CORRELAÇÃO ENTRE INVESTIMENTO CORPORAL E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES AMPUTADOS EM REABILITAÇÃO PRÉ PROTETIZAÇÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10610567


Thaila Beatriz Araujo Souza1
Ariállisson Monteiro Dos Santos2
Vanessa De Mamann Felipe3


RESUMO

A amputação de membros inferiores promove alterações significativas na condição de vida dos indivíduos sendo uma condição de potencial impacto em diferentes domínios. Neste artigo objetiva-se investigar a relação entre autoimagem e investimento corporal com qualidade de vida de pacientes amputados. Para tanto, foram aplicadas duas ferramentas de coleta de dados: a Body Investiment Scale (BIS) que avalia o investimento e a importância que o sujeito atribui à sua própria imagem corporal; e a World Health Organization Quality of Life – Bref (WHOQOL-Bref) que mensura a qualidade de vida com vista aos domínios de saúde física, bem-estar emocional, relações sociais e ambiente dos indivíduos. Participaram desta pesquisa 34 pacientes em processo de reabilitação em um Centro Especializado em Reabilitação (CER). Os resultados mostraram que as duas avaliações não se correlacionam e, também, não são impactadas pelas particularidades de cada um, suscitando que a percepção corporal não é fator decisivo ou exclusivo para influenciar a qualidade de vida dos pacientes amputados, razão pela qual faz-se necessário realizar mais pesquisas para compreensão das dimensões da qualidade de vida do sujeito pré-protetizado.

INTRODUÇÃO

No Brasil, no ano de 2011, cerca de 94% das cirurgias de amputações realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foram cirurgias de membros inferiores, sendo os idosos o grupo mais afetado, com maior associação a complicações decorrentes de doenças crônicas e degenerativas (BRASIL, 2013). Apesar da predominância das causas vasculares e diabetes mellitus (DM) em indivíduos acima de 60 anos, as causas infecciosas e traumáticas também desempenham um papel significativo, sendo esta última mais comum em populações mais jovens (MONTEIRO et al., 2018).

A amputação é definida como a retirada total ou parcial de um membro acometido, solução essa encontrada, dentro de um contexto de tratamento para diversas enfermidades, com a finalidade de proteger ou promover melhora da qualidade de vida do indivíduo. Realizada a cirurgia, cria-se um coto de amputação que receberá uma prótese para possibilitar o ortostatismo e marcha, cujo processo de adaptação ao seu uso é singular para cada paciente, razão pela qual o planejamento deve anteceder o procedimento de amputação, pensando em estratégias específicas para o processo de reabilitação que aquele indivíduo enfrentará (BRASIL, 2013).

Antes do procedimento, é de suma importância um planejamento que assegure uma abordagem abrangente à reabilitação pós-amputação, permitindo a criação de um plano de reabilitação personalizado que considere a singularidade de cada indivíduo e fatores como idade, nível de atividade e condições médicas pré-existentes, principalmente para elaborar estratégias preventivas que reduzam o risco de complicações pós-amputação.

A amputação é uma alternativa de tratamento irreversível, por isso, para identificar a viabilidade de preservação ou não do segmento acometido, faz-se necessário uma avaliação criteriosa do nível da lesão vascular, da infecção e/ou do trauma, bem como da vascularização local através da arteriografia. Na tentativa de não amputação, são realizados procedimentos como angioplastia ou debridamento, conforme caso. A decisão do nível de amputação é critério de decisão médica e tem como objetivo preservar o máximo possível do comprimento do membro, a fim de facilitar o processo de adaptação a uma prótese funcional futura (SANTOS et al., 2018).

As cirurgias de amputação de membro inferior podem ocorrer em oito níveis (BRASIL, 2013). Os pacientes que acabam submetidos ao procedimento de forma bilateral são os mais propensos ao comprometimento da independência para as atividades de vida diária (AVD’s) que exigem maior mobilidade, como utilizar o vaso sanitário, tomar banho e realizar transferências (DIOGO, 2003).

Desde a Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (1986) define-se saúde como um completo estado de bem-estar físico, mental e social, ou seja, não somente a ausência de doenças. Já a qualidade de vida, é assumida aqui como percepção subjetiva do indivíduo em relação a sua própria vida, em contexto cultural e de valores em que se vive, relacionado aos seus desejos, preocupações, expectativas, objetivos, bem-estar físico, psicológico e espiritual, saúde, crenças, nível de independência e autonomia, interações sociais, habitação, saneamento básico, educação, dentre outros tantos aspectos (VASCONCELOS et al., 2020).

Quando uma pessoa é submetida à uma amputação por quaisquer motivos, ocorre uma grande mudança em suas capacidades funcionais, afetando diversos aspectos da vida cotidiana e, consequentemente, sua qualidade de vida. As novas limitações funcionais, junto a fatores pessoais, sociais, ambientais e culturais, podem restringir a participação e inclusão social, dependendo do nível de funcionalidade alcançado pelo individuo amputado (CHAMLIAN; STARLING, 2013).

Diversos fatores interferem na qualidade de vida dos indivíduos amputados e podem interferir em seu processo de reabilitação, tal como a dependência na execução de atividades de vida diária (AVDs), fatores sócio-ambientais e a percepção negativa sobre a amputação (SANGIROLAMO et al., 2021). Cada pessoa lida com a perda de um membro físico e enfrenta o processo de luto de forma singular. O luto tende a envolver sentimentos de negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Uma experiência universal, mas com comportamentos variados (SEREN; TILIO, 2014).

A vivência de uma amputação frequentemente constitui um evento traumático e crítico, visto as várias mudanças bruscas impostas à vida da pessoa que foi submetida a esse processo. Como sinalizamos, mudanças que ultrapassam os aspectos físicos e visando a integralidade do cuidado, faz-se necessário uma abordagem multiprofissional, a fim de envolver campos e núcleos de saberes importantes para a promoção e recuperação da saúde nos seus aspectos globais físicos, emocionais, psicológicos, sociais, familiares, assim como ocupacionais (GARCIA; RIBEIRO, 2019).

Com a amputação além da perda de um membro corporal, vivencia-se impactos psicológicos e sociais, com a necessidade de adaptação desses indivíduos a essa nova realidade que traz mudanças de papéis sociais, ocupacionais e familiares, que, por muitas vezes vem acompanhada de dependência funcional, sentimentos de angústia e tristeza. (OLIVEIRA; ALMEIDA, 2019).

O impacto causado pela amputação de um membro é fator desencadeante de uma série de reações emocionais e psicológicas, incluindo desafios na aceitação das mudanças físicas que acabam dificultando a capacidade do indivíduo de reconstruir sua relação com o próprio corpo. Estudo de Zidarov Swaine e Gauthier-Gagnon (2009) suscitou que a satisfação com a qualidade de vida em pacientes amputados tende a estar mais ligada à sensação de dor e fatores psicossociais (por exemplo, imagem corporal) do que a fatores clínicos e demográficos como idade, sexo e causa da amputação.

Conforme indicam (ZIDAROV; SWAINE; GAUTHIER-GAGNON, 2009), os pacientes amputados expressam insatisfação com seu desempenho físico, sua capacidade de execução de atividades de vida diária diárias, nível de dependência e habilidades físicas. Ao retornar para casa, logo após a amputação, há uma redução na percepção da qualidade de vida devido ao fato de que as pessoas enfrentam situações cotidianas que as fazem perceber suas limitações.

Dessa forma, para o reestabelecimento psicológico é importante que no retorno à rotina o sujeito dedique-se à reelaboração de sua imagem corporal tendo o objetivo de aceitar as mudanças ocorridas (DAVISON; MCCABE, 2006).

Conforme Thompson (1996) três aspectos constituem a imagem corporal. O primeiro refere-se à precisão com que se percebe a aparência física, por exemplo, na estimativa de tamanho, peso e cor. O segundo envolve fatores subjetivo, relativo à satisfação com a aparência, além dos níveis de preocupação e ansiedade com o corpo. Enquanto o terceiro aspecto é comportamental, concentra-se nas situações evitadas pelo indivíduo devido ao desconforto com a aparência pessoal.

Davison e McCabe (2006) sinalizam que as medidas mais comuns de imagem corporal estão concentradas na avaliação que as pessoas fazem com respeito à sua própria aparência ou do nível de satisfação com atributos físicos e atratividade geral. A análise do investimento de tempo e esforço do indivíduo com sua própria aparência, no entanto, também pode ser um bom indicador. Isso revela o quão importante um indivíduo considera sua aparência, os comportamentos destinados ao seu cuidado e padrões relacionais.

A fim de ampliar o conhecimento disponível com relação aos pacientes amputados, o objetivo deste trabalho foi investigar a relação entre autoimagem e investimento corporal com qualidade de vida no processo de reabilitação pré-protetização.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal de análise, com   abordagem quantitativa e correlacional, onde foram incluídos 34   pacientes com   amputação   transtibial   e transfemoral que estiveram em atendimento para reabilitação e protetização entre os anos de 2020 e 2022, em um Centro Especializado em Reabilitação (CER), localizado em Campo Grande/MS.

Esta pesquisa constitui parte integrante do projeto intitulado “Correlatos da qualidade de vida e adaptação ao uso de prótese”, submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o parecer Nº4.260.076.  Os pacientes em processo de reabilitação foram convidados a participar da pesquisa e, mediante o aceite, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Os instrumentos utilizados para coleta dos dados foram World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref) para avaliação da qualidade de vida e a escala BODY INVESTMENT SCALE (BIS) para análise do investimento e percepção corporal.

O WHOQOL-Bref é a versão abreviada do WHOQOL-100, o World Health Organization Qualityof Life Group (WHOQOL Group), traduzido para o português e desenvolvido dentro de uma   perspectiva   transcultural para o Brasil, a fim de medir qualidade de vida em indivíduos adultos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aborda a qualidade de vida como a percepção que uma pessoa tem sobre sua posição na vida, considerando a cultura, sistemas de valores, objetivos, expectativas, padrões e preocupações que influenciam seu contexto.

Essa definição destaca o seu caráter multideterminado e a natureza subjetiva do conceito, reconhecendo que a qualidade de vida varia de pessoa para pessoa em virtude destes fatores. Baseado nestes fundamentos, a WHOQOL é um instrumento examina o bem-estar e satisfação do sujeito com relação a aspectos como seu estado de saúde, disponibilidade de rede de apoio, nível de funcionalidade, oportunidades de lazer etc. Sua avaliação é composta por 26 questões, sendo 24 relacionadas a quatro domínios:  físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, e, duas questões gerais, que se referem a como o paciente avalia sua qualidade de vida e o quanto ele está satisfeito com a sua saúde (FLECK, 2000; MORO; ASSEF; ARAÚJO, 2012). Cada uma dessas dimensões reflete aspectos específicos que contribuem para a percepção global de qualidade de vida de uma pessoa.  

A análise do WHOQOL-Bref é alcançada mediante o cálculo de médias, pois para calcular cada domínio é necessário somar os valores das facetas e dividir pela quantidade de perguntas do instrumento que, ao final, resultará no valor total alcançado pelo indivíduo. Adotando a estratégia de Barrientos e colaboradores (2021), nesta pesquisa, os valores obtidos são interpretados da seguinte forma: Necessita Melhorar (1 a 2,9); Regular (3 a 3,9); Boa (4 a 4,9) e Muito Boa (5).

A Body Investment Scale (BIS), ou Escala de Investimento Corporal, é um instrumento utilizado para avaliar o grau de investimento pessoal corporal (descuido, cuidado ou agressões cometidas consigo mesmo) e como a pessoa percebe e valoriza sua imagem. Esse instrumento considera diferentes aspectos, incluindo o cuidado com o corpo, a imagem, a proteção e o toque corporal. A BIS é composta por 24 itens, onde os participantes devem indicar a frequência com que se engajam em determinados comportamentos. Cada item é pontuado em uma escala de 1 a 5, sendo 1 correspondente a “discordo totalmente” e 5 a “concordo totalmente”. A pontuação total varia de 24 a 120, com pontuações mais altas indicando um maior investimento corporal (GOUVEIA et al., 2008).

Os critérios de inclusão neste estudo são: apresentar amputação unilateral ou bilateral nos níveis de coxa ou perna; possuir idade entre 18 e 65 anos, possuir, no mínimo, ensino fundamental incompleto; não apresentar quadro patológico progressivo ou risco elevado à saúde, tal como esclerose, poliomielite, câncer ou outros.

Os critérios de exclusão são: Déficit cognitivo pós-traumático ou quadros psicóticos; a recusa à participação no estudo; apresente piora do quadro de saúde que leve a uma nova amputação em um nível mais elevado.

A análise estatística neste estudo consistirá nas associações entre os instrumentos BIS e WHOQOL Bref e as demais variáveis categóricas, através do teste exato de Fisher. Além disso, a correlação entre os escores das duas escalas será avaliada utilizando o teste de Correlação de Spearman. Para a comparação da pontuação nos quatro domínios do WHOQOL-Bref, será aplicado o teste de Friedman, seguido do pós-teste de Dunn. Todas as análises inferenciais serão conduzidas com um nível de significância de 5%.

  A variável numérica de idade será descrita por meio da média ± desvio padrão. Os dados serão analisados utilizando o software estatístico Epiinfo™ 7.2.5.0, garantindo a adequada interpretação dos resultados e a confiabilidade das conclusões deste estudo. Os resultados serão apresentados em forma de tabelas e gráficos, com a interpretação dos resultados baseada nos objetivos e hipóteses estabelecidos para este estudo.

RESULTADOS

As associações analisadas entre os instrumentos BIS e WHOQOL Bref e as demais variáveis categóricas foram calculadas por meio do teste exato de Fisher, enquanto a correlação entre os escores das duas escalas foi analisada pelo teste de Correlação de Spearman. A comparação entre a pontuação dos quatro domínios do WHOQOL Bref foi calculada pelo teste de Friedman, seguido do pós-teste de Dunn. Em todas as análises inferenciais adotou-se um nível de significância de 5%, por meio do Epiinfo7.2.5.0.

A idade dos participantes variou entre 21 e 65 anos, com média de 47,12±12,73 anos, sendo que a maioria ero sexo masculino e relatou que trabalhava. Quanto às comorbidades, DM e hipertensão arterial sistêmica (HAS) foram as mais prevalentes, sendo que 41,2% deles (n=14) apresentaram as duas patologias concomitantemente. Nos casos em que a causa da amputação foi de origem traumática, a média de idade foi de 38±13,18 anos, já as causas vascular e infecciosa, a média foi de 53±12,73 anos. O nível de amputação transtibial esteve presente na maioria dos pacientes (f = 64,7%). Os dados coletados estão detalhados na Tabela 1.

Tabela 1 – Descrição da frequência absoluta e relativa das características demográficas e clínicas dos 34 pacientes participantes deste estudo. Campo Grande – 2023.

A pontuação na escala BIS para análise do investimento e percepção corporal variou entre 67 e 95 pontos, sendo que mais da metade dos entrevistados atingiram acima de 79 pontos. Neste instrumento, quanto maior a pontuação maior a percepção positiva em relação ao corpo e maior investimento nele, enquanto pontuações mais baixas indicam uma percepção corporal menos positiva ou menor investimento no próprio corpo. Essa variação sugere que as percepções e o investimento no corpo podem ser bastante diferentes entre os indivíduos do grupo estudado.

Figura 1 – Representação gráfica da pontuação obtida no instrumento BIS dos 34 pacientes participantes deste estudo nos domínios do instrumento WHOQOL Bref. Campo Grande – 2023.

A pontuação média em domínios do WHOQOL Bref variou entre 2,1 e 4,8 pontos, com mediana de 3,41 pontos, o que indica que a maioria dos participantes teve uma qualidade de vida classificada como regular.

Não houve correlação entre a pontuação obtida na Ferramenta BIS para análise do investimento e percepção corporal e o escore total do instrumento WHOQOL Bref (p=0,78; r=0,051) (Figura 2). Isso significa que, com base nos dados coletados e nas análises realizadas, não foi possível estabelecer uma relação direta, de um lado, entre como os pacientes percebem e investem em seus corpos e, de outro, sua percepção de qualidade de vida geral, ou seja, a percepção corporal não parece ser decisiva ou o único fator determinante para a qualidade de vida dos pacientes amputados, sendo necessárias mais pesquisas nessa área.

Figura 2 – Representação gráfica da correlação entre a pontuação identificada na dimensão total do instrumento de qualidade de vida WHOQOL Bref e da ferramenta BIS para análise do investimento e percepção corporal em 34 pacientes amputados. Campo Grande – MS, 2023.

Figura 3 – Representação gráfica da pontuação identificada nas dimensões do instrumento de qualidade de vida WHOQOL Bref em 34 pacientes amputados. Campo Grande – MS, 2023.

  Nota: Letras diferentes indicam a significativa diferença entre as dimensões pelo Teste de Fridman com pós teste de Dunn.

 Considerando a classificação atribuída pelo escore total do instrumento WHOQOL Bref, a maioria dos pacientes (f = 79,4%) apresenta uma qualidade de vida insatisfatória (isto é, classificada como “necessita melhorar” ou “regular”) e o mesmo foi identificado nas análises isoladas das dimensões (Tabela 2).

Tabela 2 – Descrição da frequência absoluta e relativa da classificação dos 34 pacientes participantes deste estudo nos domínios do instrumento WHOQOL Bref. Campo Grande – 2023.

Não foi identificada nenhuma relação significativa entre as pontuações BIS ou WHOQOLBref e as demais variáveis (características demográficas e clínicas dos participantes) analisadas neste estudo, conforme detalhado na Tabela 3.

Tabela 3 – Descrição da frequência absoluta e relativa das características demográficas e clínicas em relação às classificações dos 34 pacientes participantes deste estudo na escala BIS e no instrumento WHOQOL Bref. Campo Grande – 2023.

De 34 participantes, 19 (55,8%), apresentou uma percepção corporal com pontuação acima de 82 e, 44,2% pontuaram abaixo disso, enquanto a qualidade de vida geral foi classificada como moderada (precisa melhorar), sendo que a pontuação na dimensão física foi significativamente menor que identificada na dimensão psicológica e meio ambiente.

DISCUSSÃO

Jesus-Silva e colaboradores (2022) ao analisarem os fatores de risco para amputação em membros inferiores (MI), identificaram que as causas decorrentes de doença arterial periférica oclusiva e complicações do pé diabético foram predominantes, sendo a amputação transfemural a que ocorreu com maior frequência e com maior acometimento no gênero masculino com idade média de 65 anos. Esses achados em relação ao sexo e faixa etária, corroboram com os resultados encontrados em outras pesquisas (VIEIRA et al., 2022; VASCONCELOS et al., 2018; FERNANDES; TERCEIRO, 2021).

           

No presente estudo, o sexo masculino também demonstra prevalência nos casos de amputações (f= 67,6%), semelhante ao encontrado por Utiyama et al. (2019) (f=80%) e Scholler et al. (2013) (f=75%). Este último relaciona o gênero masculino com a menor busca destes aos serviços de saúde, bem como a uma maior exposição a fatores de risco agravantes da saúde como o tabagismo, etilismo, estresse e obesidade. Lemos et. al. (2017) mostrou o quanto o estereótipo do ser masculino invulnerável ainda cria resistência para o homem adotar práticas de autocuidado, fazendo com que o costume seja procurar o serviço de saúde apenas em emergências. Isso torna uma grande parte da população de homens, idosos, hipertensos e/ou diabéticos, invisível às políticas de saúde, sugerindo-se a   necessidade   de   ampliar   as discussões na atenção à saúde do homem.

           

A DM e a HAS foram as principais comorbidades encontradas nos pacientes deste estudo corroborando com os achados de Fernandes e Terceiro (2021), onde o DM prévio apareceu como grande protagonista das causas que levam a amputação, seguido de doenças cardiovasculares (evidenciando a HAS), trombose, insuficiências renais, infecções e histórico de tabagismo.  Na pesquisa de Utiyama et al. (2019) a origem traumática por acidente de carro versus moto foi a principal causa, sendo o nível transfemoral. Já nas amputações ocasionadas por origem vascular, a maior causa foi o diabetes.

                       

O estudo de Sousa et al. (2019) trouxe que a amputação traumática foi a causa predominante nos indivíduos da pesquisa, com destaque para os acidentes motociclísticos, seguido por acidentes laborais. Em nossa pesquisa, a faixa etária média dos participantes com amputação traumática foi de 36,5 anos. Este dado relaciona-se com os achados de Monteiro et al. (2018) onde demonstra que os indivíduos maiores com faixa etária maior de 60 anos tendem a sofrer amputação por causas vasculares enquanto indivíduos com idade abaixo de 60 anos amputam por outras causas como a traumática. Constatou também neste estudo que o nível de amputação mais frequente foi o transfemural com predomínio no hemicorpo esquerdo.

Sangirolamo et al. (2021) avaliou a QV de amputados através do questionário WHOQOL-BREF, onde as respostam pontuavam de 1 (muito ruim) a 5 (muito boa). Dos 20 entrevistados, 70% pontuaram 3 no domínio físico (nem ruim/nem boa. No domínio psicológico 50% relataram percepção 3 (nem ruim/nem boa) e 45% pontuou 4 (boa). Nas relações sociais 70% disseram ter boas relações e 65% percebem o domínio meio ambiente como bom. Já no presente estudo, 41,2% pontuaram o domínio físico como necessita melhorar, tendo a mesma porcentagem como regular. No aspecto psicológico, 47,1% classificaram-se como regular, no domínio social 41,2% em necessita melhorar e no quesito meio ambiente 70,6% regular.

O estudo de Sangirolamo et. al. (2021), também avaliou a percepção corporal relacionada à amputação através de um questionário onde: 30% responderam que sua amputação não gera incômodo nos outros, mas mudou a forma como são tratados; 65% afirmaram ser uma barreira para atividades de lazer; 60% que os torna dependentes de outra pessoa, principalmente para AVDs; 40% que o faz diferente dos outros e 25% que é visto como um “peso” pela sociedade. Observou-se também que o nível da amputação mais proximal, o maior número de comorbidades associadas, a mobilidade reduzida, baixa interação social, os pensamentos negativos e o não recebimento da prótese, impactam na recuperação e na qualidade de vida.

Outro estudo, realizou a avaliação da qualidade de vida em amputados de membro inferior em uso de próteses, durante os atendimentos na oficina ortopédica para ajustes ou para fixação de novas próteses, de um hospital de reabilitação. O instrumento utilizado foi o Questionário de Avaliação de Qualidade de Vida (SF-36), o qual compõe-se de 36 itens que avaliam a capacidade funcional, saúde mental, aspectos físicos, emocionais e sociais, vitalidade, estado de saúde geral e a dor, sendo que quanto maior o score, melhor a percepção da qualidade de vida. Como resultado, os domínios que pontuaram mais baixos foram a capacidade funcional e a vitalidade que aborda o nível de energia e fadiga (NAVES; MATOS; ARAUJO, 2020).

O mesmo estudo também aplicou a escala Trinity Amputation and Prosthesis Experience Scale-Revised (TAPES-R), que avalia de forma multidimensional a qualidade de vida desses pacientes já em uso de prótese. A escala analisa os aspectos psicológicos e sociais envolvidos na adaptação ao dispositivo. O estudo obteve como resultado que a prótese pode impactar positivamente na qualidade de vida de seus usuários, com um elevado grau de satisfação funcional e baixa restrição de suas AVD’s (NAVES; MATOS; ARAUJO, 2020).

Conforme estudo realizado por Senra e colaboradores (2012), a amputação traz consigo várias mudanças na vida de uma pessoa, como a perda da independência, dificuldade para realizar as atividades básicas de vida diária, mudanças em sua vida sexual, afetiva e profissional, mudanças quanto sua identidade. Quanto aos aspectos emocionais esses indivíduos experimentaram comumente sentimentos angústia quanto ao seu futuro, ansiedade, depressão, inferioridade, medo de rejeição, revolta, choque, aceitação, pensamentos de raiva e ideação suicida.

Os resultados desta pesquisa revelaram uma ampla variação nas pontuações obtidas na escala BIS, utilizada para avaliar o investimento e a percepção corporal dos participantes. As pontuações variaram em um intervalo de 67 a 95 pontos, sendo que mais da metade dos entrevistados demonstrou pontuações superiores a 79 pontos, indicando uma percepção positiva em relação ao corpo e um investimento mais elevado neste.

A amplitude das pontuações na escala BIS suscita uma ampla diversidade nas percepções e nos níveis de investimento no corpo dentro do grupo estudado. Essa variabilidade pode ser atribuída a uma série de fatores, como experiências de vida, valores culturais e individuais, atividade laborativa antes da amputação, entre outros.

A maioria dos participantes (f=91,2%) do presente estudo realizavam alguma atividade laboral antes da amputação. No estudo de Carvalho-Freitas et al. (2018) identificou-se aspectos que compreendem a relação entre pessoas amputadas e o trabalho. Ao realizar as entrevistas, observou-se que os participantes que trabalhavam no momento da ocorrência da amputação faziam parte predominantemente de empregos no setor agrícola, com uma remuneração equivalente a um salário mínimo. Destes, a grande maioria manifestou o desejo de retornar às atividades laborais, já a minoria restante, afirmou estar com dúvidas sobre o retorno, fato este, relacionado às barreiras que as pessoas com deficiência enfrentam no ambiente laboral.

Dessa forma, o desejo de retornar ao trabalho após uma amputação, ainda que existam barreiras para serem enfrentadas no ambiente laboral, suscita capacidade de resiliência e superação do indivíduo, independentemente da autoimagem. A qualidade de vida desses trabalhadores pode ser influenciada positivamente pela reintegração ao ambiente profissional, pelo sentimento de utilidade e pela superação dos desafios associados à amputação.

Na presente pesquisa, não foi identificada nenhuma correlação significativa entre as pontuações na escala BIS e o escore total obtido na ferramenta WHOQOL Bref, sugerindo que, embora os participantes possam ter diferentes percepções e investimentos em seus corpos, esses fatores podem não estar diretamente relacionados à qualidade de vida global.

Ademais, ao explorar as relações entre as pontuações do BIS e WHOQOL Bref com outras variáveis, como características demográficas e clínicas dos participantes, não foram observadas associações significativas. Essa falta de correlação pode indicar a independência relativa dessas dimensões, enfatizando a complexidade das interações entre percepção corporal, investimento no corpo e outros aspectos da vida dos indivíduos. Sobre isso, relata Matos (2020):

The perception of quality of life for patients with amputation is more associated with pain, adaptation to the prosthesis and psychosocial well-being than with clinical or demographic variables such as age, gender, level or cause of amputation (Vaz et al., 2012) which enhances the results of this investigation and no statistical differences were found when correlating SF-36 data with the same variables.

A percepção de qualidade de vida de pacientes com amputação está mais associada à dor, adaptação à prótese e ao bem-estar psicossocial do que com variáveis clínicas ou demográficas como idade, género, nível ou causa da amputação (Vaz et al., 2012) o que potência os resultados desta investigação e não foram encontradas diferenças estatísticas ao correlacionar os dados do SF-36 com as mesmas variáveis. (Tradução própria)

As observações de Zidarov, Swaine e Gauthier-Gagnon (2009) destacam a insatisfação relatada por pacientes amputados em relação ao seu desempenho físico, capacidade de realizar atividades diárias e níveis de dependência. Todavia, salienta-se que essa insatisfação não deve ser interpretada isoladamente, uma vez que tal dado pode ser compreendido como parte do processo de adaptação à amputação e não uma percepção global e duradoura da qualidade de vida do paciente.

CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a percepção corporal medida pela escala BIS não apresentou uma correlação significativa com a qualidade de vida geral avaliada pelo instrumento WHOQOL Bref, ou mesmo algum de seus domínios em específico.   Isso significa que, com base nos dados coletados e nas análises realizadas, não foi possível estabelecer uma relação direta entre como os pacientes percebem e investem em seus corpos e sua qualidade de vida geral, ou seja, a percepção corporal não parece ser o único fator determinante para a qualidade de vida dos pacientes amputados, ou melhor dizendo, um fator decisivo e discriminante, sendo necessários mais estudos para compreensão.

Também não foi identificada nenhuma relação significativa entre as pontuações BIS ou WHOQOLBref e as demais variáveis (como sexo, faixa etária, comorbidades, tipo de amputação ou etiologia). Essa informação é relevante para o estudo pois indica que as medidas de investimento corporal e qualidade de vida utilizadas não foram influenciadas por essas características específicas dos pacientes. Não se demonstra entre esses fatores qualquer correlação preditiva e a falta de relação significativa sugere que os resultados dessas escalas podem ser generalizados e aplicados de maneira consistente em diferentes grupos de pacientes amputados, independentemente de suas características demográficas e clínicas.

Ao finalizar este estudo, evidencia-se a importância de avaliar integralmente paciente amputado, compreendendo seus desafios físicos e psicológicos. Essa abordagem permite oferecer um cuidado integral, bem como o fortalecimento de sua autonomia e inclusão social. Através da compreensão das necessidades individuais e da implementação de intervenções personalizadas, é possível orientar e monitorar o progresso do tratamento, fornecendo um suporte adequado a fim de promover a melhor qualidade de vida possível para viver de forma plena e satisfatória. Sendo necessárias mais pesquisas com amostras maiores e diversificadas para confirmar e expandir esses resultados.

REFERÊNCIAS

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Trabalho de conclusão de residência apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Reabilitação Física, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob a orientação do Prof. Me. Ariállisson Monteiro dos Santos.