SEGURANÇA DO PACIENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

PATIENTE SAFETY: AN EXPERIENCE REPORT

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10699390


Carmem Niramar Pereira Izel1, Euliana Dias Picanço2, Jackson Mendes de Sá3, Lohan Ribeiro de Andrade4, Rosa Bella Matos Soares5, Sângila dos Santos Pinheiro6.


RESUMO

Segurança do paciente é temática que leva a equipe de enfermagem a refletir sobre o cuidado adequado e sem riscos, garantindo ao paciente redução para níveis mínimos ou aceitáveis das ocorrências de riscos, danos ou eventos adversos. Ela é compreendida como ações cuja finalidade é impedir, precaver e minimizar os desfechos adversos a partir da assistência de saúde. O enfermeiro é responsável por planejar, monitorar e executar ações de enfermagem garantindo a segurança do paciente, livre danos, falhas e eventos adversos e/ou minimizar tais ocorrências durante a atenção à saúde. O objetivo deste trabalho é conhecer, em estudos publicados, as formas do enfermeiro atuar/intervir na segurança do paciente, desenvolvendo uma reflexão e para o cuidado de enfermagem adequado e sem riscos. Para alcance do objetivo, a revisão de literatura foi definida como método. Dos artigos pesquisados, foi observado que a notificação dos eventos adversos, o ambiente de trabalho, materiais e/ou mobiliário adequados, foram ações e/ou intervenção predominante para promoção da segurança do paciente. Identificou-se ainda a pesquisa cientifica, a instituição de protocolos, a capacitação da equipe e a criação de comités de segurança do paciente nas instituições de saúde como ações de atuação e intervenções para assegurar a segurança do paciente.

Palavras-chave: Paciente, Segurança, Saúde.

ABSTRACT

Patient safety is a theme that leads the nursing team to reflect on adequate and risk-free care, guaranteeing the patient a reduction to minimum or acceptable levels of occurrences of risks, damages or adverse events. It is understood as actions whose purpose is to prevent, prevent and minimize adverse outcomes from health care. The nurse is responsible for monitoring, monitoring and performing nursing actions, ensuring patient safety, free from damage, failures and adverse events and/or minimizing such occurrences during health care. The objective of this work is to know, in published studies, the ways nurses act/intervene in patient safety, developing a reflection and for adequate and risk-free nursing care. To achieve the objective, a literature review was defined as a method. From the researched articles, it was observed that the notification of adverse events, the work environment, the materials and/or allowed, were the predominant actions and/or intervention to promote patient safety. Scientific research, the establishment of protocols, team training and the creation of patient safety committees in health institutions were also identified as action and prevention actions to ensure patient safety.

Keywords: Patiente, Safety, Health.

INTRODUÇÃO

A segurança do paciente é uma questão fundamental na prestação de serviços de saúde e representa um desafio constante para os profissionais da área. O termo segurança do paciente refere-se à prevenção de danos aos pacientes decorrentes de cuidados à saúde, incluindo a prevenção de erros médicos, lesões, infecções e outros eventos adversos. É importante ressaltar que a segurança do paciente é um aspecto essencial da qualidade dos cuidados de saúde, e que seu aprimoramento deve ser uma prioridade para todos os profissionais da área.

Acidentes no ambiente hospitalar é fato que envolvem os profissionais da área da saúde e também os pacientes, visitantes, instalações e equipamentos. Muitos acidentes acarretam vários tipos de prejuízos, desde quedas a óbitos e alguns dão origem a ações legais movidas entre os envolvidos e de acordo com a OMS (2013) esses acidentes são conceituados como eventos adversos, incidentes resultantes de danos não intencional decorrente da assistência, não estando relacionado à evolução da doença do paciente.

De acordo com um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 10% dos pacientes em todo o mundo são prejudicados durante o atendimento hospitalar. Além disso, cerca de 50% desses eventos adversos são considerados preveníveis. Esses dados demonstram a importância de medidas efetivas para melhorar a segurança do paciente.

Na tentativa de traçar estratégias para a segurança do paciente nos estabelecimentos de saúde no país, foi instituída em abril de 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) em virtude da prioridade dada à segurança do paciente em serviços de saúde, tema discutido mundialmente e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A PNSP objetiva contribuir na qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde, sob a ótica da qualidade assistencial dispensada pela equipe multiprofissional e a segurança do paciente, direcionadas para promoção da mitigação da ocorrência de evento adverso decorrentes durante a assistência à saúde (PORTARIA N”. 529-2013).

Uma das principais estratégias para melhorar a segurança do paciente é a implementação de protocolos e diretrizes que promovam a prática de cuidados seguros e padronizados. Segundo um estudo publicado no periódico “The Lancet”, a adoção de protocolos de segurança do paciente em hospitais pode reduzir em até 50% a ocorrência de eventos adversos. Além disso, a utilização de tecnologias como sistemas de prescrição eletrônica de medicamentos e identificação eletrônica de pacientes também pode contribuir para a prevenção de erros médicos.

Nesse contexto, o Ministério da Saúde (MS) juntamente com a Fiocruz e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicaram seis protocolos básicos de segurança do paciente, abordando os temas: identificação do paciente; prevenção de úlcera por pressão; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; cirurgia segura; prática de higiene das mãos em serviços de saúde; e prevenção de quedas, com o intuito de prevenir e reduzir a ocorrência de eventos adversos nos serviços de saúde (FIOCRUZ, 2012).

Outra importante estratégia para melhorar a segurança do paciente é a promoção de uma cultura de segurança nas instituições de saúde. Isso envolve a sensibilização e o treinamento dos profissionais de saúde, bem como o estabelecimento de processos que incentivem a notificação e a análise de eventos adversos. Um estudo publicado na revista “Patient Safety in Surgery” mostrou que a promoção de uma cultura de segurança no ambiente hospitalar pode reduzir a ocorrência de eventos adversos em até 41%.

A segurança do paciente é uma questão fundamental para a prestação de cuidados de saúde de qualidade. A implementação de protocolos e diretrizes, a utilização de tecnologias avançadas e a promoção de uma cultura de segurança são estratégias importantes para prevenir eventos adversos e melhorar a segurança do paciente. É necessário que os profissionais de saúde estejam sempre atentos a essa questão e trabalhem continuamente para aprimorar a qualidade dos cuidados de saúde oferecidos aos pacientes.

Os Conselhos Regionais e Federal de Enfermagem, instituições regulamentadoras e fiscalizadoras do exercício da profissão no país, vem acompanhando a implementação e evolução dos programas e diretrizes desde 2004, após a criação da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente. O objetivo é pensar e colocar em prática programas e diretrizes de educação permanente que visem sensibilizar e mobilizar profissionais de enfermagem e de saúde, bem como a população, para encontrar possibilidades de soluções na área de segurança do paciente. compartilhar informações e conhecimentos e com isso desenvolver formas de mudar a realidade atual que se apresenta nos estabelecimentos de saúde no que tange a temática (COREN SP. 2010).

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Trata-se de uma experiência realizada por acadêmicos do 7° período de Enfermagem, da Universidade Nilton Lins-Polo Manacapuru, da disciplina de Gerenciamento em Enfermagem. A experiência abordou uma visita técnica no Hospital Geral de Manacapuru (HGM), onde juntamente com a gerente do setor do Centro Cirúrgico, foi abordado os protocolos de segurança dos pacientes no âmbito Hospitalar.

Como foi observado a segurança do paciente envolve a avaliação permanente e proativo dos riscos em serviços de saúde, favorecendo o desenho e a instituição das barreiras de segurança necessárias. Isto inclui a identificação dos incidentes para investigar suas causas e estabelecer as medidas para evitar suas recorrências. Medidas efetivas, tais como, o seguimento das práticas de segurança do paciente em serviços de saúde, uso de protocolos específicos, estabelecimento de barreiras de segurança nos sistemas e gestão   de eventos adversos (EA) podem prevenir e reduzir riscos e danos no serviço.

Em roda de conversa, a gerente do Centro Cirúrgico, pautou alguns pontos que muitas das vezes podem colocar a vida do paciente em risco como: Identificação do paciente, que é realizado somente pela numeração do leito, e não possuem a utilização da pulseira, que seria o mais ideal para o processo de identificação, desde da entrada até a saída desse paciente, garantindo a segurança em todas as etapas.

Também foi abordado sobre a comunicação entre a equipe de profissionais e os pacientes, que é de suma importância para o processo de saúde do paciente. Que é realizada desde a entrada desse paciente na unidade, nas transferências internas e externas, trocas de plantões entre profissionais, procedimentos realizados e etc. Ressaltando que essa comunicação, podem ser feitas de várias formas, tanto verbal, gestual e escrita.

Além disso, não podemos esquecer sobre a questão dos riscos com o paciente relacionados a medicamentos, cuidados no pré e pós operatório, e também da higienização tanto do profissional, quanto dos pacientes, que deve ter o máximo de cuidado nesse processo, tornando as condições satisfatório para ambos.

Como foi relatado, a comunicação entre as equipes, profissionais e pacientes, são de suma importância para garantir a assistência do cuidado no processo de Segurança do paciente segurança de ambos. “A comunicação pode ser entendida como prática social que advém da interação entre seres humanos, expressa por meio da fala, escrita e comportamentos gestuais. (Fermino e Carvalho,2007).

Como forma de melhorar a assistência de Enfermagem, a comunicação é de extrema importância, pois através da mesma, inicia um contato mais próximo, troca de experiências e vivências entre profissionais e pacientes, e assim favorecendo melhor o processo saúde/doença.

Muitas barreiras dificultam a comunicação que gera significados relevantes tanto para o trabalhador de saúde como para o usuário, sendo objeto de vários estudos que abordam essa temática. Essas dificuldades decorrem, nem sempre de linguagem e saberes diferentes, nem sempre compartilhados entre os interlocutores, limitações orgânicas do receptor ou emissor (afasias, déficit auditivo e déficit visual), imposição de valores e influência de mecanismos inconscientes (Acqua e Col 1997).

DISCUSSÃO

A segurança do paciente tem sido uma temática continuamente abordada nas discussões da área de saúde no Brasil e no mundo, visto que é um dos princípios fundamentais na garantia da qualidade do cuidado (MARTINS, 2014). Denota-se no contexto atual, a necessidade de proporcionar aos profissionais de saúde uma síntese da importância das ações voltadas a implementação das práticas seguras, evidenciadas por pesquisas científicas as quais visam evitar, prevenir ou melhorar os resultados adversos originados no processo da assistência em saúde (BRASK,2016, SILVA et al,2016; SHEIKH et al 2019).

Evidências científicas tem apresentado o impacto de erros relacionados as práticas aplicadas em unidades de saúde afetando de maneira negativa a vida de pacientes de todas as idades. Eventos adversos relacionados a medicação são relatos como um dos erros mais frequentes, um em cada 10 pacientes e prejudicado ao receber cuidados hospitalares. Neste contexto, e fundamental que este tema seja abordado nos diversos âmbitos e níveis de ensino, sendo indispensável para a construção da cultura de segurança para o desenvolvimento de competências ao longo de qualquer formação compreendendo desde cedo, que falhas são propicias a acontecer, mas aprender com elas é a estratégia essencial na promoção da segurança, ou seja, ter atitudes e práticas proativas precocemente, possibilitam prevenir a ocorrência de incidentes durante a prestação do cuidado (CAUDURO et al, 2017).

As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes. A pele é um possível reservatório de diversos microrganismos que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminadas. É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde.

Alguns microrganismos colonizam a camada mais superficial da pele e são facilmente removidos através da higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminados com mais facilidade quando se associa solução alcoólica.

A prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde constituem grandes desafios da medicina atual. Desde 1846, uma medida simples, a higienização apropriada das mãos, é considerada a mais importante para reduzir a transmissão de infecções nos serviços de saúde (CDC, 2002; LARSON, 2001; NOGUERAS et al., 2001).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu um programa para garantir a segurança em cirurgias que consiste na verificação de itens essenciais do processo cirúrgico (portaria MS/GM N° 529 2013) . O objetivo é garantir que o procedimento seja realizado conforme o planejado, atendendo aos cinco certos:

  1. Paciente.
  2. Procedimento.
  3. Lateralidade (lado a ser operado, quando aplicável).
  4. Posicionamento.
  5. Equipamentos.

Importante:

Fazemos também a checagem de segurança, nosso checklist cirúrgico ou time out, um conjunto de ações que envolve todas as fases do procedimento cirúrgico.

O que é medido:

-Taxa de intercorrência transoperatória;

-Taxa de cirurgia suspensa;

-Taxas de eventos anestésicos;

-Taxas de cirurgias em paciente errado;

-Taxas de procedimentos errados;

-Taxa de mortalidade cirúrgica intra-hospitalar ajustada ao risco;

-Taxa de adesão à Lista de Verificação.

Para melhorar esse processo, nas cirurgias que envolvem lateralidade, o médico irá demarcar o local correto do procedimento no corpo do paciente antes que este seja encaminhado ao centro cirúrgico.

Fique atento à realização desses passos:

-Confirmação dos dados da pulseira com o prontuário.

-Checagem da identificação do paciente e o procedimento cirúrgico.

-Envolvimento do paciente e familiares no processo de cuidado, esclarecendo todas as suas dúvidas.

Isso pode evitar falhas.

A Comunicação Efetiva é uma das seis metas internacionais para melhorar a segurança do paciente no atendimento em saúde.

Quando se fala em Comunicação Efetiva, ela deve ocorrer de forma ampla: entre equipes, entre diferentes unidades de saúde, através de formulários e prontuários, nas informações computadas no sistema e dos profissionais da área para os pacientes. Isso passa por medidas como padronização de dados, capacitação dos envolvidos e formas mais acessíveis de conversar com quem está passando pelo atendimento. Dentro do processo de comunicação   no âmbito hospitalar, podemos citar a ferramenta SBAR que consiste em perguntas rápidas padronizadas de quatro seções para garantir que o pessoal compartilhe informações concisas e focadas. Permite que a equipe se comunique de forma assertiva e efetiva, reduzindo a necessidade de repetição e a probabilidade de erros.

A ferramenta SBAR, um acrónimo para Identify-Situation Background Assessment-Recommendation, traduzido para o português como identificação, situação, breve histórico, avaliação e recomendação surge como oportunidade de promover um método de comunicação capaz de padronizar as informações que são compartilhadas de forma lógica e organizada (Alves; Melo,2019). Tais informações permitem organização, clara e sintetização da comunicação que está sendo transmitida, minimizando o risco de eventos adversos e omissões durante a passagem de plantão (Felipe & Spiri, 2019; Simamora & Farhi, 2019).

A segurança do paciente é importante para evitar danos desnecessários. Duas preocupações comuns são quedas e úlceras por pressão. Para prevenir quedas, é necessário identificar pacientes em risco, usar medidas de segurança, como barras de apoio, e supervisioná-los adequadamente. Já para evitar úlceras por pressão, é preciso avaliar o risco, cuidar da pele, trocar de posição regularmente e utilizar superfícies adequadas. Profissionais de saúde devem estar bem informados e educar pacientes e familiares para promover um ambiente de cuidado seguro. Estudos comprovam que a prevenção de quedas e úlceras por pressão reduz significativamente complicações em pacientes hospitalizados, como danos físicos e custos adicionais de tratamento. Além disse, dentro do âmbito Hospitalar, podemos aplicar uma ferramenta, que é A escala de Braden que é um recurso utilizado nas UTIs para medir o risco de os pacientes críticos desenvolverem lesões por pressão. A partir do registro, os enfermeiros conseguem aplicar medidas preventivas e promover um tratamento mais eficaz, além de oferecer mais bem-estar para os pacientes

Para evitar o desenvolvimento de lesões por pressões, além das suas ações sistematizadas, o enfermeiro necessita de um parâmetro para fornecer um instrumento disponível e de domínio prático, diante das escalas supracitadas, destacando-se a Escala de Braden (SOARES, 2018).

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, com abordagem teórica qualitativa cujo objetivo é identificar a relevância da Escala de Braden como um instrumento preditivo de prevenção que permita estratificar o risco de desenvolvimento de lesões por pressão em pacientes internados nas unidades hospitalares. A revisão de literatura permite a incorporação das evidências na prática clínica, tendo por finalidade reunir e sintetizar resultados de pesquisa sobre determinado tema em questão, de maneira sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento do tema investigado (MENDES et al, 2008).

O uso de pulseiras com QR Codes em hospitais é uma abordagem inovadora e eficiente para o gerenciamento de informações do paciente. Estas pulseiras são feitas com materiais duráveis e confortáveis e contêm um QR Code que armazena dados cruciais como nome, data de nascimento, hora e data de admissão no hospital, bem como informações médicas relevantes. Os profissionais de saúde podem digitalizar o QR Code usando seus dispositivos móveis, como smartphones, para obter acesso rápido e preciso às informações do paciente.

Uma das principais vantagens dessa abordagem é a agilidade e precisão na identificação do paciente. Ao eliminar a necessidade de busca manual em prontuários físicos ou sistemas eletrônicos, o escaneamento de QR Code permite que os profissionais de saúde tenham acesso imediato às informações de que precisam para prestar um atendimento adequado. Isso resulta em uma redução significativa de erros de identificação e permite a tomada de decisões informadas, evitando procedimentos errados ou administração incorreta de medicamentos.

Além disso, o uso de pulseiras de identificação com QR Code facilita a comunicação entre as equipes médicas. Com acesso rápido às informações do paciente, os profissionais de saúde podem coordenar melhor os cuidados, compartilhar informações relevantes com eficiência e garantir uma abordagem integrada ao atendimento ao paciente. Isso contribui para melhorar a qualidade dos serviços de saúde e a segurança do paciente.

Outro benefício importante é a facilidade de implementação deste sistema. A tecnologia QR Code está amplamente disponível e é barata, e os profissionais de saúde podem usar seus próprios dispositivos móveis para escanear pulseiras. Isso elimina a necessidade de investimento em equipamentos específicos e torna a adoção desse sistema acessível a diferentes instituições de saúde.

O processo de identificação, através da conferência dos dados da pulseira, do cadastro e das informações confirmadas pelo paciente pode ser visto como uma etapa importante na interação entre paciente e equipe de saúde. Erros podem persistir caso os pacientes não estejam com a pulseira ou com pulseira sem informação confiável para a identificação (Smith AF, Casey K 2011).

Em resumo, o uso de pulseiras QR Code em hospitais oferece uma abordagem inovadora e eficiente para o gerenciamento de informações do paciente. Esta solução proporciona uma identificação rápida, precisa e segura, reduzindo os erros de identificação, agilizando o atendimento e facilitando a comunicação entre as equipes médicas. Com sua fácil implementação e ampla disponibilidade, esse sistema tem potencial para melhorar significativamente a qualidade e a segurança dos serviços de saúde, beneficiando tanto os pacientes quanto os profissionais envolvidos no cuidado.

Com a pulseira de identificação já pronta e em funcionamento nos hospitais, algumas metas podem ser estabelecidas para garantir o pleno aproveitamento de suas funcionalidades. Aqui estão algumas possíveis metas:

1. Redução de erros de identificação: O objetivo principal é minimizar os erros de identificação de pacientes, assegurando que cada indivíduo seja corretamente identificado durante todo o processo de atendimento hospitalar.

2. Agilidade no acesso às informações: A meta é permitir que os profissionais de saúde tenham acesso rápido e fácil às informações essenciais do paciente por meio do escaneamento do QR Code, evitando a necessidade de buscar manualmente em prontuários físicos ou sistemas eletrônicos.

3. Melhoria da coordenação entre equipes: A pulseira de identificação visa facilitar a comunicação e a coordenação entre as equipes médicas, permitindo o compartilhamento eficiente de informações relevantes para o cuidado do paciente.

4. Aumento da segurança do paciente: A meta é fortalecer a segurança do paciente ao garantir que os profissionais tenham acesso a informações precisas e atualizadas, evitando procedimentos equivocados e erros na administração de medicamentos.

5. Aprimoramento da qualidade do atendimento: A pulseira de identificação busca contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, fornecendo aos profissionais as informações necessárias para tomar decisões embasadas e proporcionar um cuidado adequado e personalizado aos pacientes.

6. Facilitar a triagem e o fluxo de pacientes: A meta é agilizar a triagem de pacientes, permitindo uma identificação rápida e precisa no momento da entrada no hospital, e facilitar o fluxo durante todo o processo de atendimento, melhorando a eficiência e a organização.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Verificou-se, por meio da revisão bibliográfica, que a assistência de enfermagem é fundamental para melhoria da segurança do paciente nas instituições brasileiras.

Identificou-se a existência de baixo conhecimento dos profissionais de saúde sobre eventos adversos e como notificá-los, medo dos profissionais de saúde em expor os erros devido à política de punição das instituições e baixa adesão da técnica de higienização das mãos.

Em contrapartida, ações positivas da assistência de enfermagem na segurança do paciente foram evidenciadas nas publicações, como implantação de protocolos de assistência; boletim de notificação de eventos adversos; uso do checklist da cirurgia segura; e utilização dos diagnósticos de enfermagem na redução de riscos.

As instituições de saúde brasileiras vêm enfrentando falta de planejamento em saúde; alta rotatividade de profissionais com baixa qualidade de recursos humanos; problemas com equipamentos e falhas da estrutura física. Em contraponto, o MS, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e outros órgãos ministeriais têm implementado políticas para melhoria da assistência, com consequente aumento da segurança do paciente nas instituições.

A investigação sobre a segurança do paciente no Brasil está em ascensão. Este estudo evidenciou que a maioria das pesquisas se relaciona aos eventos adversos nas unidades de internação hospitalar, sendo restritas na atenção básica e setores ambulatoriais. Propõe uma reflexão para a equipe de saúde sobre a importância da identificação do erro e da utilização de ferramentas para melhoria da segurança do paciente e sugere que novos estudos atinjam todos os níveis de atenção na saúde no Brasil.

Neste relato de experiência, relatou-se a vivencia no âmbito hospitalar, onde foi analisado, as necessidades que os serviços de saúde enfrentam diariamente relacionados a segurança do paciente. Desta forma foi possível notar com as situações vivenciadas durante o período de observação, a importância de todos os profissionais, desde o processo de admissão ate a alta, da identificação do paciente, higienização e todo o processo de cuidado.

Portanto, considerando a importância e compromisso com a qualidade assistencial, seguindo os protocolos da OMS, que visa estabelecer parâmetros que assegura que o paciente tenha êxito durante o processo do cuidado, garantindo o respaldo ao profissional, e com isso constituindo uma pratica assistencial segura.

REFERÊNCIAS

http://portal.anvisa.gov.br/seguranca-do-paciente (BRASK,2016,SILVA,ET AL,2016; SHEKH ET AL 2019).

https://www.npuap.org/resources/educational-and-clinical-resources/pressure-ulcers-incidence-economics-risk-assessment/.  (MARTINS,2014-SEGURANÇA DO PACIENTE).

https://www.gov.br/elserh/pt-br/hospitais (CAUDURO ET AL,2017).

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/seguranca-pqciente-serviços. (DCD,2002;LARSON,2001;NOGUEIRA  ET AL.,2001).

https://sa.sol-m.com/notícias/importância-da-comunicacao (DCD,2002;LARSON,2001;NOGUEIRA  ET AL.,2001).

https://www.conass.gov.br/comunicação-entre-profissionais (MENDES AT AL ,2008).

https://www.scielo.br/j/rlae/a/CJrjgHtvGYPpNvH6xnsxYrS/?lang=pt.  ( SMITH AF)

CASEY K 2011.

FIRMINO E CARVALHO, 2007

ACGUA E COL 1997

MARTINS, 2014

BRASK, 2016, SILVA et al, 2016; SHEIKH et al 2019

CADURO et al, 2017

CDC, 2002, LARSON, 2001, NOGUEIRAS et al, 2001

Alves, Melo, 2019

Felipi e Spiri, 2019; Simamora e Farhi, 2019

SOARES, 2018

MENDES et al, 2008


1Acadêmica em Enfermagem, Nilton Lins, 20000464@uniniltonlins.edu.br

2Acadêmica em Enfermagem, Nilton Lins, 20006756@uniniltonlins.edu.br

3Acadêmico em Enfermagem, Nilton Lins, 20003372@uniniltonlins.edu.br

4Acadêmica em Enfermagem, Nilton Lins, 20005603@uniniltonlins.edu.br

5Acadêmico em Enfermagem, Nilton Lins, 19001959@uniniltonlins.edu.br

6Acadêmica em Enfermagem, Nilton Lins, 20007534@uniniltonlins.edu.br