REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10305151
Ilana Maria Maia Santos,
Coautor(es):
Wanderson da Silva Nery,
Ana Klara rodrigues Alves,
Ana Caroline Maia Santos,
Glouberg Nóbrega dos Santos,
Orientador: Josemar Sales de Sousa Serra
RESUMO
INTRODUÇÃO: A salpingectomia consiste num procedimento cirúrgico criado com o objetivo de remover parcial ou totalmente as trompas de falópio que conectam os ovários ao útero. Dentre as inúmeras indicações para esse procedimento pode citar: a esterilização definitiva, tratamento cirúrgico de gravidez ectópica, tratamento da endometriose e prevenção de cânceres em pacientes com gene BRCA1 e BRCA2. OBJETIVOS: Analisar o perfil cirúrgico das salpingectomias realizadas pela modalidade SUS no Piauí entre 2018 e 2022. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, quantitativo obtido por meio dos dados de produção hospitalares do departamento de informática do sistema único de saúde do Brasil (DATASUS), relacionados às internações por salpingectomias no Piauí durante o período de 2018 a 2022. RESULTADOS: Verifica-se que entre 2018 e 2022 realizou-se nos hospitais públicos do Piauí 2338 salpingectomias, sejam elas uni ou bilaterais. Nota-se que nesse mesmo período foram notificadas 993 internações visando o tratamento cirúrgico de gravidez ectópicas no SUS, as quais podem corresponder a parte dos casos do procedimento supracitado. Nesse período foram notificados apenas 2 óbitos decorrentes da salpingectomia. Ressalta-se que a média permanência geral de internação desse procedimento foi de 1,8 dias, entretanto quando ele é executado visando corrigir uma gestação ectópica a média permanência sobe para 3 dias. Dentre os municípios com maior montante de realização desse procedimento podemos citar: Esperantina(N=542), Luzilândia(N=480) e Barras(N=313). CONCLUSÃO: Nota-se uma tendência de crescimento do quantitativo de salpingectomias a partir de 2021(N=335) a qual cresceu mais de 100% em 2022(N=782). Ademais, o potencial de crescimento desse procedimento ainda não foi alcançado, visto que com a mudança da lei da laqueadura mais salpingectomias tendem a ser feitas, entretanto são necessários mais estudos para compreender os determinantes que influenciam nesses dados e, por conseguinte, ofertar para a população uma taxa de mortalidade bem como média permanência cada vez menor.
PALAVRAS-CHAVE: Salpingectomias, Epidemiologia, Procedimentos Cirúrgicos em Ginecologia.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
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Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba – IESVAP