QUALIDADE DE SONO DE ESTUDANTES DE MEDICINA E O DESENVOLVIMENTO DE DISTÚRBIOS MENTAIS E COGNITIVOS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10200929


Ana Carolina Rodrigues de Sousa¹
Rayanne Carvalho Vasconcellos de Azevedo²
João Marcos Costa de Siqueira³
Chimene Kuhn Nobre4


RESUMO

Introdução: Entende-se o sono como um estado de consciência complementar ao quadro de vigília, essencial para a manutenção da homeostase do corpo e importantíssimo para as funções mentais e cognitivas. Entretanto, no meio acadêmico, especialmente entre os estudantes do curso de medicina, os distúrbios do sono são notórios, com etiologias amplas e consequências negativas para o desempenho acadêmico dos mesmos. Objetivo: Delinear o perfil dos estudantes de graduação em Medicina quanto a má qualidade do sono. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que busca embasamento em artigos e pesquisas selecionados mediante plataformas digitais. Foram utilizados trabalhos publicados entre 2016 e 2023, nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola, e que tivessem como população de estudo “estudantes de medicina”. Resultados: Foram encontrados 23 estudos, onde 82,60% (n=19) eram do tipo transversal; 8,69% (n=2) eram descritivos e 8,69% (n=2) eram de revisão. Constatou-se dentre os fatores influenciadores que o principal é a sonolência diurna excessiva, com 29,62% (n=8), seguida pelo uso de estimulantes e o uso de medicamentos, ambos com 14,81% (n-=4). Considerações finais: Os estudantes de Medicina são passíveis aos transtornos do sono, devido ao horário integral de aulas e da forte pressão e estresse, com exigência de alto rendimento e autocobrança demasiada.

Palavras-chaves: Qualidade de sono. Estudantes. Insônia. Medicina

ABSTRACT

Introduction: Sleep is understood as a state of consciousness complementary to wakefulness, essential for maintaining the body’s homeostasis and extremely important for mental and cognitive functions. However, in academia, especially among medical students, sleep disorders are notorious, with broad etiologies and negative consequences for their academic performance. Objective: To outline the profile of undergraduate medical students regarding poor sleep quality. Methods: This is an integrative literature review that seeks support in articles and research selected through digital platforms. Works published between 2016 and 2023 were used, in English, Portuguese and Spanish, and which had “medical students” as the study population. Results: 23 studies were found, where 82.60% (n=19) were cross-sectional; 8.69% (n=2) were descriptive and 8.69% (n=2) were review. Among the influencing factors, the main one was excessive daytime sleepiness, with 29.62% (n=8), followed by the use of stimulants and the use of medications, both with 14.81% (n-=4). Final considerations: Medical students are susceptible to sleep disorders, due to full-time classes and strong pressure and stress, requiring high performance and excessive self-demand.

Keywords: Quality of sleep. Students. Insomnia. Medicine

1. INTRODUÇÃO

O sono pode ser compreendido como um fenômeno fisiológico e comportamental, marcado por um ciclo vigília-sono com funções elétricas bem definidas e orquestrado de forma complexa por diferentes sistemas, tendo seu ritmo disposto, em grande parte, pelo ciclo circadiano (PEREIRA, 2019).

Com o advento de exames modernos, como o encefalograma (EEG) e a polissonografia, pôde-se perceber que o sono é dividido em algumas fases, hora com atividade elétrica, movimento ocular e padrão respiratório semelhante ao estado de vigília; e hora em estado de quietude e prevalência de ondas lentas no EEG (NEVES et al, 2013). De forma resumida, o ato de dormir contempla duas grandes fases: a NREM (sem movimentos oculares rápidos), dividida em 4 etapas e marcada por relaxamento muscular e redução dos movimentos corporais; e REM (movimentos oculares rápidos), marcada pela atonia muscular e pelos sonhos (FERNANDES, 2006).

A justificativa fisiológica para a necessidade de um adormecer de qualidade, que contemple as fases já citadas, se dá pelas suas diversas funções, tais como conservação e restauração da energia, restauração do metabolismo energético, inclusive a nível cerebral, reparo de tecidos, fortalecimento do sistema imune, consolidação da memória, dentre outros (CARDOSO et al, 2009). Desta forma, fica claro como a privação ou um sono de má qualidade pode repercutir negativamente de diversas formas, tais como dificuldades em fixar aprendizados e manter o foco, prejuízos cognitivos e de raciocínio, pensamento obnubilado e até mesmo prejuízo motor leve (PASCOTTO; SANTOS, 2013).

Tratando-se dos estudantes do curso de Medicina, esse seleto grupo convive cotidianamente com alterações, intencionais ou não, do seu ciclo sono-vigília, aja vista o grande número de compromissos acumulados ao longo do dia. Além das atividades próprias do curso, que funciona em regime integral, sabe-se que grande parte busca ainda atividades extracurriculares, como cursos, ligas acadêmicas e projetos de extensão. Soma-se a isso o fator psicológico de estresse e pressão a eu são submetidos (RIBEIRO et al, 2014). Dessa forma, essa população acaba bastante propensa ao desenvolvimento de transtornos mentais e cognitivos, tais como ansiedade, depressão, insônia e abuso de substâncias, que levam o indivíduo a uma deterioração física, mental, psicológica e social, estando diretamente relacionados ao envelhecimento precoce e a diminuição da expectativa de vida (PASCOTTO; SANTOS, 2013). Vale ainda destacar o impacto na vida dos futuros pacientes dos acadêmicos, tendo em conta que toda essa desregulação no sono também impacta na capacidade de interpretação de exames, tomada de condutas e resolução de problemas (RIBEIRO et al, 2014).

Assim, o presente trabalho se propõe a fazer uma revisão integrativa da literatura existente para delinear o perfil dos estudantes de graduação em medicina quanto a má qualidade do sono, verificar a relação com os principais fatores influenciadores, constatar o possível aparecimento de transtornos mentais e cognitivos e suas repercussões secundárias.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O presente artigo trata-se de uma revisão integrativa de literatura que busca embasamento em demais artigos e pesquisas selecionados mediante as plataformas digitais tais como Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PubMed, Google Scholar e Biblioteca Virtual em Saúde Brasil (BVS) no período entre 2016 a 2023. A população utilizada consiste em “estudantes de medicina”. As palavras-chave utilizadas foram “estudantes de medicina”, “sono”, “distúrbios cognitivos” e “distúrbios mentais”, nos idiomas português, inglês e espanhol que cumprissem os objetivos estabelecidos no início do projeto e desta forma foram excluídos artigos que possuíssem data de publicação anterior a 2016, que não abrangesse o nicho de estudantes pré determinado e que não possuíam conclusões que acrescentassem ao tema. Somando-se, foram encontrados 74 artigos. Porém após leitura dos títulos e aplicado os critérios foram selecionados apenas 38 para a leitura do resumo e excluídos os que não cumprissem o propósito. Assim, selecionados 23 artigos, estes que foram lidos na íntegra e utilizados para a confecção de uma tabela comparativa/descritiva.

3. RESULTADOS

A respeito do desenho dos 23 estudos de tal revisão integrativa, conforme descrito na tabela 1, tem-se que 82,60% (n=19) eram do tipo transversal; 8,69% (n=2) eram descritivos e 8,69% (n=2) eram de revisão.

Tabela 1 Desenho utilizado no estudo

DESENHON%
Transversal1982,60
Descritivo28,69
Revisão28,69

Fonte: Autores, 2023.

No que tange a má qualidade de sono dos estudantes de medicina, há diversos fatores influenciadores, porém, a partir dos estudos selecionados, e conforme ilustrado na tabela 2 que se segue abaixo, têm-se que o principal é a sonolência diurna excessiva, com 29,62% (n=8), seguida pelo uso de estimulantes e o uso de medicamentos, ambos com 14,81% (n-=4). Depois, se apresentam má alimentação e distúrbios psíquicos, empatados com 7,40% (n=2). Por fim, têm-se sedentarismo, estresse, insatisfação com rendimento, fadiga, tabagismo, pandemia e internet, cada fator representado por 3,70% (n=1).

Tabela 2: Fatores influenciadores do sono por estudo

FATORESN%
Sonolência Diurna Excessiva829,62
Uso de Estimulantes414,81
Uso de Medicamentos414,81
Má alimentação27,40
Distúrbios Psiquiátricos27,40
Sedentarismo13,70
Estresse13,70
Insatisfação com rendimento13,70
Fadiga13,70
Tabagismo13,70
Pandemia13,70
Internet13,70

Fonte: Autores, 2023

Dentre os diversos problemas de sono, uma das principais queixas é sobre o tempo para dormir. De acordo com os diferentes artigos definidos, há variação nos resultados encontrados, desde 19,36 minutos até 1 hora e 53 minutos. Já sobre o médio de sono, variou-se de 5 a 8 horas por noite.

Analisando o tempo de sono por período do estudante, encontrou-se que no início do semestre a quantidade de horas de sono chega a ser superior a 7 horas, porém, com o passar do ano letivo, essas horas diminui. Ademais, essa quantidade de horas varia de acordo com o período/ano da faculdade. Alguns artigos trazem que, segundo e quarto anos são os melhores no quesito qualidade de sono. Outros, por vez, afirmam que o terceiro e o quarto anos apresentam a pior qualidade de sono entre os estudantes. Os demais indicam que os primeiros anos tem pior qualidade de sono, associada a maior disfunção diurna.

Ao final, quando o quesito analisado foi a diferença entre os gêneros, viu-se que as mulheres apresentam maior prevalência de transtorno mental, menor qualidade de vida, maior sonolência diurna e a pior qualidade de sono. Apenas poucos artigos divergiram e apresentaram a baixa qualidade de sono superior em homens, mas, ainda assim o sono estaria diversamente relacionado às mudanças emocionais ocasionadas pelo curso, o que afeta ambos os gêneros.

Acerca dos objetivos, percebeu-se que 100% (n=23) dos estudos apresentavam objetivo dissertar sobre qualidade de sono. Como variável, havia principalmente os fatores influenciadores de tal qualidade. Sobre o campo amostral, majoritariamente os estudos abrangeram estudantes de medicina, sendo que apenas 4,34% (n=1) teve campo amostral também com residentes, como descrito no quadro 1. Tal quadro apresenta todos os estudos analisados para construção dessa revisão.

Quadro 1: Descrição dos trabalhos avaliados nesse estudo

TÍTULOAUTORESMÉTODOOBJETIVORESULTADO
Impacto da Má Qualidade do Sono no Desempenho Acadêmico de Estudantes de MedicinaMaheshwari G, Shaukat F.Estudo observacional, transversal



Descobrir se o mau desempenho acadêmico é ou não consequência da má qualidade do sono entre estudantes de medicina paquistanesesHouve 64,24% indicando má qualidade do sono. O GPA médio dos que dormem mal foi de 2,92 ± 1,09, significativamente menor do que o dos que dormem bem
Relação entre sono de má qualidade, sonolência diurna excessiva e baixo desempenho acadêmico em estudantes de medicinaHANGOUCHE. et alEstudo transversalDeterminar a prevalência de sonolência diurna excessiva, qualidade do sono e sofrimento psicológico, bem como avaliar sua associação com o baixo desempenho acadêmico nesta populaçãoQuase um terço dos estudantes apresentou sonolência diurna excessiva e isso foi observado com maior frequência em estudantes do sexo feminino. Além disso, 58,2% dos estudantes dormiam mal, enquanto 86,4% deles apresentavam sofrimento psíquico.
Quantidade, qualidade do sono e sintomas de insônia em estudantes de medicina durante anos clínicosALSAGGAF. et alEstudo transversalDeterminar os hábitos e a qualidade do sono em estudantes de medicina durante seus anos clínicos usando medidas validadas; e investigar associações com desempenho acadêmico e estresse psicológico.Foi percebido que os alunos tinham em torno de 5,8 horas de sono por noite, com horário médio para dormir de 1h53min. Aproximadamente 8% relataram sentir sono durante o dia e não durante a noite. A má qualidade do sono esteve presente em 30%, a sonolência diurna excessiva em 40% e os sintomas de insônia em 33% dos estudantes.
Qualidade de Vida de Acadêmicos de Medicina: Há mudanças durante a graduação?PIRES, Aline Maria Fatel da Silva et al.Estudo censitário, descritivo, de corte transversalAnalisar a percepção da qualidade de vida dos acadêmicos de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), a fim de compreender os fatores que interferem na qualidade de vida durante o curso.Dentre 188 estudantes, a avaliação da qualidade de vida obteve melhor resultado para os alunos do segundo e quarto ano. Quanto à satisfação sobre a saúde, o resultado de início do curso foram os melhores avaliados. Já no quesito qualidade de vida, as mulheres obtiveram a pior avaliação, bem como para satisfação com a saúde. Nos scores gerais, a pior avaliação deu-se sobre “sono e repouso”
Influência da qualidade do sono no desempenho acadêmico de estudantes de medicinaDE ALMEIDA, Fernanda Vieira Queiroz et al. Estudo transversal de cunho qualiquantitativoIdentificar os principais fatores que afetam a qualidade do sono de acadêmicos de medicina e a provável relação entre o sono e o desempenho escolar ao longo do curso.
Dentre os 105 participantes, 34% utilizam medicamento de uso continuo, 79% recorrem à substancias estimulantes, e 80,95% são classificados com má qualidade de sono.
Qualidade de sono e sonolência excessiva entre estudantes de medicinaSILVA, Rodrigo Rufino Pereira et al.Estudo transversal analíticoAvaliar a percepção que o estudante de medicina tem acerca da qualidade do próprio sono, bem como o grau de sonolência diurna excessiva, comparando as diferentes fases do curso.
Dos 234 participantes, 75,6% obtiveram pontuação maior ou igual a 6 no PSIQ, o que apresenta uma qualidade ruim ou distúrbio do sono. Entretanto, na auto percepção sobre a qualidade do sono, 65,9% se classificaram como boa ou muito boa, dado possivelmente superestimado, haja vista que pela análise global final dos componentes do PSQI, apenas 35,5% dos alunos apresentam uma qualidade de sono boa.
Consumo de Estimulantes Cerebrais por Estudantes de Medicina de uma Universidade do Extremo Sul do Brasil: Prevalência, Motivação e Efeitos PercebidosMORGAN, Henri Luiz et al.Estudo transversal, quantitativo observacionalInvestigar o uso de substâncias estimulantes do sistema nervoso central pelos estudantes de graduação em Medicina da Universidade Federal do Rio Grande – Furg (RS), verificando as substâncias mais utilizadas, os motivos de uso e o perfil dos usuários.


Dos 156 questionários respondidos pelos alunos de medicina da Furg, 64,5% tomam café pela manhã. A média de sono é de 6,5 horas, e 16,5% dormem menos de 6 horas por dia, 15,5% precisam de remédios para dormir e 29,2% classifica sua qualidade de sono como regular ou ruim. O uso de estimulantes chegou a 57,5%, sendo 51,3% iniciados durante a faculdade, destacando-se a cafeína e os energéticos. Esse uso é feito para compensar a privação de sono em 47,4% dos casos, e em 31,6% para melhorar o raciocínio, memoria e concentração.
Qualidade de vida e graduação em MedicinaMIRANDA, Isabela Maria Melo et al. Estudo transversalAvaliar a qualidade de vida de acadêmicos de Medicina e seus fatores associadosDos 419 estudantes do segundo ao oitavo período, 25,1% usa estimulantes “às vezes”, e 9,3% sempre. 28,6% pensou em desistir do curso. Ao analisar o fator sono, quanto maiores as horas de sono, maior a QV em todos os domínios. A cada aumento de hora de sono, os escores de QV aumentam para os domínios físicos, psicológico, ambiental e geral. Os problemas relacionados ao sono afetam o trabalho e a aprendizagem.
Qualidade de sono em estudantes de medicina: comparação das diferentes fases do cursoCORRÊA, Camila de Castro et alEstudo TransversalAvaliar a percepção subjetiva de qualidade de sono em estudantes de medicina, comparando as diferentes fases do curso.Dos 372 alunos que completaram o PSQI, 39,5% classificou a qualidade do sono como ruim ou muito ruim. A quantidade de horas de sono ficou em cerca de 6 horas de sono, sem grandes variações entre os anos do curso. No entanto, alunos do terceiro e quarto anos tendem a ter pior qualidade no sono.
A influência do sono na qualidade de vida e no desempenho universitário de discentes do curso de medicinaGUIMARÃES, Vanessa Lara et al.estudo transversal, analítico e descritivodescrever a influência do sono na qualidade de vida e, principalmente, no desempenho acadêmico dos discentes do curso de medicina, buscando compreender os impactos deleem suas funções laborais.Da amostra de 224 estudantes, a média de tempo para adormecer é de 19,36 minutos. 61,6% tem qualidade de sono ruim. Com relação à Escala de Sonolência de Epworth, 42,85% apresentam sonolência diurna com necessidade de investigação. O estudo indica associação estatística entre qualidade de sono e período letivo; uso de estimulantes.
Fatores associados à sonolência diurna excessiva em estudantes de Medicina de uma instituição de ensino superior de BucaramangaNINO GARCIA, Jorge Andrés et alEstudo transversal analítico observacionalEstimar a prevalência de SDE e os fatores associados em estudantes de Medicina de uma instituição de ensino superior (IES) de BucaramangaFoi estabelecido que 80,75% dos participantes tinham SDE e 80,55%, uma percepção negativa da qualidade do sono
Preditores de qualidade de vida em estudantes de medicina brasileiros: revisão sistemática e meta-análiseSOLIS, Ana C.; NETO, Francisco LofutoEstudo de revisãoExaminar preditores associados à (QV) em estudantes de medicina brasileirosEstudantes de medicina do sexo feminino apresentaram menores escores de QV nos domínios saúde física e psicológico do WHOQOL-Bref em comparação aos estudantes do sexo masculino. Intervenções específicas devem ser concebidas para este grupo, conforme apropriado.
Fatores Associados aos Níveis de Fadiga e Sonolência Diurna Excessiva em Estudantes de Internato MédicoVAZ, Andre Luiz de Lucena. et alestudo transversal analítico com abordagem quantitativamensurar os níveis de fadiga e SED em estudantes internos de um curso de Medicina, bem como analisar os fatores sociodemográficos e pessoais associados.
Aspectos sociais e demográficos, como pessoais exercem influência direta sobre os seus níveis de fadiga e SED. Tal evidência é de suma relevância, já que fadiga e SED podem trazer consequências negativas para os acadêmicos.
Qualidade de sono em estudantes de medicina: comparação das diferentes fases do cursoCORRÊA, Camila de Castro. et alEstudo transversalAvaliar a percepção subjetiva de qualidade de sono em estudantes de medicina, comparando as diferentes fases do curso.A percepção da má qualidade do sono mostrou-se elevada para todos os anos do curso de graduação de medicina, no entanto, em relação à comparação das fases do curso, os alunos dos primeiros anos relataram pior qualidade do sono e maior disfunção diurna quando comparados aos demais
ASPECTOS RELACIONADOS À QUALIDADE DO SONO EM ESTUDANTES DE MEDICINASEGUNDO, Luiz Vieira Gomes et al.Estudo transversalAvaliar o padrão de sono e os fatores associados à sua qualidade entre os estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba.A má qualidade do sono e a privação do mesmo é comum entre os alunos de medicina, pois os mesmos sofrem com a constante pressão do curso, que os fazem manter altos níveis de estresse diários
Uso de hipnóticos, qualidade do sono e síndrome de Burnout em estudantes de medicina
ROCHA, Emmanuella Passos Chaves et al. Estudo transversal
Investigar possíveis associações entre Burnout, uso de hipnóticos e qualidade do sono em estudantes de medicina
Participaram 523 alunos onde mostrou que a má qualidade de sono está mais prevalente em meio aos que possuem Síndrome de Burnout assim como o uso regular de hipnóticos para dormir
Prevalência de transtornos mentais comuns entre estudantes de Medicina durante a pandemia de Covid-19
CARDOSO, Ane Caroline Cavalcante et al.Estudo transversal
Estimar a prevalência de TMC entre estudantes de Medicina durante a pandemia vigente, analisando os principais determinantes dessa vulnerabilidade nos âmbitos acadêmico, social e econômico.
Amostra maior feminina com resultados de a prevalência de TMC ser maior no ciclo básico, seguido de clínico e após o internato e os aspectos que corroboram são sedentarismo, tabagismo, uso de substâncias que favoreçam o desempenho acadêmico, insatisfação com seu rendimento, sono inadequado, falta de apetite, cefaleia, má digestão, ideação suicida e tristeza.
Estilo de vida e qualidade do sono de estudantes de medicina em uma universidade pública, durante a pandemia da COVID-19: um estudo transversal Alterações na qualidade do sono durante o semestre letivo em estudantes da área da saúde
MARTINS, João Mateus Silva; FERREIRA, Esther Angelica Luiz; VALETE, Cristina Ortiz Sobrinho.Estudo transversal
Avaliar o estilo de vida e a qualidade do sono entre estudantes de medicinaMaior parte dos estudantes revelou estilo de vida bom ou regular já quando questionados mediante o sono, maior parte revelou qualidade ruim. Destacando que a pesquisa foi realizada durante a pandemia do COVID-19.
Alterações na qualidade do sono durante o semestre letivo em estudantes da área da saúde
ZAPATA-LÓPEZ, Jhoan Sebastián; BETANCOURT-PEÑA, JhonatanEstudo descritivo
Descrever as alterações na qualidade do sono durante um semestre letivo de acordo com o ciclo de formação em estudantes universitários de uma escola de saúde e reabilitação em Cali, Colômbia
No início do semestre a maioria dos alunos dormiam 7 horas ou mais, e com o passar do ano letivo essas horam foram diminuindo. Assim, como a má qualidade do sono foi aumentando com o passar do semestre
Análise do perfil latente de qualidade de vida relacionada à saúde, qualidade do sono, tipo matutino e vespertino e dependência de internet entre estudantes de medicina.Yu, L., Wu, Y., Guo, C. et al.Estudo transversal
Confirmar perfis latentes em qualidade de vida relacionada à saúde, qualidade do sono, tipos matutino e noturno e dependência de internet em estudantes de medicina e investigar as características dos participantes de cada perfil para fornecer sugestões para a saúde dos estudantes
Classificou-se como 1) perfil de baixa qualidade de sono sendo mais comum nos homens do que nas mulheres, sendo que os dois sofrem por mudanças em seus estados emocionais e sociais 2) perfil de baixa qualidade de vida relacionado à saúde e maior dependência de internet, afetando tempo de sono e eficiência podendo levar a distúrbios 3) perfil de alta qualidade de vida relacionado à saúde e baixo perfil de dependência de internet apresentando melhor qualidade de sono
Privação do sono e sonolência excessiva em médicos residentes e estudantes de medicina
PURIM, KÁTIA SHEYLLA et al. Estudo Transversal
Avaliar a qualidade de sono e a sonolência diurna de residentes comparando com estudantes de medicina
Os residentes apresentaram pior qualidade de sono comparada ao grupo acadêmico, além de menor duração de sono e pior qualidade subjetiva do sono, porém os dois grupos apresentam privação de sono
Novas perspectivas sobre o papel da melatonina no sono humano, ritmos circadianos e sua regulação
ZISAPEL, NavaEstudo de revisão
Descrever o papel da melatonina no sono humano
A melatonina e os seus efeitos podem explicar o aumento da propensão do sono nos distúrbios do ritmo circadiano, e assim sua capacidade de reduzir atividade do DMN aumentando o valor restaurador do sono, utilizando-a em intervenções precoces para promover envelhecimento físico e mental saudável
ASPECTOS RELACIONADOS À QUALIDADE DO SONO EM ESTUDANTES DE MEDICINASEGUNDO, Luiz Vieira Gomes et al.Estudo transversalAvaliar o padrão de sono e os fatores associados à sua qualidade entre os estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba72,2% dos estudantes apresentam qualidade de sono ruim e 81,6 % apresentam sonolência diurna grave, 8,66% afirmaram tomar medicamentos para dormir piorando a probabilidade de qualidade de sono ruim

Fonte: Autores, 2023

4. DISCUSSÃO

O objetivo deste estudo foi avaliar o nível da qualidade de sono dos estudantes de Medicina por consequência do curso. Em geral, tal assunto possui relevância, uma vez que a redução do número de horas dormidas gera sérias consequências por causar problemas ao desempenho dos alunos, o que pode comprometer o desempenho destes para com os pacientes – tanto durante a formação, quanto no futuro.

Nesse sentido, para fidelizar tal argumento, um estudo publicado pelo Journal The Cureus traz a correlação direta entre mau desempenho acadêmico e a má qualidade do sono dos estudantes de medicina paquistaneses, havendo um GPA dos que dormem mal de 2,92 ± 1,09, significativamente menor do que o dos que dormem bem (PIRES, Aline Maria Fatel da Silva et al).

Da mesma forma, o estudo de Dove Medical Press, 2018, mostrou que cerca de 1/3 dos estudantes apresentam sonolência diurna, e ainda 86.4% deles apresentavam sofrimento psíquico (DE ALMEIDA, Fernanda Vieira Queiroz et al). Nessa perspectiva, o Brazilian Journal of Development reafirmou sonolência diurna, , o uso de estimulantes e a má qualidade de sono (GUIMARÃES, Vanessa Lara et al.).

Analisando a qualidade e quantidade de sono, mediante um estudo transversal, a má qualidade de sono está presente em pelo menos 30% dos estudantes (ALSAGGAF. et al). Esse mesmo aspecto analisado por outro estudo, a pior avaliação dos scores foi acerca a satisfação de “sono e repouso” (PIRES, Aline Maria Fatel da Silva et al)

Analisando essa problemática da sonolência diurna para além do Brasil, a partir de uma perspectiva colombiana, numa instituição de ensino superior de Bucaramanga, um estudo indicou que 80,75% tem uma SDE de 80,55% e uma má percepção sobre a qualidade de sono (DA COSTA, Larissa Daltoé Moreira et al).

Outro estudo novamente reafirma a péssima qualidade de sono, no qual 72,2%dos estudantes com sono ruim, 81,6% com sonolência diurna em fase grave e 8,66% em uso de medicamentos para dormir, o que piora a probabilidade de sono ruim. (SEGUNDO, Luiz Vieira Gomes et al. 2017)

Quando pesquisados dados relativamente melhores acerca da qualidade de sono, pode-se encontrar valores discretamente inferiores, como em um estudo de 2020 da USP, em que 75,6% apresentaram qualidade ruim ou distúrbio do sono. Entretanto, ao se interpretar o estudo realizado, observou-se, a partir dos dados, a existência de uma auto percepção enganosamente superestimada, demonstrada pelos danos psíquicos. Isso porque 69,9% de fato se classificaram como qualidade de sono boa ou muito boa, entretanto a análise global final dos componentes do PSQI demonstra que apenas 35,5% dos alunos possui tal resultado (SILVA, Rodrigo Rufino Pereira et al).

Se analisado quadro qualitativo do sono em diferentes fases do curso, no geral, 39,5% dos alunos classificam a qualidade do sono como ruim ou muito ruim, mas são os alunos do terceiro e quarto ano que possuem a qualidade de sono mais prejudicadas, sendo estes os que geralmente apresentam piores qualidades de sono (CORRÊA, Camila de Castro et al).

Ao se estudarem as alterações do sono durante o semestre, um estudo da Universidade de Salud mostrou que no início do semestre os alunos tendem a dormir melhor, chegando a até 7 horas ou mais, mas no passar do ano as horas reduzem e a qualidade do sono cai (ZAPATA-LÓPEZ, et. al.)

Vale lembrar que o problema do sono vai além dos estudantes, afetando também os residentes. Ao se analisar um estudo comparativo da qualidade de sono dos residentes aos dos estudantes, chegando à conclusão que, inclusive, os índices dos residentes podem ser ainda piores à vista da qualidade de sono. E ambos os grupos apresentam privação de sono e consequências relacionadas a isso (PURIM, KÁTIA SHEYLLA et al).

Quando se analisa a qualidade de vida dos estudantes, obtém-se que, no geral, as mulheres apresentam-se com piores índices. Ao se analisarem as diferenças da qualidade de vida perante o sexo, o sexo feminino apresentou scores menores de QV nos domínios de saúde física e psicológica do WHOQOL-Bref que o masculino (NINO GARCIA, Jorge Andrés et al).

Ao se analisarem os transtornos mentais dos estudantes durante a pandemia de Covid-19, por meio de uma correlação por faixas, tem-se que a TMC feminina é maior no ciclo básico, seguido de clinico e depois internato, havendo aspectos associados como sedentarismo, tabagismo, uso de substâncias, insatisfação com o rendimento, sono inadequado e tristeza (ROCHA, Emmanuella Passos Chaves et al).

Ainda no contexto da pandemia, os dados de má qualidade de sono dos estudantes não apresentaram melhorias durante a COVID-19. Sendo assim, o estilo de vida dos estudantes manteve-se relativamente inferior mesmo estando em casa, ou seja, mesmo em home office, os estudantes não conseguiram melhorar sua qualidade de sono (MARTINS, João Mateus Silva et al.)

Para entender melhor o problema, é de suma importância compreender as causas de tamanha deturpação do sono. Dessa forma, a carga horária elevada e as dificuldades do curso e da rotina estão diretamente relacionadas, haja vista que a a privação do sono é, muitas vezes, causada pela pressão do curso e os elevados níveis de estresse diários (SEGUNDO, Luiz Vieira Gomes et al.2020)

Em outro aspecto, ao se associar a qualidade de vida dos estudantes ao uso constante da internet, ao se analisarem 3 perfis de estudantes – sendo o primeiro de homens e mulheres com baixa qualidade de sono; o segundo com baixa qualidade de vida e maior dependência à internet e menor tempo de reflexo e o terceiro com perfil de alta qualidade de vida e saúde com baixa dependência à internet – pode-se compreender a menor dependência à internet está diretamente relacionada à melhor qualidade de sono (Yu, L., Wu, Y., Guo, C. et al.).

Outro problema diretamente relacionado ao sono são os medicamentos utilizados para manter o nível dos estudantes mediante tal cenario. Em uma pesquisa realizada sobre este parâmetro, 80,95% dos estudantes são classificados com má qualidade de sono. Para melhorar essa situação, 79% usam estimulantes e 34% medicamentos (DE ALMEIDA, Fernanda Vieira Queiroz et al). Nesse sentido, o uso de substancias na tentativa de melhorar o sono se torna um problema encontrado em estudantes de medicina de diversos locais do país, fato que pode ser exemplificado na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), em que o uso de estimulantes chegou a 57.5%, destacando-se cafés e energéticos, utilizados para compensar a privação do sono em 47.4% dos casos e em 31,6% dos casos para melhorar o raciocínio, memoria e concentração (MORGAN, Henri Luiz et al).

As consequências de uma má qualidade de sono podem ser significativas em todas as áreas da vida do estudante. Acerca da quantidade de horas de sono, conclui –se que quanto maior o tempo de sono, maior o desenvolvimento das áreas física, psicológica, ambiental e geral. Em geral, a cada hora de sono acrescentada, há uma melhora nesses aspectos. Portanto, problemas com sono reduzem a capacidade de trabalho e de cognição, reduzindo a aprendizagem (MIRANDA, Isabela Maria Melo et al).

Ainda sobre as repercussões causadas, Educação Médica de 2020 trouxe os aspectos sociais e demográficos sendo diretamente influenciados sob a fadiga e sonolência excessiva diurna, causando implicações negativas diretamente na vida dos acadêmicos (VAZ, Andre Luiz de Lucena. et al) .

Outra grave complicação que pode ser desenvolvida ainda na graduação é a Síndrome de Burnout, em que se desencadeia um quadro de exaustão extrema do aluno sob a perspectiva da medicina. No cenário estudantil, há uma correlação diretamente proporcional do desenvolvimento da Síndrome com a ausência do sono, para além da utilização de medicamentos que os alunos constantemente utilizam. (ROCHA, Emmanuella Passos Chaves et al).

Mediante os estudos supracitados, é concreto se dizer que a qualidade de sono dos estudantes é prejudicada pelo curso de medicina, e que as consequências podem ser graves. Sendo assim, medidas podem ser tomadas par tentar mitigar tais repercussões. Entretanto, sabe-se que tais medidas devem ser individualizadas para cada indivíduo, bem como para cada instituição, a fim de não se perder a quantidade matérias ministradas, uma vez que a discussão de todo conteúdo é de suma importância na formação médica.

Assim sendo, é necessário reorganizar a qualidade de sono, haja visto que, como superiormente indicado, a partir da melhoria da qualidade de sono, os alunos poderão elevar o índice de aprendizagem e rendimento, para além de melhoras no âmbito social. Dentre umas das possíveis alternativas, um dos estudos encontrados diz respeito à melatonina, descrita em 2018 por como “hormônio com papel fundamental no sono”. Nesse aspecto, seus efeitos sobre o ciclo circadiano podem apresentam resultados significativos, com promissores resultados de se aumentar o valor restaurador do sono, podendo ser esta uma intervenção válida em vista à problemática supracitada (ZISAPEL, Nava).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final dessa revisão, é notável o quanto a qualidade de sono dos estudantes de medicina apresenta baixos scores, seja pela privação total ou parcial do sono, insônia, necessidade de uso de medicações hipnóticas para adormecer e estimulantes para realizar suas atividades diurnas, dentre outros.

A pesquisa também deixou claro que o estresse e a ansiedade são duas grandes etiologias para tal fato, bem como alto nível de cobrança do curso, vindas dos próprios estudantes (autocobrança), dos pais e dos mestres.

Vale ainda destacar as graves consequências desse padrão de comportamento, citados e analisados nos artigos apontados, resultando em distúrbios de cunho psicológico, cognitivo e social.

Deste modo, os acadêmicos devem ser bem orientados quanto a importância de se estabelecer uma rotina organizada, que inclua uma boa higiene do sono e prática diária de exercícios físicos, afim de se conseguir uma melhor qualidade de sono.

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1 Acadêmica de Medicina. E-mail: rdanacarolina9@gmail.com Artigo apresentado a FIMCA, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Medicina, Porto Velho/RO, 2023.

2 Acadêmica de Medicina. E-mail: rdanacarolina9@gmail.com Artigo apresentado a FIMCA, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Medicina, Porto Velho/RO, 2023.

3 Acadêmico de Medicina. E-mail: jcostadesiqueira1999@gmail.com. Artigo apresentado a FIMCA, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Medicina, Porto Velho/RO, 2023.

4 Professora Orientadora. Professora do curso de Medicina. E-mail: chimenekn@gmail.com