LOGÍSTICA REVERSA E PET SHOP

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10202280


Andreza Farias Santos1
Jaciane Ferreira Brasil 2
Frankson Fernades de Sa 3
Felipe Carvalho Martins 4
Safira Cristina Souza de Queiroz Pierre 5
Vanessa de Oliveira Alves 6
Weuler Arce 7


RESUMO

Logística reversa visa direcionar embalagens que já foram usadas, para que os materiais tenham um destino além de aterros e lixões, aonde vão para mãos de cooperativas ou de projetos de reciclagem, assim evitando os impactos ambientais. É justamente o fluxo contrário da logística cujo objetivo é levar o produto ao cliente, a reversa pretende recolher do cliente final e levar ou de volta a fábrica, ou transformar em outro produto. Hoje o mercado de pet shop é o setor varejista que mais cresce, e o setor que mais devia ter olhos para área ambiental, pois o próprio mercado já visa qualidade e bem – está da vida animal. Para tanto foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica e pesquisas de campo, juntamente com pesquisas em sites a pesquisa mostra que o mercado está em constante crescimento e mudança e cada vez mais sendo cobrado para ter olhos especiais ao meio ambiente.

Palavra-chave:     Reciclagem,     Cooperativa;     Logística;     Reversa;     Pet     Shop,     Preservação, Sustentabilidade e Meio Ambiente.

1. INTRODUÇÃO

Muito hoje se discute a importância da reciclagem e visando a sustentabilidade dos recursos já empregados, mostrar como podemos com pequenas atitudes fazer muito em relação a sustentabilidade, hoje o mundo está voltado as causa ambientais e ao lixo que é produzido, e como as empresas têm um papel importante nessas causas, a Políticas nacionais de resíduos sólidos ( PNRS) que é quem tem como objetivo regulamentar a logística reversa diz que ambas as partes tem como responsabilidade no processo, e cada Estado é responsável por estar verificando o que as empresas têm feito para melhorar a logística . E hoje essa meta de reciclagem é estabelecida em 22%, algo tangível e nada impossível de ser realizado pelas empresas.

2. LOGÍSTICA REVERSA NAS EMPRESAS

A Logística Reversa é ainda, de maneira geral, uma área com baixa prioridade.Isto se reflete no pequeno número de empresas que têm gerências dedicadas ao assunto. Assim, verifica-se que as organizações estão em um estado inicial no que diz respeito ao desenvolvimento das práticas de Logística Reversa. E esta realidade está mudando as respostas às pressões externas com um maior rigor na legislação ambiental, a necessidade de reduzir custos e a necessidade de oferecer mais serviços através de políticas de devolução mais liberais. (LACERDA, 2002, p. 7).

As novas condições de sensibilidade ambiental se refletirão em novos posicionamentos estratégicos nas organizações, por instinto de conservação ou voluntarioso espírito proativo. Em ambiente de crescente percepção dos possíveis danos que produtos e processos produzem no meio ambiente, é fundamental conservar suas imagens corporativas, mesmo quando não existe perigo iminente de risco ecológico grave. (LEITE, 2003, p. 139).

A reciclagem é o canal reverso de revalorização, em que os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando- se em matérias-primas secundárias ou recicladas que serão reincorporadas à fabricação de novos produtos. Ou seja, os produtos sofrem um processo de revalorização e podem voltar ao processo produtivo da empresa para a fabricação de um novo bem. Esta é a chamada logística reversa. (CAIXETA FILHO; MARTINS, 2001).

Empresas modernas utilizam a logística reversa de pós-venda, diretamente ou por meios de terceirizações com empresas especializadas, com diferentes objetivos estratégicos, como o aumento da competitividade no mercado pela diferenciação de serviços, a recuperação de valor econômico dos produtos, a obediência à legislação,garantindo imagem corporativa. (LEITE, 2003, p. 207).

A reciclagem é o canal reverso de revalorização, em que os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando- se em matérias-primas secundárias ou recicladas que serão reincorporadas à fabricação de novos produtos. Ou seja, os produtos sofrem um processo de revalorização e podem voltar ao processo produtivo da empresa para a fabricação de um novo bem. Esta é a chamada logística reversa. (CAIXETA FILHO; MARTINS, 2001).

Embalagem de contenção: embalagem em contato direto com o produto, portanto, deve haver compatibilidade entre os materiais do produto e da embalagem. É a embalagem que acomoda o produto e também a que molda o produto como se fosse um “útero”, onde, desta forma, protege o produto de impactos que possam vir a acontecer, principalmente no transporte e manuseio do produto pelas transportadoras.FONTE: Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2011

As técnicas de reciclagem secundárias apresentam uma série de problemas que podem tornar inviável o seu uso em alguns casos. Os plásticos reciclados pós- consumo geralmente apresentam grandes quantidades e variedades de contaminantes que afetam as características do produto após a reciclagem. A heterogeneidade dos materiais que são processados por reciclagem secundária, bem como a falta de espaço para disposição de materiais não-biodegradáveis, se constituiem problemas que ainda não foram resolvidos. (FORLIN; FARIA, 2002).

A reutilização pode ser considerada uma espécie de redução na fonte, o produto e o componente é utilizado da mesma forma original, sem remanufatura, por diversas vezes. Um exemplo característico é a utilização de embalagens retornáveis, como a garrafa de vidro, que após o retorno é apenas lavada e reutilizada. (SIMÕES,2002, p. 50).

O objetivo do ciclo de vida do produto é reduzir a carga ambiental associada ao mesmo, ou seja, o objetivo é criar uma ideia sistêmica de produto em que os inputs de materiais e de energia, bem como o impacto de todas as emissões e refugos, sejam reduzidos ao mínimo possível, seja em termos quantitativos ou qualitativos, ponderando assim a nocividade de seus efeitos. (MANZINI; VEZZOLI, 2002)

A logística reversa é uma área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo, ao ciclo de negócio ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando- lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.A problemática dos resíduos sólidos urbanos demanda diversas ações que visam promover atitudes e fiscalizações mais severas, incumbindo aos causadores de passivos ambientais a obrigação de reparar os problemas causados por suas atividades. Os RSS, inclusos na classificação de resíduos sólidos produzidos em ambiente urbano, podem ocasionar diversos problemas ambientais, caso sejam dispostos incorretamente. A quantidade de RSS gerados, não é tão significativa. quando comparada a dos resíduos urbanos comuns, conforme supramencionado, no entanto, o motivo de tanta preocupação, pela disposição inadequada é o potencial infectante, derivado da grande quantidade de patógenos presentes nos resíduos de Classe A (SCHNEIDER et al., 2004)

Figura 1: Infográfico – Ciclo da Logística Reversa.
Fonte – ilogpr.com.br

Ao buscar a origem do termo embalagem, verifica-se que ela está associada ao verbo embalar. O embalar, como ato de proteger e carregar, com o cuidado que se aconchega um bebê, de mostra bem as funções primárias da embalagem: proteger e transportar (FERREIRA, 2004).

As embalagens surgiram no século XIX com o inicio da Revolução Industrial, ocorrendo um aumento considerável de bens manufaturáveis, que precisavam de um acondicionamento que proporciona-se segurança no transporte e distribuição do mesmo. Mais tarde estendeu-se o intuído das embalagens, para também promover as vendas (GUADALUPE, 2000)

Com o crescimento populacional e o surgimento das megacidades surgiu com elas um novo problema, tudo que é descartado pelos processos humanos deve ter uma destinação adequada. Além das grandes quantidades de resíduos sólidos gerados no país, a sua má gestão provoca um grande gasto financeiro, danos ambientais, e riscos à saúde e o bem-estar da sociedade (PEREIRA et. al., 2012).

Para se gerenciar corretamente um determinado resíduo sólido deve-se estudar profundamente ele, obtendo-se informações sobre sua origem e seus usos durante sua vida, após pode-se decidir o destino final do mesmo. Para melhor compreensão pode-se visualizar a Figura 02 (SISTEMA FIRJAN, 2006).

Art. 2o Aplicam-se aos resíduos sólidos, além do disposto nesta Lei, nas Leis nos 11.445, de 5 de janeiro de 2007, 9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000, as normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro) (BRASIL, 2010, p. 01).

A visão sistêmica consiste em ter conhecimento de todas as variáveis que estão inter- relacionadas (ambiental, cultural, tecnológica, social, econômica e de saúde pública) para se após está visão do todo, se posa tomar decisões ou realizar interferências no sistema de forma mais acertadas ( GUIMARÃES, 2010).

O desenvolvimento sustentável é a buscar de uma relação de equilíbrio entre aplicação da tecnologia e a redução ao máximo dos impactos negativos que ela causa ao meio ambiente (DONATO, 2008).

A e coeficiência: para que a mesma exista segundo a própria PNRS, deve ter um equilíbrio entre o fornecimento e o preços de bens e serviços, que proporcionam uma qualidade de vida adequada a população, com o mínimo impacto ambiental possível, e consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada da Terra (BRASIL, 2010)

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos está detalhada ao longo da PNRS, onde fica estabelecido que todos envolvidos, (fabricante, representante, comerciante e consumidor) no ciclo de vida de qualquer produto tem algum tipo de responsabilidade na correta destinação final dos resíduos sólidos gerados por este produto (DONATO, 2008).

Art. 30. É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições e procedimentos previstos nesta Seção. Parágrafo único. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos tem por objetivo: I – compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os processos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis; II – promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia produtiva ou para outras cadeias produtivas; III – reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição os danos ambientais; IV – incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade;V – estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis; VI – propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e sustentabilidade; VII – incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental. (BRASIL, 2010)

O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania. Este princípio reforça o que alguns setores da população já estão destacando, que nem tudo que „sobra‟ não tem mais valor econômico, justamente pelo contrario, grandes empresas estão investindo no viés sustentável, utilizando matérias primas oriundas da reciclagem (LEITE, 2009).

O respeito às diversidades locais e regionais. Na elaboração que qualquer plano ou política publica ou privada, é importante a consideração da cultural local e regional, pois ela interfere no meio social de uma determinada população ou comunidade. Como exemplo se pode citar a cultura dos Centros de Tradição Gaúcha existentes no sul do país (MARCHESE, 2013).

3. COOPERATIVAS

De acordo com IBGE (2017), “O destino da crescente quantidade de lixo é um problema a ser pensado pela administração pública e sociedade como um todo […] a coleta seletiva de lixo é uma ação importante […] primeiro passo para a reciclagem do lixo não orgânico”. (IBGE,2017).

Os catadores de material reciclável desempenham um papel significativo nos países em desenvolvimento. Dentre os benefícios que resultam da coleta de material reciclável, além da geração de renda para os trabalhadores envolvidos, pode-se citar: a contribuição à saúde pública e ao sistema de saneamento; o fornecimento de material reciclável de baixo custo à indústria; a redução nos gastos municipais e a contribuição à sustentabilidade do meio ambiente, tanto pela diminuição de matéria-prima primária utilizada, que conserva recursos e energia, como pela diminuição da necessidade de terrenos a serem utilizados como lixões e aterros sanitários. (Wiego apud Paula, Pinto e Souza, 2010, p. 1)

Os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostras em Domicílio), em 2015, apontam que “a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas” (IBGE, 2017). Segundo ALMEIDA e AMARAL (2006), “no Brasil, milhões de pessoas vivem em grandes centros urbanos, cuja capacidade de prover os seus habitantes de soluções para a redução de lixo não ocorre na mesma proporção em que esta massa humana cresce”. (p.1)

Nos dias atuais, com a maioria das pessoas vivendo nas cidades e com o avanço mundial da indústria provocando mudanças nos hábitos de consumo da população, vem-se gerando um lixo diferente em quantidade e diversidade. Até mesmo nas zonas rurais encontram-se frascos e sacos plásticos acumulando-se devido formas inadequadas de eliminação. (IPT/CEMPRE, 1995).

3.1. A IMPORTÂNCIA DAS COOPERATIVAS DE RECICLAGEM

Segundo Besen (2011, p. 20), “é necessário que haja a mudança de hábitos de produção e consumo para a redução dos resíduos sólidos, desta forma, é importante a implantação de um sistema de gerenciamento integrado, que seja sustentável economicamente, socialmente justo e ambientalmente eficiente”

O aumento do lixo urbano e sua destinação é uma preocupação crescente na sociedade. Essa preocupação, aliada ao crescimento das consequências do impacto ambiental do lixo, tem estimulado o poder público e a sociedade a buscarem alternativas para a redução dos danos causados ao meio ambiente pela inadequada disposição do lixo urbano. Nesse sentido, verifica-se o desenvolvimento de programas e políticas públicas e de ações de organizações não governamentais, relacionados, principalmente, à coleta, separação e reciclagem desses resíduos. (BOLZAN et al., 2010, p. 38).

Por meio da coleta seletiva de materiais recicláveis como plástico, alumínio, papel, vidro e entre outros, as cooperativas conseguem minimizar os impactos ambientais. Besen (2011, p. 21) destaca que “a coleta seletiva promove a redução do uso de recursos naturais, água e insumos; favorece na economia de energia e na diminuição da emissão de gases do efeito estufa”. Ressalta também a inclusão social,com a geração de emprego e renda.

Para Esteves (2015, p. 90), “o catador vai contra a lógica predominante na sociedade, de que o que é descartado, aquilo que é rejeitado e tem que ser jogado fora, para ele representa algo que ainda pode ser aproveitado, seu meio de vida”.

De acordo com Saraiva de Souza, Bastos de Paula e Souza-Pinto (2012), “é importante que a organização desse sistema seja integrada com o poder público, para que sejam criadas políticas sociais e de saúde específica, para que possua a profissionalização e expansão dessas atividades, assim como parcerias com empresas a fim de obter maior desenvolvimento dessas associações”.

Os integrantes da cadeia de reciclagem no Brasil são os catadores, os sucateiros e as indústrias. Os catadores, apesar da relevância do seu trabalho para os municípios, trazendo benefícios sociais, econômicos e ambientais por meio da agregação de valor aos materiais recicláveis recolhidos, são pouco valorizados e são os que menos se beneficiam dessa atividade. As indústrias compram normalmente materiais de sucateiros, que possuem infraestrutura e equipamentos adequados para fornecer grandes quantidades e qualidade, diferentemente dos catadores, que se encontram dispersos, sem as condições necessárias para negociar diretamente com a indústria (AQUINO, CASTILHO,PIRES, 2009).

3.2. COLETA SELETIVA

Segundo Zaneti et al. (2006), os resíduos não representam apenas um dividendo ambiental, mas, sobretudo, uma alternativa para alguns excluídos, que enxergam no lixo a única saída para situação de miséria em que vivem. O terceiro setor, a partir do trabalho das cooperativas, resgata de pessoas que trabalhavam em lixões e possibilitam a inserção social e a melhoria da qualidade vida dos catadores, possibilitando, portanto, uma organização no trabalho que, além de melhorar as condições dos catadores, contribuem para o desenvolvimento sustentável.

Somados os percentuais de papel/papelão, plástico, vidro, alumínio e material ferroso, o total de 34% oferece o primeiro indício do potencial econômico da reciclagem no país. De fato, a literatura econômica recente vem demonstrando a viabilidade da atividade. Por exemplo, Calderoni (1997) estimou em mais de um bilhão de reais o valor dos resíduos recicláveis desperdiçados no lixo. Freitas e Damásio (2009) calcularam em mais de 700 milhões a economia potencial de recursos que o Estado da Bahia deixou de obter no ano de 2003. O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas calculou em R$ 8 bilhões anuais os benefícios potenciais da reciclagem no Brasil (IPEA, 2010).

[…] recolhimento dos materiais que são passíveis de serem reciclado, previamente separados na fonte geradora. Dentre estes materiais recicláveis, encontram- se diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros. A separação na fonte geradora evita a contaminação de materiais reaproveitáveis, aumenta o valor agregado destes e diminui custos de reciclagem. Também pode-se destacar como benefícios a diminuição da poluição do solo, da água e do ar; economia de energia e água; diminuição do lixo nos aterros e lixões e, consequentemente, nos gastos de limpeza urbana, bem como novas oportunidades de fortalecer cooperativas e gerar renda pela comercialização dos recicláveis. (Aligleriet al. (2009, p.104)

Figura 2: FOTO – Erika Regina, Snoopy pet Shop.

“A reciclagem é atualmente uma prática que vem se desenvolvendo enormemente nos países de Primeiro Mundo. Já nos países menos desenvolvidos é realizada de maneira rudimentar, pouco racional e desorganizada” (RIBEIRO & LIMA,2000).

De acordo com Gonçalves (2003), a coleta seletiva depende de três elos importantes: do envolvimento das pessoas através de um bom programa de comunicação e educação ambiental; de um bom programa de logística de coleta; de um bom sistema de escoamento (destinação) da produção, ou seja: ter a quem vender ou doar, nas melhores condições possíveis.

“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. (LEI n°9.795, de 27 de abril de 1999)

Fonte: https://portalvoce.com/manaus-recicla-apenas-21dos-residuos-veja-locais-para-entrega/

4. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A COLETA SELETIVA

De acordo com o capítulo 36 da agenda 21, a educação ambiental é definida como um processo que visa: “(…) desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhes são associados. Uma população que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar, individual e coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção de novos (…)” (Capítulo 36 da agenda 21)

Segundo Abdala et al (2007) “a educação ambiental pode mudar a concepção e a prática da maioria das pessoas em relação ao seu comportamento, hábitos e atitudes na gestão de resíduos sólidos.”

De acordo com Gonçalves (2003) o que nós, como cidadãos, podemos fazer é praticar os dois primeiros Rs : reduzir e reutilizar. Quanto à reciclagem, o que devemos fazer é separar o lixo que produzimos e pesquisar alternativas de destinação ecologicamente corretas mais próximas.

Segundo Ferreira (2007), a educação ambiental para a redução deve vir em primeiro lugar, pois muitas vezes consumimos produtos que não são realmente uma necessidade. Precisamos saber identificar quais são as nossas reais necessidades e as que são criadas pela mídia. Muitas vezes somos influenciados, pela mídia, a consumir produtos que não precisamos realmente.

5. CONCLUSÃO

A logística reversa, que basicamente é fazer esses itens voltarem para serem reutilizados ou transformados, mostra-se crucial, especialmente no mercado de pet shop, que está em constante crescimento. A pesquisa que fizemos, considerando livros, visitas a lojas e informações online, destaca como o mercado de pet shop evolui para atender às preocupações ambientais.

A discussão atual sobre reciclagem e a necessidade de cuidar melhor dos recursos que usamos pressiona esse setor a adotar práticas mais sustentáveis, estabelecer parcerias com empresas especializadas em reciclagem, direcionando materiais como os galões de 5 litros para cooperativas locais, é uma estratégia eficaz. O processo de logística reversa envolve uma coordenação cuidadosa entre o pet shop, empresas de gestão de resíduos e recicladores locais, garantindo um ciclo sustentável para esses materiais.

A legislação brasileira também está entrando nessa conversa, estabelecendo metas para que as empresas se comprometam com práticas mais amigáveis ao meio ambiente. Essa mudança é alcançável e algo que as empresas podem fazer para contribuir. O mercado de pet shop não só está se adaptando a práticas mais ecológicas, mas também está ajudando a conscientizar os donos de animais sobre a importância da reciclagem. Escolhemos esse tema porque percebemos o quão essencial é garantir que embalagens e materiais tenham um destino apropriado, não apenas sendo jogados fora. Identificamos desafios, como implementar a logística reversa no setor e encontrar lugares apropriados para descartar esses materiais recolhidos. Mesmo que muitas empresas ainda não deem a devida importância para isso, pressões externas, como leis mais rígidas, a necessidade de redução de custos e a oferta de serviços mais eficientes, estão gradualmente mudando essa mentalidade.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destaca a importância de começarmos separando o lixo, e as cooperativas de reciclagem são fundamentais nesse processo, ajudando a reduzir os resíduos de forma sustentável. Em resumo, este estudo destaca a urgência de mudarmos nossos hábitos e programarmos sistemas que sejam bons para a economia, justos socialmente e amigáveis ao meio ambiente, precisamos mostrar que adotar práticas sustentáveis não é apenas uma opção, mas uma necessidade para um futuro melhor.

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1Graduando(a) do Curso de Administração da Universidade Nilton Lins /Manaus, AM. E- mail: andrezafariassantos.af@gmail.com

2Graduando(a) do Curso de Administração da Universidade Nilton Lins /Manaus, AM. E- mail: jacianebrasil27@gmail.com

3Graduando(a) do Curso de Administração da Universidade Nilton Lins /Manaus, AM. E- mail: 20002404@uniniltonlins.edu.br

4Graduando(a) do Curso de Administração da Universidade Nilton Lins /Manaus, AM. E- mail: felipecarvalho99128@gmail.com

5Graduando(a) do Curso de Administração da Universidade Nilton Lins /Manaus, AM. E- mail: safira.cris.pierre@gmail.com

6Professora especialista (Mestra), orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Administração da Universidade Nilton Lins – Manaus, AM. E-mail: vanessa.alves@uniniltonlins.edu.br

7Professor especialista (Coordenador), do Curso do Curso de Administração da Universidade Nilton Lins /Manaus, AM. E-mail: warce@niltonlins.br