TRANSLADO AEROMÉDICO DE PACIENTES CRÍTICOS: PONDERAÇÃO COM A SEGURANÇA DO PACIENTE

AEROMEDICAL TRANSFER OF CRITICALLY ILL PATIENTS: PATIENT SAFETY CONSIDERATIONS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10670439


Marcílio da Costa Carvalho1
Luis Soares Lima Junior2
George Lucas Augusto Trindade da Silva3
Raphaella Viana Guimarães4
Ailton Albuquerque Santos5
Lucas Rocha Bernardes6
Josinalva Nunes da Costa7
Mariza Almeida Bezerra8


Resumo

O transporte aéreo é considerado uma modalidade rápida de transporte em todo o mundo, sendo uma alternativa viável para a transferência do paciente grave, aumentando a chance de sobrevida. O estudo aborda o cuidado especializado no transporte aeromédico de vítimas graves, além das limitações e vantagens desse serviço, resguardando a segurança do paciente. Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), com buscas de artigos nos últimos 5 anos nos bancos de dados Pubmed, Scielo e BVS. A análise deu-se pela leitura seletiva e categorização. Foram encontrados 14 artigos que compõem esta revisão. Delimitou-se duas categorias: Transporte aeromédico de paciente grave e desafios do transporte aeromédico e a segurança do paciente. Foi possível observar a importância do conhecimento da assistência aeromédica por profissionais capacitados, pois o cuidado ao paciente crítico em voo é complexo e requer tomadas de decisão rápidas e efetivas.

Palavras-chave: Transporte médico. Emergência. Medicina aeroespacial. Segurança do paciente.

1 INTRODUÇÃO

As origens do transporte aeromédico datam do final do século XIX, época em que balões de ar quente foram utilizados para tirar os feridos dos campos de batalhas e o primeiro relato desse transporte considerado bem sucedido aconteceu no Cerco de Paris por alemães em 1870 (FROMM & VARON, 2000; PRITCHARD et al., 2019).

No Brasil, vigora a Portaria 2.048 de novembro de 2002, do Ministério da Saúde, aprovando o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência para todos os tipos de transportes de pacientes. As ambulâncias (terrestres, aéreas ou aquaviárias) são definidas como veículos que se destinam exclusivamente ao transporte de enfermos. A ambulância classificada como Tipo E é conceituada como aeronave de transporte médico: aeronave de asa fixa (ambulância aérea em distâncias superiores a 240 km) ou rotativa utilizada para transporte aeromédico inter-hospitalar (TAI) e aeronave de asa rotativa (ambulância aérea em distâncias até 240 km) para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) (BRASIL, 2002).

O transporte aéreo ocorre no cenário de atendimento pré-hospitalar (primário) e inter-hospitalar (secundário), sendo que cada ambiente requer cuidados específicos voltados para a segurança do paciente em determinado contexto (MALAGUTTI & CAETANO, 2015).

A tripulação das ambulâncias aéreas é composta por piloto, um médico, um enfermeiro e um profissional capacitado para procedimentos de salvamento, geralmente bombeiros, no caso do transporte pré-hospitalar. No transporte inter-hospitalar, torna-se necessário a contratação desses profissionais especializados para a realização do trabalho (BRASIL, 2002).

O TAI é considerado uma modalidade rápida de transporte em todo o mundo, sendo uma alternativa viável para a transferência do paciente grave, aumentando a chance de sobrevida (EIDING, KONGSGAARD & BRAARUD, 2019). Apresenta fase preparatória, fase de transferência e fase de estabilização pós-transporte. 

Os fatores presentes em voos relacionados à altitude da aeronave, como hipóxia, fadiga, diminuição da umidade do ar, temperatura e outros, podem afetar o paciente, além da atuação dos profissionais (HOLLERAN, 2010; FRAZER, 2019). Assim, durante os voos, os profissionais e o paciente são levados a riscos inerentes ao voo. Nesse ambiente laboral, as situações enfrentadas diariamente podem complicar a segurança do paciente e causar efeitos (DIAS, 2021).

Nesse ambiente o atendimento é restrito ao espaço da aeronave e com poucos profissionais, sendo necessárias programação rigorosa e capacitação específica dos membros da equipe, considerando-se as condições de voo, a fim de que o atendimento seja rápido e seguro. A segurança do paciente está apoiada nas relações interpessoais dos profissionais de saúde, na segurança da equipe multiprofissional e no cuidado prestado. Por essa razão, a abordagem multidisciplinar revela a intenção de somar os múltiplos saberes de todos os profissionais atuantes em uma determinada área, ou seja, profissionais de saúde e pilotos (DIAS, 2021).

Assim, a equipe multiprofissional necessita agir de forma integrada, com conhecimentos, habilidades e atitudes, visando a uma assistência eficaz, considerando os fatores estressantes de voo, as alterações climáticas, a gravidade do paciente, os fatores externos (atraso da ambulância, condições de tráfego e outros) e a fadiga da equipe, entre outras situações rotineiras. As condições da prática podem interferir no desempenho e, também, colocar em risco a segurança dos atores envolvidos (DIAS & PENNA, 2014).

Dessa forma, o estudo tem como objetivo abordar o cuidado especializado no transporte aeromédico de vítimas resguardando a segurança do paciente.

Diante do exposto e considerando a necessidade contínua de estudos aeromédico no Brasil, este estudo se justifica por fornecer informações que agregam na assistência especializada com abordagem multidisciplinar no transporte aeromédico, além de apresentar elementos para a qualidade do cuidado e segurança do paciente.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

2.1 Fisiologia do voo no transporte aeromédico

Os conhecimentos em medicina aeroespacial envolvem tripulantes, passageiros e correlacionam os fatores ambientais de voo, decorrentes da altitude de voo e que podem ocasionar desconfortos aos indivíduos (TEMPORAL, 2005).

As    alterações    fisiológicas ocorrem, tanto nos pacientes quanto na equipe de voo, com  o  aumento  da  altitude  da  aeronave,  o estresse  de  voo  (vibração,  umidade,  ruídos,  temperatura)  e  a  aerodilatação,  decorrente  das  constantes  alterações   de   pressurização dentro   da   aeronave (GONÇALVES et al., 2021).

No transporte aéreo os profissionais de saúde atuam em cabine de aeronaves pequenas, pressurizadas, com pouco espaço para mobilidade, comprometendo o desempenho da assistência, além disso, há diminuição da luminosidade, o que desafia a realização de intervenções precisas e o cuidado centrado no paciente (BIGHAM, 2014).

Por isso é fundamental compreender a composição química da atmosfera, que é uma mistura de numerosos gases, composta principalmente por nitrogênio (78%) e oxigênio (21%). A soma do peso, ou forças, de todos os gases que compõem a atmosfera, é igual à pressão atmosférica, que ao nível do mar é medida como 760 mmHg. A composição do ar permanece constante em qualquer altitude, mas a pressão barométrica atmosférica diminuirá exponencialmente à medida que a altitude aumenta devido às propriedades cinéticas dos gases, conforme explicado pelas leis físicas dos gases (COKER et al., 2002).

Quanto ao ambiente de aeronave, a pressurização permite que os humanos voem em altitudes de até 50.000 pés acima do nível do mar sem apresentar sintomas clínicos importantes, mas na maioria das aeronaves usadas em transporte aeromédico não foram originalmente projetadas para transportar pacientes. Os estressores clássicos de voo incluem a força da gravidade e mudanças de altitude, temperatura, umidade, aceleração, ruído e vibrações. Esses estressores físicos, excluindo ruído e vibração, são maiores em transportes de asa fixa, pois esses veículos voam em altitudes mais elevadas (FROMM & VARON, 2000).

À medida que uma aeronave ganha altitude, ocorre diminuição significativa na pressão atmosférica, resultando na redução da densidade do ar, o que, por sua vez, afeta a respiração, podendo causar hipóxia (TILLBROOK-EVANS, 2019). Isso pode levar a sintomas como tontura, confusão e, em casos graves, perda de consciência. Portanto, a pressurização da cabine é importante para manter níveis adequados de oxigênio durante o voo. A falta de pressão do ar e a baixa umidade na cabine podem ressecar as mucosas e causar maior desconforto respiratório. Isso é particularmente importante para pacientes com problemas respiratórios preexistentes (DA SILVA et al., 2022; BORGES et al., 2022).

Os equipamentos médicos também são afetados pela expansão dos gases, bem como por outros fenômenos relacionados aos estressores físicos derivados do ambiente da aeronave. Alterações na pressão barométrica, com consequentes alterações no volume de gás, são de especial interesse em manguitos de pressão arterial, bolsas de fluído intravenoso e manguitos de tubos endotraqueais (RUSKIN, HERNANDEZ & BARASH, 2008).

Durante a subida e a descida, o volume de gás mudará, expandindo-se ou contraindo-se, respectivamente. Estas alterações no volume de gás podem afetar as medições de pressão arterial não invasiva (NIBP), fornecendo leituras falsas momentâneas (DORLAC, MASON & DORLAC, 2019). 

As bolsas de solução de fluido intravenoso contêm ar, o que pode alterar a taxa de gotejamento da taxa original desejada à medida que o volume do gás muda. Por esse motivo, as bolsas de fluido intravenoso devem ser usadas em conjunto com bombas de infusão, e não por mera taxa de gotejamento (DORLAC, MASON & DORLAC, 2019). 

Assim, o principal objetivo de uma equipe de voo que transporta um paciente gravemente doente é garantir a transição mais tranquila entre as instalações. O exame cuidadoso do paciente é provavelmente o aspecto mais crucial para uma preparação adequada para o voo. É recomendada uma abordagem orientada aos sistemas orgânicos para pacientes gravemente enfermos (ARAIZA et al., 2021).

2.2 Capacitação Aeromédica

A capacitação e o treinamento dos profissionais são primordiais, desde o início da sua formação acadêmica. A capacitação qualificada pode fazer com que os profissionais da saúde se sintam aptos para atuarem, otimizando a segurança, a resolubilidade e minimizando a incidência de possíveis eventos adversos, durante o atendimento ao paciente criticamente enfermo (GONÇALVES et al., 2021).

Há   várias   particularidades enfrentadas pelos profissionais de saúde do  serviço  aéreo,  tais  como:  a  limitação  do  espaço  na  aeronave,  a  presença  de  ruídos,  as  acelerações,  as  desacelerações, as  vibrações,  dentre  outras. Todas podem gerar alterações fisiológicas em graus diferentes nos tripulantes (LIMA et al., 2015)

Autores como Scuissiato et al. (2012) e Lam, Huong & Tuan (2018) reforçam a importância, para o profissional atuante no transporte aeromédico, de dominar os conhecimentos inerentes de sua profissão, assim como a fisiologia de voo. Afirmam que o planejamento, o treinamento e a preparação prévia dos profissionais do transporte aeromédico maximizam a confiança, o conhecimento e as habilidades clínicas.  

Somados a habilidade profissional, em detrimento das particularidades do serviço aeromédico, da necessidade de um tempo-resposta reduzido no atendimento às vítimas, da agilidade do modal, da especificidade do ambiente e do tratamento definitivo em um menor período (SCHWEITZER et al., 2017). 

Logo, o transporte aéreo requer dos profissionais de saúde entendimento da fisiologia e das alterações que podem ocorrer no paciente. Esse conhecimento deve ser a base das habilidades específicas para atuação no ambiente aeroespacial, tanto nas aeronaves de asa fixa, como aviões, como nas de asa rotativa (HOLLERAN, 2010).

Um exemplo recente do conhecimento especializado e atualizado dos profissionais do transporte aeromédico foi em meio ao epicentro da epidemia do COVID-19 na realização de evacuação aeromédica de pacientes potencialmente contaminados por um agente biológico, onde a via de contaminação é aérea. O planejamento de toda missão foi baseado em protocolos para garantir a segurança dos passageiros, dos tripulantes e da equipe de saúde envolvidos na missão, com todos sendo capacitados em defesa química, biológica, radiológica e nuclear, o que garantiu planejamento e segurança (BORGES et al., 2022).

3 METODOLOGIA 

O presente trabalho é um estudo de revisão integrativa da literatura sobre transporte aeromédico e a segurança do paciente. Esse método faz uma análise de estudos relevantes, compendia o conhecimento produzido e leva ao desenvolvimento de conclusões a respeito da temática. Dessa forma, a pesquisa foi orientada a partir da seguinte questão: Como é a assistência multiprofissional especializada realizada no transporte aeromédico precedido pelo transporte de vítimas por via terrestre (ambulância)? Quais os cuidados que a equipe de saúde especializada deve objetivar para garantir a segurança do paciente?

As buscas das publicações ocorreram no período de janeiro de 2024, com buscas realizadas nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), PUBMED e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), por meio de termos cadastrados no site dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): transporte aeromédico, resgate, emergência, equipe multiprofissional, enfermeiro, aeromédico e paramédicos.  Realizou-se o cruzamento a partir do operador booleano “and” a fim de obter uma busca mais específica. 

Foram aplicados os seguintes critérios de elegibilidade: artigos disponíveis em meio eletrônico, livros, textos completos que abordam o assunto e encontrados nas bases de dados internacionais, nos idiomas inglês e português, ensaios clínicos e publicados entre 2019 e 2023. E como critérios de exclusão foram aplicados: resumos de anais científicos, artigos que não estejam na íntegra e em outros idiomas, fora do período pesquisado, estudos duplicados nas bases de dados e que não atendessem a temática proposta. 

A análise dos dados incluiu a análise prévia, exploração do material e tratamento dos dados, seguida da interpretação dos resultados e definição das categorias temáticas do estudo. Posteriormente a análise crítica, os estudos foram organizados em quadro resumido contendo título, autor, ano de publicação e principais achados respondendo à pergunta norteadora da pesquisa (MINAYO, 2012). 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

Foram localizados 281 artigos usando a metodologia empregada. Destes, foram removidos 45 artigos duplicados e 186 que não atendiam aos critérios de elegibilidade. Foram selecionados 14 artigos após leitura minudenciada e selecionados como amostra final (Quadro). 

Quadro – Principais achados segundo os critérios estabelecidos para esta revisão.

NoTítulo do artigoAutor/ anoPrincipais achados
1Implementação do protocolo de cuidados de enfermagem no trauma em serviço aeromédicoSchweitzer et al. (2020)A maioria dos cuidados (n = 59; 55,7%) foi implementada, totalizando 4.435, 1.480 e 192 cuidados realizados antes, durante e após o voo. Destacaram-se como cuidados não realizados: proteger ouvidos com abafador de orelha (n = 55) e evitar deixar o oxímetro de pulso exposto a raios solares (n = 22). O principal motivo da inexecução foi falta de recurso (n = 94). 
2Formação e qualificação das equipes do serviço aeromédico no BrasilSilva et al. (2021)O transporte aeromédico possui duas áreas com características muito distintas, o setor de aviação e o da medicina aeroespacial. Entretanto, possuem processos muito similares, as regulamentações são fragmentadas, as legislações são inespecíficas e há pouca oferta de formação e/ou capacitações. Assim, é essencial o uso de novas ferramentas para gestão do conhecimento. 
3Segurança do paciente no cotidiano de trabalho da equipe multiprofissional do transporte aeromédico inter-hospitalarDias (2021)Os resultados mostraram que os atendimentos são, na sua maioria, de pacientes do sexo masculino e portadores de doenças cardiovasculares, neurológicos e trauma. O trabalho é dinâmico, imprevisível em ambiente restrito. No cotidiano, prevalecem às normas das áreas da saúde e da aviação, enfocando os riscos nas duas áreas e o rigor adotado no TAI. 
4Transporte AeromédicoLoyd, Larsen & Swanson (2023)A oferta dos prestadores de serviços médicos de emergência (EMS) mudou drasticamente nos últimos 60 anos. Os avanços na tecnologia e nos cuidados de campo permitem agora que EMS forneça cuidados médicos críticos e de trauma, ao mesmo tempo que encaminha o paciente para o tratamento definitivo. 
5Transporte Aeromédico de Pacientes Graves: Uma Revisão da LiteraturaAraiza et al. (2021)O desenvolvimento de equipamentos médicos portáteis confiáveis ​​permite que médicos, técnicos de emergência médica e enfermeiros transportem pacientes feridos e doentes sob constante atenção de cuidados intensivos.
6Evacuação AeromédicaBeninati, Polk & Fallon (2019)O transporte médico aéreo civil fornece uma gama completa de serviços de transporte, desde neonatais, obstétricos de alto risco, até pacientes pediátricos e adultos com traumas graves e doenças críticas que requerem equipamento avançado de suporte à vida, até e incluindo circulação extracorpórea. 
7Desafios e riscos no transporte extra-hospitalar de pacientes durante a pandemia da doença por coronavírus de 2019Rehn et al. (2023)Algum grau de desafio elevado ao tratamento foi relatado em 157 (87,7%) transportes e em 139 (77,7%) o risco do paciente foi considerado elevado. O médico afirmou que algum grau de risco elevado para o prestador foi elevado em 131 (73,2%) dos transportes.
8Categorização dos pontos estratégicos da fisiologia de voo para o transporte aeromédico.Da Silva et al. (2021)O transporte em aeronaves de asa fixa necessita de um conhecimento de fisiologia de voo, potenciais alterações na altitude, recomendações específicas, equipe de saúde e tripulação capacitadas para reconhecer e intervir. Assim como, possuam práticas avançadas, compartilhem as informações, maximizem os processos de segurança e qualidade no ambiente hipobárico. 
9Atuação e desafios do enfermeiro de bordo frente aos riscos ocupacionais no ambiente aéreoFerreira et al. (2022)A área de atuação da enfermagem espacial está atrelada a riscos ocupacionais e entre esses: físicos, químicos, ergonômicos e os riscos biológicos.
10Atribuições do enfermeiro no ambiente aeroespacialRoduenz et al. (2020)As principais atividades no pré-voo, durante o voo e pós-voo foram, respectivamente: verificação/teste da funcionalidade de equipamentos, assistência de enfermagem aos pacientes e reposição de insumos e equipamentos.
11Transporte inter-hospitalar aeromédico de adulto com COVID-19 em oxigenação por membrana extracorpórea: relato de caso Carvalho et al. (2022)O transporte de um doente crítico, instável, com síndrome respiratório aguda em oxigenação extracorporea foi uma oportunidade para a equipe adquirir novos conhecimentos. A preparação adequada da aeronave de asa fixa e o perfil da equipe de enfermeiros especialistas contribuíram para a segurança e qualidade nas três fases do voo: pré-voo, em voo e pós-voo. 
12Processo de trabalho no transporte aeromédico: concepções de trabalhadoresPereira et al. (2021)As facilidades surgem pelo bom relacionamento com a equipe de trabalho e com os serviços de saúde, as vantagens do serviço aeromédico e o sentimento de satisfação com a assistência prestada. As dificuldades estiveram relacionadas com a falta de recursos nas cidades em que este serviço presta atendimento, das desvantagens do serviço e dos sentimentos gerados nos atendimentos ao público infantil.
13Desafios do transporte aeromédico de pacientes infectados por Sars-Cov-2Sehnem (2020)O transporte aeromédico pode ser uma ferramenta importante para auxiliar nos cuidados do paciente suspeito ou infectado pelo novo Coronavírus. Sendo possível assegurar a proteção do paciente e da equipe por meio da utilização dos corretos equipamentos de proteção, assim como de uma efetiva higienização das aeronaves.
14Revisão sobre os desafios e futuro do resgate aeromédicoSantos (2023)Os principais desafios hoje relacionam-se a limitações técnicas por parte das aeronaves, muitas vezes limitadas a condições de voo e o uso inapropriado desse recurso por falta de conhecimento dos profissionais da saúde e órgãos governamentais.

Fonte: Autoria própria.

4.1 Transporte aeromédico de paciente grave 

O transporte aeromédico de pacientes gravemente enfermos tornou-se parte integrante da prática da medicina em escala global. O desenvolvimento de equipamentos médicos portáteis, como monitores cardíacos, ventiladores mecânicos, bombas de infusão e bombas de sucção, entre outros, permitiu que as unidades de cuidados intensivos se estendessem para além dos hospitais (ARAIZA et al., 2021).

O trabalho realizado em transporte de ambulância aérea difere dos demais serviços de saúde por ser mais dinâmico, rápido e bem planejado, levando em consideração a localização do paciente e também a relação risco – benefício (DIAS, 2021).

Para o atendimento ao paciente ser concluído com sucesso, se faz necessário seguir precisamente algumas normas segundo o Conselho Federal de Medicina (CRM), são elas: em todas as modalidades de transporte aeromédico é indispensável a presença do médico a bordo da aeronave. Na modalidade de transporte inter-hospitalar com suporte avançado de vida, a composição mínima da equipe assistencial a bordo da aeronave deve ser: médico e enfermeiro. Todo paciente deve ser acompanhado de relatório completo, legível e assinado com CRM (independente de contatos prévios telefônicos ou verbais), que passará a integrar o prontuário do mesmo no destino – este relatório deve ser também assinado pelo médico que recebeu o paciente no serviço de destino e durante o transporte, a responsabilidade pelo paciente é do médico da aeronave, até o recebimento formalizado pelo médico do serviço de destino (CRM, 2000).

O médico remetente deve estabilizar o paciente com a melhor capacidade daquele hospital antes da transferência. Esse médico também é o responsável final pela escolha do meio de transporte, do nível de atendimento a ser prestado durante a transferência e das ordens de tratamento, se necessário ou solicitado (LOYD, LARSEN & SWANSON, 2023).

Além de utilizar acordos pré-estabelecidos e obter a aceitação de um médico receptor, a etapa de preparação mais importante para transferências entre instalações é estabilizar adequadamente o paciente. Isto deve incluir a realização de quaisquer procedimentos invasivos que o paciente necessite imediatamente ou que possam necessitar durante a transferência. Nos EUA além do piloto, a equipe de voo pode incluir uma combinação de médico, enfermeiro, terapeuta respiratório e/ou paramédico (BENINATI, POLK & FALLON, 2019).

O médico deve ser treinado para lidar com doenças graves, potencial deterioração do paciente durante o voo e quaisquer outras adversidades durante o voo (BENINATI, POLK & FALLON, 2019). As transferências de pacientes envolvendo uma bomba de balão intra-aórtico (BIA), oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), oclusão endovascular de ressuscitação da aorta por balão (REBOA) e outros dispositivos avançados são muitas vezes melhor atendidas por uma equipe de voo que tenha o treinamento necessário e experiência para gerenciar essas tecnologias complexas e suas complicações potenciais (LOYD, LARSEN & SWANSON, 2023). 

Nas altitudes elevadas, a gravidade é reduzida, podendo resultar em problemas de circulação, especialmente nas extremidades, aumentando o risco de trombose venosa profunda (TVP). Medidas como a movimentação regular das pernas e o uso de meias de compressão são recomendadas como formas preventivas à TVP. Estratégias executadas pelos profissionais envolvidos na equipe responsável pelo transporte aeromédico, de gerenciamento de estresse e exposição gradual ao voo, podem ajudar a superar esse problema (DA SILVA et al., 2021).

O Prehospital Trauma Life Support (PHTLS) também aborda considerações especiais, como o atendimento a pacientes pediátricos, mulheres grávidas, pacientes idosos e pacientes com necessidades médicas especiais. Portanto, o PHTLS fornece diretrizes sobre quando e como transportar um paciente com trauma para um centro de trauma apropriado. Isso inclui critérios de triagem, decisões de transporte e comunicação com o hospital de destino (SCHWEITZER et al., 2020).

Outro importante profissional envolvido nesse transporte é o enfermeiro, que realiza o cumprimento das etapas nas fases antes, durante e após o voo. Durante a fase pré-voo, deve ser realizada a organização dos equipamentos e materiais necessários para o atendimento, a discussão do caso clínico e quais as condutas mais adequadas ao paciente. O profissional deve avaliar condições de operacionalização de equipamentos como o ventilador mecânico, monitor cardíaco, válvula de oxigênio, prancha, aparelho de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) entre outros (RADUENZ et al., 2020).

Durante o voo, a assistência de enfermagem envolve atribuições como o monitoramento contínuo, por meio da avaliação dos sinais vitais do paciente, administração de medicamentos conforme necessário e fazer ajustes no tratamento durante o voo, e após o voo, suas atribuições são, entre outras: preencher a ficha de gastos, garantir que o paciente seja transferido de forma segura para o local de destino ou unidade de saúde apropriada, fornecer informações detalhadas sobre o estado do paciente, tratamentos administrados e outras informações necessárias à equipe médica de destino (FERREIRA et al., 2022).

Durante a pandemia do coronavírus oportunidades de aprendizagens foram impostas também no transporte aeromédico, conforme o estudo de Carvalho et al. (2022) o transporte de um doente crítico, instável, com síndrome respiratório aguda em oxigenação extracorpórea foi uma ocasião para a equipe adquirir novos conhecimentos. A preparação adequada da aeronave de asa fixa e o perfil da equipe de enfermeiros especialistas contribuíram para a segurança e qualidade nas três fases do voo: pré-voo, em voo e pós-voo.

4.2 Desafios do transporte aeromédico e a segurança do paciente

A maioria dos problemas de segurança segundo Loyd, Larsen & Swanson (2023) relacionam-se ao clima, obstáculos, voo noturno e problemas mecânicos. Cada um deles é mitigado através de múltiplas estratégias, com ênfase principal na gestão e comunicação dos recursos da tripulação. As estratégias padrão incluem instruções de segurança de turno, listas de verificação pré-voo, utilização de zonas de pouso pré-selecionadas, modelos de previsão do tempo e radar, manutenção programada e tecnologia para evitar acidentes na aeronave. 

Outro fator descrito foram os modelos organizacionais e de pessoal em uso. No Brasil os serviços aeromédico são tanto da rede pública (SAMU) como da rede particular de saúde. O modelo tradicional de programa de voo nos EUA é organizado em torno de um hospital ou grupo de saúde, e os tripulantes de voo são funcionários do hospital (LOYD, LARSEN & SWANSON, 2023).

Outro cenário difícil de gerenciar é um paciente que está em situação extrema ou parada cardíaca. A menos que a aeronave tenha acesso a um dispositivo mecânico de RCP, a RCP contínua de alto desempenho é realisticamente impossível na maioria das ambulâncias de asa rotativa. A RCP manual também exigiria que pelo menos um dos prestadores permanecesse sem cinto durante o voo, representando um perigo potencial para a tripulação e o paciente. (LOYD, LARSEN & SWANSON, 2023).

Silva et al. (2021) ressaltam que o trabalho em equipe é uma das habilidades indispensáveis para que o transporte transcorra de forma segura e qualificada. Essa habilidade é sempre difícil de controlar, tornando-se um grande desafio na rotina do transporte aeromédico.

No estudo de Pereira et al. (2021) foram descritas as dificuldades no transporte aeromédico e estiveram relacionadas com a falta de recursos nas cidades em que este serviço presta atendimento, das desvantagens do serviço e dos sentimentos gerados nos atendimentos ao público infantil.

Associando a correta utilização dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s), a higienização correta da aeronave é um fator que contribui para o incremento da segurança para as pessoas envolvidas no transporte. Contudo se deve enfatizar que há muitas ferramentas disponíveis às empresas para a manutenção da segurança da tripulação e do paciente, fornecendo um voo seguro e eficaz aos envolvidos (SEHNEM, 2020; REHN et al.,2023).

Os principais desafios hoje relacionam-se a limitações técnicas por parte das aeronaves, muitas vezes limitadas a condições de voo visuais diurnas, e o uso inapropriado desse recurso por falta de conhecimento dos profissionais da saúde e órgãos governamentais (SANTOS, 2023).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo permitiu conhecer algumas peculiaridades do transporte aeromédico, a importância da capacitação profissional, da assistência especializada, além da percepção da otimização da qualidade assistencial. Foi possível observar os cuidados especializados com o paciente grave no transporte aeromédico, pontuando as ações do enfermeiro e do médico de  bordo.

Dessa forma, para que haja segurança e sucesso no transporte aeromédico, é imprescindível que a equipe conheça adequadamente os pacientes para antecipar-se a suas possíveis necessidades em voo. Para isso, o preparo do paciente, da aeronave, dos materiais e dos equipamentos de bordo tornam-se atividades e protocolos inerentes à atividade aeromédica.

O transporte aeromédico de pessoas gravemente enfermas é uma tarefa complexa que necessita de estreita coordenação e planejamento, baseado em processos dinâmicos de tomada de decisões aeromédica. 

Por fim, notou-se escassez de estudos científicos nas bases de dados sobre a atuação da equipe aeromédica na estabilização do paciente no pós voo, bem como os cuidados ao paciente em solo na transição entre o aeromédico e terrestre.

REFERÊNCIAS

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1Enfermeiro na Empresa WF CONTROL.E-mail: marciliocarvalho27@gmail.com
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