ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS PRINCIPAIS MICRORGANISMOS RESPONSÁVEIS POR INFECÇÕES NOSOCOMIAIS EM UTIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA. 

EPIDEMIOLOGICAL STUDY OF THE MAIN MICROORGANISMS RESPONSIBLE FOR NOSOCOMIAL INFECTIONS IN ICUS: AN INTEGRATIVE REVIEW FROM LITERATURE  

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10836228


Iago da Silva Almeida Xavier


Resumo  

As infecções hospitalares constituem um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo.  Conduzem ao aumento das taxas de hospitalização, incapacidade a longo prazo, maior resistência  microbiana aos antibióticos e aumento dos custos, tanto para os pacientes como para os sistemas de  saúde. Os pacientes são expostos a uma variedade de microrganismos durante a internação hospitalar.  A probabilidade de exposição à infecção depende, em parte, das características do microrganismo,  incluindo resistência aos antibióticos, virulência intrínseca e quantidade de material infeccioso  (inóculo). O problema clínico mais importante é a tendência de aumento da resistência bacteriana, que  está a tornar-se uma ameaça generalizada à saúde em todo o mundo, acompanhada pelo aumento da  morbilidade e mortalidade. A taxa de bactérias resistentes também está relacionada à prescrição e ao  uso de antibióticos. O objetivo principal deste artigo de revisão é analisar as tendências microbiológicas  atuais dos microrganismos causadores de infecções nosocomiais nas UTIS.  

Palavras-chave: Infecções. Nosocomiais. UTI. Microrganismos. Revisão.  

1. INTRODUÇÃO  

Infecção nosocomial (IN) ou infecção hospitalar é qualquer infecção que ocorre dentro  de uma enfermaria hospitalar após ou no decorrer da internação, ou mesmo após a alta  hospitalar, se fatores relacionados à internação estiverem presentes. Critérios específicos são  normalmente usados para diagnosticar a Infecção nosocomial, como por exemplo:  aparecimento de sintomas clínicos (sinais e sintomas) e laudos laboratoriais (exames  microbiológicos, histopatológicos, sorológicos) após 72 horas da admissão do paciente, sendo  que a infecção está associada a procedimento invasivo, sendo em alguns casos, podendo ocorrer  ao longo de um período de tempo mais curto (OMS, 2008). 

Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento de Infecção Nosocomial em  pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo os mais comuns os procedimentos  invasivos. Os tipos de infecções que ocorrem neste cenário incluem pneumonia (comumente  correlacionada à ventilação mecânica), infecções do trato urinário (correlacionados a  dispositivos intravesicais), bacteremia (correlacionados a cateteres venosos centrais) e  infecções cirúrgicas, contabilizando 80% de todas as infecções correlacionadas a IN (Bastos et  al., 2020).  

No Brasil, a incidência de IN é de 15,5% e é considerada um grave problema de saúde  pública. Além disso, outro complicador é que as maiores taxas de IN são observadas nas  unidades públicas de saúde, com prevalência global de 18,4%. Vários fatores influenciam a  incidência de IN em pacientes internados em unidades de terapia intensiva. Dentre estes,  destacam-se: tipo de unidade (pública ou privada), gravidade das doenças de base, uso  recorrente de sedativos, modificações do nível de consciência, muitos procedimentos invasivos,  e grande potencial de contaminação de equipamentos e soluções (De França Carvalho et al.,  2023).  

Entende-se que os pacientes em cuidados intensivos têm cinco a dez vezes mais  probabilidade de desenvolver uma infecção. As taxas de IN neste ambiente variam entre 18 e  54% em comparação com outros hospitais de internação. No Brasil, as IN são a quarta causa de  morte em unidades de terapia intensiva. No entanto, os dados disponíveis não são claramente  divulgados ou estão desatualizados. Isto dificulta a obtenção de informações precisas sobre a  extensão do problema no país (De França Carvalho et al., 2023).  

Ao comparar os pacientes internados em unidades de cuidados intensivos, com os  pacientes de outras enfermarias, o risco de infecção nestes locais é elevado e, dada a  complexidade dos procedimentos invasivos e das cirurgias complexas realizadas,  medicamentos imunossupressores, contato direto com a equipe médica, fômites, entre outros.  Além disso, o uso de antibióticos de amplo espectro pode ajudar a selecionar bactérias  multirresistentes. É possível dizer que o risco de doença IN é diretamente proporcional à  gravidade da doença (Junior et al., 2023).  

Outros aspectos, como fatores dietéticos, métodos de diagnóstico e/ou tratamento e  tempo de internação, também influenciam o curso da infecção. Os pacientes de terapia intensiva  apresentam respostas imunológicas graves. Essas deficiências estão associadas às doenças  causadoras de infecções e às intervenções necessárias ao seu diagnóstico e tratamento (Arantes  et al.,2020). 

No ambiente de unidade de terapia intensiva, há prevalência de alguns microrganismos,  como Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Candida, spp.  que pode ser observada com maior frequência. Todos representam um risco potencial para  pacientes imunocomprometidos (De Haro Moreno et al, 2021).  

Para evitar que pacientes de UTI sejam infectados por microrganismos patogênicos, é  importante seguir medidas especiais de higiene para prevenir infecções. Uma das principais  causas da propagação da IN é a infecção cruzada, descrita como a transferência de  microrganismos de um paciente para outro através do contato com as mãos de um profissional  de saúde. Portanto, a adesão à higienização das mãos é uma medida fundamental de prevenção  de infecções e contribui para a segurança de pacientes e profissionais. A higiene das mãos  envolve esfregar com antissépticos para remover sujeira, matéria orgânica e/ou microrganismos  para evitar a transmissão cruzada (Genário et al., 2022).  

Nesse contexto, para reduzir a incidência de IN, uma das principais medidas preventivas  foi estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pela Portaria do  Ministério da Saúde (MS) nº 1. 2616/19981. Esta portaria fornece diretrizes para a criação de  Programas de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) e Comitês de Controle de Infecção  Hospitalar (CCIH) (BRASIL, 1998, 2002). A CCIH é um órgão consultivo da Autoridade  Hospitalar e é responsável pela implementação de medidas de controlo de IN para prevenir e  reduzir a incidência de infeções. O papel da CCIH é elaborar relatórios regulares contendo  indicadores epidemiológicos interpretados e analisados, distribuí-los à gestão e iniciar  discussões entre os profissionais de saúde hospitalar (BRASIL, 1998).  

Com o objetivo de realizar um estudo epidemiológico para entender as UTIs do Brasil  e do mundo, este estudo tem como objetivo identificar os principais microrganismos causadores  dessas infecções nos hospitais brasileiros e no mundo e determinar a predominância dos sítios  anatômicos mais afetados. Considerando a clareza destes aspectos, pretende-se também  destacar a importância dos programas de prevenção e da integração adequada das funções da  CCIHs nas unidades de saúde para reduzir a incidência de IN.  

2. REVISÃO DA LITERATURA  

Pacientes encontram-se expostos a uma grande variedade de microrganismos durante a  hospitalização. O potencial de exposição que leva à infecção depende, em parte, das  características dos microrganismos, incluindo a resistência antimicrobiana, a virulência  intrínseca e a quantidade de material infeccioso (Dos Santos et al., 2020). 

As infecções podem ser causadas por um microrganismo contraído por outra pessoa no  hospital (infecção cruzada) ou pela própria flora do paciente (infecção endógena). A infecção  por alguns microrganismos pode ser transmitida por um objeto inanimado ou por substâncias  recentemente contaminadas de outra fonte humana de infecção (infecção ambiental) (Espíndola  et al, 2021).  

Derivado das conclusões globais, a OMS publicou a primeira lista de “patógenos  prioritários” resistentes aos antimicrobianos, que inclui as 12 famílias de bactérias mais  perigosas para a saúde humana, e dividiu-a em três grupos. Grupo 1, prioridade crítica: inclui  bactérias multirresistentes que são especialmente perigosas em hospitais, lares de idosos e entre  pacientes que necessitam de cuidados com dispositivos médicos, como ventiladores e soluções  intravenosas (OMS, 2017).  

Essas bactérias incluem: Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos,  Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenêmicos com capacidade de gerar resistência a  todos os antibióticos, Enterobacterales e produtoras de ÿ-lactamases de ESBLs de espectro  estendido. Grupo 2, alta prioridade: Enterococcus faecium resistente à vancomicina,  Staphylococcus aureus resistente à meticilina e com suscetibilidade diminuída à vancomicina,  Helicobacter pylori resistente à claritromicina, Campylobacter spp. resistentes a  fluoroquinolonas, Salmonella spp. resistentes às fluoroquinolonas e Neisseria gonorrhoeae resistente às cefalosporinas e fluoroquinolonas. O Grupo 3, de prioridade média, inclui outras  bactérias que apresentam resistência crescente a antimicrobianos e causam doenças,  Streptococcus pneumoniae com suscetibilidade diminuída à penicilina, Haemophilus  influenzae resistente à ampicilina, Shigella spp. resistentes às fluoroquinolonas (Sánchez et al., 2022).  

2.1 Bacilos Gram-negativos  

E.coli: É um bacilo Gram-negativo pertencente à família Enterobacteriaceae, móvel,  anaeróbio facultativo, não possui esporos, reduz nitratos a nitritos, fermenta glicose e lactose  com produção de gases. Como todas as bactérias gram negativas, é constituída por uma  membrana citoplasmática, uma membrana externa, o peptidoglicano e o espaço periplasmático.  É um habitante comum do intestino de todos os animais, incluindo humanos, e também é  encontrado em esgotos (Japão,2021). 

Dentro das Enterobacteriaceae, a E. coli é atualmente o principal organismo responsável  por causar infecções tanto nosocomiais quanto comunitárias, além de à sua ampla capacidade  de adquirir resistência aos antimicrobianos. As infecções causadas por este patógeno podem ser limitadas às superfícies mucosas ou espalhadas por todo o corpo. São comumente encontrados  em áreas como: trato urinário, sistema vascular, pulmão, próstata, ossos ou meninges; também  pode apresentar septicemia, devido às defesas inadequadas do hospedeiro, sendo os recém nascidos os mais suscetíveis (Da Silva Sena, 2022). 

As manifestações clínicas dependem das cepas de E. coli, portanto a diarreia do viajante  é causada por E. coli enterotoxigênica (ETEC), colite hemorrágica e síndrome hemolítico urêmica causada por E. coli enterohemorrágica (EHEC), diarreia persistente causada por E. coli enteroagregativa (EAEC) e diarreia infantil aquosa causada por E. coli enteropatogênica  (EPEC) (Da Silva et al., 2022).  

Serratia marcescens: Anteriormente chamado de Bacillus prodigiosus, habita  naturalmente o solo e a água. S. marcescens pertence ao grupo da família Enterobacteriaceae,  é um bacilo gram negativo, anaeróbio facultativo. Fermenta glicose com produção de gás,  oxidase negativa; desenvolve-se facilmente em meios úmidos e comestíveis, principalmente em  amidos e carboidratos, formando colônias pigmentadas de vermelho (Sánchez et al., 2022).  

Esse microrganismo é transferido de pessoa para pessoa e é considerado um patógeno  oportunista, associado a diversas patologias que podem até levar à morte. Podem ser  encontrados a nível ambiental como na água, canos, torneiras e materiais intra-hospitalares  como sabonetes, anti-sépticos, etc. Por isso é importante ter em conta a higiene adequada tanto  das mãos como dos instrumentos hospitalares. A sua aquisição é maioritariamente nosocomial,  sobretudo em unidades de cuidados intensivos, sendo secreções respiratórias, feridas e urina,  locais frequentes de colonização. Acomete em maior proporção pacientes em áreas de UTI,  principalmente pacientes portadores de doenças como diabetes, neoplasias e insuficiência renal  crônica. Em adultos, os surtos estão relacionados a infecções respiratórias ou urinárias (Melo,  2020).  

Klebsiella pneumoniae: Uma enterobactéria produtora de enzima carbapenemase  representativa é Klebsiella pneumoniae. Caracteriza-se por ser uma bactéria gram-negativa imóvel, anaeróbia facultativa e em forma de bastonete. Essa bactéria possui uma cápsula  polissacarídica que cumpre a função de proteger o patógeno da fagocitose mediada por  neutrófilos e da morte bacteriana causada pelo sistema complementar. Apresenta plasmídeos  relacionados à expressão de proteínas que medeiam sua fixação a superfícies plásticas, como  aquelas de cateteres vasculares e cateteres vesicais (Gaspar et al.,2021).  

Este patógeno está amplamente disseminado no meio ambiente. No hospedeiro,  coloniza a pele, a nasofaringe e o trato gastrointestinal, sendo as mãos contaminadas um dos  veículos responsáveis por surtos epidêmicos no ambiente hospitalar. Atualmente é considerado o principal agente causador de bacteriemia, septicemia e pneumonia. Clinicamente está  associado à produção de expectoração espessa e sanguinolenta (Gaspar et al.,2021). 

Acinetobacter baumannii: A Sociedade Americana de Doenças Infecciosas considera  Acinetobacter spp. como uma das seis espécies mais importantes de microrganismos  multirresistentes do mundo. É um bacilo Gram-negativo aeróbio, normalmente presente no solo  e na água. Tem aparência cocobacilar, é oxidase negativa e catalase positiva e não fermenta. É  capaz de colonizar pele, mucosas, sangue, escarro, líquido pleural, urina e secreções  provenientes do uso de dispositivos invasivos em ambiente hospitalar. Ele sobrevive em objetos  animados e inanimados. No ambiente hospitalar tem sido isolado em umidificadores,  ventiladores, pele de profissionais de saúde, colchões, almofadas e outros equipamentos. Tem  sido relatada sobrevida em superfícies secas superior a 25 dias, razão pela qual está relacionada  a surtos intra-hospitalares (Queiroz et al., 2022). 

Nos hospitais, A. baumannii causar bacteremia, meningite, pneumonia, infecções do  trato urinário, infecções causadas pelo uso de cateteres intravasculares, abscessos abdominais  e feridas cirúrgicas (Queiroz et al., 2022).  

Pseudomonas aeruginosa: Bactéria aeróbia Gram-negativa, oxidase-positiva, com  fibrinas na superfície celular que facilitam a aderência às células epiteliais do hospedeiro. O  habitat natural é água, solo, animais e quantidades mínimas como microflora intestinal normal  e humana pele. Este patógeno está amplamente distribuído causando doenças em humanos e  em alguns animais, plantas e insetos. Pseudomonas aeruginosa é um microrganismo  responsável por causar uma grande variedade de doenças infecciosas tanto na comunidade  como em ambientes hospitalares, especialmente em pacientes com sistema imunológico  enfraquecido (Vieira et al., 2023).  

As infecções nosocomiais incluem pneumonia, infecções do trato urinário, bacteremia,  feridas cirúrgicas e infecções de pele em pacientes queimados. É patogênico quando  introduzido em regiões desprovidas de defesas, como ferido por dano direto ao tecido; uso de  cateteres intravenosos ou urinários; ou quando há neutropenia. As bactérias se fixam e  colonizam as membranas mucosas ou pele, invadem localmente e causam doenças sistêmicas  (Vieira et al., 2023).  

Stenotrophomonas maltophilia: É um bacilo Gram-negativo, não fermentador,  aeróbio, com metabolismo oxidativo, com odor característico de amônia e geralmente vive na  água. Atualmente é considerado um patógeno nosocomial oportunista de emergência clínica. É  um microrganismo unicelular, globoso, oval ou alongado, medindo 3 a 7 (micrômetros de  diâmetro) e se reproduz por brotamento multipolar, dando origem a células-filhas denominadas  blastoconídios ou blastósporos. Em condições adequadas produz pseudomicélio, não possui  cápsulas, não produz pigmento carotenóide e não assimila inositol, são encontradas em  membranas (boca, vagina, trato respiratório superior, trato gastrointestinal) de mamíferos. Este  gênero inclui aproximadamente 150 espécies identificadas. O principal agente é C. albicans,  outras espécies podem estar envolvidas como: C. tropicalis, C. famata, C. krusei, C. lusitaniae, C. parapsilosis, C. dubliniensis, C. pseudotropicalis, C. zeylanoides e C. guilliermondiiStenotrophomonas. maltophilia foi isolada em nível hospitalar de diferentes objetos, como  equipamentos de medição de pressão arterial, tubos de coleta de amostras de sangue, máquinas  de diálise, equipamentos de terapia inalatória e nebulizadores. É isolado de muitos locais  anatômicos, incluindo secreções do trato respiratório, urina, feridas na pele e sangue (Porcino;  Neto, 2021; Da Silva et al.; 2021).  

Manifesta-se por pneumonia, bacteremia, endocardite e meningite. A colonização e  infecção causada por este patógeno, principalmente em pacientes imunossuprimidos, está  relacionada tanto a fatores intrínsecos (doenças hematológicas, patologias crônicas, fibrose  cística, câncer ou neutropenia) quanto a fatores extrínsecos (cateteres venosos, internação em  UTI e internação prolongada). Nos últimos 10 anos, a presença de S. maltophilia tem sido  encontrada com maior frequência nos pulmões de pacientes com fibrose cística (Oliveira, 2022;  Pires; Prado, 2022).  

2.2 Cocos Gram positivos  

Staphylococcus coagulase-negativa, como Staphylococcus epidermidis e outras  espécies, são comensais normais da pele, passagens nasais anteriores e canal auditivo externo  de humanos. Esses microrganismos isolados são os mais frequentes no laboratório clínico. Os  microrganismos podem contaminar dispositivos protéticos durante a implantação, semeá-los  durante um surto subsequente de bacteremia ou obter acesso a lúmens e cateteres de derivação  quando os dispositivos são temporariamente desconectados ou manuseados (Naue et al.,2021).  

Staphylococcus aureus é um coco Gram-positivo de tamanho regular e se agrupa em  grupos. O habitat humano típico de S. aureus é a porção anterior das narinas. Cerca de 30% das  pessoas carregam o organismo naquele local a qualquer momento (Naue et al.,2021). 

Os surtos comunitários são frequentemente o resultado de má higiene e transmissão de  fômites entre indivíduos (De Souza Jimenez et al., 2021). 

Os surtos hospitalares causados por uma única estirpe de S. aureus afetam  frequentemente pacientes que foram submetidos a procedimentos cirúrgicos ou invasivos de  outros tipos. A origem do surto pode ser um paciente com uma infecção estafilocócica evidente  ou inapetente (úlceras) que se espalha diretamente para outros pacientes através das mãos do  pessoal do hospital. Outra fonte de infecção pode ser um portador nasal ou perineal da equipe  médica ou de enfermagem (Teixeira, 2021).  

Streptococcus viridians são habitantes normais da mucosa oral, respiratória,  gastrointestinal e urogenital. As infecções clínicas por Streptococcus viridians ocorrem,  principalmente, após uma lesão nas áreas de seu habitat normal (Teixeira, 2021).  

Enterococcus faecalis: Fazem parte da flora normal do trato gastrointestinal e  urogenital humano. Eles também podem ser encontrados no solo, alimentos, água, plantas,  animais, pássaros e insetos. E. faecalis com E. faecium são as espécies dominantes no trato  gastrointestinal humano (Fernandes, 2019).  

O estudo dos componentes bacterianos oportunistas e habituais é de grande importância  porque pacientes hospitalizados, colonizados ou portadores de germes resistentes a diversos  antibióticos, apresentam maior risco de desenvolver infecção pela própria flora. Esses pacientes  também carregam essas bactérias resistentes para o hospital, que podem ser transmitidas a  outros pacientes pelas mãos de profissionais de saúde, instrumentos ou outros fômites  (Fernandes,2019).  

2.3 Fungo  

Cândida: É um microrganismo unicelular, globoso, oval ou alongado, medindo 3 a 7  (micrômetros de diâmetro) e se reproduz por brotamento multipolar, dando origem a células filhas denominadas blastoconídios ou blastósporos. Em condições adequadas produz  pseudomicélio, não possui cápsulas, não produz pigmento carotenóide e não assimila inositol.  (Baptista et al., 2020).  

São leveduras do gênero Candida que fazem parte da microbiota normal da pele e  mucosas membranas (boca, vagina, trato respiratório superior, trato gastrointestinal) de  mamíferos. Este gênero inclui aproximadamente 150 espécies identificadas. O principal agente  é C. albicans, outras espécies podem estar envolvidas como: C. tropicalis, C. famata, C. krusei,  C. lusitaniae, C. parapsilosis, C. dubliniensis, C. pseudotropicalis, C. zeylanoides e C.  guilliermondii (Baptista et al., 2020). 

As espécies de Cândida são os patógenos fúngicos mais frequentemente isolados em  infecções oportunistas e podem causar uma variedade de manifestações clínicas localizadas ou  generalizadas. Atualmente, as infecções por Candida são uma causa importante de infecções  associadas aos cuidados de saúde, devido aos avanços nas técnicas médicas e ao aumento de  pacientes pediátricos em risco de adquirir infecções fúngicas invasivas (Santana Reis et al., 2022). 

3. METODOLOGIA  

O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa,  esse tipo de pesquisa busca informações em fontes bibliográficas, que se relacionem e  fundamentam o problema exposto, onde a principal vantagem é permitir ao investigador a  cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla, deixando o pesquisador em contato  direto com o que foi escrito sobre determinado assunto (Gil, 2008). 

Sendo assim, a primeira etapa consistiu na elaboração dos conceitos básicos que  deverão ser explorados pela pesquisa e para a realização da busca bibliográfica fez-se  necessário definir o ambiente contextualizado, o problema de pesquisa e o objetivo geral da  pesquisa, como propósito viabilizar a definição dos conceitos-chave principais. Uma vez  determinada a área de conhecimento da pesquisa, foram escolhidas as palavras-chave que foram  utilizadas na busca de referências. Os artigos foram escolhidos nos bancos de dados: Scielo,  Google Acadêmico, Banco de dados Universitários, Banco de Dados de teses e dissertações:  CAPES. Onde foram empregadas as palavras de busca isoladas: “Infecção Hospitalar”;  “Unidade de Terapia Intensiva” e “Cuidados Críticos”.  

Em um segundo momento foi realizado a formação do banco de dados inicial, onde  foi formulada uma catalogação dos documentos didáticos e a formação do banco de dados  inicial buscando extrair todos os artigos que não possuem aderência com a pesquisa ou que nos  proporcionará uma formação de uma pasta de artigos onde todas as informações referentes ao  trabalho possam ser visualizadas.  

Com os artigos catalogados foi possível realizar um primeiro filtro, que envolve  eliminar artigos duplicados e que não possuam informações completas quanto a título, autores,  periódicos e palavras-chave e que, por isso, impossibilita a análise. Os artigos que não  corresponderam a no mínimo três palavras foram excluídos. O critério de exclusão também se  aplicou para os artigos que após leitura não fazem referência ao objetivo principal da presente  pesquisa. Por fim, foi feita uma última filtragem mais seletiva através da leitura dos resumos e  das palavras-chave dos artigos. 

O material analisado e coletado foi organizado de forma a responder os questionamentos  que a situação problema fomenta, permitindo a contextualização e fundamentação das  informações discorridas no estudo, englobando autores como Rello et al., (2019), Gupta et al., (2017), Silva et al. (2021), entre outros que apresentam estudos relacionados ao tema do  presente artigo.  

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES  

Os artigos que compõem a amostra destacam que, em consonância com todos os  investigadores e demais literatura sobre este tema, as bactérias mais comuns nas unidades de  cuidados intensivos são microrganismos multirresistentes, com os bacilos gram-negativos  Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae, com destaque a  nível mundial, e Staphylococcus aureus, responsável por ocasionar infecção gram-positiva mais  comum, além de causar complicações potenciais em pacientes gravemente enfermos internados  em UTIs.  

Em um estudo de Rello et al., (2019), foram utilizadas as seguintes variáveis:  mortalidade, tratabilidade e custo. Como resultado, as bactérias gram-negativas Acinetobacter  baumannii, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa são destaques como organismos  importantes resistentes aos antibióticos da família carbapenêmicos, apresentando riscos de  mortalidade, alta tratabilidade e diversos custos. Sobre este tema, Laxminarayan et al,. (2013)  descreveram o uso inadequado de antibióticos e tratamento preventivo em hospitais,  comunidades e agricultura, altas taxas de hospitalização e alta incidência de infecções  nosocomiais como os principais fatores que impulsionam o aumento de organismos resistentes  a carbapenêmicos em seu estudo. chave. Onde os tratamentos envolvem baixas doses de  antibióticos, com um tempo de tratamento considerado insuficiente.  

Contudo, Gupta et al. (2017) analisaram prospectivamente pacientes hospitalizados por  infecções nosocomiais em um hospital geral na China e relataram que entre 15.588 pacientes,  7.579 tinham IRAS e 3.223 tinham bactérias multirresistentes na UTI e eram gram-negativas e  gram-positivas, encontradas em fluidos corporais, como catarro, urina, sangue, secreções e pus.  Neste estudo, a bactéria P. aeruginosa foi a espécie isolada com mais frequência, entre as quais  apresentou alto nível de resistência aos antibióticos (cefepina, cefazidima, gentamicina e  ofloxacina).  

Estas descobertas apoiam a conclusão dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças  (CDC) de que Pseudomonas aeruginosa é o patógeno mais comum em unidades de terapia  intensiva e é encontrado em secreções traqueais. Trata-se novamente de uma bactéria virulenta e invasiva, um bacilo gram-negativo com baixas necessidades nutricionais, diretamente  associado a infecções nosocomiais, e capaz de produzir diferentes formas de virulência e  resistência, como fímbrias, cápsulas polissacarídicas, flagelos, hemolisina e toxina A.  

Pseudomonas aeruginosa foi descrita na literatura como agente causador de IRAS em  unidades de terapia intensiva, e está significativamente correlacionada a necrose tecidual e no  desenvolvimento de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) (Mendonça et al., 2019).  

Estas são bactérias oportunistas que raramente causam doenças em pacientes saudáveis,  mas representam uma grande ameaça para pacientes gravemente enfermos em hospitais. Esse  patógeno causa a formação de biofilme e sobrevive em ambientes úmidos como cateteres,  implantes, lentes de contato e próteses, causando infecções graves (Calixto et al., 2020).  

Por outro lado, Hespanhol et al. (2019), em um estudo documental descritivo e  exploratório, com abordagem quantitativa, baseado em prontuários da CCIH e registros de  controle de infecção hospitalar de 272 casos de pacientes internados na unidade de terapia  intensiva de um hospital universitário da região amazônica, onde ocorreram 53 óbitos, sendo  24 de pacientes com IRAS e 02 correlacionados a IRAS. Quanto à predominância de  microrganismos isolados em culturas de pacientes de unidade de terapia intensiva, as bactérias  gram-negativas também se destacam, corroborando os trabalhos citados quanto à sua  prevalência. No entanto, diferentes cepas foram caracterizadas neste estudo, incluindo:  Cedecea davisae, Citrobacter diversus e Serratia marcescens, que pertencem à família  Enterobacteriaceae; Stenotrophomonas maltophilia pertencente à família Xanthomonadaceae.  

As bactérias gram-negativas são resistentes a vários medicamentos utilizados em  hospitais. Portanto, a taxa de mortalidade varia de 9 a 38% e pode chegar até 60%, como  demonstra o estudo de Silva et al., (2021).  

Além disso, a bactéria Acinetobacter baumannii, anteriormente considerada um  patógeno hipovirulento e confirmada pelos resultados deste estudo, tornou-se recentemente a  espécie patogênica mais comum isolada de amostras clínicas e ambientes hospitalares. Está  emergindo como uma das doenças mais perigosas, especialmente colocando pacientes  gravemente enfermos em risco em unidade de cuidados, conforme destacado por Da Silva Sena  et al. (2022).  

A. baumannii é um microrganismo nosocomial que ocorre principalmente em hospitais  devido à sua resistência generalizada, e é responsável por diversas infecções em unidades de  terapia intensiva, incluindo: sepse, bacteremia, meningite e infecções de feridas. De acordo com  Silva et al., (2021), os carbapenêmicos foram selecionados como os primeiros medicamentos para tratar infecções causadas por esta bactéria, porém, certas cepas já produzem  carbapenemases, dificultando ainda mais a remoção dessas microrganismo nos hospitais.  Outra bactéria isolada em unidades de terapia intensiva que causa infecções  nosocomiais, pertence ao gênero Klebsiella pneumoniae, comumente associado a infecções do  trato urinário em pacientes de UTI que utilizam dispositivos invasivos.  Quanto aos mecanismos de resistência observados em K. spp. Carvalho et al. (2021)  mostraram que são produtores de enzimas beta-lactamases que conferem resistência a  antibióticos beta-lactâmicos como cefalosporinas, penicilinas monobactam e carbapenêmicos.  Dentre as bactérias gram-positivas, destacam-se as infecções por Staphylococcus  aureus, resistentes ao medicamento metaciclina, por serem encontradas nas mãos dos  profissionais de saúde e nas superfícies das unidades de terapia intensiva (Santos et al., 2018).  Retificando assim a importância da lavagem das mãos para os profissionais de saúde, seguindo  as recomendações apoiadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para determinar o  momento correto da lavagem das mãos, a fim de evitar a contaminação cruzada em UTIs e as  IRAS.  

Em relação à resistência aos antibióticos, estudos mostram que fatores relacionados ao  uso indiscriminado e muitas vezes desnecessário, aliados aos baixos padrões de qualidade dos  antibióticos para bactérias, contribuem para o problema. Sobre este tema, Kapadia et al., (2017)  acrescentaram que aproximadamente 25-50% dos medicamentos não conseguem atingir o seu  potencial terapêutico contra bactérias, aumentando os custos, bem como a morbilidade e  mortalidade em pacientes gravemente enfermos.  

Outro aspecto abordado neste estudo são os fatores de risco observados na amostra.  Entre os estudos selecionados, os fatores de risco mais frequentemente relatados foram  tratamento prolongado com antibióticos, transmissão cruzada, tempo de internação e  procedimentos invasivos.  

O tempo de internação tem recebido atenção porque os pacientes de terapia intensiva  estão expostos a diversos riscos, segundo Silva et al., (2021), acrescentaram na sua discussão  que a internação tornou-se um caminho perigoso, seguido pelo uso indiscriminado de  antibióticos em larga escala, garantindo a seleção de cepas com mecanismos de resistência para  os quais muitas vezes não existem tratamentos alternativos, além dos custos cada vez maiores  dos medicamentos avançados ou a probabilidade de os pacientes permanecerem mais tempo no  hospital ou morrerem.  

Quanto às características sociodemográficas, Hespanhol et al., (2019) descobriram que,  a prevalência de infecções nosocomiais em pacientes do sexo feminino foi maior, aproximadamente 60%, em discordância de estudos como de Wang et al., (2019) e Gupta et al.  (2017), em que pacientes do sexo masculino apresentaram maior prevalência de infecções  nosocomiais.  

Portanto, compreender a prevalência de bactérias MDR, especialmente em hospitais, é  importante para o controle de infecções, além da devida atenção ao uso racional de antibióticos,  conforme aponta Wang et al. (2019).  

5. CONCLUSÃO  

De acordo com o que foi citado nesta revisão, bactérias gram-negativas representadas  por Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, seguidas de  infecções gram-positivas por Staphylococcus aureus, são os agentes infecciosos mais  comumente isolados em resultados de pesquisas. Apresentando alta resistência aos antibióticos  comumente utilizados na prática hospitalar, e o principal fator de risco para os pacientes é o  tempo de internação e a classificação sociodemográfica associada, um estudo mostra a incidência  em mulheres, ao contrário de outros estudos que mostram incidência em homens com infecções  nosocomiais.  

Assim o controle de infecções em pacientes de unidades de terapia intensiva e a lavagem  das mãos antes e durante os procedimentos dos pacientes são as medidas mais simples e eficazes  que os profissionais de saúde, especialmente às equipes de enfermagem, devem priorizar para  reduzir a infecção cruzada e prevenir a multirresistência de cepas em pacientes críticos. Além  disso, o uso criterioso de antibióticos deve ser outra medida de controle, pois estudos mostram  que o uso incorreto e excessivo de antimicrobianos de baixa eficácia é responsável por um  aumento significativo de bactérias resistentes a medicamentos na UTI.  

Quanto aos resultados obtidos, a literatura é limitada e poucos estudos com objetivos de  pesquisa foram publicados. Isto pode ser devido ao uso de descritores discutidos nesta revisão.  Contudo, com base em dados epidemiológicos sobre as infecções mais comuns nas UTI  brasileiras, sugere-se um estudo aprofundado sobre este tema.  

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