EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF REPORTED CASES OF MENINGITIS IN THE STATE OF PIAUÍ IN THE YEARS 2018-2022
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE MENINGITIS NOTIFICADOS EN EL ESTADO DE PIAUÍ EN LOS AÑOS 2018-2022
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10619231
Maria Eduarda Napoli Alves Viana¹; Licia de Sousa Gonçalves²; Manoel Monte Carvalho Filho³; Izane Luiza Xavier Carvalho Andrade4; Joana Elizabeth Sousa Martins Freitas5; Juliana Paraguassu Demes Freitas6; Alice Lima Rosa Mendes7; Suely Moura Melo8
RESUMO
Meningite é uma patologia inflamatória que afeta as meninges. Nesse aspecto, foi realizado um estudo epidemiológico, cujo objetivo foi analisar o perfil epidemiológico dos casos dos pacientes com meningite no estado do Piauí entre os anos de 2018 e 2022. Esse estudo epidemiológico utilizou como base os dados do Sistema de Informação dos Agravos de Notificação (DATASUS). Foi averiguado que houve 571 casos confirmados de meningite no estado do Piauí, entre os anos de 2018 e 2022, o que representou uma média anual de 114,2 casos, o ano com o maior número de casos foi o ano de 2018 (160 casos). A faixa etária com o maior número de casos foi de 20 a 39 anos (27,84%); o sexo com maior número de casos foi o masculino (59,71%); a raça com mais infectados foi de pardos (78,80%); a escolaridade mais frequente foi referente à categoria “não foi aplicada” (22,94%); a etiologia de meningite mais comum foi a meningite não especificada (37,30%); a evolução mais comum foi a alta com (71,45%). O critério confirmatório mais empregado foi o quimiocitológico com 48,68%. A maior prevalência foi em indivíduos do sexo masculino, de 20 a 39 anos, de raça parda. O nível de escolaridade não foi aplicado; a etiologia mais comum foi a de meningite não especificada. A evolução mais comum foi a alta. Sabendo disso, fica evidente que identificar os sinais e sintomas de meningite, de forma ágil e eficaz, é fundamental para o tratamento e bom prognóstico. Assim como registrar adequadamente os dados no prontuário é essencial para a análise do quadro epidemiológico do agravo.
Palavras-chave: Meningite; Epidemiologia; Clínica Médica.
ABSTRACT
Meningitis is an inflammatory pathology that affects the meninges. In this regard, an Meningitis is an inflammatory pathology that affects the meninges. In this regard, an epidemiological study was carried out, the objective of which was to analyze the epidemiological profile of cases of patients with meningitis in the state of Piauí between the years 2018 and 2022. This epidemiological study used data from the Notifiable Diseases Information System as a basis. (DATASUS). It was found that there were 571 confirmed cases of meningitis in the state of Piauí, between 2018 and 2022, which represented an annual average of 114.2 cases, the year with the highest number of cases was 2018 (160 cases ). The age group with the highest number of cases was 20 to 39 years old (27.84%); the sex with the highest number of cases was male (59.71%); the race with the most infections was brown (78.80%); the most frequent level of education was in the “not applied” category (22.94%); the most common etiology of meningitis was unspecified meningitis (37.30%); the most common evolution was discharge with (71.45%). The most used confirmatory criterion was chemocytological with 48.68%. The highest prevalence was in male individuals, aged 20 to 39 years, of mixed race. Education level was not applied; the most common etiology was unspecified meningitis. The most common evolution was discharge. Knowing this, it is clear that identifying the signs and symptoms of meningitis, quickly and effectively, is essential for treatment and a good prognosis. Just as properly recording the data in the medical record is essential for analyzing the epidemiological picture of the disease.
Keywords: Meningitis; Epidemiology; Medical clinic.
RESUMEN
La meningitis es una patología inflamatoria que afecta a las meninges. En este sentido, se realizó un estudio epidemiológico cuyo objetivo fue analizar el perfil epidemiológico de los casos de pacientes con meningitis en el estado de Piauí entre los años 2018 y 2022. Este estudio epidemiológico utilizó datos del Sistema de Información de Enfermedades De Notificación como base (DATASUS). Se encontró que hubo 571 casos confirmados de meningitis en el estado de Piauí, entre 2018 y 2022, lo que representó un promedio anual de 114,2 casos, el año con mayor número de casos fue 2018 (160 casos). El grupo etario con mayor número de casos fue el de 20 a 39 años (27,84%); el sexo con mayor número de casos fue el masculino (59,71%); la raza con más contagios fue la parda (78,80%); el nivel de escolaridad más frecuente estuvo en la categoría “no aplicado” (22,94%); la etiología más frecuente de meningitis fue la meningitis no especificada (37,30%); la evolución más común fue el alta con (71,45%). El criterio confirmatorio más utilizado fue el quimiocitológico con un 48,68%. La mayor prevalencia se presentó en individuos masculinos, de 20 a 39 años, de raza mestiza. No se aplicó el nivel educativo; la etiología más común fue meningitis no especificada. La evolución más común fue el alta. Sabiendo esto, queda claro que identificar los signos y síntomas de la meningitis, de forma rápida y eficaz, es fundamental para el tratamiento y un buen pronóstico. Del mismo modo que registrar adecuadamente los datos en la historia clínica es fundamental para analizar el cuadro epidemiológico de la enfermedad.
Palabras clave: Meningitis; Epidemiología; Clinica Medica.
INTRODUÇÃO
Meningite é uma patologia inflamatória que afeta as meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Esta inflamação pode ser causada por agentes infecciosos e é considerada a principal causa de febre associada a sintomas do sistema nervoso central em crianças. Existem diferentes tipos de meningite: as agudas são geralmente causadas por bactérias ou vírus, enquanto as crônicas podem ser causadas por outros tipos de micro-organismos, como protozoários, espiroquetas, helmintos, fungos ou micobactérias (Silva, 2021).
A meningite bacteriana foi descrita, clínica e patologicamente, pela primeira vez, no início do século XIX e, durante a era pré-antibióticos, essa doença tinha um potencial endêmico e epidêmico e na maioria dos casos levava ao óbito. Nessa perspectiva, a meningite bacteriana é um agravo que afeta pessoas em todo o mundo. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), há cerca de 1,2 milhões de casos de meningite bacteriana anualmente, com cerca de 170 mil mortes por ano. Ademais, sua taxa de mortalidade é de cerca de 50%, mesmo com o tratamento médico adequado. A meningite bacteriana é mais comum em países com poucos recursos que em países industrializados (Focaccia & Della Negra, 2022).
Durante os últimos 20 anos, aproximadamente um milhão de casos suspeitos de meningite foram registrados e cem mil pessoas evoluíram para óbito, conforme a OMS. Embora haja diagnóstico precoce e tratamento adequado, cerca de 5% a 10% dos pacientes não sobrevivem e falecem em até 24 ou 48 horas após o surgimento dos primeiros sintomas. Sem tratamento, até 50% dos casos podem ter como consequência a morte (Brasil,2019).
A meningite bacteriana é uma causa infecciosa que requer diagnóstico e tratamento imediatos por conta do alto risco de morbimortalidade. Seus principais agentes etiológicos são a Neisseria meningitidis, o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae, que são considerados os mais importantes em termos de saúde pública devido à sua alta ocorrência e ao potencial de causar surtos (Brasil, 2019).
Visto que, atualmente, a meningite ainda é um agravo de elevada prevalência, endêmica, além de ainda repercutir em taxas altas de morbimortalidade, surgiu o interesse em identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com meningite no estado do Piauí. O estudo possuiu como objetivo geral analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com meningite no estado do Piauí nos anos de 2018 a 2022, e, como objetivos específicos, identificar os casos de meningite segundo a faixa etária, o sexo, a raça e a escolaridade; observar a evolução dos pacientes com meningite; classificar os casos de meningite de acordo com a sua etiologia e detectar o critério de diagnóstico mais utilizado neste estado, no período analisado.
É importante que se desenvolvam estudos acerca desse tema, para que os profissionais de saúde possam compreender melhor o impacto e as consequências da meningite e também os seus aspectos sanitários. Portanto, o estudo se justifica devido à necessidade de analisar de forma mais profunda e detalhada o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de meningite no estado do Piauí, no intuito de fomentar debates e melhorar a assistência às pessoas acometidas por este agravo, seja através de medidas de prevenção ou pela prestação de cuidados apropriados.
METODOLOGIA
O trabalho tratou-se de uma pesquisa de dados em banco de acesso público, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), não necessitando, para isso, da aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). No entanto, uma vez que os dados da pesquisa foram obtidos mediante a coleta direta do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que é um banco de dados epidemiológicos de livre acesso, mesmo sem a necessidade de aprovação pelo CEP, os pesquisadores respeitaram os preceitos das resoluções Nª 266/12 e Nº 510/16 que estabelecem direcionamentos para pesquisas com seres humanos, no intuito de pautar o estudo nos princípios de benefício à comunidade e não oferecer riscos à dignidade humana.
Tratou-se de um estudo epidemiológico, documental, observacional, aplicado, de cunho descritivo e de abordagem quantitativa, baseado em dados provenientes do SINAN e disponibilizados no Sistema DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) pelo Ministério da Saúde. Foram coletadas informações dos casos notificados de meningite no estado do Piauí, nos anos de 2018 a 2022. Dados colhidos em meio digital através do SINAN, cujas variáveis utilizadas foram: faixa etária, raça, escolaridade, sexo, etiologia, evolução e critério de confirmação de diagnóstico.
Os dados coletados nesse estudo foram acomodados em planilhas no software Excel versão 2019. As informações coletadas foram analisadas através de estatística básica e porcentagem na base 100 e também através de cálculos de incidência, prevalência e mortalidade, além disso foram dispostos em Tabelas e Gráficos para melhor compreensão dos resultados. Os critérios de inclusão desse estudo abrangeram todos os pacientes diagnosticados com meningite no estado do Piauí e registrados no SINAN no período de estudo de 2018 a 2022. Foram excluídos desse estudo outros pacientes diagnosticados com meningite no estado do Piauí, registrados no SINAN, mas que não eram residentes no estado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente estudo analisou um total de 571 casos confirmados de meningite no estado do Piauí, entre os anos de 2018 e 2022, o que representou uma média anual de 114,2 casos. Tal dado é representado no Gráfico 1, que apresenta os casos confirmados no Piauí de 2018 a 2022.
Ao analisar o Gráfico 1, foi possível observar que houve destaque para o ano de 2018 com o maior número de casos, que corresponde a 28,07%, seguido pelo ano de 2019 com 156 casos (27,32%). As inferências obtidas por meio da análise gráfica demonstraram que houve uma tendência de manutenção dos casos de meningite no estado do Piauí. O ano com o menor número de casos foi o ano de 2020 com 59 casos que corresponde a 10,33% do total notificado.
Conforme Silva et. (2022), de janeiro de 2011 a dezembro de 2020 foram registrados 2.020 casos de meningite no Piauí, além disso, os resultados da pesquisa corroboraram com os autores pesquisados, visto que, no estudo de Silva et al. (2022) também foi constatado que o ano de 2020 teve o menor número de registros de meningite no estado do Piauí, adjacente a isso, outro estudo também realizado no estado do Piauí por Lima et al. (2022) também identificou menor número de casos no ano de 2020.
De acordo com Nunes, (2021), o Brasil é um país que passou por intensa e condensada transição epidemiológica até o final dos anos 90, outrora, o país era conhecido por grandes epidemias de doenças infecto-parasitárias, que devido aos baixos indicadores em saúde culminavam em desfechos fatais. Essa era a realidade do país até a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e sua regulamentação, bem como a garantia de suas atividades: curativas, profiláticas e reparadoras. Portanto, a partir desse marco houve a implementação de medidas preventivas a essas epidemias, em especial as epidemias de meningite.
Nesse contexto, os programas de saúde surgidos a partir da década de 1990 pautaram seus esforços na quimioprofilaxia e a imunização como ferramenta para controle das epidemias de meningite (Domingues et al., 2019). Esta medida foi eficaz, pois conforme os estudos de Oliveira et al., 2020, as taxas de infecções por meningite caíram de forma satisfatória nos últimos anos e mesmo com a elevação de alguns casos em comparação aos anos anteriores, os números ainda são mantidos sob controle e com certa estabilidade (como observado no Gráfico 1).
Aguiar et al., 2022 em seu estudo sobre a meningite nos anos de 2020 a 2021 mostraram que as reduções dos casos de meningite foram ocasionadas pela subnotificação destes casos no período pandêmico, o que foi evidenciado pela redução de registros no ano de 2020 e a elevação do número de casos nos anos subsequentes, como 2021 em diante. Conforme os autores, a redução das notificações ocorreu devido às falhas do sistema de saúde durante a pandemia em notificar os demais agravos, visto que os esforços dos profissionais de saúde foram quase que totalmente voltados para o controle da COVID-19.
Concomitante a isso, mesmo com a estabilização dos casos, ainda é necessário o fomento à prevenção da meningite, por meio de campanhas educativas e de vacinação, pois há uma complexa epidemiologia relacionada à propagação da doença e suas variáveis etiológicas no país (Fontelles, 2020). O Gráfico 2 apresenta os casos confirmados de meningite, segundo faixa etária, no estado do Piauí entre 2018 a 2022.
A partir dos dados, infere-se que, entre 2018 a 2022, a distribuição da faixa etária de adultos de 20 a 39 anos e de 40 a 59 anos apresentou-se elevada, com n=159 casos (27,84%) e n=132 casos (23,11%), respectivamente. Além dessas faixas etárias, outra com grande número de casos foi a de crianças de 01 a 04 anos com 55 casos (9,63%).
Em seu estudo sobre os casos de meningite no estado do Piauí, Silva et al. (2022) também observaram que há um predomínio de casos em indivíduos de 20 a 39 anos, tal realidade também corrobora com o estudo de Lima et al. (2020), cujo estudo, igualmente realizado no estado do Piauí, evidenciaram que esta faixa etária é a mais atingida.
Ao observar o maior número de casos, é possível constatar que esse agravo é mais presente em adultos e crianças de pouca idade. Os dados corroboraram com o encontrado no estudo de Oliveria et al., (2021) em que foi evidenciado que a faixa – etária de 20 a 39 anos representou 22,3% (n= 1.026) do total de casos encontrados em seu estudo. Além disso, a Krilow; Souza; Bagatini (2022) apontaram que em adultos, sobretudo em população economicamente ativa, este dado pode ser justificado devido à maior exposição desse contingente populacional aos riscos biológicos advindos de suas atividades diárias, sejam estas laborais (deslocamento urbano e ambiente de trabalho) ou até mesmo viagens ou demais condições de exposição aos patógenos.
Além disso, tal dado também corrobora com o estudo de Andrade et al., (2019), pois mostra que populações de adultos estão mais expostas a riscos biológicos, pois não têm forte adesão a imunização como no caso de crianças e adolescentes.
Guimarães et al. (2022) demonstraram que, em crianças, os agentes causadores das infecções são diferentes, nas crianças os casos infecciosos estão associados à incapacidade do sistema imunológico em lidar com essas infecções ou estão ligados à incapacidade do processo de imunização contra os principais agentes causadores dessa condição. Santos et al. (2021) demonstraram que os casos de infecções em crianças estão relacionados à fragilidade e imaturidade do sistema imunológico, especialmente à sua imunidade diminuída em relação à cápsula polissacarídica do meningococo. O Gráfico 3 mostra os casos confirmados de meningite segundo sexo entre os anos de 2018 a 2022.
O Gráfico 3 apresenta os casos confirmados de meningite, segundo sexo no estado do Piauí entre 2018 a 2022. Conforme a apreciação dos dados infere-se que entre 2018 e 2022 houve n=571 casos confirmados de meningite e que o gênero que possuiu maior número foi o masculino, com n=341 casos (59,71%). Este dado demonstra que a população masculina está mais exposta aos agentes etiológicos que desencadeiam a meningite, bem como esse dado pode refletir a indolência masculina em relação às medidas profiláticas em relação ao agravo.
Lima et al. (2020) evidenciaram que no estado do Piauí, de 2014 a 2021, 62,3% dos casos registrados, ocorreram no sexo masculino. O que corresponde também ao observado nacionalmente, visto que, indivíduos do sexo masculino tendem a apresentar maior grau de exposição, e por isso, os maiores índices de infecção pelo agravo.
Conforme Frasson et al., (2021) em seu estudo sobre epidemiologia da meningite no Rio Grande do Sul, 57,4% da amostra foi composta por indivíduos do sexo masculino, assim como no estudo de Oliveira et al., (2021) (também realizado no Piauí) que 58% dos casos notificados pertenciam ao sexo masculino. Este achado estatístico é explicado pela literatura pelo fato dos homens se exporem mais aos riscos externos, bem como a contaminação por patógenos, junto a isso, indivíduos do sexo masculino possuem menor autocuidado e costumam negligenciar sua própria saúde.
Paralelamente, o estudo de Andrade et al., (2019) demonstrou que a população masculina está mais exposta a doenças de uma forma geral, seja pelas condições de exposição laboral, seja pela relutância em buscar atendimento médico de forma precoce ou até mesmo pela não adesão a métodos preventivos de contaminação. O Gráfico 4 apresenta os casos confirmados de meningite, segundo a raça no estado do Piauí entre 2018 a 2022.
De acordo com os dados obtidos pela análise do Gráfico 4, o grupo racial com maior destaque de casos foi o grupo de pessoas autodeclaradas pardas, com o total de n=450 casos (78,80%). Pode-se perceber que o número é maior que o total de casos das outras etnias, enquanto o menor número de casos foi na raça amarela, que corresponde a pessoas de origem asiática, com 4 casos (0,7%).
Conforme Lima; Patriora (2021), este dado pode ser observado devido à maior parte da população brasileira se autodeclarar parda, ademais, outra variável analisada foi o padrão de infecção por grupo racial, foi averiguado que o maior número de casos ocorreu em indivíduos autodeclarados pardos com n=450 casos (78,80%), este dado está consoante aos dados de formação da população brasileira, em que a maior parte se autodeclara pardo. Todavia, de todos os casos, apenas n=48 foram detectados em indivíduos brancos (8,40%), esse número é inferior se comparado ao de pessoas pardas, isto infere que ainda há desigualdade socio racial no país e que o acesso a melhores condições de saúde ainda é amplamente utilizado por brancos e não pelas demais etnias. O Gráfico 5 apresenta os casos confirmados de meningite, segundo a escolaridade no estado do Piauí entre 2018 a 2022.
Conforme os dados colhidos do sistema, dentre o número total de casos o maior destaque foi nas situações em que esta variável não foi aplicada com n=132 casos (22,94%), entretanto, este dado não oferece análise sobre a variável em questão, visto que não foi registrado corretamente, logo, a categoria com maior destaque (com registro adequado) foi a de Ensino Médio Completo com 69 casos correspondendo a 12,08%.
Pacheco et al. (2022) em sua análise epidemiológica sobre a meningite no Piauí, evidenciaram que há predomínio da infecção em indivíduos com baixa escolaridade, 5ª a 8ª série incompleta do Ensino Fundamental, com n=536 casos que equivalem a 21,81%. Isto ocorre devido ao fato que a educação (grau de escolaridade) é um dos indicadores de saúde, pois em geral, mais anos de estudo indicam melhor padrão socioeconômico e mais acesso aos serviços de saúde, logo, quanto menos anos de estudo, menos acesso à saúde e maior risco de adoecimento. A Tabela 1 apresenta os casos confirmados de meningite, segundo sua etiologia, no estado do Piauí entre 2018 a 2022.
Tabela 1: Casos confirmados de Meningite, segundo etiologia no estado do Piauí 2018- 2022 (n= 571).
Etiologia | Casos Confirmados | % |
Ignorado/ Branco | 2 | 0,35 |
Meningococcemia | 3 | 0,52 |
Meningite Meningocócica | 10 | 1,75 |
Meningococcemia com Meningite Meningocócica | 2 | 0,35 |
Meningite Tuberculosa | 39 | 6,83 |
Meningite Bacteriana | 78 | 13,66 |
Meningite não Especificada | 211 | 36,9 5 |
Meningite Viral | 117 | 20,49 |
Meningite de outra Etilogia | 69 | 12,08 |
Meningite por Haemophilus influenzae | 3 | 0,52 |
Meningite por Pneumococo | 37 | 6,47 |
Total | 571 | 100 |
Os dados indicam que a etiologia com maior número de casos foi a meningite não especificada (MNE) com n=211 casos (36,95%), todavia, este dado configura um tipo não específico da doença. A segunda categoria etiológica mais comum foi a meningite viral (MV) com n= 117 casos (20,49%) e a terceira causa de meningite mais comum foi a de meningites bacterianas (MB) com n=78 casos (13,66%).
Esse estudo apresentou-se diferente do averiguado por Silva et al., (2022), em que foi evidenciado que o estado do Piauí de 2011 a 2021 houve 43,66% de registros relacionado a meningites virais, enquanto as meningites não especificadas representaram 27,47% dos casos notificados neste recorte temporal.
Santos et al. (2021) mostraram em seu estudo que os tipos de meningites mais comuns no Brasil são os de etiologia viral e bacteriana, respectivamente. Todavia tal dado diverge, em parte, do observado no estudo, visto que o tipo predominante no estado do Piauí foi o não especificado, todavia, este dado é reflexo de registros irregulares da etiologia do agravo, o que pode justificar a discrepância entre o averiguado no estudo e a literatura (que indica que a principal etiologia é a viral).
Ademais, os resultados evidenciaram que ainda há falhas relacionadas ao registro adequado de informações socioepidemiológicas e a respeito da própria patologia, uma vez que a meningite não especificada ainda é o tipo mais comum averiguado durante o estudo, tal realidade é descrita por Fróes et al. (2022) em que os autores demonstraram a necessidade da capacitação do profissional para garantir o registro adequado de informações, e que a falta desta capacitação repercute em falhas dos registros de saúde. O Gráfico 6 apresenta os casos confirmados de meningite, segundo sua evolução, no estado do Piauí entre 2018 e 2022.
Ao analisar o resultado foi perceptível que a evolução mais comum foi a alta com n=408 casos que equivale a 71,45% dos casos. Enquanto, os episódios de óbitos foram menos expressivos (n=81, 14,18%), tal realidade pode apoiar com a hipótese de melhora na assistência médica que se torna mais resolutiva, logo, o prognóstico do paciente tende a evoluir para a cura e não mais para o óbito. Além disso, o menor resultado foi o de óbito por outra causa que equivale a (5,07% (n= 29 casos).
Os dados observados pelo estudo, corroboraram com os achados no estudo de Silva et al. (2022), em análise de casos em piauienses de meningite, em que também foi observada a evolução mais comum temos a alta por cura (82,22%). Nesse aspecto, a literatura evidenciou que a apresentação de clínica mais comum é a viral (que costuma ser menos agressiva que a bacteriana e se apresenta de forma autolimitada) implicando desfechos positivos relacionados à meningite.
No Piauí, os casos de alta hospitalar foram n=408 casos (71,45%), o que é um bom indicador, além disso, segundo Teixeira et al. (2018), evidenciaram que além das tendências de infecção desmoronarem com o passar dos anos, os números de desfechos fatais também tenderam a cair, isso foi verificado pelo número de óbitos por meningite no Piauí ter sido menos expressivo do que o número de altas hospitalares.
Fontelles (2020) demonstrou que os falecimentos estão correlacionados, normalmente, à demora em procurar cuidados médicos e à gravidade do quadro. Em certos cenários, também podem estar associados a uma falha no procedimento de imunização, uma vez que isso resultou na redução da ocorrência de casos de meningite por H. influenzae. Ademais, as vacinas conjugadas antimeningocócica do tipo C e antipneumocócica tiveram um impacto significativo na modificação do panorama epidemiológico dessa condição. O Gráfico 7 apresenta os casos confirmados de meningite, segundo seu critério confirmatório, no estado do Piauí entre 2018 e 2022.
Conforme os resultados expressos no Gráfico 7, o critério confirmatório mais utilizado foi o método quimiocitológico com n=278 casos (48,68%), seguido do método clínico com n=90 casos (15,76%). Em se tratando de método confirmatório, conforme os dados obtidos pela pesquisa, o método quimiocitológico, Ramos et al. (2019) em seu estudo, evidenciaram que a maioria dos casos de meningite são virais, portanto, a utilização de métodos como a cultura bacteriana não trariam eficácia diagnóstica e não colaborariam com o tratamento. Além disso, seguido do método quimiocitológico está o método clínico, Feliciano et al. (2023) evidenciaram que a identificação de sinais e sintomas clássicos como: febre, vômitos e rigidez nucal, (embora a rigidez nucal nem sempre esteja presente em todos os pacientes) já são parâmetros suficientes para tratamento empírico do paciente, a fim de evitar o óbito.
A detecção precisa do agente etiológico responsável pelo quadro infeccioso da meningite no Brasil ocorre de modo geral de maneira discreta, especialmente em surtos, nos quais é necessária a identificação para implementação de medidas de controle e vigilância em relação ao agente causador (Brito et al. 2019). Portanto, sob essa perspectiva, surgem os estudos epidemiológicos que categorizam os principais agentes causadores dessas doenças, no que diz respeito à etiologia bacteriana, a N. meningitidis (meningococo) é a principal bactéria responsável pela meningite no país, afetando todas as faixas etárias, mas com maior incidência em crianças e adolescentes. Ademais, o pneumococo é o segundo agente mais comum causador de meningite bacteriana no Brasil, estudos também demonstram que ele é o principal agente causador de meningite no estado do Piauí (Oliveira et al., 2019).
Ao observar todos os dados, percebeu-se que há escassez de estudos sobre o tema no estado do Piauí, sobretudo, estudos recentes que abordassem a epidemiologia do agravo, o que atuou como um entrave para o estabelecimento de padrões comparativos com demais estudos realizados. Além disso, constatou-se também que há um elevado número de casos ignorados e informações mal registradas, que por sua vez, dificultaram a análise dos dados, em especial, durante a especificação do agente etiológico de meningite.
CONCLUSÃO
O perfil epidemiológico de pacientes portadores de meningite no estado do Piauí, de 2018 a 2022, foi composto por indivíduos do sexo masculino de 20 a 39 anos, de raça parda. O nível de escolaridade não foi aplicado; a etiologia mais comum foi a de meningite não especificada. A evolução mais comum foi a alta e o critério confirmatório mais prevalente foi o quimiocitológico.
Como a meningite é uma doença infectocontagiosa grave, mesmo com a etiologia viral sendo a responsável pelo maior número de casos e menos agressiva, a doença traz consigo sequelas aos seus portadores e pode evoluir rapidamente para o óbito se não for tratada. Logo, compreender sua clínica é fundamental para o tratamento e bom prognóstico. Por conta disso, registrar adequadamente os dados é basilar para a análise do quadro do agravo, entretanto, durante a realização dos estudos a falta de registros atuou como um dos principais entraves para a correta análise dos dados epidemiológicos.
O trabalho almeja não apenas contribuir com a literatura médica, mas também fomentar os estudos acerca do tema, uma vez que não há muitos artigos científicos atualizados sobre esse agravo no estado do Piauí, bem como a precariedade quanto ao registro de dados. Por isso, há muitos casos ignorados ou o predomínio de quadros indeterminados de meningite. Sendo assim, o arquivo acadêmico mostra-se relevante ao servir como base para futuras pesquisas sobre a temática.
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Centro Universitário Unifacid, Brasil
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²ORCID: https://orcid.org/0009-0006-3688-5535
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³ORCID: https://orcid.org/0009-0005-0395-3047
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4ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4693-1033
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5ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7388-6426
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6ORCID: https://orcid.org/0009-0000-6242-3656
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7ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1960-9647
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8ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9996-0850
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