera:
Trabalhar junto a professores, pais e alunos no sentido de provocar uma troca que leve ao diálogo, procurando resolver conflitos institucionais dentro dos limites situacionais, numa aproximação aberta, positiva e autêntica, deve ser uma das preocupações de todos os envolvidos na prevenção dos problemas da aprendizagem. (Novaes, 1977)
O laboratório didático desenvolve habilidades (criatividade, atitudes cooperativas) e capacidade de buscar soluções alternativas e mais baratas para o ensino de ciências aos alunos do Ensino Fundamental, acredita-se que focar não somente no aspecto funcional, mas também epistemológico. Essa mudança na percepção de mundo, ciência, homem, natureza, sociedade, vem provocando também transformações em todos os âmbitos da sociedade, como assevera (Rosa):
Que o Legislador deve ocupar-se antes de tudo da educação de JOVENS ninguém o contestará, pois nos Estados onde ela é negligenciada, as constituições sofrem prejuízos. (Rosa, 1996)
No que se refere a educação, surge a necessidade de repensar o currículo, conteúdos e organização, uma vez que os conteúdos estão organizados tendo por base a concepção de ciência tradicional, trabalhando o conhecimento de maneira fragmentária nas disciplinas e séries; necessidade de rever a formação do professor, as metodologias, as formas de avaliação, enfim, o processo educativo como um todo. (Rocha, 2008)
Outro aspecto importante a ser considerado é a necessidade de se pensar não somente em ensinar ciências, mas também em educar a partir e para a ciência, pois vivemos em uma sociedade que nos remete a inúmeros desafios. Então (Lerede)indica:
No que diz respeito, o único futuro concebível da raça humana atual temos a convicção disso não é viável, pelo menos, não o será mais por muito tempo. Fora dos eixos, desequilibrada, enlouquecida pela sua sujeição patológica apenas ao mundo material e racional, enlouquecida também pela evolução ultrarrápida de técnicas que suas faculdades conscientes não lhe permitem mais controlar, a subumanidade que é a nossa está chamada a evoluir ou a parecer. (Lerede, 1980)
Decorrente disso uma saída, seria a educação cientifica que no entender de (Rosa)
[…] tem função de desenvolver o espírito crítico e o pensamento lógico, a desenvolver a capacidade de resolução de problemas e a tomada de decisão com base em dados e informações. Além disso, é fundamental para que a sociedade possa compreender a importância da ciência no cotidiano. Ela também representa o primeiro degrau da formação de recursos humanos para as atividades de pesquisa científicas e tecnológicas. (Rocha, 2008).
Dessa forma, poderemos contribuir na aprendizagem de conceitos e no desenvolvimento de habilidades dos alunos, neste caso (Barbosa, 2011) apud (FREIRE),
O diálogo é este encontro dos homens, mediatizados pelo mundo para pronunciá-lo, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu. (Barbosa, 2011) e acrescentaríamos nós também (acréscimo nosso)
Considerando o processo de aprendizagem no contexto escolar devemos levar em conta a didática em seus múltiplos aspectos, a prática tradicional de “ensinagem” por exemplo muito comum em nossas salas de aula se caracteriza pela transmissão de conhecimentos acumulados pela humanidade ao longo da História, Neste paradigma, os alunos assumem a função de receptores dos saberes que seus professores os transmitem, o que mais importa e quantidade de conteúdos que se trabalha, o professor tem o conhecimento acabado sendo o dono da verdade e as tarefas são padronizadas, o que alimenta isso infelizmente é o mercado de trabalho com tarefas padronizadas e fragmentadas sem sentido global do indivíduo. Neste contexto (SNOOK) assevera:
“o doutrinador ensina com a intenção de que o aluno ou alunos acreditem em Professor. Este aspecto prova que doutrinação refere-se as Crenças” (SNOOK, 1974). Que são muito fortes ás vezes irresistíveis (acréscimo nosso)
Na abordagem comportamentalista, há também a ênfase pelo objeto do conhecimento, porém se utiliza de uma sofisticada metodologia para moldar os comportamentos sociais, que consiste num arranjo e planejamento de condições externas que proporcionam aos estudantes a aprender, assim é a recompensa que motiva o aluno a aprender, também muito comum nos dias de hoje, entretanto, (Sperry), assevera:
A questão mais importante que permanece é de como a expectativa do professor se traduz em seu comportamento, de tal sorte que possa obter o comportamento esperado do aluno. (Sperry, 1977)
Na concepção humanística o ensino está centrado no aluno, que aprende, o professor é o orientador, neste contexto existe significado e percebe-se atitudes diferentes nos alunos neste caso aprende-se aprendendo, então (Sperry). Diz que…
Chegou o momento de se parar de buscar o melhor método de ensino e passar a procurar o método específico que pode apresentar o melhor resultado em termos de rendimento para um determinado aluno. (Sperry, 1977)
Na abordagem cognitiva, um dos representantes é Piaget, os estímulos vem do meio que são organizadores do conhecimento, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos, utilizam símbolos verbais, processando e interagindo informações, daí o ensaio e erro, neste contexto é a inteligência o alvo do ensino, entretanto (LEONTIEV, Alexis; VYGOTSKY,Lev S.; LURIA,Alexandre R. ) afirmam:
A criança aprende a realizar uma operação determinado gênero, mas ao mesmo tempo apodera-se de um princípio estrutural cuja esfera de aplicação é maior do que a da operação de partida. Por conseguinte, ao dar um passo em frente no campo da aprendizagem, a criança dá dois no campo do desenvolvimento e por isso aprendizagem e desenvolvimento não são coincidentes ( (LEONTIEV, Alexis; VYGOTSKY,Lev S.; LURIA,Alexandre R. , 1991))
Na abordagem sociocultural, o centro é a vida do sujeito, sua cultura e relações sociais, é pela criticidade que se dá o desenvolvimento da educação frente os desafios sociais, seu representante mais conhecido é Paulo Freire. Neste contexto, (Sperry). Reitera:
Diferentes fatores influenciam a expectativa do professor e os desempenhos de aprendizagem dos alunos. Esses fatores dizem respeito a classe social a que pertencem os alunos, ás expectativas das comunidade quanto aos estilos de ensinar e á orientação curricular. (Sperry, 1977)
Pelas ideias desenvolvidas nota-se o dinamismo do processo de ensino aprendizagem que não é estático e muito menos com limites restritivos, entretanto, mostra-se integrado a sociedade e a cultura, deste modo verificou-se uma articulação entre professor, estudante e o objeto de conhecimento, assim se posiciona (Lenhard)
Aprendizagem envolve não apenas, aquisição de mecanismos, instrumentais à satisfação de necessidades fixas, mas também uma diferenciação dos impulsos em relação aos objetos exteriores. (Lenhard, 1999)
Percebe-se nesta visão que os alunos deveriam ter uma postura ativa no processo educativo, e não mais passiva, depositário de informações e conteúdo, neste contexto o professor é um articulador do conhecimento, ou seja, agente que motiva os alunos à aprendizagem, que os estimula a verificarem seu desempenho nos estudos e indica caminhos para o desenvolvimento pessoal e intelectual dos estudantes, para (Demo, 2004) trata-se de transformar o aprender entendido como ser ensinado, treinado, para o aprender a aprender.
Nossa sociedade atual está alicerçada no poder da informação, neste contexto, o fluxo de informações é intenso em permanente mudança, e onde o conhecimento é flexível, fluído sempre em expansão e em mudança. Daí (Piletti), pondera:
A escola pode ser um fator importante na aprendizagem da participação. Isso ocorrerá na medida em que o aluno for estimulado a se Interessar pelo que acontece na escola, na sala de aula e fora dela na medida em que o programa de estudos não for imposto de cima para baixo, mas se permita aos alunos dar a sua contribuição, na escolha dos assuntos, dos métodos de trabalho, etc. (Piletti, 2004)
Considerando esse paradigma, a educação integrada ás relações sociais e à cultura, identifica-se um novo desafio ao processo educacional; o que se lhe pede é que seja capaz de desenvolver nos alunos competências para participar e interagir num mundo global, altamente competitivo que valoriza o ser flexível, criativo, capaz de encontrar soluções criativas para os problemas cotidianos, isto é, compreender que a aprendizagem não é um processo estático mas algo que deve acontecer ao longo de toda a vida., então (Taylor), diz:
As características mais importantes validas para o talento criativo são: originalidade, redefinição, flexibilidade adaptativa, flexibilidade espontânea, fluência associativa, fluência expressiva, fluência vocabular fluência ideativa, elaboração e avaliação. (Taylor, 1996)
Desta forma a pesquisa demostrou, que se pode esquematizar a aprendizagem no paradigma do conhecimento, da seguinte maneira Só o professor que sabe aprender faz os alunos aprenderem também? por isso pergunta-se; O Professor é profissional do ensino ou da aprendizagem? E como ensinar a ler a quem já sabe ler? E como lhe dar com alunos que não desenvolveram habilidades mentais? Afinal que professor queremos e que estratégias faremos para lograr aquilo que queremos? Estratégias de ensino e habilidades mentais: Como articular? Processo ensino-aprendizagem como despertar para autonomia? Considerei também os princípios de aprendizagem: Aprender o quê Pra quê? (Desenvolvimento Mental Cognitivo) desenvolvimento da pessoa singular e como um todo- Cognitivo, afetivo e social. desenvolvimento das relações sociais- historicidade desenvolvimento da capacidade de decidir, assumir responsabilidades participação
Percebi que toda a aprendizagem[..]: Precisa ser significativa que promova relações que formule problemas que entre em confronto que permita participar que ajude a transferir que suscite modificações que seja pessoal que vise objetivos realísticos que traga resultados que promova bons relacionamentos interpessoais
O planejamento no processo de aprendizagem permite prever o futuro e não ser controlado por ele, deste modo a formulação de objetivos educacionais parte do seguinte questionamento: O que se espera que o aluno seja capaz de fazer após a conclusão de um curso? Assim (Matos)diz:
Estudar, em última análise, é ir à procura da verdade. Trata-se de um processo dinâmico de saber, buscar, saber de novo e recomeçar para buscar ainda mais (Matos, 2004) e acrescentaríamos crescer e desenvolver-se mais. (acréscimo nosso)
Deste modo, a elaboração de objetivos no processo de ensino aprendizagem parte daquilo que os alunos devem aprender, sobre quais comportamentos deverão desenvolver ao final de um curso, de uma disciplina ou de uma aula. Segundo (Perrenoud)
O ensino é uma ação parcialmente finalizada. Sua pura e simples descrição exige que se leve essa característica a sério e que se questione por conseguinte, como o professor estabelece, no final do percurso, que atingiu os objetivos fixados e que meios utiliza durante o percurso, para verificar que aprendizagens progridem e para retificar a mira. (Perrenoud, 1999)
Não é incomum os professores se desorientarem na elaboração de seu planejamento por justamente considerar os objetivos educacionais a partir de sua ação, ou seja, do ensino, desconsiderando a aprendizagem do aluno como interface deste processo, (Luckesi)afirma que:
Em primeiro lugar, o conhecimento é uma necessidade enquanto modo de iluminação da realidade. Não se pode agir a não ser que se veja o caminho. Na nossa prática de visão física, sabemos que não conseguimos nos movimentar, sem que tenhamos o senso da direção e o dimensionamento dos obstáculos e das passagens livres. (Luckesi, 2000)
Os objetivos educacionais são expressos em termos de comportamentos esperados dos alunos e devem ser elaborados de forma tal que permitam a descrição do que o estudante estará apto a fazer em consequência dos conhecimentos construídos. Assim, percebi que os objetivos educacionais: orientam-se aos estudantes e não para o que o professor ensina apresentam uma descrição dos resultados de aprendizagem esperados, devem ser claros e precisos (empregos de verbos de ação), orientam a seleção de conteúdos e estratégias de aprendizagem determinam a elaboração de instrumentos para avaliação de desempenho dos alunos e do professor, orientam o estudante acerca do que dele se espera no curso, daquilo que será objeto de avaliação.
Deste modo (Vianna) compreende que:
A aplicação de um teste geralmente provoca reações que interferem no desempenho dos examinandos e falseiam os resultados. A orientação para o teste procura desenvolver o espírito de confiança do examinando e minimizar certos estados psicológicos, sobretudo o da ansiedade que prejudicam sua atuação. (Vianna, 1982)
Os resultados da pesquisa apontaram que avaliar o desempenho de um aluno consiste em avaliar em que medida os objetivos foram atingidos. Fornece ao aluno um feedback sobre o processo de aprendizagem e o contextualiza no curso, então (Sant’anna), afirma:
A avaliação é necessária ao professor para determinar o progresso e as dificuldade do aluno no sentido de atingir os objetivos do ensino previamente estabelecidos. (Sant’anna, 1988)
Na elaboração de atividades didáticas avaliativas, deve-se desenvolver questões com verbos que estabeleçam relações com os níveis de comportamento traçados nos objetivos educacionais. São os objetivos educacionais que orientam a seleção dos conteúdos a serem avaliados. Assim na elaboração de instrumentos de avaliação é importante explorar níveis de comportamento diversificados, do mais simples(conhecimento) ao mais complexo (Avaliação, resolução de problemas), de modo a atingir todos os alunos, desde aquele que apresenta maior dificuldade ao que está num estágio mais avançado no processo de aprendizagem, como assevera (Nérici, 1989) os objetivos formam elemento significativo para a didática, pois são eles que lhe fornecem razões para a sua ação.
Diante da complexidade na elaboração de objetivos educacionais, estudiosos de renome tem se preocupado em sistematiza-los, em sistemas de classificação. Baseados em comportamentos observáveis, autores como HERBART(1776-1841), SPENCER(1820-1903), BOBBIT(1918-1949); TYLER(1950) e MAGER(1960) foram pioneiros na elaboração de métodos pedagógicos e sistemas de avaliação que se baseiam no conceito de ciência e objetividade, nesta perspectiva, tinham como objetivo central definir critérios e parâmetros científicos para o processo de aprendizagem, entretanto, a visão de mundo interfere de modo peculiar na aprendizagem, como assevera (Plantamura V. , 1999), “Creencias, actitudes, acciones, valores y conocimientos están dirigidos, en cualquier ciencia, por un cuerpo conceptual.
Apesar da reconhecida contribuição destes autores, foi Benjamin Bloom o responsável pela sistematização de uma hierarquia de objetivos educacionais, a qual permite definir objetivamente quais comportamentos se espera do aluno, através da denominada taxonomia dos Objetivos Educacionais BLOOM (1948-1956). A respeito disso a disciplina é muito importante sobretudo porque organiza os reais objetivos da aprendizagem, o que pode ser percebido por (Chamlian);
A questão da disciplina tem representado um grande desafio para a maioria dos professores em seu trabalho cotidiano, sendo objeto de constante alusão nos estudos e debates que envolvem os sistemas de ensino nos tempos atuais. (Chamlian, 2001)
A taxonomia de Bloom tem sido utilizada há anos como importante referência na elaboração de objetivos educacionais da aprendizagem. Existem muitas vantagens de se adotar essa taxionomia, facilita e amplia a comunicação entre educadores, pois permite maior padronização dos critérios e comportamentos avaliados, estabelece uma definição mais precisa dos comportamentos que serão objeto de avaliação, possibilita compreender melhor a relação entre experiências de aprendizagem e as mudanças ocorridas nos comportamentos dos alunos Valida testes e instrumentos de avaliação.
Através da taxionomia é possível desenvolver uma análise dos objetos e das situações nas quais o conhecimento é aplicado. Segundo (Pimenta)
As novas concepções de didática estão emergindo da investigação sobre o ensino enquanto prática social viva, nos contextos sociais e institucionais nos quais ocorrem. (Pimenta, 2004)
É importante salientar que este quadro teórico permite ao professor fundamentar sua prática e planejamento, entretanto, sem limitá-lo, destaca-se a relevância do professor elaborar sua própria classificação e organização de objetivos de acordo com o contexto de sua sala de aula, entretanto, como assevera (Alves)
As pesquisas cientificas e o pesquisador se encontram numa situação extremamente difícil. Já indicamos como a exigência do rigor método- logico pode incidir sobre a escolha dos problemas a serem investigados. Quando o rigor acadêmico se torna na marca distintiva do saber cientifico, é natural que a relevância do problema seja colocada num plano secundário (Alves, 1933)
Bloom e seus colaboradores desenvolveram a classificação de objetivos educacionais a partir de três domínios: cognitivo, que diz respeito à memória, afetivo que diz respeito ao sentir o conhecimento quando muda suas atitudes em relação a vida e o psicomotor que diz respeito habilidades físicas.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA.
Sabemos ser muito importante a integração entre os ensinos de Educação Infantil e Ensino Médio como etapas da Educação Básica que deve ser universalizada, com o foco no desenvolvimento de habilidades que promovam as competências, traduzidas em capacidades autônomas, Segundo (PLANTAMURA);
“A noção de competência atravessa os mais diversos campos do saber com uma polissemia que sugere uma série de cuidados ao adotar tal palavra de maneira ingênua em qualquer contexto” (Plantamura V. , 2003)
Entendemos ser a educação escolar essencial no desenvolvimento das pessoas e da sociedade a serviço de um desenvolvimento sócio cultural e ambiental harmonioso, entretanto, o capital é absolutamente decisivo no controle do meio técnico-informacional o que interfere na estrutura da sociedade criando novas dinâmicas sociais e econômicas e também novas políticas, então (CARNEIRO) diz;
“A Lei de Diretrizes e Bases da Educação(1996) valoriza os profissionais da Educação, cuja caracterização abrange não apenas conteúdos e tecnologias a serem ensinados, mas também as dimensões política e social da atividade educativa, incluindo a dinâmica escolar, o relacionamento da Escola com o seu contexto, a avaliação, a gestão”. (Carneiro, 1998)
Neste contexto, a escola, deve estar voltada para a construção de uma cidadania consciente e ativa, resinificando o ensino de Crianças e Jovens, favorecendo a construção da identidade e da autonomia da Criança e do Jovem e seu conhecimento de mundo segundo (PLANTAMURA);
“A proposta metodológica para uma identidade necessária do professor encontra seu apoio na reflexão na ação, sobre ação e sobre a reflexão na ação, elementos de Shön assumidos por um sujeito crítico e mediador de humanização. (Plantamura V. , 2003)
Os alunos dos ensinos Fundamental e Médio que valorizam o conhecimento, os bens culturais, o trabalho, tornam-se autônomos, selecionando o que é relevante, como afirma (Plantamura V. ),
A pedagogia crítica situa-se no cruzamento entre a linguagem, a cultura e a História, forjando as subjetividades e oportunizando o esforço de uma história autônoma, gerando implicações pedagógicas em que o discurso crítico é estratégia principal disponibilizada para o sujeito da aprendizagem, sendo sua linguagem e sua voz os recursos para marcar presença no mundo. (Plantamura V. , 2003)
Sabemos também que aprender a ler criticamente diferentes tipos de texto, utilizar diferentes recursos tecnológicos, expressar-se e comunicar-se em várias linguagens, opinar, enfrentar desafios, criar, agir de forma autônoma e que aprendam diferenciar o espaço público do espaço privado, ser solidários, conviver com a diversidade, repudiar qualquer tipo de discriminação e injustiça, constitui a definição de cidadania, entretanto, (HUBERMAN),
Os professores são geralmente hostis às mudanças introduzidas nas escolas, se delas não participarem desde o início ou se as decisões forem tomadas por outros que não seus superiores hierárquicos. o agente da transformação exterior em particular, é considerado uma ameaça à integridade do sistema e geralmente provoca uma reação de recurso ritual aos processos existentes. (HUBERMAN, 1973)
Não podemos ignorar que há uma enorme distância entre o perfil de professor que a realidade atual exige e o perfil de professor que a realidade até agora criou, o desenvolvimento de habilidades foi esquecido, isto é, aprender o tempo todo, a pesquisar, a investir na própria formação, e a usar a sua inteligência, criatividade, sensibilidade e capacidade de interagir com outras pessoas. Compreendi que todo professor tem a obrigação de: participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino elaborar e cumpri plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade
É fundamental o professor ter autonomia em seu trabalho sobretudo para articular teoria e prática buscando nos conhecimentos anteriores do aluno as aprendizagens significativas que subsidiam o trabalho do professor, neste contexto é preciso que a formação dos professores seja pautada em situações equivalentes de ensino e aprendizagem, entretanto, (Lopes)
No entendimento de Bachelard, o professor pode assumir o mais importante dos papéis, se trabalhar ao encontro da mobilização permanente da cultura, ou vir a ser um dos maiores obstáculos da aprendizagem, caso se prenda ao dogmatismo. (Lopes, 2007)
Hoje temos uma escola desestruturada em parte porque a desarticulação entre a formação dos professores da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental e a formação dos professores para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio tem trazido para a formação dos alunos prejuízos de descontinuidade o que leva a mudanças abrupta da forma de tratamento pessoal e metodológico a que são submetidos no processo de escolarização além disso (Silveira) assim se posiciona,
Quanto a estruturação do conhecimento na memória, WITTEGENSTEIN sugere que o conhecimento é armazenado de forma assistemática a partir de similaridades parciais, traços dimensões que apresentam transvariação, isto é, o conhecimento não se organiza em conjuntos de traços precisos e articulados. (Silveira, 1997)
Outra coisa é o fato da organização curricular e a organização institucional de um curso de formação de professores estão intimamente ligadas, uma vez que a segunda tem, ou deveria ter, como função, dar condições á primeira. Na prática, o que temos assistido mais comumente é a organização institucional determinando a organização curricular, quando deveria ser exatamente o contrário.
Nenhum professor consegue criar, planejar, realizar, gerir e avaliar situações didáticas eficazes para aprendizagem e para o desenvolvimento dos alunos se ele não compreender, com razoável profundidade e com a necessária adequação à situação escolar, os conteúdos das várias áreas do conhecimento, os contextos em que se inscrevem e as temáticas sociais transversais ao currículo escolar, bem como suas especificidades.
Os professores atualmente dão grande ênfase a transposição didática dos conteúdos, sem a necessária ampliação e solidificação ( Pedagogismo), ou seja, ou se dá atenção exclusiva a conhecimentos que o estudante deve aprender (Conteudismo), sem considerar sua relevância e sua relação com os conteúdos que ele deverá ensinar na Educação Básica, na maioria dos casos, não se dá nenhuma atenção em indicar com clareza para o aluno qual relação do que está aprendendo na licenciatura com o currículo a ser ensinado no segundo segmento do ensino fundamental e no Ensino Médio, deste modo a formação se dá desarticulada e até mesmo contraditória e além disso é contraditório a relação entre a aprendizagem dos conteúdos a ensinar e a aprendizagem de suas especificidades didáticas. Assim conceitua CACHAPUZ :e outros
É a pesquisa com os professores, e não sobre os professores, que transporta para o campo conceitual e para o campo da práxis os quadros de referência que deverão ser a base de uma fundamentação epistemológica- aberta a novas temáticas e disponível para integrar valores de contemporaneidade. (CACHAPUZ, Antonio;PRAIA, João;JORGE, Manuela, 2004)
Outra questão importante é que o professor atual termina por não fazer uso de nenhuma das dimensões da contribuição dada pela pesquisa, não participa da sua produção, nem utiliza produção disponível, assim, não aprende a transformar os saberes que sua atividade profissional lhe proporciona em saberes disponíveis para os demais, nem a valorizar a pesquisa, que é permanentemente, produzida, nem a se apropriar dos seus resultados. Desse modo, as contribuições desses trabalhos dificilmente chegarão a intervir na prática, para aprimorá-la, assim em muitas situações, esse encaminhamento vem sendo orientado pelo equívoco de considerar como dificuldade de aprendizagem o que pode ser dificuldade de ensino.
Sabemos e entendemos por formação profissional de que não seja uma formação genérica e nem apenas acadêmica, mas voltada para o atendimento das demandas de um exercício profissional específico, pois não basta a um profissional ter conhecimentos sobre seu trabalho é fundamental saiba mobilizar esses conhecimentos, transformando-os em ação.
O professor deve compreender as questões envolvidas em seu trabalho, sua identificação e resolução, autonomia para tomar decisões, responsabilidade pelas opções feitas. Requer, ainda, que o professor saiba avaliar criticamente a própria atuação e o contexto em que atua, e que saiba, também, interagir cooperativamente com a comunidade profissional a que pertence e com a sociedade, neste contexto (Luckesi), assegura,
O ato de avaliar, por sua constituição mesma, não se destina a um julgamento definitivo sobre alguma coisa, pessoa ou situação pois que não é um ato seletivo. A avaliação se destina á um diagnóstico e, por isso mesmo, à inclusão. (Luckesi, 2003)
Considerando que “competências” são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer” o professor como promotor da aprendizagem deve zelar por isso.
As competências estão para a inteligência assim como as disciplinas estão para o conhecimento, portanto, compartilhar saberes é um elemento essencial e necessário para a constituição de um campo específico de produção de conhecimento para a atuação pedagógica e condição da criação de uma nova identidade profissional do professor.
É por meio da aprendizagem de conteúdos que se dá a construção e o desenvolvimento de competências, neste contexto, o currículo precisa conter os conteúdos necessários ao desenvolvimento das competências exigidas para o exercício profissional e precisa tratá-los nas suas diferentes dimensões: Na sua dimensão conceitual, na sua dimensão procedimental, na sua dimensão atitudinal.
Existem um conjunto de competências importantes para a cidadania com valores indispensáveis ao exercício profissional em educação:
Pautar-se por princípios da ética democrática: dignidade humana, justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade, atuando como profissionais e como cidadãos, orientar suas escolhas e decisões metodológicas e didáticas por princípios éticos, políticos e estéticos e por pressupostos epistemológicos coerentes., reconhecer e respeitar a diversidade manifesta por seus alunos, em seus aspectos sociais culturais e físicos. , zelar pela dignidade profissional e pela qualidade do trabalho escolar sob sua responsabilidade. O professor deve conhecer o papel social da escola na sociedade: ,compreender o processo de ensino e aprendizagem na escola e nas suas relações com o contexto no qual se inserem as instituições de ensino e atuar sobre ele ,utilizar conhecimentos sobre a realidade econômica, cultural, política e social brasileira, para compreender o contexto e as relações em que está inserida a prática educativa ,participar coletiva e cooperativamente da elaboração, gestão, desenvolvimento e avaliação do projeto educativo e curricular da escola, atuando em diferentes contextos da prática profissional, além da sala de aula promover uma prática educativa que leve em conta as características dos alunos e da comunidade, os temas e necessidades do mundo social e os princípios prioridades e objetivos do projeto educativo e curricular estabelecer relações de parceria e colaboração com os pais de alunos, de modo a promover sua participação na comunidade escolar e uma comunicação fluente entre eles e a escola.
O professor deve dominar os conteúdos a serem socializados e seus significados em diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar conhecer e dominar os conteúdos básicos relacionados às áreas/disciplinas de conhecimento e as questões sociais que serão objeto da atividade docente, adequando-os a atividades dos alunos ser capaz de relacionar os conteúdos básicos relacionados ás áreas disciplinas de conhecimento com: (a) os fatos tendências, fenômenos ou movimentos da atualidade(b) Os fatos significativos da vida pessoal, social e profissional dos alunos compartilhar saberes com especialistas de diferentes áreas/disciplinas de conhecimento e articular em seu trabalho as contribuições dessas áreas. Ser proficiente no uso da língua portuguesa em todas as tarefas, atividades e situações sociais que forem relevantes para o seu exercício profissional. Fazer uso das novas linguagens e tecnologias, considerando os âmbitos do ensino e da gestão, de forma a promover a efetiva aprendizagem dos alunos.
O professor deve ter domínio sobre o conhecimento pedagógico criar, planejar, realizar, gerir e avaliar situações didáticas eficazes para a aprendizagem e para o desenvolvimento dos alunos, utilizando o conhecimento das áreas ou disciplinas a serem ensinadas, das temáticas sociais transversais ao currículo escolar, dos contextos sociais considerados relevantes para a aprendizagem escolar, bem como as especificidades didáticas envolvidas. Utilizar diferentes e flexíveis modos de organização do tempo, do espaço e de agrupamento dos alunos para favorecer e enriquecer seu processo de desenvolvimento e aprendizagem Manejar diferentes estratégias de comunicação de conteúdo, sabendo eleger as mais adequadas, considerando a diversidade dos alunos, os objetivos das atividades propostas e as características dos próprios conteúdo. Analisar, produzir e utilizar materiais e recursos para utilização didática, diversificando as possíveis atividades e potencializando seu uso em diferentes situações Gerir a classe, a organização do trabalho, estabelecendo uma relação de autoridade e confiança com os alunos Intervir nas situações educativas com sensibilidade, acolhimento e afirmação responsável de sua autoridade Utilizar estratégias diversificadas de avaliação de aprendizagem e, a partir de seus resultados, formular propostas de intervenção pedagógica, considerando o desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos, Promover uma prática educativa que leve em conta as características dos alunos e da comunidade, os temas e necessidades do mundo social e os princípios, prioridades e objetivos do projeto educativo e curricular. O professor deve dominar o conhecimento de processos de investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica, Analisar situações e relações interpessoais nas quais estejam envolvidos com o distanciamento profissional necessário à sua compreensão Sistematizar e socializar a reflexão sobre a prática docente Investigar o contexto educativo na sua complexidade e analisar a própria prática profissional, tornando-a continuamente como objeto de reflexão para compreender e gerenciar o efeito das ações propostas, avaliar seus resultados e sistematizar conclusões, de forma a aprimorá-las. Usar procedimentos de pesquisa para manter-se atualizado e tomar decisões em relação aos conteúdos de ensino, Utilizar resultados de pesquisa para o aprimoramento de sua prática profissional. O professor deve dominar também o gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional, Desenvolver-se profissionalmente e ampliar seu horizonte cultural, adotando uma atitude de disponibilidade para atualização, flexibilidade para mudanças, gosto pela leitura e empenho no uso da escrita como instrumento de desenvolvimento profissional, Elaborar e desenvolver projetos pessoais de estudo e trabalho, empenhando-se em compartilhar a prática e produzir coletivamente, Utilizar o conhecimento sobre legislação que rege sua atividade profissional e participar de associações da categoria, estabelecendo intercâmbio com outros profissionais em eventos de natureza sindical, científica e cultural.
ENSINO DE CIÊNCIAS E SUA METODOLOGIA
Vivemos atualmente numa sociedade com rápidas transformações no mundo do trabalho, deste modo configurando uma sociedade virtual e os meios de comunicação e informação incidem fortemente na escola, aumentando os desafios para torna-la uma conquista democrática e efetiva.
Entendendo que a democratização do ensino passa pelos professores, por sua formação, por sua valorização profissional e por suas condições de trabalho, busca-se uma formação articulada, identitária e profissional. Essa formação identitária é epistemológica, ou seja, reconhece a docência como um campo de conhecimentos específicos configurados em quatro grandes conjuntos (DELIZOICOV) et all:
Conteúdo das diversas áreas do saber e do ensino, Conteúdos didáticos-pedagógicos, diretamente relacionados ao campo da prática profissional, Conteúdos ligados a saberes pedagógicos mais amplos do campo teórico da prática educacional, Conteúdos ligados à explicitação do sentido da existência humana individual, com sensibilidade pessoal e social. (DELIZOICOV, 2009)
Neste contexto complexo que se faz necessário ressignificar a identidade do professor. O ensino atividade característica dele, é uma prática social complexa, carregada de conflitos de valor e que exige posturas éticas e políticas. Ser Professor requer saberes e conhecimentos científicos, pedagógicos, educacionais, sensibilidade, indagação teórica e criatividade para encarar situações ambíguas, incertas, conflituosas e, por vezes, violentas, presentes nos contextos escolares e não escolares.
Percebi que é consenso entre professores de ciências ou não o domínio de teorias científicas e de suas vinculações com as tecnologias, entretanto, não suficiente para um bom desempenho docente. Melhor caracterizando este tipo de senso comum está marcadamente presente em atividades como: regrinhas e receituários, classificação taxinômicas, valorização excessiva pela repetição sistemática de definições, questões pobres para prontas respostas igualmente empobrecidas uso indiscriminado e acrítico de fórmulas e contas em exercícios reiterados tabelas e gráficos desarticulados ou pouco contextualizados relativamente aos fenômenos comtemplados experiências cujo único objetivo é a verificação da teoria,
Tudo isso favorece a ciência morta, entretanto, (oliveira), garante que;
Para se produzir conhecimentos científicos é necessário ser racional e objetivo, ater-se aos fatos e ir além deles, ser analítico ser exato e claro, ser comunicável, verificável, metódico, buscar e aplicar leis, ser explicativo, ser previsto, ser aberto e sobretudo útil. (oliveira, 2005)
Precisamos buscar uma metodologia que ensine ciências para todos, deve-se ressaltar que o trabalho docente buscará construir o entendimento de que o processo de produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia constitui uma atividade humana, sócia historicamente determinada, submetida a pressões internas e externas, com processos e resultados ainda pouco acessíveis a maioria das pessoas escolarizadas e por isso passíveis de uso e compreensão acríticos ou ingênuos.
Parece claro que uma das funções do ensino de ciências na escola Fundamental e Média é aquela que permite ao estudante se apropriar da estrutura do conhecimento científico e de seu potencial explicativo e transformador, de modo que garanta uma visão abrangente quer do processo quer dos produtos, a conceituação envolvida nos modelos e teorias que mais significativamente se mostrem relevantes e pertinentes para uma inclusão curricular.
Passei a ter uma melhor compreensão da visão de ciência como atividade humana sócio historicamente determinada e também a desejável adesão dos alunos a essa concepção, grupos de alunos devem elaborar trabalhos e seminários considerando aspectos dessa temática que devem ser explorados.
Entretanto, minha gratificação maior, o que dá sentido à minha presença na sala de aula, é ver os alunos aprenderem, ver como estão crescendo e descobrindo novos mundos, por minha causa, então como diz ( (SQUARISI & SALVADOR)
Siga a regra: o específico é preferível ao genérico; o definido, ao vago; o concreto, ao abstrato. Busque variedade, propriedade e riqueza. Recuse monotonia, vagueza e indigência. (SQUARISI & SALVADOR, 2012)
Então o primeiro ponto, seja reconhecer que o aluno é na verdade, o sujeito de sua aprendizagem, é quem realiza a ação, e não alguém que sofre ou recebe uma ação. Não há como ensinar alguém que não quer aprender, uma vez que a aprendizagem é um processo interno que ocorre como resultado da ação de um sujeito. Outro ponto importante é que se aprendizagem é resultado de ações de um sujeito, não é resultado de qualquer ação, ela só se constrói em uma interação entre esse sujeito e o meio circundante, natural e social.
Percebeu-se, com base na vivência cotidiana, que as pessoas aprendem o tempo todo. Instigadas pelas relações sociais ou por fatores naturais, aprendem por necessidades, interesses, vontade, enfrentamento, coerção. Sabe-se até que aprendem não só por tópicos e assuntos, conhecimentos no sentido mais tradicional, mas também habilidades manuais e intelectuais, no relacionamento com outras pessoas, na convivência com os próprios sentimentos, valores, formas de comportamento e informações e ao longo de toda a vida.
A metodologia que é o caminho para se desenvolver um trabalho pedagógico nasce de um tema gerador que pode ser projetos de trabalho para resolver problemas neste sentido e na ação reflexão ação que busca a valorização dos alunos e do processo de aprendizagem.
É principalmente na sala de aula e nos demais ambientes e espaços educativos ‘que as teorias do conhecimento atribuem distintos papéis àquele que conhece, ao qual denominam sujeito do conhecimento, e aquilo que se quer conhecer, denominado objeto do conhecimento. Segundo (KHUN, 1982), pela introdução e uso do termo paradigma, argumenta que no desenvolvimento da ciência ocorrem rupturas, chamadas revoluções cientificas, quando um paradigma é substituído por outro.
Na relação professor aluno um diálogo tradutor implica, então, um processo para obter o conhecimento vulgar do educando, e não apenas para saber que ele existe; é necessário trabalha-lo ao longo do processo educativo para fazer sua psicanálise.
Compreendi neste contexto as situações de aprendizagem referentes a metodologia de ciências que são; o estudo da realidade ou Problematização Inicial a organização do conhecimento e aplicação do Conhecimento
DESENHO METODOLOGICO
Esta pesquisa teve seu foco principal analisar os aspectos facilitadores do instrumento Laboratório de Ciências no processo Ensino Aprendizagem dos alunos do 5ª e 6ª ano do Fundamental I da Escola Preciosíssimo Sangue na Cidade de Manaus no ano 2017.
Pretendi nesta pesquisa verificar que diferenças existem na Educação tradicional por memorização e a Educação que prioriza o desenvolvimento de Habilidades cognitivas, observei como os professores de ciências avaliam o instrumento Laboratório de Ciências e verifiquei estatisticamente quanto o Instrumento Laboratório de ciências facilita o aproveitamento dos alunos em processo de ensino aprendizagem.
Na continuidade da pesquisa visando a descrição e análise do Instrumento Laboratório de Ciências como auxiliar na aprendizagem dos estudantes, senti a necessidade de realiza-la sob o enfoque qualiquantitativo, de nível analítico, descritivo de corte transversal segundo (ALVARENGA, 2014) neste tipo de investigação o objetivo é descrever situações ou seja verifiquei como são ou como se manifestam as variáveis. Também busquei explicar porque sucede determinado fenômeno. Por ser uma investigação quantitativa, isto é, as informações coletadas com questionários serão tabulados e mostrados em gráficos. E por ser qualitativa, isto é, fiz a descrição das situações envolvidas no fenômeno. A investigação mostrou aspectos facilitadores do Instrumento Laboratório de Ciências no processo Ensino-Aprendizagem dos Alunos na Escola Preciosíssimo Sangue, os resultados e interpretações foram apresentados de maneira descritiva. Para realizar a coleta de dados solicitei da UNIBAM um documento autorizando minha visita á Escola Preciosíssimo Sangue que se deu em apenas um encontro com os alunos e professores, mas não fiz acompanhamento dos mesmos, por isso minha abordagem foi o corte transversal. A área estudada é a Cidade de Manaus, o Colégio Preciosíssimo constitui a unidade de amostragem Ensino Fundamental, o universo escolhido foram os professores de Ensino Fundamental seis professores e oitenta e sete alunos dos níveis 4ª,5ª e 6ª ano. As unidades de amostra foram cada um dos professores entrevistados e cada um dos estudantes entrevistados, como critério de exclusão entrevistei professores e estudantes não pertencentes ao Colégio Preciosíssimo Sangue, e como critério de inclusão os professores e estudantes do colégio Preciosíssimo sangue. Segundo (ALVARENGA, 2014) “o método constitui-se no processo integral, racional, que deverá ser seguido rigorosamente para realizar um estudo científico, a fim de atingir os objetivos”. Então no método é a própria pesquisa que realizei, utilizei a técnica de questionários semiestruturado, com perguntas semiabertas, elaborado pelo próprio pesquisador e aplicado também pelo pesquisador, entretanto, antes da aplicação definitiva do instrumento na amostra, foi aplicado a seis docentes que não pertenciam ao colégio que integra a unidade para provar sua eficácia e confiabilidade. Solicitei junto a UNIBAM autorização, visitei o colégio, solicitei uma entrevista com o diretor do colégio lhe expliquei o estudo a ser realizado, solicitei a ele autorização para entrevistar os professores na hora do intervalo. Verifiquei junto ao coordenador quais eram os professores aptos a participar da pesquisa, expliquei aos professores o motivo da entrevista e apliquei o questionário semiestruturado.
A escola pesquisada possuía em de 800 alunos segundo os dados fornecidos pelo diretor na época Joel Xavier, no ensino Fundamental II, essa escola fica na Av. Constantino Nery, 1751, bairro São Geraldo, Manaus – AM. (92) 98433.2019 / 3633.2733 contato@cpps.com.br…
Uma vez coletados todas as informações, os dados quantitativos, tabulei, processei e carreguei no programa Excel para serem apresentados em gráficos estatísticos. As informações qualitativas foram processadas e apresentadas em quadros descritivos. Ambos os tipos de informação foram analisados e interpretados para chegar ás conclusões e também recomendações. Foram mencionados os nomes dos professores que participam da investigação. Não foram obrigados a responder o questionário caso não quisessem. Para desenvolver o enfoque qualitativo utilizei á três tipos de pesquisas:
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: Num primeiro momento, fez uma pesquisa bibliográfica sobre tema Aprendizagem, diretrizes básicas de formação do professor de ciências, resolução 04 e 07 do CEB além de vasta literatura sobre aspectos relacionados com epistemologia da Educação.
PESQUISA DOCUMENTAL: A pesquisa documental orientou-se por revistas, documentos da Secretaria Estadual de Educação e documentos Oficiais.
PESQUISA DE CAMPO: A pesquisa de campo se desenvolveu a partir das observações das aulas nas turmas com os alunos pesquisados, observando a dinâmica escolar posteriormente entrevistas afim de conhecer o cotidiano dos estudantes da escola alvo da pesquisa.
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Parafraseando (Gasnier, 2014) “a condução da análise” porque gosto de comparar a análise na pesquisa científica com outra atividade complexa do cotidiano: a condução de um veículo que pode ser uma bicicleta ou um carro, vejo a análise de dados em uma perspectiva ampla que vai do planejamento até a interpretação de resultados e sua comunicação, nesta perspectiva pretende-se analisar os aspectos facilitadores do instrumento Laboratório de Ciências no processo Ensino Aprendizagem dos Alunos da Escola Preciosíssimo Sangue na Cidade de Manaus no ano 2017.
Observou-se nas diretrizes curriculares para a Educação Fundamental ser o trabalho e a pesquisa o elo entre educação e prática social levando-se em conta a historicidade dos conhecimentos e os sujeitos do processo educativo bem como a teoria e prática no processo ensino aprendizagem a integração de conhecimentos gerais e, quando for o caso de conhecimentos técnicos profissionais, necessitam estratégias articuladoras que vão além das metodologias tradicionais de aprendizagem , pois são instigadoras no sentido não somente de levar os estudantes a aprenderem conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, mas também de conduzi-los a refletirem a sua própria condição humana e social. Dentro deste universo observamos uma alternativa bastante eficiente no resgate da cidadania.
Concebeu-se que uma pessoa é competente quando tem os recursos para realizar bem uma determinada tarefa, ou seja, para resolver uma situação complexa, entretanto, verificamos que em nossas salas de aula os alunos demonstram apatia, resistência ás Propostas Pedagógicas, não tem iniciativa para perguntar e muito menos fazer as atividades que são propostas.
Então o Laboratório de Ciências entra como um motivador, instigador das propostas feitas em sala de aula.
Para melhor compreensão da temática recorremos a legislação brasileira, no que tange aos documentos oficiais:
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96) Parâmetros Curriculares Nacionais(2010) Resolução número 4 do Conselho Nacional de Educação(CEB2010) Resolução número 7 do Conselho Nacional de Educação(CEB2010) Proposta de Diretrizes para a formação inicial de Professores da Educação Básica em Cursos de Nível Superior. (2000) Regimento Interno do Colégio Preciosíssimo Sangue(2007) Projeto Político-Pedagógico do Colégio Preciosíssimo Sangue. (2016)
Para melhor compreensão e aprofundamento da problemática em torno da aprendizagem pelo instrumento Laboratório de Ciências, elaboramos questionários com questões abertas, de forma que o entrevistado tenha liberdade para responder sobre suas práticas no caso dos docentes(professores) ou de que forma se desenvolve a aprendizagem no cotidiano escolar (alunos), então distribuímos o questionário da seguinte forma:
Foram aplicados três tipos de questionários para verificação das situações que envolvem o instrumento Laboratório de Ciências na Escola estudada: para professores (Conf. Anexo nº XVII), alunos (Conf. Anexo nº XVIII) e pedagogos (Conf. Anexo nº XIX). O questionário para professores foi composto de 5 perguntas com três opções de respostas sendo a quarta pergunta com dez opções de respostas. O questionário para os alunos foi composto de cinco perguntas com três opções de respostas. O questionário para o pedagogo foi composto de cinco perguntas com três opções de respostas com a respectiva justificativa.
Participaram do estudo 5 professores entre manhã e tarde, 1 pedagogo e 87 alunos entre manhã e tarde.
Os resultados obtidos a partir da análise quantitativa dos dados possibilitaram uma melhor compreensão acerca da problemática descrita inicialmente na abordagem deste estudo.
O questionário para professores na questão número um verifica se de que maneiras o Laboratório de Ciências auxilia no ensino e prática cidadã. Todos os professores (100% dos entrevistados) concordaram que o instrumento Laboratório de Ciências auxilia no ensino e prática cidadã. Deste modo, todos estão em conformidade com Lei de Diretrizes e Bases, no artigo 205 que diz que o que se visa com a educação é o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A questão número dois tinha como finalidade verificar se o Laboratório de Ciências é utilizado com frequência em suas aulas, nota-se aí, pelas respostas um quadro um tanto confuso 20% dos entrevistados sempre utilizavam o instrumento Laboratório de Ciências, outros 20% não utilizavam com frequência o instrumento Laboratório de Ciências, entretanto, a grande maioria 60% utilizavam ás vezes esse instrumento de ensino em suas aulas. Constatou-se pelas respostas que a maioria os professores ainda não perceberam o instrumento Laboratório de Ciências como auxiliar em suas aulas. Observando a justificativa dada por alguns professores na questão número um por exemplo, […]” sim porque os alunos precisavam ser críticos em relação ao mundo” […]” Porque aprendiam muito mais” […]” É de suma importância que o aluno vivencie na prática as experiências propostas no conteúdo curricular, pois a formação se dá não somente na teoria das disciplinas mas também na observação e concretização dos fatos”. […] “pois estimula a aprendizagem do educando”. […] “realizar experimentos e atividades práticas, tornando a aprendizagem mais eficiente e significativa, aumentando a sua visão de mundo”. Percebeu-se que pelo discurso de alguns professores o reconhecimento do instrumento como muito eficiente na aprendizagem entretanto ainda é muito tímida a atuação efetiva deste instrumento como auxiliar nas aulas práticas. Considera-se a formação do professor como sendo de vital importância na conscientização e ressignificação processo ensino-aprendizagem, para favorecer a construção da identidade e da autonomia da criança e seu conhecimento de mundo.
Na questão número quatro, verifiquei que habilidades se percebe nos alunos com aulas no Laboratório, das muitas habilidades que o instrumento Laboratório de Ciências desenvolve, manipulação científica que é a correta seleção, manipulação e controle de variáveis 100% dos professores concordaram que desenvolve satisfatoriamente esta habilidade, o desejo de aprender que é a preocupação de saber mais e em maior profundidade, crescimento intelectual, compreensão do mundo, 100% dos professores concordaram que esta habilidade é bem desenvolvida entre os estudantes, a curiosidade interesse que é a força interna que conduz o indivíduo a interessar-se por fatos para ele significativos, 100% dos professores concordaram que esta habilidade é bem desenvolvida entre os estudantes, mas curiosamente, habilidades como receptividade que é mente livre de preconceitos, podendo aceitar uma proposição mesmo contrária a sua opinião e Interesse comunitário que é reflexão e interesse pelos problemas da comunidade 20% dos professores concordaram que esta habilidade foi desenvolvida satisfatoriamente entre os estudantes.
Na questão número cinco, verifiquei se o instrumento Laboratório de Ciências facilita a aprendizagem dos alunos, 100% dos professores concordaram que o instrumento Laboratório de Ciências facilita e auxilia muito no desenvolvimento de habilidades entre os estudantes, nas justificativas dadas pelos professores algumas respostas são bem interessantes; […] “sim porque é um estudo onde se coloca lado a lado entre a teoria e a prática e assim os alunos tem mais facilidade de aprender” […] “sim pelo motivo de manusear os equipamentos” […] “Estamos na era tecnológica onde a maioria dos educandos aprendem mais facilmente através do concreto + observação. O laboratório de ciências bem equipado pode fornecer ambas aprendizagens, facilitando com certeza a apreensão destes conteúdos pelos alunos”. […] “Dá a eles a oportunidade de assimilação concreta e eficaz do ensino de ciências. E toda a metodologia é validada no aprendizado nada é inócuo”. […] “Aulas práticas, aumentam os questionamentos e o interesse, desta forma o aprendizado facilita significativamente”.
Percebeu-se diante dos resultados que estatisticamente o instrumento Laboratório de Ciências facilita no aproveitamento dos estudantes em processo de ensino aprendizagem. Notou-se também que os professores de ciências avaliam o instrumento Laboratório de Ciências positivamente, conforme demonstrado estatisticamente através dos gráficos.
No questionário aplicado junto a Coordenação Pedagógica, verificamos o posicionamento do pedagogo referente ao instrumento Laboratório de Ciências, na questão número um, é importante ter um Laboratório de Ciências na Escola, verificamos que sim, para a pedagoga é importante pois que os estudantes não só escutem os princípios que norteiam o ensino ministrado é preciso tocar, ver e manipular os objetos de estudo.
Na questão número dois, no plano de ensino é contemplado o ensino através de um Laboratório, segundo a pedagoga ás vezes, observa-se com isso que ainda existe resistência ao uso de instrumento de aprendizagem na escola, para a pedagoga se limita somente ao professor de ciências do 6ª ao 9ª ano.
Na questão número três, a escola mantém um Laboratório de Ciências equipado com instalações adequadas, ás vezes segundo a pedagoga, para ela faltam alguns materiais e equipamentos para realização de algumas atividades.
Na questão número quatro, são feitas atividades de investigação científica básica com os alunos em um Laboratório, segundo a pedagoga sim, para ela bem básica mesmo, se restringindo a práticas que o material pede.
Na questão número cinco, é possível fiscalizar a utilização de um Laboratório enquanto instrumento de pesquisa na escola, segundo a pedagoga, ás vezes, para ela ás vezes ficamos presos nos serviços burocráticos. Observou-se pelas respostas que a escola está se construindo num processo lento e gradual buscando a sua identidade dentro de uma práxis libertadora.
O questionário para os alunos foi aplicado com orientações gerais, a amostra é não probalística, de caráter acidental, na sala de aula foram distribuídos os questionários, os estudantes responderam satisfatoriamente, as dúvidas foram esclarecidas durante a aplicação do questionário.
Os alunos da escola pesquisada eram crianças de 8,9, 10 anos do turno matutino e vespertino.
Na questão número um aplicada aos estudantes de 4ª ano matutino e vespertino, você gosta de ter aulas em um Laboratório? verifiquei que 100% dos alunos gostavam de ter aulas com esse instrumento de aprendizagem.
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS.
Iniciamos esta pesquisa com o propósito de analisar os aspectos facilitadores do Instrumento Laboratório de Ciências no processo Ensino Aprendizagem dos alunos da Escola Preciosíssimo Sangue na Cidade de Manaus no ano 2017, aferindo o desenvolvimento da cidadania.
Antes porém, verificamos que o Brasil está entre os dez países com estudantes com baixo rendimento, segundo o relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), de Paris, que avaliou a situação de sessenta e quatro nações. Percebeu-se também que os estudantes brasileiros não compreendem o que leem bem como apresentam pouco domínio em conhecimentos elementares de matemática e ciências.
No exercício de meu trabalho, como professor desta Área do Conhecimento, tenho observado na prática dos meus colegas de profissão, que o ensino de Ciências se limita à mera exploração de aspectos cognitivos, aulas teóricas divorciadas do sentido prático. Compreendi que aprender ciência ajuda nas formas de pensar cientificamente e na construção e consolidação de uma sociedade democrática com contribuições inestimáveis.
Nossa linha de investigação se restringiu ao processo de ensino aprendizagem, buscou-se compreender os aspectos facilitadores do Instrumento Laboratório de Ciências no processo ensino aprendizagem. Iniciou-se a pesquisa com as seguintes perguntas: Que diferenças existem na Educação tradicional por memorização e a Educação que prioriza o desenvolvimento de Habilidades Cognitivas? Como os Professores de Ciências avaliam o instrumento Laboratório de Ciências? Quanto estatisticamente o Laboratório de Ciências facilita no aproveitamento dos estudantes em processo de ensino aprendizagem?
Para responder essas perguntas, utilizamos o enfoque misto (quali-quantitativo) de nível analítico, descritivo, de corte transversal. A técnica de abordagem consistiu na aplicação de questionários semiestruturados, com perguntas semiabertas.
Considerando a questão da “educação tradicional” sabemos que seus objetivos são apenas transmitir conhecimentos aceitos universalmente em atendimento as classes privilegiadas, sua metodologia é a famigerada exposição oral dos conteúdos com alguma demonstração de resultados, a ênfase é sempre nos exercícios repetitivos para garantir a memorização, entendemos ser importante este tipo de educação entretanto não atende mais os anseios dos estudantes atuais que são mais dispersos e ansiosos por atividades significativas. Um grande problema é o relacionamento professor-estudante, quando o professor apresenta-se com aquele que detém a autoridade e o estudante deve ser apenas receptivo, o que muitas vezes torna-se conflitante nos dias atuais, neste contexto o aluno só é valorizado pela sua capacidade de memorizar, se memorizar bem é bom estudante se não memorizar não o é.
Neste contexto devemos avaliar nossos estudantes valorizando aspectos afetivos (sentimento e atitudes) com ênfase na auto avaliação reconhecimento do esforço e êxitos. Deve-se também mensurar com ênfase na produtividade observando os objetivos propostos. O saber socialmente valorizado auxilia na recuperação de estudantes com deficiência e tudo com o propósito de chegar à autonomia moral, intelectual e social dos educandos.
Segundo a proposta de diretrizes para formação inicial de professores para educação básica em cursos de nível superior (2000), nos cursos atuais de formação de professor, ou se dá grande ênfase à transposição didática dos conteúdos, sem sua necessária ampliação e solidificação – “pedagogismo”, ou se dá atenção exclusiva a conhecimentos que o estudante deve aprender- “Conteudismo”, sem considerar sua relevância e sua relação com os conteúdos que ele deverá ensinar na Educação Básica. Neste sentido percebeu-se entre os professores maior tendência ao “pedagogismo” por ser mais cômodo, assim os alunos ficam a margem do processo mais eficiente de aprendizagem.
CONCLUSÕES
Os resultados são equânimes em referendar o instrumento Laboratório de Ciências como um eficiente auxiliar na aprendizagem dos estudantes na faixa etária dos 10 aos 15 anos de idade. Entretanto existem muitas dificuldades entre professores e estudantes, apresentando as seguintes razões, falta de materiais em quantidade suficiente, deficiente aperfeiçoamento dos professores, falta de conhecimento e aplicação sobre as leis e resoluções que legislam e normatizam o uso deste Instrumento de aprendizagem para estudantes nesta faixa etária.
A educação que prioriza aspectos do desenvolvimento de habilidades cognitivas, no meu entendimento, após a pesquisa realizada, cabe aos educadores levar em consideração várias concepções pedagógicas, com contribuição variada, deve-se considerar, por exemplo, o meio social atendendo as necessidades individuais, produzir indivíduos competentes, garantindo uma mão de obra mais preparada de acordo com o sistema produtivo, Levar em conta a afetividade dos estudantes, difundindo conhecimentos vivos e concretos, vinculados às realidades sociais, desenvolvendo a cidadania e participação social.
O professor neste novo contexto deve ser auxiliar no desenvolvimento livre e espontâneo do estudante, além disso, deve ser técnico para selecionar e aplicar os meios que garantam a eficiência da aprendizagem do estudante, o professor deve estar atento ao nível de carência do estudante, procurando compensar suas deficiências, ambos devem situar-se como sujeitos no processo de construção do conhecimento.
Os professores de Ciências avaliaram positivamente o Instrumento Laboratório de Ciências, entretanto, notou-se que para utilizá-lo com mais frequência existe uma resistência entre os professores pesquisados o que demonstra existir uma lacuna importante que deve ser estudada
Estatisticamente, percebeu-se que o instrumento Laboratório de Ciências é um bom auxiliar entre os estudantes na escola pesquisada, os quadros estatísticos revelaram através dos questionários aplicados que os estudantes não tem dúvidas da sua eficácia, notamos entre os estudantes, nas questões um, quatro e cinco que referem-se a aceitação do referido instrumento, praticamente cem por cento de aceitação com justificativas bem consistentes.
Nossa pesquisa contribuiu para compreensão que nada é dado, tudo é construído, verificamos que é preciso estar atento as leis que regem nosso trabalho, precisamos conhecer as contribuições dadas por nossos pares sobretudo em nossa área de atuação. Percebeu-se também que o Instrumento Laboratório de Ciências por si só não auxilia em nada se não tiver um profissional atento ao potencial existente na ferramenta de trabalho disponível para quem dele utilizar, vejamos algumas recomendações às quais devemos atentar: Ausência ou insuficiência da articulação entre escolas de formação de professores e as escolas de educação básica e a inexistência de parcerias e convênios com responsabilidades definidas e compartilhadas.
É preciso reverter o quadro vicioso (inadequação na formação do professor inadequação na formação do estudante a inadequação na formação do professor) é preciso que os cursos de formação tomem para si a responsabilidade de suprir as deficiências de escolarização básica que os futuros professores receberam tanto no ensino fundamental como no ensino médio, é preciso considerar a questão da relação entre a aprendizagem dos conteúdos a ensinar e a aprendizagem de suas especificidades didáticas e atentar para as pesquisas dos processos de aprendizagem dos estudantes e os procedimentos para a produção de conhecimento pedagógico pelo professor.
A pesquisa demostra que há muito a se fazer para reverter o quadro deficiente de nossos professores e estudantes, entretanto, notou-se mudança de mentalidade nos professores que mostram o interesse de muitos professores buscarem se aperfeiçoar em cursos de Mestrado e Doutorado.
RECOMENDAÇÕES
Os Educadores devem priorizar aspectos do desenvolvimento de habilidades cognitivas que favoreçam concepções pedagógicas de contribuição variada, levar em consideração o meio social atendendo as necessidades individuais, educar de acordo com o sistema produtivo, levar em conta a afetividade dos alunos, difundir conhecimentos vivos e concretos vinculados à realidade social, educar sempre para a cidadania e participação social.
Os professores devem ser auxiliares neste novo contexto, considerando o estudante com sua liberdade e espontaneidade, além disso, deve ser técnico para selecionar e aplicar os meios que garantam a eficiência da aprendizagem do estudante, o professor deve estar atento ao nível de carência do estudante, procurando compensar suas dificuldades de aprendizagens, ambos devem situar-se como sujeitos no processo de construção do conhecimento.
É preciso conhecer mais instrumentos de aprendizagem como o Laboratório de Ciências que auxilia muito no desenvolvimento de habilidades importantes para a cidadania e participação social.
É preciso estar atento as leis que regem nosso trabalho, precisamos conhecer as contribuições dadas por nossos pares sobretudo em nossa área de atuação.
É preciso observar a ausência ou insuficiência da articulação entre escolas de formação de professores e as escolas de educação básica e a inexistência de parcerias e convênios com responsabilidades definidas e compartilhadas.
É preciso reverter o quadro vicioso (inadequação na formação do professor inadequação na formação do estudante a inadequação na formação do professor) é preciso que os cursos de formação tomem para si a responsabilidade de suprir as deficiências de escolarização básica que os futuros professores receberam tanto no ensino fundamental como no ensino médio.
É preciso considerar a questão da relação entre a aprendizagem dos conteúdos a ensinar e a aprendizagem de suas especificidades didáticas e atentar para as pesquisas dos processos de aprendizagem dos estudantes e os procedimentos para a produção de conhecimento pedagógico pelo professor.
REFERÊNCIAS
Alvarenga, E. M. (2014). Metodologia da Investigação quantitativa e qualitativa. Assunção: A4Diseños.
Alves, R. (1933). Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo: Ars Poetica.
ASSMANN,Hugo.;SUNG,Jung Mo. (2000). Competência e Sensibilidade Solidária Educar para a esperança. Petropólis: vozes.
Barbosa, W. d. (2011). Proformar e a Educação no Amazonas. Manaus: Valer.
Beauclair, J. (2009). Para entender Psicopedagogia. Rio de Janeiro: WAK.
Cachapuz, A. (2005). A necessária renovação no ensino de ciências. São Paulo: Cortez.
CACHAPUZ, Antonio;PRAIA, João;JORGE, Manuela. (2004). Da Educação em Ciência ás Orientações para o Ensino das Ciências: Um Repensar Epistemológico. Ciência e Educação, v 10, n 3, p.363-381.
Cardoso, M. L. (1999). Educação para a Nova Era. São Paulo: Summus. .
Carneiro, M. A. (1998). LDB fácil Leitura Crítico-Compreensiva Artigo a Artigo. Petrópolis: VOZES.
Chamlian, H. C. (2001). A disciplina: uma questão Crucial na Didática: in Ensinar á Ensinar. São Paulo: Lummi.
CNE. (2015). Resolução numero 4 de 13 de julho de 2010. Brasília: Diário Oficial da União.
CRUZ, S. M. S. C.; ZYLBERSZTAJN, A. O. (2001). Conteúdo e Espistemologia numa concepção Integradora. Ensino da Física, 171-196.
DELIZOICOV, D. (2009). Ensino de Ciências. Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez.
Demo, P. (1999). Desafios Modernos da Educação. Petrópolis: Vozes.
Demo, P. (2004). Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados.
Fazenda, I. (1994). A interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. Campinas: Papirus.
Gasnier, T. R. (Agosto de 2014). www.intertropi.ufam.edu.br/docs/apostila_conducao_da_pesquisa_cap1a4.pdf.
Hennig, G. J. (1986). Metodologia do Ensino de Ciências. Porto Alegre: Mercado Livre.
HUBERMAN, A. M. (1973). Como se Realizam as Mudanças em Educação Subsídios para o Estudo da Inovação. São Paulo: Cultriz.
Imbernón, F. (2000). Educação no século XXI. Porto Alegre: ARtmed.
KHUN, T. (1982). A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva.
Lenhard, R. (1999). Sociologia Educacional. São Paulo: Pioneira.
LEONTIEV, Alexis; VYGOTSKY,Lev S.; LURIA,Alexandre R. . (1991). Psicologia e Pedagogia :Bases Psicológicas da Aprendizagem e do Desenvolvimento. São Paulo: Moraes Ltda.
Lerede, J. (1980). Sugerir para Ensinar. Rio de Janeiro: Record.
Libâneo, J. C. (1994). Didática. São Paulo: Cortez.
Lopes, A. C. (2007). Currículo e Epistemologia. Ijuí-Rs: Unijuí.
Luckesi, C. (2000). Fazer Universidade Uma proposta Metodologica. São Paulo: cortez.
Luckesi, C. (2003). Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez.
Matos, H. C. (2004). Aprenda a Estudar. Petrópolis: Vozes.
MEC. (2010). Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasilia: MEC.
MEC. (2015). Proposta de Diretrizes para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica, em Cursos de Nível Superior. Brasilia: MEC.
Moretto, V. (2002). Construtivismo, a produção do conhecimento em aula. Rio de Janeiro: DP&A.
Nérici, I. G. (1989). Didádica Geral Dinâmica. São Paulo: Atlas.
Neto, A. (1994). Educação Alienante existe? Brasilia: Photolitto.
Novaes, M. H. (1977). Psicologia do Ensino Aprendizagem. São Paulo: Atlas.
oliveira, M. H. (2005). Monografia passo a passo Guia Acadêmico. Manaus-Am: Valer.
Perrenoud, P. (1999). Avaliação Entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed.
Piletti, N. (2004). Sociologia da Educação. São Paulo: Atica.
Pimenta, S. G. (2004). Para uma re-significação da didática. São Paulo: Cortez.
Plantamura, V. (1999). trabajo y Comprension del Mundo. montevideo: Cinterfor.
Plantamura, V. (2003). Presença Histórica Competências e Inovação em Educação. Petrópolis- RJ: Vozes.
Rios, T. A. (2000). Ética e Competência. São Paulo: Cortez.
Rocha, S. C. (2008). A Escola e os espaços não formais: possibilidades para o ensino de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental. Manaus: UEA.
Rosa, M. d. (1996). A História da Educação através dos textos. São Paulo: Cultrix.
Sant’anna, F. M. (1988). Planejamento de Ensino e Avaliação. Porto Alegre: Sagra.
Silveira, E. (1997). O Aluno Entende o que se diz na Escola. Rio de Janeiro: Dunya.
SNOOK, I. A. (1974). Doutrinação e Educação. Rio de Janeiro: ZAHAR Editores.
Soares, S. G. (2000). Arquitetura da Identidade ( Sobre Educação Ensino e Aprendizagem). São Paulo: Cortez.
Sperry, L. (1977). Desempenhos de Aprendizagem e Diferenças Individuais. Porto Alegre: globo.
SQUARISI, D., & SALVADOR, A. (2012). A arte de escrever bem. Um guia para jornalistas e profissionais do texto. São Paulo: Contexto.
Taylor, C. W. (1996). Criatividade Progresso e potencial. São Paulo: Ibrasa.
Vianna, H. M. (1982). Testes em Educação. São Paulo: Ibrasa.
¹Professor da Rede Estadual SEDUC em Manaus Amazonas, graduado em Química pela universidade do Amazonas, especialização em Metodologia do Ensino Superior pela FSDB- Dom Bosco, Mestrado em Ciências da Educação- Universidade San Lourenço-Py UNISAL- Doutorado em Ciências da Educação- Universidade Del Sol- UNADES- Paraguay. ORCID: 0000-0001-7938-6767