RECONHECIMENTO PRECOCE DE SINAIS ATÍPICOS EM IDOSO COM AVe. UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Ciências da Saúde, Medicina, Saúde Coletiva, Volume 27 - Edição 128/NOV 2023 / 28/11/2023

EARLY RECOGNITION OF ATYPICAL SIGNS IN ELDERLY PEOPLE WITH STROKE. AN A INTEGRATIVE REVIEW OF THE LITERATURE.

RECONOCIMIENTO TEMPRANO DE SIGNOS ATÍPICOS EN PERSONAS MAYORES CON ICTUS. UNA REVISIÓN INTEGRADORA DE LA LITERATURA.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10213681

André Michael Satélis Vasconcelos
John Luca Ferreira Viana
Dr. João de Sousa Pinheiro Barbosa
Me. Karina Brito Ogliari
Me. Angelita Giovanna Caldeira
Me. Divinamar Pereira
Me. Jussara Soares Marques dos Anjos
Me. Patrícia Gomes Pereira Barbosa
Me. Rafela Seixas Ivo
Me Éverton Aurélio Dias Campos

RESUMO

Objetivo: Enfatizar a importância do reconhecimento precoce de sintomas atípicos em idoso com AVC e analisar a incidência de sinais incomuns ou a ausência de sinais característicos em pacientes idosos em estado crítico e o impacto em sua recuperação e qualidade de vida. Métodos: Uma revisão integrativa da literatura, realizando reunião e síntese dos resultados de outros estudos que relataram em sua experiência casos que atendessem a esta temática. Resultados: Foram encontrados 47 estudos disponíveis nas bases de dados eletrônicos, PubMed®, SciELO e BVS. Foram selecionados 15 artigos que atendiam os critérios de inclusão, os quais foram incluídos no estudo, auxiliando na identificação do reconhecimento precoce de sinais atípicos em idosos com AVC. Conclusão: É necessário a prudência e a sensibilidade para notar de forma efetiva os riscos de erros em diagnósticos sendo eles mimetizadores ou não, tendo em vista que muitos dos mimetizadores precisam de tanta ou até mais atenção quanto os casos de AVC propriamente ditos pelo risco de iatrogenias. Sendo necessário a realização do treinamento dos profissionais da emergência para identificar os camaleões e mimetizadores no momento da triagem.

Palavras-chave: Saúde do idoso; Saúde do adulto AVC; Idoso frágil; Camaleões do AVC.

ABSTRACT

Objective: To emphasize the importance of early recognition of atypical symptoms in elderly people with stroke and to analyze the incidence of unusual signs or the absence of characteristic signs in critically ill elderly patients and the impact on their recovery and quality of life. Methods: An integrative review of the literature, bringing together and synthesizing the results of other studies that reported cases that addressed this theme in their experience. Results: 47 studies were found available in the electronic databases, PubMed®, SciELO and VHL. 15 articles that met the inclusion criteria were selected, which were included in the study, helping to identify early recognition of atypical signs in elderly people with stroke. Conclusion: Prudence and sensitivity are necessary to effectively notice the risks of errors in diagnoses, whether they are mimicking or not, considering that many mimickers need as much or even more attention as stroke cases themselves due to the risk of iatrogenies. It is necessary to train emergency professionals to identify chameleons and mimickers at the time of screening.

Keywords: Health of the Elderly; Adult Health; Stroke; Frail Elderly, Stroke Chameleons.

RESUMEN

Objetivo: Enfatizar la importancia del reconocimiento temprano de síntomas atípicos en personas mayores con ictus y analizar la incidencia de signos inusuales o ausencia de signos característicos en pacientes ancianos críticos y el impacto en su recuperación y calidad de vida. Métodos: Revisión integradora de la literatura, reuniendo y sintetizando los resultados de otros estudios que reportaron casos que abordaron este tema en su experiencia. Resultados: Se encontraron 47 estudios disponibles en las bases de datos electrónicas PubMed®, SciELO y BVS. Se seleccionaron 15 artículos que cumplieron con los criterios de inclusión, los cuales fueron incluidos en el estudio, ayudando a identificar el reconocimiento temprano de signos atípicos en personas mayores con accidente cerebrovascular. Conclusión: La prudencia y la sensibilidad son necesarias para advertir eficazmente los riesgos de errores en los diagnósticos, sean o no mímicos, considerando que muchos imitadores necesitan tanta o incluso más atención que los propios casos de ictus por el riesgo de iatrogenias. Es necesario formar a los profesionales de urgencias para identificar camaleones e imitadores en el momento del cribado.

Palabras clave: Salud de las personas mayores; Salud del ictus en adultos; ancianos frágiles; camaleones de ictus.

INTRODUÇÃO

No exercício de atendimento à saúde é possível observar a ocorrência de apresentações incomuns ou ausência de sinais específicos na prática clínica, em especial na saúde da população idosa, já que o aumento da idade aumenta progressivamente o risco de aparição de inúmeras doenças crônicas e com isso o uso de múltiplas medicações, faz com a frequência de manifestações atípicas de comorbidades que podem afetar no seu reconhecimento precoce e subsequentemente no seu tratamento e prevenção de sequela(Gorzoni M.L. 2019, p 865).

Além de expressões não usuais, há também outras formas de doenças se “disfarçarem” no organismo através de imitadores, doenças que mimetizam outras doenças de maior gravidade, ou também através de camaleões, onde uma doença de maior complexidade se camufla com uma doença de menor complexidade, dificultando o processo de diagnóstico, embargando o fator primordial contra distúrbios que tenham maior potencial de gerar uma fatalidade, o tempo. E dentre os acometimentos com maior índice prejuízos neurológicos e fisiológicos em geral, e a alta convergência de óbitos e sequelas permanentes com tardiamente de ações pela deficiência na identificação de sinais precoces dentro de sua instalação súbita, é o Acidente Vascular Cerebral (AVC)(.Figueiredo, A.R.F. 2021, p 3).

A janela de tempo desde o início de sintomas, até a instalação do AVC isquêmico é de quatro horas e meia, intervalo onde é imprescindível que se saiba a hora exata do surgimento dos sinais e a imediata procura por assistência médica para tratamento à base de trombolítico rTPA para normalização da circulação sanguínea cerebral, encontrado apenas em instituições hospitalares públicos e privados, os principais são: Alteplase (actilyse) e tenecteplase.(Moreira C,& Modenese F., 2009, p1.)

Os camaleões e mimetizadores do AVC equivalem a 25% dos diagnósticos do AVC, ocasionando gastos indevidos e consideráveis atenuando a importância do reconhecimento de suas particularidades por parte dos profissionais da saúde, principalmente o profissional enfermeiro que é o responsável pelo primeiro contato com o paciente com essa hipótese, a triagem e classificação do mesmo com base nessa suspeita, além do gerenciamento de recursos e equipe no atendimento desse quadro. (Diehl L., 2017).

Não se tem uma grande quantidade de estudos que fazem a relação entre o AVC e os sinais incomuns que podem surgir antes de se estabelecer o quadro da doença ou até mesmo após uma boa evolução, que podem estar ligados ao surgimento de sequelas e agravamentos e a partir disso, surge a necessidade de realizar mais estudos nessa área. (DIETERICH M., 2017)

A partir dessa perspectiva, esse trabalho foi realizado com o intuito de elucidar a importância de reconhecimento dessa condição em sua forma atípica dentro da janela de tempo até estabelecimento do quadro clínico .

A lacuna nessa temática faz com que seja necessária uma busca por parte dos profissionais da área da saúde em especial a enfermagem pelo seu contato e vigilância contínua sobre a população mas também da comunidade como um todo pelo reconhecimento desses sinais a fim de se aumentar o número de atendimentos dentro da janela de tempo de ação do acidente vascular cerebral evitando assim o surgimento de sequelas e agravamentos do quadro, proporcionando uma melhor qualidade de vida e recuperação a este paciente, contribuindo para a diminuição do índice de óbitos por AVC nessa faixa etária. ( LEYS D. et al.,2020)

Quais devem ser os principais parâmetros a serem observados no paciente idoso grave e suas principais diferenças perante aos outros pacientes é o ponto chave a se entender ao final desse trabalho a fim de melhorar o atendimento precoce dos pacientes com essa patologia e sintomas específicos sendo necessário avaliar na literatura científica de forma integrativa as ações do enfermeiro no reconhecimento precoce dos sinais atípicos de doenças em pacientes idosos em maior nível de criticidade e o impacto na recuperação e qualidade de vida e também levantar as principais diferenças entre as intervenções a serem realizadas em um paciente idoso em comparação a um adulto. ( BORK L.C.A. et al., 2022)

Para atingir os resultados esperados para esse estudo foi necessário primeiramente realizar uma pesquisa acerca da saúde do idoso, AVC e camaleões do AVC como fundamento para analisar os sintomas atípicos em idosos com AVC a fim de facilitar o reconhecimento precoce da patologia. (SOLÉNE M. et al., 2019).

Com isso, o objetivo do trabalho é analisar a incidência de sinais incomuns ou a ausência de sinais característicos em pacientes idosos em estado crítico e o impacto em sua recuperação e qualidade de vida.

MÉTODOS

Para o desenvolvimento do trabalho foi instituído como método uma revisão da literatura integrativa.

A pergunta de pesquisa para o desenvolvimento da pesquisa foi: O conhecimento do enfermeiro e equipe de enfermagem sobre o reconhecimento precoce dos sinais atípicos do reconhecimento do Acidente Vascular Cerebral (AVC) em pessoas idosas, nessa perspectiva foi utilizado a estratégia PICO (acrônimo para P: idosos; I: sem intervenção; C: sem comparação/controle; O: reconhecimento dos sintomas).

Para a busca nas bases de dados foram utilizados os DeCS/MeSH – Descritores em Ciências da Saúde/Medical Subject Headings: Stroke; Elder, Stroke Chameleons e operadores booleanos: “And” e “Or” para desenvolvimento da pesquisa bibliográfica e busca dos resultados.

As bases de dados utilizadas foram: PubMED, SciELO ( biblioteca eletrônica científica) e BVS (biblioteca virtual em saúde )para busca do referencial teórico e resultado com bases nos achados.

Para seleção dos artigos foram estabelecidos os seguintes critérios de elegibilidade: artigos publicados entre os anos de 2018 a julho de 2023, estudos primários, escritos em português e inglês, estudos que abordam pessoas idosa com sintomas ou acometidas por AVC.

Quanto aos critérios de exclusão foram excluídos artigos de revisão da literatura, tese de doutorado, dissertação de mestrado, Trabalho de Conclusão de Curso, artigos que não atendiam objetivo dessa pesquisa, artigo sem registro de cumprimento de parâmetros éticos ou/e que firam a legislação brasileira em vigor acerca de procedimentos éticos que cumpram a Portaria GM/MS 510/12.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados 47 estudos disponíveis nas bases de dados eletrônicos, PubMed®, SciELO e BVS. Foram selecionados 15 artigos que atendiam os critérios de inclusão, os quais foram incluídos no estudo, auxiliando na identificação do reconhecimento precoce de sinais atípicos em idosos com AVC.

(Figura 1).


Os artigos selecionados com relação ao objetivo do trabalho foram estruturados em: ano, autor (es), objetivo, método e conclusão (Tabela 1).

Tabela 1 – Demonstrativo da seleção de estudos.

Ano Autor(es) do artigoObjetivoMétodosConclusão/ Considerações Finais
2021JOHNSON W.D. et al.,2021Oferecer um conjunto de soluções pragmáticas para a implementação da prevenção primária do AVC, com ênfase no papel dos governos e nas estratégias para toda a população, incluindo a transferência e partilha de tarefas e a reengenharia dos sistemas de saúde. A implementação da prevenção primária do AVC envolve pacientes, profissionais de saúde, financiadores, decisores políticos, parceiros de implementação e toda a população ao longo da vida.
revisão sistemáticaEste documento sobre política de saúde fornece estimativas do custo global do AVC e soluções pragmáticas baseadas em evidências sobre estratégias para a prevenção primária do AVC, especialmente nos países de baixa e média renda. As principais soluções oferecidas visam reduzir a ocorrência de AVC e prevenir perdas econômicas decorrentes do AVC através da prevenção primária ao longo da vida. Dado que muitos hábitos de vida são estabelecidos cedo na vida, a educação culturalmente apropriada sobre estilos de vida saudáveis ​​deve ser incorporada nos currículos educativos padrão, iniciada cedo na vida, com reforço ao longo da vida, e incorporada nas famílias. Estas estratégias preventivas devem ser complementadas por campanhas adequadas de educação sobre AVC que considerem diferenças culturais e subculturais, etnias, crenças, diferenças geográficas e risco de AVC ao longo da vida.
2020LEYS D. et al.,2020Promover um debate que defenda médicos emergencistas de acusações feitas por neurologistas por não identificarem mimetizadores e camaleões do AVC, e sim treiná-los a reconhecer os mesmos.Estudo realizado por meio de uma análise quantitativa com uma amostra de casos clínicos realizados em um período de dois anos retirados de Arquivos de Neuro-Psiquiatria, Ifergan et alA mensagem que gostaríamos de transmitir é que nunca devemos culpar os médicos de emergência por encaminharem os casos de mimetizadores do AVC para uma unidade de AVC. O que esperamos dos médicos de emergência não é que sejam específicos no seu diagnóstico, mas que sejam sensíveis. Aqueles que nunca encaminham um paciente com mimetizador são mais perigosos porque perdem os derrames. Faz parte do trabalho dos neurologistas identificar pacientes erroneamente considerados como tendo sofrido um acidente vascular cerebral pelos médicos de emergência. É mais importante que os médicos de emergência sejam treinados para identificar camaleões porque eles são os únicos médicos presentes nesta fase e, se o seu diagnóstico estiver errado, existe realmente o risco de prejudicar o paciente
2020KURIAKO. et al.,2020Realizar estudos orientados para o foco e utilização de novas tecnologias na investigação do AVC.revisão integrativaO AVC é a segunda principal causa de morte e contribuinte para a incapacidade em todo o mundo e tem custos econômicos significativos. Assim, intervenções terapêuticas mais eficazes e uma melhor gestão pós-AVC são prioridades globais de saúde. Os últimos 25 anos de investigação sobre o AVC trouxeram progressos consideráveis ​​no que diz respeito a modelos experimentais em animais, medicamentos terapêuticos, ensaios clínicos e estudos de reabilitação pós-AVC, mas permanecem grandes lacunas de conhecimento sobre o tratamento do AVC. Apesar da nossa maior compreensão da fisiopatologia do AVC e do grande número de estudos direcionados às múltiplas vias causadoras do AVC, a incapacidade de traduzir a investigação em contextos clínicos tem dificultado significativamente os avanços na investigação do AVC. A maioria das pesquisas concentrou-se em restaurar o fluxo sanguíneo para o cérebro e minimizar os déficits neuronais após insulto isquêmico. Os principais desafios para os investigadores do AVC são caracterizar os principais mecanismos subjacentes às terapias, gerar dados reprodutíveis, realizar ensaios pré-clínicos multicêntricos e aumentar o valor translacional dos seus dados antes de prosseguir para os estudos clínicos.
2017DIETERICH M., 2017Discutir possibilidades de erros ao realizar diagnósticos de AVC e seu tratamento precoce na urgência.Realizada análise sobre a taxa de diagnósticos incorretos de AVC submetidos a terapia.Para melhor identificação de Stroke Mimics e Stroke Várias pontuações foram desenvolvidas para camaleões (ver pág. 756s.). O FAST Score é o mais comum (Face, Braço, Fala, Tempo); mas isso ignora a isquemia vertebrobasilar. Se for estendido por BE (Balance, Eyes) como BE-FAST, tem uma sensibilidade muito boa para golpes. Por um lado diminui a taxa de SC, mas por outro lado aumenta a taxa de SM devido à sua baixa especificidade. Todos os escores apresentam este dilema: uma sensibilidade alta reduz a especificidade e, portanto, aumenta a taxa de SM.Obviamente, uma boa maneira de identificar SC e SM é realizar uma ressonância magnética de emergência do crânio.No entanto, uma disseminação generalizada da ressonância magnética do crânio como uma primeira imagem rápida no alegado acidente vascular cerebral parece improvável e em relação aos recursos da comunidade


2022BORK L.C.A. et al., 2022Identificar o conhecimento de idosos sobre acidente vascular cerebral relacionado à busca pelo atendimento emergencial.
Revisão integrativaA produção científica nacional e internacional investigada revelaram que a maioria da população investigada, com ênfase nos idosos, desconhece sobre o AVC no contexto emergencial.Recomenda-se incentivar as ações de promoção da saúde e de orientações sistematizadas relacionadas ao AVC, sejam elas por meio das mídias ou de pessoas que compõem a rede de apoio, como familiares, cuidadores e amigos/ vizinhos.Além disso, enfatiza-se a abordagem na compreensão, interpretação e aplicação das informações em saúde recebidas pelos idosos, com vistas ao adequado letramento funcional, tendo em vista que esses aspectos podem interferir positivamente nos desfechos clínicos da doença.
2021SHI Y. et al., 2021Este estudo teve como objetivo determinar os fatores de risco para SVD cerebral isquêmica induzida por arteriolosclerose e compará-los com os do AAE.
Estudo de coorte observacional retrospectivo.O presente estudo analisou os fatores de risco e as diferenças para SVD cerebral isquêmica e acidente vascular cerebral AAE usando os critérios TOAST em pacientes tratados em um hospital terciário em Xingtai e produziu os seguintes resultados. Em primeiro lugar, descobriu-se que hipertensão, diabetes mellitus, CT elevado, hipertrigliceridemia e tabagismo estão fortemente associados à SVD cerebral isquêmica, enquanto hipertensão, diabetes mellitus, LDL elevado, hipertrigliceridemia e tabagismo foram associados ao LAA. Em segundo lugar, o resultado da análise de regressão logística multivariada demonstrou que entre os fatores de risco para SVD cerebral isquêmica comparados com aqueles de, CT elevado eram fatores de risco proeminentes para SVD cerebral isquêmica.
2022JOHAL A. et al., 2022Descrever um caso extremamente raro de agenesia da ACI do lado direito que foi encontrada inesperadamente durante a investigação diagnóstica de um acidente vascular cerebral isquêmico agudo.
Realizado estudo de caso de um Homem de 45 anos, com histórico médico significativo para acidente vascular cerebral (AVC) prévio, associado a um possível caso de ausência congênita da artéria carótida interna (ACI), que é um achado incrivelmente raro em pacientes com uma incidência de aproximadamente 0,01% [11]. Dada a raridade da doença e a circulação colateral adaptativa, a maioria dos casos é identificada incidentalmente.
Os dados que cercam o significado clínico da agenesia da ACI são escassos, provavelmente devido à natureza incrivelmente rara desta condição. Normalmente, a ausência congênita de uma ACI é frequentemente diagnosticada incidentalmente durante exames de imagem dos vasos cerebrais; é importante que os médicos estejam cientes dos resultados e das implicações potenciais da anomalia. Embora a agenesia da ACI por si só possa ser inofensiva, é importante que os médicos estejam cientes das anomalias vasculares estruturais concomitantes que são frequentemente observadas, incluindo aneurismas cerebrais. Além disso, a obtenção de imagens e diagnósticos pertinentes para apresentações de aterosclerose da ACI e AIT pode ajudar na possível identificação e prevenção de ocorrências futuras. Este relato de caso espera fornecer uma visão geral da agenesia da ACI juntamente com o desenvolvimento, apresentação e complicações da doença para ajudar a melhorar os resultados gerais do paciente.
2021GLADSTONE DJ. et al., 2021Avaliar 2 intervenções domiciliares de triagem de fibrilação atrial (FA).
Este ensaio clínico multicêntrico randomizado recrutou indivíduos de práticas de cuidados primários com 75 anos ou mais com hipertensão e sem FA conhecida. De 5 de abril de 2015 a 26 de março de 2019, foram inscritos 856 participantes de 48 práticas.
Neste ensaio clínico randomizado, entre indivíduos idosos com hipertensão, residentes na comunidade, o rastreio de FA com um monitor ECG vestível foi bem tolerado, aumentou a detecção de FA em 10 vezes e levou ao início da terapia anticoagulante na maioria dos casos. Em comparação com o ECG contínuo, a triagem oscilométrica intermitente com monitor de PA foi uma estratégia inferior para detectar FA paroxística. Grandes ensaios com resultados clínicos concretos são agora necessários para avaliar os potenciais benefícios e danos do rastreio da FA; tendo em vista que a triagem de indivíduos assintomáticos para FA pode aumentar o uso de anticoagulantes para prevenção de AVC.
2019SOLÉNE M. et al., 2019Identificar as situações clínicas mais frequentes em que se encontram imitadores de AVC e camaleões e as consequências para o paciente.
Conduzida uma análise sobre o perfil de segurança da trombólise intravenosa (TIV) em pacientes que simulam acidente vascular cerebral.
Os imitadores de AVC são responsáveis ​​por até 25% das internações por prováveis ​​AVCs. A proporção de pacientes com acidente vascular cerebral simulado diminui com o uso de ressonância magnética no início do estudo. As mímicas nem sempre podem ser descartadas em caso de emergência. O problema com os imitadores é que as instalações para AVC não são utilizadas adequadamente e os pacientes podem receber IVT. No entanto, a trombólise é geralmente bem tolerada em mímicos e não devemos gastar muito tempo em todos os pacientes para melhorar a precisão do diagnóstico, sabendo que o tempo perdido é prejudicial em todos os pacientes e só impedirá o tratamento de um mímico em cada 100 pacientes. O problema dos camaleões é mais grave, porque os pacientes não são identificados e não são tratados adequadamente.
2020SHELLEY B. et al., 2020Destacar as etiologias e mecanismos fisiopatológicos heterogêneos que incluíam não apenas os fatores de risco convencionais de acidente vascular cerebral, mas também hiper-homocisteinemia, trombose da artéria carótida comum devido à hiper-homocisteinemia e anemia grave por deficiência de ferro, arterite de células gigantes comprovada por biópsia (ACG), metástase cerebral e trombose ventricular esquerda relacionada à cardiomiopatia dilatada.
Reunião de 6 casos clínicos e sua relação com Lesões corticais estratégicas envolvendo o córtex motor da mão (HMC), apresentando-se agudamente como fraqueza motora pura distal do membro superior, certamente precisam ser diferenciadas clinicamente da “paralisia pseudoperiférica”.
Esses casos ressaltam o valor do exame neurológico preciso em pacientes que apresentam paresia focal da mão e demonstram que uma lesão estratégica na rede central de controle da mão pode mimetizar uma lesão nervosa periférica. Do ponto de vista da habilidade clínica heurística de “reconhecimento de padrões”, a paralisia motora pura isolada distal da mão não deve ser confundida com lesão do nervo periférico, pois o diagnóstico oportuno permitiria investigações emergentes apropriadas e o início imediato do tratamento. Alertamos que em lesões estratégicas do HMC, a TC cerebral pode estar normal, e ressaltamos a necessidade de ressonância magnética cerebral com difusão restrita para demonstrar a pequena lesão estratégica que afeta as áreas centrais da rede de controle manual do giro pré-central.
2023CHEN M. et al., 2023Este estudo teve como objetivo desenvolver um algoritmo de predição de AVC de ML com base em dados amplamente disponíveis no momento das apresentações hospitalares dos pacientes e avaliar o valor agregado dos determinantes sociais da saúde (SDoH) na previsão de AVC.
Realizamos um estudo retrospectivo dos registros do departamento de emergência e de hospitalização de 2012 a 2014 de todos os hospitais de cuidados intensivos no estado da Flórida, mesclados com os dados SDoH da American Community Survey. Um projeto de caso-controle foi adotado para construir coortes de AVC e coortes com mimetizadores de AVC. Comparamos o desempenho do algoritmo e as medidas de importância dos modelos de ML (machine learning) com aquelas do modelo de regressão logística baseado em 3 conjuntos de preditores. Para fornecer insights sobre a previsão e, em última análise, ajudar os prestadores de cuidados na tomada de decisões, usamos o TreeSHAP para modelos de ML baseados em árvore para explicar a previsão do AVC.
Utilizando dados amplamente disponíveis no momento das apresentações hospitalares dos pacientes, desenvolvemos um modelo de predição de AVC com alta sensibilidade e especificidade razoável. O algoritmo de previsão utiliza variáveis ​​que são recolhidas rotineiramente por prestadores e pagadores e podem ser úteis em hospitais com poucos recursos e com disponibilidade limitada de ferramentas de diagnóstico sensíveis ou capacidades de recolha de dados incompletas.
2021YANG FY. et al., 2021Conferir maior atenção e compreensão a distúrbios multifacetados que vão além dos camaleões do AVC.
Foram descritos dois casos de síndrome da artéria Percheron-plus. Ambos os pacientes apresentavam oclusão da AOP e inicialmente apresentavam alteração da consciência. O sintoma inicial de alteração da consciência foi acompanhado de meningite criptocócica em um paciente e de encefalopatia de Hashimoto (EH) no outro paciente.
As hipóteses sobre encefalopatia de Hashimoto (EH) incluem vasculite de pequenos vasos e dano direto devido a autoanticorpos antineuronais. Os achados da RM cerebral incluem aparência normal (aproximadamente 50%), alteração isquêmica, desmielinização e edema vasogênico. Nenhum estudo de caso anterior relatou infartos talâmicos paramedianos bilaterais coexistentes devido à oclusão de artéria de Percheron (AOP) e EH. Yeh et al. relataram um paciente com EH e pequenos infartos no mesencéfalo esquerdo e no tálamo esquerdo, que se acreditava serem causados ​​pela oclusão das artérias perfurantes do tálamo ou dos ramos da AOP. No nosso paciente 2, a EH foi diagnosticada e tratada adequadamente logo após a internação. A recuperação da oclusão da AOP e uma resposta satisfatória ao tratamento com esteróides para EH resultaram numa rápida melhoria da consciência. Acredita-se que o distúrbio agudo da consciência no paciente 2 tenha sido causado por acidente vascular cerebral agudo devido à AOP.
2021PIZZAMIGLIO C. et al., 2021Descrevemos quatro casos de acidentes vasculares cerebrais mitocondriais para destacar a considerável sobreposição que existe com outros distúrbios neurológicos, incluindo encefalite viral e autoimune, acidente vascular cerebral isquêmico e vasculite do sistema nervoso central (SNC), e discutir as características clínicas, laboratoriais e de imagem que podem ajudar distinguir MELAS desses diagnósticos diferenciais.
Todos os quatro pacientes estão sob acompanhamento ativo no Serviço Altamente Especializado para Doenças Mitocondriais Raras do NHS England, no Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia (NHNN), Londres, Reino Unido. Avaliação clínica, exames laboratoriais, ressonância magnética e biópsias de tecidos foram realizados como parte dos cuidados de rotina, e as investigações foram analisadas usando protocolos padrão. A análise espectrofotométrica das atividades enzimáticas da cadeia respiratória mitocondrial (RCEA) como uma proporção da atividade da citrato sintase foi medida no homogeneizado do músculo esquelético [14].
Concluindo, destacamos os desafios enfrentados no diagnóstico de AVC mitocondrial através das apresentações clínicas de quatro indivíduos com LES causado por MELAS. Os PMDs devem ser considerados em qualquer pessoa com início agudo/subagudo de sintomas neurológicos focais, com ou sem convulsões, em qualquer idade. Achados típicos de ressonância magnética, a coexistência de características multissistêmicas, incluindo diabetes, surdez e/ou cardiomiopatia, ou história familiar materna positiva, apoiam o diagnóstico de MELAS, mas nem sempre estão presentes. O estabelecimento de um diagnóstico tem implicações importantes para o manejo durante os estágios agudos do LES, incluindo a prevenção de tratamentos desnecessários e potencialmente prejudiciais, enquanto a identificação do defeito molecular subjacente permite aconselhamento genético, testes em cascata e discussão sobre opções reprodutivas.
2022SVEIKATA L. et al.,2022Avaliar o efeito do treinamento interativo em serviços médicos de emergência (EMS) no reconhecimento de AVC e no desempenho do atendimento pré-hospitalar em uma população de risco cardiovascular de muito alto risco na Lituânia.
Conduzimos um estudo de série temporal interrompido em um único centro entre 1º de março de 2019 e 15 de março de 2020. Sessões interativas de treinamento em AVC de duas horas em pequenos grupos foram organizadas para 166 paramédicos que atendem nossa rede de AVC. Avaliamos o valor preditivo positivo (VPP) e a sensibilidade para acidente vascular cerebral, incluindo identificação de ataque isquêmico transitório, tempo de início até a porta e resultados hospitalares durante 6 meses antes e 3,5 meses após o treinamento. Os resultados do estudo foram comparados entre prestadores de EMS em áreas urbanas e suburbanas.
O treinamento interativo do EMS foi associado a uma melhoria robusta no reconhecimento do AVC, no tempo de início do transporte hospitalar e a uma tendência de diminuição da mortalidade hospitalar. Podem ser necessárias estratégias de formação adaptadas para prestadores de serviços de EMS em zonas suburbanas. Estudos futuros deverão avaliar os efeitos a longo prazo do treino EMS e identificar intervalos de reciclagem ideais.
2021SASAGAWA A. et al., 2021Analisar pacientes com achados mascarados, incluindo imitadores de AVC e camaleões de AVC no glioma, e investigar as características clínicas desses pacientes e o momento apropriado para o tratamento invasivo.
Revisamos retrospectivamente registros patológicos para lesões que foram consideradas tumor cerebral. No total, 557 pacientes receberam remoção de tumor cerebral na Sapporo Medical University entre janeiro de 2011 e setembro de 2019. Destes, foram analisados ​​pacientes com diagnóstico de glioma e/ou com suspeita de glioma.
O diagnóstico de glioma e acidente vascular cerebral afeta o prognóstico do paciente e deve ser avaliado o mais rápido possível. No entanto, podem ocorrer diagnósticos errados, como AVC mimetizador e AVC camaleão causado ou caracterizado por glioma. É particularmente importante em casos de pacientes com acidente vascular cerebral, pois o tratamento pode ser adiado e o paciente pode não ter cura. O diagnóstico de acidente vascular cerebral deve levar em consideração a possibilidade de glioma em situações clínicas.


Com isso infere-se que em media 18% dos diagnósticos de possíveis casos de AVC são na verdade mimetizadores sendo feita a pesquisa apenas em população idosa com maior prevalência nas pessoas do sexo feminino (SVEIKATA L. et al.,2022).

Por tanto se torna mais complexo de fazer esse diagnóstico tendo em vista que com o passar da idade as lesões vasculares tendem a diminuir de tamanho o que dificulta a visualização em radiografia e com isso dificultando sendo preciso do exame histológico para confirmar e prevenir lesões mais profundas e retirar riscos de possíveis camaleões do AVC (SASAGAWA A. et al., 2021).

Levando em conta dados que expõem na epidemiologia do AVC a taxa de incidência dobra a partir dos 55 anos de idade fazendo com que a população idosa ( acima de 65 anos ) corra riscos maiores sobre essa patologia e também sobre os sinais incomuns provenientes da mesma e também trazendo a tona os riscos de diagnósticos imprecisos (KURIAKO. et al.,2020).

CONCLUSÃO ou CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao fim dessa pesquisa, conclui-se que, é necessário uma clínica mais ampla e complexa para o diagnóstico que não limite ao exame radiológico, sendo necessário um olhar mais minimalista sobre as lesões e suas características, realizando em especial os exames histopatológicos entre outros. Com isso, é necessário mais estudos sobre o assunto para fomentar o repertório técnicos e científico dos profissionais que lidam com esse público que é acometido por esse grande problema de saúde pública.

AGRADECIMENTOS E FINANCIAMENTO

Seguimos em agradecimento a instituição de ensino que possibilitou a criação de uma base científica propícia para a produção do artigo acima. Também devemos agradecer aos professores que estiveram com a gente durante a construção do artigo que de forma sábia conseguiram nos guiar por todo esse trabalho.

REFERÊNCIAS

1- Chen, M., Tan, X., & Padman, R. (2023). A machine learning approach to support urgent stroke triage using administrative data and social determinants of health at hospital presentation: Retrospective study. Journal of Medical Internet Research, 25, e36477. https://doi.org/10.2196/36477

2- Dieterich, M. (2017). Stroke or no stroke – that’s the question. Fortschr Neurol Psychiatr, 726–727. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-29212095

3- ERCOLE, Flávia Falci; MELO, Laís Samara de; ALCOFORADO, Carla Lúcia Goulart Constant. Integrative review versus systematic review. Reme: Revista Mineira de Enfermagem, [S.L.], v. 18, n. 1, p. 327-345, jul. 2014. Universidade Federal de Minas Gerais – Pro-Reitoria de Pesquisa. http://dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20140001.

4- Figueiredo, A. R. F. (n.d.). Patologias que mimetizam o AVC. Ubi.Pt. Retrieved June 19, 2023, from https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/11312/1/8308_17839.pdf

5- Gladstone, D. J., Wachter, R., Schmalstieg-Bahr, K., Quinn, F. R., Hummers, E., Ivers, N., Marsden, T., Thornton, A., Djuric, A., Suerbaum, J., von Grünhagen, D., McIntyre, W. F., Benz, A. P., Wong, J. A., Merali, F., Henein, S., Nichol, C., Connolly, S. J., Healey, J. S., & SCREEN-AF Investigators and Coordinators. (2021). Screening for atrial fibrillation in the older population: A randomized clinical trial. JAMA Cardiology, 6(5), 558. https://doi.org/10.1001/jamacardio.2021.0038

6- Johal, A., Imburgio, S., Pannu, V., Pozdniakova, H., Udongwo, N., Hossain, M., & Patel, S. (2022). A rare and unusual cause of ischemic stroke to be aware of. Journal of Medical Cases, 13(11), 536–540. https://doi.org/10.14740/jmc4015

7- Kuriakose, D., & Xiao, Z. (2020). Pathophysiology and treatment of stroke: Present status and future perspectives. International Journal of Molecular Sciences, 21(20), 7609. https://doi.org/10.3390/ijms21207609

8- Leys, D., Moulin, S., & Goldstein, P. (2020). Neurologists should not blame emergency physicians for stroke mimics, but train them to identify chameleons. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 78(2), 61–62. https://doi.org/10.1590/0004-282×20190166

9- Manifestações atípicas de doenças em idosos Milton Luiz e Elisa Franco de Assis Costa. (n.d.)

10- Moreira, C., & Modenese, F. (2009). Janelas de tempo: a eficácia do atendimento de emergência. ComCiência, 109, 0–0. http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542009000500005&lng=pt&nrm=iso

11- Moulin, S., & Leys, D. (2019). Stroke mimics and chameleons. Current Opinion in Neurology, 32(1), 54–59. https://doi.org/10.1097/wco.0000000000000620

12- Oliveira, A. A. V. de, Trigueiro, D. R. S. G., Fernandes, M. das G. M., & Silva, A. O. (2013). Maus-tratos a idosos: revisão integrativa da literatura. Revista brasileira de enfermagem, 66(1), 128–133. https://doi.org/10.1590/s0034-71672013000100020

13- Owolabi, M. O., Thrift, A. G., Mahal, A., Ishida, M., Martins, S., Johnson, W. D., Pandian, J., Abd-Allah, F., Yaria, J., Phan, H. T., Roth, G., Gall, S. L., Beare, R., Phan, T. G., Mikulik, R., Akinyemi, R. O., Norrving, B., Brainin, M., Feigin, V. L., & Stroke Experts Collaboration Group. (2022). Primary stroke prevention worldwide: translating evidence into action. The Lancet. Public Health, 7(1), e74–e85. https://doi.org/10.1016/S2468-2667(21)00230-9

14- Pizzamiglio, C., Bugiardini, E., Macken, W. L., Woodward, C. E., Hanna, M. G., & Pitceathly, R. D. S. (2021). Mitochondrial strokes: Diagnostic challenges and chameleons. Genes, 12(10), 1643. https://doi.org/10.3390/genes12101643

15- Sasagawa, A., Mikami, T., Kimura, Y., Akiyama, Y., Sugita, S., Hasegawa, T., Wanibuchi, M., & Mikuni, N. (2021). Stroke mimics and chameleons from the radiological viewpoint of glioma diagnosis. Neurologia Medico-Chirurgica, 61(2), 134–143. https://doi.org/10.2176/nmc.oa.2020-0309

16- Shelley, B., Harishchandra, P., & Devadas, A. (2020). Selective hand motor cortex lesions masquerading as “Pseudoperipheral Nerve Palsy.” Annals of Indian Academy of Neurology, 23(5), 688. https://doi.org/10.4103/aian.aian_9_19

17- Shi, Y., Guo, L., Chen, Y., Xie, Q., Yan, Z., Liu, Y., Kang, J., & Li, S. (2021). Risk factors for ischemic stroke: differences between cerebral small vessel and large artery atherosclerosis aetiologies. Folia Neuropathologica, 59(4), 378–385. https://doi.org/10.5114/fn.2021.112007

18- Souza, M. T. de, Silva, M. D. da, & Carvalho, R. de. (2010). Integrative review: what is it? How to do it? Einstein (Sao Paulo, Brazil), 8(1), 102–106. https://doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134

19- Sveikata, L., Melaika, K., Wiśniewski, A., Vilionskis, A., Petrikonis, K., Stankevičius, E., Jurjans, K., Ekkert, A., Jatužis, D., & Masiliūnas, R. (2022). Interactive training of the emergency medical services improved prehospital stroke recognition and transport time. Frontiers in Neurology, 13. https://doi.org/10.3389/fneur.2022.765165

20- Vista do Conhecimento de idosos sobre acidente vascular cerebral no contexto emergencial: Revisão integrativa. (n.d.). Com.br. Retrieved September 8, 2023, from https://revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/view/2399/2950

21- Yang, F.-Y., Hung, J.-L., & Lin, S.-K. (2021). Percheron artery-plus syndrome: A syndrome beyond stroke chameleon. Nippon Ika Daigaku Zasshi [Journal of Nippon Medical School], 88(4), 375–379. https://doi.org/10.1272/jnms.jnms.2021_88-414