DIETAS DA MODA: FÓRMULAS MILAGROSAS OU RISCOS PARA A SAÚDE?

FAD DIETS: MIRACLE FORMULAS OR HEALTH RISKS?

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10673970


Nathálya Carolinne de Souza1
Fernanda Souza Tomé da Silva1


RESUMO

A incansável busca pelo corpo perfeito pode trazer muito perigos a saúde, principalmente em pessoas desesperadas que objetivam resultados rápidos. As dietas da moda são aquelas que prometem perda milagrosa de peso em tempo recorde e sem grande esforço, contudo, não são dietas equilibradas e individuais para que se consiga os resultados de forma segura e progressiva. Objetivando mostrar os motivos pelos quais as dietas da moda não são apropriadas nutricionalmente, foram analisados 34 artigos, publicados no período de 2019 a 2023. A partir da revisão de literatura, observou-se que as dietas da moda são desbalanceadas e que restringem nutrientes, promovendo um resultado no curto prazo e algumas delas são usadas para tratar doenças especificas. 

Palavras-chave: Dietas da Moda; Nutrição; Transtornos Alimentares; Emagrecimento.

ABSTRACT

The tireless search for the perfect body can pose many health risks, especially for desperate people who want quick results. Fad diets are those that promise miraculous weight loss in record time and without much effort, however, they are not balanced and individual diets to achieve results in a safe and progressive way. Aiming to show the reasons why fad diets are not nutritionally appropriate, 34 articles were analyzed, published between 2019 and 2023. From the literature review, it was observed that fad diets are unbalanced and restrict nutrients, promoting a short-term result and some of them are used to treat specific diseases.

Keywords: Fad Diets; Nutrition; Eating Disorders; Weight loss.

Introdução

Cada vez mais a sociedade impõe novos padrões de beleza, influenciando especialmente o público feminino.  As pessoas que estão com sobrepeso e/ou obesas são propelidas a seguirem determinados padrões em busca de um corpo magro e de acordo com esse padrão dito “ideal” (Silva et al., 2020). O desejo pelo corpo perfeito é impulsionado pela constante exposição dos corpos das celebridades, modelos e influenciadores na mídia. No entanto, a busca desenfreada pelo corpo perfeito pode trazer consequências graves a saúde e até mesmo colocar a própria vida em risco, pois muitos na expectativa de resultados rápidos aderem dietas restritivas com potencial milagroso (Faria; Almeida; Ramos, 2021).

A palavra “dieta” deriva do latim diaeta e do grego diaita, traduzindo quer dizer “estilo” ou “regime de vida”. Dieta é o modo como o indivíduo se alimenta frequentemente, e não somente durante um breve espaço de tempo, dois ou três meses e seja finalizada. A “moda” representa o que atinge a popularidade geral, mas não de modo permanente (Lucena et al., 2018). Para cada dieta dita como da moda temos uma denominação, como dieta Low Carb, dieta cetogênica, jejum intermitente, entre outras.  É importante evidenciar que as dietas da moda associam programas com redução calórica drástica e/ou exclusão de alguns alimentos, aumentando a chance de reganho de peso, pois diminuem o gasto energético corporal como consequência da queda no metabolismo basal podendo gerar até distúrbios metabólicos (Nogueira-de-Almeida et al., 2018).

Esses distúrbios alimentares ocorrem frequentemente no público do sexo feminino. Um estudo publicado por Assis; Ferracin; Massad (2020), evidenciou que a maior preocupação com o comportamento alimentar e com a imagem corporal, ocorre sobretudo em mulheres. Interpreta-se que o público feminino possui maior preocupação com a aparência devido à forte pressão da mídia e população, o que leva a adesão de dietas inadequadas e exclusão sem orientação de alimento que acreditam engordar podendo assim desenvolver transtornos alimentares. 

O tema apresentado é de extrema relevância para a compreensão dos impactos que as dietas da moda têm na saúde da população, já que ao impor padrões estéticos, as pessoas colocam a saúde em risco em busca do corpo ideal. Além de fazerem dietas da moda sem o auxílio de profissionais habilitados para o acompanhamento nutricional adequado, preservando a saúde do indivíduo, há o uso indiscriminado de medicamentos, exercícios sem acompanhamento dentre outros. Sendo assim, o objetivo do trabalho é identificar evidências científicas atualizadas na literatura por meio de uma revisão bibliográfica de artigos, que abordem o tema quais as repercussões do uso de dietas da moda sem prescrição para a saúde.

Metodologia

O método utilizado no presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa feita através da consulta de artigos científicos para embasamento do tema. As buscas foram feitas digitalmente nas plataformas do Google acadêmico, Portal Capes e SciELO, utilizando-se os seguintes descritores: dietas da moda; nutrição; emagrecimento; dietas restritivas; transtornos alimentares. Ao pesquisar o termo “dietas” nessas bases de dados houve o retorno com maior frequência na seguinte ordem: dieta cetogênica, jejum intermitente e low carb, evidenciando a importância, relevância e atualidade desses temas. O levantamento bibliográfico foi composto por duas etapas.

Inicialmente foram selecionadas para leitura 70 produções científicas que tinham títulos mais chamativos e que continham pelo menos dois dos descritores acima sendo eles: artigos de revisão, artigos originais, priorizando as literaturas com o limite periódico de 5 anos (2019-2023). Houve também a inclusão de pesquisa reversa para artigos que continham informações importante a serem exploradas. Posteriormente, foram lidos os resumos e escolhidos 34 artigos que se alinhavam com o objetivo do trabalho, considerando a qualidade metodológica e os resultados, excluindo aqueles que se distanciaram da temática, os que tinham resultados inconclusivos e que foram publicados há mais de 5 anos. A coleta de dados foi feita pela leitura exploratória de todos os 34 artigos selecionados com o objetivo de analisar quais eram de interesse para o trabalho.

Referencial teórico

Após a leitura dos artigos científicos e compreensão do tema estudado, foi possibilitado a pesquisadora contextualizar as dietas da moda, a motivação do uso dessas dietas da moda e quais os impactos na saúde física e emocional com a prática dessas dietas. A partir desse levantamento de dados foi possível extrair os pontos principais que serão abordados a seguir.

Dietas da moda

As dietas restritivas, popularmente conhecidas como dietas da moda, evidenciaram-se mais nas últimas décadas por conta de celebridades, da influência da mídia e são cada vez mais estimuladas sem informações científicas, denominando-as como “dietas milagrosas”, com a promessa de resultados mirabolantes (Soihet; Silva, 2019). Ter uma dieta individual é fundamental para a obtenção dos resultados desejados de forma segura e gradual, respeitando assim a necessidade nutricional exclusiva de cada indivíduo. De acordo com as 4 leis de Escudero, de 1937, a dieta precisa ser adequada e harmônica, respeitando as quantidades e a qualidade na escolha dos alimentos (Fernandes et al., 2019). Foram mostradas pela busca no “Google trends” as dietas da moda (cetogênica, jejum, low carb) que mais tiveram acessos, quando pesquisadas usando o termo “dieta” nas plataformas (Passos; Vasconcellos-Silva; Santos, 2020).

E os principais estímulos de propagação dessas dietas foi a mídia, já que influencia indiretamente ou diretamente a população. Os obesos, em especial na fase da adolescência, passam a se sentir esquecidos ou ignorados pela sociedade, por não apresentarem o corpo magro considerado “perfeito” pela sociedade atual. Além do mais, diversas propagandas nos meios de comunicação como “quer perder de 5 kg a 10 kg de 3 dias a 7 dias” são comuns atualmente, objetivando e incentivando um emagrecimento rápido. Para uma pessoa inexperiente no assunto, perder 5 ou até mesmo 10 kg em até 10 dias é algo extraordinário. Logo, a adesão a essas dietas é passageira, visto que na maioria das vezes são muito restritivas e monótonas, com limitada variedade de alimentos, ademais não consideram as individualidades do praticante desta dieta, seus costumes e hábitos alimentares (Faria; Almeida; Ramos, 2021).

As adesões da dieta da moda estão se tornando cada vez maiores e as pessoas que a seguem podem apresentar resultados em um breve período de uso. Porém, a após um período longo, essas pessoas podem apresentar efeito rebote por meio de compulsão alimentar, reganhando mais peso do que o período que não estava em restrição calórica, e consequentemente aumentando a insatisfação corporal, transtornos alimentares e infelicidade (Soihet; Silva, 2019). Dessa maneira, pessoas que escolhem seguir dietas da moda, através da mídia popular, podem ter consequências prejudiciais ao organismo. Para obtenção dos resultados esperados, o fundamental é ter um acompanhamento nutricional, que visa à promoção, preservação e recuperação da saúde, com uma alimentação rica em nutrientes e variada, aliando a prática constante de atividades físicas que promovam o equilíbrio adequado beneficiando a saúde dos indivíduos (Vicente, 2019).

Low Carb

A utilização de uma dieta pobre em carboidrato se dá pelo fato de que restringindo os carboidratos, resulta-se no processo de cetose e ocorre uma oxidação lipídica, favorecendo o efeito de saciedade e aumento do gasto energético, assim esses fatores podem provocar um balanço energético baixíssimo e consequentemente, a  perda de peso (Brehm et al., 2022). Na  dieta  low  carb, a estratégia é diminuir o consumo de alimentos refinados como farinhas brancas, açúcares (monossacarídeos), alimentos industrializados e processados, bebidas adoçadas, alimentos ricos em amido com alto índice glicêmico (Fayad; Cruz, 2019).

Além de ser utilizada para redução do peso corporal esse tipo de dieta é recomendada para o controle glicêmico em diabéticos do tipo 2, para pessoas epiléticas e distúrbios de ovário policístico, onde atua de forma benéfica em relação à diminuição do índice glicêmico e ao aumento do HDL colesterol, contribuindo para diminuição dos triglicerídeos. Entretanto, o baixo consumo de carboidratos a longo prazo pode causar diversos danos ao organismo como dores de cabeça, diarreias, estado de fraqueza e elevação do LDL que é altamente aterogênico estando associado a um aumento do risco de doenças cardiovasculares (Nofal et al., 2019).

Grande parcela dos estudos feitos mostra que a perda de peso mais significativa após a adesão desse tipo de dieta ocorre no fim do sexto mês, bem como o início há uma perca mais demorada. Os dados demonstram que é uma dieta de difícil inclusão no dia a dia, resultando no interrompimento da mesma (Nofal et al., 2019). Várias pesquisas foram realizadas com o intuito de avaliar a aplicabilidade das dietas Low Carb, conforme pode-se observar na tabela 1, há a descrição de seis estudos realizados com indivíduos entre 17 a 60 anos que procuravam analisar a perda de peso através deste tipo de dieta.

Tabela 1 – Estudos clínicos da dieta Low Carb

AutorAnoParticipantesIdadeObjetivoDuraçãoAçãoConclusão
Fayad201915 atletas de crossfit25 a 41 anosAnalisar o padrão alimentar e a estratégia nutricional dos atletas competitivos de Crossfit e sua influência na “performance”. Foi feita anamnese com os atletas e após aplicação de recordatório de 24hs com o intuito de coletar dados quantitativos sobre o consumo alimentar dos participantesRelatou que apenas 13,3% dos atletas consumiam a quantidade adequada de energia diariamente e que nenhum dos atletas consumiam quantidades suficientes de carboidratos (Low Carb). Logo, 26,7% (n=4) revelaram se sentir cansados e sem energia para treinar e 33,3% (n=5) se sentem exaustos pelo esporte.  
Corrêa et al.2022  Pesquisa com caráter descritivo e explicativo que objetivou produzir uma revisão narrativa sobre os efeitos das dietas restritivas, em especial o jejum intermitente (JI) e a restrição de carboidratos (Low Carb).    Dietas com baixo teor de carboidratos, contribuem a fadiga precoce e com isso a redução no rendimento físico durante os treinos de alta intensidade.
Faria; Almeida; Ramos2021  Pesquisa de revisão bibliográfica, onde foram acessadas as seguintes bases de dados: Pubmed, Google Acadêmico e SciELO.  Dietas pobres em carboidratos tem efeito negativo com relação a saciedade e também induzem menor liberação e circulação da insulina, impactando diretamente no desempenho dos atletas.
Oliveira et al.2019853 alunos – 214 fizeram dieta Low Carb – 639 nãoEntre 17 e 60 anos      Identificar a presença de compulsão alimentar associada ou não a práticas compensatórias em praticantes de dieta low-carb.       Os participantes foram divididos em 2 grupos: – (I) dieta Low Carb; – (II) grupo controle. Foram utilizadas a Escala de Compulsão Alimentar Periódica e o Questionário de Hay para analisar a frequência de compulsão e práticas compensatórias.  Foi aplicado também um questionário de frequência de consumo de chocolate, pão e arroz.  Relatou-se que estudantes apresentam comportamentos de risco para transtornos alimentares e que a prática de dieta Low Carb é de (25,09%). A tentativa de restrição de carboidratos, aliada com atitudes como o medo de engordar, o desejo por emagrecer e a satisfação corporal, parece contribuir para o comportamento de compulsão alimentar. A intenção em restringir carboidratos parece estar associada com menor consumo alimentar em praticantes de Low Carb.  
Oliveira et al.2021Total de 853 alunos da Universidade de São Paulo (USP) mas foram selecionados participar apenas 146 pessoasMédia de 22,1 anos  Avaliar se a prática de uma dieta com restrição de carboidratos está relacionada com níveis de desejos intenso mais elevados por comida em indivíduos com compulsão alimentar. Foi dividido em 2 grupos: – Dieta Low Carb (n=48) e Grupo Controle (n=98). Foi usado a Escala de Compulsão Alimentar Periódica, Questionário de Hay, Questionário de Desejos Intensos por Comida – Traço e Estado, Subescala de restrição cognitiva e sua versão adaptada para a restrição cognitiva direcionada aos carboidratos.E que os indivíduos com compulsão alimentar associada com a prática de uma dieta baixa em carboidrato possuem maior restrição cognitiva e restrição cognitiva direcionada aos carboidratos, apesar de não apresentarem maior nível de desejo intenso por comida em relação aos que não fizeram a dieta.
Lima et al.2020 Estudo de análise descritiva, da adesão da dieta de baixo teor de carboidratos em pacientes com e sem acompanhamento nutricional.Avaliar os resultados com a dieta de baixo teor de carboidratos e sua eficácia da perca de peso, satisfação dos pacientes e dos sintomas apresentados. Os participantes foram separados em 2 grupo: – Um grupo fez dieta de baixo teor de carboidrato com orientação nutricional – Outro grupo fez dieta de baixo carboidrato sem orientação nutricionalO estudo enfatizou através de dados a importância do acompanhamento e da orientação nutricional durante dietas restritivas, quais os perigos que podem surgir as devidas orientações. Os participantes relataram satisfação pela diminuição do peso corporal e 17% dos que não tiveram acompanhamento relataram ser ruim, pela falta do carboidrato, mas fariam novamente com o objetivo de perca de peso.  

Jejum intermitente

O jejum intermitente (JI) é uma estratégia alimentar que intercala períodos de jejum e períodos de alimentação equilibrada. Faz-se uma pausa na alimentação por um determinado período do dia, onde a pessoa permanece em jejum por livre e espontânea vontade. Esse jejum pode ser praticado algumas vezes na semana, dias alternados ou até mesmo todos os dias, com média de 14 a 20 horas no dia. O jejum intermitente não é indicado para qualquer pessoa, pois possui efeito colateral (Silva; Santos, 2021). Somente o nutricionista saberá se o jejum poderá ser incorporado no plano nutricional dietético, após a realização da anamnese. O jejum intermitente conseguiu se popularizar devido a estudos experimentais em que indivíduos são submetidos a diferentes períodos de jejum, e desse modo, podem conseguir solucionar anormalidades metabólicas como reduzir a obesidade, diminuir do nível da diabetes, ajudar nas doenças cardiovasculares, câncer e doenças neurodegenerativas (Cunha et al., 2021).

Segundo Cunha e colaboradores (2021), os impactos contrários do jejum intermitente mais relatados foram a fome estimuladas pelo aumento da quantidade de “hormônio da fome” e mudanças de humor durante todo o período. Além disso, pode-se observar desde o primeiro dia a redução da plenitude já no primeiro dia de intervenção, hiperfagia (fome excessiva), constipação pela baixa ingestão de fibras, deficiências de micronutrientes motivada pela pouca quantidade ingerida, tonturas e fraquezas devido aos longos períodos de jejum. Outros malefícios são o aumento em biomarcadores do estresse oxidativo podendo causar ao indivíduo envelhecimento precoce, alguns tipos de câncer, mal de Parkinson, entre outros. A tabela abaixo, foi elaborada a partir das revisões de literatura com indivíduos que realizaram o jejum intermitente, expondo seus efeitos.

Tabela 2 – Estudos clínicos do jejum intermitente.

AutorAnoParticipantesIdadeObjetivoDuraçãoAçãoConclusão
Toledo et al.  20191422 pessoas18 a 99 anosDocumentar a segurança e alterações nos indicadores básicos de saúde e bem-estar durante o jejum periódico de Buchinger em uma clínica especializada.  1 anoEstudo observacional de 4 grupos separados por: – 5 dias de jejum; – 10 dias de jejum; – 15 dias de jejum; – 20 dias de jejum. Durante esse período, os participantes tinham uma ingestão calórica diária de 200 a 250kcal, acompanhada por um programa de atividades físicas moderadas.Diminuição significativa do peso e do IMC em todos os 4 grupos. Perda de peso aumentou com duração do jejum (3,2±0,0 kg para 5 dias de jejum e 8,6±0,3 kg para 20 dias de jejum).   Diminuição da circunferência abdominal (4,6±0,1 cm para 5 dias de jejum e 8,8±0,8 cm para 20 dias de jejum). Aumento de pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica nos grupos com jejum mais longo. Jejum reduziu os níveis de triglicerídeos em 0,44 mmol/L, semelhantes em todos os grupos.
Kalam et al.  201994 pessoas18 a 65 anosEstudo longitudinal  6 mesesAdultos com obesidade participaram do estudo jejum em dias alternados e com dieta pobre em carboidratos (600 kcal no dia de jejum).Somente 31 pessoas completaram o estudo. Redução do peso corporal durante período de perda de peso, porém estável durante período de manutenção de peso (meses 4-6) Perda de peso líquido no mês 6 foi de -6,3±1,0% Colesterol total e colesterol LDL inalterados no mês 3, mas diminuíram em 6±2% e 8±3%, respectivamente, no mês 6 Diminuição do colesterol HDL após o mesmo período de perda (mês 3)
Alam et al.,  201978 pessoas20 a 85 anosEstudo longitudinal para avaliar efeitos do jejum em praticantes do Ramadã  1 mêsTrês pontos de medição: linha de base (antes do jejum), final do jejum (4 semanas) e pós-jejum (1 mês).Diminuição significativa no peso dos participantes ao final do jejum (diferença média = – 3,69 kg±0,15), com recuperação nas semanas seguintes (diferença média = + 2,60 kg±0,03) Diminuição da pressão arterial (140,6 x 124,2 mmHg)
Kalam et al.  202194 pessoas18 a 65 anosEsse estudo examinou o efeito de jejum em dias alternados combinado com uma dieta pobre em carboidratos e quais os efeitos na qualidade do sono, duração, gravidade da insônia e risco de apneia obstrutiva do sono.  Período inicial de 1 mês seguido por um período de intervenção de 6 meses 31 completaram o protocolo de 6 meses Peso corporal diminuiu em -5±1 kg no mês 3 e em 6±1 kg no mês 6 Perda de peso significativa, mas não afetou a qualidade do sono, duração, gravidade da insônia ou risco de apneia obstrutiva do sono
Jamshed et al.201911 pessoas sendo adultos com IMC entre 25,0 kg e 35,0 kg / m 2, do sexo masculino e feminino em Baton Rouge, (EUA).20 e 45 anosEsse estudo analisou como um dos tipos de jejum intermitente afeta a expressão gênica, os hormônios circulantes e os padrões diurnos nos fatores de risco cardiometabólicos em humanos.4 diasOs participantes seguiram o seguinte cronograma para comer, em um tempo de 12 horas por dia ou 6 horas por dia por 4 dias.Houve diminuição da glicose em 24 horas.Com a restrição calórica intermitente houve a redução de glicemia, insulina em jejum e o aumento do colesterol LDL e HDL pela manhã.Aumentou os níveis de cortisol pela manhãA noite reduziu o cortisol e aumentou o fator neurotrófico derivado do cérebro.
Ravussin et al.,201911 pessoas sendo adultos com IMC entre 25,0 kg e 35,0 kg / m 2, do sexo masculino e feminino em Baton Rouge, (EUA).20 e 45 anosEstudo randomizado para determinar como o horário das refeições afeta o metabolismo energético de 24 horas quando a ingestão de alimentos e a frequência das refeições são combinadas.4 diasOs participantes praticaram a alimentação com restrição de horário. Foram orientados a comer entre (8h-14h) ou fazer refeição apenas entre (8h – 20h) por 4 dias.  Diminuição dos níveis médios do hormônio grelina.Houve aumento da oxidação de proteínas.

Dieta Cetogênica

A dieta cetogênica é um plano alimentar com baixa ingestão em carboidratos (CHO), porém, nem toda dieta baixa em carboidratos é considerada cetogênica. Devido a limitação do consumo desse macronutriente, a dieta cetogênica faz com que o metabolismo use a gordura como fonte de energia, a fim de que os ácidos graxos aproveitados sejam oxidados na mitocôndria do hepatócito, ampliando assim a formação de Acetil-CoA, por conta da redução glicídica. Contudo, esse excesso de Acetil-CoA, que foi oxidado a molécula de gás carbônico no ciclo de Krebs, ultrapassam a medida do ciclo de ácido cítrico sendo assim, há um acúmulo de corpos cetônicos, gerando cetogênese (Junior et al., 2022).

Umas das vantagens principais do indivíduo que adere essa dieta, segundo estudos, conforme os achados na literatura da tabela abaixo, está na mudança significativa na perda de gordura e peso corporal, mostrando efeitos favoráveis sobre o risco cardiovascular. Além disso, existem algumas evidências de que a dieta cetogênica pode ter um efeito positivo sobre o humor em pessoas que estão com sobrepeso e melhora dos níveis glicêmicos. Entretando, os efeitos colaterais da prática da dieta cetogênica podem vir com o tempo, sendo por efeito da cetose, a baixa glicemia no sangue com sonolência, constipação, vômitos, febre, refluxo gastroesofágico, entre outros (Nofal, 2019). Na tabela abaixo, algumas pesquisas mostram alguns dos efeitos da dieta cetogênica.

Tabela 3 – Estudos clínicos da dieta cetogênica

AutorAnoParticipantesIdadeObjetivoDuraçãoAçãoConclusão
Mohorko et al.201935 adultos obesos sedentários37 ± 7 anosAvaliar os efeitos da dieta cetogênica em adultos obesos, embora de forma diferente em homens e mulheres.12 semanasOs indivíduos foram orientados a seguir a dieta cetogênica por 12 semanas e a manter seus níveis habituais de atividade física.  Relatou-se que houve eficácia na perda de peso, desempenho físico, função cognitiva, comportamento alimentar e perfil metabólico. No entanto, os efeitos a longo prazo precisam ser mais estudados antes de serem feitas recomendações gerais.
Hall et al.202120 adultos29,9 ± 1,4 anosEfeito de uma dieta baseada em vegetais e com baixo teor de gordura versus uma dieta cetogênica baseada em animais na ingestão de energia ad libitum.   2 semanasForam divididos em 2 grupos: – Um grupo fez dieta cetogênica (10% de carboidratos, 75% de lipídios e 15% de proteína) além de consumirem ingredientes de origem animal. – Outro grupo fez dieta baixa em gorduras (75% de carboidratos, 10% de lipídios e 15% de proteína), ainda, excluiu qualquer ingrediente de origem animal, sendo completamente à base de plantas.O peso corporal reduziu nos dois grupos sem diferença significativa.A massa livre de gordura no grupo da dieta cetogênica apresentou maior perda principalmente durante a primeira semanaA massa gorda, no grupo da dieta cetogênica, teve uma maior perda após a primeira semana.A dieta a base de plantas e baixa em gordura apresentou significativa e constante redução da massa gorda durante a intervenção.
Walitko et al.202135 pessoas com Pessoas obesas e com sobrepeso IMC médio de 33,6 +/- 4,2 kg/m²Média de 41,4 +/- 11,0 anosAvaliar os efeitos de curto prazo de duas dietas com restrição calórica, uma dieta rica em proteína e uma dieta com baixo índice glicêmico, na massa corporal e composição corporal, pressão arterial e parâmetros metabólicos.8 semanasEstudo cruzado com 2 dietas cruzadas por 4 semanas: – As duas dietas com redução de 30% de calorias – Uma a dieta rica é em proteína (30%) – E a segunda dieta com baixo índice glicêmicoO estudo relatou que a dieta rica em proteína (PTN) foi mais efetiva na perda de gordura, na preservação de massa muscular, e com melhor efeito no perfil lipídico do que a dieta de baixo índice glicêmico.  
Dorenbos et al.2021120 adolescentes com sobrepeso e obesidade com resistência a insulinaMédia de 13,6 +/- 2,2 anosAnalise de dieta rica em proteínas versus uma dieta moderada em proteínas em adolescentes com sobrepeso/obesidade  anos– Dieta rica em proteína e baixo índice glicêmico – Dieta com quantidades moderadas de proteína e índice glicêmico moderadoO estudo relatou que não evidenciaram diferenças na resistência à insulina nos adolescentes após o período de 2 anos, pois tiveram baixa aderência por um período longo.  
Tricó et al.202132 pessoas obesas mórbidas com alto risco para desenvolver diabetes25 e 60 anosComparar a eficácia de uma dieta mediterrânea balanceada com uma dieta pobre em carboidratos na perda de peso e na homeostase da glicose em indivíduos com obesidade mórbida e alto risco de desenvolver diabetes.semanasDuas dietas com restrição calórica sendo: – Dieta mediterrânea equilibrada (55% CHO, 15% PTN e 25% LIP). – Dieta com baixo carboidrato (30% CHO, 30% PTN e 40% LIP).Relatou que a perda média de peso foi de 5%, sendo 58% maior no grupo da dieta de baixo carboidrato do que no grupo da dieta mediterrânea. Não foram afetadas pela dieta a tolerância à glicose e glicemia de jejum. As duas dietas mostraram efeitos similares na insulina de jejum e na resistência à insulina.   
Petrisko et al.202017 participantes obesosMédia de 43,2 anosExaminar o efeito da alteração da composição de macronutrientes da dieta, dos tipos de gorduras alimentares e do papel potencial das plantas e cogumelos.4 semanasEstudo cruzado intervalando 4 semanas entre os cruzamentos – Dieta restrita em CHO (10% CHO, 50% LIP e 40% PTN) e rica em alimentos como vegetais e cogumelos – Dieta restrita em CHO (10% CHO, 60% LIP e 30% PTN) e rica em alimentos de origem animal – Dieta rica em CHO (61% CHO, 21% LIP e 18% PTN)  Relatou-se que não houve diferença na perda de gordura e de peso. No período das dietas restritivas em carboidrato, houve maior perda de massa magra, o que não aconteceu na dieta rica em carboidrato e baixa gordura. Dietas restritas em carboidrato melhoram o perfil lipídico.

Resultados e discussões

Após leitura e análise de todos os artigos, foi verificado que o imediatismo na busca do corpo perfeito, a rapidez no processo de perda de peso, não visam a promoção da saúde. Para tanto, é indispensável o acompanhamento de um profissional da saúde sendo nutricionista, que auxilie nos processos, já que as dietas da moda não são adequadas para todos. As orientações nutricionais devem ser individualizadas, pois cada pessoa apresenta demandas específicas, e precisam de quantidades de nutrientes diferentes para atender suas necessidades energéticas vitais e para a prática de atividades do dia a dia. As dietas apresentadas restringem alguns nutrientes e são desbalanceadas, portanto, não são recomendadas pelo ministério da saúde por não estarem dentro dos padrões do Guia Alimentar Para População Brasileira.

Comparando as tabelas acima, percebe-se que as dietas da moda proporcionam perda de peso considerável, mas se são praticadas por um período prolongado geram diversos malefícios à saúde. Indivíduos que praticam constantemente dietas restritivas tendem a ser mais estimulados a obsessões alimentares, compulsão alimentar e transtornos ligados à alimentação, uma vez que se preocupam excessivamente com as calorias ingeridas. Além do que, uma dieta com baixo aporte nutricional traz como consequência maior irritabilidade, dificuldade de concentração, fadiga, intolerância ao frio, nervosismo, euforia, cefaleia (Faria; Almeida; Ramos, 2021). Todos os transtornos relacionados a alimentação podem ser tratados, portanto, a busca por um profissional da saúde, como um nutricionista é essencial juntamente de uma equipe multidisciplinar., Através de uma reeducação alimentar, a alimentação poderá voltar a ser normal, já que o tratamento visa devolver ao indivíduo um peso de forma saudável (Leite; Diniz, 2021).

Sobre a dieta low carb, no estudo de Fayad e Cruz (2019), a maioria dos participantes relataram que montavam suas próprias prescrições dietoterápicas e decidiam quais os melhores alimentos sem ajuda ou orientação de um nutricionista. Os atletas participantes relataram que em um certo momento aderiam a dieta low carb e percebiam que ao passar das semanas aumentava o esgotamento físico a fadiga e também a perda de performance. No trabalho de Corrêa et al. (2022) identificou-se o fenômeno catch up fat, que é o aumento da massa adiposa, depois o período de adaptação metabólica, em adição a um maior descontrole da fome e pouca aceitação à dieta. Assim, observou-se que os fatores acima prejudicam o desempenho, o treino prolongado e de alta intensidade em consequência da fadiga relacionada a depleção de glicogênio hepático, hipoglicemia e desidratação.

Faria; Almeida; Ramos (2021) relataram que o alimento e o ato de alimentar-se é uma condição vital do ser humano, além de proporcionar um momento representativo do contato familiar. Apesar disso, a adesão de dietas que restringem o carboidrato aumentam consideravelmente na busca do corpo perfeito, sendo que dietas pobres em carboidrato apresentam efeitos negativos na saciedade, impulsionam menor liberação e circulação da insulina,e isso influencia no desempenho dos atletas. Nos estudos de Oliveira;  Figueredo; Cordás(2019); Oliveira e colaboradores (2021), observou-se que com a restrição de carboidratos, associa-se o medo de engordar, o desejo por emagrecer e a busca pela satisfação corporal, contribuem para o comportamento de compulsão alimentar. No trabalho de Lima e colaboradores (2020) os dados mostraram a importância de se ter um acompanhamento profissional de um nutricionista durante períodos de dietas restritivas, e quais perigos podem acontecer sem orientações adequadas.

Nos estudos sobre o jejum intermitente, Toledo et al. (2019) confirmou que um jejum feito de 4 a 21 dias é seguro e bem tolerado. E além do mais, proporcionou melhora tanto do bem-estar emocional quanto físico, houve melhora dos fatores de risco cardiovascular e de outras queixas subjetivas de saúde. Os grupos que jejuaram mais tempo resultaram na perda de peso mais acentuada reduzindo também a circunferência abdominal. Kalam e colaboradores (2019) observaram diminuição do HDL, mas não houve alteração nos níveis de LDL. E, de acordo com a literatura, temos evidências na importância dos níveis de HDL estarem acima de 40mg/dl não gerando prejuízo metabólico pela sua relevância no controle do colesterol. Alam et al. (2019) e Kalam et al. (2021) também evidenciaram perdas de peso significativas nos participantes, relatando que mesmo após a perda de peso não teve efeito na qualidade do sono, duração, gravidade da insônia ou risco de apneia obstrutiva do sono.

Jamshed et al. (2019) relatou que mesmo após a curta duração do seu experimento houve diminuição significativa de glicose em 24 horas, havendo redução mais em momentos a noite e durante o sono, prosseguiu também redução da glicemia e da insulina no período pré prandial. Jamshed e colaboradores (2019), verificou também um aumento dos fatores que promovem a autofagia, sendo que a autofagia ajuda na promoção do rejuvenescimento celular e a prevenir doenças como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares. De natureza igual Ravussin et al. (2019) realizou seu estudo com participantes obesos registrando diminuição do hormônio grelina, preferencialmente no período da manhã o que foi uma descoberta interessante. Visto que diminuindo os níveis de grelina há a redução no estímulo do centro hipotalâmico da fome, assim, ocorrendo a redução do peso corpóreo. Relataram aumento da oxidação de proteínas, indicando que o jejum resulta em redução da massa magra, e um participante teve efeito adverso, náuseas e vômitos.

Sobre a dieta cetogênica Mohorko et al. (2019) estudaram a perda de peso, performance, função cognitiva, comportamento alimentar e perfil metabólico de adultos obesos. Os participantes apresentaram significativamente sensação de plenitude. Relataram redução do peso corporal, sendo maior nos participantes homens. Evidenciaram diminuição significativa da massa gorda na primeira semana de intervenção nas mulheres participantes, mas a segunda semana não foi significativa, sendo que os homens mantiveram perda progressiva de massa gorda até a última semana de intervenção. Os triglicerídeos reduziram progressivamente apenas nas mulheres e permaneceram inalterados nos homens até o fim da intervenção. De acordo com Hall et al. (2021), analisaram quais os efeitos de uma dieta cetogênica com uma dieta baixa em lipídios e à base de plantas. Os dois grupos retiraram alimentos ultraprocessados e apresentaram o consumo ad libitum durante duas semanas. Nos dois grupos, o peso corporal reduziu, mas sem diferença significativa. No grupo que fez a dieta cetogênica a diminuição do peso foi mais rápida durante a primeira semana, e o grupo baixo em lipídios se manteve constante. O grupo dieta cetogênica apresentou maior perda de massa livre de gordura durante a primeira semana, mas sem diferença significativa. E de massa gorda, a maior perda foi após a primeira semana, mas também, não apresentou diferença significativa. Contudo, o grupo que fez a dieta a base de plantas e baixa em gordura diminuiu significativa e constantemente redução da massa gorda no período de intervenção.

Walitko et al. (2021) em seu estudo relatou que a dieta rica em proteína (PTN) foi mais efetiva na perda de gordura, na preservação de massa muscular, e com melhor efeito no perfil lipídico do que a dieta de baixo índice glicêmico. Dorenbos et al. (2021) relatou que não evidenciaram diferenças na resistência à insulina nos adolescentes após o período de 2 anos, pois tiveram baixa aderência por um período longo.  Tricó et al. (2021) relatou que a perda média de peso foi de 5%, sendo 58% maior no grupo da dieta de baixo carboidrato do que no grupo da dieta mediterrânea. Não foram afetadas pela dieta a tolerância à glicose e glicemia de jejum. As duas dietas mostraram efeitos similares na insulina de jejum e na resistência à insulina. Petrisko et al. (2020) relatou que não houve diferença na perda de gordura e de peso. No período das dietas restritivas em carboidrato, houve maior perda de massa magra, o que não aconteceu na dieta rica em carboidrato e baixa gordura.  Dietas restritas em carboidrato melhoraram o perfil lipídico.

Conforme o artigo 38, 39 e 55 do Código de Ética e de Conduta do Nutricionista (Brasil, 2018), é dever do nutricionista adequar condutas e práticas profissionais às necessidades dos indivíduos, coletividades e serviços objetivando promover a saúde, sem aderir modismos, pressões mercadológicas ou midiáticas e a interesses financeiros. Deve analisar criticamente questões técnicas e metodológicas de práticas, pesquisas e protocolos divulgados na literatura ou adotados por instituições e serviços, bem como a própria conduta profissional. O nutricionista terá como objetivo principal promover a saúde, a educação alimentar e nutricional, de forma crítica e com respaldo científico sempre que compartilhar informações sobre alimentação e nutrição nos diversos meios de comunicação e informação.

A alimentação deve buscar harmonia, equilíbrio, respeitar a importância cultural e visar a promoção da saúde. Dietas da moda visam apenas a perda de peso de uma forma equivocada, não respeitando a individualidade, a autonomia e a particularidade de cada pessoa, gerando assim, desequilíbrios nutricionais. A busca pela vida saudável requer atenção e cuidados e para isso acontecer, o nutricionista precisa orientar, acompanhar e auxiliar o processo da perda de peso, elaborar uma dieta adequada, individual, feita a partir de anamnese, assim tendo efeito mais benéfico que agressivo. Com essa orientação, o indivíduo terá autonomia e flexibilidade para escolher os alimentos, proporcionando bem-estar e saúde. Evidencia-se que a prescrição dietética e nutricional são atividades exclusivas dos nutricionistas. Diante disso, os profissionais nutricionistas devem estar sempre atualizados com respaldos científicos sobre as dietas da moda, com o propósito de orientar seus pacientes sobre os efeitos adversos e dispor de estratégias na promoção de um emagrecimento saudável e eficaz, priorizando a promoção da saúde e incentivando mudanças comportamentais.

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1Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI