O CLAMPEAMENTO OPORTUNO DO CORDÃO UMBILICAL E SUAS REPERCUSSÕES AO RECÉM-NASCIDO A TERMO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA 

TIMELY CLAMPING OF THE UMBILICAL CORD AND ITS REPERCUSSIONS IN FULL-TERM NEWBORN: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10607989


Aline de Alcântara Correia¹; Aline Santos da Silva²; Edja Bezerra Fidelis³; Letícia Bruna de Souza Araújo4; Mabelly Pessoa de Lima Oliveira5; Rosângela Guimarães de Oliveira6; Selda Gomes de Sousa7; Patricia de Vasconcelos Medran Moreira8; Luanna Toscano de Theorga Bodziak9; Andréa Correia Nóbrega de Sá10.


RESUMO

O trabalho disposto objetivou analisar a literatura acerca das repercussões ao recém nascido a termo com clampeamento oportuno do cordão umbilical. Trata-se de uma revisão integrativa, se configurando em estudo do tipo retrospectivo, realizado a partir das bases de dados Medline, Bdenf, Lilacs, PubMed e Scielo. Buscou-se conhecer na literatura científica o que se tem discutido entre os anos de 2018 a 2023 sobre o tema. Foram selecionados 330 artigos após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. A amostra final foi composta por 10 artigos. A partir da análise dos resultados presentes nos estudos selecionados, observou-se que em 03 (30%), o clampeamento oportuno do cordão umbilical resultou em aumento dos níveis de hematócrito e hemoglobina; 02 (20%) publicações evidenciaram o aumento da bilirrubina neonatal e a necessidade de fototerapia, enquanto 1 (10%) trabalho se opôs ao mencionado anteriormente, abordando a ausência de alterações na bilirrubina neonatal,  consequentemente, a não realização de fototerapia; enquanto 01 (10%) estudo apontou para a relação da transfusão placentária e mielinização cerebral; por fim, 03 (30%) pesquisas abordam as repercussões hemodinâmicas e cardiopulmonares no recém-nascido após clampeamento oportuno do cordão umbilical. Os achados da revisão revelaram repercussões positivas ao recém-nascido a termo. Conclui-se que esta ação pode ser adotada como  prática assistencial durante o nascimento, contribuindo para o melhor desenvolvimento do recém-nascido. 

Descritores: Clampeamento do Cordão Umbilical; Recém-Nascido; Nascimento a Termo.

ABSTRACT

The purpose of this study was to analyze the literature on the repercussions for full-term newborns with timely clamping of the umbilical cord. This is an integrative review, configured as a retrospective study, carried out using the Medline, Bdenf, Lilacs, PubMed and Scielo databases. We sought to find out in the scientific literature what has been discussed between the years 2018 and 2023 on the topic. 330 articles were selected after applying the inclusion and exclusion criteria. The final sample consisted of 10 articles. From the analysis of the results present in the selected studies, it was observed that in 03 (30%), timely clamping of the umbilical cord resulted in an increase in hematocrit and hemoglobin levels; 02 (20%) publications highlighted the increase in neonatal bilirubin and the need for phototherapy, while 1 (10%) work opposed the aforementioned, addressing the absence of changes in neonatal bilirubin, consequently, the non-performance of phototherapy; while 01 (10%) study pointed to the relationship between placental transfusion and brain myelination; finally, 03 (30%) studies address the hemodynamic and cardiopulmonary repercussions in newborns after timely clamping of the umbilical cord. The review findings revealed positive repercussions for full-term newborn. It is concluded that this action can be adopted as a care practice during birth, contributing to the better development of the newborn.

Descriptors: Umbilical Cord Clamping; Newborn; Term Birth.

1 INTRODUÇÃO 

As diretrizes de humanização do parto incluem recomendações baseadas em evidências que devem ser utilizadas. Estas possuem o objetivo de promover a humanização da parturiente durante o trabalho de parto e pós-parto, com foco no menor número de intervenções invasivas, respeitosas e que garantam a segurança do binômio mãe-filho (Gomes et al., 2017).

A assistência ao recém-nascido em sala de parto tem perpassado constantes mudanças, considerando as ações com base em evidências, a fim de reduzir intervenções desnecessárias que possam ocasionar prejuízos a longo prazo  (Silva et al., 2022). Nesse sentido, logo após o nascimento, são realizadas inúmeras condutas não intervencionistas que  promovem a formação do vínculo entre mãe e bebê, considerada a “hora ouro”. Ademais,  evidências apontam para a importância da promoção do contato pele a pele, da amamentação, e do clampeamento oportuno do cordão umbilical nesse momento (Gomes et al. 2017).

Historicamente, o período do clampeamento do cordão umbilical tem sido discutido desde do início do século XIX, em 1801, quando já existiam relatos a respeito da técnica que poderia ser executada de forma precoce, imediata ou oportuna (Fernandes, Araújo, 2020). Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o clampeamento imediato é aquele que ocorre logo após o nascimento, enquanto o oportuno é praticado com a cessação da pulsação do cordão umbilical (SBP, 2021). Atualmente, tem-se a compreensão da relação materno-infantil ao complexo placentário (Silva et al., 2022). 

No Brasil, o clampeamento do cordão umbilical é considerado uma das intervenções médicas mais realizadas, representando uma média de 3.000.000 por ano. Quanto ao clampeamento oportuno, a World Health Organization (WHO) recomenda esta prática ao  RN a termo ou pré-termo que não necessite de reanimação ao nascer, entre 1 a 3 minutos após o parto (WHO, 2017). 

Estudos defendem que o clampeamento oportuno do cordão é benéfico ao recém-nascido quanto à concentração de hemoglobina nas primeiras 24 horas após o nascimento e de ferritina nos primeiros 3 a 6 meses de vida, quando comparado ao clampeamento imediato. Contudo, no clampeamento tardio pode ocorrer policitemia, implicando na necessidade de tratamento de icterícia nos primeiros dias de vida (SBP, 2021).

Além dos benefícios hematológicos, existem repercussões sobre a adaptação cardíaca do RN à vida extrauterina quanto ao tempo de clampeamento do cordão, a saber: transfusão placentária para o RN, efeitos na transição cardiovascular ao nascimento, evolução do RN no curto e médio prazo, além de aumento do fluxo sanguíneo pulmonar (SBP; FEBRASGO, 2022). 

O cordão umbilical tem importância vital para o feto durante a gestação e após o nascimento até que a pulsação seja cessada totalmente, interrompendo a circulação e oxigenação transplacentária. Assim, é recomendado após 30 segundos de vida, o clampeamento do cordão de prematuros com 34 semanas de gestação, depois de 60 segundos no RN pré-termo tardio e a termo com boa vitalidade ao nascer (Silva; Silva; Verçosa, 2023). Partindo dessa premissa, questiona-se: Quais repercussões o clampeamento oportuno do cordão umbilical promove ao recém-nascido a termo?

Segundo a diretriz de recomendações sobre o clampeamento do cordão umbilical da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP; FEBRASGO, 2022), ao ser constatada a ausência da pulsatilidade desse anexo embrionário, inicia-se o clampeamento e corte, seguindo as técnicas de assepsia com uso de clamp, tesoura e pinça hemostática estéreo. 

A rigor, o clampeamento do cordão umbilical trata-se de conduta essencial durante o nascimento, portanto, é crucial que os profissionais de saúde tenham habilidades teóricas e práticas quanto ao momento ideal. Dessa forma, a necessidade de compreender as repercussões, para os recém-nascidos a termo, justifica o estudo aqui apresentado.

Destarte, este artigo tem como objetivo geral buscar, na literatura científica, subsídios em relação ao clampeamento oportuno do cordão umbilical e seus efeitos para os recém-nascidos a termo. Os objetivos específicos são, a conhecer: verificar os efeitos do tempo relacionado ao clampeamento e analisar os impactos do clampeamento ao recém-nascido.

2 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, do tipo retrospectivo, utilizando artigos publicados entre os anos de 2018 e 2023 em diferentes plataformas em saúde. Tendo sentido de conhecer as discussões no Mundo e no Brasil sobre o tema em lide, fomentando a produção de dados com base em evidências científicas. 

Essa revisão permite buscar, avaliar e sintetizar as evidências científicas disponíveis em artigos distribuídos por países de diferentes continentes, contribuindo ao desenvolvimento do conhecimento da temática estudada, e proporcionando suporte para a tomada de decisão na prática clínica. 

Para a elaboração desse artigo, foram perpassadas as seguintes etapas: a) definição da pergunta norteadora e objetivo da pesquisa; b) estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão dos artigos que constituíram a amostra; c) busca da literatura nas bases de dados; d) análise e categorização dos estudos; e) apresentação e discussão dos resultados.

Os dados apresentados foram advindos da busca de artigos publicados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através das bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Latino-Americana, Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de dados de Enfermagem (BDENF), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e PubMed, por meio dos descritores: Clampeamento do cordão e Recém-nascido, utilizando o indicador booleano “and” entre os descritores supracitados, totalizando-se 330 artigos.

Dentre os artigos elencados, foram utilizados os seguintes critérios de inclusão, a saber: dados  disponíveis na íntegra e gratuito; idioma inglês e português; tema principal relacionado aos efeitos do clampeamento oportuno do cordão umbilical em recém nascidos a termo sem comorbidades; publicados nos últimos cinco anos. Por outro lado, foram excluídos estudos com  prematuros, artigos pagos, resumo ou artigo incompleto, similares, relato de caso, tese, monografia, dissertação,  revisões  sistemáticas e integrativas. Assim, após utilização dos critérios supracitados, a amostra final  totalizou-se em 10 artigos.

O fluxograma abaixo sintetiza as etapas de seleção dos artigos nas bases de dados detalhadas acima.

3 RESULTADOS 

Os achados deste estudo estão sintetizados no Quadro 1, no qual apresenta as principais informações dos artigos após filtração pelos critérios considerados,   esquematizado por título, autor, ano de publicação, tipo de estudo, país de origem, base de dados, objetivos e principais resultados.  Em seguida, são discutidos por autores da literatura pertinente.

Quadro 1: Síntese dos artigos selecionados de acordo com o  título, autor, ano de publicação,  tipo de estudo, país de origem, base de dados, objetivos e principais resultados. 

Título, autor e país AnoTipo de estudo Objetivo Principais resultadosBase de dados
Título: Atrasar o clampeamento do cordão até a expulsão da placenta é benéfico? Saturação de oxigênio e transição da frequência cardíaca durante os 5 minutos iniciais após o parto em recém-nascidos saudáveis ​​indianos

Is Delaying Cord Clamping until Placenta Delivery Beneficial? Oxygen Saturation and Heart Rate Transition during the Initial 5 Minutes after Delivery in Indian Healthy Newborns.


Autores: Mukherjee S.;Bulsara JS.; Das M.K.; Waratakar Y.; Saha A.K.; Dubey S.; Mehta P.; Gupta B.; Singh A.K.;

País: Ásia
2020Observacional e prospectivoComparar a saturação pré-ductal de oxigênio ( SpO2 ) e a frequência cardíaca (FC) em recém-nascidos durante os primeiros 5 minutos após o nascimento com práticas de clampeamento tardio (DCC) e clampeamento precoce do cordão (ECC)Os valores dos percentis 5 e 10 de SpO2 para recém-nascidos com prática de DCC foram maiores do que aqueles com prática de ECC. Indicam uma transição cardiopulmonar relativamente mais suave, retardando o clampeamento do cordão até a expulsão da placenta em comparação com o clampeamento precoce .MEDLINE
Título: Clampeamento tardio do cordão versus clampeamento precoce do cordão na cesariana eletiva: um estudo controlado randomizado.

Delayed Cord Clamping versus Early Cord Clamping in Elective Cesarean Section: A Randomized Controlled Trial.

Autores: Cavallin, Francesco ; Galeazzo, Beatriz ; Loretelli, Vitória ; Madella, Stephanie ; Pizzolato, Martina ; Visentin, Silvia ; Trevisanuto, Daniele

País: Itália
2019Ensaio clínico controladoComparar o clampeamento tardio do cordão (DCC) com o clampeamento precoce do cordão (ECC) em relação à adaptação pós-natal em neonatos nascidos por meio de cesariana eletiva.Atrasar o clampeamento do cordão além de 60 segundos aumenta o hematócrito no dia 2 em neonatos nascidos por cesariana eletiva, sem afetar as perdas sanguíneas maternasMEDLINE
Título: O clampeamento tardio do cordão umbilical não aumenta as taxas de icterícia e a necessidade de fototerapia em gestações de risco normal.

Late umbilical cord clamping does not increase rates of jaundice and the need for phototherapy in pregnancies at normal risk

Autores: Carvalho, Ocília Maria Costa; Augusto, Matheus Costa Carvalho; Medeiros, Maxsuênia Queiroz; Lima, Hesly Martins Pereira; Viana Junior, Antonio Brazil; Araujo Júnior, Edward; Carvalho, Francisco Herlânio Costa.

País: Brasil
2019Transversal e retrospectivoVerificar a relação entre o tempo de pinçamento do cordão umbilical e o desenvolvimento de icterícia neonatal , a dosagem de bilirrubina e a necessidade de fototerapia .O tempo de pinçamento do cordão umbilical não apresentou associação com icterícia , dosagem de bilirrubina ou necessidade de fototerapia em neonatos de risco normal, os grupos foram semelhantes no desenvolvimento da ictériciaMEDLINE
Título: Efeitos do clampeamento tardio do cordão umbilical nos níveis de ferritina em 4 meses, conteúdo de mielina cerebral e neurodesenvolvimento: um estudo controlado randomizado.

Effects of Delayed Cord Clamping on 4-Month Ferritin Levels, Brain Myelin Content, and Neurodevelopment: A Randomized Controlled Trial.

Autores: Mercer, Judith S ; Erickson-Owens, Debra A ; Deoni, Sean CL ; Dean, Douglas C ; Collins, Jennifer ; Parker, Ashley B ; Wang, Meijia ; Joelson, Sara ; Mercer, Emily N ; Padbury, James

País: EUA
2018Ensaio clínico controladoAvaliar se a transfusão placentária influencia a mielinização cerebral aos 4 meses de idadeAos 4 meses, bebês nascidos a termo recebendo DCC apresentaram maiores níveis de ferritina e aumento da mielina cerebral em áreas importantes para o desenvolvimento funcional no início da vida . A dotação de glóbulos vermelhos ricos em ferro obtidos através do DCC pode oferecer uma vantagem longitudinal para o desenvolvimento precoce da substância brancaMEDLINE
Título: Efeito e segurança do tempo de pinçamento do cordão nos valores de hematócrito neonatal e resultados clínicos em bebês a termo: um estudo controlado randomizado.

Effect and safety of timing of cord clamping on neonatal hematocrit values and clinical outcomes in term infants: A randomized controlled trial.

Autores: Chen, Xu ; Li, Xing ; Chang, Ying ; Li, Wen ; Cui, Hongyan.

País: China
2018Ensaio clínico controladoAvaliar o efeito e a segurança de diferentes tempos de clampeamento do cordão umbilicalPara lactentes nascidos a termo , o DCC aumenta os valores do hematócrito , sem efeitos nocivos aparentes para os lactentes e suas mães .MEDLINE
Título: Aumento do risco de bradicardia em lactentes vigorosos que recebem precocemente em comparação com clampeamento tardio do cordão no nascimento.

Increased risk of bradycardia in vigorous infants receiving early as compared to delayed cord clamping at birth.

Autores: Ashish KC ;  Rei, So Yeon Joyce ; Haaland, Solveig Haukås ; Eilevstjønn, Joar ; Myklebust, Helge ; Bastola, Ram Chandra ; Madeira, Thomas Ragnar ; Niermeyer, Susan ; Berkelhamer, Sara

País: Suécia
2023Estudo de etiologia / Estudo observacional / Fatores de riscoComparar o padrão de FC de recém-nascidos vigorosos durante os primeiros 3 minutos de vida  no clampeamento precoce (< 60 s) ou tardio ( >60 s).A instabilidade cardíaca precoce e maior risco de bradicardia ocorre com maior frequência no  clampeamento precoce em comparação com tardio, reforçando dessa forma a prática clínica do DCC.MEDLINE
Título: Efeitos diferenciais do clampeamento posterior do cordão na bilirrubina Níveis em gestações normais e diabéticas gestacionais.

Differential Effects of Later Cord Clamping on Bilirubin Levels in Normal and Diabetic Pregnancies.

Autores: Shuangjia Pan; Qiu Jing Lu;Yehui Lan ; Lingli Peng;Xiaohong Yu e Ying Hua.

País: China
2022Estudo prospectivoInvestigar o efeito do clampeamento tardio do cordão sobre os níveis de bilirrubina e as taxas de fototerapia em recém-nascidos a termo de gestação normal e neonatos de gestação diabética. Clampeamento tardio do cordão aumenta o risco de icterícia em recém-nascidos cujas mães têm diabetes, mas não tem efeito em recém-nascidos com gravidez normalMEDLINE
Título: Hemodynamic parameters after Delayed Cord Clamping (DCC) in term neonates: a prospective observational study.

Parâmetros hemodinâmicos após clampeamento tardio do cordão (DCC) em recém-nascidos a termo: um estudo observacional prospectivo

Autores: Gupta, Bhavya ; Yengkhom, Rameshwor ; Banait, Nishant ; Chetan, Chinmay ; Pareek, Príncipe ; Suryawanshi, Pradeep 

País: Índia
2022Estudo Observacional ProspectivoNosso objetivo foi determinar os efeitos hemodinâmicos do DCC na circulação de transição.Em conclusão, o clampeamento tardio do cordão em virtude da transfusão placentária reduz a flutuação nos parâmetros hemodinâmicos (frequência cardíaca, débito cardíaco).MEDLINE
Título: Efeito do clampeamento tardio do cordão umbilical na icterícia e hipoglicemia em neonatos de mães com diabetes mellitus gestacional.

Effect of delayed cord clamping on jaundice and hypoglycemia in the neonates of mothers with gestational diabetes mellitus

Autores: Shao, Hailing; Qian, Yiyu ; Gao, Shichu ; Dai, Dongru ; Hua, Ying

País: China
2022Estudo de etiologia / Estudo observacional / Fatores de riscoEstudar o efeito do clampeamento tardio do cordão (DCC) nos níveis de bilirrubina e hipoglicemia em recém-nascidos com mães diabéticas (NDMs).O clampeamento tardio do cordão aumentou os níveis de bilirrubina, o risco de hiperbilirrubinemia neonatal e a fototerapia em IDMs sem melhorar os níveis iniciais de glicose no sangue. Portanto, DCC não foi recomendado em NDMs.MEDLINE
Título: Clampeamento tardio versus precoce do cordão umbilical para recém-nascidos de mães pré-eclâmpticas; um estudo randomizado controlado.

Delayed versus early umbilical cord clamping for near-term infants born to preeclamptic mothers; a randomized controlled trial.

Autores: Rashwan, Ahmed ; Eldaly, Ashraf ; El-Harty, Ahmed ; Elsherbini, Moutaz ; Abdel-Rasheed, Mazen ; Eid, Marwa M. 

País: Egito
2022Ensaio clínico controladoAvaliar o clampeamento tardio versus precoce do cordão umbilical em mães com pré-eclâmpsia submetidas a parto cesáreo programado em relação à perda sanguínea materna intra-operatória e resultados neonatais.Não houve diferença significativa entre os dois grupos em relação à perda sanguínea estimada materna,  às taxas de HPP,à hemoglobina pós-parto e aos valores de hematócrito. Os resultados neonatais também não mostraram diferença significativa em relação aos escores de APGAR no primeiro minuto e após 5 minutos, bilirrubina sérica no dia 1, bilirrubina sérica no dia 3 e a taxa de internação na UTIN. Os valores de hemoglobina e hematócrito foram significativamente maiores no grupo DCC do que no grupo CEC. MEDLINE
Fonte: Base de dados MEDLINE, João Pessoa – PB, 2024.

O Quadro 2 traz informações a respeito dos principais resultados encontrados nos artigos selecionados quanto às repercussões do clampeamento oportuno do cordão umbilical para o RN a termo. 

Quadro 2: Resultados das repercussões do clampeamento oportuno do cordão umbilical para o recém-nascido a termo, de acordo com o autor e ano de publicação nos estudos selecionados.  

Repercussões do clampeamento oportunoAutorAno
– Aumento da saturação em recém-nascido e melhora da FC -Melhor transição cardiopulmonar Mukherjee S.; Bulsara JS.; Das M.K.; Waratakar Y.; Saha A.K.; Dubey S.; Mehta P.; Gupta B.; Singh A.K.;  2020
– Aumento do hematócrito no 2º dia após o nascimento.Cavallin, Francesco ; Galeazzo, Beatriz ; Loretelli, Vitória ; Madella, Stephanie ; Pizzolato, Martina ; Visentin, Silvia ; Trevisanuto, Daniele2019
Não aumenta a dosagem de bilirrubina, e a necessidade de fototerapia.Carvalho, Ocília Maria Costa; Augusto, Matheus Costa Carvalho; Medeiros, Maxsuênia Queiroz; Lima, Hesly Martins Pereira; Viana Junior, Antonio Brazil; Araujo Júnior, Edward; Carvalho, Francisco Herlânio Costa.2019
– Níveis maiores de ferritina em 4 meses;- Maior conteúdo de mielina na cápsula interna e em outras regiões cerebrais de maturação precoce associadas ao processamento/função motora, visual e sensorial;
– Aumento de VFm (Fração Volumétrica de água de mielina) em regiões cerebrais;
– Aumento do hematócrito.
Mercer, Judith S ; Erickson-Owens, Debra A ; Deoni, Sean CL ; Dean, Douglas C ; Collins, Jennifer ; Parker, Ashley B ; Wang, Meijia ; Joelson, Sara ; Mercer, Emily N ; Padbury, James2018
Aumento do hematócrito.Chen, Xu ; Li, Xing ; Chang, Ying ; Li, Wen ; Cui, Hongyan.2018
Menor risco significativo  de bradicardia e instabilidade cardíaca precoce.Ashish KC ;  Rei, So Yeon Joyce ; Haaland, Solveig Haukås ; Eilevstjønn, Joar ; Myklebust, Helge ; Bastola, Ram Chandra ; Madeira, Thomas Ragnar ; Niermeyer, Susan ; Berkelhamer, Sara.2023
Em gestantes diabéticas ocorreu o aumento dos níveis de bilirrubina neonatal nos 2-4 dias pós parto, e aumento da necessidade  de fototerapia.Shuangjia Pan; Qiu Jing Lu;Yehui Lan ; Lingli Peng;Xiaohong Yu e Ying Hua.
2022
– Menor flutuação nos valores hemodinâmicos (FC, DC);Gupta, Bhavya ; Yengkhom, Rameshwor ; Banait, Nishant ; Chetan, Chinmay ; Pareek, Príncipe ; Suryawanshi, Pradeep 2022
– Bilirrubina transcutânea elevada e necessidade de fototerapia em neonatos de mães diabéticas.Shao, Hailing; Qian, Yiyu ; Gao, Shichu ; Dai, Dongru ; Hua, Ying
2022
Aumento de hematócrito e hemoglobina.Rashwan, Ahmed ; Eldaly, Ashraf ; El-Harty, Ahmed ; Elsherbini, Moutaz ; Abdel-Rasheed, Mazen ; Eid, Marwa M. 2022
Fonte: Base de dados MEDLINE, João Pessoa – PB, 2024.

Quadro 3: Resultados das tendências de pesquisas sobre as repercussões do clampeamento do cordão umbilical para os recém-nascidos a termo.

VariávelFrequência Percentual (%)
Foco do estudo:
Comparação entre os efeitos do clampeamento precoce e oportuno do cordão umbilical na adaptação pós natal

Relação do tempo de clampeamento com o desenvolvimento de icterícia neonatal

Relação da transfusão placentária e mielinização cerebral
5




4



1
50%





40%


10%
País de Origem da pesquisa:
Ásia
Brasil
China
EUA
Itália
India
Suécia 
1
1
4
1
1
1
1
10%
10%
40%
10%
10%
10%
10%
Ano de publicação:
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2
2
1
0
4
1
20%
20%
10%
0%
40%
10%
Tipo de pesquisa:
Estudo clínico controlado
Transversal e retrospectivo
Estudo observacional
Estudo prospectivo observacional 
Estudo prospectivo
3
1
4
1
1
30%
10%
40%
10%
10%
Bases de dados:
MEDLINE
LILACS
BDENF
SCIELO
PUBMED
10
0
0
0
0
100%
0%
0%
0%
0%
Fonte: Base de dados MEDLINE, LILACS, BDENF, SCIELO, PUBMED.  João Pessoa – PB, 2024.

4 DISCUSSÃO

A partir da análise dos resultados presentes no Quadro 3, observou-se que em 03 (30%) estudos, o clampeamento oportuno do cordão umbilical resultou em aumento dos níveis de hematócrito e hemoglobina; enquanto 02 (20%) evidenciaram o aumento da bilirrubina neonatal e a necessidade de fototerapia, outro 01 (10%) artigo se opôs ao mencionado anteriormente, abordando a ausência de alterações na bilirrubina neonatal, e consequentemente, da realização de fototerapia; já 01 (10%) apontou a relação da transfusão placentária e mielinização cerebral; por fim, 03 (30%) abordam as repercussões hemodinâmicas e cardiopulmonares no recém-nascido após clampeamento oportuno do cordão umbilical. 

Os primeiros 60 minutos após o nascimento é considerada “hora ouro” para o bebê, visto que é nesse período a priorização das intervenções para minimizar as complicações neonatais. Dentre essas intervenções, inclui-se o clampeamento do cordão umbilical com tempo ideal  para todos os RNs, independente da idade gestacional, entre 3 minutos ou mais após o nascimento. No entanto, em casos da necessidade de reanimação neonatal imediata, recomenda-se o clampeamento precoce do cordão umbilical (Baptista et al., 2022). 

Os níveis de hematócrito, hemoglobina  e o estoque de ferro estão entre as principais questões relacionadas ao clampeamento oportuno. Para Cavalin et al (2019), foi possível identificar o aumento de hematócrito no segundo dia após o nascimento entre os RN’s que foram clampeados entre 1 e 3 minutos. Destarte, estudos de Chen et al (2018) e Rashwan et al (2022) ratificam o aumento de hematócrito. Além disso, o último trabalho confirma o aumento de hemoglobina em bebês no clampeamento oportuno.  

Nesse sentido, o período maior de contato entre o RN e a placenta, através dos vasos umbilicais antes do clampeamento, permite maior quantidade de sangue transfundido ao RN, contribuindo no aumento de elementos sanguíneos citados, consequentemente, prevenindo o desenvolvimento de anemia ferropriva nos primeiros 6 meses de vida (Sobieray, Neves, Skrobot, 2019). 

Conforme estudo de Baptista (2022), o sangue flui do RN para a placenta, através da artéria umbilical, durante 20 a 25 segundos após o nascimento, enquanto o fluxo sanguíneo oposto, que migra da placenta para o bebê, através da veia umbilical, continua por mais de 3 minutos, influenciando no aumento de 50% no volume total de sangue no recém-nascido. 

Estudos apontam o aumento da hemoglobina na corrente sanguínea do RN relacionado ao clampeamento oportuno do cordão umbilical aumentando a ferritina. Sabe-se que a deficiência de ferro é responsável por desencadear 75% dos casos de anemia ferropriva, podendo causar problemas no desenvolvimento neurológico (Fernandes, Araújo, 2020).

No estudo de Mercer et al (2018), no qual avalia a influência da transfusão placentária na mielinização cerebral nos primeiros meses de idade, foi encontrado como resultado, a saber:  níveis maiores de ferritina em 4 meses; maior conteúdo de mielina na cápsula interna e em outras regiões cerebrais de maturação precoce associadas ao processamento/função motora, visual e sensorial. 

Conforme Pallone (2019), o ferro exerce uma importante função no desenvolvimento neurológico, participando do processo de mielinização e sinaptogênese. Alguns estudos sugerem  que o pico de captação de ferro pelo sistema nervoso central coincide com o pico de mielinização nas fases fetal tardia e pós-natal precoce. A mielinização perdura na fase adulta, e para isso, o corpo necessita de demanda de ferro para a produção da bainha de mielina. 

Tratando-se da relação entre clampeamento oportuno do cordão umbilical e icterícia neonatal e fototerapia, um estudo desenvolvido por Jock et al., (2022), apresentou o clampeamento imediato como responsável por 29,41% de icterícia neonatal durante internamento do RN, enquanto o clampeamento oportuno representou 24,56% dos casos de icterícia, utilizando ou não a fototerapia. Em uma segunda coleta, essa diferença ficou ainda mais evidente,  pois 28,26% dos RN’s passaram pelo clampeamento imediato e desenvolveram icterícia, enquanto apenas 13,09% daqueles que tiveram seu cordão clampeado tardiamente apresentaram essa alteração. 

No estudo de Carvalho et al (2019), com gestantes de risco habitual, o clampeamento oportuno não aumentou o nível de bilirrubina. Entretanto, os estudos de Shwangjia et al (2022) e Shao et al (2022), realizados com gestantes diabéticas, demonstrou que a prática de clampeamento oportuno elevou os níveis de bilirrubina neonatal nos 2-4 dias após o parto, com necessidade de fototerapia. 

A icterícia é uma intercorrência comum no período neonatal, com incidência estimada em 50% dos RN’s a termo, sendo caracterizada pelo aumento discreto da bilirrubina, nos primeiros dias de vida, sem a necessidade de fototerapia. No entanto, quando os níveis de bilirrubina aumentam, há também o aumento do risco para lesões neurológicas, como a encefalopatia bilirrubínica. Nesses casos, a fototerapia é eleita como tratamento inicial para reduzir esses níveis de bilirrubina, e diminuir os riscos de complicações futuras (Dias et al., 2020). 

Fisiologicamente, o RN produz de duas a três vezes mais bilirrubina do que o adulto, visto ao menor tempo de sobrevivência da hemoglobina, podendo aumentar a chance de icterícia neonatal. Quanto a isso, estudo de Sobieray, Neves, Skrobot (2019), demonstrou  risco relativo, o que pode ser justificado pela maior quantidade de hemoglobina transfundida para o RN que, consequentemente, levou ao aumento fisiológico na formação de bilirrubina indireta.

Em estudo comparativo realizado por Qian et al., (2020), quanto ao efeito do clampeamento tardio versus clampeamento precoce do cordão umbilical na icterícia neonatal em bebês a termo, não observou relação significativa entre clampeamento oportuno e icterícia neonatal.  

O autor prossegue afirmando que o clampeamento precoce levou a uma tendência de maior risco de icterícia neonatal, com necessidade de fototerapia. As hipóteses do estudo remeteram para a baixa quantidade de volume sanguíneo extra transfundido ou a rápida metabolização. Com isso, o estudo sugere que aqueles RNs saudáveis a termo e com baixa incidência à desenvolver anemia, o clampeamento > 90 segundos não seja indicado. 

No que tange a relação do clampeamento oportuno e as repercussões cardiopulmonares e hemodinâmicas dos recém-nascidos, 30% dos artigos trazem como repercussões do clampeamento tardio a melhora na frequência cardíaca,  menor risco de bradicardia, estabilidade do débito cardíaco e melhora nos níveis de saturação.

O clampeamento do cordão umbilical desempenha um importante papel na hemodinâmica durante a  transição intra para o extra-uterina. Nesse sentido, a frequência cardíaca é um importante indicador na necessidade de ressuscitação cardíaca.  Quanto a isso,  estudo de  Ashish et al (2023) analisou a relação do clampeamento tardio ou precoce à bradicardia em RNs nascidos vigorosos e descobriu que  os cordões clampeados precocemente ocasionam a redução dos valores da frequência cardíaca no RN. 

Segundo estudo de Loureiro e Sá e Gouvêa (2022),  o clampeamento tardio do  cordão umbilical causa aumento do volume sanguíneo recebido promovendo  eficiente irrigação dos órgãos vitais e, consequentemente, maior fornecimento de oxigênio, adaptação dos sistemas respiratório e cardiovascular. 

Conforme estudo de Gupta et al (2022), ao analisar parâmetros hemodinâmicos de neonatos a termo nascidos após as 37 semanas gestacionais, vigorosos e não necessitando de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), observou-se frequência cardíaca baixa, refletindo a estabilidade cardiopulmonar como resultado do clampeamento oportuno do cordão umbilical. Da mesma forma, Mukherjee et al (2020) concluiu que a saturação de oxigênio e frequência cardíaca de RN ‘s indianos, nascidos de parto vaginal sem intercorrências, apresentou transição cardiopulmonar mais suave nos primeiros 5 minutos de vida. 

Segundo pesquisa de Patrício et al., (2021), sobre indicadores de boas práticas na assistência neonatal ao parto em maternidade terciária em Fortaleza, o clampeamento oportuno do cordão umbilical foi uma das práticas da assistência neonatal mais presentes (79,4%) durante o nascimento, reverberando em estabilidade hemodinâmica além de outros benefícios  supracitados nesta revisão integrativa. 

5 CONCLUSÃO

Os achados evidenciam que a maioria dos efeitos no clampeamento oportuno do cordão umbilical foram positivos, a saber: melhor transição cardiopulmonar, aumento do hematócrito, hemoglobina, ferro e melhor formação  neurológica com conteúdo de mielina. 

Em algumas situações, o clampeamento oportuno repercutiu negativamente no RN quando realizados em gestantes com diabetes, levando ao aumento da bilirrubina neonatal e a necessidade de fototerapia. Assim, reforçamos a importância de práticas de saúde baseadas em evidência científica. 

Com isso, pode-se concluir que o clampeamento oportuno do cordão em recém-nascidos a termo deve ser adotado como boa prática assistencial, exceto em situações contra-indicadas, contribuindo para o melhor desenvolvimento fisiológico na vida extrauterina.

Além disso, apontamos para a necessidade de outros estudos sobre o clampeamento  oportuno após o nascimento,  visto que poucos trabalhos abordaram esse tema nos últimos anos,  reverberando ao conhecimento técnico-científico dos profissionais de saúde e  benefícios ao recém-nascido.   

REFERÊNCIAS 

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¹Doutora em Ciências da Saúde pelo Instituto Michelle Sales. Mestre em Modelos de Decisão e Saúde (UFPB). Especialista em Enfermagem Obstétrica (Faculdade Play). Graduada em Enfermagem com Licenciatura (UFPB) Tutora do Eixo Específico da Residência em Enfermagem Obstétrica da Escola de Saúde Pública – ESP/PB (SES-PB). E-mail:alinealcorreia1@gmail.com
² Residente do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica da Escola de Saúde Pública – ESP/PB (SES-PB).Graduada em Enfermagem (UFPB). E-mail:alinesanttus@gmail.com
³Residente do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica da Escola de Saúde Pública – ESP/PB (SES-PB). Graduada em Enfermagem (UNIPÊ). E-mail: edjafidelis@gmail.com
4Residente do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica da Escola de Saúde Pública – ESP/PB (SES-PB). Graduada em Enfermagem (UFRN). E-mail:leticiabrunacari@hotmail.com
5Residente do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica da Escola de Saúde Pública – ESP/PB (SES-PB). Graduada em Enfermagem (UFPB). E-mail: mabellypessoa@outlook.com
6Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Especialista em Traumato-Ortopedia pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Especialização em Recursos Fisioterápicos. Especialização em Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação em Educação na Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Tutora do Eixo Transversal da Residência em Enfermagem Obstétrica da Escola de Saúde Pública – ESP/PB (SES-PB). E-mail: fisioro9@gmail.com
7Doutora em Saúde Pública pela FIOCRUZ. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde Pública pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Especialização em Formação Integrada Multiprofissional em Educação Permanente em Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Graduada em Enfermagem pela Faculdade Santa Maria (FSM). Coordenadora da Residência em Enfermagem Obstétrica da Escola de Saúde Pública – ESP/PB (SES-PB). E-mail:seldagsa@gmail.com
8Especialização em Enfermagem Obstétrica pela FASER.  Especialização em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde pela FIOCRUZ. Especialização em Linhas de cuidado: Saúde Materna, Neonatal e o Lactente pela UFSC. Especialização em Educação na Saúde para Preceptores SUS, pelo Hospital Sírio Libanês.  Graduada em Enfermagem pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Preceptora da Residência Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica pela  Escola de Saúde Pública – ESP/PB (SES-PB). E-mail: patriciamedranmoreira@hotmail.com
9Especialização em Enfermagem Obstétrica pela FASER, com aprimoramento para Enfermeiras Obstétricas com enfoque no componente Parto e Nascimento- Rede Cegonha. Especialização em Educação na Saúde para Preceptores SUS, pelo Hospital Sírio Libanês.  Graduada em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem Santa Emília de Rodat. Preceptora da Residência Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica pela  Escola de Saúde Pública – ESP/PB (SES-PB).  E-mail: luabodziak@gmail.com
10Especialização em Ginecologia e Obstetrícia pela FAMENE. Pós graduanda em Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia e Terapeuta Sexual pela Genus.  Graduação em Medicina pela FAMENE.  E-mail: andreacorreiago@gmail.com