RESPIRATORY PHYSIOTHERAPY IN POST-COVID PATIENTS – BIBLIOGRAPHIC REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10530876
Matheus Oliveira Nery de Freitas1; Reisla Délis Silva de Almeida2; Roberto Oliveira Guimarães3; Samara Karine Carvalho Sena4; Adriele Lins Silva5; Ana Letícia Santos do Nascimento6; Aretusa Lopes Cavalheiro7; Carine Laura de Andrade8; Juliana Araújo Brandão9; Keyse Rafaela Nascimento dos Santos10; Lilian Cristina Silva Santos Magri11
RESUMO
Objetivo geral foi compreender/avaliar a eficácia das técnicas fisioterapêuticas de reabilitação respiratória em pacientes pós-COVID-19. Os objetivos específicos foram descrever a importância da fisioterapia na reabilitação pulmonar; identificar o conjunto de técnicas realizadas com a finalidade recuperar disfunções referentes ao processo respiratório; analisar o avanço do tratamento fisioterapêutico em pacientes pós-covid19 com sequela pulmonar até 2022 e identificar/ descrever os parâmetros utilizados na avaliação de técnicas fisioterapêuticas pulmonares em pacientes pós-COVID-19. Todavia, pouco se encontra no acervo sobre as sequelas dessa doença, e por isso o interesse em reunir os trabalhos em forma de revisão para trazer informações juntamente com atualizações. Consonante ao exposto, a fisioterapia é de extrema importância para o tratamento durante e tem grande peso sobre o tratamento após o covid-19. Para atender aos objetivos propostos, realizou-se uma revisão sistemática da literatura de caráter exploratório e descritivo com abordagem qualitativa (observar esse tipo de estudo e seguir). O estudo foi conduzido através das seguintes etapas: identificação do tema, definição da questão da pesquisa, delineamento metodológico, estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, coleta e seleção de dados, seguida de uma avaliação e interpretação dos artigos incluídos na revisão.
Palavras-chave: Covid-19. Fisioterapia. Reabilitação pulmonar.
ABSTRACT
The general objective was to understand/evaluate the effectiveness of physiotherapeutic techniques for respiratory rehabilitation in post-COVID-19 patients. The specific objectives were to describe the importance of physiotherapy in pulmonary rehabilitation; identify the set of techniques performed in order to recover dysfunctions related to the respiratory process; analyze the progress of physiotherapeutic treatment in post-COVID-19 patients with pulmonary sequelae until 2022 and identify/describe the parameters used in the evaluation of pulmonary physiotherapeutic techniques in post-COVID-19 patients. However, there is little in the collection about the sequelae of this disease, which is why we were interested in gathering the papers in the form of a review to provide information along with updates. In line with the above, physiotherapy is extremely important for treatment during and has great weight over treatment after COVID-19. To meet the proposed objectives, a systematic review of the literature of an exploratory and descriptive nature was carried out with a qualitative approach (observe this type of study and follow it). The study was conducted through the following stages: identification of the topic, definition of the research question, methodological design, establishment of inclusion and exclusion criteria, data collection and selection, followed by an evaluation and interpretation of the articles included in the review.
Keywords: Covid-19. Physiotherapy. Pulmonary rehabilitation.
1. INTRODUÇÃO
Síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) é um novo coronavírus que surgiu em 2019 e causa doença por coronavírus em 2019 (COVID19). SARS-CoV-2 é altamente contagioso. Ele difere de outros vírus respiratórios porque parece que a transmissão de pessoa para pessoa ocorre aproximadamente de 2 a 10 dias antes de o indivíduo se tornar sintomático (BOLDRINI, et al, 2020).
A COVID-19 é uma doença que causa deficiência das estruturas do trato respiratório, levando ao comprometimento das funções respiratórias. Não só, dependendo da gravidade clínica apresentada, pode haver comprometimento da função muscular respiratória e da tolerância ao exercício. Limitações, que dificultam a realização de atividades básicas que envolvem a capacidade de locomoção, afetando até tarefas rotineiras como caminhar e realizar auto transferências.
O Fisioterapeuta é o responsável pelo processo de cuidar desses pacientes, há necessidade de entender melhor as repercussões funcionais do COVID-19 para se pensar a melhor abordagem ao paciente, portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar evidências científicas sobre Fisioterapia e funcionalidade em pacientes com COVID19 adulto e pediátrico.
A fisioterapia respiratória tem sido usada em muitas condições respiratórias diferentes. Tem sido dito que melhora as trocas gasosas, reverte a progressão patológica e reduz ou evita a necessidade de ventilação artificial quando fornecida muito cedo. No entanto, para pacientes com COVID-19, ainda faltam evidências sobre seus efeitos, especialmente durante a fase aguda, além de alguns documentos de posição ou recomendações baseadas em evidências anedóticas (KIEKENS; BOLDRINI; ANDREOLI, 2020).
Isso ocorre porque as características dos problemas respiratórios em pacientes com COVID-19 diferem significativamente daqueles em outras doenças respiratórias. Por exemplo, durante a fase aguda, os pacientes com COVID-19 geralmente não têm exsudação. Além disso, a dispneia em pacientes com COVID-19 pode progredir rapidamente para insuficiência respiratória aguda. Consequentemente, o uso oportuno de ventilação mecânica em tais situações é fortemente recomendado (MUSUMECI, et al, 2020).
Para pacientes com COVID-19, o objetivo da fisioterapia respiratória é aliviar a dispneia e aliviar a ansiedade e a depressão em curto prazo; em longo prazo, é melhorar as funções físicas, o que por sua vez irá melhorar a qualidade de vida e auxiliar no retorno à sociedade (BOLDRINI, et al, 2020).
Consequentemente, as intervenções de fisioterapia respiratória recomendadas e / ou usadas para pacientes com COVID-19 incluem técnicas de desobstrução das vias aéreas (técnica de ciclo ativo de respiração, técnica de expiração forçada, percussão e vibração, terapia de pressão expiratória positiva (PEP) (incluindo PEP bolha), posicionamento e drenagem postural assistida por gravidade, dispositivos de oscilação de alta frequência entre ou extrapulmonares, drenagem autogâmica), remoção de depuração de secreção (chufa e tosse, sucção, manobras de tosse assistida ou estimulada, máquina de tosse assistida) e prescrição de mobilização e exercícios, que pode desencadear uma tosse e / ou expectoração de escarro. No entanto, tem sido recomendado que a reabilitação deva ser fornecida caso a caso, uma vez que os pacientes diferem em suas características clínicas (CAMPOS; COSTA, 2020).
Assim, as técnicas recomendadas em pacientes que estão em um ventilador incluem técnicas de desobstrução das vias aéreas, recrutamento de manobra pulmonar, aspiração endotraqueal e mudança de postura. As técnicas de desobstrução das vias aéreas recomendadas incluem posicionamento, ciclo ativo de respiração, hiperinsuflação manual e / ou ventilatória, percussão e vibração, pressão expiratória positiva (PEP) e insuflação-insuflação mecânica (MUSUMECI, et al, 2020).
A justificativa mostra que o covid-19 causou grande impacto com sua disseminação mundial e, com isso, muitos profissionais se viram como desbravadores do desconhecido em busca de respostas sobre como proceder o tratamento. Esse novo vírus e de alta incidência fez com que o mundo buscasse métodos e intervenções para coibir o sars-cov-2 e suas consequências, dessa forma muitos trabalhos acerca da doença foram feitos.
Todavia, pouco se encontra no acervo sobre as sequelas dessa doença, e por isso o interesse em reunir os trabalhos em forma de revisão para trazer informações juntamente com atualizações. Consonante ao exposto, a fisioterapia é de extrema importância para o tratamento durante e tem grande peso sobre o tratamento após o covid-19.
Objetivo geral foi compreender/avaliar a eficácia das técnicas fisioterapêuticas de reabilitação respiratória em pacientes pós-COVID-19. Os objetivos específicos foram descrever a importância da fisioterapia na reabilitação pulmonar; identificar o conjunto de técnicas realizadas com a finalidade recuperar disfunções referentes ao processo respiratório; analisar o avanço do tratamento fisioterapêutico em pacientes pós-covid-19 com sequela pulmonar até 2022 e identificar/ descrever os parâmetros utilizados na avaliação de técnicas fisioterapêuticas pulmonares em pacientes pósCOVID-19.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Metodologia
Para atender aos objetivos propostos, realizou-se uma revisão sistemática da literatura de caráter exploratório e descritivo com abordagem qualitativa (observar esse tipo de estudo e seguir). O estudo foi conduzido através das seguintes etapas: identificação do tema, definição da questão da pesquisa, delineamento metodológico, estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, coleta e seleção de dados, seguida de uma avaliação e interpretação dos artigos incluídos na revisão.
O tipo do estudo é uma revisão sistemática, pesquisas do tipo tem o objetivo primordial de ser descritiva quantitativa à exposição dos atributos de determinado fenômeno ou afirmação entre suas variáveis (GIL, 2018). Assim, recomenda-se que apresente características do tipo: analisar a atmosfera como fonte direta dos dados e o pesquisador como um instrumento interruptor; não agenciar o uso de artifícios e métodos estatísticos, tendo como apreensão maior a interpretação de fenômenos e a imputação de resultados, o método deve ser o foco principal para a abordagem e não o resultado ou o fruto, a apreciação dos dados deve ser atingida de forma intuitiva e indutivamente através do pesquisador (GIL, 2018).
O método de revisão sistemática permite incluir pesquisas experimentais e não experimentais, obtendo a combinação de dados empíricos e teóricos que podem direcionar à definição de conceitos, identificação de lacunas nas áreas de estudos, revisão de teorias e análise metodológica dos estudos sobre um determinado tópico. Este método exige recursos, conhecimentos e habilidades para o seu desenvolvimento.
A pesquisa bibliográfica foi realizada em três bases de dados, United States National Library of Medicine (PubMed), SCOPUS (Elsevier) e Web of Science (Clarivate), no mês de agosto de 2022 a novembro de 2022 utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) https://decs.bvsalud.org/ : COVID-19, infecção por SARS-CoV-2, reabilitação respiratória, reabilitação pulmonar e fisioterapia (colocar em inglês), bem como seus correspondentes em inglês.
Os descritores foram utilizados em diversas combinações por meio dos operadores booleanos “AND” e “OR”, a fim de localizar os registros que atendessem simultaneamente os critérios de elegibilidade de acordo com a estratégia de pesquisa mostrada na tabela 1.
Tabela 1: Pesquisa realizada com string de busca nas bases PubMed, Scopus e Web of Science.
Base de dados | String de busca |
PubMed | (Covid-19 OR SARS CoV 2 Infection) AND (rehabilitation respiratory OR rehabilitation pulmonary) AND physical therapy |
Scopus | TITLE-ABS-KEY (covid-19) AND (rehabilitation) AND (respiratory OR rehabilitation) AND (pulmonary OR physical). |
Web of Science | ALL= ( Covid-19 OR SARS-CoV-2 Infection) AND (rehabilitation respiratory OR rehabilitation pulmonary) AND (physical therapy). |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Os critérios de seleção incluíram estudos disponíveis na íntegra escritos na língua inglesa e em português publicados entre os anos de 2020 a 2022, os quais abordassem a reabilitação pulmonar em pacientes pós infecção por SARS-CoV-2; e atuação terapêutica e/ou fisioterapêutica para controle das sequelas respiratória a longo prazo nos sobreviventes. Foram excluídos estudos em animais, duplicatas e os que não apresentavam relação com o objetivo da pesquisa.
Nessa etapa é importante ter a busca nas bases de dados deve ser ampla e diversificada. O ideal é que todos os artigos encontrados sejam utilizados e os critérios de amostragem precisam garantir a representatividade da amostra, sendo importantes indicadores da confiabilidade e da fidedignidade dos resultados (GIL, 2018).
Para conseguir realizar a categorização dos dados pesquisados, foi utilizado um método no qual é feita por meio da sequência de duas fases. Fase 1: após finalizar a busca dos dados, assim como a leitura do resumo e conclusão dos mesmos, confirmando que estes estejam dentro dos critérios de inclusão desta pesquisa, foi dado início a fase 1, no qual esta fase é utilizada uma ficha de seleção dos dados em análise. Esta ficha tem como objetivo sintetizar esta seleção, sendo possível visualizar os motivos de exclusão.
Na fase 2, foi realizada uma leitura completa de todos os artigos/relatos, garantindo se os dados possuem o conteúdo esperado, se sim elas são introduzidas para suceder-se a análise, caso contrário são excluídas. Depois de conferir se as publicações estão em conformidade com o objeto de pesquisa feita na etapa anterior, é o momento de partir para a discussão dos principais resultados na pesquisa convencional. Realizando a comparação com o conhecimento teórico, a identificação das conclusões e implicações resultantes da revisão, enfatizando as diferenças e similaridades entre os estudos. Se houver lacunas de conhecimento será possível apontar e sugerir novas pesquisas.
Sendo assim, a 3ª e 4ª etapa serão exibidas nos resultados e na conclusão da pesquisa. Para o desenvolvimento desta pesquisa se fez necessário o uso de um computador com acesso à internet. Ainda, para ampliar a busca de artigos, foram considerados termos e palavras de texto relacionados aos descritores supracitados (GIL, 2018).
2.2. Resultado e discussão
Uma lista de 40 fontes potenciais de dados foi identificada. 10 eram estudos de caso, 10 eram estudos clínicos e 20 eram observações. Dessas 20, apenas 8 fontes foram viáveis para a coleta de dados (ver Figura). As seções da tabela do relatório de pesquisa listam os artigos escolhidos de acordo com os critérios de inclusão.
Vários estudos observam como os fisioterapeutas respiratórios usam equipamentos e exercícios auto gerenciados para melhorar a função do paciente após o COVID-19. Além disso, utilizam exercícios em grupo para melhorar as funções respiratórias e exercícios auto administrados. 2 utilizaram intervenções envolvendo exercícios grupais, autogerenciados ou individuais. 2 utilizaram a telereabilitação como intervenção fisioterapêutica respiratória, enquanto 2 utilizaram exercícios aeróbicos. Adicionalmente, 2 mediu as capacidades emocionais, físicas e funcionais, mostrado na tabela 1.
Tabela 2: Sumarização dos artigos.
AUTOR (ES) | OBJETIVOS | PROTOCOLO E REABILITAÇÃO APLICADOS | RESULTADOS |
Neurological manifestations and complications of COVID-19: A literature review. | Atualizar os neurologistas e médicos que trabalham com casos suspeitos de COVID-19 sobre as possíveis apresentações neurológicas e as prováveis complicações neurológicas decorrentes dessa nova infecção pelo vírus. | A doença de Coronavírus devido ao SARS-CoV-2 surgiu na cidade de Wuhan, China, em dezembro de 2019 e se espalhou rapidamente para mais de 200 países como uma pandemia global de saúde. São mais de 3,5 milhões de casos confirmados e cerca de 165.000 a 243.000 mortes. A manifestação primária é respiratória e cardíaca, mas características neurológicas também estão sendo relatadas na literatura como relatos de casos e séries de casos. Os sintomas relatados mais comuns incluem dor de cabeça e tontura, seguidos de encefalopatia e delirium. Entre as complicações observadas estão acidente vascular cerebral, síndrome de Guillian Barre, mielite transversa aguda e encefalite aguda. A manifestação periférica mais comum foi a hiposmia. | É ainda notado que às vezes as manifestações neurológicas podem preceder as características típicas como febre e tosse e, posteriormente, as manifestações típicas se desenvolvem nesses pacientes. Portanto, um alto índice de suspeição é necessário para diagnóstico oportuno e isolamento de casos para evitar a propagação em enfermarias de neurologia. |
Chest physiotherapy: An important adjuvant in critically ill mechanically ventilated patients with COVID-19. | Discute o importante papel da fisioterapia respiratória em pacientes críticos ventilados mecanicament e com COVID-19, em torno do processo de desmame, e como ela pode ser aplicada com segurança e organização cuidadosa, incluindo o treinamento da equipe de saúde e o adequado uso de equipamentos de proteção individual para minimizar o risco de exposição viral | No final de 2019, um surto de um novo coronavírus humano causando doença respiratória foi identificado em Wuhan, China. O vírus se espalhou rapidamente pelo mundo, atingindo o status de pandemia. A tomografia computadorizada de tórax de pacientes com doença de coronavírus 2019 (COVID-19) revelou diferentes estágios de envolvimento respiratório, com apresentações pulmonares extremamente variáveis, que exigem estratégias ventilatórias individualizadas naqueles que ficam gravemente doentes. A fisioterapia respiratória provou ser eficaz para melhorar a função física respiratória a longo prazo entre os sobreviventes da UTI. O ARIR relatou recentemente o papel da fisioterapia respiratória na fase aguda da COVID-19, apontando limitação de alguns procedimentos devido à experiência limitada com esta doença no ambiente de UTI. | Ainda faltam evidências sobre a eficácia da fisioterapia respiratória no COVID-19. |
First impact of COVID-19 on services and their preparation “Instant paper from the field” on rehabilitation answers to the COVID-19 emergency. | Relata o impacto imediato da epidemia nos serviços de reabilitação na Itália, o primeiro país da Europa atingido pela Covid-19. | Num país com quase 5.000 médicos de Medicina Física e de Reabilitação, o webinar teve 230 espectadores ao vivo (4,5%) e mais de 8.900 visualizações individuais da versão gravada. Ficou clara a inadequada preparação geral do sistema de reabilitação para enfrentar uma epidemia repentina, semelhante à dos serviços de agudos. A ideia original de confinar os casos de Covid-19 a algumas áreas de enfermarias de reabilitação e/ou hospitais, preservando outras, revelou-se inviável. Reorganização contínua e adaptação foram necessárias devido às rápidas mudanças. Globalment e, as necessidades de reabilitação tiveram de se render à emergência mais aguda, com conversão total de camas, enfermarias e até hospitais. As necessidades de quarentena também envolveram fortemente os serviços ambulatoriais que estavam fechados em sua maioria. Os profissionais de reabilitação precisavam de apoio, mas também agiam adequadamente, novamente à semelhança do que acontecia nas enfermarias de agudos. As necessidades típicas da reabilitação, como contatos humanos e físicos, mas também interações sociais incluindo paciente, equipe, família e cuidadores, apareceram claramente na atual necessidade inevitável de serem suprimidas. | Essas notas podem servir para a preparação de outros cultos em todo o mundo. apareceu claramente na atual necessidade inevitável de ser suprimido. Essas notas podem servir para a preparação de outros cultos em todo o mundo. apareceu claramente na atual necessidade inevitável de ser suprimido. Essas notas podem servir para a preparação de outros cultos em todo o mundo. |
Alterações pulmonares causadas pelo novo coronavírus (COVID-19) e o uso da ventilação mecânica invasiva. | Avaliar as alterações pulmonares causadas pelo novo Coronavírus (COVID-19) e o uso da ventilação mecânica invasiva. | A ventilação mecânica invasiva é a forma de tratamento adequada para pacientes com saturação abaixo de 92%, pressão arterial de O2 abaixo de 65 mm/Hg com ou sem hipercapnia, frequência respiratória > 30 ipm e piora clínica. | O uso da ventilação não invasiva ou de oxigenoterapia nasal de alto fluxo não é recomendado na rotina. |
Digital physical therapy in the COVID-19 pandemic. | Avaliar a fisioterapia digital na pandemia de COVID-19. | Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19), doença causada pelo novo coronavírus (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2-SARS- COV-2), uma pandemia. Nesta crise global, a fisioterapia em todo o mundo está sendo desafiada a manter suas atividades clínicas profissionais na atenção primária e secundária em clínicas privadas e sistemas públicos de saúde. Parte do desafio é continuar a fornecer cuidados clínicos necessários de forma segura, para fisioterapeutas, pacientes e comunidade, seguindo as recomendações gerais da OMS. O distanciamento social e a interrupção das atividades fisioterapêuticas podem ter um tremendo impacto negativo na saúde de milhares de pacientes. | A fisioterapia digital oferece a possibilidade de continuar a fornecer alguns serviços de fisioterapia aos pacientes, mas as regulamentações e as barreiras de implementação são extremamente heterogêneas em todo o mundo. |
Rehabilitation and respiratory management in the acute and early post-acute phase. “Instant paper from the field” on rehabilitation answers to the COVID-19 emergency. | Resume o segundo webinar sobre Covid-19 (230 participantes ao vivo, 11.600 espectadores da versão gravada) organizado pela Sociedade Italiana de Medicina Física e de Reabilitação sobre reabilitação e, em particular, manejo respiratório na fase aguda (Unidade de Terapia Intensiva – UTI) e fases pós-agudas imediatas. | Há a necessidade de se preparar para a fase pós-aguda. O tempo de internação na UTI é relativamente longo, com imobilização em decúbito ventral. Alguns problemas específicos são descritos, incluindo fraqueza e fadiga muscular severa, rigidez articular, disfagia, problemas (neuro) psicológicos, funcionamento prejudicado em relação à mobilidade, atividades da vida diária e do trabalho. | Muito ainda é desconhecido e os pacientes podem sofrer consequências a longo prazo como sabemos pela literatura sobre a síndrome pós- terapia intensiva, mas a Covid-19 tem características únicas a serem investigadas e compreendidas. |
Recursos fisioterapêuticos utilizados em unidades de terapia intensiva para avaliação e tratamento das disfunções respiratórias de pacientes com covid-19. | Abordar os recursos fisioterapêutico s utilizados em unidades de terapia intensiva para avaliação e tratamento das disfunções respiratórias de pacientes com covid-19. | O presente documento apresenta o direcionamento para os Fisioterapeutas durante a avaliação e o tratamento de pacientes com Covid-19 que evoluem com necessidade de terapia intensiva. A disfunção sistêmica ocasionada pelo novo coronavírus, denominado SARS- CoV-2 e causador da doença Covid-19 frequentemente culmina em insuficiência respiratória aguda (IRpA) hipoxêmica, podendo evoluir para a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). | Nesse contexto, é fundamental que os Fisioterapeutas tenham o conhecimento sobre a indicação dos recursos existentes para pacientes em respiração espontânea ou ventilação mecânica na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e sobretudo, que estejam capacitados para utilizá-los. |
Physiotherapy management for COVID-19 in the acute hospitalsetting: recommendations to guide clinical practice. | Avaliar o manejo fisioterapêutico para COVID-19 no ambiente hospitalar agudo: recomendações para orientar a prática clínica. | Este documento descreve recomendações para o gerenciamento de fisioterapia para COVID-19 no ambiente hospitalar agudo. Ele inclui: recomendações para planejamento e preparação da força de trabalho de fisioterapia; uma ferramenta de triagem para determinar a necessidade de fisioterapia; e recomendações para a seleção de tratamentos de fisioterapia e equipamentos de proteção individual. | Destina-se ao uso por fisioterapeutas e outras partes interessadas relevantes no ambiente de cuidados intensivos, cuidando de pacientes adultos com COVID-19 confirmado ou suspeito. |
Fonte: Elaborado pelo autor (2023).
Para Ahmad e Rathore (2020), as doenças infecciosas emergentes e reemergentes são reconhecidas como um desafio global de saúde pública. Nesse sentido, os coronavírus são vírus de RNA que causam infecções respiratórias em uma variedade de animais, incluindo mamíferos e aves. Em um estudo semelhante, sete desses coronavírus foram identificados como patógenos em humanos. Nos últimos 20 anos, duas espécies causaram uma das piores epidemias associadas à síndrome respiratória aguda grave (SAR-CoV e MERS-CoV).
Em 2020, a taxa de mortalidade por COVID é de cerca de 2%. Desde o início, a morte pode resultar de dano alveolar maciço e insuficiência respiratória progressiva. Para Battaglini et al. (2020), essa mortalidade relacionada à COVID-19 decorre de manifestações clínicas de insuficiência respiratória, choque séptico e falência de múltiplos órgãos. Esses pacientes podem desenvolver comprometimento grave no nível sistêmico com internações hospitalares prolongadas relacionadas à terapia intensiva. Embora as consequências pós-COVID-19 sejam mais comuns em indivíduos que desenvolvem formas graves, pacientes com doença moderada que não necessitam de internação também podem apresentar algum grau de incapacidade.
Para Boldrini et al. (2020), esses processos fisiopatológicos levam a exacerbações da doença caracterizadas por hipoxemia grave afetando as relações ventilação-perfusão. Em 2020, além de prejudicar o sistema respiratório 13, o novo coronavírus também afeta outros sistemas, como o cardiovascular. A doença pode levar à descompensação do sistema cardiovascular, principalmente em pacientes com acometimentos prévios, como doença arterial coronariana e insuficiência cardíaca.
Em estudo de Campos e Costa (2020), até o momento em 2020, a covid-19 resultou em 396.249 casos confirmados e 17.252 óbitos distribuídos, tornando-se uma emergência de saúde pública. Apontam que o Brasil registrou cerca de 21.000 casos confirmados e 1.200 óbitos pela patologia. Entre os profissionais envolvidos na reabilitação de pacientes pós-COVID 19, o papel do fisioterapeuta é particularmente destacado, pois facilita a prevenção e reabilitação de déficits respiratórios e limitações funcionais das atividades de vida diária.
Em estudo semelhante, Dantas, Barreto e Ferreira (2020), destacaram-se a importância do acompanhamento por fisioterapeutas para melhora dos sintomas e recuperação. O prognóstico da maioria dos pacientes é bom. Nesse sentido, para casos mais leves no início da doença, o fisioterapeuta realiza uma recuperação funcional mais rápida e acelera o processo de alta. Em alguns casos, para pacientes que tossem com catarro devido a uma infecção, um fisioterapeuta profissional realiza técnicas e práticas de higiene brônquica para ajudar a liberar secreções e ajudar a minimizar o desconforto respiratório. Para pacientes com tosse seca e seca, a fisioterapia respiratória pode não ser necessária. Porém, considerando que a atuação desse profissional na fase aguda não se limita ao sistema respiratório, o fisioterapeuta continua sendo fundamental nessa fase, realizando mobilizações e exercícios para reduzir significativamente os déficits musculoesqueléticos decorrentes da imobilidade prolongada.
No Brasil, fisioterapeutas respiratórios hospitalares podem definir e aplicar autonomamente parâmetros de ventilação mecânica para pacientes intubados. Além disso, no estudo de Kiekens et al. (2020), o profissional poderia desenvolver estratégias e práticas de promoção da saúde, prevenção de doenças, reabilitação e reabilitação de crianças com fatores de risco para o desenvolvimento de complicações no processo saúde-doença.
Ainda neste caso, Musumeci et al. (2020) mostra que em pacientes que necessitam de intervenção clínica, o conselho profissional de fisioterapia no Brasil emitiu serviços de teleconsulta, teleconsulta e telemonitoramento como ferramenta de acompanhamento desses pacientes. Nesse sentido, a melhora da evolução clínica e do prognóstico desses pacientes, recomenda-se a reabilitação após a alta.
Em um estudo semelhante realizado em Musumeci et al. (2020), os fisioterapeutas foram solicitados a realizar uma recuperação funcional mais rápida e agilizar o processo de alta em casos mais leves no início da doença. Em alguns casos, fisioterapeutas especializados realizam técnicas e práticas de higiene brônquica em pacientes com infecções que causam produção de escarro para ajudar a liberar secreções e ajudar a minimizar o desconforto respiratório.
Em estudos de COVID 19 em crianças, esse covid foi caracterizado por insuficiência respiratória com necessidade de suporte ventilatório. Nesse contexto, os fisioterapeutas neonatais e pediátricos desempenham um papel importante no atendimento multidisciplinar, identificando, identificando, elaborando e formulando o diagnóstico da doença cardiorrespiratória causada por infecção viral por meio de prontuários, avaliação física e exames complementares (THOMAS et al., 2020).
Para Ahmad e Rathore (2020) em unidades de emergência ou UTI, a abordagem do fisioterapeuta deve ser individualizada, realizando diversos procedimentos como: auxiliar na intubação, extubação, ajuste da ventilação mecânica, desmame, Recrutamento alveolar, várias promoções e restauração da posição supina, manifestadas na ressuscitação cardiopulmonar, etc. Nota-se também a relevância do fisioterapeuta na terapia intensiva, resultando em aceitação geral por parte dos gestores de saúde e da sociedade. No Brasil, fisioterapeutas respiratórios especializados em ambiente hospitalar definem e aplicam de forma autônoma os parâmetros de ventilação mecânica para pacientes intubados.
Em um estudo de Thomas et al. (2020), a recuperação de pacientes com Covid 19 foi descrita como um processo multidisciplinar. No planejamento da reabilitação também devem ser consideradas as deficiências funcionais de cada indivíduo. Antes da alta hospitalar, os pacientes devem ser avaliados quanto à necessidade de oxigenoterapia em repouso ou durante a atividade física, uma vez que o exercício físico e a reabilitação são úteis e viáveis para sobreviventes de doenças críticas como a COVID-19.
Para Boldrini et al. (2020), a prevenção de doenças respiratórias aumentará significativamente a disponibilidade de leitos, além de reduzir significativamente os custos do SUS. Nesse caso, a atividade física minimiza o estresse, melhora a capacidade cardiorrespiratória, a autoestima, a força muscular e previne fraquezas e fraquezas musculares. Dessa forma, esses profissionais fisioterapeutas que atuam na reabilitação desempenham um papel fundamental durante o isolamento, auxiliando na otimização da independência funcional e na melhoria da qualidade de vida, como na reinserção social.
Portanto, em estudo realizado em Thomas et al. (2020), o atendimento a esses pacientes aparece como prioridade máxima desses profissionais. Portanto, o papel desse profissional na fase aguda não se limita ao sistema respiratório, os fisioterapeutas ainda são essenciais nessa fase, eles realizam mobilizações e exercícios para reduzir significativamente os defeitos musculoesqueléticos devido ao movimento.
3. CONCLUSÃO
A reabilitação pulmonar é recomendada principalmente para facilitar a recuperação física e funcional de pacientes pós-COVID-19 durante e após a alta hospitalar. Para isso, é necessário considerar cuidadosamente as necessidades de cada paciente, testadas por meio de uma avaliação abrangente. Dadas as manifestações sistêmicas da doença, os pacientes pós-COVID-19 devem ser acompanhados por uma equipe multidisciplinar.
Até o momento, ainda não há evidências robustas sobre as características e efeitos das intervenções específicas do paciente pós-COVID-19. Portanto, as diretrizes atuais de reabilitação para essa população são amplamente baseadas em resultados preliminares, opinião de especialistas e evidências anteriores de reabilitação em sobreviventes gravemente doentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AHMAD, I.; RATHORE, F. A. Neurological manifestations and complications of COVID-19: A literature review. Journal of Clinical Neuroscience, Melbourne, v. 77, p. 8-12, 2020.
BATTAGLINI, D. et al. Chest physiotherapy: An important adjuvant in critically ill mechanically ventilated patients with COVID-19. Respiratory Physiology & Neurobiology, Amsterdam, v. 282, p. 103529, 2020.
BOLDRINI, P. et al. First impact of COVID-19 on services and their preparation “Instant paper from the field” on rehabilitation answers to the COVID-19 emergency. European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine, Torino, v. 56, n. 3, p. 319-322, 2020.
CAMPOS NG, COSTA RF. Alterações pulmonares causadas pelo novo coronavírus (COVID-19) e o uso da ventilação mecânica invasiva. J. Health Biol Sci. 2020;8(1):1-3.
DANTAS, L. O; BARRETO, R. P. G.; FERREIRA, C. H. J. Digital physical therapy in the COVID-19 pandemic. Brazilian Journal of Physical Therapy, São Carlos, v. 24, n. 5, p. 381-383, 2020.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
KIEKENS C, BOLDRINI P, ANDREOLI A, et al. Rehabilitation and respiratory management in the acute and early post-acute phase. “Instant paper from the field” on rehabilitation answers to the COVID-19 emergency. Eur J Phys Rehabil Med. 2020;56(3):323- 326.
MUSUMECI, M. M. et al. RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS UTILIZADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA PARA AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS DE PACIENTES COM COVID-19.
COMUNICAÇÃO OFICIAL – ASSOBRAFIR. 2020.
THOMAS P, BALDWIN C, BISSETT B, BODEN I, GOSSELINK R, GRANGER CL, et al. Physiotherapy management for COVID-19 in the acute hospitalsetting: recommendations to guide clinical practice. JAMA. 2020;323(11):1-33.
1Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, e-mail: matheusnery_6@hotmail.com;
2Fisioterapeuta da Universidade Federal de Uberlândia, e-mail: reisladelis@gmail.com;
3Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, e-mail: roberto_rog@hotmail.com;
4Fisioterapeuta do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, e-mail: samarakarinecs@yahoo.com.br;
5Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, e-mail: adri.linsh@gmail.com;
6Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, e-mail: leticiasantosphb@hotmail.com;
7Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, e-mail: aretusalc@hotmail.com;
8Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, e-mail: cariine.andrade@hotmail.com;
9Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas de Universidade Federal de Uberlândia, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, e-mail: juliana.abrandao@hotmail.com;
10Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH. e-mail: rafaeladrk@gmail.com;
11Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, e-mail: lilian_magri@hotmail.com