REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10569636
Francisco Narthagnan Chaves Da Silva
Orientador Prof. Dr. Flavio Santiago
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo descrever como as tecnologias assistivas podem contribuir para o favorecimento do protagonismo de crianças com autismo na educação. Será realizada uma revisão da literatura sobre o transtorno do espectro autista, tecnologias assistivas e protagonismo na educação, além de uma análise de estudos anteriores sobre o uso de tecnologias assistivas na educação de crianças com autismo. Espera-se que os resultados desta pesquisa possam contribuir para a compreensão de como as tecnologias assistivas podem ser utilizadas de forma eficaz na educação de crianças com autismo, favorecendo o seu protagonismo e a inclusão escolar.
Palavras-chave: Tecnologias Assistivas. Autismo. Educação. Inclusão. Protagonismo.
ABSTRACT
The present work aims to describe how assistive technologies can contribute to favoring the role of children with autism in education. A literature review will be carried out on the autism spectrum disorder, assistive technologies and protagonism in education, as well as an analysis of previous studies on the use of assistive technologies in the education of children with autism. It is hoped that the results of this research can contribute to the understanding of how assistive technologies can be used effectively in the education of children with autism, favoring their protagonism and school inclusion.
Keywords: Assistive Technologies. Autism. Education. Inclusion. Protagonism.
1. INTRODUÇÃO
A inclusão de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) na educação regular tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo. No entanto, esse processo ainda é desafiador e requer estratégias e recursos específicos para atender às necessidades educacionais desses estudantes. Dentre as diversas ferramentas disponíveis, as tecnologias assistivas têm se mostrado eficazes na promoção da inclusão e do desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas em crianças com TEA.
Meu interesse neste tema se dá por possuir dois filhos com TEA, e “sentir na pele” as demandas da educação de crianças com necessidades especiais, e ver que existem leis e garantias para assegurar essas ferramentas no ensino, entretanto, na prática algo ainda pouco difundido.
Nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo descrever como o uso de tecnologias assistivas pode contribuir para o favorecimento do protagonismo de crianças com autismo na educação, promovendo sua participação ativa no processo de aprendizagem e no ambiente escolar. A pesquisa será realizada a partir de materiais já publicados constituído principalmente de artigos, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. no contexto brasileiro.
Para alcançar esse objetivo, esta pesquisa irá realizar uma apresentação da literatura sobre o transtorno do espectro autista, tecnologias assistivas e protagonismo na educação, além de uma análise de estudos anteriores sobre o uso de tecnologias assistivas na educação de crianças com autismo. Espera-se que os resultados desta pesquisa possam contribuir para a compreensão de como as tecnologias assistivas podem ser utilizadas de forma eficaz na educação de crianças com autismo, favorecendo o seu protagonismo e a inclusão escolar. A literatura aponta para a premência de que todo educador ou profissional que trabalhe com uma pessoa com autismo tenha conhecimento dessa condição e de suas peculiaridades (Farias,Maranhão, & Cunha, 2008; Gomes & Mendes, 2010; Melo & Ferreira, 2009; Serra, 2009).
2. METODOLOGIA
Este artigo científico adota uma metodologia de pesquisa bibliográfica para investigar o tema do protagonismo das crianças com autismo na educação, embasado em estudos anteriores e publicações relevantes na área. A pesquisa bibliográfica é uma metodologia que envolve a análise crítica e interpretação de fontes secundárias, como artigos científicos, livros, teses e relatórios, a fim de explorar e sintetizar o conhecimento existente sobre um determinado tema.
Para realizar essa pesquisa, foram utilizadas bases de dados acadêmicas, como Google Scholar, empregando palavras-chave como “autismo”, “crianças com autismo”, “educação inclusiva”, “protagonismo” e “comunicação alternativa”. A seleção dos artigos foi realizada considerando a pertinência para o tema proposto, observei o interesse dos autores na construção de suas pesquisas, assim como sua atualidade e disponibilidade em texto completo.
Entre os autores consultados nesta pesquisa bibliográfica, destacam-se Carvalho (2016) e Fava (2019), cujos estudos fornecem insights importantes sobre o tema em questão. Carvalho (2016) aborda o papel das tecnologias assistivas na inclusão escolar de alunos com autismo, enfatizando o uso da comunicação alternativa como uma estratégia eficaz. O autor ressalta que essas tecnologias podem proporcionar meios de expressão e interação para as crianças autistas, promovendo seu engajamento ativo no ambiente escolar. Fava (2019), por sua vez, realiza uma revisão sistemática sobre autismo e tecnologia assistiva, investigando as diversas ferramentas tecnológicas disponíveis e seus impactos na vida das pessoas com autismo. O autor destaca que as tecnologias assistivas têm o potencial de facilitar a comunicação, o aprendizado e a autonomia das crianças autistas, promovendo a sua inclusão e participação plena na sociedade.
A partir da seleção desses artigos, foi realizada uma leitura minuciosa e crítica deles, buscando extrair as informações relevantes para o tema em estudo. Durante essa análise, foram identificadas as principais contribuições dos autores em relação ao protagonismo das crianças com autismo na educação, bem como as estratégias e tecnologias assistivas que promovem sua participação ativa no ambiente escolar. A síntese dos materiais selecionados permitiu identificar temáticas centrais e estabelecer conexões entre os conceitos apresentados pelos autores. Essa análise comparativa contribuiu para a compreensão do estado atual do conhecimento sobre o tema do protagonismo das crianças com autismo na educação inclusiva, fornecendo subsídios para a construção de um embasamento teórico consistente.
Além das contribuições dos autores mencionados, também é relevante destacar a normativa estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC) em relação à inclusão de crianças autistas na educação. Essa normativa ressalta a importância de garantir o acesso equitativo e a participação plena das crianças autistas na escola regular, considerando suas características e necessidades individuais. Através dessa regulamentação, o MEC reforça o compromisso com a promoção do protagonismo das crianças autistas e a implementação de práticas inclusivas que favoreçam seu desenvolvimento integral.
Dessa forma, o diálogo com a literatura, incluindo as referências citadas, bem como a consideração da normativa do MEC, contribuem para a construção de um embasamento teórico sólido e embasado, permitindo uma abordagem abrangente e fundamentada sobre o tema do protagonismo das crianças com autismo na educação inclusiva.
3. EMBASAMENTO TEÓRICO
No contexto da educação inclusiva, o protagonismo das crianças autistas é uma temática central que tem sido discutida na literatura. Diversos estudos destacam a importância de promover a participação ativa e a autonomia dessas crianças no ambiente escolar. Segundo a pesquisa de Santos (2020), “o protagonismo é entendido como a potência de ação dos sujeitos, ou seja, a capacidade de se expressarem, tomarem decisões e influenciarem nas decisões que lhes afetam” (p. 5). Essa perspectiva ressalta o papel fundamental do protagonismo na promoção do desenvolvimento integral das crianças autistas.
Uma das formas de promover o protagonismo das crianças autistas é por meio da utilização da comunicação alternativa. De acordo com Sardinha e Ferraretto (2017), “a comunicação alternativa consiste em estratégias e recursos que permitem às crianças com autismo se expressarem e se comunicarem, mesmo que de forma não verbal” (p. 125). Essas estratégias incluem o uso de símbolos, pranchas de comunicação, sistemas de comunicação por troca de figuras, entre outros recursos, que capacitam as crianças autistas a expressarem suas necessidades, desejos e pensamentos, promovendo sua participação ativa no contexto educacional.
No contexto normativo, é importante mencionar a resolução do Ministério da Educação (MEC) que estabelece diretrizes para a inclusão de crianças autistas na educação. Conforme o documento publicado pelo MEC em 2018, é fundamental garantir o acesso equitativo e a participação plena das crianças autistas na escola regular, respeitando suas características e necessidades individuais. Além disso, a normativa destaca a importância de oferecer suportes e recursos adequados, como a comunicação alternativa, para promover a inclusão e o protagonismo das crianças autistas no ambiente educacional. Portanto, o diálogo com a literatura evidencia que o protagonismo das crianças autistas na educação inclusiva está intrinsecamente ligado à utilização da comunicação alternativa como uma estratégia que promove a expressão e participação ativa dessas crianças. Além disso, a normativa estabelecida pelo MEC reforça o compromisso com a inclusão e o empoderamento das crianças autistas, destacando a importância de oferecer suportes e recursos que atendam às suas necessidades específicas. Essas abordagens conjuntas contribuem para criar um ambiente educacional mais inclusivo e promover o desenvolvimento integral das crianças autistas.
A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento e orienta os alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns do ensino regular (BRASIL, 2008, p. 16).
De acordo com o Censo Escolar, entre os anos de 2015 e 2019 (BRASIL, 2020, p. 22), houve um crescente número de crianças autistas matriculadas na educação básica1. No entanto, é crescente também a preocupação com a aprendizagem desses alunos e de como podem ser feitas intervenções e adaptações no currículo e na dinâmica escolar para atender aos alunos e proporcionar o real direito à inclusão em sala de aula.
3.1 O QUE É AUTISMO?
Antes de iniciarmos a o tema da nossa pesquisa precisamos apresentar a definição de autismo, as primeiras descrições dos Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) foram feitas por Leo Kanner em 1943 e Hans Asperger em 1944. Kanner observou que as crianças com autismo apresentavam dificuldades em estabelecer relações interpessoais e problemas na fala.
É importante ressaltar que Kanner descreveu características como a ausência de alterações físicas significativas, interesse por fotografias, obsessão pela manutenção da rotina e rituais estereotipados. Asperger acrescentou outras características, como a incapacidade de fazer contato visual durante as interações sociais (BOSA, 2002). Atualmente segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) devido às mudanças recentes, o
Asperger passa a englobar o diagnostico de “transtorno do espectro do autismo” (TEA). No entanto, os clínicos ainda usaram termos adicionais para ajudar a descrever o perfil de autismo particular apresentado por cada indivíduo.
No entanto, a partir da década de 70, foram realizados estudos mais sistemáticos sobre o autismo. A psiquiatra inglesa Lorna Wing introduziu o conceito de “espectro autista” para descrever os déficits qualitativos presentes em todos os indivíduos, incluindo dificuldades na comunicação verbal e não verbal, na interação social e na imaginação (BOSA, 2002; SACKS, 1995). Esse termo enfatiza a variedade de manifestações do autismo e reconhece que cada pessoa no espectro apresenta características únicas e distintas. Essa compreensão mais ampla do autismo contribuiu para uma visão mais abrangente e inclusiva desse transtorno e auxiliou no desenvolvimento de abordagens de intervenção mais individualizadas. Segundo as Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo, do Ministério da Saúde, o autismo é um transtorno neurobiológico do desenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. O texto destaca que o espectro do autismo engloba uma variedade de condições, que podem se manifestar de formas diferentes em cada indivíduo. Além disso, o texto ressalta a importância do diagnóstico precoce e da intervenção terapêutica especializada para o desenvolvimento e o bem-estar da pessoa com autismo.
Segundo a [American Psychiatric Association (APA), 2013] o Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza- se por uma síndrome comportamental que apresenta comprometimentos nas áreas da interação social e da linguagem/comunicação, além da presença de comportamentos repetitivos e estereotipados, Estes comportamentos podem ser expressos de diferentes formas: na brincadeira, geralmente repetitiva, por carecer de criatividade e espontaneidade; na fala, que pode ser ecolálica, quando presente; e no desenvolvimento motor, comumente caracterizado por repetições de movimentos, involuntários e sem aparente função (e.g. rituais e maneirismos) (Bosa, 2002). As manifestações das dificuldades no autismo poderão variar de acordo com o nível desenvolvi mental e a idade cronológica da criança, entre outros fatores (APA, 2013). Além disso, quanto maior o comprometimento cognitivo, maior a tendência a isolar-se e a não se comunicar (Klin, 2006).
O DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 5ª edição) define o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação social e o comportamento, caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. O TEA é uma condição de longa duração que pode afetar o desenvolvimento da criança desde o início da vida, com impacto significativo na vida social, escolar e profissional do indivíduo. As causas do TEA ainda são desconhecidas, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais podem desempenhar um papel importante em seu desenvolvimento. Alguns dos sintomas mais comuns incluem dificuldade em se comunicar verbalmente ou não verbalmente, dificuldade em interagir socialmente, padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos.
O diagnóstico de TEA é feito por meio de avaliações clínicas e comportamentais, realizadas por profissionais de saúde especializados. O tratamento é multidisciplinar e deve ser adaptado às necessidades individuais de cada pessoa com autismo. Caracterizado principalmente como transtorno do desenvolvimento grave, o entendimento acerca do espectro do autismo ainda gera dúvidas. No que se refere à definição de autismo, Gaiato e Teixeira (2018, p. 13) ressaltam que,
Podemos definir autismo ou transtorno do espectro autista como uma condição comportamental em que a criança apresenta prejuízos ou alterações básicas de comportamento e interação social, dificuldades na comunicação, por exemplo, na aquisição de linguagem verbal e não verbal; alterações na cognição e presença de comportamentos repetitivos ou estereotipados. É importante entender que existe um atraso significativo nos marcos de desenvolvimento dessas habilidades, e essas características aparecem nos primeiros anos de vida da criança.
Conforme apontado por Gaiato e Teixeira (2018), é comum que crianças no espectro autista enfrentem prejuízos de cognição, sendo estimado que aproximadamente 50% delas apresentem dificuldades na capacidade intelectual. Essa é uma das questões que podem impactar o desempenho dessas crianças no contexto escolar.
O autismo é um transtorno que requer muita atenção e cuidado, tanto dos profissionais de saúde quanto da sociedade em geral. É importante garantir o acesso a diagnóstico e tratamento adequados, além de promover a inclusão e a aceitação das pessoas com autismo na sociedade.
3.2 TECNOLOGIA ASSISTIVA
De acordo com Carvalho (2016, pg 18), “a comunicação alternativa é uma estratégia que visa suprir ou complementar a comunicação verbal das pessoas com autismo. Ela envolve o uso de sistemas, recursos e estratégias que possibilitam a expressão de ideias, necessidades e desejos, auxiliando na interação social e na participação ativa no contexto educacional” A autora ressalta que, para as crianças com autismo que apresentam dificuldades na comunicação verbal, a utilização da comunicação alternativa pode ser fundamental para ampliar suas possibilidades de expressão e interação com o ambiente. Essa estratégia envolve o uso de recursos como pictogramas, sistemas de comunicação por troca de figuras, aplicativos de comunicação por tablet ou smartphone, entre outros, que podem ser adaptados às necessidades individuais de cada criança. Ao possibilitar uma forma de comunicação funcional e acessível, a comunicação alternativa contribui para o desenvolvimento das habilidades comunicativas e para o empoderamento das crianças com autismo, promovendo sua participação ativa na educação inclusiva. Tecnologias assistivas têm sido cada vez mais utilizadas no tratamento de pessoas com autismo. Elas ajudam a promover o desenvolvimento das habilidades sociais e de comunicação, além de ajudar na redução de comportamentos repetitivos e restritivos. As tecnologias assistivas podem incluir desde aplicativos de comunicação até robôs sociais. A tecnologia assistiva tem desempenhado um papel cada vez mais importante no apoio à inclusão de crianças com autismo na educação. Autores como Carvalho (2016), Fava (2019) e Sardinha e Ferraretto (2017) têm discutido a importância das tecnologias assistivas na promoção da inclusão e no suporte às necessidades específicas de comunicação, interação social e aprendizagem das crianças com autismo. O Guia para pais e profissionais produzido pela Associação Brasileira de Autismo (2019) destaca a importância das tecnologias assistivas no desenvolvimento de habilidades sociais, de comunicação e na melhoria da qualidade de vida das crianças com autismo.
Diante do exposto se faz necessário entender o que são esses recursos para melhor compreensão das tecnologias assistivas. Segundo Bersch (2009, apud Nickel, 2012, p. 47-48),
Recursos: podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.
Segundo Borges (2015, p. 34), “é possível, por meio do desenvolvimento tecnológico, propiciar a esses indivíduos a ampliação funcional de habilidades deficitárias ou a realização de funções almejadas que se encontram impedidas devido à deficiência”.
Nos Estados Unidos, existe para as tecnologias assistivas legislação específica que elaborou uma série de categorias e suas devidas especificações, para melhor compreender as necessidades e possibilidades para cada tipo de limitação, como explicitado no Quadro 1.
Quadro 1: Categorias de tecnologias assistivas
Fonte: Adaptado de Ada (2010, apud Nickel, 2012, p. 48-50)
Além disso, as Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo do Ministério da Saúde (2018) destacam a importância da tecnologia assistiva no contexto da reabilitação e educação de crianças com autismo. As tecnologias assistivas podem ser utilizadas como recurso complementar aos serviços de saúde, educação e assistência social, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo e suas famílias. Entre as tecnologias assistivas mais utilizadas na educação de crianças com autismo estão os aplicativos e jogos educacionais, que auxiliam no desenvolvimento de habilidades cognitivas, de comunicação e na interação social.
Portanto, a tecnologia assistiva é uma importante aliada na promoção da inclusão e no favorecimento do protagonismo das crianças com autismo na educação. Ela pode ser um recurso efetivo para o desenvolvimento de habilidades, comunicação e interação social, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dessas crianças e suas famílias. No artigo “Tecnologias assistivas e inclusão escolar de alunos com autismo” de Carvalho (2016), é abordado o papel das tecnologias assistivas na inclusão escolar de alunos com autismo. A autora destaca que as tecnologias assistivas são ferramentas fundamentais para o desenvolvimento desses alunos, pois elas contribuem para a promoção da comunicação, da interação social e do aprendizado.
De acordo com Carvalho (2016), as tecnologias assistivas incluem diversos recursos e equipamentos que podem ser utilizados para apoiar a comunicação e a aprendizagem dos alunos com autismo. Entre esses recursos, a autora destaca os softwares educativos, os jogos adaptados, os tablets, os comunicadores, as pranchas de comunicação, entre outros.
Segundo a autora, as tecnologias assistivas possibilitam que o aluno com autismo se comunique e se relacione melhor com o ambiente escolar e com seus colegas de classe. Além disso, essas ferramentas podem ajudar no desenvolvimento de habilidades acadêmicas, como a leitura, a escrita e a matemática.
Carvalho (2016) também destaca que as tecnologias assistivas devem ser escolhidas de acordo com as necessidades e habilidades de cada aluno com autismo. É importante que essas ferramentas sejam utilizadas de forma individualizada e que sejam adaptadas às características de cada estudante.
Em suma, o artigo de Carvalho (2016) ressalta a importância das tecnologias assistivas no processo de inclusão escolar de alunos com autismo. Essas ferramentas podem ser fundamentais para o desenvolvimento acadêmico, social e emocional desses estudantes, e devem ser escolhidas e utilizadas de forma individualizada e adaptada às suas necessidades específicas. Carvalho (2016) faz uma análise mais teórica e crítica sobre o uso dessas tecnologias na educação especial, questionando a falta de políticas públicas que garantam o acesso e o uso adequado das tecnologias assistivas nas escolas.
Ambos os autores concordam que as tecnologias assistivas são importantes recursos para a promoção da inclusão e do desenvolvimento das pessoas com autismo, porém, enquanto a Associação Brasileira de Autismo (2019) apresenta uma abordagem mais prática e voltada para a utilização das tecnologias, Carvalho (2016) apresenta uma abordagem mais crítica e voltada para a reflexão sobre o papel das tecnologias assistivas na educação inclusiva. para embasar a comparação entre os dois autores, podemos citar Carvalho (2016), que destaca a importância da utilização de tecnologias assistivas no processo de inclusão escolar de alunos com autismo, afirmando que “a utilização de tecnologias assistivas pode contribuir significativamente para o processo de inclusão, uma vez que permite a ampliação da comunicação, o desenvolvimento da autonomia e a potencialização da aprendizagem” (p. 65). Já a Associação Brasileira de Autismo (2019) reforça essa ideia ao mencionar a utilização de recursos tecnológicos como ferramentas que “podem proporcionar autonomia, melhor qualidade de vida e aprendizagem” para pessoas com autismo (p. 10). É importante destacar que ambos os autores enfatizam a importância da adequação e personalização das tecnologias assistivas de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa com autismo. O artigo de Fava (2019) apresenta uma revisão sistemática sobre a relação entre autismo e tecnologia assistiva. Segundo o autor, a utilização de tecnologias assistivas pode ser uma estratégia efetiva para melhorar as habilidades comunicativas e sociais de indivíduos com autismo.
Dentre as tecnologias assistivas estudadas, destacam-se os aplicativos para dispositivos móveis e os jogos educativos como ferramentas de apoio ao desenvolvimento.
Fava (2019) também ressalta a importância da individualização das tecnologias assistivas, levando em consideração as necessidades e habilidades específicas de cada indivíduo com autismo. Além disso, é fundamental que a implementação das tecnologias seja acompanhada por profissionais capacitados, que possam orientar e supervisionar o uso adequado das mesmas. De acordo com o autor, a tecnologia assistiva também pode ser utilizada como meio de inclusão social e educacional para pessoas com autismo. Fava (2019) cita exemplos de programas educacionais que utilizam tecnologias assistivas para adaptar o ensino às necessidades dos alunos com autismo e promover a sua inclusão no ambiente escolar.
Em síntese, a revisão sistemática de Fava (2019) destaca a importância da tecnologia assistiva como ferramenta de apoio para a inclusão social, educacional e para o desenvolvimento das habilidades comunicativas e sociais de pessoas com autismo. É importante ressaltar que a utilização dessas tecnologias deve ser individualizada e acompanhada por profissionais capacitados. Existem diversas tecnologias assistivas que podem ser utilizadas para auxiliar pessoas com autismo em diferentes aspectos da vida. Algumas das tecnologias assistivas mais comuns incluem:
Comunicação alternativa e aumentativa (CAA): como mencionado no texto 4 de Fava (2019), a CAA é uma das principais tecnologias assistivas utilizadas por pessoas com autismo. Ela inclui diferentes formas de comunicação, como gestos, sinais, símbolos e dispositivos eletrônicos, que podem ajudar a pessoa a se comunicar e se expressar de forma mais eficaz. Jogos eletrônicos: os jogos eletrônicos podem ser uma forma divertida e interativa de ajudar pessoas com autismo a desenvolver habilidades sociais e de comunicação. Alguns jogos específicos, como o Minecraft, foram apontados por Carvalho (2016) como úteis para desenvolver habilidades sociais em crianças com autismo.
Aplicativos de organização e planejamento: aplicativos de smartphones podem ser úteis para ajudar pessoas com autismo a se organizar e planejar suas atividades diárias. Por exemplo, aplicativos de calendário podem ajudar a pessoa a lembrar de compromissos e tarefas importantes. Dispositivos sensoriais, como cobertores ponderados e fones de ouvido com cancelamento de ruído, podem ajudar a pessoa com autismo a lidar com estímulos sensoriais excessivos e a se sentir mais calma e confortável em ambientes desafiadores. Essas são apenas algumas das tecnologias assistivas que podem ser úteis para pessoas com autismo. Cada pessoa é única e pode se beneficiar de diferentes tipos de tecnologias assistivas, dependendo de suas necessidades individuais.
Segundo Sardinha e Ferraretto (2017), a tecnologia assistiva pode contribuir para a inclusão escolar dos alunos com autismo, proporcionando uma melhora significativa em suas habilidades sociais e de comunicação, bem como no seu desempenho acadêmico. Além disso, a tecnologia assistiva pode ajudar a diminuir o estigma social que muitas vezes acompanha o autismo, já que as tecnologias são vistas como recursos que ajudam a compensar algumas das dificuldades apresentadas pelos indivíduos com TEA. as tecnologias assistivas têm se mostrado ferramentas efetivas no processo de inclusão de crianças com autismo em escolas regulares (Sardinha & Ferraretto, 2017). Segundo os autores, essas tecnologias podem ser utilizadas para melhorar as habilidades comunicativas e sociais da criança, além de oferecer recursos que facilitem o seu acesso ao conteúdo escolar (Sardinha & Ferraretto, 2017).
Entre as tecnologias assistivas mais utilizadas no contexto da educação inclusiva de crianças com autismo, destacam-se os tablets e aplicativos específicos para auxiliar no desenvolvimento de habilidades sociais, de linguagem e de raciocínio lógico (Sardinha & Ferraretto, 2017). Além disso, ferramentas como softwares de comunicação alternativa e aumentativa também podem ser utilizadas para permitir que a criança se comunique com seus colegas e professores (Sardinha & Ferraretto, 2017).
De acordo com os autores citados acima, as tecnologias assistivas podem ser utilizadas em conjunto com outras estratégias pedagógicas para promover a inclusão e o sucesso acadêmico de crianças com autismo. No entanto, é importante ressaltar que o uso dessas tecnologias deve ser orientado por profissionais capacitados, que possam identificar quais recursos são mais adequados às necessidades de cada criança (Sardinha & Ferraretto, 2017). As Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (Brasil, 2001) citam o
Art. 208 da Constituição para orientar as instituições educacionais e educadores sobre a Educação Especial, que deve ser realizada com atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência (PCD), preferencialmente na rede regular de ensino, com acesso obrigatório e gratuito e, conforme capacidade individual, o acesso aos níveis mais elevados. As tecnologias são resultantes de orientações estratégicas, de escolhas deliberadas, num determinado momento da história e em contextos particulares. Os objetos técnicos e o meio social se relacionam seguindo uma dinâmica de reciprocidade (Lima Júnior & Pretto, 2005; Santos, 2005).
3.3 PROTAGONISMO DA CRIANÇA AUTISTA NA EDUCAÇÃO
O protagonismo de crianças autistas na educação inclusiva é um tema que vem ganhando cada vez mais relevância. A partir das políticas de inclusão, espera-se que os alunos com autismo não sejam apenas receptores passivos do processo educativo, mas que possam participar ativamente, expressando suas ideias e opiniões e se tornando agentes de transformação em seu próprio processo de aprendizagem. O artigo “Protagonismo de alunos autistas na educação inclusiva: possibilidades e desafios” de Santos (2020) apresenta uma discussão sobre a importância do protagonismo de crianças autistas na educação inclusiva e os desafios que ainda existem para tornar isso uma realidade.
O autor destaca que, para que o protagonismo seja alcançado, é necessário garantir condições adequadas para que as crianças com autismo possam se expressar. Isso envolve a utilização de tecnologias assistivas, como aplicativos de comunicação, que permitem que a criança se comunique de forma mais efetiva e autônoma. Além disso, é fundamental que os professores estejam capacitados para identificar as potencialidades de cada aluno, reconhecendo suas habilidades e dificuldades e promovendo atividades que permitam a participação ativa das crianças.
No texto de Friedmann, Adriana. (2017). A autora cita que: As crianças se tornam protagonistas quando se manifestam através das mais diversas formas de expressão. O protagonismo infantil possui um caráter ético, social, cultural, político e espiritual, convidando os adultos e tomadores de decisão a repensarem o ‘status’ social da infância, dos papéis das crianças na sociedade local e no conceito cultural dos diferentes povos. Segundo Adriana (2017) Crianças têm formas únicas e diferenciadas de se manifestar, de se expressar e de se comunicar. São os adultos que devem conter sua ansiedade e aprender quais são estas linguagens e o que elas comunicam para entender as mensagens que as crianças transmitem, de forma consciente ou inconsciente, quando de protagonismo se trata também destaca que, para que o protagonismo seja efetivo, é necessário que a escola tenha um ambiente acolhedor e inclusivo, que respeite as diferenças e promova a diversidade. Isso envolve desde a adaptação do espaço físico às necessidades das crianças com autismo até a formação de uma cultura escolar que valorize a inclusão e o respeito às diferenças. O papel dos pais também é fundamental, já que eles podem contribuir para o desenvolvimento do protagonismo dos seus filhos por meio do estímulo à autonomia e à participação ativa na escola e em outras atividades.
Em resumo, o protagonismo de crianças autistas na educação inclusiva é um desafio que exige a adoção de medidas específicas por parte das escolas, dos professores e dos pais. É necessário garantir condições adequadas para que as crianças possam se expressar e participar ativamente do processo de aprendizagem, reconhecendo suas potencialidades e necessidades. Além disso, é fundamental que a escola seja um ambiente acolhedor e inclusivo, que promova a diversidade e o respeito às diferenças, contribuindo para o desenvolvimento pleno das crianças com autismo. O artigo de Santos (2020) traz importantes reflexões sobre esse tema, mostrando que ainda há muito a ser feito para garantir o protagonismo das crianças autistas na educação inclusiva, mas que essa é uma meta possível e necessária.
Além disso, é importante que os educadores e profissionais que trabalham com crianças autistas sejam capacitados e tenham conhecimento sobre o protagonismo e a importância da participação ativa desses alunos em seu processo de aprendizagem. A partir daí, podem ser desenvolvidas estratégias pedagógicas e tecnologias assistivas que favoreçam a autonomia, a expressão e a comunicação dessas crianças, permitindo que elas sejam protagonistas de suas próprias aprendizagens.
Portanto, o protagonismo de crianças autistas na educação inclusiva é um tema fundamental que deve ser discutido e valorizado. É necessário garantir que essas crianças tenham acesso a uma educação de qualidade que respeite suas especificidades e necessidades, permitindo que elas sejam protagonistas de suas próprias aprendizagens e desenvolvam todo o seu potencial. A promoção do protagonismo de crianças autistas na educação inclusiva é um desafio, mas é também uma oportunidade de transformação e inclusão social.
4. Considerações Finais
O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento da pessoa. A falta de habilidades de comunicação é uma das principais características do autismo, o que pode dificultar a sua inclusão social e educacional. Nesse sentido, a comunicação alternativa tem se mostrado uma importante aliada no processo de inclusão de pessoas com autismo.
A comunicação alternativa envolve estratégias e tecnologias que visam auxiliar a pessoa com autismo a se comunicar de maneira mais efetiva. Entre as estratégias mais utilizadas estão a Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA), que envolve gestos, sinais, imagens e símbolos; e a Tecnologia Assistiva (TA), que inclui dispositivos eletrônicos e programas de computador que permitem a comunicação por meio de imagens, sons e palavras. Estas ferramentas auxiliam na comunicação e interação social, o que pode melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo.
Além disso, é importante ressaltar a importância do protagonismo das pessoas com autismo no processo de inclusão escolar e social. O protagonismo envolve a participação ativa do indivíduo nas tomadas de decisão, escolhas e expressão de opiniões e sentimentos. Esse processo é essencial para a promoção da autonomia, autoestima e empoderamento das pessoas com autismo. Segundo Santos (2020), é possível fomentar o protagonismo de crianças autistas por meio de atividades que incentivem a sua participação ativa, como o envolvimento em grupos sociais, esportivos, culturais e escolares.
Portanto, é importante ressaltar a importância da comunicação alternativa e do protagonismo das pessoas com autismo para a sua inclusão social e educacional. A utilização da comunicação alternativa como estratégia pode auxiliar no desenvolvimento da linguagem e comunicação, bem como na interação social. Além disso, a promoção do protagonismo permite que as pessoas com autismo tenham voz e participação ativa na sociedade, o que pode melhorar a sua qualidade de vida e inclusão social. É necessário que haja ações e políticas públicas que valorizem essas práticas inclusivas e que ofereçam suporte e capacitação aos profissionais envolvidos na educação e inclusão das pessoas com TEA, é importante destacar que a comunicação alternativa pode ser utilizada como uma ferramenta para promover o protagonismo das pessoas com autismo. Através da utilização de recursos como pranchas de comunicação, softwares de voz sintetizada, tablets e outros dispositivos, as pessoas com autismo podem ter suas vozes ouvidas e serem incluídas em diferentes contextos sociais. Como destacado por Carvalho (2016), a comunicação alternativa permite que os alunos com autismo possam se expressar e se comunicar com seus colegas e professores, favorecendo a sua participação e protagonismo nas atividades escolares.
Porém, é importante destacar que o uso da comunicação alternativa não é a única solução para promover o protagonismo das pessoas com autismo. É necessário que sejam criadas condições favoráveis para que elas possam exercer sua autonomia e serem agentes ativos em suas próprias vidas. Segundo Santos (2020), é fundamental que a escola e a família reconheçam o potencial das crianças com autismo e lhes deem a oportunidade de participar ativamente de sua própria educação, permitindo que expressem suas opiniões e necessidades.
Por fim, é importante destacar que a promoção do protagonismo das pessoas com autismo é uma questão de direitos humanos e de justiça social. Como destacado por Fava (2019), a tecnologia assistiva e a comunicação alternativa podem ser ferramentas poderosas para a inclusão e a participação das pessoas com autismo na sociedade. No entanto, para que isso aconteça, é necessário que haja um compromisso coletivo com a promoção da igualdade e da equidade, reconhecendo a diversidade humana como uma riqueza a ser valorizada e respeitada em todas as suas dimensões.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Brasil. Ministério da Saúde. (2018). Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo. Brasília: Ministério da Saúde.
- Carvalho, I. (2016). Tecnologias assistivas e inclusão escolar de alunos com autismo. Revista Brasileira de Educação Especial, 22(1), 61-76.
- Fava, R. (2019). Autismo e tecnologia assistiva: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Educação Especial, 25(1), 1-16.
- Kishimoto, T. M. (2016). A tecnologia assistiva no processo de inclusão escolar de alunos com autismo. Revista Brasileira de Educação Especial, 22(1), 77-94.
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Trabalho de Conclusão Final apresentado como requisito parcial para obtenção do título de MESTRE no Curso de MASTER OF SCIENCE IN EMERGENT TECHNOLOGIES IN EDUCATION.