PATIENT SAFETY STRATEGIES IN PRIMARY CARE IN THE CONTEXT OF COVID-19: A SCOPE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10524260
Jordana de Moura Lopes 1
Maria Salete Bessa Jorge 2
Helayne Martins Menezes 3
Isabelle Silvestre Paiva da Silva 4
Jorge Luiz Bandeira Souza 5
Leonardo Renan de Melo Filizola 6
Rosiane Barros Pereira 7
Beatriz Alves de Oliveira 8
Camila Barroso Martins 9
Diego da Silva Ferreira 10
Resumo
A pandemia de Covid-19 ocasionou diferentes dificuldades nas instituições de saúde, como a superlotação dos hospitais diariamente e preocupações sobre como implementar estratégias que permitissem uma assistência livre de danos aos pacientes. Dessa forma, é essencial que a Atenção Primária à Saúde, na qual é a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde e possui um papel de descentralização dos atendimentos, oferte uma assistência segura e de qualidade para a contenção da Covid-19. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar e analisar, na leitura científica, as estratégias para a segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia do novo coronavírus. Para isso, realizou-se uma revisão de escopo nas bases US National Library of Medicine (PubMed), Scopus, Web of Science, Embase e Biblioteca Virtual em Saúde em novembro de 2021. Foram identificadas 151 publicações elegíveis, dos quais 9 compuseram a amostra final. As estratégias para a segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde foram: uso da assistência virtual; elaboração de planos de emergência; fornecimento provisório de equipamentos de proteção individual; consultas por telefone; e desenvolvimento de checklists de cuidados à pessoa suspeita do novo coronavírus com sinais de gravidade. Essas estratégias apresentam suas potencialidades e fragilidades que precisam ser entendidas e aperfeiçoadas.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Segurança do Paciente. COVID-19.
Abstract
The Covid-19 pandemic has caused different difficulties in healthcare institutions, such as the daily overcrowding of hospitals and concerns about how to implement strategies that would allow harm-free care for patients. Therefore, it is essential that Primary Health Care, which is the main gateway to the Unified Health System and has a role in decentralizing care, offers safe and quality assistance to contain Covid-19. Thus, the objective of this study was to identify and analyze, in scientific reading, strategies for patient safety in Primary Health Care during the new coronavirus pandemic. For this, a scope review was carried out in the US National Library of Medicine (PubMed), Scopus, Web of Science, Embase and Virtual Health Library in November 2021. 151 eligible publications were identified, of which 9 comprised the final sample. The strategies for patient safety in Primary Health Care were: use of virtual assistance; preparation of emergency plans; provisional supply of personal protective equipment; telephone consultations; and development of care checklists for people suspected of having the new coronavirus with signs of severity. These strategies present their strengths and weaknesses that need to be understood and improved.
Keywords: Primary Health Care. Patient Safety. COVID-19.
1 INTRODUÇÃO
A recente pandemia de Covid-19, infecção respiratória aguda grave causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, gerou inúmeras dificuldades e pressões às instituições de saúde em todo o mundo. Por exemplo, em China, Itália, Brasil, Espanha e certa regiões dos Estados Unidos da América, a necessidade de busca pelas diversas modalidades de terapias excedeu a capacidade dos serviços e recursos humanos (Morreel; Philips; Verhoeven, 2020; Patel et al., 2021).
De fato, a infecção por SARS-CoV-2 mostrou-se mais patogênica que a epidemia de SARS ocorrida em 2002-2003 na China. Globalmente, os números até meados de novembro de 2021 correspondem a mais de 261 milhões de casos confirmados e mais de 5 milhões de mortes (JHU, 2021).
No contexto do cuidado às pessoas acometidas pela Covid-19, destaca-se a importância da Atenção Primária à Saúde (APS) por ser o mais alto nível de descentralização e capilaridade dos cuidados de saúde, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas, sendo, portanto, a principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS) (Brasil, 2012; Hermida et al., 2020).
A APS é definida como um conjunto de ações de saúde individual, familiar e coletiva, incluindo promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de lesões, cuidados paliativos e monitoramento da saúde, elaboradas e implementadas por meio de práticas de cuidado integral, ampliada e gestão qualificada. Essas ações são feitas com equipe multiprofissional com a população em um território adscrito (Brasil, 2017).
No entanto, a preocupação em torno da segurança do paciente e os seus impactos na assistência cresceu de forma expressiva (Alboksmaty et al., 2021; Fournier et al., 2021). A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que o dano ao paciente devido ao cuidado inseguro é um crescente desafio na saúde pública global, pois estes incidentes de segurança podem causar morte, deficiência e sofrimento para as vítimas e familiares, sendo, assim, uma das principais causas de morte e invalidez em todo o mundo (WHO, 2021). Além disso, os custos financeiros e econômicos das falhas de segurança são altos e a maior parte destes danos ao paciente é evitável. Na maioria das vezes, há diminuição da confiança nos serviços de saúde e nos profissionais dos sistemas locais de saúde quando tais incidentes são divulgados.
A segurança do paciente envolve ações desenvolvidas pelas instituições de saúde para reduzir, a um mínimo aceitável, o risco de danos desnecessários associados aos cuidados de saúde (WHO, 2021). Em 2013, o Ministério de Saúde, através da Portaria nº 529, lançou o Programa Nacional de Segurança para que as instituições de saúde no território nacional tenham um referencial para implementar e promover medidas de segurança (Brasil, 2013; Abreu et al., 2019). Nesse contexto, garantir uma APS com assistência segura e de qualidade torna-se ação crucial para a contenção da pandemia.
Em virtude do exposto, considerando o atual cenário instaurado pela disseminação do SARS-CoV-2, o presente estudo teve como objetivo identificar e analisar, na leitura científica, as estratégias para a segurança do paciente na atenção primária à saúde durante a pandemia do novo coronavírus.
2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, tipo revisão de escopo, método que permite o levantamento e a análise de subsídios na literatura de forma ampla e sistematizada, sendo útil para examinar as evidências emergentes quando ainda não está claro outras questões mais específicas (Peters et al., 2020).
A revisão pautou-se em seis etapas para a sua elaboração: 1) identificação da questão de pesquisa; 2) identificação de estudos relevantes; 3) seleção dos estudos; 4) extração de dados; e 5) separação, sumarização e relatório de resultados (Arksey; O’Malley, 2005; Peters et al., 2020).
A questão da pesquisa foi elaborada de acordo com a estratégia PCC – População, Conceito e Contexto. Assim, o primeiro elemento (P) consiste em usuários, o segundo (C) estratégias de segurança durante a pandemia do novo coronavírus, e terceiro (C) foi Atenção Primária à Saúde. Dessa forma, elaborou-se a seguinte questão: “Quais são as estratégias presentes no contexto da segurança do paciente na atenção primária à saúde durante a pandemia do novo coronavírus?”.
A busca dos estudos foi realizada no mês de novembro de 2021 pelo Portal de Periódicos da Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com acesso por meio da Comunidade Acadêmica Federal (CAFe). Serviram de fontes de dados os indexadores US National Library of Medicine (PubMed), Scopus, Web of Science, Embase e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
Para realizar a busca, foram utilizadas combinações com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Heading (MeSH): “Primary Health Care” AND “Covid-19” AND “Patient Safety“. A Tabela 1 demonstra a estratégia de busca em cada base de dados.
Tabela 1 – Estratégia de busca aplicada à pergunta de pesquisa.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Para seleção dos estudos, foram adotados os seguintes critérios de inclusão: artigos originais; estudos teóricos; relatos de experiência; estudo de caso; editoriais; publicados em português, espanhol ou inglês; e que tratassem a temática. Foram excluídos textos duplicados e revisões. Para esse processo, optou-se pela metodologia Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR) (Tricco et al., 2018). Os estudos foram pré-selecionados a partir da leitura dos títulos e resumos, e chegou-se à amostra final depois de leitura na íntegra dos artigos pré-selecionados (Figura 1).
Figura 1 – Fluxograma da seleção dos estudos de acordo com o método PRISMA Extension for Scoping Reviews. Fortaleza, Ceará, Brasil, 2021.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Para extrair os dados, utilizou-se um instrumento construído pelo pesquisador que permite a identificação do estudo, autores e ano de publicação, resultados, recursos e conclusões. Assim, procedeu-se à etapa de separação, sumarização e relatório de resultados com a intenção de apresentar uma visão geral de todo o material por meio de uma análise qualitativa. Para organizar a seleção dos estudos, foi utilizado o Rayyan – Intelligent Systematic Review.
3 RESULTADOS
A amostra deste estudo foi composta por nove artigos. A Tabela 2 apresenta os dados sobre os artigos identificados e analisados no presente estudo.
Tabela 2 – Caracterização dos artigos selecionados. Fortaleza, Ceará, Brasil, 2021.
Código | Autor e ano | Resultados | Recursos | Conclusões |
---|---|---|---|---|
A1 | Morreel, Philips e Verhoeven (2020). | Reorganização do atendimento para um ambiente de trabalho seguro. As consultas foram realizadas apenas por telefone, o que aumentou, inicialmente, a carga de trabalho, mas que diminuiu drasticamente depois. | Telefone | Recomendamos dar uma consulta por telefone a todos os pacientes e não depender de atendentes para diferenciar entre atendimento infeccioso e regular. A demanda por consultas físicas diminuiu drasticamente, provocando questionamentos sobre a segurança do paciente para cuidados não relacionados ao Covid-19. |
A2 | Garg et al. (2020). | Déficits de infraestrutura e controle de infecção na APS, espaço físico limitado, filas, falta de portas de entrada e saída separadas, e instalações inadequadas para a lavagem e higiene das mãos relatados. | Educação continuada, espaços adequados para higienização das mãos e atendimento às pessoas. | Necessidade de planejamento, comunicação e coordenação eficazes entre os formuladores de políticas de saúde centralizadas e os gestores de saúde que trabalham em unidades de APS para garantir a segurança do paciente. |
A3 | Patel et al. (2021). | Capacitações para os profissionais e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). | Monitoramento guiado. | Fortalecer os sistemas de dados sobre Prevenção e Controle de Infecção para orientar as melhorias nas unidades de saúde e informar o desenvolvimento de políticas em nível nacional, junto com investimentos em infraestrutura e suprimentos sustentáveis de EPI. |
A4 | Greenhalgh et al. (2020). | Consultas de diagnóstico feitas de forma remota, mas, em casos necessários, agendavam-se consultas presenciais. | Diagnóstico remoto e uma rede de segurança para atendimento. | Em situações de apresentações clínicas incertas, para evitar contato social desnecessário, a rede de segurança pode ajudar a monitorar os sintomas ao longo do tempo até que o contexto clínico se torne mais certo. |
A5 | Hermida et al. (2020). | O checklist, elaborado, constituiu-se dos itens: sinais vitais; ventilação; procedimentos; medicação; biossegurança; cuidados com a família; alergia medicamentosa; comunicação com outros pontos da Rede de Atenção à Urgência; e observações. | Elaboração de checklist. | O checklist, elaborado de forma clara e com uma implementação objetiva, supriu a necessidade de se garantir, na APS, uma assistência com mais segurança e qualidade à pessoa suspeita de Covid-19 com sinais de gravidade. |
A6 | Lim et al. (2021). | Em geral, a equipe se sentia mais isolada e achava mais difícil conduzir consultas breves, embora essas percepções variassem de acordo com a função. | Consultas por ligação. | Sugere-se algumas considerações importantes para projetos clínicos futuros, incluindo maior transparência física, que também permite a separação física, e mais espaços para comunicação informal distantes das estações de trabalho. |
A7 | Alboksmaty et al. (2021). | A COVID-19 afetou a atenção primária em três níveis: comportamento dos pacientes; as condições de trabalho; e a prática clínica. Além do envolvimento na formulação de políticas, comunicação e coordenação (com pacientes e entre equipes médicas), fatores de estresse e preocupações, e melhoria dos serviços. | Triagem por telefone e teleconsulta. | A pandemia Covid-19 afetou todos os níveis do sistema de saúde no Reino Unido, principalmente os cuidados primários. As mudanças na prática têm oferecido oportunidades para manter a saúde segura, bem como possíveis desvantagens que devem ser motivo de preocupação. |
A8 | Fournier et al. (2021). | Os incidentes estavam relacionados ao: diagnóstico tardio; avaliações; encaminhamentos; cancelamentos de consultas; internações ou procedimentos; interrupção de medicação inadequada. | Relatórios da OMS sobre segurança do paciente. | As restrições da primeira onda da pandemia Covid-19 contribuíram para os incidentes de segurança do paciente durante o atendimento não Covid-19. As lições desses incidentes mostram onde os serviços de atenção primária na França podem concentrar recursos para projetar sistemas mais seguros para os pacientes. |
A9 | Salisbury et al. (2020). | Vantagens das teleconsulta em termos de conveniência, rapidez de acesso, possibilidade de consulta sem viagens ou contato cara a cara com o paciente, e possibilidade de recrutar médicos que não podem trabalhar em ambientes convencionais ou não moram perto dos pacientes. Também destaca as preocupações e incertezas sobre qualidade e segurança, demanda, fragmentação da atenção, impacto em outros serviços de saúde, eficiência e equidade. | Telemedi-cina/Teleconsulta. | O uso de consultoria por vídeo tornou-se mais difundido nos serviços convencionais de atenção primária, e isso, provavelmente, terá consequências duradouras para a futura prestação de serviços na atenção primária. |
Fonte: Elaborado pelos autores.
4 DISCUSSÃO
O uso da assistência virtual na atenção primária sofreu uma mudança transformadora durante a pandemia. O Covid-19 testou a capacidade de modelos remotos de atendimento pré-existentes, tanto como meio complementar quanto alternativo de prestação de cuidados de saúde baseados na comunidade e nos diversos níveis de atenção à saúde (Neves et al., 2021). No entanto, apesar dos avanços nas várias orientações governamentais oferecidas, ainda há muito trabalho a ser feito para abordar as deficiências expostas durante a Covid-19 e fortalecer políticas viáveis para melhor incorporar novas tecnologias ao ambiente clínico moderno da atenção primária (Neves et al., 2021).
Um estudo realizado na Bélgica evidenciou limitações sobre a avaliação da eficácia ou segurança de consultas realizadas por telefone, pois há uma necessidade de avaliar a efetividade destas consultas, tendo em vista que é algo que vem sendo descoberto recentemente neste contexto pandêmico (Morreel; Philips; Verhoeven, 2020).
Para que ocorra uma assistência de saúde adequada, contínua e segura é necessário um regime de atendimento que, durante as consequências da pandemia Covid-19, possua estrutura adequada e pessoas capacitadas para o enfrentamento deste grande desafio para a saúde pública, sem que a prestação de serviços seja prejudicada e, consequentemente, eleve o número de casos (Garg et al., 2021).
A orientação de atendimentos presenciais seguros na pandemia do Covid-19 está alicerçada na opção de ver o paciente cara a cara, desde que o equipamento de proteção individual (EPI) correto esteja disponível, o paciente esteja em forma e bem e seja seguro fazê-lo. Muitas pessoas que se enquadram nas categorias de risco de patologia grave também são vulneráveis aos fatores de risco de contrair Covid-19, e, portanto, a questão da segurança do paciente tem ramificações mais amplas do que as normalmente encontradas (Greenhalgh et al., 2020; Alboksmaty et al., 2021).
Lim et al. (2021) e Alboksmaty et al. (2021) apontam que precauções de segurança, como distanciamento e separação física, transição para comunicação virtual, remoção de pistas visuais para comunicação e conscientização, são fatores importantes para uma assistência segura, tendo em vista que as consultas presenciais caíram de forma drásticas, e que variáveis relacionadas ao trabalho em equipe dos membros da equipe, incluindo sua percepção de comunicação e o trabalho em geral, afetaram negativamente a segurança do paciente.
Várias estratégias são necessárias para que os profissionais possam prestar uma assistência segura e livre de danos ao paciente, como, por exemplo, Patel et al. (2021) menciona a elaboração de planos de emergência para abordar restrições em 22 países africanos, apoiados em um treinamento rápido em serviço, coleta sistemática de dados e fornecimento provisório de equipamentos de proteção individual e outros suprimentos.
Um estudo feito na França por Fournier et al. (2021) sugeriu que um plano nacional de resposta às emergências de atenção primária, que apoie os médicos da atenção primária a organizar a comunicação com os pacientes, rastrear pacientes vulneráveis e coordenar o atendimento em caso de cancelamentos, poderia ter mitigado a maioria dos incidentes relatados não relacionados à Covid-19. Neste mesmo estudo, é mostrado que pacientes com câncer de mama tiveram sua biópsia cancelada e pessoas com problemas de ortopedia e traumatologia tiveram suas consultas canceladas, gerando repercussões para o tratamento e, assim, diminuindo a segurança do paciente sobre a assistência à saúde.
O sucesso da implementação das consultas por telefone abre novas possibilidades para a era pós Covid-19, mas que devem ser estudadas com mais profundidade, principalmente no que diz respeito à segurança do paciente (Morreel; Philips; Verhoeven, 2020).
Hermida et al. (2020) considera relevante boas práticas da assistência em saúde no enfrentamento à Covid-19 na APS e nos serviços públicos de saúde, bem como o desenvolvimento de checklists de cuidados à pessoa suspeita do novo coronavírus com sinais de gravidade, pois isto pode ajudar o desenvolvimento de atividades seguras, aumentando a execução de procedimentos seguros, sem negligência e com comunicação assertiva, clara e compreensível.
Além disto, estes mesmos autores, mencionam que é urgente e necessário garantir o desenvolvimento de políticas, diretrizes, currículos de treinamento, supervisão de apoio e sistemas de monitoramento e avaliação nacionais.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A transformação abrupta no modelo de atenção também introduziu riscos potenciais em termos de gestão da informação, boas práticas clínicas e segurança do paciente. Os resultados apontam para um processo em construção em que todos os atores envolvidos são protagonistas.
A Atenção Primária à saúde se mostrou um nível assistencial importante no enfrentamento a Covid-19 e de reflexão sobre a segurança do paciente. Diversas estratégias foram utilizadas, com suas potencialidades e fragilidades que precisam ser entendidas e aperfeiçoadas. Diante disto, sugere-se novos estudos para avaliar as estratégias adotadas e seus potenciais benefícios para as pessoas.
As implicações que o estudo traz consiste na reflexão sobre as formas de enfrentamento do Covid-19 e sua utilização de forma segura para que não coloque em risco a vida das pessoas. Os profissionais e usuários foram assistidos durante a pandemia, entretanto, mostra-se a necessidade de problematizar a segurança do paciente e o uso das tecnologias.
REFERÊNCIAS
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1 Pós-graduada em Segurança do Paciente pela UNICE – Ensino Superior. E-mail: jordanah_moura@hotmail.com
2 Docente Emérita da Universidade Estadual do Ceará (UECE). E-mail: maria.salete.jorge@gmail.com
3 Especialista em saúde da família e comunidade pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP). E-mail: helaynemm@hotmail.com
4 Enfermeira pelo Centro Universitário UniGrande. E-mail: isabellesilvestre2@gmail.com
5 Enfermeiro pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: jorgebandeira@hotmail.com.br
6 Mestrando em Enfermagem em Saúde da Mulher e da Criança pela Universidade Federal do Ceará. E-mail: Leonardofilizola1988@gmail.com
7 Mestranda em Sociobiodiversidade e Tecnologia Sustentáveis pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. E-mail: rosianebarrosnog@yahoo.com.br
8 Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). E-mail: beatriz_a.o@hotmail.com
9 Mestre em Medicina Translacional pela Universidade Federal do Ceará. E-mail: camilabmn@gmail.com
10 Doutorando em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). E-mail: prof.diego.ferreira.enfermeiro@gmail.com