O USO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA DE MONITORAMENTO DE ÁREAS DEGRADADAS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10530714


MACHADO, G.M.P.N.1,2; SILVA, B.A.1,2; PEDROSA, V.G.O.2; BATISTA, T.B.2


RESUMO

Na contemporaneidade toda atividade que se desenvolva, em qualquer tipo de empreendimento, pode provocar alterações ao meio ambiente, causando um impacto positivo ou negativo. No intuito de colaborar no monitoramento desses problemas ambientais, e no gerenciamento da recuperação dessas áreas, entra a importância do uso das ferramentas do geoprocessamento. Este trabalho tem como objetivo entender a aplicabilidade do geoprocessamento como alternativa de monitoramento ambiental. A proposta deste trabalho foi desenvolvida através de levantamentos bibliográficos, visando demonstrar o porquê são importantes o uso das ferramentas de geoprocessamento e os benefícios que pode trazer. O geoprocessamento engloba o conjunto de geotecnologias que estão ligadas às geociências, as quais podem trazer benefícios em ações de planejamento, em processos de gestão, manejo e em tantos outros aspectos relacionados à estrutura do espaço geográfico. As ferramentas do geoprocessamento se mostram muito importante, pois podem facilitar muitos serviços e auxiliar diversas aplicações, como no Manejo e conservação de recursos naturais, Gestão das explorações agrícolas, Planejamento de área urbana, etc.

Palavras-chave: Área degradada; Monitoramento Ambiental; Geoprocessamento.

ABSTRACT

At the present time, any activity that develops, in any type of enterprise, can cause changes to the environment, causing a positive or negative impact. In order to collaborate in the monitoring of these environmental problems, and in the management of the recovery of these areas, the importance of the use of geoprocessing tools comes into play.  This work aims to understand the applicability of geoprocessing as an alternative for environmental monitoring. The proposal of this work was developed through bibliographical surveys, in order to demonstrate the importance of the use of geoprocessing tools and the benefits it can bring. Geoprocessing encompasses the set of geotechnologies that are linked to geosciences, which can bring benefits in planning actions, management processes, management and in many other aspects related to the geographic space structure.  The tools of geoprocessing are very important, as they can facilitate  many services  and help various applications, such as in the management  and  conservation  of  natural resources, Farm management, urban planning, etc.

Key-words: Degraded area; Environmental monitoring; Geoprocessing.

1. INTRODUÇÃO

Toda atividade que se desenvolva, em qualquer tipo de empreendimento, pode provocar modificações e alterações ao meio ambiente, causando um impacto positivo ou negativo. Quando essa atividade provoca alteração no ecossistema de determinada localidade, a ponto de se modificar suas características acima do normal, ou seja, quando o ambiente não se recupera mais naturalmente e necessita de uma intervenção humana, considera-se uma área que foi degradada.

As ações antrópicas através de atividades como o crescimento populacional e o consumo de recursos naturais cada vez mais intensos e exagerados, podem causar diversos problemas, tais como, destruição da vegetação e da fauna, erosões, assoreamentos, alteração nos recursos hídricos, entre outros, assim causando prejuízos para futuras gerações.

No intuito de colaborar no monitoramento desses problemas ambientais, e no gerenciamento da recuperação dessas áreas, entra a importância do uso das ferramentas do geoprocessamento. Esta tecnologia utiliza-se de geotecnologias que integram um grande conjunto de ciências como os SIG, sensoriamento remoto e, diversas outras ferramentas importantes, que apresentam grande  potencial  no auxilio para controle e monitoramento ambiental através do uso de bases  cartográficas, imagens de satélite, e por permitir o cruzamento de diferentes informações fornecendo uma melhor visualização de vegetação, solo, hidrografia e analise de uso e ocupação do solo.

Este trabalho tem como objetivo entender a aplicabilidade do geoprocessamento como alternativa de monitoramento ambiental, onde se buscou compreender quais são as principais atividades degradadoras ao meio ambiente, descrever o geoprocessamento e suas tecnologias e apontar a importância das ferramentas do geoprocessamento para o monitoramento ambiental.

A proposta deste trabalho foi desenvolvida através de levantamentos bibliográficos, com materiais bibliográficos publicados nos últimos 30 anos, utilizando como palavras chaves áreas degradadas, monitoramento ambiental e geoprocessamento, visando demonstrar o porquê são importantes o uso das ferramentas de geoprocessamento e os benefícios que pode trazer para o monitoramento de áreas degradadas.

2. ÁREAS DEGRADADAS: PRINCIPAIS ATIVIDADES DEGRADADORAS

Área degradada é um termo utilizado quando se tem práticas excessivas do uso dos recursos naturais, está associado a ambiente que ocorre degradação a ponto de modificar ecossistemas da localidade. De acordo com Corrêa & Melo (1998) quando o ambiente não consegue se recuperar naturalmente, e necessita de intervenções diz-se que está degradado, mas, quando mantém sua capacidade de regeneração é um ambiente perturbado e intervenções podem ajudar a acelerar sua recuperação.

O IBAMA (1990) define que:

A degradação de uma área ocorre quando a vegetação nativa e a fauna forem destruídas, removidas ou expulsas; a camada fértil do solo for perdida, removida ou enterrada; e a qualidade e o regime de vazão do sistema hídrico forem alterados. A degradação ambiental ocorre quando há perda de adaptação às características físicas, químicas e biológicas e é inviabilizado o desenvolvimento socioeconômico.

Existem diversas atividades degradadoras, porém há algumas das principais que se sobressaem, a seguir, serão relatadas algumas atividades e seus principais impactos causados.

2.1. AGRICULTURA

A produção agrícola junto com a mineração e uma das principais atividades econômicas do país, sendo um setor econômico que influencia de forma significativa no desenvolvimento do Brasil (SILVA, 2007). Parte da economia do país depende da agricultura, por ser um setor que gera muito emprego e muito importante para o PIB do país.

A agricultura possui um expressivo potencial degradador e é considerada uma atividade que causa grande impacto ao meio ambiente por consumir muita água e utilizar de insumos que podem afetar a quantidade e a qualidade das águas superficiais e subsuperficiais, causar poluição atmosférica e do solo.

O setor agrícola é considerado um dos grandes responsáveis quando falamos em diminuição da quantidade e má qualidade da água. A agricultura chega a consumir 70% de toda a água derivada das fontes, se tornando um dos maiores consumidores de água entre diversos outros usuários (FAO, 1998). De acordo com Cardoso, Mantovani e Costa (1998, p. 27) “no Brasil, estima-se que quase metade da água consumida ocorra na agricultura irrigada.” Segundo a Unesco (2016), os valores de consumo dos recursos hídricos pela agricultura vão mais além,  chegando a 90 % em todo o mundo (Gráfico 1).

Gráfico 1: Comparação do uso da água entre agricultura, indústria e doméstico em cada região pelo mundo

Nota-se que são valores absurdos para uma única atividade, e que se reflita quanto ao consumo em excesso do recurso hídrico na agricultura. Outro grande problema na agricultura é o uso desenfreado e inadequado de agrotóxicos, que pode causar a contaminação do solo, ar, águas superficiais ou subsuperficiais, além de sua dispersão na atmosfera que pode causar grandes danos à saúde humana.

Quando ocorre a aplicação de agrotóxicos por aeronave no campo, menos de 50% atinge a área alvo escolhida, o restante é disperso pelos ventos para o meio ambiente (CAMPANHOLA & BETTIOL, 2003, p.29). Essa grande maioria que é aplicada e se espalha pelo ambiente é o grande problema, que com essa dispersão ocorre a contaminação das regiões mais próximas.

Existem muitos fatores relacionados com a agricultura que podem causar degradação do solo, da água, do ar, dos organismos e da topografia. Entre estes podemos enfatizar a inaptidão do ambiente, a compactação, o preparo de solo inadequado, o monocultivo, a irrigação inadequada, o superpastejo e a cobertura de solo insuficiente. A não observação de alguns desses fatores pode transformar áreas agrícolas em ambientes degradados (KOBIYAMA; MINELLA; FABRIS, 2001).

E devido ao crescimento populacional, consequentemente ocorrendo o aumento na produção alimentícia, tem aumentado também os impactos causados pela agricultura, pois devido às necessidades desse tipo de atividade ocorre desmatamento, diminuição da biodiversidade, erosões, exaustão dos mananciais de água doce, poluição do solo e dos recursos hídricos.

2.2. MINERAÇÃO

A exploração dos recursos minerais sempre contribuiu com importantes insumos para a economia nacional. Segundo Wagner, Lins e Sá (2002), o setor mineral, em 2000, representou 8,5% do PIB, ou seja, US$ 50,5 bilhões de dólares, gerando 500.000 empregos diretos e um saldo na balança comercial de US$ 7,7 bilhões de dólares, além de ter tido um crescimento médio anual de 8,2% no período 1995/2000.

A mineração, assim como qualquer outra atividade que explore os recursos naturais, e que assim como a agricultura contribui para economia mundial, causa impacto ambiental. A mineração e a agricultura, junto com a exploração florestal, a produção de energia, os transportes, as construções civis e as indústrias básicas (químicas e metalúrgicas) são os causadores de quase todo o impacto ambiental existente na terra (SILVA, 2007).

Apesar de se causar um impacto ambiental considerável, por se tratar de uma ocorrência pontual e limitar-se a pequenas áreas, a mineração não representa uma grande parcela comparada aos demais agentes degradadores como a agricultura, por exemplo (KOBIYAMA; MINELLA; FABRIS, 2001).

Os principais impactos oriundos da mineração podem ser divididos por categorias: poluição da água, poluição atmosférica, poluição sonora, subsidência de terrenos, e outros fatores que vai depender do tipo da mineração (CPRM, 2002). Estes impactos podem ser de diferentes magnitudes, dependendo do tipo de substancia mineral que será lavrada (Quadro 1).

Tabela 1: Impactos ambientais decorrentes de diferentes tipos de substância lavrada.

Um dos grandes problemas é que em praticamente toda atividade de mineração, independente do tipo de substância necessita fazer o decapeamento (supressão de vegetação), além de ocorrer uma série de problemáticas, tais como, a poluição do ar devido emissão de particulados, ruídos e vibrações por conta dos desmontes de rocha, e o principal deles é a geração dos rejeitos, o qual pode causar um impacto visual, e dependendo da substância mineral explorada utilizam-se elementos que são nocivos ao meio ambiente.

2.3. URBANIZAÇÃO DESORDENADA

O Brasil se tornou um país onde cada vez mais ocorre a mudança de pessoas do campo para os centros urbanos, o que tem alterado bastante o nível de densidade urbana de algumas regiões do país. Este crescimento acelerado não foi acompanhado pela evolução do sistema de infraestrutura gerando, assim, consequências para aquelas populações (NÓBREGA et al., 2013). O crescimento de indivíduos desordenadamente tem sido uma grande preocupação, pois acarreta o surgimento de impactos ambientais e sociais. Segundo Reis et al., (2012), são resultados de um processo de industrialização e urbanização desordenado, e principalmente pela falta de planejamento, infraestrutura e desenvolvimento de políticas de municípios.

O processo de industrialização pelo qual passou o país nos últimos 40 anos, a migração de populações rurais para os grandes centros urbanos, gerando maiores demandas de produtos industrializados e o maior volume de resíduos, e a ocorrência de acidentes ambientais, vem multiplicando as áreas degradadas por poluentes, em todas as regiões do país. Assim, o processo de concentração da atividade industrial nos grandes centros urbanos não foi acompanhado por uma política que tentasse harmonizar os objetivos do crescimento econômico e o equilíbrio ambiental, originando um quadro de intensa degradação e difícil recuperação (SOUZA, 2000).

Estamos nos deparando cada vez mais com uma serie de problemas urbanos devido à urbanização desordenada da população em um único espaço sem nenhum planejamento e preocupação com o aumento da estrutura urbana.

2.4 GEOPROCESSAMENTO E SUAS TECNOLOGIAS

Há muito tempo atrás, o homem já se utilizava de mapas para orientação. E com o passar dos tempos tudo foi se aprimorando, esses mapas foram melhorando e se tornando mais detalhados territorialmente e sendo confeccionados para vários fins, captando diversos tipos de informações geográficas, econômicas e culturais (ALMEIDA et al., 2007).

O termo Geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza um conjunto de técnicas matemáticas e computacionais sendo ela na coleta, armazenamento ou analise dos dados das informações geográficas e que está influenciando as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Regional e Urbano (PONTES, 2002). Segundo Medeiros (2012) “estas técnicas ou tecnologias são comumente chamadas de Geotecnologias”.

As geotecnologias é o conjunto de tecnologias ligadas às geociências e correlatas, as quais trazem avanços significativos no desenvolvimento de pesquisas, em ações de planejamento, em processos de gestão, manejo e em tantos outros aspectos relacionados à estrutura do espaço geográfico (FITZ, 2008). Alguns exemplos de Geotecnologias são:

  • Topografia e Geodésia;
  • Fotogrametria;
  • Cartografia;
  • Sensoriamento Remoto;
  • GPS – Sistema de Posicionamento Global;
  • Banco de Dados Geográficos;
  • WebMapping;
  • GIS – Sistemas de Informações Geográfica

Ou seja, todas essas técnicas mencionadas acima fazem partes de um conjunto maior de técnicas – O Geoprocessamento (Figura 1).

Figura 1: Conjunto de tecnologias englobado pelo Geoprocessamento.

Fonte: Medeiros (2012, p. 5).

Portanto o Geoprocessamento engloba as diversas áreas e técnicas da geotecnologia, o que os torna interligadas uma á outra. Após o entendimento dos conceitos do geoprocessamento, a seguir vamos relatar com mais detalhes sobre suas principais tecnologias e utilidades.

2.5 SIG

O SIG (Sistema de Informação Geográfica) ou conhecido também como GIS (Geographic Information System) tem se tornado uma das principais tecnologias a ser utilizada como instrumento a serviço do trabalho geográfico, sendo bastante empregada em várias áreas da pesquisa e ensino da Geografia. De acordo com Hamada e Gonçalves (2007) “hoje, graças ao desenvolvimento do SIG, a aplicação de modelagem lógica e numérica e de métodos estatístico aos dados espacial é quase rotina e de grande relevância”. Laskowski e Ribeiro (2002) sugerem a seguinte definição para o SIG:

É um conjunto de ferramentas computacionais composto de equipamentos e programas que por meio de técnicas, integra dados, pessoas e instituições, de forma a tornar possível a coleta, o armazenamento, o processamento, a análise e a disponibilização, a partir de dados georreferenciados, de informação produzida por meio das aplicações disponíveis, visando maior facilidade, segurança e agilidade nas atividades humanas referentes ao monitoramento, planejamento e tomada de decisão relativa ao espaço geográfico.

Em algumas ocasiões muitas pessoas acham que o SIG se trata apenas dos softwares utilizados como ferramentas devido ao uso da sigla GIS, como o ArcGis e o QGis. Segundo Medeiros (2012) “o sistema é composto, não apenas de softwares, mas também por metodologias aplicadas, dados a serem coletados e tratados, hardwares específicos, como por exemplo, scanners e coletores de dados GPS e recursos humanos” (Figura 2).

Figura 2: Composição de um SIG.

Fonte: Medeiros (2012, p. 6).

Ocorre um equivoco quanto à diferenciação entre o software e a tecnologia, qual o software faz parte e é fundamental na estrutura da mesma.  Podemos dizer que quando ocorre à aplicação do SIG, diversos dados diferentes são integrados, sendo necessário de todo o conjunto de técnicas e não apenas softwares.

Segundo Illana (2006), o SIG pode se aplicar em cinco principais grupos: planejamento e gerenciamento urbano; saúde e educação; transporte; segurança; e uso da terra. De acordo com as condições e dependendo de sua finalidade e aplicação desejada, ainda podem ser divididos em subgrupos.

De acordo com Teixeira (2004):

Diversas aplicações podem ser encontradas para o uso de tecnologia SIG, como a tomada de decisões, administração e redistribuição espacial, gerenciamento de infraestrutura, saúde e segurança pública, com controles de epidemias, gerenciamento de recursos renováveis, logística, planejamento urbano, planejamento regional, educação, pesquisa, mapeamento do terreno, análise e display de dados, modelos de simulação, monitoramentos, dados de mapas temáticos e desenvolvimento do mapa base, com análises, modificações e revisões.

O universo de aplicação do SIG é enorme e muito extenso, existindo aplicações em diversas áreas de atuação, o que facilita e torna muito mais ágeis e práticos muitos serviços, tornando o SIG uma importante tecnologia dentro  de  diversas outras que estão incluídas no geoprocessamento.

3. SENSORIAMENTO REMOTO

O sensoriamento remoto possui definições pouco variadas.  Assim, se segundo Vettorazzi (1996) é “a ciência e a arte de se obterem informações sobre um objeto, área ou fenômeno, através da análise de dados coletados por aparelhos denominados sensores, que não entram em contato direto com os alvos em estudo”, para Novo (1992) é “a utilização de sensores para aquisição de informações sobre objetos ou fenômenos sem que haja contato direto entre eles”, e sendo mais objetivo Barret e Curtis (1992) definem como “a ciência da observação à distância”.

No sensoriamento remoto os dados podem ser adquiridos a partir de sensores instalados em plataformas com características diferentes, sendo móvel ou estacionária (VETTORAZZI, 1996). Segundo Antunes (2001) sensores “são equipamentos que estão a bordo das aeronaves ou satélites e sua função é captar e registrar a energia eletromagnética proveniente dos objetos na superfície terrestre”. Ou seja, os satélites necessitam dos sensores para a obtenção das imagens.

As imagens oriundas do sensoriamento remoto têm uma participação valiosa nos estudos acadêmicos geográficos, pois são criadas por meio do espaço, campo de interesse de profissionais de diferentes áreas de estudo (Cazzeta, 2009). O sensoriamento remoto tem se mostrado um instrumento de grande utilidade para o monitoramento de grandes áreas, a fim de verificar a observância à legislação ambiental (Mascarenhas et al., 2009).

O sensoriamento remoto constituiu-se numa das formas mais eficazes de monitoramento ambiental em escalas locais e globais, devido à rapidez e periodicidade na obtenção de dados primários sobre a superfície  terrestre (JACINTHO, 2003). De acordo com Jacques et al. (2012): “O uso de imagens feitas com sensoriamento remoto promove o avanço no conhecimento relativo  à  metodologia de processamento de dados aplicados nas geociências”.

Por ser uma entre as diversas técnicas eficazes do geoprocessamento podemos utilizar o sensoriamento remoto em diversas aplicações e em inúmeras áreas, como: agricultura, meio ambiente, recursos hídricos, planejamentos urbanos, geologia, florestas, entre diversos outros.

4. GPS

O Sistema de Posicionamento Global ou, como é mais conhecido, GPS (de “Global Positioning System”), foi basicamente desenvolvido e é gerenciado pelo Departamento de Defesa dos EUA, tratando-se de um sistema militar altamente estratégico, todavia com ilimitadas aplicações civis (VETTORAZZI, 1996).

O GPS (Global Positioning System) é um sofisticado sistema eletrônico de navegação, baseado em uma rede de satélites que permite localização instantânea em qualquer ponto da Terra. Seu desenvolvimento iniciou em 1978, tendo sido projetado inicialmente para uso militar dos EUA. Basicamente, o sistema GPS é composto de três partes denominadas segmento espacial, segmento de controle e segmento usuários (HASENACK et al., 2010).

O sistema de posicionamento global, como o próprio nome diz, possui uma extensão global. Esse sistema tem tornado mais fácil e prático todas as atividades que necessitam de posicionamento, fazendo que algumas concepções antigas pudessem ser postas em prática, por exemplo, o que vem ocorrendo com o desenvolvimento da agricultura de precisão (MONICO, 2000).

De acordo Monico (2000) “a concepção do sistema GPS permite que um usuário, em qualquer local da superfície terrestre, ou próximo a ela, tenha à sua disposição, no mínimo, quatro satélites para serem rastreados”, que dependendo do número de satélites pode permitir ser realizado um posicionamento em tempo real.

5. O USO DO GEOPROCESSAMENTO NO MONITORAMENTO DE ÁREAS DEGRADADAS

O geoprocessamento tem sido muito empregado pelos órgãos governamentais, entidades privadas e não governamentais, com o objetivo, principalmente, de integrar dados espaciais e não espaciais, em seus projetos e estudos relacionados ao meio ambiente (HAMADA E GONÇALVES, 2007). Na perspectiva moderna de gestão do território, toda ação de planejamento, ordenação ou monitoramento do espaço deve incluir a análise dos diferentes componentes do ambiente, incluindo o meio físico-biótico, a ocupação humana,  e seu inter-relacionamento (MEDEIROS e CAMARA, 2001).

A ONU (1992) destaca no Capitulo 35 (Ciência para o Desenvolvimento Sustentável) da Agência 21, a importância do papel do Sensoriamento  Remoto  e dos SIG, como ferramentas para incrementar a eficiência na utilização de recursos e apontar para os caminhos viáveis para o desenvolvimento sustentável e controle de degradações. O comitê para o uso pacífico do espaço exterior, da ONU, enfatizou ainda a importância do SR para o desenvolvimento sustentável, assim como a necessidade da disponibilização de dados atualizados a custos acessíveis, para que os países em desenvolvimento possam utilizar adequadamente esta ferramenta (UN, 2000).

De acordo com Butler e Walsh (1998) o sensoriamento remoto e os SIG’s são excelentes ferramentas para gestão territorial, principalmente quando falamos em relação à caracterização das paisagens e na análise de escalas, padrões e processos relacionados com os fenômenos ambientais. De fato, o mesmo progresso tecnológico que tem sido fator de degradação ambiental pode, e vem sendo amplamente aplicado nos programas de planejamento, proteção, recuperação e monitoramento  ambiental  (JACINTHO,  2003).

Levinsonh e Brown (1991, apud BELLENZANI, 2000), comentam que os Sistemas de Informações Geográficas – SIG’s contribuem para a construção do desenvolvimento sustentável, pois:

  • Facilitam e agilizam o gerenciamento preciso das informações, subsidiando a tomada de decisões;
  • Permitem a elaboração de prognósticos eficientes, facilitando a análise de impactos ambientais;
  • Favorecem a gestão territorial democrática e participativa, através da disponibilização de informações à sociedade (especialmente se associados à internet);
  • Ajustam-se ao planejamento interdisciplinar, na medida em que profissionais de diversas áreas podem trabalhar ao mesmo tempo sobre uma mesma base de dados, trocando as informações conforme elas vão sendo geradas.

Em estudos para fins de levantamentos, monitoramento ou mapeamento, com uso de imagens de satélites, algumas etapas devem ser seguidas, entre elas: definição dos objetivos e da área de estudo, revisão bibliográfica, coleta de dados, escolha das bandas espectrais (Tabela 2), definição da escala, aquisição  de imagens e de outros produtos necessários, processamento, análise e interpretação visual preliminar, trabalho de campo, processamento, análise e interpretação visual final, elaboração de mapas e relatório (FIGUEIREDO, 2005).

Tabela 2: Principais aplicações das Bandas Espectrais do Sensor TM.

Fonte: Daianese (2001, p. 34).

Como mostra a Tabela 2 cada banda possui resolução espacial e comprimento de ondas diferentes, ou seja, cada  banda possui  diferentes  aplicações e dependendo da finalidade da imagem a composição será diferente.

De acordo com Hamada e Gonçalves (2007) as ferramentas do geoprocessamento podem auxiliar com diversas aplicações, tais como:

  • Manejo e conservação de recursos naturais: através de estudos de impacto ambiental, modelamentos topográficos e modelagem das águas subsuperficiais, estudos das migrações e dos habitats das faunas, pesquisa do potencial mineral, etc.;
  • Gestão das explorações agrícolas: ajudando no cultivo de campo, manejo de irrigação, estudo do solo para analise do potencial agrícola da terra, etc.;
  • Planejamento de área urbana: com o planejamento dos transportes, uso e ocupação do solo, visualização de áreas de risco a inundação, desenvolvimento de plano de evacuação, localização dos acidentes, etc.;
  • Gestão das instalações: localização dos cabos e tubulações, planejamento e manutenção das instalações, etc.;
  • Administração pública: com a gestão de cadastro, avaliação predial/territorial, gestão da qualidade das águas, conservação/manutenção das infraestruturas, planos de organização, etc.;
  • Saúde pública: através de mapas de frequência de doenças, distribuição e evolução das doenças, distribuição dos serviços sociais sanitários, planos de emergência, etc.

A seguir será mostrada a importância do uso do geoprocessamento como ferramenta de monitoramento e planejamento em algumas áreas que são passíveis de degradação ambientais, como:

5.1. ÁREAS FLORESTADAS

Atualmente os recursos computacionais facilitam bastante os estudos temporais e espaciais de previsão e combate de incêndios (ILLANA, 2006). A identificação de lugares onde tende ao maior risco pode ser realizada com o uso de tecnologias do geoprocessamento como o SIG e o Sensoriamento Remoto.

Segundo Martinez e Aguilera (1995) “o SIG é um eficiente componente no controle de incêndios, por fornecer respostas imediatas que aperfeiçoam os resultados de ações e decisões”. Deste modo, as técnicas de geoprocessamento provoca em diferentes profissionais, o interesse em alocar conhecimento e incentivar o desenvolvimento de ferramentas para casos cada vez mais restritos  (ILLANA,  2006).

De acordo com Vettorazzi e Ferraz (1998) o SR e os SIG com suas técnicas  em conjunto, podem ser utilizados na geração de mapas estratégicos que colaboram na prevenção, monitoramento de recuperação de áreas, auxiliando no combate de incêndios, dando suporte para localizações de estradas, corpos d’água, núcleos urbanos e também obtenção de mapas de risco.

Illana (2006) comenta que “com as informações oferecidas pelos mapas de risco, podem ser tomadas medidas preventivas, como: maior vigência nas áreas de maior risco; restrição de acesso aos locais de maior risco; construções de aceiros preventivos e reorganização das atividades realizadas nas proximidades”. Os mapas de risco de incêndios mostram as áreas que tendem a uma maior probabilidade de ocorrerem incêndios, ajudando no planejamento de combate e evitando que ocorra a degradação e auxiliam no monitoramento das áreas em recuperação.

5.2. AGRICULTURA

A evolução da informática e o uso das tecnologias em geoprocessamento estão proporcionando à agricultura uma nova forma de se enxergar a propriedade, deixando de ser uma somente e sim várias propriedades dentro da mesma, porém com características específicas (TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002). E a solução tem aparecido no que chamam de agricultura de precisão, que tem aumentado à eficiência e tem tornado a atividade agrícola menos degradante ao meio ambiente.

O termo agricultura de precisão engloba o uso das Geotecnologias atuais para o manejo de solo, insumos e culturas, irrigação de modo adequado às variações espaciais e temporais em fatores que afetam o meio ambiente e a produtividade das mesmas (EMBRAPA, 1997).

De acordo com Tschiedel e Ferreira (2002) “a solução hoje utilizada é a de enfocar grandes áreas e entendê-las como homogêneas, levando ao conceito da necessidade média para a aplicação dos insumos – fertilizantes, defensivos, água, etc.”, ou seja, faz com que diminua significadamente a quantidade de fertilizante e seja aplicado apenas o necessário. A agricultura de precisão promete reverter o quadro atual permitindo a aplicação de insumos agrícolas nos locais corretos e nas quantidades requeridas (FRAISSE e FAORO, 1998).

A agricultura de precisão não consiste simplesmente na habilidade em aplicar tratamentos que variam de local para local, porém, ela deve ser considerada com a habilidade em monitorar e acessar a atividade agrícola, precisamente em um nível local, tanto que as técnicas de agricultura de precisão devem ser compreendidas como uma forma de manejo sustentável, na qual as mudanças ocorrem sem prejuízos para as reservas naturais, ao mesmo tempo em que os danos ao meio ambiente são minimizados. Além de útil à agricultura de precisão, esta definição engloba a ideia de compromisso no uso da terra, relativamente às gerações futuras (TSCHIEDEL e FERREIRA, 2002).

Ainda Campo (2000b) atribui à agricultura de precisão, os seguintes benefícios:

  • Redução de quantidades de insumos e uso de água;
  • Redução dos custos de produção;
  • Redução da contaminação ambiental;
  • Aumento no rendimento das culturas.

5.3. ÁREAS DE OCUPAÇÃO DESORDENADA

A análise do uso e cobertura do solo, através de informações obtidas pelas tecnologias do geoprocessamento como sensoriamento remoto, é de grande utilidade ao planejamento e administração da ocupação ordenada e racional do meio físico, além de possibilitar avaliar e monitorar a preservação de áreas de vegetação natural (RODRIGUES, 2000).

Realizar o levantamento do uso e ocupação do solo é um dos objetivos do programa de sensoriamento remoto orbital (ROSA, 1993). De acordo com Dainese (2001) para ter esta visão geral do uso do solo, o emprego de dados coletados por sistemas sensores orbitais tem mostrado ser uma ferramenta muito valiosa para auxiliar o homem a obter informações do uso e ocupação do solo em grandes áreas na superfície terrestre. Os sensores orbitais são ferramentas poderosas que permitem a aquisição de dados de forma global, confiável, rápida e repetitiva da área de interesse.

Portanto a solução dos conflitos entre demandas socioeconômicas se encontra entre os principais desafios da humanidade atualmente, aonde ganha importância o ordenamento territorial, que tem como instrumento fundamental o zoneamento ecológico-econômico ou zoneamento ambiental.

A aplicação de geotecnologias na integração de dados e produção de informações espaciais permite a elaboração de um diagnóstico atualizável da situação da APA, fundamental como subsídio para a elaboração  do  seu  zoneamento e para a implementação do sistema de gestão (DAIANESE, 2001).

As técnicas do geoprocessamento como o sensoriamento remoto, SIG’s, GPS, etc. são ferramentas de grande importância no auxilio do homem na caracterização do meio físico, biótico e de áreas submetidas ao processo de degradação ambiental por ação antrópica.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com certeza é impossível se realizar qualquer atividade sem causar alguma alteração ao meio ambiente, seja ela boa ou ruim, e de maior ou menor extensão. Devido ao crescimento populacional e o aumento da expectativa de vida tem aumentado muito o consumo dos recursos naturais. Apesar de atividades como a agricultura e mineração serem umas das principais atividades contribuintes para o desenvolvimento econômico do país, deve-se analisar de que o consumo desenfreado dos recursos naturais não deve comprometer a qualidade de vida de gerações futuras.

Um dos principais motivos de acontecer à degradação é de que as técnicas utilizadas não estão adequadas à manutenção do meio ambiente.  E as ferramentas do geoprocessamento tem um papel relevante nesse aspecto, facilitando e tornando mais prático a gestão e monitoramento ambiental, contribuindo através de suas geotecnologias.

Com o atual período de evolução da informática e das próprias tecnologias do geoprocessamento, consequentemente as ferramentas do geoprocessamento como o sensoriamento remoto, SIG e GPS vêm se tornando mais baratas e de fácil acesso, ou seja, é um fato relevante que implica em sua utilização em qualquer programa de gerenciamento e monitoramento ambiental.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANTUNES, A. F. B. Fundamentos de Sensoriamento Remoto em Ambiente de Geoprocessamento. Apostila. CIEG. UFPR, 2001

BARRET, E. C.; CURTIS, L. F. Introduction to environmental remote sensing. Routledge, 1992. 426p.

BELLENZANI, M.L.R. A APA municipal do Capivari-Monos como uma estratégia de proteção aos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo. 2000. Tese de Doutorado.

BUTLER, D. R.; WALSH, S. J. The application of remote sensing and geographic information systems in the study of geomorphology: An introduction. Geomorpholohy, v. 21, n. 3-4, p. 179-181, 1998. Disponível em:<https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169555X97000561>. Acesso em: 15 out.2018.

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1M.M – CONSULTORIA AMBIENTAL E GEOLÓGICA
2UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO