ESTRATÉGIAS PARA AUMENTAR O INDICADOR DE ADESÃO DAS MULHERES NA COLETA DE PREVENTIVO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10622414


Laís de Oliveira Santos
Orientadora: Dra. Priscila Maria Marcheti


RESUMO

SANTOS, Laís de Oliveira. Estratégias para aumentar o indicador de adesão das mulheres na coleta de preventivo. 2024. p. 1-25 Trabalho de Conclusão de Residência – Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família SESAU/FIOCRUZ. Campo Grande/MS, 2024.

Introdução: O Câncer de Colo de Útero é um problema de Saúde Pública que afeta as mulheres, sendo a quarta causa de óbito entre essa população. Um dos meios para se detectar precocemente é pelo exame citopatológico, realizado por profissionais de saúde nas unidades básicas de saúde. O objetivo dessa pesquisa de intervenção é a elaboração de estratégias para aumentar a adesão das mulheres nas consultas para coleta do exame citopatológico. Método: Trata-se de um projeto de intervenção que foi realizado em uma UBSF, no período de agosto a outubro de 2023, com mulheres entre 25 a 64 anos, com vida sexual ativa. Resultado: Os dados mostram que as estratégias para aumentar a adesão das mulheres no exame Citopatológico não surtiram efeito esperado. As causas para o absenteísmo das mulheres nas coletas de exame citopatológico podem estar relacionados a sentimentos de constrangimento, medo, vergonha e ansiedade. A intervenção não causou um impacto grande a ponto de fazer o indicador do Programa Previne Brasil aumentar Apesar das estratégias não terem sido eficazes, foi evidenciado que a educação em saúde é considerada estratégia fundamental para captação das mulheres. Considerações finais: A realização de propostas de intervenções pode gerar uma melhor adesão e conhecimento da população sobre o exame citopatológico.

Palavras chaves: Atenção primária à saúde. Exame citopatológico. Mulheres.

ABSTRACT

SANTOS, Laís de Oliveira. Strategies to increase women’s adherence to preventative collection. 2024. p. 1-25. Residency Completion Work – Multiprofessional Residency Program in Family Health SESAU/FIOCRUZ. Campo Grande/MS, 2024.

Introduction: Cervical Cancer is a Public Health problem that affects women, being the fourth cause of death among this population. One of the ways to detect it early is through cytopathological examination, carried out by health professionals in basic health units. The objective of this intervention research is to develop strategies to increase women’s adherence to consultations to collect the cytopathological examination. Method: This is an intervention project that was carried out in a UBSF, from August to October 2023, with women between 25 and 64 years old, with an active sexual life. Result: The data show that the strategies to increase women’s adherence to the Cytopathological exam did not have the expected effect. The causes for women’s absenteeism in Pap smear collections may be related to feelings of embarrassment, fear, shame, and anxiety. The intervention did not have a large impact to the point of making the Previne Brasil Program indicator increase. Although the strategies were not effective, it was evident that health education is considered a fundamental strategy for attracting women. Final considerations: Proposing interventions can generate better adherence and knowledge among the population about the cytopathological examination.

Keywords: Primary health care. Colpo Cytological examination. Women.

 1  INTRODUÇÃO

O câncer de colo do útero ocorre devido ao crescimento desordenado das células uterinas, os principais sintomas incluem: dor na relação sexual, corrimento e sangramento vaginal (INCA, 2007). Existem dois subtipos oncogênicos do papilomavírus humano (HPV) que são responsáveis por 70% dos cânceres de colo de útero, são eles, os tipos HPV16 e HPV18 (INCA, 2022).

No mundo, o câncer de colo de útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, e a quarta causa de óbitos entre a população feminina, sendo responsável por 311 mil óbitos por ano. Já no Brasil é o terceiro tipo de câncer mais predominante e a terceira maior causa de morte entre a população feminina. No âmbito regional, na região do Centro-oeste, ele é o terceiro tipo de câncer com maior incidência (BRASIL, 2022)

De acordo com uma pesquisa realizada no brasil em 2019, foi estimado uma cobertura do exame citopatológico Papanicolau de 81,3% no público alvo. No Centro-Oeste, a proporção de mulheres que realizaram o citopatológico Papanicolau no mesmo ano foi de 78,8% (BRASIL, 2022).

O exame citopatológico Papanicolau, também conhecido popularmente como exame Citopatológico, é um teste que analisa as alterações nas células do colo do útero (BRASIL, 2011). Ele permite diagnosticar o câncer no colo de útero em sua fase inicial, sendo recomendado a realização do exame em mulheres na faixa etária dos 25 a 64 anos com vida sexual ativa (LIMA et al., 2023).

2  REVISÃO DE LITERATURA 

Dentre as principais dificuldades das mulheres na adesão ao exame estão os sentimentos de medo, vergonha, ansiedade, falta de conhecimento, medo do resultado do exame e constrangimento, principalmente devido a maneira como a coleta de exame é realizada, em posição desconfortável. A mulher sente-se invadida com sua privacidade invalidada (JORGE et al., 2011; SANTOS; GOMES, 2022). Algumas mulheres desconhecem a relação do exame com a prevenção do câncer de colo do útero, o que gera um equívoco acerca do objetivo do exame (LIMA et al., 2023).

É importante que os profissionais de saúde estabeleçam vínculo com as mulheres, visando proporcionar confiança, segurança e conforto para realizar o exame Citopatológico (MACIEL et al., 2021). Neste contexto, a equipe de atenção básica tem responsabilidade em realizar educação em saúde para orientar a população acerca dos agravos existentes e prevalentes, com o objetivo de destacar métodos de diagnósticos preventivos (BRASIL, 2012).

A educação em saúde é uma das ferramentas para alcançar a adesão das mulheres nas consultas para coleta do exame citopatológico, pois analisando a literatura podemos perceber que a falta de conhecimento sobre a importância de realizar o exame impacta na adesão das mulheres à promoção e prevenção em saúde. Mulheres bem instruídas tem maior índice de adesão nas consultas para coleta do exame, pois tem mais compreensão acerca da importância e do motivo de realizar o exame Papanicolau, fortalecendo para o aumento da cobertura do rastreio de câncer do colo do útero precoce (PAULA et al., 2019).

Neste contexto, o Ministério da Saúde estabelece que o financiamento da atenção primária seja realizado através do pagamento por desempenho, o valor repassado é calculado com base no alcance dos indicadores do Previne Brasil (BRASIL, 2022).

Previne Brasil consiste em sete indicadores em saúde, entre eles, há o indicador de Proporção de mulheres de exame citopatológico realizado na Atenção Primária em Saúde, este é o tema deste estudo.

No mês de outubro de 2022 a Prefeitura Municipal de Campo Grande, lançou uma estratégia de agendamento online de exame Citopatológico por um link, esse site surgiu para facilitar o acesso e oferecer melhor conforto e agilidade nos agendamentos.

Este estudo busca um plano de ações para incentivar a adesão das mulheres do território de uma equipe de Estratégia em Saúde da Família ao exame Citopatológico Papanicolau. Ações que promovam educação em saúde na população feminina, educação permanente com a equipe técnica e elaboração de materiais de conscientização a cerca desse exame (MACIEL et al., 2021). 

3  MÉTODOS

O presente estudo se configura em um projeto de intervenção, que tem a proposta de buscar elaborar ações em saúde com a finalidade de solucionar um problema em questão, para que ocorra uma melhora nos processos de trabalho (SOUSA, 2021).

3.1  Local do estudo

O projeto foi autorizado pela Secretaria Municipal de Saúde, o trabalho foi enviado e aprovado pela CGES/SESAU e irá ocorrer com a uma Equipe de Estratégia de Saúde da Família localizada no município de Campo Grande, MS.

3.2  Universo

A intervenção ocorreu entre os meses de agosto a outubro de 2023, com mulheres entre 25 a 64 anos, com vida sexual ativa. Participaram também os Agentes Comunitários de Saúde e as pessoas que estavam na sala de espera da unidade de saúde nas datas programadas.

3.3  Coleta de dados

Para o levantamento dos dados sociodemográficos das mulheres, foi utilizado informações presentes do e-SUS, como: idade, raça, endereço, estado civil e escolaridade.

3.4  Análise dos dados

Para a avaliação do resultado sobre a adesão ao exame de coleta citopatológico, foi gerado um relatório na plataforma Gerência APS, com números e porcentagens.

O quadro 1 traz o plano de ação da intervenção realizada com a população, segundo os meses de desenvolvimento das atividades, seus objetivos, público alvo e os materiais utilizados, com a proposta aumentar o indicador de citopatológico.

Quadro 1: Roteiro de ação das intervenções realizadas na Unidade de Saúde, Campo Grande, 2023.

PeríodoAçãoObjetivoPúblico AlvoMaterial
AgostoEducação permanente com os agentes comunitários de saúdeAprender sobre a importância de realizar o exame citopatológico-Agente comunitário          de saúdeMaterial online sobre as recomendações do exame citopatológico
OutubroAção educativa para as pessoas que estarão na Sala de espera Expor sobre a relevância do exame citopatológico e seus benefíciosPopulação em geralFolheto como orientações sobre o câncer de colo de útero
No dia da consultaContato telefônico para confirmar consultaContatar as pacientes agendadas para coleta de citopatológico, a fim de confirmar presença.Mulheres agendadasPEC
Ligação telefônica
Em períodos de consultório no decorrer da semanaColetar o exame de citopatológicoDiagnosticar neoplasia de colo do úteroMulheres de 25 a 64 anos-Sala de coleta-Aventais, lençóis, -Maca ginecológica-Espéculo-Espátulas de Ayres-Escovinhas do tipo Campos-da-Paz-Solução fixadora -Formulários de requisição do exame citopatológico-Foco -Luvas de procedimento-Avental-Lápis-Caneta
Durante a inserção do DIUColetar o citopatológicoDiagnosticar neoplasia do colo do úteroMulheres de 25 a 64 anos-Sala de coleta-Aventais, lençóis, -Maca ginecológica-Espéculo-Espátulas de Ayres
    -Escovinhas do tipo Campos-da-Paz-Solução fixadora -Formulários de requisição do exame citopatológico-Foco -Luvas de procedimento-Avental-Lápis-Caneta

4  RESULTADOS

De acordo com dados levantados no sistema de Gerência APS, foi observado a porcentagem de 16% nas coletas de citopatológico da equipe de saúde estudada no primeiro quadrimestre de 2023, um número considerado muito abaixo em relação a meta do estipulada pelo Previne Brasil que é de 40%. 

Segundo o levantamento do e-SUS, nos meses anteriores às intervenções (janeiro a abril de 2023), foram realizadas 80 coletas por enfermeiros e médicos.

A primeira ação foi implementada no final do mês de agosto de 2023, na qual foi elaborado um material educativo (folheto) com recomendações sobre o exame citopatológico, destinado aos Agentes Comunitários de Saúde. O material foi apresentado, explicado e discutido em reunião de equipe e disponibilizado via WhatsApp para uso dos agentes de saúde e demais profissionais.

Ainda no mês de agosto, foi adotada a estratégia do contato telefônico, para confirmar a consulta agendada para realização do exame Citopatológico Papanicolau. Também foram realizadas coletas nas mulheres que vieram na USF para a inserção do DIU (Dispositivo Intrauterino).

No mês de setembro de 2023 foi feito um levantamento das mulheres de 25 aos 64 anos da equipe usando o sistema de Gerência APS, afim de realizar correções nos cadastros da população, foi impresso uma lista por microárea com o nome das mulheres que não tinham feito o exame Citopatológico Papanicolau e entregue ao ACS responsável. Tal estratégia facilita a busca ativa de mulheres para realizar a coleta do exame.

Seguindo para o mês de outubro de 2023, foi elaborado e apresentado pela turma de residência multiprofissional e também médica um folheto com informações sobre os sinais e sintomas do câncer de colo do útero. Realizou-se uma ação que teve duração de 15 minutos na sala de espera, afim de apresentar para as pessoas que aguardavam por atendimento a importância e a finalidade do exame Citopatológico. 

Após a realização das intervenções foi realizado um novo levantamento das coletas realizadas por médicos e enfermeiros, utilizando o e-SUS nos meses de maio a agosto que correspondem ao segundo trimestre, somando as duas categorias temos um total de 54 coletas.

Mediante a análise das intervenções realizadas e da quantidade de coletas comparadas ao início do ano, verificou-se que as ações não foram eficazes, pois ao realizar a comparação com as demais equipes que não fizeram ações, o resultado é quase o mesmo. De acordo com os dados levantados no e-SUS do segundo quadrimestre, obtidos no início de outubro, ocorreu uma melhora de 3% no indicador do Previne Brasil, ficando com o resultado de 19%. O quadro 2 a seguir mostra os resultados do primeiro e do segundo quadrimestre:

Quadro 2: Resultados dos indicadores do 1º quadrimestre, Campo Grande, 2023.

Resultado dos indicadores do 2º quadrimestre:

Legenda: In.1 = Gestantes 6 consultas Ind.2 = Gestantes exames sífilis/HIV Ind.3 = Gestantes Atend.
Odontológico Ind.4 = Exame Citopatológico  Ind.5 = Cobertura Vacinal < 1 ano Pólio e Penta  Ind.6 = HAS PA Aferida Ind.7= DIA.Solic.Hemoglob.Glicada

5  DISCUSSÃO

As causas para o absenteísmo das mulheres nas coletas de citopatológico podem estar relacionados a sentimentos de constrangimento, medo, vergonha, ansiedade e a falta de conhecimento sobre a importância em se realizar o exame e sua relação na prevenção do câncer de colo do útero (JORGE et al., 2011; SANTOS; GOMES).

Para Jorge, et al., (2011) umas das dificuldades apontadas, seria a grande exposição que o exame faz na genitália feminina, considerado um “tabu” para algumas mulheres, e que mulheres que tiveram experiências negativas sexuais também podem apresentar medo na hora da coleta.

Um estudo realizado com 12 enfermeiros da USF, mostrou que após a pandemia da COVID-19 a retomada das coletas de citopatológico sofreu os impactos negativos devido ao medo da contaminação, da ausência de recursos humanos e falta de insumos necessários para a realização do exame, ocasionando baixa na cobertura (KAUFMANN et al., 2023).

Em um estudo de Maciel et al (2021) realizou busca ativa das mulheres de 25 a 64 anos, afim de aumentar a adesão das mesmas no exame citopatológico. Foi realizado o levantamento de cerca de 660 mulheres, que estavam aptas para realizar o exame, a partir daí foram distribuídos 148 cartões-convites para realizar o exame. O resultado final foi que apenas 10 mulheres foram realizar o exame na unidade de saúde, concluindo que o problema no alcance das metas é complexo e multifacetado 

Um estudo feito pelos autores (Andrade et al., 2023) aponta a educação em saúde como uma das principais estratégias utilizadas pelos profissionais de saúde na prevenção do câncer de colo do útero. A educação permanente em saúde foi mencionada também em outro projeto de intervenção, realizado na UBSF de Manaus como sendo uma prática de ensino aprendizagem, que é presente no nosso cotidiano e tem papel muito importante na análise da situação de saúde e na criação de estratégias para o enfrentamento de problemas presentes no trabalho (GUEDES et al., 2021).

A educação em saúde se mostrou eficaz no presente projeto de intervenção, pois ao educar a população feminina acerca da importância do exame, as mesmas tendem a procurar mais o serviço de saúde para acompanhamento regular e não buscar a unidade apenas quando está com queixas ginecológicas. Além de espalhar o conhecimento adquirido com as outras mulheres. Como foi mencionado no trabalho da autora (ZANON, 2022), o autocuidado está ligado ao conhecimento acerca do exame.

O agente comunitário de saúde desempenha um papel crucial, que é a aproximação da população à equipe de saúde, os mesmos conhecem muito bem o seu território, possuem vínculo com os moradores, facilitando assim a educação e a busca ativa da população alvo (GUEDES et al., 2021). A capacitação dos agentes comunitários de saúde, a marcação coletas de exames citopatológicos em horários flexíveis e a utilização de uma ficha de controle anual dos exames por microárea, também foram elencadas como propostas no projeto de intervenção da autora (OLIVEIRA, 2015).

No presente trabalho a educação permanente com os ACS’s possibilitou que os mesmos aprendessem mais sobre o tema abordado, além de instruí-los na abordagem com a população feminina.

Outro estudo traz como proposta de intervenção o levantamento de mulheres que estão com o exame citopatológico atrasado, afim de realizar uma busca ativa das mesmas. (Cortez e Lima, 2018).

A educação da população acerca do exame é apontada pelos estudos citados como principal estratégia para alcançar o público feminino, já que muitas mulheres não fazem o exame por medo, falta de conhecimento e timidez (Cortez e Lima, 2018).

É necessário que por parte de toda equipe de saúde da família haja um grande empenho e compromisso nas ações educativas, para que assim ocorra impacto e mudança de atitude na população alvo. Se faz necessário a elaboração de uma rotina para as atividades educativas desenvolvidas na unidade de saúde (Ramos et al., 2014).

Após a implementação das intervenções na unidade de saúde da família do Oliveira, foi observado um pouco mais de adesão por parte das mulheres, quando as mesmas recebiam contato telefônico para avisar das consultas. O trabalho do agente comunitário em convidar as pacientes e educá-las acerca da realização do exame também foi considerado como uma intervenção fundamental.

A oferta do exame citopatológico nas inserções de DIU também se mostrou uma ação eficaz, pois existe na unidade de saúde uma grande procura por parte das mulheres para inserir o DIU.

6  LIMITAÇÕES

Os meses de implementação das intervenções ocorreram em pequeno período, que correspondeu ao período de agosto a outubro. Um tempo maior para implementar as ações, poderia gerar um resultado melhor e maior em questão do número de coletas e captação das mulheres.

Outra limitação foi a falta de motivação por parte dos agentes de saúde em realizar a busca ativa das mulheres, pois os mesmos já tem que cumprir com as suas obrigações na unidade de saúde. Sendo essa busca um serviço a mais.

7  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir que a realização de propostas de intervenções pode gerar uma melhor adesão e conhecimento da população a respeito do exame citopatológico. Apesar das propostas apresentadas não causarem um impacto grande a ponto de fazer o indicador do Programa Previne Brasil aumentar, o fato ocorreu devido ao pequeno tempo de espaço em que as propostas de intervenções foram desenvolvidas. 

As ações que foram realizadas podem gerar mais ideias para projetos de intervenções futuras, com maior tempo de implementação. O trabalho de busca ativa das pacientes de 25 a 64 anos pode ser melhor estruturado. Entendemos com a proposta do trabalho que a educação em saúde continua sendo uma ferramenta de grande valia para a atenção primária à saúde, pois no decorrer da elaboração do projeto de intervenção foi notado que ainda existem mulheres que desconhecem que a unidade de saúde e que o enfermeiro realiza coletas de exame citopatológico, visto que muitas acham que apenas o ginecologista que faz as coletas de citopatológico.

         É necessário a construção de mais pesquisas no território, afim de entender porque existe o absenteísmo nas consultas para coleta de exame citopatológico e a partir disso realizar propostas de intervenções para alcançar o público feminino.

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FOTO 1 – MATERIAL FORNECIDO AOS ACS’s

FOTO 2 – MATERIAL DA AÇÃO DO OUTUBRO ROSA

FOTO 3 – AÇÃO OUTUBRO ROSA