NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E ESTIMATIVA SUBJETIVA DE SAÚDE DOS ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10201258


Jhonatan Mittmann¹
Josiano Guilherme Puhle²
Luciara Nunes Severo³


RESUMO

As mudanças comportamentais, alimentação inadequada, níveis elevados de estresse e baixos níveis de atividade física em decorrência da correria cotidiana e mais tecnológica podem gerar malefícios à saúde. Devido ao acúmulo de atividades laborais e acadêmicas, muitos estudantes universitários acabam dispondo de pouco tempo para a dedicar-se a prática regular de exercícios físicos e cuidados mais específicos com a saúde. Dessa forma o objetivo deste estudo foi identificar o nível de atividade física dos acadêmicos de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC/Campus de São Miguel do Oeste. O presente estudo, caracterizou-se como descritivo de campo de natureza quantitativo com delineamento transversal, sendo a amostra composta por 77 graduandos de ambos os sexos dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Educação Física. Para a realização da coleta de dados foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física versão Curta – IPAQ. Os acadêmicos apresentaram alta prevalência de atividade física classificada como “Muito Ativo” 59,74% e “Ativo” 22,07%, “Irregularmente ativo A” 6,493%, “Irregularmente ativo B” 11,68% e sedentarismo ficando com 0%, os resultados mostram que os estudantes dos cursos de Bacharelado e Licenciatura apresentam alta prevalência de atividade física, classificados como Ativo e Muito Ativo. Já em relação ao estado de saúde geral ficou 6,4% como regular, 28,5% como boa, 50,5% muito boa e 15,5% sendo excelente, sendo mais da metade classificou como muito boa. Desta forma, a prática de atividade física regularmente deve ser estimulada para que os acadêmicos se beneficiem com a manutenção da saúde e qualidade de vida durante o período da graduação e ao longo da vida. Ressaltar também a importância de não possuir nenhum classificado como sedentário, como se trata de futuros profissionais na área da saúde e envolvidos com práticas corporais é de suma importância serem referências para os seus alunos e na sua área de atuação.

Palavras-chave: Sedentarismo. Inatividade física. Universitários.

ABSTRACT

Behavioral changes, inadequate nutrition, high levels of stress and low levels of physical activity as a result of the daily and more technological rush can cause harm to health. Due to the accumulation of work and academic activities, many university students end up having little time to dedicate themselves to the regular practice of physical exercises and more specific health care. Thus, the aim of this study was to identify the physical activity level of Physical Education students at the University of Western Santa Catarina – UNOESC / São Miguel do Oeste Campus. The present study was characterized as a descriptive field of a quantitative nature with a cross-sectional design, the sample being composed of 77 undergraduates of both genders from the Bachelor’s and Licentiate’s Degree courses in Physical Education. For data collection, the Short Version International Physical Activity Questionnaire – IPAQ was used. The academics had a high prevalence of physical activity classified as “Very Active” 59.74% and “Active” 22.07%, irregularly active A 6.493%, irregularly active B 11.68% and sedentary lifestyle getting 0%, the results show that students of Bachelor’s and Licentiate courses have a high prevalence of physical activity, classified as Active and Very Active. Regarding general health, 6.4% rated it as fair, 28.5% as good, 50.5% as very good and 15.5% as excellent, with more than half classified it as very good. In this way, the practice of regular physical activity should be encouraged so that students benefit from maintaining health and quality of life during the graduation period and throughout life. Also highlight the importance of not having any classified as sedentary, as they are future professionals in the health area and involved with bodily practices, it is of paramount importance to be references for their students and in their area of expertise.

Keywords: Sedentary lifestyle. Inactivity. College students.

1. INTRODUÇÃO

A saúde pode ser estabelecida como um estado de integral bem-estar físico, social e mental, e não como unicamente na inexistência de uma enfermidade, melhor dizendo, com esses conhecimentos pode-se rever o conceito sobre a prevenção de doenças e a procura por uma melhor qualidade de vida (ZUPPA; GUEDES, 2017).

Com o aumento da urbanização dentro do Brasil, da mesma maneira que o crescimento de locais privatizados, como bairros que viram condomínios fechados, levam cada vez mais cidades com falta de espaços públicos adequados à prática de atividades físicas. Essa crescente urbanização vem sendo apontada por muitos como um dos motivos de cada vez mais os jovens e adolescentes estarem longe dos níveis ideais de aptidão física para saúde (PETROSKI, 2012).

Os jovens que se encontram no universo acadêmico passam por um período de transição da adolescência para a fase adulta, justificando a importância da prática de atividade física. Os universitários estão expostos a fatores bastante complexos durante este processo de escolaridade sendo um período turbulento, alguns, tendo pouco tempo livre, aliando trabalho estudos e adquirindo um comportamento sedentário (NETTO et al, 2012).

Nunca se falou tanto de atividade física e exercício físico em meios as mídias e ambientes acadêmicos como nos dias de hoje. Pois, há um consenso público que ambos os termos remetem a um sinônimo de saúde e autonomia. Em contradição, nos dias atuais, onde a mecanização, automação e a tecnologia dos computadores nos têm eximido, em grande parte das tarefas físicas mais intensas no trabalho e nas atividades da vida diária, torna-se preocupante quando direcionado a jovens e adultos (PETROSKI, 2012).

Para Neto, da Silva e Oliveira (2017), no que preocupa ao modelo ativo de estilo de vida, podemos entender uma relação inversamente proporcional entre a inatividade física e saúde, considerando aquela uma consequência dos novos hábitos da sociedade moderna. Isto é, a ausência de atividade física é um fator de risco. Sabe-se que o fato de não se adquirir um comportamento sedentário e se manter ativamente em movimento é importante na vida diária dos indivíduos por promover benefícios psíquicos, físicos e cognitivos à saúde, independentemente da idade e gênero, podendo ser praticada em forma de desporto ou lazer.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2014), a atividade física é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, resultando em consumo de energia, incluindo atividades no trabalho, jogos, viagens, tarefas domésticas e lazer. O Ministério da Saúde (2020) menciona que também pode envolver uma relação com a sociedade e com o ambiente no qual a pessoa está inserida, podendo estar presente de uma forma mais ampla no cotidiano, ela pode ser indicada por qualquer profissional da saúde.

Quando nos referimos a prática do exercício físico, o Ministério da Saúde (2020) nos referimos a prática de atividade física de forma organizada, direcionada, regular e orientada pelo profissional de Educação Física, com objetivo de manter ou melhorar os componentes físicos. De acordo com Zuppa (2021), a prática regular do exercício físico proporciona a liberação de determinados hormônios (GH, endorfina, catecolaminas), os quais aumentam o sentimento de bem-estar, contribuindo para o controle da ansiedade, tensão, e o aumento do vigor físico e mental.

Diante disto, justifica-se a importância da avaliação e do conhecimento sobre níveis de atividade física dos futuros profissionais dentro do campo ainda de formação para que possa ser uma forma de incentivo para todos independente do seu resultado, pois, pode ser considerada o melhor método para se obter um estilo de vida saudável, sendo um ótimo aliado no combate do sedentarismo, ajuda a diminuir os casos de Obesidade, reduzir o risco de obter doenças cardiovasculares (DCV), osteoporose, melhora os níveis de colesterol sanguíneo, aumenta a resistência muscular.

Diante desta situação, o presente estudo tem como objetivo geral identificar o nível de atividade física dos acadêmicos de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC / Campus de São Miguel do Oeste – SC.

2. METODOLOGIA

2.1. POPULAÇÃO E AMOSTRA

Este estudo, caracterizou-se como descritiva de campo de natureza quantitativa com delineamento transversal. A seleção da amostra foi intencional, com participação voluntária. A população do presente estudo foi composta por alunos de ambos os sexos com idade entre 18 a 47 anos, regularmente matriculados nos cursos de Educação Física da UNOESC do Campus São Miguel do Oeste, Santa Catarina.

A amostra do presente estudo contou com 77 acadêmicos na faixa etária entre 18 a 47 anos de idade, sendo 46 do sexo masculino e 31 do sexo feminino, regulamente matriculados nos Cursos de Educação Física Licenciatura e/ou Bacharelado da UNOESC, Campus de São Miguel do Oeste, Santa Catarina.

2.2. ANÁLISE DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

Para a realização da coleta de dados foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física versão Curta. O IPAQ é um instrumento que permite estimar o tempo semanal gasto na realização de atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa e em diferentes contextos da vida trabalho, tarefas domésticas, transporte e lazer, além de ser de fácil aplicabilidade também seu custo é baixo, pois para a aplicação do questionário apenas precisa que os aluno/avaliados responda questões podendo ser elas impressas ou em forma de questionário online dentro de plataformas.

A classificação foi realizada através das comparações das respostas, que de acordo com o questionário tem sua classificação.

1. MUITO ATIVO: aquele que cumpriu as recomendações de:

a) VIGOROSA: ≥ 5 dias/sem e ≥ 30 minutos por sessão
b) VIGOROSA: ≥ 3 dias/sem e ≥ 20 minutos por sessão + MODERADA e/ou CAMINHADA: ≥ 5 dias/sem e ≥ 30 minutos por sessão.

2. ATIVO: aquele que cumpriu as recomendações de:

a) VIGOROSA: ≥ 3 dias/sem e ≥ 20 minutos por sessão; ou
b) MODERADA ou CAMINHADA: ≥ 5 dias/sem e ≥ 30 minutos por sessão; ou c). Qualquer atividade somada: ≥ 5 dias/sem e ≥ 150 minutos/sem (caminhada + moderada + vigorosa).

3. IRREGULARMENTE ATIVO: aquele que realiza atividade física, porém insuficiente para ser classificado como ativo pois não cumpre as recomendações quanto à frequência ou duração. Para realizar essa classificação soma-se a frequência e a duração dos diferentes tipos de atividades (caminhada + moderada + vigorosa). Este grupo foi dividido em dois subgrupos de acordo com o cumprimento ou não de alguns dos critérios de recomendação:

IRREGULARMENTE ATIVO A: aquele que atinge pelo menos um dos critérios da recomendação quanto à frequência ou quanto à duração da atividade:

a) Frequência: 5 dias /semana ou
b) Duração: 150 min / semana

IRREGULARMENTE ATIVO B: aquele que não atingiu nenhum dos critérios da recomendação quanto à frequência nem quanto à duração.

4. SEDENTÁRIO: aquele que não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana.

2.3. COLETA DE DADOS

Após a aprovação do projeto, visitou-se as salas do curso e explicou-se sobre a pesquisa, os objetivos e como seria a coleta de dados posteriormente. Logo, foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, para os acadêmicos que aceitaram a participar da pesquisa para que fosse assinado. Em seguida, a coleta de dados iniciou-se com a entrega do questionário IPAQ e recolhido logo após a finalização do preenchimento. Finalizada a coleta dos dados, os mesmos foram analisados e em seguida retornaram à coordenação do curso apresentando os resultados finais do curso.

2.4. ANÁLISE DOS DADOS

A presente pesquisa tratou-se de uma pesquisa descritiva, em que os dados foram analisados através do programa Excel utilizando a estatística estimando a média e desvio padrão para caracterizar a amostra, frequência relativa e absoluta.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente estudo consta de uma amostra composta (N=77) sendo acadêmicos do curso de Educação Física da Unoesc, campus São Miguel do Oeste /SC, do gênero feminino (N=31), correspondendo a 40,25% e do gênero masculino (N=46), correspondendo a 59,74%, com idades de 18 a 47 anos, apresentando uma média de idade em 22,75 anos e desvio padrão de ±5,59.

O curso de Educação Física do campus São Miguel do Oeste consta de 120 matriculados, porém, não foi possível aplicar o questionário em todos os acadêmicos em razão da data que foi coletado os dados, pois, alguns alunos não se encontravam em sala.

De acordo com a Tabela 1, apresenta-se o perfil sócio demográfico dos acadêmicos do curso de Educação Física, onde foram avaliados 77 acadêmicos distribuídos em todas as fases tanto do Bacharel quanto da Licenciatura. Sendo assim foram 51 acadêmicos do Bacharelado correspondendo a 66,24% e 26 acadêmicos da Licenciatura correspondendo 33,76% da amostragem. Foram avaliadas 33 pessoas da 2ª fase correspondendo a 42,85%, e foram avaliadas 14 pessoas da 4ª fase correspondendo a 18,18%, e foram avaliadas 20 pessoas da 6ª fase correspondendo a 25,97%, e foram avaliadas 10 pessoas da 8ª fase correspondendo a 12,98%. Quanto a realização de atividade remunerada foi constatada que 53 pessoas realizam correspondendo a 68,83% e 24 pessoas que não realizam correspondendo a 31,16%.

Tabela 1: Perfil sociodemográficos dos acadêmicos de Educação Física

Sexo
Feminino(31) – 40,26%
Masculino(46) – 59,74%
Modalidade
Bacharel(51) – 66,24%
Licenciatura(26) – 33,76%
Fase do Curso
(33) – 42,85%
(14) – 18,18%
(20) – 25,97%
(10) – 12,98%
Atividade Remunerada
Sim(53) – 68,83%
Não(24) – 31,16%

Fonte: os autores (2023).

De acordo com o estudo realizado por Melo et al. (2016), onde teve uma amostra maior, que avaliou o nível de atividade física de um número total de estudantes pesquisados de 285, em ambos as modalidades de acordo com o gênero e o período de graduação. No curso de Bacharelado, 75 graduandos são do gênero masculino e 65 do gênero feminino, sendo a maioria dos alunos visualizada no 2º e 9º períodos. No curso de Licenciatura, 67 graduandos são do gênero masculino e 78 do gênero feminino. O maior número de acadêmicos do curso de Licenciatura foi observado no 1º, 2º e 4º períodos.

Boita et al. (2017) realizou estudo onde objetivou identificar o nível de atividades físicas de acadêmicos dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física da Faculdade Santana/BA. A amostra foi menor comparada com o estudo realizado, que foi composta por (n=43), na qual apresentou variação de idade de 17 a 30 anos, tendo um público com uma média mais jovens, totalizando um percentual de 62,7% de acadêmicos com idades entre 17 a 22 anos.

No gráfico 1 apresenta-se os indicativos de estado de saúde geral dos acadêmicos de Educação Física, sendo que, na amostra envolvida 5 pessoas ficaram classificadas como “regular” totalizando 6,4%, 22 como “boa” totalizando 28,5%, 39 pessoas como “muito boa” somando 50,5% e 12 pessoas ficou como “excelente” sendo 15,5%. Dessa forma, é possível perceber que mais da metade dos indivíduos estão considerando sua saúde muito boa, mas também há de se considerar valores alterantes para o número considerável de alunos que estão classificados como regular.

Gráfico 1: Indicativos de percepção subjetiva de saúde geral dos acadêmicos de Educação Física

Fonte: os autores (2023).

De acordo com o gráfico 2, podemos observar segundo análise estatística que os acadêmicos de ambos os cursos de Educação Física da Unoesc – campus de São Miguel do Oeste, apresenta classificação dos níveis de atividade física, 46 pessoas foram classificadas como “Muito Ativa” correspondendo a 59,74%, 17 acadêmicos classificaram como “Ativos” correspondendo a 22,07%, 5 acadêmicos classificaram como “Irregularmente Ativo A” correspondendo a 6,49%, 9 acadêmicos classificaram como “Irregularmente Ativo B” correspondendo a 11,68% e “Sedentário” ficou com 0% sendo muito importante.

Em um estudo realizado por Susin (2019), que teve como objetivo identificar o nível de atividade física dos estudantes do curso de Educação Física, onde avaliou 47 acadêmicos dos cursos de Licenciatura e Bacharel em Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde a maioria dos indivíduos classificou a sua saúde como Muito Boa (38%) ou Boa (32%). A pior classificação indicada foi regular, com apenas 2 (4%) pessoas, na qual nenhuma avaliou sua saúde como ruim, tendo resultados muito semelhantes com o estudo realizado.

Gráfico 2: Classificação dos níveis de atividade física dos acadêmicos de Educação Física

Fonte: os autores (2023).

Em um estudo realizado por Susin (2019), que teve um total de acadêmicos avaliados (n=47), no qual 32 (68%) indivíduos foram classificados como Muito Ativos, 12 (26%) como Ativos e 3 (6%) como Insuficientemente Ativos A. No qual os dados demonstram haver baixíssimos índices de níveis de atividade física de indivíduos não ativos, apenas 6%, não havendo sujeitos como sedentário, mostrando a maioria dos participantes como indivíduos muito ativos. Tendo muita semelhança em relação aos resultados da pesquisa realizada.

Em um estudo realizado por Alves e Santos (2018), em uma universidade de Itapeva/ SP estimou os níveis de atividade física entre os graduandos do último ano do curso de Educação Física Bacharelado, no qual foram avaliados 36 alunos, onde a maioria dos estudantes classificaram como: muito ativos com 66,67% (n=24). Sendo 19,44% (n=7) estudantes ativos, irregularmente ativo A 8,33% (n=3), irregularmente ativo B 2,78 (n=1) e sedentário com 2,78 (n=1). Apesar da vida rotineira e intensa dos estudantes de Educação Física, os mesmos apresentaram níveis satisfatórios de atividade física e conforme os resultados obtidos demostrou que a maioria dos estudantes está inserido em um estilo de vida ativo, obtendo um resultado semelhante com que foi realizado com os acadêmicos, sendo muito relevante o resultado e comparativos.

Um estudo realizado por Boita et al. (2017) teve como objetivo identificar o nível de atividades físicas de acadêmicos dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física da Faculdade de Santana/ BA. A amostra constou (n=43), na qual apresentou com o nível de atividade física muito ativo (n=28) sendo 65,1%, ativo (n=4) sendo 9,3%, irregularmente ativo (n=8) sendo 18,6% e sedentário (n=3) sendo 6,9% dos acadêmicos avaliados. Os resultados obtidos revelam que 74% dos acadêmicos apresentam um nível de atividades físicas considerado satisfatório. Contudo, um percentual de 6,9% desses estudantes foi categorizado como sedentários, fato que desperta preocupação, considerando que esses acadêmicos serão futuramente os profissionais responsáveis pela orientação correta acerca dos benefícios das atividades físicas para a saúde.

Outro estudo realizado por Melo et al. (2016) que buscou identificar nível de atividade física de acadêmicos do primeiro período dos cursos de educação física licenciatura e bacharel, contou com 285 acadêmicos, sendo 142 do sexo masculino e 143 do sexo feminino, onde ficaram muito ativo, 36% ativo, 9% irregularmente ativo A, 4% irregularmente ativo B e apenas 1% de sedentário classificados o total da amostra (n=285). Os acadêmicos apresentaram alta prevalência de atividade física classificada como Muito Ativo e Ativo (86%) e baixa prevalência de sedentarismo (14%), classificados como Irregularmente Ativo e Sedentário.

4. CONCLUSÃO

Diante do presente estudo foi possível concluir que os acadêmicos de Educação Física nas modalidades de Licenciatura e Bacharelado da universidade avaliada foram apontados com estado geral de saúde “muito bom” e logo, “excelente”, assim como, o nível de atividade física predominou como “muito ativos” e logo, “ ativos”, apesar do acúmulo muitas vezes de atividades laborais e acadêmicas, os acadêmicos tentam manter-se fisicamente ativos e mantendo suas atividades moderadas e vigorosas regularmente possuindo assim, seus níveis de atividade física relativamente recomendados.

Desta forma, a atividade física no meio universitário e principalmente nos cursos direcionados a práticas corporais e saúde deve ser encorajada como medida de prevenção de doenças crônicas e melhoria da qualidade de vida e prevenção de ansiedade e depressão, mas também como delineamento e formação de uma profissional referência na área.

REFERÊNCIAS

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