A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO QUANTO AO CUIDADO HUMANIZADO NO ÂMBITO DA UTI: REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10449800


Matheus Nivaldo Lins da Silva1; Yasmin Anyelle Mendonça Gomes da Silva2; Alexandre Rocha Tenório3; Widna Carvalho Alves da Silva4; Sarah Karolyne Rodrigues dos Santos5; Jéssica Cristina Barbosa Barreto6; Ana Maria Maciel dos Santos7; Cristiane Santos da Silva8; Guilia Rivele Souza Fagundes9; Guilbert Novaes10; José Osório da Silva Júnior11; Reginaldo Carlos da Silva12; Nerivania Maria da Silva13; Rosivalda Ferreira de Oliveira14; Ana Maria Maciel dos Santos15.


RESUMO

Objetivo desta pesquisa é descrever a humanização dentro da Unidade de terapia intensiva (UTI) e descrever os benefícios da humanização na assistência de enfermagem. A presente pesquisa é uma revisão bibliográfica com abordagem descritiva, realizada nos bancos de dados da SciELO (Scientific Electronic Library Online), BVS (biblioteca virtual em saúde) e google Scholar, com a seguinte pergunta norteadora, qual a relevância da humanização da equipe de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva? Foram incluídos artigos acadêmicos publicados entre 2010 a 2021, disponíveis de forma gratuita nos bancos de dados supracitados. A coleta dos dados foi realizada no mês de janeiro de 2021, por três pesquisadores de forma independente, no qual resultou em uma amostra de final de 24 artigos. Para implementar o processo de humanização na UTI é necessário que o enfermeiro envolva toda a equipe multiprofissional da UTI. O enfermeiro terá que realizar a conscientização da equipe, pois a assistência prestada pela a equipe multiprofissional terá que abranger as necessidades dos familiares. Quando o familiar é internado na UTI a família fica desestruturada emocionalmente. Esta deve ser inserida no processo de humanização respeitando os valores e crenças culturais, a equipe multiprofissional deve zelar pelo o paciente e pela a família sempre agindo de forma ética. Na qual ficou evidente que o processo de humanização beneficia o paciente diretamente e passa segurança para os familiares, melhora o bem-estar do paciente, diminui ansiedade, aproxima os profissionais da equipe multiprofissional para acolher o paciente de forma eficiente. A humanização deve ser desenvolvida continuamente, pois este processo é lento e gradativo, os profissionais de toda a equipe que trabalha na UTI devem ser conscientizados para valorizar a vida com uma visão holística humanística na qual respeitar a individualidade de todos os pacientes, sempre promovendo a saúde, pois toda a equipe deve cuidar, prevenir, proteger recuperar, tratar e prover a saúde de forma humanizada.

Palavras-Chave: Humanização da Assistência; Unidades de Terapia Intensiva; enfermagem.

INTRODUÇÃO

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local que presta assistência qualificada, de alta complexidade, exigindo elevado nível de atenção e cuidados dos profissionais na utilização dos equipamentos mais especializados e avançados tecnologicamente, para auxiliar na manutenção e recuperação da vida de pacientes críticos e em estado grave (MACHADO; SOARES, 2016).

Somado a isto, sabe-se que a UTI é uma unidade que apresenta ambiente hostil, constante iluminação, baixa temperatura e grande quantidade de aparato tecnológico, exigindo dos profissionais, além do grande número de procedimentos e da alta complexidade, a aquisição de características e competências que os tornem capazes de lidar diariamente com a finitude da vida e de, em tempo hábil, dar respostas adequadas às demandas de atenção (MARTINS, 2003).

Nesta era de globalização, onde o conhecimento é o principal fator de produção, tratar este recurso torna-se uma atividade prioritária dentro de uma empresa, uma vez que existe uma competição bastante acirrada no mercado. Em relação à saúde, a situação não é diferente, pois os profissionais de áreas específicas sentem cada vez mais a necessidade de compartilhar novos conhecimentos, em busca da diferenciação, da projeção no mercado e dos melhores resultados em suas equipes de trabalho (CÂNDIDA, 2013).

Com as profundas desigualdades socioeconômicas que ainda o caracterizam, o acesso aos serviços e aos bens de saúde com consequente responsabilização de acompanhamento das necessidades de cada usuário permanece com graves lacunas e precisa de mudanças. A esse quadro acrescente se também a desvalorização dos trabalhadores de saúde, a expressiva precarização das relações de trabalho, o baixo investimento num processo de educação permanente desses trabalhadores, a pouca participação na gestão dos serviços e o frágil vínculo com os usuários (QUEIJO; PADILHA, 2009).

A UTI sendo um ambiente que em sua maioria concentram pacientes, que necessitam de monitorização contínua, apesar de dispor de assistência médica e de enfermagem direcionadas, e de equipamentos vitais e sofisticados; insere o enfermo a um ambiente hostil, com exposição intensa a estímulos dolorosos, onde a luz contínua, os procedimentos clínicos invasivos estão presentes em sua rotina de cuidados (MACHADO; SOARES, 2016).

Nas unidades de cuidados intensivos, por abrigarem pacientes críticos ou de alto risco, que necessitam de cuidados diretos e contínuos, pois seu quadro de saúde pode facilmente evoluir para a morte, é determinante a presença de pessoal treinado e em número suficiente para que se estabeleçam adequados tratamento e cuidado. Para que haja maior valorização e humanização entre as necessidades de cuidados dos pacientes durante sua jornada de trabalho, o profissional em saúde de enfermagem, justificar a necessidade de um maior número de pessoal permanentemente na equipe, treinados e capazes de realizar suas funções que lhe são confiadas. Cabe destacar as condições de trabalho são muito importantes para a humanização do cuidado, principalmente em unidade de terapia intensiva (UTI), contudo é preciso investir na melhoria do atendimento (SOUSA et al., 2020).

Às vezes, no ambiente hospitalar, existe máquinas de última geração e faltam medicamentos e materiais para procedimentos, como luvas, seringas, agulhas, ou para a lavagem das mãos, o que é fundamental para o controle da infecção. Executar a função de receptor e informador transcende as atitudes de preencher papéis e dizer para onde ir ou o que fazer. Essa afirmação é fundamental para que todos os profissionais, que estarão em contato com o enfermo, estejam preparados para dar todo tipo de atenção, cuidado e apoio (CÂNDIDA, 2013).

Os profissionais necessitam de uma preparação desde o momento da escolha da profissão, quando se pensou que um dia gostaria de ajudar as pessoas. O processo de humanização das relações no ambiente da terapia intensiva deve ser sempre uma preocupação dos gestores e dos profissionais da saúde por envolver a compreensão do significado da vida do ser humano (SOUSA et al., 2020).

Quando se fala em processo de humanização na enfermagem dentro de uma UTI, citamos um instrumento de trabalho no qual estabelece uma relação de auxílio e empatia com o paciente durante a assistência de enfermagem, por meio da relação Inter-humana. Os cuidados de enfermagem humanizado deve envolver o paciente por um todo, no qual a enfermagem deve zelar pela a imagem do paciente, vontades e emoções, que o paciente vive diariamente (COUTO et al., 2020).

A enfermagem é uma área da saúde que está ligada diretamente a humanização, pois a equipe de enfermagem está em contato com o paciente diariamente vivenciando medos, frustações e indecisões, a partir desta frase foi elaborado o seguinte objetivo geral que é descrever a humanização dentro da Unidade de terapia intensiva (UTI); e descrever os benefícios da humanização na assistência de enfermagem.

MÉTODO

A presente pesquisa é uma revisão bibliográfica com abordagem descritiva e qualitativa, na qual está fundamentada com base em material que já foram elaborados como artigos científicos publicados em periódicos acadêmicos (CESÁRIO; FLAUZINO; MEJIA, 2020). Durante a primeira da pesquisa, foi realizada a busca por dados para responder o seguinte problema de pesquisa, qual a relevância da humanização da equipe de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva?

Na segunda fazer foi realizada a pesquisa nos Descritores em Ciências da Saúde (Decs) e no qual foi encontrado os seguintes descritores; Humanização da Assistência, Unidades de Terapia Intensiva e enfermagem. Os Bancos de dados utilizados para realizar a pesquisa foram: SciELO (Scientific Electronic Library Online), foi utilizada a opção pesquisa avançada e o operador lógico booleano “AND”. Na BVS (biblioteca virtual em saúde), foi utilizado a opção pesquisa avançada, selecionada as bases da BDENF (Banco de Dados em Enfermagem), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e o operador lógico booleano “AND”. No Google Schollar, utilizou-se os descritores entre aspas (“”) e o operador lógico booleano “AND”.

A coleta de periódicos foi realizada durante o mês de outubro de 2023 e apresentou os seguintes critérios de inclusão: periódicos disponíveis na integra de forma gratuita e nos bancos de dados citados acima, artigos acadêmicos publicados entre 2018 a 2023. Excluíram- se artigos que não respondessem à pergunta de pesquisa e não contemplavam nenhum dos objetivos, artigos repetidos encontrados nas bases de dados, resumos e artigos inferiores a 2018

RESULTADOS

O quadro 1 tem por objetivo mostrar todos os autores que fizeram parte da elaboração deste trabalho, onde de todos os artigos analisados tomou-se por base 5 artigos, com as seguintes variáveis; autor, título, metodologia e periódico.

Quadro 1 – Artigos inclusos neste estudo

AUTORTÍTULOMÉTODOPERIÓDICO
COUTO, et al, 2020El shock cardiogénico y sus implicaciones en el postoperatorio de la cirugía cardíacaRevisão bibliográfica de abordagem descritiva e qualitativa.Ética de los Cuidados
LIMA, et al. 2020Novos recursos tecnológicos e atuação do profissional de enfermagem: uma visão humanizada frente aos pacientes de UTIEstudo de caráter descritivo e exploratórioRevista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente
KOLACHI, BECKER, CREPALDI, 2020.Humanizando sentidos entre a psicologia e a enfermagem: relato de intervenção em uma U.T.I neonatalRelato de experiênciaRevista interdisciplinar de psicologia e promoção da saúde
SOUZA, et al. 2020.Razões da inviabilização da política de humanização na unidade de terapia intensiva pela enfermagem.Trata-se de um estudo
de revisão bibliográfica sistemática, do tipo integrativa
Brazilian Journal of health Review
BITTENCOURT, GAIVA, ROSA, 2020.Perfil dos recursos humanos das unidades de terapia intensiva neonatal de Cuiabá, MTPesquisa descritiva de caráter quantitativoRevista Eletrônica de Enfermagem (REE)

DISCUSSÃO

O PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO DENTRO DA   UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

A atuação da enfermagem na UTI é complicada e por conta disso, existem diversas necessidades para a realização da assistência. A conduta assistencial entre os profissionais, o estado grave dos pacientes e o emprego de várias tecnologias requerem da enfermagem informações de diversas áreas, proporcionando melhorias no cuidado oferecido e diminuindo métodos efetivos de trabalho e assistência. A UTI situada no plano mais difícil da classe dos serviços hospitalares expõe a necessidade de aparelhamento e melhorias do cuidado de enfermagem, de modo a colaborar favoravelmente para a melhoria das ações e segurança do paciente e da equipe multiprofissional (MASSAROLI et al., 2015).

Segundo Soares; Santos e Gasparino (2010), a UTI é considerada um ambiente riquíssimo de inúmeras tecnologias, porém, deixar a desejar no que diz respeito à assistência abrangente tanto para os pacientes de risco quanto para os familiares. Em virtude disso, é importante que os recursos humanos sejam capacitados não somente com conhecimento técnico-científico, mas também instruídos no que diz respeito a serem “mais humanos”, em especial os profissionais de enfermagem. Logo, é importante que os enfermeiros consigam conciliar a tecnologia com cuidado humanizado e integral.

Conforme Fogaça; Carvalho e Martins (2010), dentre a equipe básica de saúde na UTI, os médicos e enfermeiros tem seu trabalho caracterizado por atividades que exigem alta interdependência e tomadas de decisões com intervenções complexas, a fim de assegurar ao paciente atendimento emergencial.

É importante ressaltar que, os pacientes internados na UTI possuem suas necessidades peculiares em relação ao seu quadro clínico, dentre os quais destacamos a presença da dor. Diante isso, o enfermeiro tem extrema importância para o controle e manejo da dor, pois é o único profissional que está ligado diretamente a assistência de enfermagem e tem a possibilidade de realizar avaliação dos sinais sintomas, planejar e implementar os cuidados de enfermagem para aliviar a dor do paciente (LIMA et al., 2020).

Durante a avaliação da dor a enfermagem tem grande importância, pois deve estar sempre atenta as queixas álgicas do paciente para poder intervir e proporcionar o alívio da dor, além de promover o bem-estar para o paciente. A dor é reconhecida como o 5° sinal vital e deve ser avaliada por meio de escala Visual Numérica (EVN) e escala Visual Analógica (EVA), o enfermeiro deve estabelecer o plano de cuidados voltado para aliviar e tratar a dor (KOLACHI; BECKER; CREPALDI, 2020).

Segundo Souza et al. (2020), o acolhimento serve como o cartão de visita para os familiares daqueles que terão/tem pacientes internados na UTI. Em virtude disso, é importante enfatizar que os enfermeiros é a pessoa determinada pela equipe para receber/acolher os familiares na unidade. Ele que orienta as normas e rotinas da unidade e auxilia os familiares dando suporte emocional durante a estadia do paciente na UTI. Denota-se que, é importante que os enfermeiros intensivistas tenham especialização a fim de suprir com precisão as necessidades básicas dentro da UTI. A especialização de é grande relevância em decorrência valor pela complexidade da assistência prestada, pois o enfermeiro que coordena as ações de enfermagem deve estar preparado, já que compete a ele a liderança da equipe e a responsabilidade pela assistência de enfermagem (BITTENCOURT; GAIVA; ROSA, 2010).

Conforme Lima et al. (2020), durante a visita ao paciente internado na UTI, é importante que os familiares recebam o devido acolhimento a fim proporcionar a eles sobre as informações inerentes ao tratamento. Em especial, os profissionais de enfermagem devem adotar a postura de cuidador, priorizando a humanização da assistência ao dia a dia família/paciente. Estes profissionais, além de atender, as necessidades do paciente, devem também estimular a relação, reduzindo o estresse, os conflitos internos em ambiente tão sombrio. Para realizar a assistência de enfermagem ao paciente internado na UTI é uma prática dividida entre todos os componentes da equipe de enfermagem, o enfermeiro deve realizar a gestão da equipe para atender todos os pacientes de forma Humanizada conectando o paciente junto a equipe de enfermagem com o ambiente hospitalar

A Humanização pode ser compreendida por meio do relacionamento humano, no qual procura recuperar o respeito sobre a vida em diversos momentos éticos, sociais e psíquicos, além de resgatar os aspectos fisiológicos, biológicos e subjetivos. Para adotar o processo de humanização a equipe de enfermagem deve considerar os aspectos descritos acima para assumir de forma ética o respeito mutou ao próximo (KOLACHI; BECKER; CREPALDI, 2020). Para implementar o processo de humanização na UTI é necessário que o enfermeiro envolva toda a equipe multiprofissional da UTI. O enfermeiro terá que realizar a conscientização da equipe, pois a assistência prestada pela a equipe multiprofissional terá que abranger as necessidades dos familiares. Quando o familiar é internado na UTI a família fica desestruturada emocionalmente. A família deve ser inserida no processo de humanização respeitando os valores e crenças culturais, a equipe multiprofissional deve zelar pelo o paciente e pela a família sempre agindo de forma ética.

Para Nunes et al. (2013), a internação do ente querido em uma Unidade de Terapia Intensiva, os familiares ficam desesperançados, deprimidos, o que colabora para a desestruturação sob o ponto de vista emocional. Cada indivíduo deve ser considerado único, tendo necessidades, valores e crenças específicas. Manter e preservar a sua dignidade significa respeitar os princípios da moral e do código de ética médica. Conforme Castro et al (2010), o processo de Humanização na UTI deve englobar o contexto familiar e social do paciente, os princípios humanitários descrito por Hipócrates no qual realiza a união entre a ciência ao humanismo, é um conjunto de medidas que abrangem o indivíduo como um ser biopsicosócioespiritual. A humanização faz parte da filosofia da enfermagem, o enfermeiro deve conduzir a equipe de enfermagem para construir e traçar um plano de cuidados voltado para o paciente, familiares e o ambiente físico.

Segundo Lima et al. (2020), a equipe de enfermagem é responsável por um leque de atribuições, capacidades e responsabilidades que são essenciais para avaliar, compreender e apoiar com segurança o paciente e a sua família durante esse tempo crítico. Dessa forma, é perceptível a importância da presença do enfermeiro dentro do setor da UTI, pois o mesmo além de prestar cuidados inerentes às necessidades do paciente compete ao enfermeiro também uma assistência ampliada aos familiares como um todo, promovendo a eles até mesmo uma “assistência psicológica” em inúmeras ocasiões.

Segundo Neves; Ravelli e Lemos (2010), os enfermeiros atuam como cuidadores e educadores permanentes, para promoção do ensinamento. Diante disso, a educação em saúde exercida pelo o enfermeiro é essencial para estabelecer uma relação de confiança com o paciente e sua família, o enfermeiro durante o processo de educacional deve sempre utilizar linguagem clara para facilitar o aprendizado dos familiares

Conforme Oliveira et al. (2018), na implementação do cuidado, o enfermeiro deve desenvolver a habilidade para desenvolver uma comunicação eficaz, no qual estabelece uma relação interpessoal com o paciente pessoa-pessoa. Nessa relação, necessita-se de um grau de confiança para que a pessoa se sinta à vontade de externar de modo sincero seus pensamentos e sentimentos. Em virtude disso, percebe-se a necessidade de que o enfermeiro tem que ter em relação Teoria da Inter-relação Pessoal, de Travelbee, com o objetivo de colocar em prática uma assistência de forma mais abrangente e humano com ênfase na comunicação como ferramenta fundamental na arte de cuidar. No processo de intervenção, o enfermeiro, como cuidador, deve viabilizar o fortalecimento dos binômios mãe e filho, principalmente, com a comunicação efetiva. Lacunas na relação terapêutica, entre familiares e profissionais, acarretam falta de informação, acolhimento inadequado e, por sua vez, geram insegurança na família, devido ao surgimento de conflitos

Conforme Souza et al. (2020), assistir à família do paciente hospitalizado é uma necessidade e função do enfermeiro. Características peculiares deste papel incluem a habilidade de reconhecer e conviver com a família na situação de doença, incluindo-a no planejamento do cuidado, bem como respeitar às suas decisões em relação ao tratamento. Acredita-se que ao valorizar a presença da família, o enfermeiro desempenha um papel singular no cuidado à mesma, em particular no contexto da UTI. A enfermagem em unidade de terapia intensiva possui além das responsabilidades com o paciente, compromisso junto aos familiares, e muitas atividades são elencadas nos estudos como fundamentais para serem desenvolvidas junto à família durante a internação do paciente dentre elas: acompanhá-los nas primeiras visitas a UTI, informar sobre as condições do paciente, responder as questões e dar suporte emocional na forma de empatia e compreensão, encorajar a visita e o toque, envolver nos cuidados, informar acerca dos procedimentos e tratamentos realizados (FRELLO; CARRARO, 2012).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No estudo realizado foi abordado a humanização da equipe de Enfermagem no setor de Unidade de Terapia Intensiva e tem uma grande importância e se torna cada vez mais indispensável para que os pacientes, familiares tenham mais conforto e se sintam bem cuidados, pois a UTI é um setor que requer muita entrega e dedicação.

Existem algumas barreiras dentro de uma UTI que atrapalham a promoção de uma assistência humanizada, destacar-se entre esses, a ausência de comunicação entre o paciente, familiares e equipe. Para que esses obstáculos sejam vencidos é necessário que haja principalmente uma boa comunicação, porque a partir daí se pode chegar a uma humanização de mais qualidade e eficiente.

Com isso, se observa a grande importância desse estudo, pois a Humanização é um tema que é bastante falado e pouco realizado nos locais de saúde e na UTI, com isso se pode observar que se cada profissional de Enfermagem ou qualquer outro profissional de saúde procurar se dedicar, dar o seu melhor e pôr em práticas seus conhecimentos na sua vida profissional e em especial na Unidade de Terapia Intensiva a humanização será realizada e o maior beneficiado será o paciente.

REFERÊNCIAS

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SOUSA, Silas Eduardo Santos. et al. A Importância Da Humanização Da Equipe De Enfermagem Na Unidade De Terapia Intensiva. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 03, Vol. 05, pp. 196-211, 2020.


1 Acadêmico de enfermagem pela  UNINASSAU Maceió. Maceió/AL. enfmatheusnivaldo@gmail.com
2 Acadêmico de enfermagem pela Facima. Maceió –AL. gomesy28@gmail.co m
3 Acadêmico de enfermagem pela UNINASSAU Alagoas. Maceió- AL. Enf.alerocha@gmail.com
4 Enfermeira   pela Faculdade Juscelino Kubitschek DF.Samambaia-DF. Widna.carvalho@gmail.com
5 Acadêmica de enfermagem pela UNINASSAU Maceió. Maceió/AL. Sarah karolyne Rodrigues dos Santos
6 Acadêmica de enfermagem pela Faculdade Terra Nordeste – FATENE. Caucaia-CE. jessicabarreto91@hotmail.com
7 Enfermeira   pela Universidade de Pernambuco. Petrolina/Pernambuco. anamariamaciel@outlook.com
8 Acadêmica de enfermagem pela Maurício de Nassau. Messias-AL. cr1st1an3@icloud.com
9 Enfermeira e Mestre em Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Mantina-BA. guilia_matina@hotmail.com
10 Acadêmica de enfermagem pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Coxim-M G. guilbertnovaes@hotmail.com
11 Acadêmico de enfermagem pela UNINASSAU Maceió. Maceió/AL. juniorosorioenfer@gmail.com
12 Técnico de Enfermagem pelo Instituto Educacional Particular Brasileiro (IEPB). Camalaú-PB. reginaldocarlos81@gmail.com,
13 Técnica de Enfermagem pelo Instituto Educacional Particular Brasileiro (IEPB). Camalaú-PB. Nerivaniamaria86@gmail.com
14 Enfermeira Esp. Terapia Intensiva pela Escola Superior da Amazônia ESAMAZ. Belém-PA. enf.rosa.oliveira@gmail.com
15 Enfermeira  pela Universidade de Pernambuco. Petrolina-PE. anamariamaciel@outlook.com