A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PARA O PACIENTE ONCOLÓGICO

PHARMACEUTICAL ASSISTANCE FOR ONCOLOGICAL PATIENTS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10261304


Mariana Oliveira dos Santos1;
Teresa Raquel da Silva Santos2;
Leonardo Luís Batista Cardoso3.


RESUMO

O presente estudo teve como objetivo aprofundar a compreensão do papel desempenhado pelo farmacêutico na assistência farmacêutica voltada para pacientes oncológicos. Além disso, foram identificadas e discutidas as limitações que obstaculizam a plena implementação da Assistência Farmacêutica nesse contexto. Destacou-se, de maneira significativa, a importância crucial da Assistência Farmacêutica na adesão do paciente ao tratamento farmacológico e no aprimoramento de sua qualidade de vida. A abordagem metodológica adotada foi qualitativa, com a revisão bibliográfica sendo o principal método de investigação. Para estruturar a pesquisa, os artigos selecionados foram categorizados em duas tabelas, permitindo uma análise discursiva alinhada aos objetivos propostos. Essas tabelas detalharam informações como autor/ano, título, método e conclusão de cada artigo. Os resultados da pesquisa ressaltaram a relevância da atuação do profissional farmacêutico nesse cenário específico. Foi enfatizada a importância da presença desse profissional na equipe multidisciplinar de cuidados oncológicos, consolidando sua contribuição essencial para o bem-estar e a eficácia do tratamento dos pacientes com câncer.

Palavras- chave: Assistência Farmacêutica; Pacientes Oncológico; Profissional Farmacêutico.

ABSTRACT

The present study aimed to deepen the understanding of the role played by the pharmacist in pharmaceutical assistance aimed at oncology patients. Furthermore, the limitations that hinder the full implementation of Pharmaceutical Assistance in this context were identified and discussed. The crucial importance of Pharmaceutical Assistance in patient adherence to pharmacological treatment and in improving their quality of life was significantly highlighted. The methodological approach adopted was qualitative, with the bibliographic review being the main research method. To structure the research, the selected articles were categorized into two tables, allowing a discursive analysis aligned with the proposed objectives. These tables detailed information such as author/year, title, method and conclusion of each article. The research results highlighted the relevance of the role of the pharmaceutical professional in this specific scenario. The importance of the presence of this professional in the multidisciplinary cancer care team was emphasized, consolidating their essential contribution to the well-being and effectiveness of the treatment of cancer patients.

Keywords: Pharmaceutical Assistance; Oncology Patients; Pharmaceutical Professional

INTRODUÇÃO

Tumor maligno (ou câncer) é o termo utilizado para descrever um grupo de mais de 100 enfermidades que compartilham o desenvolvimento descontrolado de células. Multiplicando-se rapidamente, essas células agrupam-se formando neoplasias, que invadem tecidos e têm capacidade de invadir órgãos próximos ou mesmo distantes da origem do tumor (metástases). A origem do câncer está associada a mutações, que são modificações na estrutura genética (DNA) das células. Cada célula saudável contém instruções sobre como crescer e se reproduzir. Na presença de qualquer anomalia nessas instruções (mutação), pode surgir uma célula doentia que, ao se multiplicar, desencadeará um quadro de câncer (SESA-PR, 2021).

A incidência, a distribuição geográfica e o comportamento dos tipos específicos de câncer estão relacionados com múltiplos fatores, incluindo sexo, idade, etnia, predisposição genética e exposição a carcinógenos ambientais. Entre esses fatores, a exposição ambiental é, provavelmente, a mais importante. A exposição à radiação ionizante demonstrou estar associada a vários tipos de câncer, incluindo leucemias agudas, câncer de mama, entre outros. Os carcinógenos químicos (particularmente aqueles na fumaça do tabaco), bem como corantes azo, aflatoxinas, amianto, benzeno e radônio, foram associados a uma ampla gama de neoplasias humanas, incluindo câncer de pulmão e de bexiga (KATZUNG et al, 2023).

Entre todas as doenças, o câncer é um problema relevante em termos de saúde pública. Em 2018, figurou como a segunda causa de morte, ceifando 9,6 milhões de vidas no mundo. Embora em países desenvolvidos as taxas de mortalidade vêm apresentando declínio, em países em desenvolvimento, como o Brasil, essa redução é menor e diferente entre os sexos. Nos homens, as taxas de mortalidade por câncer de próstata e colorretal estão aumentando, enquanto as de câncer gástrico e de pulmão diminuem entre os menores de 60 anos. Em mulheres, as taxas de mortalidade por câncer de mama, de pulmão e colorretal aumentaram e as de câncer de colo do útero e do estômago diminuíram (INCA, 2021).

De acordo com dados do INCA, atualizados em 18 de Julho de 2023, foram registrados 704.080 novos casos de câncer no Brasil, onde destes são 341.350 homens em que maior incidência em relação ao local do tumor é o câncer de próstata com 71.730 (30%) novos casos e em menor incidência o câncer no fígado com 6.390 (2,7%) casos. Enquanto as mulheres foram 362.730 novos casos sendo maior incidência em câncer de mama com 73.610 casos (30,1%) e menor incidência em linfoma não Hodgkin com 5.620 (2,3%).

Segundo Carvalho et al (2014) o câncer tem dois tipos de tratamento: quimioterapia curativa, na qual pode ser realizada após a cirurgia ou antes dela, e a quimioterapia sem intenção curativa, que é usada para a melhora de vida do paciente, como uma terapia paliativa.

Agentes quimioterápicos são potentes causadores de muitos efeitos colaterais e reações adversas. A toxicidade e os efeitos colaterais se devem aos danos à divisão celular, onde as células mais vulneráveis são as encontradas na medula óssea, folículo capilar e Trato Gastrointestinal que são mais suscetíveis à rápida divisão celular (BISSON, 2016). Alguns desses efeitos colaterais podem ser totalmente tratados ou prevenidos, como é o caso das náuseas e vômitos, porém há outros que necessitam de atenção mais criteriosa, como a neuropatia. No entanto, a observação criteriosa desses efeitos colaterais, bem como seu manejo, é imprescindivel, uma vez que está́ posto o paradigma da qualidade de vida em oncologia (RODRIGUES et al, 2016).

De acordo com Bisson (2021), o farmacêutico oncológico tem estado presente no cuidado ao paciente com câncer há mais de 50 anos, entretanto se restringia basicamente à farmácia, para pacientes internados, onde forneciam informações de

segurança dos medicamentos usados no tratamento farmacológico. Atualmente, o farmacêutico vem se capacitando cada vez mais na área da oncologia com os avanços na tecnologia, estando presente na tomada de decisões junto à equipe multiprofissional, tendo contato direto ao paciente, assim ele assume responsabilidades deveras importantes que contribuem significativamente para adesão do paciente ao tratamento farmacológico. As ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes à Atenção Farmacêutica, considerada como um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica e compreendendo atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida (RESOLUÇÃO Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004 – IV)

A prática da atenção farmacêutica ou do cuidado farmacêutico envolve alguns macro componentes, como a educação em saúde, a orientação farmacêutica, a dispensação, o atendimento farmacêutico, o seguimento farmacoterapêutico, o registro sistemático das atividades, a mensuração e a avaliação dos resultados. Para isso, o farmacêutico deve atender diretamente o paciente, avaliando-o e orientando-o em relação às terapias medicamentosas por meio da avaliação de suas necessidades. Com isso, torna- se possível identificar os problemas e resultados negativos associados à medicação. (GONÇALVES et al, 2019).

Este trabalho teve como objetivo atestar o papel do farmacêutico na assistência farmacêutica para pacientes oncológicos, bem como elencar as limitações que dificultam a promoção da Assistência Farmacêutica e demostrar a importância na adesão do paciente ao tratamento farmacológico e melhora de sua qualidade de vida.

METODOLOGIA

A pesquisa foi conduzida seguindo uma abordagem metodológica qualitativa, que envolveu a revisão bibliográfica como método de investigação. De acordo com a definição de Lakatos e Marconi (2014), a pesquisa bibliográfica, também conhecida como pesquisa de fontes secundárias, baseia-se em materiais previamente publicados em livros, revistas e recursos eletrônicos acessíveis ao público em geral.

Para localizar e selecionar os materiais na literatura, realizou-se uma busca abrangente em diversas fontes, incluindo a Biblioteca Eletrônica de Dados LILACS, MEDLINE, PUBMED, Google Acadêmico e SciELO e BVS. Os termos de pesquisa utilizados foram “Assistência Farmacêutica” and. “Oncológico”. Para garantir a relevância dos materiais selecionados, foram estabelecidos como critérios de exclusão publicações oriundas de anais de eventos, conferências, estudos duplicados e aqueles que não estavam diretamente relacionados ao objetivo do estudo em termos de sua contribuição.

A escolha da amostra seguiu critérios que priorizam a inclusão de artigos publicados em periódicos nacionais em língua portuguesa ou inglesa, juntamente com a consulta à legislação e à literatura relevante sobre o tema em análise. Houve a decisão de excluir artigos incompletos, dissertações, teses e artigos que não se alinhavam com a temática em estudo. Desta forma, os estudos selecionados foram lidos na íntegra com o objetivo de sumarizar e ordenar os dados contidos neles, buscando obtenção de resposta ao problema da pesquisa, através de categorias temáticas promovendo a compreensão dos conteúdos analisados.

O processo incluiu as seguintes etapas, de acordo com o fluxograma abaixo:

Conforme fluxograma acima, a pesquisa envolveu a coleta de 144 artigos de diferentes fontes, com destaque para SciELO, Google Acadêmico e LILACS. Após a aplicação de filtros e critérios de inclusão, 15 artigos foram selecionados. Em seguida, organizou-se e analisou-se esses artigos selecionados de maneira sistemática e abrangente. A organização dos materiais é essencial para facilitar a compreensão das informações e identificar padrões ou tendências emergentes (LAKATOS E MARCONI, 2014). A análise detalhada dos artigos permitiu extrair informações significativas e informações relevantes sobre a Assistência Farmacêutica em pacientes oncológicos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para a pesquisa, os artigos selecionados foram organizados em duas tabelas, com o propósito de realizar uma análise discursiva com base nos objetivos estabelecidos. As tabelas a seguir destacam as informações de cada artigo, incluindo autor/ano, título, método e conclusão. Esta abordagem possibilitou uma análise detalhada dos resultados, contribuindo para uma compreensão abrangente do tema e o aprimoramento na área da assistência farmacêutica voltada ao paciente oncológico:

As limitações do farmacêutico ao prestar assistência farmacêutica para o paciente oncológico

Com base nos critérios adotados, foram selecionados para esta abordagem os artigos descritos na Tabela 1, dentre as publicações encontradas.

TABELA 01: Artigos relacionados as limitações na assistência farmacêutica a pacientes oncológicos

AUTOR/ANOTÍTULOMÉTODOCONCLUSÃO
SILVA E OSÓRIO-DE- CASTRO (2019)Organização e práticas da Assistência Farmacêutica em oncologia no âmbito do sistema único de saúdeEstruturação de GiddensForam identificadas deficiências na configuração e nos métodos aplicados em cidades brasileiras, especialmente na falta de conformidade com as regulamentações referentes à organização estrutural. Se as práticas atuais não forem modificadas, será inviável   estabelecer a assistência farmacêutica de maneira apropriada na rede de       cuidados oncológicos.
PINHO; ABREU E NOGUEIRA (2016)Atenção farmacêutica a pacientes oncológicosRevisão LiteráriaFoi demonstrado em alguns estudos que seria necessário um maior número de profissionais atuando na área , podendo ser um ponto limitador da atuação farmacêutica
ALMEIDA; PONTES; CARDOSO; CARRERA; SOUSA E MAIA (2015)O manejo da êmese em uma unidade oncológica: a necessidade da intervenção farmacêutica em tempo real.Estudo retrospectiva- descritiva a partir da coleta de dados das prescrições de quimioterapia do serviço de oncologia de um hospital universitário da região metropolitana de BelémEste trabalho também alerta para a necessidade de                intervenção farmacêutica em tempo real junto ao corpo clínico do hospital para a prevenção dos erros de medicação e promoção do uso racional de medicamentos, o que nem sempre é possível devido ao limitado número de farmacêuticos disponível no serviço de um hospital, somado à grande quantidade de atividades técnico- administrativas
VIEIRA, VIDAL, DA SILVA, CHAUVET E MORAES (2022)Efeitos da judicialização de medicamentos antineoplásicos nos serviços farmacêuticos em oncologia.Estudo descritivo e exploratório, tendo como unidade de análise os processos judiciais que tiveram como ré a União e que resultaram na determinação do fornecimento de medicamentos antineoplásicos pelo INCA, entre os anos de 2009 e 2018.A análise do estudo permitiu       identificar aspectos acerca do contexto ao qual os serviços farmacêuticos em oncologia    estão expostos frente a uma decisão judicial, como por      exemplo, um conjunto de questões que não devem ser negligenciadas na decisão judicial, tais como: problemas na aquisição, armazenamento, transporte e manipulação de medicamentos oncológicos adquiridos pelos demandantes…
CHAZAN; JUPP; BAUTERS; DUNCAN; WEDDLE; NOMURA; O’CONNOR; CHAN; ALKHUDAIR; ALSHAMRANI; BUIE; PINKIE; CHIEH; DEREMER; DUVIVIER; KATABALO; MCKAVANAG H;    MENSAH; MARTINEZ; ROWAN; TEAW; TADESSE; WERU E ALEXANDRE (2021)Impacto do coronavírus de 2019 na prestação de serviços farmacêuticos a pacientes com câncer: uma pesquisa internacional com profissionais de farmácia oncológicaInquérito internacional a farmacêuticos e técnicos de oncologia foi realizado através da Sociedade Internacional de Profissionais de Farmácia Oncológica e de organizações farmacêuticas globais colaboradoras.Esse estudo descreve como a pandemia de coronavírus de 2019 alterou a forma como os serviços de farmácia oncológica são prestados, desta forma, demonstrando a adaptabilidade da profissão farmacêutica oncológica.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2023)

Nos artigos estudados, há menção às divergências nos regulamentos do SUS, o que afeta a prestação da assistência farmacêutica ao paciente oncológico. A dificuldade na aquisição de medicamentos e os impactos decorrentes de situações como uma pandemia são destacados como fatores adicionais que afetam a prática da assistência farmacêutica.

Desta forma, abordando sobre a a escassez de profissionais farmacêuticos atuando na assistência farmacêutica ao paciente oncológico, Pinho et al (2016) diz que, para tornar possível que todo o processo de atenção farmacêutica seja realizado de forma correta e sem sobrecarga, seria necessário um maior número de profissionais atuando na área, podendo ser um ponto limitador da atuação farmacêutica.

No mesmo sentido, em seu estudo sobre o manejo da êmese em pacientes oncológicos, Almeida et al. (2015) ressalta que, devido à escassez de farmacêuticos nos serviços hospitalares e ao grande volume de atividades técnico-administrativas, torna-se desafiador realizar intervenções farmacêuticas em tempo real junto ao corpo clínico. Isso limita a capacidade de prevenir erros de medicação e promover o uso racional de medicamentos nesse contexto específico.

O estudo conduzido por Silva e Osório-de-Castro (2019) também identifica diversas limitações enfrentadas pelo farmacêutico na prestação de assistência farmacêutica ao paciente oncológico. Os autores evidenciam a infraestrutura inadequada para a manipulação de quimioterapia em instituições analisadas de municípios diferentes – MUN1, MUN2, MUN3, MUN4 e MUN5 – habilitadas para realização de quimioterapia, ressaltando um risco potencial para a segurança dos pacientes.

Além disso, Silva e Osório-de-Castro (2019) destacam a realização do seguimento farmacoterapêutico, onde, dentre as 5 instituições pesquisadas, apenas 1 o tinha plenamente implementado. Em relação ao número de farmacêuticos atuando nos serviços de quimioterapia, 3 dos 5 municípios apresentavam um número insuficiente de profissionais (no máximo 2 atuando), o que limita o acompanhamento detalhado dos pacientes em tratamento.

A escassez de farmacêuticos, observada em três dos cinco municípios investigados, compromete diretamente a qualidade e abrangência da assistência. Em uma das unidades estudadas, a prática de manipulação de quimioterápicos por técnicos treinados gerou preocupações sobre a segurança do paciente, evidenciando a importância crítica da supervisão direta de farmacêuticos nesses procedimentos. Essas limitações destacam os desafios substanciais que afetam a capacidade do farmacêutico em oferecer cuidados farmacêuticos seguros e eficazes aos pacientes em tratamento contra o câncer (SILVA E OSÓRIO-DE-CASTRO, 2019).

Silva e Osório de Castro (2019) destacam, além das limitações estruturais previamente mencionadas, a ausência de um padrão no processo de programação de medicamentos. Esta falta de uniformidade dificulta a organização dos serviços e contribui para a falta de uma uniformidade no procedimento de agendamento de medicamentos. Os autores indicam a carência de procedimentos definidos para requisitar medicamentos por meio da aquisição centralizada realizada pelo Ministério da Saúde. Também destacam o uso do montante da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (APAC) como um critério para determinar a terapia dos pacientes, o que poderia influenciar adversamente as alternativas terapêuticas.

À luz dessas questões, Vieira et al. (2022) descrevem que a pouca visibilidade dada pela literatura às implicações diretas impostas aos serviços farmacêuticos em oncologia, frente à obrigatoriedade do fornecimento de medicamentos por determinação legal, reforça a importância da ampliação do debate sobre judicialização da saúde, considerando também aspectos basilares da assistência farmacêutica imbricados na rotina dos serviços de saúde, tais como regulatórios, logísticos, técnicos e clínicos

Vieira et al (2019) segue dizendo que as demandas judiciais por medicamentos antineoplásicos impactam não apenas os entes federados réus dos processos, mas também os serviços de assistência farmacêutica em oncologia. Como resultado, a judicialização pode ser capaz de produzir efeitos contrários à lógica de organização, funcionamento e prestação de cuidados de qualidade desses serviços.

Diante do cenário da pandemia, Chazan et al (2021) demonstra em sua pesquisa o impacto do coronavírus de 2019 na prestação de serviços farmacêuticos a pacientes com câncer. Seu estudo recebeu 862 respostas de 40 países diferentes de setembro a outubro de 2020. A maioria dos entrevistados eram farmacêuticos ( n  = 841, 97,6%), com 24% envolvidos no cuidado direto de pacientes com o coronavírus de 2019.

Os resultados do estudo mostram que 55% dos participantes aumentaram o trabalho remoto, incluindo dispensação e acompanhamento de pacientes. Houve alterações nos horários de trabalho (50%), cancelamento de licenças (48%) e impactos no acesso a cuidados intensivos (19%) e medicamentos anticâncer (15%). Metade dos entrevistados (49%) relatou atrasos ou mudanças nos tratamentos contra o câncer para pacientes com intenção curativa. Trinta por cento acreditavam em impactos negativos nos resultados dos pacientes e 65% relataram impactos na saúde mental, com 12% buscando apoio.

As limitações enfrentadas pelos farmacêuticos na assistência a pacientes oncológicos durante a pandemia, conforme evidenciado por Chazan et al. (2021), envolveram mudanças no trabalho remoto, impactos na força de trabalho com horários alterados e licenças canceladas, além do acesso reduzido a cuidados intensivos e medicamentos. Esses desafios comprometeram a continuidade e a qualidade dos serviços farmacêuticos, resultou em atrasos nos tratamentos e possíveis impactos na saúde mental, ressaltou a dificuldade em fornecer cuidados especializados em meio a circunstâncias restritivas.

A importância do farmacêutico para o tratamento farmacológico de pacientes oncológicos

Na tabela 2 estão organizadas as publicações selecionadas diante das atribuições adotadas na qual abordam sobre o tema proposto neste tópico.

TABELA 02: Artigos relacionados com a importância do Farmacêutico no Tratamento de Pacientes Oncológicos

AUTOR/ANOTÍTULOMÉTODOCONCLUSÃO
LIMA, SILVA E GUEDES (2020)Abordagem do serviço farmacêutico no Ceoc da cidade de Caruaru – Pe: A importância do farmacêutico na área da oncologiaEntrevista com 3 farmacêuticos por meio de um questionário do Google forms com 21 questões a respeito do trabalho prestado pelos profissionais na atenção ao câncerTendo em vista os aspectos observados nessa abordagem, pode-se evidenciar como a atuação do farmacêutico é fundamental durante a conduta terapêutica e cuidados paliativos no tratamento do câncer.
PINHO, ABREU E NOGUEIRA (2016)Atuação farmacêutica a pacientes oncológicos: uma revisão integrativa de literaturaRevisão de literaturaNo estudo foi possível concluir que a intervenção farmacêutica aumentou a identificação e resolução de problemas relacionado a medicamentos (PRM) de erros na utilização de medicamentos, melhorou a adesão e aumentou a segurança do tratamento com doses e esquemas terapêuticos adequados às necessidades de cada paciente.
KAZMIRCZA K (2016)Contribuições   da assistência farmacêutica para o paciente oncológicoRevisão narrativaAtravés da análise das publicações, conclui-se que o farmacêutico é um importante membro da equipe de saúde na oncologia e responsável pela Assistência Farmacêutica ao paciente oncológico.
SANTOS, AZEVEDO, ARAÚJO, BENDICHO E XAVIER (2020)Cuidado farmacêutico em UTI oncológicaEstudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre o serviço de cuidados farmacêuticos desenvolvido na UTI do hospital Aristides MaltezDiante dos resultados apresentados verifica-se que as intervenções farmacêuticas estão cada vez mais aceitas no contexto terapêutico e evidencia importância do profissional farmacêutico clínico na assistência direta ao paciente, assim como sua contribuição na promoção de resultados clínicos mais satisfatórios, mediante rotinas sistemáticas de avaliação farmacêutica da prescrição médica e o estímulo à prescrição segura e racional
SILVA, BRITO, MELO, FALCAI E PEREIRA (2017)Contribuições   da atenção farmacêutica à pacientes em tratamento oncológicoPesquisa bibliográfica descritivaA prática da Atenção Farmacêutica ao paciente oncológico em tratamento é possível devido a necessidade de detectar possíveis suspeitas de problemas relacionados a medicamentos, a fim de buscar maneiras de amenizar reações adversas que acometem a grande maioria dos pacientes que estão em tratamento com antineoplásicos.
RANGEL; GELATTI; SALAZAR; COLET; BANDEIRA E HORN (2020)Avaliação da adesão ao tratamento com Tamoxifeno por mulheres com câncer de mamaEstudo clínico randomizadoEvidenciou-se que o acompanhamento farmacoterapêutico realizado por profissional farmacêutico contribuiu efetivamente na adesão ao tratamento com Tamoxifeno.
RECH; FRANCELLI NO; COLACITE (2019)Atuação do farmacêutico na oncologia – uma revisão de literaturaEste estudo constituiu- se de uma revisão de artigos de literatura especializadaDiante de tudo que foi exposto na presente revisão observa-se que o farmacêutico é indispensável no tratamento oncológico, pois suas atividades vão desde o recebimento, armazenamento e dispensação de medicamentos até a cooperação com outros profissionais colaborando diretamente para o plano terapêutico, visando assim um serviço de saúde seguro e de qualidade.
BATISTA; SANTOS E CARNEIRO (2021)Cuidado farmacêutico em oncologia: Revisão integrativa da literaturaRevisão integrativa da literaturaCom base no levantamento de dados, observou-se que a prática do cuidado farmacêutico é necessária e promissora por inúmeras razões. Pode-se, através deste trabalho, mostrar a importância do profissional farmacêutico no cuidado ao paciente oncológico.
AGUIAR; SANTOS; CAMBRUSSI; PICOLOTTO E CARNEIRO (2018)Segurança do paciente e o valor da intervenção farmacêutica em um hospital oncológicoEstudo observacional e retrospectivo em um hospital de ensino, especializado em tratamento oncológicoDevemos reconhecer que a segurança do paciente é um alvo dinâmico, e nossas abordagens para alcançá-la devem continuar evoluindo para melhorar cada vez mais a assistência farmacêutica prestada.
Fonte: Elaborado pelas autoras (2023)

Na abordagem de artigos selecionados acima, destaca-se a importância fundamental do farmacêutico no cenário do tratamento farmacológico de pacientes oncológicos. Embora os farmacêuticos oncológicos estejam envolvidos no cuidado de pacientes com câncer há mais de 50 anos, o papel do farmacêutico oncológico continua a se expandir. Inicialmente, os farmacêuticos se limitavam ao ambiente da farmácia, onde atendiam pacientes internados ou ambulatoriais, e seu  trabalho se concentrava em fornecer as verificações de segurança necessárias para dispensar medicamentos relacionados ao câncer. (BISSON, 2021 p.272)

O presente contexto de discussão fundamenta-se em pesquisas recentes, notadamente aquelas conduzidas por Rech et al. (2019) e Batista et al. (2021), que exploram a amplitude das contribuições do farmacêutico oncológico. Emerge desse debate uma compreensão mais profunda das atribuições cruciais desse profissional, desde a avaliação da prescrição até o gerenciamento das reações adversas, delineando a relevância central do farmacêutico no aprimoramento da adesão ao tratamento e na qualidade de vida do paciente com câncer.

Diante disso, Rech et al (2019) em sua pesquisa, aborda as principais áreas de atuação do farmacêutico na oncologia atualmente, que contribuem significativamente para adesão do paciente ao tratamento, bem como uma melhora na sua qualidade de vida. Dentre as atribuições, que podemos citar como importantes  no cuidado farmacêutico ao paciente, Batista et al (2021) enfatiza: avaliação da prescrição, conciliação medicamentosa, orientação sobre uso de medicações e manejo das reações adversas; assim como, utilização de medicações de suporte durante o tratamento quimioterápico e dispensação.

Seguindo a discussão, Rech et al (2019) afirma que o profissional farmacêutico é indispensável na equipe multiprofissional de saúde no que tange a oncologia, visto que este profissional desenvolve diversas atividades que integram a saúde e o bem-estar tanto da equipe multiprofissional quanto do paciente.

Diante disso, Santos et al. (2020) reafirmam a importância da atuação do farmacêutico clínico junto à equipe multidisciplinar, desenvolvendo ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, sugerindo intervenções farmacêuticas junto à equipe de saúde. Como resultado, tem-se a prevenção de problemas relacionados a medicamentos que estão associados a resultados negativos à saúde dos pacientes.

Considerando os aspectos observados na pesquisa de Lima et al. (2020), destaca-se a importância fundamental do farmacêutico durante a conduta terapêutica e nos cuidados paliativos no tratamento do câncer. Além disso, conforme evidenciado por Rech et al. (2019), o papel do profissional farmacêutico não apenas se limita à integração na equipe de saúde, mas também é crucial na seleção dos agentes quimioterápicos. Esse processo de escolha, baseado em critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos estabelecidos por uma Comissão de Farmácia e Terapêutica, visa garantir a segurança, eficácia e a relação custo-efetividade dos medicamentos utilizados no tratamento do câncer.

Assim, ao considerar os aspectos observados na pesquisa de Lima et al. (2020), é crucial ressaltar que a quimioterapia antineoplásica, conforme verificado por Kazmirczak (2016), representa uma das maneiras mais significativas e promissoras de combater a doença. Nessa mesma perspectiva, Lima et al. (2020) destaca que, durante a terapia contra o câncer, a utilização crescente de antineoplásicos orais eleva a responsabilidade dos pacientes em relação ao seu tratamento, visando não apenas a segurança, mas também uma maior eficácia farmacológica.

Além disso, como mencionado por Rech et al. (2019), a participação ativa do farmacêutico na seleção dos agentes quimioterápicos, pautada em critérios técnicos e econômicos, contribui para assegurar a escolha de medicamentos seguros e custo-efetivos no contexto do tratamento oncológico. Essa interconexão entre a atuação do farmacêutico, a escolha criteriosa de medicamentos e a crescente responsabilidade do paciente revela a complexidade e a importância conjunta desses elementos no cenário do tratamento do câncer.

“A combinação de vários fármacos aumenta a citotoxicidade contra as células cancerígenas sem a necessidade de aumentar a toxicidade geral e diminui a possibilidade de desenvolvimento de resistência” (FERRACINI et al. 2014, p. 198). Nessa perspectiva, Rech et al. (2019) enfatiza a expertise do farmacêutico na seleção de medicamentos em oncologia, em colaboração com o médico, unindo conhecimentos fisiopatológicos e esquemas terapêuticos para oferecer uma assistência terapêutica ideal.

Ademais, Bisson (2021 p. 274) ressalta que a educação do paciente, componente frequente nas atribuições do farmacêutico oncológico, está associada a altas taxas de satisfação do paciente, melhores resultados de aprendizagem e maior adesão à medicação, refletindo em resultados mais favoráveis no tratamento da doença. Essa abordagem reforça a importância do papel do farmacêutico não só na escolha de medicamentos, mas também no apoio educativo aos pacientes, contribuindo para a eficácia e aceitação do tratamento.

Complementando a discussão, Silva et al. (2017) destaca, em seu estudo, que a prática da Atenção Farmacêutica no paciente oncológico em tratamento é viável devido a necessidade de identificar precocemente possíveis problemas relacionados a medicamentos a fim de buscar maneiras de amenizar reações adversas que acometem a grande maioria dos pacientes

Alinhado a essa perspectiva, Kazmirczak (2016) salienta que a atenção farmacêutica para o paciente se concentra no aconselhamento e monitoramento da terapia farmacológica. Assim, o farmacêutico desempenha um papel crucial ao informar o paciente sobre a possibilidade de dependência física ou psíquica associada ao medicamento, alertando sobre os perigos da automedicação e de tratamentos não cientificamente comprovados.

Para Aguiar et al. (2018), ações simples, como intervenções farmacêuticas e avaliação de prescrições, podem identificar problemas relacionados aos medicamentos, prevenir eventos adversos, reduzir perdas financeiras e agregar valor incomensurável à segurança do paciente.

Nesse contexto, o acompanhamento farmacoterapêutico é uma estratégia fundamental de intervenção, por se constituir em um espaço de formação de vínculo entre paciente e farmacêutico, isso não só facilita o esclarecimento de dúvidas sobre o tratamento e a doença, como busca reduzir as reações adversas e agravos decorrentes do tratamento oncológico, com vistas a garantir o sucesso terapêutico e melhorar a qualidade de vida do paciente oncológico (RANGEL et al,2020).

Nessa perspectiva, Rech et al (2019) aborda a atuação do profissional farmacêutico na farmacovigilância oncológica, onde visa contribuir na identificação de eventos ou reações adversos aos medicamentos utilizados durante o esquema terapêutico designado pela equipe médica, assim como sugerir modificações ou alterações no esquema terapêutico visando eliminar ou minimizar os eventos ou reações adversas aos medicamentos.

Além disso, o farmacêutico é fundamental na análise das prescrições médicas para assim detectar erros, já que os medicamentos antineoplásicos dispõem de uma janela terapêutica estreita, ou seja, qualquer erro na prescrição poderá causar danos ao paciente (RECH et al, 2019). Pinho et al. (2016) também demonstra em seus estudos que a presença do farmacêutico na equipe multidisciplinar é importante para realizar a análise da prescrição e propor esquemas terapêuticos mais adequados

Diante disto, Lima et al. (2020) afirma que a assistência farmacêutica garante uma perspectiva direta e indireta no processo de aquisição da farmacoterapia e preocupação com a qualidade de vida de cada paciente, principalmente porque há todo um processo de controle de qualidade e parâmetros sobre as legislações, normas e RDCs revigoradas na demanda dos medicamentos antineoplásicos.

Assim, vários estudos demonstram que a melhoria da eficiência e eficácia da equipe de saúde oncológica pode ocorrer com a ampliação do papel do farmacêutico oncológico nas equipes assistenciais (BISSON, 2021).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da análise bibliográfica realizada com o objetivo de destacar o papel fundamental do farmacêutico na assistência farmacêutica a pacientes oncológicos, é possível concluir que os objetivos propostos foram atingidos. A pesquisa evidenciou de maneira consistente a relevância da atuação do profissional farmacêutico nesse contexto específico, sublinhando a importância de sua presença na equipe multidisciplinar de cuidados oncológicos.

Os estudos revelam limitações na assistência farmacêutica a pacientes oncológicos, destacando problemas na organização, escassez de profissionais, dificuldade de intervenção em tempo real e impacto da pandemia. Todos ressaltam a necessidade urgente de melhorias estruturais e de práticas baseadas em evidências para aprimorar o cuidado farmacêutico especializado para essa população vulnerável.

Além do mais, os resultados obtidos por meio da análise dos artigos reforçam a contribuição significativa do farmacêutico na prestação de assistência farmacêutica a pacientes oncológicos. Fica claro que sua participação vai além da simples dispensação de medicamentos, estendendo-se à gestão de terapias medicamentosas, monitoramento de efeitos colaterais, orientação aos pacientes e seus familiares, e colaboração estreita com outros profissionais de saúde.

Portanto, em meio às complexidades inerentes ao tratamento oncológico, a presença ativa do farmacêutico na assistência emerge como um diferencial crucial. Sua expertise não apenas assegura a segurança e eficácia do tratamento, mas também contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, ao antecipar possíveis complicações e adotar uma abordagem mais integral e humanizada.

Contudo, é importante destacar que a limitação desta pesquisa reside, principalmente, na dependência de fontes bibliográficas, o que potencialmente restringiu a abrangência de informações adicionais.

Para futuras pesquisas, recomenda-se uma abordagem comparativa internacional. Isso permitiria a análise das variações nas práticas farmacêuticas em diferentes países e a identificação de melhores práticas. Além disso, a avaliação do impacto econômico da atuação do farmacêutico seria crucial. Isso envolveria considerar a eficiência no uso de recursos e a redução de custos associados a complicações medicamentosas, fundamentando argumentos sobre o valor agregado por esses profissionais.

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1Graduanda do curso de Bacharelado em Farmácia pelo Centro de Ensino Superior de Floriano FAESF
2Graduanda do curso de Bacharelado em Farmácia pelo Centro de Ensino Superior de Floriano FAESF
3Orientador e professor do Centro de Ensino Superior de Floriano – FAESF.