USO DA PASSIFLORA INCARNATA NO TRATAMENTO DE TRANSTORNO DE ANSIEDADE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

USE OF PASSIFLORA INCARNATA IN THE TREATMENT OF ANXIETY DISORDER: A SYSTEMATIC REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10198971


Erika Montanha Ferreira
Francisca Cleyciane Dos Santos
Mayra Thaline Farias Xavier
Silvane Brito De Assis Damasceno
Dra. Anne Cristine Gomes de Almeida
Msc Sara Jéssica Teixeira de Andrade


RESUMO

INTRODUÇÃO: Os transtornos de ansiedade representam um conjunto predominante de distúrbios no âmbito das síndromes psiquiátricas, afetando aproximadamente um em cada quatro indivíduos. Essas condições podem manifestar-se de diversas formas, como transtorno de ansiedade generalizada, fobias específicas, transtorno do pânico e transtorno obsessivo-compulsivo, impactando significativamente a qualidade de vida. O fitoterápico a base de Passiflora incarnata é indicado no uso alternativo a antidepressivos e ansiolíticos, pois demonstram menores chances de efeitos colaterais e não colocam em risco o ser humano.

OBJETIVOS: Analisar a eficácia do tratamento alternativo com a P. incarnata para pacientes com transtornos de ansiedade, tendo como objetivos específicos: descrever a eficácia do fitoterápico P. incarnata nos transtornos de ansiedade; descrever os princípios ativos da P. incarnata e apresentar os efeitos adversos do uso da P. incarnata.

MÉTODOS: Caracterizado por ser uma revisão sistemática. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados Scielo, BVS e PubMed. Os critérios para seleção dos artigos são: artigos científicos completos, artigos com recorte temporal 10 anos.

RESULTADOS: A eficácia do fitoterápico P. incarnata no tratamento de transtornos de ansiedade demonstrando resultados promissores. Os princípios ativos presentes na P. incarnata incluem flavonoides, alcaloides e maltol, que, juntos, contribuem para suas propriedades ansiolíticas. No entanto, os efeitos adversos associados ao seu uso são geralmente leves, sendo a sonolência o mais comumente relatado. Essa segurança, aliada à eficácia, faz da P. incarnata uma opção atraente no tratamento de transtornos de ansiedade.

CONCLUSÃO: Os medicamentos fitoterápicos tal como a P. incarnata, são recomendados como alternativas aos ansiolíticos e antidepressivos porque esses medicamentos têm menos probabilidade de causar efeitos colaterais e não levam à dependência, e apresentam eficácia no tratamento do transtorno de ansiedade.

DESCRITORES: Fitoterápico, Farmacologia, Transtorno de ansiedade, Passiflora incarnata.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Anxiety disorders represent a predominant set of disorders within the scope of psychiatric syndromes, affecting approximately one in four individuals. These conditions can manifest themselves in several ways, such as generalized anxiety disorder, specific phobias, panic disorder, and obsessive-compulsive disorder, significantly impacting quality of life.  The herbal medicine based on Passiflora incarnata is indicated in the alternative use to antidepressants and anxiolytics, as they demonstrate lower chances of side effects and do not put the human being at risk.

OBJECTIVES: To analyze the efficacy of alternative treatment with P. incarnata for patients with anxiety disorders.

With specific objectives: to describe the effectiveness of the herbal medicine P. incarnata in anxiety disorders; describe the active ingredients of P. incarnata and present the adverse effects of using P. incarnata.

METHODS: Characterized by being a systematic review. The search for articles was performed in the Scielo, VHL and PubMed databases. The criteria for the selection of articles are: full scientific articles, articles with a time frame of 10 years.

RESULTS: The efficacy of the herbal medicine P. incarnata in the treatment of anxiety disorders has shown promising results. The active ingredients present in P. incarnata include flavonoids, alkaloids, and maltol, which together contribute to its anxiolytic properties. However, the adverse effects associated with its use are generally mild, with drowsiness being the most commonly reported. This safety, combined with efficacy, makes P. incarnata an attractive option in the treatment of anxiety disorders.

CONCLUSION: Herbal medicines such as P. incarnata are recommended as alternatives to anxiolytics and antidepressants because these drugs are less likely to cause side effects and do not lead to dependence, and are effective in the treatment of anxiety disorder.

KEYWORDS: Herbal medicine, pharmacology, Anxiety disorder, Passiflora Incarnata.

INTRODUÇÃO

Os transtornos de ansiedade representam um conjunto predominante de distúrbios no âmbito das síndromes psiquiátricas, afetando aproximadamente um em cada quatro indivíduos. Essas condições podem manifestar-se de diversas formas, como transtorno de ansiedade generalizada, fobias específicas, transtorno do pânico e transtorno obsessivo-compulsivo, impactando significativamente a qualidade de vida, nesse cenário a ansiedade é caracterizada como uma condição que pode agravar-se e induzir ao suicídio (Vasconcelos et al., 2015).

Esse distúrbio pode se tornar crônico, sendo ele altamente limitante, resultando em hospitalizações, uso de medicamentos prescritos, declínio de produtividade (Frota et al., 2022).

O Brasil liderou o ranking latino-americano de distúrbios mentais e a quinta posição mundial em 2017, destacando-se as perturbações de ansiedade e as perturbações de humor. De acordo com o novo Relatório Global, a ansiedade atinge 7,8% da população brasileira. Segundo dados publicados pela “Depression and other common mental disorders: global health estimates”, existe aproximadamente cerca de 322 milhões de pessoas vivendo com problemas mentais no mundo, sendo a maior predominância entre as mulheres (OPAS, 2017).

No que se refere a manifestação de ansiedade, pode-se dizer que há certa sensação inespecífica, vaga e que proporciona algum tipo de ameaça ao bem estar, isso segundo o olhar psíquico, ou seja, aquela sensação de que “algo vai acontecer”, na maioria das vezes, essa sensação está ligada a diversas situações do dia-a-dia, que pode ser desde o primeiro dia no novo emprego, a mudança de casa, ou pode acontecer sem nenhum motivo específico (Lopes; Santos, 2018). Vale também ressaltar alguns sintomas da ansiedade, que podem ser arrepios, vômitos, tremores, dores abdominais, taquicardia, sudorese e diversas alterações biológicas e químicas (Souza et al., 2015).

Novos fármacos vêm sendo desenvolvidos para ansiedade, e uma das fontes de relevância são as plantas medicinais, com o objetivo da bioprospecção de novas substâncias (Correia et al., 2021). O uso de plantas medicinais pelo homem acompanha a sua história, pesquisas apontam a sua importância cultural desde 60.000 anos A.C (Nobrega et al., 2022). Alguns povos, como por exemplo, os antigos egípcios, hindus, persas, entre outros, empregavam tais recursos terapêuticos, contribuindo para a construção dos sistemas de Medicina Tradicional dispersos ao redor do mundo (Rocha et al.,2015).

Apesar da eficácia das substâncias para o tratamento da ansiedade, a sua aplicação compreende em uma combinação terapêutica, como a psicoterapia, o hábito de atividades físicas, o recurso de alimentos com efeito calmante, entre outros (Santos et al., 2020). Logo, os fitoterápicos são considerados uma boa alternativa para o tratamento dessas doenças, já que fármacos administrados atualmente podem causar dependência e efeitos adversos (Casselli et al., 2013).

A Passiflora incarnata, popularmente denominada de “flor da paixão,” “maracujá rosado” ou simplesmente “maracujá,” é uma espécie vegetal que se destaca por seu notável potencial terapêutico. Essa planta é amplamente reconhecida por suas propriedades como um calmante natural, usado há séculos em várias culturas para aliviar o estresse e a ansiedade. Com sua capacidade de promover relaxamento e reduzir a agitação, a P. incarnata se revela uma alternativa valiosa para aqueles que buscam abordagens naturais na ansiedade, contribuindo para o bem-estar emocional e psicológico (Santos et al., 2021).

Nesse contexto, a P. incarnata, pertencente à família Passifloraceae, é uma espécie nativa da América do Sul, Austrália e Sudeste Asiático e vem sendo utilizada como terapia para o tratamento da ansiedade (Janda et al., 2020).

Há relatos do uso da P. incarnata na fitoterapia a partir de meados do século XIX na Europa Ocidental, e estudos atuais reafirmam os efeitos terapêuticos sob a inquietação nervosa, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, ansiedade pré-operatória, e até mesmo nos sintomas da menopausa. Além de suas propriedades ansiolíticas, o estudo ressalta que a P. incarnata também exibe ações adicionais que ampliam seu potencial terapêutico. Entre essas ações, destacam-se sua capacidade de atuar como agente anti-inflamatório, antiespasmódico, antiepilético e antioxidante. Essas propriedades adicionais conferem à planta uma versatilidade notável, tornando-a relevante para uma variedade de aplicações terapêuticas além do tratamento de transtornos de ansiedade (Fonseca et al., 2020).

O objetivo geral do trabalho é analisar a eficácia do tratamento alternativo com a P. incarnata para pacientes com transtornos de ansiedade, tendo como objetivos específicos: descrever a eficácia do fitoterápico P. incarnata nos transtornos de ansiedade; descrever os princípios ativos da P. incarnata e apresentar os efeitos adversos do uso da P. incarnata.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão sistemática de acordo com o modelo PRISMA (preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses). Foram analisados artigos com estudos publicados entre 2013 a 2023, abrangendo um recorte temporal de 10 anos. Foram acessadas as seguintes bases de dados descritas: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO); U. S. National Library of Medicine (NLM (PUBMED).

Foram utilizados como descritores os seguintes termos: “Passiflora Incarnata”, “Fitoterápico”, “farmacologia”, “Transtorno de ansiedade”; “Passiflora Incarnata”, “Herbal medicine”, “Pharmacology”, “Anxiety disorder”; “Passiflora Incarnata”, “Medicina herbaria”, “Farmacología”, “Trastorno de ansiedad”. Esses descritores serão combinados entre si com o conector “and’.

Os critérios para seleção dos artigos são: artigos científicos completos, artigos publicados durante no recorte temporal de 2013 a 2023, artigos publicados em língua portuguesa, espanhola ou inglesa, artigos de estudo de caso, estudo de campo, estudos farmacológicos, transversais os quais abordem a temática referente ao uso da P. incarnata na forma de fitoterápico para o tratamento do transtorno de ansiedade.

Foram excluídos desta revisão sistemática os artigos que se enquadrarem nas características a seguir: estudos com limitações metodológicas ou que estejam insuficientemente documentadas; artigos com a amostra e ou fatores conclusivos descritos de forma inadequada; pesquisas que não se refiram à temática elegida; artigos duplicados; artigos incompletos; estudos realizados anterior ao ano de 2013; publicações não disponibilizadas gratuitamente e estudos secundários: trabalhos do tipo metanálise e resenha.

Foram selecionados os estudos que atingirem os critérios de inclusão citados anteriormente, os dados dos estudos incluídos foram extraídos e descritos numa tabela com um resumo crítico desses estudos, sintetizando as informações destes.

A seleção ocorreu em duas etapas, primeiramente os artigos foram selecionados com base no título e no resumo, posteriormente os artigos selecionados nessa fase foram lidos de forma integral e analisados com a finalidade de serem incluídos ou excluídos desta pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com orientações propostas nos procedimentos metodológicos do presente estudo, a pesquisa de revisão sistemática foi desenvolvida nas seguintes bases de dados: SCIELO, PUBMED e outros por intermédio BVS. Para a presente seção foram usados 15 artigos conforme evidenciado na figura 1.

Figura 1 – Fluxograma de seleção de artigos. Fonte: elaborado pelos autores.

Para atingir os objetivos estabelecidos nesta pesquisa, uma extensa revisão da literatura foi conduzida, envolvendo um total de 601 artigos científicos consultados. Contudo, após uma avaliação criteriosa, 586 artigos foram excluídos, uma vez que não se alinhavam com o foco e os propósitos do trabalho. Nesta seção, foram selecionados e mantidos 15 artigos que se mostraram mais relevantes e diretamente relacionados aos objetivos específicos deste estudo. Esse processo de triagem e seleção assegura a precisão e a consistência das fontes utilizadas, contribuindo para uma pesquisa embasada em informações pertinentes e de qualidade.

Autores/AnoTítuloTipo de estudoObjetivoConclusão
Dantas (2014)Efeitos da Passiflora incarnata e do midazolam no controle da ansiedade em pacientes submetidos à exodontia de terceiros molares inclusosPesquisa descritiva e comparativaComparar o efeito da P. incarnata com o do Midazolam no controle da ansiedade em pacientes submetidos a exodontiasEm estudo com 1 grupo de 40 voluntários que apresentavam graus de ansiedade de acordo com a aplicação da escola corah, que está caracterizado por ser instrumento para avaliar níveis de ansiedade odontológica, foram submetidos a dois protocolos onde foram inserido 260 mg de P. incarnata e 15 mg de Midazolam por via oral, 30 minutos antes do início do procedimento cirúrgico, nesse contexto foi observado uma similaridade entre os dois medicamentos. Todavia 48% dos voluntários afirmaram que no protocolo com uso da Passiflora mostrou uma atividade ansiolítica fundamental e pode constituir em uma alternativa farmacológica importante para o controle da ansiedade ao tratamento odontológico.
Azimaraghi et al. (2017)Both oral Passiflora incarnata and oxazepam can reduce pre-operative anxiety in ambulatory surgery patients: a double-blind, placebo-controlled studyEstudo duplo-cego controlado e randomizadoLevantar a hipótese de que P. incarnata diminui a ansiedade pré-operatória (PAN) semelhante ao Oxazepam.No estudo com 128 pacientes onde 68 recebeu doses de P. incarnata via oral e 60 recebeu doses de 10 mg de oxazepam com 1h30 antes de uma cirurgia ambulatorial. Em conclusão, as administrações pré-operatórias de P. incarnata oral em pacientes ambulatoriais evidenciou em 50% a diminuição da ansiedade pré-operatória mais do que o oxazepam, sem prolongamento da recuperação do comprometimento da função psicomotora.
Rokhtabnak et al. (2017)Comparing the effect of preoperative administration of melatonin and Passiflora incarnata on postoperative cognitive disorders in adult patients undergoing elective surgery.Ensaio clínico randomizadoComparar o efeito sedativo da melatonina pré-operatória e da Passiflora em pacientes submetidos à cirurgia eletiva em relação ao seu potencial para distúrbios cognitivos pós-operatórios.Neste ensaio clínico, 26 pacientes foram selecionados para receber P. incarnata (1000 mg) e 26 pacientes para receber melatonina (6 mg) como pré-medicação uma hora antes da cirurgia. Os resultados mostram que a pré-medicação com P. incarnata reduz a ansiedade, assim como a melatonina. No entanto, a melatonina causa menos comprometimento cognitivo em comparação com P. incarnata.
Kaviani et al. (2013)The efficacy of Passiflora incarnata linnaeus in reducing dental anxiety in patients undergoing periodontal treatment.Ensaio clínico cego randomizado unilateral.Determinar a eficácia da Passiflora incarnata, na redução da ansiedade durante os procedimentos odontológicos.Neste estudo foram incluídos 63 pacientes com diagnostico de ansiedade. Assim foram divididos em 3 grupos com 21 pacientes. O primeiro grupo recebeu doses de P. incarnata e o segundo grupo recebeu a gota de placebo e o terceiro grupo nem medicamento nem placebo foram administrados. Os resultados indicaram que a administração de Passiflora apresentou percentual na escala Corah de 28%, como pré-medicação, é significativamente eficaz na redução da ansiedade.
Nemat-shahi et al. (2020)Comparison of the Effects of P. incarnata and Piroxicam in opioids withdrawal-Induced Myalgia and Anxiety: A randomized Clinical TrialEnsaio clínico cegoComparar os efeitos do Piroxicam e P. incarnata sobre mialgia e ansiedadeNo presente estudo com 43 indivíduos selecionados com
a média de idade dos sujeitos foi de 35,7 ± 3,5 anos em
os dois grupos. Onde foram aplicadas doses de no grupo 1 com 20 indivíduos com a inclusão da Piroxicam (10 mg a cada 12 horas) e o grupo 2 com 23 indivíduos recebeu a P. incarnata (10-15 gotas três vezes ao dia). Os resultados deste estudo sugeriram que a P. incarnata apresenta uma eficácia de 50% semelhante aos resultados do piroxicam e assim atua a ansiedade.
Veríssimo et al. (2022)A aplicabilidade da Passiflora incarnata L para o tratamento da ansiedade em mulheresPesquisa quantitativa.Analisar a literatura, a ação farmacológica e a vantagem do uso de fitoterápicos a base de P. incarnata como medicina alternativa no transtorno de ansiedade em mulheres.Na P. incarnata contém em sua composição ativos flavonóides, como vitexina e a isovetexina, alcalóides e c-glicosídeos que tem ação ansiolítica e sedativa. .
Silva (2017)Fungos endofíticos associados à Passiflora incarnata e avaliação de seu potencial biotecnológicoEnsaio clínicoIsolar fungos endofíticos associados às folhas de P. incarnata e avaliar seu potencial biotecnológico.As folhas de P. incarnata apresentam uma composição rica e diversificada, contendo uma variedade de metabólitos secundários, incluindo alcaloides, aminoácidos, carboidratos, cianoglicosídeos, compostos voláteis, fenóis e maltol. No entanto, os flavonoides emergem como os constituintes mais abundantes, representando aproximadamente 2,5% desses metabólitos secundários. O estudo realizado revelou um notável potencial de aplicação em biotecnologia relacionado aos organismos endofíticos encontrados em P. incarnata.
López et al. (2018)Validation of flavonoid quantification method in Passiflora incarnata L. tablets.Ensaio clínicoValidar um método espectrofotométrico para controle de qualidade de comprimidos de P. incarnata.Conclui-se que o método espectrofotométrico para determinação de flavonóides, usando a quercetina como substância de referência, é confiável em condições experimentais avaliadas e permite determinar com precisão e precisão do teor de polifenóis presentes nos comprimidos de P. incarnata. A capacidade sedativa dessa planta é atribuída à interação sinérgica entre seus alcaloides, maltol e flavonoides.
Norte (2016)Desenvolvimento e caracterização de sistemas automicroemulsificantes a partir de um extrato seco de Passiflora incarnata LEnsaio clínicoDesenvolver, selecionar e otimizar sistemas automicroemulsificantes que apresentassem requisitos de qualidade e eficácia, de modo a garantirem o efeito terapêutico, de extrato seco de P. incarnata L.A P. incarnata contêm, pelo menos, 1,5% de flavonóides totais, aos quais se atribuem atividades farmacológicas. Estes constituintes, em sinergismo com os alcalóides presentes na planta, promovem ações no Sistema Nervoso Central (SNC), contribuindo para a ação sedativa e para ansiedade. A pesquisa possibilitou o desenvolvimento e aprimoramento de cápsulas para administração oral contendo o extrato seco de P. incarnata, reconhecido por sua atividade ansiolítica. Esse avanço foi alcançado por meio da utilização de um sistema automicroemulsificante, o que permite uma melhor absorção e eficácia do extrato no organismo.
Ferreira (2022)C-glycosyl flavones in Passiflora incarnata: C-glicosil flavona em Passiflora incarnataEnsaio clínico por CromatografiaIdentificar e quantificar a vitexina presente na fração acetato de etila das partes aéreas do maracujá.Estudos demonstraram que a P. incarnata possui diversos compostos bioativos como alcalóides indólicos, glicosídeos cianogênicos, maltol e flavonoides. Dentre as substâncias identificadas na espécie, a vitexina apresenta ação no Sistema Nervoso Central (SNC), interferindo no funcionamento do ácido gama-aminobutírico.
Silva (2015)Efeitos da suplementação da Passiflora incarnata L. sobre a ansiedade em humanos.Estudo experimental (ensaio clínico), randômico, duplo-cego, placebo-controladoAvaliar os efeitos de uma única dose e doses múltiplas do extrato seco encapsulado da planta inteira da P. incarnata L. sobre a ansiedade em indivíduos saudáveisA P. incarnata pode apresentar o desenvolvimento de efeitos adversos como náuseas, vômitos, sonolência e episódios de taquicardia ventricular, embora tenha sido pela ingestão crônica de P. incarnata. No que se refere aos efeitos da suplementação com dose única e múltipla, observou-se uma redução significativa nos indicadores cardiovasculares relacionados à ansiedade durante situações de fala em público. Essa constatação destaca o potencial da intervenção com o extrato de P. incarnata na mitigação dos sintomas de ansiedade.  
Pontin (2019)A percepção do paciente no uso preemptivo de Passiflora incarnata na extração de terceiros molares Estudo experimental, cego, de boca dividida e controladoComparar o nível de ansiedade por meio da percepção do paciente no uso preemptivo de P. incarnata na extração de terceiro molar.  Em uma pesquisa com 11 pacientes preste a realizar tratamento ortodôntico. Os participantes receberam uma cápsula de Passiflora incarnata (260 mg) ou uma cápsula de placebo 30 minutos antes do início do procedimento cirúrgico. Quanto aos efeitos adversos durante a cirurgia, a sonolência foi relatada por 6 (54%) dos pacientes assim como a 1 (9%) tontura foi relatada por um paciente em ambos os protocolos, músculos relaxados foi relatado por 3 (27%) pacientes no protocolo da P. incarnata. No que tange ao nível de ansiedade na percepção dos pacientes foi visto que 8(73%) afirmaram estar um pouco ansioso e 3 (37%) informaram que estão tranquilos.
Hartkopf et al. (2021)Comparação do efeito da Valeriana officinalis l. E da Passiflora incarnata em exodontia de terceiros molares inferiores: estudo duplo-cego, boca dividida e randomizado.Estudo foi duplo cego, boca dividida, prospectivo, cruzado e randomizado.Avaliar e comparar o efeito sedativo e ansiolítico dos fitoterápicos Passiflora incarnata e Valeriana Officinalis em procedimentos de exodontia de terceiros molares inferiores.Nos estudos com 20 participantes que receberam P. incarnata 500 mg um comprimido, por via oral, 60 minutos antes do início do procedimento cirúrgico. Quanto aos efeitos colaterais dos fitoterápicos apresentaram efeito colateral de sonolência citado por 70,6% dos pacientes. A comparação entre os fitoterápicos não revelou diferenças estatisticamente significativas em relação aos efeitos colaterais, com a sonolência sendo o sintoma mais frequentemente relatado. Notavelmente, o protocolo de tratamento mais preferido pelos participantes foi o da Valeriana, com uma taxa de escolha de 52,9%.
Zanardi et al. (2023)Add-On Treatment with Passiflora incarnata L., herba, during Benzodiazepine Tapering in Patients with Depression and Anxiety: A Real-World Study.Estudo naturalístico retrospectivoInvestigar a eficácia de P. incarnata, herba, na redução do uso indevido de benzodiazepínicos em uma população real de pacientes deprimidos e ansiosos em tratamento de longo prazo com benzodiazepínicos.Nesta pesquisa com 186 pacientes submetidos à redução da dose de benzodiazepínicos, 93 pacientes tiveram adição de extrato seco de P. incarnata. A descobertas sugerem o papel de P. incarnata como um tratamento complementar eficaz durante a redução gradual dos benzodiazepínicos. A pesquisa apoia a eficácia de um extrato seco de P. incarnata como tratamento complementar durante a redução gradual do BDZ em pacientes com ansiedade ou depressão.
Christoffoli, et al. (2021)Assessment of Passiflora incarnata L for conscious sedation of patients during the extraction of mandibular third molars: a randomized, split-mouth, double-blind, crossover study.Estudo prospectivo, randomizado, duplo-cegoAvaliar a eficácia da P. incarnata no controle da ansiedade durante exodontias de terceiros molares inferiores em pacientes ansiosos e compará-la com o midazolam, o benzodiazepínico mais utilizado na odontologiaQuanto aos possíveis efeitos colaterais dos medicamentos utilizados a sonolência, episódios de tontura, relaxamento muscular. Nenhum dos protocolos apresentou reações de hipersensibilidade ou alterações estomacais como efeito adverso. Os resultados mostram que midazolam e Passiflora são eficazes no controle da ansiedade em pacientes adultos submetidos à exodontia de terceiros molares inferiores. Além disso, pode-se observar que houve melhor tolerabilidade do Passiflora do que do midazolam do ponto de vista dos efeitos adversos apresentados após procedimentos cirúrgicos

A P. incarnata é um medicamento fitoterápico tradicionalmente usado como medicamento ansiolítico e inibe a atividade da Monoamina Oxidase (MAO) para reduzir depressão, estresse, ansiedade, distúrbios do sono e inquietação. As propriedades ansiolíticas do floral P. incarnata começam em 10-30 minutos de administração. É usado em doses de 500 à 1000 mg três vezes ao dia (Rokhtabnak et al., 2017).

O extrato seco de P. incarnata obteve aprovação da Agência Europeia de Medicamentos para o tratamento de sintomas leves de ansiedade, consolidando sua credibilidade como uma opção terapêutica eficaz nesse contexto. Pesquisas dedicadas à investigação de sua ação farmacológica têm consistentemente demonstrado efeitos positivos na mitigação dos sintomas associados a transtornos de ansiedade. Essas descobertas respaldam a utilização da P. incarnata como um recurso valioso para o manejo da ansiedade, contribuindo para o bem-estar emocional e a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos afetados (Zanardi et al., 2013).

A estrutura química da P. incarnata é predominantemente composta por metabólitos, como os aminoácidos, alcalóides indólicos (0,03%), cianoglicosídeos, carboidratos, fenóis, maltol, substâncias voláteis, e em maior concentração (1,5-2,5%), os flavanóides, em especial as C-glicosil flavanas, derivadas da leucenina, vicentina, isso-orientina e isovitexina (Santos et al., 2020). 

Todavia 48% dos voluntários afirmaram que no protocolo com uso da Passiflora mostrou uma atividade ansiolítica fundamental e pode constituir em uma alternativa farmacológica importante para o controle da ansiedade ao tratamento odontológico.

A P. incarnata tem efeitos ansiolíticos quando administrada por via oral na dose pré-operatória de 260 mg e é segura, visto que no estudo 48% dos voluntários afirmaram que no protocolo com uso da P. incarnata mostrou uma atividade ansiolítica fundamental e pode constituir em uma alternativa farmacológica importante para o controle da ansiedade ao tratamento odontológico. Ao comparar os efeitos ansiolíticos da P. incarnata (260 mg) e do midazolam (15 mg), foram encontradas semelhanças entre os dois medicamentos, tanto a passiflora quanto o midazolam foram capazes de manter níveis relativamente estáveis ​​de pressão arterial e frequência cardíaca que variaram ligeiramente dependendo do estágio da cirurgia, mas não excederam os limites normais (Dantas, 2014).

Este estudo demonstrou que os pacientes que receberam comprimidos orais de P. incarnata como pré-medicação apresentaram 50% menos ansiedade pré-operatória do que aqueles que receberam oxazepam pré-operatório, enquanto o efeito de ambos os medicamentos na função psicomotora pós-operatória foi o mesmo. Portanto, P. incarnata é um candidato seguro e mais forte para redução de prevalência de ansiedade pré-operatória em comparação ao oxazepam (Azimaraghi et al., 2017).

A presente pesquisa comparou o fitoterápico P. incarnata com o midazolam quanto à atividade ansiolítica em procedimentos cirúrgicos odontológicos. O estudo mostrou diferenças significativas nos escores médios de ansiedade antes e depois da ingestão de medicamentos tanto no grupo da P. incarnata quanto no grupo placebo, o que indica os efeitos psicossomáticos do placebo. Além disso, a comparação das diferenças nos escores médios de ansiedade antes e depois da ingestão da medicação no grupo que tomou maracujá e no grupo que tomou placebo indica uma diferença significativa nesses valores entre os dois grupos. Os resultados sugerem que P. incarnata é altamente eficaz em até 28% na redução da ansiedade em relação ao midazolam (Kaviani et al., 2013).

Os resultados deste estudo revelaram que a P. incarnata apresenta até 50% na redução significa a ansiedade causada por abstinência de opióides. Dessa forma, a utilização de P. incarnata pode ser utilizado para reduzir a dor e a ansiedade causadas pela abstinência do medicamento (Nemat-Shahi et al., 2020).

Os extratos de P. incarnata utilizados em fitoterapia utilizam as partes aéreas secas, nomeadamente as folhas e caules. Eles contêm flavonóides ativos, como vitexina e isovitexina, alcalóides e c-glicosídeos com efeitos ansiolíticos e sedativos. O vegetal atua diretamente no Sistema Nervoso Central (SNC), agindo em neurotransmissores que se sobrepõem aos estados de ansiedade, ativando os receptores do ácido gama-aminobutírico (GABA) e abrindo os canais de cloreto, permitindo que mais cloreto entre na fenda sináptica, proporcionando assim melhora da ansiedade (Veríssimo et al., 2022).

A abordagem fitoquímica em amostras de folhas de P. incarnata, revelou a presença de diferentes grupos de metabólitos secundários. Dentre os compostos encontrados foi verificada a presença de flavonóides, fenóis e alcalóides nos cinco espécimes analisados (Silva, 2017).

Entre os metabólitos encontrados nas folhas desta planta contém flavonóides, alcalóides indólicos, heterosídeos cianogenéticos como a ginocardina e a presença de óleo essencial foram relatados. A ação sedativa desta planta é atribuída a um sinergismo entre alcalóides, maltol e flavonóides. A atividade relaxante muscular e antiespasmódica gastrointestinal é atribuída ao maltol e aos flavonóides, respectivamente (López et al., 2014).

Do ponto de vista químico, o gênero P. incarnata é caracterizado principalmente pela presença de flavonóides, alcalóides e glicosídeos cianogênicos. A composição química dos medicamentos varia muito entre as espécies, mas o estudo dos flavonóides e alcalóides é mais importante. Os flavonóides são valorizados pelo seu uso como substâncias marcadoras na análise de medicamentos fitoterápicos porque estão presentes em muitas partes da planta (principalmente nas folhas e frutos) e são flavonóides glicosilados e antocianinas. Os alcalóides existem principalmente nas folhas e caules e são do tipo harmonioso (Norte, 2016).

A presença de P. incarnata apresenta diferentes compostos bioativos, como flavonóides, alcalóides indólicos, glicosídeos cianogênicos e maltol. Dentre eles, estão os flavonóides, principalmente a vitexina. A C-glicosil flavona interfere no funcionamento do ácido gama-aminobutírico, GABA, que é um neurotransmissor que inibe o sistema nervoso central e ajuda a regular o ciclo do sono, melhora a disposição física e mental e reduz a ansiedade e o estresse (Ferreira et al., 2022).

O mecanismo de ação seria a inibição de enzima aromatase, sendo membro da família do citocromo p-450, responsável pela produção de testosterona e estrógeno. Dessa forma este efeito inibitório estabeleceria os níveis normais de testosterona, causadores de ansiedade (Zanardi et al., 2021).

A P. incarnata pode causar sonolência em algumas pessoas. Isso pode afetar a capacidade de concentração e a coordenação motora, portanto, é importante não realizar atividades que exijam atenção plena, como dirigir, enquanto estiver sob os efeitos do maracujá (Hartkopf et al., 2021).

Entretanto a P. incarnata também pode causar diversos efeitos, sendo comumente observado dores de estômago, náuseas, sudorese e tontura além de efeitos mais raros como alteração do nível de consciência, flatulência, taquicardia e dispneia (Christoffoli et al., 2021).

No que tange os efeitos colaterais, existem poucos relatos de toxicidade ou hipersensibilidade associadas ao uso de passiflora. São raros e a maioria das reações adversas ocorre devido ao uso prolongado da substância. Porém, é contraindicado durante a gravidez porque pode causar contrações uterinas (Potin, 2019).

Estudos de toxicidade em seres humanos são escassos, ainda não foi demonstrado sinais de toxicidade indicando o seu uso. Todavia, existem relatos com sintomas de náuseas, vômitos, sonolência e episódios de taquicardia ventricular, pelo uso indiscriminado (Silva, 2015).

Em suma a P. incarnata é uma alternativa terapêutica no tratamento de transtornos da ansiedade, no entanto pode ocasionar menos efeitos colaterais e não ocasionando dependência como os medicamentos sintéticos (Ferreira et al. 2022).

O cuidado do farmacêutico pode contribuir para um melhor tratamento fitoterápico, obtendo-se bons resultados clínicos para melhora da ansiedade, orientando o paciente ao uso, preparo e armazenamento das plantas, os prováveis efeitos colaterais que podem acontecer devido ao uso intensivo (Verissimo et al., 2022).

CONCLUSÃO

Com esse estudo conclui-se que o uso da P. incarnata como tratamento alternativo em pacientes com transtornos de ansiedade, possui um potencial efeito ansiolítico sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) e como seu princípio ativo contém ativos flavonóides, como vitexina e a isovetexina, alcalóides e c-glicosídeos que tem ação ansiolítica e sedativa, agem como um calmante natural que reduz a ansiedade. O fitoterápico a base de P. incarnata é indicado no uso alternativo de antidepressivos e ansiolíticos, pois demonstram menores chances de efeitos colaterais, não levam à dependência e apresentam eficácia no tratamento da ansiedade, todavia, apresenta efeitos adversos como a sonolência.

Logo, os farmacêuticos desempenham um papel importante na prevenção do uso indevido destes medicamentos, orientando os pacientes sobre o seu uso correto, os perigos da automedicação, a importância e o cuidado em procurar métodos alternativos de tratamento, evitando assim possíveis intoxicações e dependência.

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Orientadora
Profº: Dra. Anne Cristine Gomes de Almeida

Coorientador
Msc Sara Jéssica Teixeira de Andrade