LESÕES DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: TRATAMENTO CONSERVADOR VERSUS INTERVENÇÃO CIRÚRGICA – UMA REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10292389


Artur Khalil Lemos de Sousa Martins,
Coautor(es):
Aderson Emanuel Santos Soares,
Bruno Ferreira Fontenele,
Arthur Felipe Dias,
Gustavo Susstrunk Monteiro,
Orientador: Deodato Narciso de Oliveira Castro Neto


Resumo 

INTRODUÇÃO: A articulação do joelho é essencial para a sustentação do peso e a locomoção, assim, lesões nas estruturas que o compõem trazem prejuízos significativos na realização das atividades diárias, interferindo na mobilidade, no desempenho esportivo e na qualidade de vida. As lesões mais comuns são as ligamentares, envolvendo dois conjuntos de ligamentos, os cruzados (anterior e posterior) e colaterais (medial e lateral), sendo mais frequentes as rupturas no ligamento cruzado anterior (LCA). OBJETIVOS: Analisar as diferentes modalidades terapêuticas de lesões de LCA e suas respectivas implicações no prognóstico do paciente. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente trabalho foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica em bases de dados (PubMed e ScienceDirect), compreendendo publicações entre 2010 e 2023, escritos em português e inglês, utilizando como descritores: Lesões de Ligamento Cruzado Anterior, Traumatismos do Joelho e Instabilidade Articular; Tratamento Conservador; Procedimentos Ortopédicos: Intervenção Cirúrgica. RESULTADOS: O tratamento para a lesão do LCA, compreende duas categorias, o tratamento conservador e o cirúrgico, este último sendo realizado pela reconstrução do ligamento através de enxertos. Alguns estudos mostraram que, embora os resultados de ambas as formas de tratamento sejam positivos e devolvam a funcionalidade da articulação, há um risco elevado de lesões secundárias em até 2 anos, em pacientes que optaram pelo tratamento conservador ou adiaram a reconstrução do ligamento, principalmente quando há retorno precoce a prática esportiva. Observou-se que cerca de um terço dos pacientes com tratamento conservador relataram lesões secundárias em até 2 anos, e mais de 50% em até 5 anos. CONCLUSÃO: Portanto, é possível inferir que o tratamento cirúrgico para lesões do LCA possui maiores benefícios e garantias, diante do tratamento conservador. Principalmente, em casos de atletas que visam um retorno a suas atividades com risco reduzido de complicações e de desenvolvimento de outras lesões, quando há reabilitação adequada.

Referências 

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Universidade Federal do Delta do Parnaíba