RESULTADOS DO CUIDADO INFORMAL OFERECIDO A IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10840675


Monique Karen Teles Muniz¹, Alessandra Ribeiro Ventura Oliveira², Vicente Paulo Alves², Jane Karla Alves Leite dos Santos¹, Andreza Santos Teixeira Gonçalves¹


RESUMO

Objetivou-se identificar as evidências científicas sobre resultados do cuidado a idosos realizado por cuidadores informais. Trata-se de Revisão Integrativa da Literatura, com busca nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System online, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Banco de Dados de Enfermagem. Foram encontrados 152 artigos, dos quais 16 foram eleitos para amostra, com 04 categorias para discussão: Queda em idosos e sua influência na atitude do cuidador, Alterações psicológicas/psiquiátricas em cuidadores de idosos, Sobrecarga dos cuidadores de idosos informais e Dificuldades no exercício do cuidado informal. Foram evidenciados efeitos negativos sobrepondo efeitos positivos, no cuidado exercido informalmente a idosos. A sobrecarga, as alterações psicológicas e as condições de trabalho deficientes podem justificar a atual necessidade de políticas e linhas integrais de cuidado voltados para a promoção de saúde do cuidador informal.   

Palavras-chave: idoso; cuidadores; revisão.

ABSTRACT

This study aimed to identify the scientific evidence on results of care for the elderly performed by informal caregivers. This is an Integrative Literature Review, with search in the databases Medical Literature Analysis and Retrieval System online, Latin American and Caribe-a Literature in Health Sciences and Nursing Database. 52 articles were found, of which 16 were chosen for the sample, with 04 categories for discussion: Fall in the elderly and its influence on the caregiver’s attitude, Psychological/psychiatric changes in caregivers of the elderly, Overload of caregivers of informal elderly and Difficulties in the exercise of informal care. Negative effects overlapping positive effects were evidenced in the care provided informally to the elderly. Overload, psychological changes and poor working conditions may justify the current need for comprehensive policies and lines of care aimed at promoting the health of informal caregivers.

Keywords: elderly; caregivers; review.

INTRODUÇÃO

Cinquenta anos atrás, o ‘cuidador familiar’, também chamado de ‘cuidador informal’, como expressão ou conceito era desconhecido. Isso começou a mudar quando ativistas feministas e acadêmicas dos países desenvolvidos na década de 1970, chamaram a atenção dos governos e da sociedade para o fato de que as mulheres estavam exercendo trabalho não remunerado na maioria das famílias. O termo “informal” passou a ser objeto de crítica pelo seu caráter de velamento social e econômico. Essa conscientização foi concomitante ao movimento de desospitalização e de oferta de serviços de saúde próximos à comunidade e do âmbito familiar.1   

Como resultado do processo de envelhecimento populacional, observou-se a crescente demanda de cuidadores de idosos, que assumiram um papel importante até o cenário atual: informal e formal.2 O cuidado informal, que não recebe remuneração ou preparação para exercer essa função, é geralmente realizado por membros da família. O cuidador formal foi caracterizado por ocupação contratada com a função de prestar assistência a indivíduos em situação de fragilidade ou que apresentem algum tipo de risco, a fim de sistematizar as tarefas e privilegiar aquelas associadas a promoção da saúde, bem como a prevenção de deficiências.3 Ambos grupos de cuidadores, formais e informais apresentam incidência de até 63% para sintomas musculoesqueléticos relacionados à atividade de cuidar, que pode levar à perda de vitalidade, estresse e desistências.4

No processo de cuidar, autores afirmam que há aspectos positivos e negativos. Como aspectos positivos, destaca-se o amor em cuidar do próximo, juntamente com a satisfação com a vida e o bem-estar em satisfazer as necessidades do dependente. Porém, nem sempre os familiares estão preparados para assumir tal responsabilidade, surgindo assim os aspectos negativos, tais como ansiedade, estresse, depressão e sobrecarga, os quais podem impactar negativamente a qualidade de vida dos envolvidos. 5

No Brasil, o cuidado ao idoso é culturalmente atribuído a uma rede informal de apoio, sem remuneração e treinamento, cujos membros, pelo contato direto e pela alta demanda de atendimento ofertado, passam por uma longa e estressante jornada de trabalho em dedicação exclusiva e em tempo integral.6  

Durante a pandemia causada pela COVID-19 muitas vidas humanas foram ameaçadas, principalmente os idosos que, em muitos casos, necessitam de cuidados permanentes a depender de qual seja sua doença de base. O ambiente e os sentimentos de cuidadores se transformaram em medo e incerteza. Surgiram novos desafios a enfrentar relacionados à comunicação, compaixão e locais inadequados de atendimento aos idosos por causa dessa pandemia.7

Esse contexto de cuidado aumenta o risco de incapacidade funcional, expõe o cuidador a um processo de sobrecarga no cuidado e, assim, gera repercussões no trabalho, lazer e autocuidado, o que impacta negativamente em seu bem-estar físico e mental.7 Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo é analisar, através de uma revisão integrativa, os resultados positivos e negativos do processo de cuidado, onde o cuidador informal é o sujeito principal.

MÉTODO

Realizou-se a estratégia de busca por meio de levantamentos bibliográficos nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (MEDLINE) e Banco de dados de Enfermagem (BDENF), a fim de obter a avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis do tema investigado tendo como produto final o conhecimento do tema proposto. Dessa forma, foram seguidas seis etapas: 1) identificação da questão da pesquisa; 2) busca na literatura; 3) categorização dos estudos; 4) avaliação dos estudos incluídos na revisão; 5) interpretação dos resultados; 6) apresentação da revisão 8.

A busca na literatura foi realizada a partir da seguinte questão de pesquisa: O processo de cuidado de idosos gera resultados positivos e/ou negativos para os cuidadores informais? O que os estudos atuais nos trazem de resultados dentro dessa perspectiva?

A seleção dos estudos foi realizada no ano de 2022 mediante busca online das publicações científicas que respondessem as questões da pesquisa, nas três bases de dados já citadas (LILACS, MEDLINE e BDENF). Para a busca realizou-se o cruzamento em todas as fontes supracitadas dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) na língua portuguesa e inglesa:

idoso e “elderly”, cuidadores e “caregivers”, revisão e “review”. Durante a busca em todas as fontes de dados, foi empregado o filtro: estudos publicados entre os anos de 2012 e 2022, por serem considerados atualizados os estudos publicados nesse período.

 Os critérios de inclusão foram: artigos publicados em português ou inglês, com textos completos disponíveis que referiam ao cuidado informal de idosos e os resultados positivos e/ou negativos do cuidado, publicados entre 2018 e 2022.

Os dados obtidos foram analisados utilizando abordagem qualitativa, a partir da leitura dos artigos incluídos na revisão para identificação das categorias temáticas. Foram identificadas 04 categorias. Para melhor compreensão dos resultados, os dados obtidos foram resumidos e compilados em quadros através de itens referentes às características dos estudos (autores, país, ano de publicação, título do artigo, delineamento do estudo, idioma, metodologia dos respectivos estudos, resultados obtidos).

RESULTADOS

Foram avaliados os títulos de 152 artigos identificados com intuito de selecionar os que seriam lidos na íntegra. Foram excluídos 23 estudos no formato de cartas e editoriais, estudos repetidos e aqueles não condizentes com o objetivo da revisão. Após a leitura dos 129 resumos dos artigos restantes se obteve um número de 62 artigos distribuídos nas três fontes de dados. Foi realizada leitura na íntegra de todos, para identificação do conteúdo abordado e excluídos aqueles que não atendiam aos objetivos da revisão, resultando em 16 artigos incluídos (Figura 1).

Figura 1 – Fluxograma de busca e seleção dos estudos. Brasília – DF, Brasil, 2022

LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde; MEDILINE – Medical Literature Analysis and Retrieval System Online; BDENF – Banco de Dados de Enfermagem.
Fonte: Elaborado pelos autores

Os estudos foram realizados no Brasil dentre os anos de 2018 a 2021. Sendo distribuídos: três artigos nos anos de 2020 (18,75%) e 2021 (18,75%), respectivamente; dois em 2018 (12,5%) e oito artigos em 2019 (50%), sendo o ano com mais publicações dentro da temática nos últimos cinco anos (Figura 2).

Figura 2 – Síntese da distribuição temporal dos artigos selecionados de 2018 a 2022. Brasília – DF, Brasil, 2022

Fonte: Elaborado pelos autores

A análise crítica dos estudos permitiu identificar 04 categorias:

A categoria 1: “Queda em idosos e sua influência na atitude do cuidador informal”, composta por 01 estudo (Quadro 1). Este estudo foi realizado com cuidadores formais e informais através de entrevistas estruturadas.

A categoria 2: “Alterações psicológicas/psiquiátricas em cuidadores informais de idosos” composta por 06 estudos (Quadro 2). Nesta categoria, quatro estudos desenvolveram entrevistas com o público-alvo e dois estudos foram revisões sistemáticas sobre a temática em questão.

A categoria 3: “Sobrecarga dos cuidadores informais de idosos” foi composta por 05 estudos. Em sua maioria (N=3) incluiu pesquisas realizadas com idosos pertencentes à Estratégia Saúde da Família (ESF) ou em atendimento ambulatorial pelo Sistema Único de Saúde (SUS) onde foram realizadas entrevistas e aplicação de questionários(Quadro 3).

A categoria 4: “Dificuldades no exercício do cuidado informal” composta por 04 estudos, os quais incluíram pesquisas feitas através de entrevistas semiestruturadas (questionários) onde foram descritos aspectos positivos e negativos do cuidado informal (Quadro 4).

Quadro 1 – Síntese dos estudos incluídos na categoria 1: “Queda em idosos e sua influência na atitude do cuidador informal”. Brasília – DF, Brasil, 2022

TítuloAutoresAno e PaísPeriódicoTipo de estudoPrincipais resultados
09Cuidador      de idosos: conhecimentos, atitudes e práticas sobre quedas e sua prevençãoAbigail Roxana Nina Mamani; Annelita Almeida Oliveira Reiners; Rosemeiry Capriata          de Souza Azevedo; Akeisa Dieli Ribeiro Dalla Vechia; Neuber José Segri; Joana Darc Chaves Cardoso.2019, BrasilRevista Brasileira de Enfermage m (Online)Transversal descritivoExiste o conhecimento sobre queda pelos cuidadores, assim como sua prevenção, porém de maneira superficial.     Mais da metade dos cuidadores se mostraram desfavoráveis à prevenção das quedas nos idosos que cuidam.
Fonte: Dados da revisão – Elaborado pelos autores

Quadro 2 – Síntese dos estudos incluídos na categoria 2: “Alterações psicológicas/psiquiátricas em cuidadores informais de idosos”. Brasília – DF, Brasil, 2022

TítuloAutoresAno e PaísPeriódicoTipo de estudoPrincipais resultados
10Efeitos de uma intervenção psicoeducativa com enfoque em treino cognitivo em cuidadores de idosos com doença de AlzheimerAna Julia de Souza Caparrol; Gabriela Martins; Gustavo Carrijo Barbosa; Aline Cristina Martins Gratão.2021, Brasil Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacion al (Online)  Ensaio clínico randomizado, controlado e cegoA intervenção psicoeducativa com enfoque em treino cognitivo domiciliar causou efeitos positivos na melhora do desempenho cognitivo, em especial nos domínios memória, atenção, orientação e linguagem, além dos sintomas de estresse percebido e de ansiedade de cuidadores informais de idosos com a doença de Alzheimer. A intervenção em cuidadores de forma domiciliar mostrou ser uma importante ferramenta para a melhora na cognição e estresse nos cuidadores, mas não parece ter a mesma eficácia para sintomas de sobrecarga. Isso evidencia a necessidade de estratégias específicas para este domínio.
11Ansiedade e depressão em cuidadores informais de idosos dependentes: um estudo analíticoSarah Giulia Bandeira Felipe; Camila Evangelista de Sousa Oliveira;  Cynthia Roberta Dias Torres Silva; Polyana Norberta Mendes;  Khelyane Mesquita de Carvalho; Fernando Lopes Silva-Júnior; Maria do Livramento Fortes Figueiredo2020, BrasilRevista Brasileira de Enfermage m (Online)Analítico      e transversalConstatou-se que 18,4% apresentaram sintomas de depressão, e 8,8% apresentaram sintomas de disforia, assim como 10,5% apresentaram níveis severos de ansiedade, 14,0% níveis moderados a severos, e 21,9% níveis leves e moderados.      
12Síndrome de Burnout em cuidadores informais de idosos com demênciaKarstyn Kist Bakof; Natielen Jacques Schuch; Carina Rodrigues Boeck2019, BrasilRevista Disciplina rum Scientia (Online)Revisão sistemáticaOs estudos, em sua grande maioria, mostra uma elevada prevalência da Síndrome de Burnout nesta população (cuidadores de idosos com demência). Os artigos sugeriram que intervenções e estratégias voltadas para esse grupo podem ajudar a melhorar esses sintomas.
13Características sociodemográficas e de saúde de cuidadores formais e informais de idosos com Doença de AlzheimerGabriela Martins; Larissa Corrêa; Ana Julia de Souza Caparrol; Paloma Toledo Afonso dos Santos; Letícia Maria Brugnera; Aline Cristina Martins  2019, BrasilEscola Anna Nery (Online)Quantitativo, transversal e comparativoA maioria dos cuidadores informais eram mulheres, filhos(as) do idoso cuidado, cm idade média de 52,9 anos que apresentaram, em média, sintomas depressivos (10,1%) e sintomas de ansiedade (11,5%).  Diferenças significativas constatadas foram as representadas pela relação de parentesco com o idoso, a coabitação com o idoso, sintomas de ansiedade, o cuidado exercido ao idoso – atividades de higiene corporal, higiene oral e alimentação, sendo os valores mais acentuados para o cuidador informal familiar quando comparado ao cuidador formal não familiar. Cuidar do idoso por 4 anos ou mais, revelou ser um fator protetivo para sintomas depressivos, tanto para o cuidador formal quanto para o informal.
14Intervenção cognitiva domiciliar para cuidadores de idosos com AlzheimerAna Júlia de Souza Caparrol; Francine Golghetto Casemiro; Larissa Correa; Diana Quirino Monteiro; Marília Graciela Almeida Prado Sanchez; Laís Rita Bortoletto Santos; Aline Cristina Martins Gratão2018, BrasilRevista de Enfermage m      UFPE (Online) Quantitativo, tipo quase- experimentalPrevalência de mulheres com idade média de 52,5 anos e escolaridade média de 8,8 anos. Através da avaliação da intervenção     cognitiva domiciliar       observou-se melhora na cognição geral nos cuidadores de idosos com DA, podendo ser uma importante ferramenta de promoção a saúde.  
15Intervenções realizadas com grupos de cuidadores de idosos com síndrome demencial: revisão sistemáticaEdison dos Reis; Marcia         Maria Pires Camargo Novelli; Ricardo Luís Fernandes Guerra2018, BrasilCadernos Brasileiros de Terapia Ocupacion al (Online)  Revisão sistemáticaA maioria dos estudos mostraram resultados significativos e contribuíram para redução de alguns aspectos, como nível de depressão, estresse, sobrecarga física e emocional, além de adquirirem habilidades e conhecimentos sobre a síndrome demencial.
Fonte: Dados da revisão – Elaborado pelos autores

Quadro 3 – Síntese dos estudos incluídos na categoria 3: “Sobrecarga dos cuidadores informais de idosos”. Brasília – DF, Brasil, 2022

TítuloAutoresAno e PaísPeriódicoTipo de estudoPrincipais resultados
30Relação entre sobrecarga e qualidade de vida de cuidadores informais de idosos: um estudo transversal em atendimento
ambulatorial
 
Aline Maia Silva; Daniella Pires Nunes; Eliane da Silva Grazziano;
Isabela Thaís Machado de
Jesus; Tábatta Renata Pereira de Brito; Ariene Angelini dos
Santos-Orlandi
2020,
Brasil
Brazilian
Journal of
Nursing
(Online)
Descritivo, transversal e correlacionalCuidadores informais com elevados escores de sobrecarga podem apresentar piores escores de qualidade de vida.
Estudo aponta que a identificação precoce da sobrecarga entre os cuidadores informais de idosos e o desenvolvimento de ações estratégicas para reverter esse quadro são fundamentais para a manutenção ou melhora da qualidade de vida desses cuidadores que muitas vezes não possuem apoio diante de suas dificuldades.
31Sobrecarga de cuidadores informais de idosos dependentes na comunidade em municípios de pequeno porteMarines Aires;
Ana Cláudia
Fuhrmann;
Duane Mocellin;
Fernanda Laís Fengler Dal Pizzol; Laura Franco
Sponchiado;
Carla Regina Marchezan;
Carla Cristiane Becker Kottwitz Bierhals;
Carolina Baltar
Day; Naiana Oliveira dos Santos; Lisiane
Manganelli
Girardi Paskulinb
2020,
Brasil
Revista
Gaúcha de Enfermage m (Online)
TransversalA maioria das cuidadoras informais eram mulheres. As que apresentaram maior sobrecarga foram as com menor escolaridade, que dispensavam maior tempo de cuidado semanal e residiam com o idoso.
35Sobrecarga de cuidadores informais de idosos fragilizadosKarine Rafaela de Moura; Erislândia Maria Silva Sousa; Katyane Leite Alves Pereira; Laise Maria Formiga de Moura Barroso; Mayara Santana Miranda; Gerdane Celene Nunes Carvalho2019, BrasilRevista de Enfermagem UFPE (Online)Quantitativo, transversalAlta prevalência de sobrecarga entre os cuidadores informais (82%), a qual apresentou associação estatística significante com a idade (p- 0,003) e o apoio da ESF ao cuidador (p- 0,028).
Comprovou-se a importância dos profissionais no apoio formal ao cuidador, subsidiando o planejamento de ações de intervenção de Enfermagem para o binômio idoso/cuidador.
32Sobrecargas física, emocional e social dos cuidadores informais de idososPolyana Norberta Mendes; Maria do Livramento Fortes Figueiredo; Ana Maria Ribeiro dos Santos; Marcia Astres Fernandes; Ruth Suelle Barros Fonseca2019, BrasilActa Paul Enfermagem (Online)Analítico, transversalDiferença estatística do escore total de sobrecarga e dos domínios que a compõe e as variáveis: estado civil do cuidador; grau de parentesco com o idoso e em todas as variáveis clínicas do cuidador. Registrou-se correlação positiva entre a sobrecarga e a idade do cuidador e entre a sobrecarga e horas do dia dedicadas ao cuidado.

A sobrecarga foi maior para os cônjuges, os que apresentavam comorbidades, dores relacionadas à atividade desempenhada e para os que consideraram sua saúde regular.
33Sobrecarga de cuidadores
informais de idosos fragilizados
Shirlei Macllaine
Barbosa Andrade;
Maykon dos
Santos Marinho;
Elaine dos Santos Santana; Renato Novaes Chaves;
Alessandra Souza de Oliveira;
Luciana Araújo dos Reis
2019,
Brasil
Fisioterapia   Brasil (Online)Analítico
transversal com
abordagem
quantitativa
A maioria dos cuidadores informais de idosos dependentes apresenta problemas de saúde, sendo mais frequente a Hipertensão Arterial Sistêmica e as doenças osteomusculares.
 
Maior prevalência de cuidadoras informais mulheres, com escolaridade inferior ao nível fundamental completo e que a qualidade de vida destas vem sendo afetada pela sobrecarga no exercício da função.
 
Fonte: Dados da revisão – Elaborado pelos autores

Quadro 4 – Síntese dos estudos incluídos na categoria 4: “Dificuldades no exercício do cuidado informal”. Brasília – DF, Brasil, 2022

TítuloAutoresAno e PaísPeriódicoTipo de estudoPrincipais resultados
37Características e Dificuldades do Cuidador informal na Assistência ao
Idoso
Juliana Ladeira Garbaccio; Luís Antônio Batista Tonaco2019,
Brasil
Revista de
Pesquisa
Cuidado é Fundamen tal (Online)
TransversalMaior dificuldade no cuidado ao lidar com distúrbios cognitivos do idoso (32,9%) seguido de Falta de conhecimento à assistência prestada (20%).
 
Suscetibilidade a dificuldades: física, psicológica, financeira, bem como social, seja devido aos distúrbios cognitivos que de modo habitual estão presentes com o avançar da idade, ou em consequência do nível de dependência do idoso, além do tempo dispensado aos cuidados.
38Tensão do papel de cuidador em
cuidadores informais de idosos
Akeisa Dieli Ribeiro Dalla Vechia;
Abigail Roxana Nina Mamani; Rosemeiry Capriata de Souza Azevedo; Annelita Almeida Oliveira Reiners; Thalita Tonial Pauletto; Neuber José Segri
2019,
Brasil
Texto e
Contexto
Enfermagem (Online)
Transversal, descritivoFrequência do diagnóstico de enfermagem “tensão do papel de cuidador” (TPC): 98,0%. As características definidoras mais prevalentes: dificuldade em ver o receptor de cuidados com a enfermidade; apreensão quanto à saúde futura do receptor de cuidados; apreensão quanto ao bem-estar do receptor de cuidados, caso o cuidador seja incapaz de oferecê-los; apreensão quanto à capacidade futura para fornecer cuidados; apreensão quanto à possível institucionalização do receptor de cuidados; preocupação com a rotina de cuidados e isolamento social.
39O cuidado com o idoso fragilizado e a estratégia saúde da família:
perspectivas do cuidador informal
familiar
Mírian Aparecida de Lacerda; Liliane de Lourdes Teixeira Silva; Flávia de Oliveira; Kellen Rosa Coelho2021,
Brasil
Revista
Baiana de Enfermage m (Online)
Exploratóri
o-descritivo com
abordagem
qualitativa
A maioria dos cuidadores informais eram mulheres, 26-79 anos, brancas e pardas, casadas e baixa escolaridade.
O estudo mostrou que o cuidador compartilha o entendimento de que é preciso
ter paciênciano cuidado para com o idoso fragilizado e todos os seus desafios, sobretudo quando a incapacidade cognitiva avança.
40The capacity of informal caregivers in the rehabilitation of older people after a strokeMariane Lurdes Predebon; Ferna nda Laís Fengler
Dal             Pizzol;
Naiana Oliveira dos Santos;
Carla Cristiane Becker Kottwitz Bierhals; Idiane Rosset; Lisiane
Manganelli
Girardi Paskulin
2021,
Brasil
Investigaci
ón y
Educación
en
Enfermería (Online)
Transversal e descritivoA maioria dos cuidadores eram mulheres (82,6%) ou crianças (56,3%), tinham escolaridade média de 9,6 anos e a maioria (68,3%) prestava cuidados a pessoas com deficiência moderada a grave.
A maioria dos cuidadores tem capacidade adequada para prestar cuidados essenciais ao idoso dependente após um AVC.
Fonte: Dados da revisão – Elaborado pelos autores

DISCUSSÃO

Alguns estudos descreveram que os cuidadores de idosos informais são predominantemente mulheres, donas de casa, com baixa escolaridade. 9,10,11,12,13,14 Em geral, são filhas e esposas dos idosos que cuidam e estão nessa função há pouco tempo, sem experiência anterior de cuidado.15 Para que o cuidador possa exercer sua função adequadamente, seria necessário focar em melhor preparo e orientação.16

QUEDA EM IDOSOS E SUA INFLUÊNCIA NA ATITUDE DO CUIDADOR INFORMAL

O estudo incluso nesta categoria apresentou como enfoque principal a queda ou o risco de queda como influenciadora na atitude do cuidador. Os cuidadores informais relataram apresentar conhecimento superficial e limitado sobre quedas e prevenção. Pouco mais da metade dos participantes minimamente sabe que a queda dos idosos é um evento frequente e que ele está em risco, identificando algumas causas e consequências das quedas e referindo certas medidas para preveni-las.9 Esse resultado é compatível com o estudo realizado com familiares, onde o conhecimento sobre prevenção de quedas apresentado por cuidadores informais de idosos foi incompleto ou considerado mínimo e superficial.17

ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS/PSIQUIÁTRICAS EM CUIDADORES INFORMAIS DE IDOSOS

Na categoria 2, os estudos com cuidadores informais de idosos que possuem doença de Alzheimer (DA) ou demência, mostraram uma importante recorrência de estresse, ansiedade e sintomas depressivos que afetam o desempenho cognitivo em relação a memória, atenção, orientação e linguagem entre os respectivos cuidadores.10,11,13,14,15 Em uma revisão sistemática observou-se que a Síndrome de Bournout esteve presente em muitos cuidadores informais de idosos com demência.12

No ensaio clínico com cuidadores de idosos com DA, observou-se que grande parte dos cuidadores referiu residir junto com o idoso (64,7%),14 dado corroborado pela literatura.18 Esse fato pode ser visto para o cuidador como negativo, pela grande exposição aos efeitos do processo de cuidar que ele vivencia diariamente, que pode gerar níveis elevados de estresse.19    

Os cuidadores informais que cuidam do mesmo idoso por 4 anos ou mais, podem utilizar esse fator como proteção para os sintomas depressivos, de acordo com estudo com mulheres cuidadoras.13 Observa-se na literatura que cuidadores de idosos com DA tendem a apresentar maiores índices de depressão, contribuindo, tanto para desfechos adversos ao cuidador quanto para a institucionalização precoce do receptor de cuidado.20 Em um estudo brasileiro, foi relatado que a depressão é um dos sintomas psicológicos mais recorrentes entre os cuidadores informais e pode permanecer até quatro anos após a morte do idoso.21

As intervenções psicoeducacionais,10 psicoterapêuticas e psicossociais para os cuidadores informais, foram identificadas,15 em maior número, além das ações, como grupo de apoio, aconselhamento e reunião familiar. Esses resultados estão em concordância com estudos nacionais e internacionais.22,23 As intervenções proporcionam aos cuidadores diversos benefícios, como gerenciamento em relação aos comportamentos problemáticos identificados e redução da sobrecarga; 24 pode haver aumento da percepção na qualidade de vida dos cuidadores informais nos domínios psicológico positivo e social;25 melhora no estado emocional e redução da carga física e social dos cuidadores.26

Foi descrita uma elevada prevalência da Síndrome de Burnout entre cuidadores informais de idosos com demência, o que afeta negativamente a qualidade de vida dos cuidadores, associada a sintomas depressivos e ansiosos do paciente e comportamento abusivo por parte do cuidador 14. Alguns estudos 27,28 também mostraram que a Síndrome de Bournout esteve presente entre cuidadores informais de idosos com demência, muito relacionada com depressão e ansiedade, comportamento alterado dos pacientes e fatores sociodemográficos, como a longa distância do local do cuidado.27,28 Cuidadores informais mencionaram altos níveis de angústia relacionados a sintomas comportamentais de seus pacientes. Sintomas como agitação, agressividade, instabilidade, alterações motoras e alucinações em pacientes com demência, levaram a altos scores para Síndrome de Bournout. 29

SOBRECARGA DOS CUIDADORES INFORMAIS DE IDOSOS

Nesta categoria, os estudos realizados com cuidadores que não apresentaram sensação de bemestar psicológico 30,31,32,33 obtiveram maiores escores de sobrecarga, fenômeno corroborado por estudo europeu.34 Fatores como a sobreposição de papéis, o isolamento social, a falta de apoio familiar, o aumento na intensidade de cuidados pelo idoso podem gerar sobrecarga entre os cuidadores informais de idosos e comprometer a percepção de bem-estar psicológico.35

Em relação à sobrecarga, a maioria dos cuidadores apresentou sobrecarga leve a moderada, corroborando com a literatura.34 Na maioria das vezes, o cuidador informal assume a tarefa de cuidar do idoso de forma quase repentina, sem treinamento prévio, desprovido de informações e preparo psicológico.36

DIFICULDADES NO EXERCÍCIO DO CUIDADO INFORMAL

O cuidado tornou-se constante, mais cansativo em especial aos cuidadores informais,36 pois inúmeras mudanças ocorreram na rotina deles a favor do cuidado ao idoso. Notou-se que quando este cuidado é realizado em tempo integral, observado como segunda opção mais recorrente no estudo (20/28,6%), e sem o auxílio de outros familiares ou profissionais (11/15%), as chances de ocorrerem sobrecargas emocionais, sociais, físicas e financeiras, tornam-se crescentes com o avançar do tempo e o aumento da dependência do idoso.37 A literatura assinala que uma das principais dificuldades a ser enfrentada é a escassez de recursos financeiros, que implica em angústia por parte do cuidador que deseja oferecer o melhor para o seu parente idoso.36

As características mais frequentemente encontradas por cuidadores informais nos estudos desta categoria foram: observar a situação de saúde do idoso,38,39 se preocupar de forma antecipada com os problemas futuros que possam vir a lhe acontecer,40, postura ideal para o idoso a depender de sua patologia.39 O fato de residir com o idoso pode ocasionar constante apreensão e exposição aos efeitos negativos do processo de cuidar.38 Para muitos cuidadores, o cuidado não significa dar atenção, ser solícito com o idoso, mas viver em um estado constante de preocupação em relação a ele, o que traz desarmonia e dificuldade em manter o equilíbrio no cuidado.36

O aparente direcionamento relacionado às publicações incluídas neste estudo sobre o tema em questão, por serem em sua maioria, estudos brasileiros, tornou este fato uma limitação do estudo, explicitando-se a necessidade de novas pesquisas e estudos relacionados ao cuidado informal oferecido a idosos, com uma visão mais ampla dos possíveis resultados desse cuidado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de envelhecimento populacional e o aumento de idosos com necessidade de cuidados de longa duração implicam no aumento do número de cuidadores informais, com o intuito de garantir o cuidado. Problemas de saúde, falta de informação técnica e apoio legal, são resultados do cuidado informal que se dirigem para criação de programas de atenção à saúde e educação do cuidador informal, além de uma possível regulamentação futura como categoria.

REFERÊNCIAS

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1Mestranda em Gerontologia – Universidade Católica de Brasília

2Prof. Dr (a) Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia – Universidade Católica de Brasília