REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10637801
Lynda Léa P. B. Côvalo (IC)1
João Vitor V. dos Santos(IC)2
Kelvin H. J. F. Reis (PG)3
Introdução
As arboviroses são doenças virais transmitidas por artrópodes, principalmente o mosquito Aedes aegypti. São classificadas como arboviroses urbanas: dengue, chikungunya, zika e febre amarela, que são doenças de notificação compulsória, estando presentes na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública, unificada pela Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017, do Ministério da Saúde. Desde fevereiro de 2020, o Brasil enfrenta uma pandemia da COVID-19 e, com a confirmação dos primeiros casos, observou-se uma diminuição dos registros de casos prováveis e óbitos por arboviroses nesse período, alertando assim a Secretaria de Saúde do Estado e a população do Tocantins.
Palavras Chave: Arboviroses, Pandemia, Notificação
Metodologia
Dados colhidos do monitoramento feito pela Secretaria Estadual de Saúde do Tocantins, por meio da Gerência de Vigilância das Arboviroses- GVA, acessados através do Integra Saúde na cessão de agravos.
Resultados e Discussão
No ano de 2019 os casos notificados de dengue eram de 13.520, no ano de 2020 foram 1.891 casos notificados, tendo um aumento para 17.288 no final do ano de 2021. Ao observar os casos de chikungunya no ano de 2019 tiveram 181 casos notificados, 52 em 2020 e ao final do ano de 2021 foram 1.184. Ao falar das outras arboviroses, os casos mais recentes não tiveram a contabilização nas informações coletadas, sendo notificados apenas de 2019 e 2020. No caso da Zika, no ano de 2019 foram 278 casos notificados, em 2020 foram 26. Para febre amarela, no ano de 2019 foram notificados 37 casos, em 2020 foram 21 casos. No ano de 2022, há o quantitativo de casos notificados de todas as arboviroses, sendo dengue com 40.724, chikungunya com 8.207, zika com 1.946 e febre amarela com 12 casos em todo o estado do Tocantins.
Figura 1. Gráfico demonstrativo de nº de notificação/ ano
A partir desses dados, pode-se concluir que houve um grande impacto da pandemia na incidência de arboviroses no estado do Tocantins, o alto número de casos registrados em 2019 foi seguido por uma grande queda em 2020, coincidindo com o ápice da pandemia, sendo que houve retorno do aumento de casos nos ano 2021 e 2022, com a melhora gradual nos números pandêmicos. De tal forma, surgem hipóteses, sendo a primeira a subnotificação dos casos no período, devido ao foco no COVID-19; e a segunda, a diminuição real das infecções em consequência do novo vírus do ambiente; não necessariamente uma excluindo a outra. Dessa forma, precisa-se de novos estudos mais aprofundados para investigar com clareza essa situação, além de reacender os programas de conscientização e alerta para essas patologias.
Referências
1-MONITORAMENTO das Arboviroses Urbanas (dengue, chikungunya e Zika) e Silvestre (febre amarela) no ano de 2020. TOCANTINS: SECRETARIA DA SAÚDE, 1 jul. 2021. Disponível em: https://central.to.gov.br/download/250434. Acesso em: 22 ago. 2023..
2-INFORME Epidemiológico ARBOVIROSES. TOCANTINS: SECRETARIA DA SAÚDE, 2022. Disponível em: https://central.to.gov.br/download/293799. Acesso em: 22 ago. 2023.
1 lyndalea2001@gmail.com / Graduando do curso de medicina, UNIRG;
2 joaovvs13@gmail.com / Graduando do curso de medicina, UFT;
3 kelvin-hamim@hotmail.com / Graduado do curso de medicina, UNIRG