OS PRINCIPAIS RISCOS ERGONÔMICOS QUE OS PROFISSIONAIS ATUANTES DA UNIDADE DE ASSISTÊNCIA MÉDICA INTENSIVA – AMI/UTI, ESTÃO EXPOSTOS NO HOSPITAL JOÃO PAULO II – AMI/HIJPII

THE MAIN ERGONOMIC RISKS THAT PROFESSIONALS WORKING IN THE INTENSIVE CARE UNIT – AMI/ICU ARE EXPOSED TO AT HOSPITAL JOÃO PAULO II – AMI/HIJPII

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10205182


¹Darciele Silva de Almeida
²Juliana Zoppi Panetto
³Leila Fátima Schefer Meier
4Marciana Segura Froio


RESUMO

O objetivo deste estudo consiste em identificar os principais fatores de risco ergonômicos a que os profissionais intensivistas estão expostos na Unidade de Assistência Médica Intensiva – AMI/UTI, do Hospital João Paulo II, localizado em Porto Velho – Rondônia. Assim, investigou-se : a carga horária concretizada pelos servidores intensivistas, como eles percebem os equipamentos e o ambiente de trabalho, se conhecem os riscos ergonômicos do âmbito de atuação, os esforços físicos que realizam durante suas atividades laborais e se utilizam a postura corporal para prevenir lesões musculoesqueléticas. Para alcançar tais finalidades , realizou-se uma pesquisa longitudinal retrospectiva, com abordagem quali-quantitativa descritiva, com 45 profissionais assistenciais que atuam no referido local. O instrumento para coletar dados foi um formulário estruturado com perguntas abertas e fechadas. Os dados foram separados, quantificados e analisados por categorias descritivas. Os objetivos propostos foram alcançados, revelando situações complexas no setor analisado do referido hospital, que repercutem em seu funcionamento de uma forma geral e afeta o trabalho e a saúde dos profissionais que ali atuam. Portanto, destaca-se as necessidades de mudanças, sobretudo, organizacionais e a criação de políticas públicas em saúde realmente efetivas, visto que trata- se de uma realidade que atinge não apenas a capital do Estado de Rondônia, mas também diferentes regiões do Brasil.

Palavras-chave: Trabalho; Unidade de Terapia Intensiva; Riscos Ergonômicos.

ABSTRACT

The objective of this study is to identify the main ergonomic risk factors to which intensive care professionals are exposed in the Intensive Care Unit – AMI/ICU, at Hospital João Paulo II, located in Porto Velho – Rondônia. Thus, it was investigated: the workload exerted by the intensive care workers, how they perceive the equipment and the work environment, if they know the ergonomic risks in the scope of work, the physical efforts they perform during their work activities and if they use the posture body to prevent musculoskeletal injuries. To achieve these purposes, a retrospective longitudinal research was carried out, with a qualitative and quantitative descriptive approach, with 45 health professionals who work in that location. The data collection instrument was a structured form with open and closed questions. Data were separated, quantified and analyzed by descriptive categories. The proposed objectives were achieved, revealing complex situations in the analyzed sector of the referred hospital, which affect its functioning in general and affect the work and health of the professionals who work there. Therefore, the need for changes is highlighted, above all, organizational changes and the creation of really effective public health policies, since this is a reality that affects not only the capital of the state of Rondônia, but also several regions of Brazil.

Keywords: Work; Intensive Care Unit; Ergonomic Hazards.

1  INTRODUÇÃO

O trabalho é a função vital do indivíduo, pois além de proporcionar sua subsistência contribui para a sua saúde física e mental. Entretanto, existem organizações trabalhistas atravessadas por fatores de riscos e, portanto, podem adoecer os trabalhadores. Dentre os riscos ocupacionais que atingem diferentes profissionais, encontra-se o risco ergonômico, entendido como qualquer evento que ocasione disfunções psicológicas e fisiológicas ao trabalhador, que poderão desenvolver diferentes doenças (Andrade; Santos; Torres, 2018).

No que concerne aos hospitais, estes são ambientes trabalhistas caracterizados por riscos ocupacionais, oriundos de fatores químicos, mecânicos, físicos, biológicos, psicossociais, ergonômicos, dentre outros. Desta forma, os atuantes hospitalares são suscetíveis e esses riscos que afetam a saúde deles, podendo assim interferir negativamente no serviço prestado a pacientes acamados, no sentido de mobilização durante a realização da higiene, levantamento ou transferência desses pacientes (Loro; Bittencourt; Zeitoune, 2017).

A Unidade de Terapia Intensiva – UTI é considerada o setor mais tenso , traumatizante e agressivo do ambiente hospitalar, em decorrência da intensa rotina de trabalho e dos riscos à saúde dos indivíduos que nela trabalham, como: contágio, exposição à radiação, acidentes com perfurocortantes, situações de crises frequentes, ruídos intermitentes de monitores, bombas de aspiração, respiradores e circulação de grande número de profissionais, que envolvem a equipe intensivista. Tais riscos configuram este ambiente de trabalho como propício ao desenvolvimento de doenças e, deste modo , um lócus de riscos ergonômicos (Rodrigues, 2012).

Portanto, o presente estudo surgiu do questionamento sobre quais seriam os principais fatores de risco ergonômicos a que os profissionais intensivistas atuantes em uma Unidade de Assistência Médica Intensiva – AMI/UTI de um hospital público na capital do estado de Rondônia, estão sujeitos.

Assim, objetivou-se identificar os principais fatores de risco ergonômicos a que os intensivistas da Unidade de Assistência Médica Intensiva AMI/UTI localizada no Hospital João Paulo II, em Porto Velho/RO, estão expostos.

Antes, porém, serão apresentados breves conceitos e elementos sobre ergonomia. Ainda sobre o surgimento das Unidades de Terapia Intensiva em nosso país e algumas considerações sobre este setores hospitalares, a fim de melhor contextualizar o presente estudo.

1.1  ERGONOMIA: ALGUMAS DEFINIÇÕES E OBJETIVOS

Em linhas gerais, a ergonomia pode ser definida como um conjunto de ciência e tecnologias que buscam adaptar as condições de trabalho e atividades exercidas às características de ser humano, ou seja, projetar postos de trabalho, métodos, máquinas e ferramentas adaptados às dimensões e necessidades humanas, promover ajustamentos entre pessoas e objetos por elas utilizados e o seu meio  ambiente (Pereira; Pereira, 2021).

A ergonomia ou engenharia humana é definida pela Organização Internacional do Trabalho – OIT (2018) como uma ciência relativamente nova constituída pela aplicação das ciências biológicas e humanas junto aos recursos e técnicas de engenharia, objetivando a adequação do ambiente trabalhista. Assim, enquanto ciência é voltada ao estudo da relação entre trabalhador e ambiente de trabalho , a fim de que o trabalhador sinta-se bem no referido ambiente e desenvolva suas atividades de maneira confortável e eficiente.

No ano de 1978, foi elaborada no Brasil a Norma Regulamentadora 17 (NR-17), que trata da ergonomia no ambiente de trabalho, definindo critérios a fim de oportunizar a adaptação das condições trabalhistas aos aspectos psicofisiológicos dos funcionários e possibilitar-lhes o máximo de conforto, segurança e desempenho de formas eficientes (Brasil, 2022).

1.2        SURGIMENTO DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NO BRASIL E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTES SETORES

As Unidades de Terapia Intensiva (UTI`s) começaram a surgir em nosso país por volta da década de 1970, sendo propagadas rapidamente. Essas unidades proporcionam assistência intensiva aos pacientes, cujos quadros clínicos requerem observação ininterrupta, devido ao estado crítico de doença ou por estarem hemodinamicamente instáveis. Portanto, para que esses enfermos recebam os cuidados apropriados, a UTI deve contar com recursos humanos, materiais adequados, tecnologia avançada, dentre outras condições (Souza et.al. 2018).

O fato das Unidades de Terapia Intensiva corresponderem a setores hospitalares destinados a pacientes com quadros clínicos graves ou com elevados riscos de óbitos, faz com que essas unidades necessitem de assistência específica e qualificada de médicos e outros profissionais de saúde e de aparelhamentos tecnológicos apropriados, a fim de que a observação e a monitoração desses pacientes aconteçam constantemente e de forma adequada (Holanda Júnior; Alencar ;  Nobre, 2018).

Entretanto, sobretudo nas últimas décadas, trabalhadores que prestam serviços às Unidades de Terapias Intensivas, vem apresentando sinais de saúde deteriorada, pois as UTI`s são ambientes hospitalares de altos riscos, dentre os quais se destacam os riscos ocupacionais, físicos, químicos, biológicos e ergonômicos (Neves et al., 2018).

3  MATERIAIS E MÉTODOS

Realizou-se uma pesquisa longitudinal retrospectiva, de abordagem quali- quantitativa descritiva, com base em dados obtidos por meio de formulários sobre o trabalho e os riscos ergonômicos, preenchidos por 45 profissionais assistenciais, que aceitaram participar desta pesquisa de forma voluntária, sendo eles: sete médicos (as); 10 enfermeiros (as) e 28 técnicos (as) de enfermagem, atuantes em um setor com 10 leitos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital João Paulo II, na cidade de Porto Velho-RO.

O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Faculdade Metropolitana de Porto Velho-RO, que obedece a Resolução n° 466/12 de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde, a qual preconiza o respeito à dignidade humana, exigindo assim que toda e qualquer pesquisa envolvendo seres humanos, seja elaborada com Consentimento Livre e Esclarecido deles. Portanto, todos os participantes têm idades superiores a 21 anos, leram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.

No que concerne ao tipo de pesquisa conforme a classificação, insta esclarecer que optou-se por realizar uma pesquisa longitudinal retrospectiva com abordagem quali- quantitativa, pelo fato da temporalidade longitudinal retrospectiva, permitir explorar fatos ocorridos entre determinado tempo passado até a época da coleta de dados (Marconi; Lakatos, 2005). Já o enfoque qualitativo em pesquisas é voltado ao entendimento aprofundado das ações e relações humanas. Ao passo que a abordagem quantitativa permite abranger o número de variações de determinado fenômeno (Gil, 2002).

Considerou-se ainda o fato de dados qualitativos e quantitativos não serem antagônicos, pois ao invés disso, eles se complementam enriquecendo as investigações (Minayo, 2001).

Os dados foram coletados por meio de 45 formulários estruturados com perguntas abertas e fechadas, elaborados pelas pesquisadoras. Foram incluídos médicos (as), enfermeiros (as) e técnicos (as) de enfermagem, atuantes em um setor com 10 leitos de UTI, que aceitaram contribuir voluntariamente para este estudo. Não incluiu-se profissionais pertencentes a outras categorias que atuam no mesmo setor deste hospital; Trabalhadores que atuam em outros setores e ainda funcionários do mesmo setor que não aceitaram participar da pesquisa de modo voluntário. Após a coleta, os dados foram separados, quantificados e analisados por categorias descritivas (Gil, 2002).

4    RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos 45 profissionais que participaram deste estudo, 37 são mulheres. Assim, 82% da amostragem é composta pelo gênero feminino. Ao passo que 18% corresponde ao gênero masculino, formado por oito homens.

Considerando as categorias profissionais já apresentadas, observa-se que sendo 10 Enfermeiros (as), sete Médicos (as), e 28 Técnicos (as) de enfermagem. Estes últimos representam 62,22 % dos participantes.

No que tange ao tempo de trabalho na UTI, 14 profissionais afirmaram que lá trabalham no período de tempo correspondente entre 0 a 03 anos, 19 trabalham entre quatro e sete anos, sete intensivistas trabalham entre 08 e 11 anos, e cinco atuam no local há mais de 12 anos.

Quanto ao número de empregos, 10 profissionais relataram possuir um emprego, 28 ter dois empregos, seis possuírem três empregos, e um deles revelou ter quatro empregos. Nota- se que apenas 22,22% dos pesquisados trabalham em um único emprego. Ao passo que 62,22% atuam em dois empregos e 13,33% em três ocupações. Havendo um intensivista que atua em quatro. Assim, 77,78% dos participantes têm ao menos dois empregos e/ou mais.

Sendo assim, a seguir, encontra-se a primeira categoria composta pelas condições de trabalho na UTI em que os  participantes atuam.

4.1  CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS TRABALHADORES INTENSIVISTAS

Nesta categoria serão abordados temas como: As cargas horárias efetivadas pelos participantes desta pesquisa; A percepção deles sobre o ambiente físico, os equipamentos e os riscos ergonômicos do setor hospitalar em que atuam; E seus pontos de vista sobre suas posturas corporais no trabalho, bem como se realizam esforços ao exercerem suas atividades laborativas.

Em se tratando das cargas horárias concretizadas pelos participantes, os dados revelam que 22 profissionais (o equivalente a 48,9% do grupo pesquisado) trabalham mais de 40 horas por semana. Sendo que 17 destes (37,78%) trabalham mais de 72 horas semanalmente. Assim, o gráfico a seguir, ilustra esses dados.

GRÁFICO 1- CARGAS HORÁRIAS DESEMPENHADAS PELOS PARTICIPANTES

Gráfico elaborado pelos autoras

O gráfico acima, demonstra as diferentes cargas horárias de todos os intensivistas e expressa a sobrecarga de trabalho, pois 37,78% deles trabalham mais de 70 horas por semana, havendo um dentre eles que trabalha 150 horas. Vale lembrar que, essas jornadas de trabalho não são todas concretizadas na UTI, uma vez que este estudo também revela que 77,78% dos participantes atuam em mais de um emprego. Todavia, trata-se de jornadas laborais extensas e desgastantes.

Sobre jornadas extensas de trabalho realizadas por intensivistas, Neves et al. (2018), explicam que elas podem ser estressantes para todos os profissionais, e isto se agrava para aqueles que trabalham no período noturno, pois geralmente cargas horárias elevadas podem resultar em cansaço e fadiga física e psíquica.

Nesse seguimento, Angeli, Neto e Cunha (2020) elucidam que dentre os fatores dos riscos ergonômicos em UTI`s, encontram-se as jornadas de trabalho extensas, o controle acirrado de produtividade, as atividades laborais em ritmos excessivos, o trabalho no período noturno e outras situações que ocasionam estresse físico e/ou psicológico, dentre demais implicações à saúde daqueles que prestam serviços à saúde pública emergencial.

Holanda Júnior, Alencar e Nobre (2018) afirmam que o excesso de horas consecutivamente trabalhadas por intensivistas, resulta em deteriorações físicas e mentais que atingem esses profissionais, sobretudo da saúde pública, pois eles executam muitos plantões devido ao pouco valor recebido por essa prestação de serviços. E o fato de trabalhar muito junto aos baixos salários são fatores que causam danos à saúde psicofísica destes trabalhadores.

Como já sinalizado, quase metade dos trabalhadores intensivistas participantes desta pesquisa trabalham mais de 40 horas por semana. E a literatura aponta os riscos desta realidade.

Portanto tem-se que, esses profissionais enfrentam dificuldades que podem resultar-lhes em consequências negativas, tais como sobrecarga, estresse e vários problemas de ordem física e mental. Assim, buscou-se compreender também se o ambiente físico e os equipamentos da UTI em que atuam, são adequados para evitar riscos ergonômicos. E as respostas às essas questões, são apresentadas e discutidas a seguir.

GRÁFICO 2- PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS INTENSIVISTAS SOBRE O AMBIENTE FÍSICO , OS EQUIPAMENTOS E OS RISCOS ERGONÔMICOS DA UTI

Gráfico elaborado pelos autoras

42 profissionais, isto é 93, 4% dos investigados afirmaram que o ambiente físico e os equipamentos na UTI não são adequados para evitar riscos ergonômicos. Assim, apenas três deles, o equivalente a 6,6% dos participantes relataram que o referido local de trabalho não oferece tais riscos. Dessa forma, entende-se que a grande maioria dos intensivistas que participaram deste estudo, atua em meio às condições inadequadas de trabalho, as quais, consequentemente oferecem riscos.

Destaca-se o alto percentual de percepções sobre a inadequação do ambiente físico e os equipamentos da UTI . E ressalta-se que ambientes de trabalho, tal como o descrito pelos participantes desta pesquisa, são inapropriados para que as atividades laborais sejam concretizadas com segurança.

Neste sentido, Portela et al. (2021, p. 07), asseguram que os riscos ergonômicos em Unidades de Terapia Intensivas, estão relacionados tanto ao ambiente como aos equipamentos a que os profissionais estão sujeitos. Havendo assim, UTI`s, nas quais “o ambiente constitui incompatibilidade com os resultados de ordem físico-ambiental, apresentando falhas de concepção organizacional, iluminação, temperatura, e ruídos, tornando o ambiente desconfortável, gerando a insatisfação dos funcionários desse setor”.

Ademais, UTI`s com problemas de estrutura, constituem riscos a pacientes que encontram-se em estados clínicos altamente delicados. Nesse sentido, Holanda júnior, Alencar e Nobre (2018) apontam que os pacientes também são afetados negativamente quando a UTI é inadequada, pois elas consistem em setores hospitalares destinados ao atendimento de pessoas em estados graves e com riscos de mortes, e, portanto, além da necessidade de assistência específica e qualificada de médicos e outros profissionais de saúde, deve conter aparelhamentos tecnológicos apropriados, a fim de preservar vidas e restaurar a saúde de indivíduos que necessitam de assistências nestes setores.

Logo, compreende-se a gravidade de Unidades de Terapias Intensivas que apresentam riscos ergonômicos pela inadequação, pois elas representam riscos para os servidores que ali atuam e para pacientes em estado crítico. Quando deveria ser um local totalmente seguro, com equipamentos e condições para que os intensivistas desenvolvessem seu trabalho com excelência, dada a condição delicada de seres humanos gravemente doentes internados nestes setores.

Retomando os dados ilustrados no gráfico 2, tem-se que 93,4 % dos participantes afirmaram perceber riscos ergonômicos; E apenas 6,6% declararam não percebê-los. Assim, no gráfico 3, a seguir, estão os riscos ergonômicos apontados pelos participantes.

GRÁFICO 3 – RISCOS ERGONÔMICOS ELENCADOS

Gráfico elaborado pelos autoras.

Ao observar os riscos ergonômicos listados pelos profissionais intensivistas, entende-se a relação entre eles, o ambiente e os equipamentos de trabalho, isto é, estão relacionados às condições de trabalho. Havendo a necessidade de mudanças nesta Unidade de Terapia Intensiva.

Acerca dos riscos de lesão, Portela et al. (2021), explicam que podem ocorrer lesões em profissionais atuantes em UTI`s, face a inadequação ergonômica deste setor, nos casos que apresentam problemas físicos e ambientais, e , consequentemente, riscos ergonômicos, desconfortos e sofrimentos aos trabalhadores intensivistas e aos enfermos internados nestes setores hospitalares.

No que concerne ao levantamento de peso, que requer esforço corporal, às tarefas repetitivas, dentre outros riscos que a presente pesquisa trouxe à luz, a literatura corrobora que os riscos ergonômicos na UTI estão   associados ao esforço corporal intenso, ao levantamento e a condução manual de peso, a determinação das atividades de trabalho em ritmos exagerados, às tarefas repetitivas, à postura inadequada durante as atividades, dentre outras implicações à saúde dos intensivistas (Angeli;  Neto;  Cunha, 2020).

Silvèrio e Moraes (2020) explicam que riscos ergonômicos se apresentam em locais de trabalho que não possuem condições adequadas para o desenvolvimento de atividades laborais. Em se tratando das Unidades de Terapias Intensivas de hospitais na esfera pública, esses riscos se associam ao empenho físico para o manejo de pacientes, dentre outras circunstâncias. Cabe pontuar que, uma parte considerável dos hospitais públicos não dispõe de estrutura apropriada para o bom desenvolvimento das atividades laborais.

Conforme o Ministério da Saúde, os riscos ergonômicos são constituídos por ações desenvolvidas em alguns setores trabalhistas como: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetição de tarefas, postura física inadequada do trabalhador enquanto atua, dentre outras ações (Brasil, 2020).

Considerando os riscos ergonômicos, nos quais se inclui a postura inadequada, este estudo ocupou-se de investigar também sobre a condição postural dos participantes, durante o trabalho na UTI. Dessa forma, o quarto gráfico, abaixo, demonstra elementos sobre a postura dos profissionais no decorrer das atividades laborais enquanto intensivistas.

Ao observar o gráfico 4, nota-se que 32 participantes, isto é, 71,11% dos pesquisados afirmaram que exercem suas atividades com postura inapropriada para prevenir lesões. Destaca- se novamente o alto percentual desses trabalhadores que sofrem em decorrência de condições que lhes oferecem riscos.

Nesse sentido, Silvério e Moraes (2020) garantem que dentre os riscos ergonômicos, encontram-se a postura corporal inadequada dos profissionais e os erros de percepção quanto a rotinas e serviços.

A postura inadequada dos intensivistas, também foi sinalizada por Angeli, Neto e Cunha (2020) ao afirmarem que as condições de trabalho em UTI`s, geralmente demanda que trabalhadores atuantes nesses ambientes, não mantenham a adequação postural e, assim, fiquem sujeitos a lesões musculoesqueléticas, osteomusculares, dentre outros danos à saúde.

Considerando que a inadequação da postura já é por si só, um sério problema aos trabalhadores em UTI`s, bem como que esta condição se mostrou elevada nesta investigação, a seguir tem-se os esforços relatados pelos participantes, durante as atividades intensivas.

GRÁFICO 5 – ESFORÇOS AO EXERCER ATIVIDADES NA UTI

Gráfico elaborado pelas autoras

Compete sinalizar que, dentre os esforços elencados acima, aqueles condizentes à reanimação cardiorrespiratória, foram apontados exclusivamente por médicos, os quais também afirmaram esforçarem-se em todas as outras atividades elencadas pelos outros profissionais.

Holanda Júnior, Alencar e Nobre (2018), destacam que médicos intensivistas acabam por exercer esforços físicos, pois lidam constantemente com a cobrança para manterem determinado ritmo de atendimento e alcançarem as metas estabelecidas pelos hospitais públicos. Os quais, geralmente, não possuem infraestrutura suficiente para as demandas apresentadas nas UTI`s, tornando, portanto, esses espaços desconfortáveis e propícios à preocupação, à tensão, ao medo e ao estresse que caracterizam os agravos ergonômicos. Ressalta-se desta forma, os danos psicofísicos que eles acabam sofrendo.

o fato da UTI ser insalubre e marcada pela rotina de situações emergenciais junto à concentração de pacientes críticos, constitui fatores que podem tornar o trabalho estressante, agressivo e comprometedor para a saúde psicofísica da equipe multiprofissional, caracterizando ainda mais os riscos ergonômicos. Portanto, as UTI`s, são consideradas ambientes de trabalho de alta complexidade (Rodrigues, 2012).

Em contextos desta natureza, Medeiros et.al. (2017), apontam     que o trabalho dos profissionais de saúde, particularmente aqueles que atuam na enfermagem, exige uma maior tenacidade e envolvimento, visto que essa categoria toma como ofício a prática do cuidado frente à situações adversas que envolvem sofrimento, morte e luto. Sendo o adoecimento em função das condições de trabalho que incluem os riscos ergonômicos, cada vez mais frequente.

Considerando o trabalho de toda a equipe emergencial, apresenta-se o texto de Oliveira et al. (2019), no qual os autores explicam que Unidades de Terapias Intensivas, necessitam de estrutura hospitalar que emprega recursos materiais e humanos, como alta tecnologia e equipe multiprofissional em cuidados intensivos, para o atendimento de pacientes graves, cujas chances de sobrevivência se encontram no limite. Trata-se de um ambiente deletério em função de ocorrências emergenciais que acabam comprometendo a saúde das equipes intensivistas, as quais ainda lidam com as possibilidades de acidentes, devido aos riscos presentes nesses locais.

Apesar da gravidade desse problema de saúde pública, destina-se pouca atenção aos riscos de acidente de trabalho, às doenças ocupacionais e a notificação de acidentes abrangendo os profissionais que prestam serviços à UTI, apesar da obrigatoriedade quanto à emissão e comunicação desses acidentes. Isso porque, na prática ocorre apenas subnotificações dos incidentes trabalhistas por parte de quem os sofreu, pois as lesões são por muitas vezes ignoradas, devido à falta de conhecimento sobre a importância de se emitir documentos a esse respeito (Teixeira, 2021).

A presente categoria ocupou-se de apresentar e analisar as condições de trabalho dos profissionais intensivistas que trabalham no hospital João Paulo II e aceitaram contribuir voluntariamente para este estudo.

Assim verificou-se que, quase metade da amostragem realiza cargas horárias semanais superiores a 40 horas, dentre os quais 12 trabalham 80 horas, sendo que essa quantidade de horas foi a prevalente , neste grupo, cujo ponto culminante condiz com 150 horas trabalhadas por semana.

Ainda que para 93,4% dos trabalhadores avaliados, o espaço físico da UTI e os equipamentos não são adequados para prevenir riscos ergonômicos, assim eles percebem tais riscos. A maioria dos pesquisados relatou os esforços físicos realizados por eles durante as atividades laborais, e mais de 70% deles asseguraram permanecer com a postura inadequada no trabalho, em se tratando de prevenir lesões.

Como já demonstrado, os profissionais técnicos de enfermagem representam 62,22% dos participantes. Ao passo que os enfermeiros representam 22,22%. De tal modo, demonstrou- se que, esses trabalhadores acabam sofrendo os maiores desgastes em razão do trabalho em UTI`s. Porém, nota-se também que médicos sofrem em razão das condições de trabalho inadequadas. confia-se ainda que outros prestadores de serviços à saúde pública padecem, em razão dos problemas que ela enfrenta em nosso país, os quais repercutem negativamente nos locais de trabalho , e, por conseguinte, na vida e saúde dos servidores que atuam no Sistema Único de Saúde – SUS.

Há que se lembrar que, para a concretização do atendimento adequado efetivado pelos diferentes profissionais intensivistas, são necessárias todas as ferramentas apropriadas para o desempenho das funções deles. Isto inclui condições de trabalho propícias, sobretudo, em Unidades de Terapias Intensivas, nas quais há grandes riscos de mortes de pacientes.

Neste estudo, porém, destacam-se os trabalhadores intensivistas que atravessam uma realidade trabalhista diferente daquela propícia ao desenvolvimento de suas funções, com excelência. Sendo a exposição aos riscos ergonômicos um fato, dentre outras dificuldades enfrentadas por eles.

Considerando as implicações negativas de se atuar em UTI`s que apresentam problemas físicos e ambientais , a segunda e última categoria deste trabalho apresenta a percepção dos profissionais/participantes acerca das consequências devido às condições de trabalho neste setor hospitalar.

4.2   CONSEQUÊNCIAS EM RAZÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO A QUE OS INTENSIVISTAS SÃO EXPOSTOS.

Como já anunciado, nesta categoria apresenta-se e discute-se as percepções dos trabalhadores, que atuam na UTI avaliada por meio das informações deles, neste estudo, sobre as consequências em razão de suas atividades laborativas enquanto intensivistas.

GRÁFICO 6 – PERCEPÇÃO DE PREJUÍZOS DEVIDO AO TRABALHO NA UTI

Gráfico elaborado pelas autoras

O gráfico revela que 30 participantes, isto é, 66,67% dos profissionais de saúde disseram ter sofrido danos enquanto exerciam atividades na UTI. Ao passo que 15 deles , isto é 33,33%, disseram não tê-los sofrido.

Considerando que a maior parte dos intensivistas, declararam sentirem-se prejudicados ao exercerem suas funções na UTI, a seguir encontram-se os danos elencados por eles.

GRÁFICO 7 – DANOS SOFRIDOS AO EXERCER ATIVIDADES NA UTI

Gráfico elaborado pelas autoras

Levando em conta, os prejuízos apontados pelos profissionais intensivistas que contribuíram para esta pesquisa, distingue-se que, médicos apontaram problemas por ficarem muito tempo em pé realizando procedimentos, e dificuldades devido a falta de treinamento e agilidade. Ao passo que enfermeiros e técnicos de enfermagem relataram dores por todo o corpo, especificando determinadas regiões, lesão nas articulações e agressões de pacientes.

No que tange aos danos sofridos pelo fato de ficar muito tempo em pé ao realizar procedimentos, Neves et al. (2018, p. 10) explica que profissionais intensivistas passam a maior parte do tempo em que trabalham em pé, seja ao sedar pacientes, ou ainda pelos desajustes nas macas, dentre outras condições que tornam o trabalho deles, complexo.

Quanto à falta de treinamento que envolve problemas na agilidade, Oliveira et al. (2019), pontuam que a falta de aperfeiçoamento profissional dos intensivistas é um fato, e acontece porque, geralmente, os responsáveis pelos hospitais públicos, sobretudo, os encarregados pelo setores de UTI`s, não se preocupam quanto ao pouco treinamento dos intensivistas, pois comumente, não oferecem a eles oportunidades de aprimoramento.

Entretanto, Cavalcante (2019) afirma que sendo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) uma área complexa, em razão dos quadros clínicos dos pacientes que nela encontram-se internados, trata-se de um setor que requer o atendimento contínuo de profissionais da saúde, altamente preparados, assim como condições de trabalho adequadas a estes profissionais.

Analisa-se desta forma que as duas questões acima, constituem sérios problemas não apenas ao setor UTI, mas aos hospitais em geral, principalmente, aqueles da saúde pública, pois todas as funções requerem aperfeiçoamento, sobretudo, aquelas voltadas a salvar vidas. Além de condições não desgastantes  aos profissionais.

Em se tratando das queixas apontadas por enfermeiros e técnicos de enfermagem, tem- se as dores em diferentes áreas do corpo apontadas por estes profissionais, sobressaindo – se as dores nas costas e pernas, ainda dores na coluna. Bem como, lesões sofridas. A esse respeito, Chaves (2018), discorre que a atividade de manejar decúbitos e realizar os deslocamentos de pacientes constituem ameaças de lesão osteomuscular em enfermeiros e técnicos de enfermagem, sendo corroborada pelos problemas ergonômicos.

Neste seguimento, Neves et al. (2018) destacam que os profissionais da enfermagem, principalmente os técnicos desta área, são os mais atingidos pelos riscos ergonômicos, pois estão sujeitos a lesões musculoesqueléticas, dores em diferentes partes do corpo, problemas na coluna, fadiga e tensão, dentre outras condições, cinco vezes mais, quando comparados aos outros profissionais de saúde. Esses sintomas são decorrentes de atividades que lhes são conferidas e demandam atenção durante sua execução, como a higienização dos pacientes e suas mudanças de decúbito e de uma maca para outra, nos casos de saída do paciente por alta hospitalar ou para realizar exames.

Ambas as atividades requerem que esses trabalhadores se posicionem corretamente, o que nem sempre acontece. Assim, a postura inadequada prejudica sua musculatura e suas articulações devido às sobrecargas atribuídas pelo movimento que realizam ( Neves et al., 2018).

Embora a maioria dos participantes deste trabalho sejam técnicos de enfermagem, há que ser levado em conta também os desafios e sofrimentos dos enfermeiros e médicos que colaboraram para sua construção. Advertindo a necessidade de mudanças a fim de que diferentes profissionais da saúde possam desenvolver seu trabalho com dignidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Objetivando descobrir os principais fatores de risco ergonômicos a que os profissionais intensivistas estão expostos na Unidade de Assistência Médica Intensiva AMI/UTI, do Hospital João Paulo II, localizado na cidade de Porto Velho, no estado de Rondônia, realizou-se uma pesquisa longitudinal retrospectiva, do tipo quali-quantitativa, na qual distribui-se 45 formulários individuais a trabalhadores deste hospital atuantes em um setor de UTI com dez leitos.

Os dados foram quantificados, sistematizados e analisados à luz da teoria, formando duas categorias descritivas. A análise permitiu o entendimento que há sérios problemas de diferentes ordens na UTI em que os profissionais da saúde que contribuíram para este estudo trabalham. Isto, é altamente preocupante, visto que como já demonstrado as Unidades de Terapias Intensivas, requerem excelência nos atendimentos face aos quadros clínicos de pacientes que nelas se encontram.

Trata-se de um cenário assustador da saúde pública, pois embora ela seja atravessada por inúmeros problemas de diversas ordens, espera-se que UTI`s sejam locais seguros, principalmente em razão da importância destes setores, quando do salvamento de vidas, recuperação e todas as funções imcubidas a esta parte hospitalar, e, igualmente, acredita-se que as condições de trabalho adequadas são essenciais à segurança, saúde e ao desempenho apropriado da equipe intensivista.

Logo, este estudo desvelou uma realidade inquietante que carece de mudanças urgentes, as quais serão possíveis através de maiores investimentos na saúde pública. Portanto, este estudo possui alta relevância, pois espera-se que a divulgação da realidade aqui exposta, possa servir a outros pesquisadores e à população em geral . Confia-se ainda que as autoridades responsáveis ajam ante este triste e preocupante quadro que afeta negativamente os profissionais intensivistas e ainda mais a população que carece de atendimentos na UTI analisada.

Por fim, ressalta-se a necessidade dos postos de trabalho seguirem as orientações ditadas pela Norma Regulamentadora 17 (NR-17), acerca de questões ergonômicas obrigatórias para todos os contratos de trabalho formais. Que sejam elaboradas políticas em saúde pública, considerando a necessidade de ações preventivas que evitem a exposição de trabalhadores intensivistas aos riscos ergonômicos. E que essas políticas sejam realmente efetivas. Ainda que mais pesquisas sejam desenvolvidas  a respeito desta temática tão importante.

REFERÊNCIAS

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1 Graduanda de Medicina – Faculdade Metropolitana (UNNESA) – Porto Velho
2 Graduanda de Medicina – Faculdade Metropolitana (UNNESA) – Porto Velho
3 Graduanda de Medicina – Faculdade Metropolitana (UNNESA) – Porto Velho
4 Professora no Curso de Medicina – Faculdade Metropolitana (UNNESA) – Porto Velho.