SIALOADENECTOMIA DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR EM CÃES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10413229


Aldeci Filho Souza Cruz
Jessica Santana Tupinambá
Orientador: Prof. Dr. Márcio Nogueira Rodrigues


RESUMO

Os cães possuem quatro glândulas salivares que são atingidas por enfermidades, tanto de grau leve quanto grave. Sua classificação quanto ao grau depende da patologia, da glândula salivar afetada, do tempo da afecção, da demora para o fechamento do diagnóstico e da realização do tratamento adequado. Dentre as enfermidades que mais afetam as glândulas salivares se destacam a sialocele. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão de literatura acerca da sialocele e a seu tratamento cirúrgico. A sialocele é um conjunto de líquido produzidas pelo extravasamento de saliva para o parênquima tecidual de glândulas adjacentes ou ductos salivares. O diagnóstico desta enfermidade é realizado a partir da anamnese, exame físico (possível palpação da formação nodular) e análise do material biológico contido. O tratamento da sialocele pode ser dividido em 2: o conservador (menos invasivo) e o cirúrgico (mais eficaz). O tratamento conversador consiste na drenagem do líquido acumulado nas glândulas, entretanto, é descrita uma taxa de recidiva de 42%. Devido à alta taxa de recidiva é indicado o tratamento cirúrgico logo que ocorra o fechamento do diagnóstico. O tratamento cirúrgico se baseia na remoção da glândula salivar afetada e consequente retirada do conteúdo acumulado. Com base na pesquisa elaborada, é descrito que a remoção da glândula afetada é o melhor tratamento, pois promove a reparação tecidual e a reestruturação da área afetada, além de ajudar a reduzir as possíveis recorrências.

Palavras chaves: Sialocele. Mucocele. Cirurgia. Ductos salivares

ABSTRACT

Dogs have four salivary glands that are affected by illnesses, both mild and severe. Its classification in terms of degree depends on the pathology, the affected salivary gland, the duration of the condition, the delay in finalizing the diagnosis and carrying out appropriate treatment. Among the diseases that most affect the salivary glands, sialocele stands out. The objective of the study was to carry out a literature review on sialocele and its surgical treatment. A sialocele is a set of fluids produced by the extravasation of saliva into the tissue parenchyma of adjacent glands or salivary ducts. The diagnosis of this disease is made based on anamnesis, physical examination (possible palpation of the nodular formation) and analysis of the biological material contained. The treatment of sialocele can be divided into 2: conservative (less invasive) and surgical (more effective). Conversational treatment consisted of draining the fluid accumulated in the glands, however, a recurrence rate of 42% has been described. Due to the high recurrence rate, surgical treatment is indicated as soon as the diagnosis is made. Surgical treatment is based on the removal of the affected salivary gland and the consequent removal of the accumulated contents. Based on the research carried out, it is described that removing the affected gland is the best treatment, as it promotes tissue repair and restructuring of the affected area, as well as helping to reduce possible recurrences.

Keywords: Sialocele. Mucocele. Surgery. Salivary ducts

1 INTRODUÇÃO

Os cães e gatos possuem quatro glândulas salivares que são atingidas por enfermidades que podem ser tanto de grau leve quanto grave. Sua classificação quanto ao grau, depende da patologia e da glândula salivar afetada, do tempo da afecção e da demora para o fechamento do diagnóstico e da realização do tratamento (BATISTA, 2022). Essas glândulas salivares principais são denominadas como: glândula mandibular, sublinguais, zigomática e parótida.

A sialocele é definida como um conjunto de líquido produzidas pelo extravasamento de saliva para o parênquima tecidual de glândulas adjacentes ou ductos salivares (DIAS et al., 2013). A sialocele pode ocorrer também em decorrência a traumas e obstruções (ANDRADE et al., 2011). E glândula sublingual é a mais frequentemente envolvida com a sialocele no caso dos cães (DIAS et al., 2013).

Os sinais clínicos apresentados pelos animais podem variar de acordo com a glândula afetada, mas geralmente é observado um aumento de volume na face (OLIVEIRA, 2022). E quando feito o exame físico na área aumentada ele mostra-se de consistência macia e não causar dor no animal (BOJRAB; MONNET, 2014). O fechamento do diagnóstico é feito através da avaliação clínica, mas sempre é recomendado a realização de exames mais detalhados para fazer a diferenciação da sialocele com outras patologias (BATISTA, 2022).

O tratamento de eleição é cirúrgico que consiste na retirada da glândula afetada, entretanto pode ser aplicado um tratamento conservador como a drenagem do líquido (entretanto a chance de recidiva é grande) (OLIVEIRA, 2022).  São raros os casos de sialocele que se resolvem sem cirurgia. Quando ocorre um diagnóstico preciso e a remoção completa da glândula afetada o paciente recebe um prognóstico favorável (COSTA et al., 2017).

Neste sentido essa revisão de literatura tem como foco discorrer sobre a técnica cirúrgica denominada sialoadenectomia, descrevendo em específico sobre a sialoadenectomia mandibular, enfatizando como ocorre o processo de diagnóstico e o tratamento adequado para a melhora dos animais acometidos.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Glândulas salivares

Os cães possuem inúmeras glândulas salivares, anatomicamente divididas em glândulas salivares menores, distribuídas por toda a cavidade oral (lábios, bochechas, língua, palato, faringe e esôfago) e quatro pares principais de glândulas maiores: parótida, sublingual, zigomática e mandibular (DIAS et al., 2013). A glândula parótida é uma glândula serosa com formato triangular próximo ao canal auditivo dos cães, a glândula sublingual localizada sob a língua próximo aos ramos horizontais da mandíbula (ANDRADE et al., 2011). A glândula zigomática, também conhecida como glândula orbital, é oval e irregular, e está relacionada com o músculo masseter, músculo temporal e arco zigomático. E a mandibular é grande e oval, estendendo-se desde a fossa atlantal até o osso basi-hióide e parcialmente recoberta pela glândula parótida (DIAS et al., 2013).

Dentre as patologias das glândulas salivares estar a sialoceles, também denominada como: mucoceles, higroma salivar, cistos salivares ou cistos melíferos (KAISER et al., 2008; ANDRADE et al., 2011; DIAS et al., 2013).

2.2 Sialocele

A sialocele é um conjunto de líquido produzidas pelo extravasamento de saliva para o parênquima tecidual de glândulas adjacentes ou ductos salivares (LIMA et al., 2015). A glândula sublingual é a mais frequentemente envolvida com a sialocele no caso dos cães, sendo raro o acometimento da glândula zigomática (LIMA et al., 2015) (Figura 1). A glândula zigomática está anatomicamente associada ao músculo masseter temporal e ao assoalho orbital, e quando acometido, os cães apresentam acúmulo de saliva no espaço orbital (DIAS et al., 2013).

Figura 1. Divisão das glândulas salivares, com foco nas glândulas zigomáticas e sublingual (Fonte: KÖNIG; LIEBICH, 2011).

Os sialólitos são estruturas mineralizadas que podem se formar dentro do tecido glandular ou de seus ductos. Há evidências de que isso se deve a depósitos de sais minerais nas glândulas associados a muco, bactérias e células epitéliais descamadas, além do pH alcalino da saliva dos cães, que também pode contribuir para a doença (PIGNONE et al., 2009).

2.3 Etiologia

A sialocele possui etiologia infecciosa, traumática (após cirurgia das glândulas, mordedura da língua, mordeduras, uso de correntes ou coleiras apertadas, acidentes balísticos, alimentos contendo ossos) (DIAS et al., 2013), neoplásica, idiopática ou bloqueio por pedras mineralizadas (sialólitos) (ATA-ALI et al., 2010; FERNANDES et al., 2012). E, de acordo com Kazemi et al., 2012, a dirofilaria pode estar envolvida na etiologia da patologia. Já em humanos, acredita-se que possam estar associados a indivíduos vivendo com HIV (DIAS et al., 2013).

Em alguns casos, a sialocele causada pelo bloqueio (parcial ou total) ou ruptura das glândulas salivares ou seus ductos correspondentes, resultando em extravasamento de saliva e acúmulo no tecido conjuntivo adjacente (FERNANDES et al., 2012). A saliva extravasada causa uma resposta inflamatória nos tecidos adjacentes, e para que o conteúdo salivar extravasado não atinja outros locais, forma-se um tecido de granulação ao seu redor, e por isso os cistos salivares também são classificados como pseudocistos (DIAS et al., 2013).

Caracterizam-se por aumentos de volume regulares, progressivos, unilaterais ou bilaterais (Figuras 2), tamanho variável, não adesivos, bem circunscritos, não invasivos, superfície lisa, indolores à palpação, hipertérmicos ou não, flutuante e flácidos e cobertos por pseudoestratificação epitelial (DIAS et al., 2013). Podem se formar nas regiões sublingual, parótida ou zigomática, faríngea e cervical ventral, dependendo da glândula e ducto salivar acometido (FOSSUM, 2021; MENEZES et al, 2012). Em pacientes humanos, o local mais severamente afetado é a superfície do lábio inferior, pois as glândulas salivares menores são as mais afetadas (ATA-ALI et al., 2010).

Figura 2. Sialocele bilateral na região cervical ventral (Fonte: Dias et al., 2013).

Não há predisposição sexual e racial em cães, todavia os animais da raça poodles, pastores alemães, yorkshire terriers e dachshunds são os mais frequentemente acometidos (PIGNONE et al., 2009; FOSSUM, 2021). Os poucos casos relatados em felinos foram em animais sem raça definida (DIAS et al., 2013). E em humanos, o sexo feminino é mais acometido e os casos mais relatados são de pacientes adultos jovens e crianças (RAHAL et al., 2007; DIAS et al., 2013).

2.4 Diagnóstico

O diagnóstico da sialocele é embasado a partir do histórico do paciente (onde as informações serão coletadas na anamnese), no exame físico que consiste na palpação da área facial do animal e na análise de material biológico coletado através de punção aspirativa do local afetado (KAZEMI et al., 2012). Geralmente a punção aspirativa é definitiva para o diagnóstico quando o conteúdo aspirado é viscoso, espesso, translúcido ou de coloração amarelo-palha à vermelho e com aspecto de salivar (mucoso) (ANDRADE et al., 2011).

Entretanto, somente com a avaliação clínica é difícil de fechar um diagnóstico confiável ou até mesmo é difícil identificar o lado da glândula salivar onde há a patologia (PIGNONE et al., 2009). Para fechar um diagnóstico fidedigno pode ser realizado um exame chamado sialografia, apesar da dificuldade de realização, possui a vantagem de identificar com exatidão o lado acometido, para a realização desse exame é utilizado um contraste hidrossolúvel que é injetado (de 0,5 a 1,5 ml) no interior do ducto salivar com o auxílio de cânulas e cateteres (PIGNONE et al., 2009; DIAS et al., 2013). O raio-x também pode ser indicado para observar a presença de sialólitos (cálculos decorrentes da deposição de sais de cálcio) ou nódulos nas glândulas salivares (PIGNONE et al., 2009). E com relação aos exames laboratoriais, normalmente os mesmos permanecem dentro dos parâmetros normais da espécie (DIAS et al., 2013).

2.5 Diagnóstico diferencial

Algumas outras enfermidades como a sialodenite, sialadenose, neoplasia salivar, sialólito (fosfato de cálcio ou carbonato), abscesso cervical, corpo estranho, hematoma, gânglios linfáticos císticos ou neoplásico, cisto de tonsilas, cisto tireoglosso, bolsa de Rathke cística e cistos branquiais podem causar o inchaço na mesma região que a sialocele (FOSSUM, 2021). Os casos de sialocele são difíceis de distinguir de cistos e tumores, nesses casos é importante a realização de exame histopatológico para fazer o diagnóstico desses tumores e cistos (FOSSUM, 2021)

2.6 Tratamento

O tratamento da sialocele pode ser dividido em 2 vertentes, o conservador (menos invasivo) e o cirúrgico (GAHIR et al., 2011; MENEZES et al., 2012). O tratamento conservador consiste na drenagem do conteúdo acumulado nas glândulas, para isso é necessário a utilização de uma agulha estéril de amplo calibre que irá perfurar a pele, chegar no líquido acumulado e então feita a drenagem (DIAS et al., 2013). Apesar de ser um tratamento menos invasivo, entretanto as recidiva são comuns nesses casos (cerca de 42% em casos de drenagem) (BATISTA, 2022) e pode favorecer complicações em cirurgias subsequentes, por causar fibrose e abscedação (formação de abcessos) (DIAS et al., 2013; BATISTA, 2022). É muito raro os casos de sialocele que se resolve somente com o tratamento, por isso é indicado o tratamento cirúrgico assim que há um fechamento de diagnóstico (FOSSUM, 2021). O tratamento cirúrgico se baseia na remoção da glândula salivar afetada e consequente retirada do conteúdo acumulado (BATISTA, 2022). A seguir será explanado detalhadamente a técnica cirúrgica empregada neste tratamento.

2.7 Técnica cirúrgica

 Ao total, os cães e gatos possuem 4 glândulas salivares de importância cirúrgica sendo elas a: parótidas, mandibulares, sublinguais e zigomáticas. No subtópicos será descrita a técnica cirúrgica mais utilizadas para remoção das glândulas mandibulares e sublinguais. A técnica cirúrgica descrita a seguir seguem a descrição proposta por Fossum (2021).

2.8 Excisão das glândulas salivares mandibulares e sublinguais

 As glândulas mandibulares e sublinguais são retiradas juntas, pois há glândula sublingual está relacionada ao ducto da glândula mandibular, então a remoção de uma das glândulas poderá causar um trauma na outra glândula. A retirada da glândula do lado afetado já é o suficiente para resolver o caso de sialocele, entretanto os pares de glândulas sublinguais e mandibulares podem ser retirados sem risco de xerostomia (ressecamento bucal provocado pela ausência ou diminuição do fluxo salivar) (FOSSUM, 2021).

Para a realização da cirurgia, o animal deve entrar no plano anestésico e posicionado na posição de decúbito lateral e adicionar um apoio no pescoço do paciente para fixá-lo em uma posição estendida. Localizar a glândula salivar mandibular que ficam entre as veias linguofacial e o maxilar que se juntam à veia jugular externa (Figura 5A). Então realizar a incisão na pele, no tecido subcutâneo e no músculo platisma do ângulo da mandíbula caudalmente para a veia jugular externa a fim de expor a cápsula fibrosa da glândula mandibular (Figura 5B). Deve-se evitar o ramo do segundo nervo cervical que passa pela cápsula, então fazer a incisão da cápsula e dissecá-la a partir das glândulas salivar mandibular e sublingual monostomática. Fazer a ligação da artéria (ramo da grande artéria auricular) e veia à medida que são encontradas no aspecto medial do dorso da glândula (FOSSUM, 2021).

Continuar dissecando cranialmente, seguindo para o ducto mandibular, o ducto sublingual e as glândulas sublinguais polistomática em direção à boca (Figura. 5B). Fazer a incisão da fáscia entre o masseter e os músculos digástricos, então expor todo o complexo de glândulas salivares mandibular e sublingual, por retração do músculo digástrico e aplicação de tração caudal na glândula mandibular. Realizar a dissecação (divulsão digital ou dissecção cortante) rostralmente até identificar o ramo lingual do nervo trigêmeo e apenas os ductos permanecerem no complexo. Deve-se tentar identificar o defeito da glândula do ducto causando a sialocele, porque a falha em identificar esse defeito pode indicar que a sialocele origina-se a partir do complexo do ducto glandular contralateral. Então, deve-se ligar e transeccionar o complexo glândula-ducto mandibular sublingual caudalmente ao nervo lingual.

Figura 5A e B. Excisão das glândulas salivares mandibular e sublingual (Fonte: Fossum, 2014)

Após a finalização do processo de remoção da glândula deve-se lavar a área cirúrgica antes do fechamento. Fazer a aposição do músculo digástrico, se este tiver sido incisado, com ponto de colchoeiro horizontal ou ponto cruzado. Fechar o espaço morto com poucos pontos na cápsula e tecido profundo. Realizar a aposição rotineira dos músculos superficiais, tecido subcutâneo e pele (FOSSUM, 2021).

2.8 Discussão entre casos clínicos

O aumento de volume na região ventral do pescoço pode estar associado a diversas patologias como sialocele, neoplasias, abscessos, sialadenites ou cistos (PIGNONE et al., 2009). O diagnóstico geralmente é feito com base na amanmese, histórico médico do paciente, exame físico com palpação e exames adicionais. Para um diagnóstico definitivo, é realizada análise citológica do material coletado (FECCHIO et al., 2019; GIOSO e CARVALHO, 2004). A substância aspirada é viscosa e espessa, incolor ou amarelo pálido e tem aparência semelhante à saliva. A amostragem deve ser realizada de forma asséptica, e a análise citológica frequentemente revela grande número de macrófagos vacuolizados, células gigantes e polimorfonucleares, sugerindo inflamação granulomatosa de pouca celularidade (ANDRADE, 2011; PIGNONE et al., 2009). Para o tratamento é realizada a sialoadenectomia, que retira a glândula salivar lesada, além da excisão do ducto salivar correspondente (ANDRADE, 2011; FECCHIO et al., 2019; GIOSO e CARVALHO, 2004), sendo os animais tratados sob anestesia geral inalatória (FOSSUM, 2021). Quando o lado afetado não pode ser identificado, recomenda-se a excisão bilateral (ANDRADE, 2011; PIGNONE et al., 2009).

Todos esses detalhes sobre a patologia estão de acordo com diversos trabalhos presentes na literatura. No trabalho realizado por Bonotto et al., (2023), onde um animal da raça pinscher apresentava um aumento de consistência macia e flutuante na região mandibular, após palpação foi realizado a drenagem do líquido para análise citológica, onde foi confirmada sialocele da glândula mandibular. O procedimento abordado foi a remoção das glândulas mandibulares e após 10 dias de cirurgia o animal já se mostrava completamente bem e com a ferida cirúrgica em fase final de cicatrização. Em um outro caso clínico realizado por Rezende et al., (2019) onde um poodle de 13 anos de idade, apresentava dor ao abrir a boca e sialorreia intensa, após o processo de anamnese foi realizado o processo de drenagem para citologia, confirmando o quadro de sialocele, onde foi realizado o procedimento de sialoadenectomia e apresentou recuperação cirúrgica satisfatória após 10 dias de pós-cirúrgico. Esses casos corroboram com os assuntos abordados na revisão de literatura no presente trabalho, onde a sialoadenectomia das glândulas afetadas, é o melhor tratamento para uma recuperação total do animal acometido.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sialocele submandibular em cães é uma das afecções das glândulas salivares em cães. A drenagem da coleção líquida acumulada é uma das alternativas terapêuticas, mas é comum a ocorrência de recidiva. Sendo assim, a sialodectomia da glândula é o método mais eficaz no tratamento definitivo da sialocele submandibular. O prognóstico dos pacientes submetidos a terapia cirúrgica é bom. Contudo, podem ocorrer complicações pós-cirúrgicas e recidivas caso a glândula não seja completamente retirada. Faz-se necessário um bom conhecimento anatômico e da técnica cirúrgica para que sejam minimizadas as chances de recorrência da sialocele.

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