A AUTOCOLETA CERVICAL: O FUTURO PARA O RASTREIO DE HPV E DETECÇÃO DE LESÕES PRECURSORAS E CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10171542


Josiane Marques da Silva
Marcelle da Silva Sousa
Alysson Bastos Sena


INTRODUÇÃO

O câncer de colo de útero tem uma única causa, a infecção do Papilomavírus Humano (HPV), que é considerado o agente etiológico e que provém das relações sexuais sem proteção.

O material genético do HPV é de DNA e possui um revestimento formado por um núcleo capsídeo icosaédrico. Os tipos de alto risco são capazes de infectar outros tipos de células, como a do pênis, boca, língua, ânus, vagina entre outros (LORENZI, 2020).

O HPV apresenta uma variabilidade genética grande e, em decorrência disso, existem vários tipos que atualmente são cerca de 40. Dentre os 13 tipos de HPV de alto risco 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 68 e 82, os tipos 16 e 18 são os que apresentam maior frequência, com cerca de 70%dos casos detectados. Os subtipos 6 e 11 são de baixo risco, causando apenas surgimento de verrugas. (MENÊSES et al., 2019; GRAHAM, 2017; KOCJAN et al., 2015).

Esta doença de ocorrência mais comum em todo o mundo tem como prevalência mulheres acima de 35 anos de idade. O International Agency for Research on Cancer (IARC) documentou cerca de 570 mil novos casos por ano em todo o mundo, chegando a ser o quarto tipo de câncer com maior incidência entre as mulheres. Sendo o responsável por cerca de 311 mil óbitos ao ano (IARC, 2020; OMS, 2021).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), apesar da redução nas taxas de mortalidade e incidência do câncer de colo de útero nos últimos anos, não existe ainda uma expectativa de erradicação desta doença, pois as taxas ainda são grandes nas populações de baixa renda principalmente e em países que não controlam o rastreamento desta doença. Por isso este tipo de câncer pode ser evitado se detectado e tratado precocemente (KNAUL et al. 2019).

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer com maior prevalência entre as mulheres nas taxas de ocorrência distribuídas em cada estado e no distrito federal. Estima-se para o ano de 2023 que tenham 17.010 novos casos, esse dado representa um risco de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres no país ( INCA,2022).

Em relação a região Norte o dado estimado é de 20,48 casos a cada 100 mil mulheres. Já no estado do Amazonas o número de casos estimados chega a 31,71/100 mil mulheres. O Instituto Nacional do Câncer em 2022 registrou uma taxa de 34,15 casos de câncer de colo de útero a cada 100.000 mulheres no Amazonas. E em Manaus a incidência é ainda maior, com cerca de 52,03 casos a cada 100.000 mulheres (INCA,2022).

Em um estudo realizado por Farah e colaboradores (2017), sobre o câncer de colo de útero 45,3% das mulheres estudadas eram de Manaus, os outros municípios do estado correspondiam a 48,1%, e apenas 7% representava os outros estados. Esses dados reforçam as dificuldades encontradas no Estado do Amazonas, em especial ao interior do estado, que apresenta na maioria das vezes um isolamento geográfico, além dos fatores culturais e religiosos.

A utilização de novas tecnologias no rastreio do câncer de colo de útero vem sendo testada no país e em outros países. Em muitos casos os dados obtidos são favoráveis ao uso deste método de autocoleta (GOTTSCHLICH et al., 2020). No Brasil apesar de já ser utilizado este método em alguns Estados ainda se utiliza o exame preventivo de Papanicolaou para detecção de lesões de colo de útero que baseia-se em coleta cérvico vaginal a partir da introdução de um espéculo na vagina e retirada da secreção vaginal e de colo de útero. (BUCHELE, 2022).

Fatores sociais, religiosos, culturais, econômicos e geográficos influenciam na adesão completa aos diagnósticos e tratamentos contribuindo para resultados, na maioria das vezes, tardios e que reduzem as taxas de sobrevivência (BUCHELE, 2022). De acordo com Migowski & Corrêa (2021), para que haja o avanço do rastreamento do câncer de colo de útero no Brasil é necessário que tenha uma garantia na qualidade citológica, assim como, a diminuição das barreiras de acesso, adesão às diretrizes vigentes e, principalmente, para mulheres que não são rastreadas encontrar um modelo de rastreamento atual que possa alcançá-las, tornado viável a adesão com novas tecnologias no rastreamento e na triagem.

Estes dados reforçam a necessidade de novas estratégias de rastreio, que irão auxiliar com uma maior eficácia a prevenção e o tratamento de casos precoces da doença. Sendo, assim, a autocoleta cervical será o futuro para o rastreio de HPV e detecção de lesões precursoras e câncer de colo de útero.

METODOLOGIA

Revisão integrativa da literatura que analisa artigos relevantes, com a proposta de sintetizar o conhecimento nesses estudos sobre o tema, além disso esta revisão propõe lacunas que precisam de uma maior atenção (MENDES et al., 2021). Através de uma abordagem qualitativa esta revisão bibliográfica é caracterizada por ser um estudo de caráter descritivo.

Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados do Google Acadêmico e ResearchGate, utilizando as seguintes palavras-chave: Câncer de Colo de Útero AND Rastreio AND Autocoleta cervical.

Foram analisados artigos completos, disponíveis eletronicamente, publicados em língua portuguesa, inglesa, e os publicados entre os anos de 2006 a 2023. A busca foi realizada nos meses de agosto e setembro de 2023. Após a leitura e fichamento dos artigos, foi realizada uma análise descritiva acerca dos conteúdos, dessa forma foi possível discutir os resultados fazendo uma reflexão sobre a temática.

Figura 1 – Fluxograma dos critérios de seleção dos artigos analisados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

AUTOR (ANO)TÍTULOOBJETIVO GERALPRINCIPAIS RESULTADOS
Bokan et al. (2020)Role of human papillomavirus self-sampling in cervical cancer screening.Avaliar os recentes avanços tecnológicos na área cervical dos métodos de rastreio do cancro.Através da auto-coleta, o rastreio tem como objetivo auxiliar em um melhor acesso dos pacientes aos cuidados.
Caetano et al. (2006)Custo-efetividade no diagnóstico precoce do câncer de colo uterino no Brasil.Avaliar a custo-efetividade comparativa de algumas estratégias utilizadas na detecção precoce do câncer de colo uterino.O teste de Papanicolaou apresentou maior custo-efetividade, entretanto, as novas tecnologias podem vir a mostrar maior custo-efetividade.
Hawkes et al. (2020)Self-collection for cervical screening programs: from research to reality.Examinar se a autocoleta para triagem cervical baseada em HPV, incluindo os dispositivos de coleta, ensaios e possíveis processos laboratoriais de rotina, considerando como eles podem ser utilizados em programas de triagem cervical.  A auto-coleta apresenta mecanismos considerados atraentes para aumentar a participação das mulheres no rastreio do câncer do colo do útero.
Laskow et al. (2017)A pilot study of community-based self-sampling for HPV testing among non-attenders of cervical cancer screening programs in El Salvador.Estabelecer a viabilidade e aceitabilidade da autoamostragem domiciliar para teste de HPV entre uma população de não frequentadores do programa CAPE grama em El Salvador.A maioria das mulheres aceitaram a auto-amostragem, e entendem a importância do teste para a sua saúde.
Lichtenfels et al. (2023)A new brazilian device for cervical cancer screening: acceptability and accuracy of self-sampling.Avaliar a acurácia e aceitabilidade do paciente em relação à auto-amostragem utilizando um novo dispositivo – SelfCervix® – para detecção de HPV-DNA.  O dispositivo se mostrou uma opção viável para incluir as populações subavaliadas no Brasil.
Miranda et al. (2022)A importância da autocoleta no rastreamento do câncer de colo do útero.Levantar na literatura informações acerca da autocoleta no rastreamento do câncer de colo de útero, na perspectiva de observar a eficácia desse método de coleta.A autocoleta cervicovaginal pode ajudar na identificação de lesões intraepiteliais, além disso se mostra uma alternativa que tem o benefício da privacidade e de fácil acesso.
Pereira et al. (2021)Autocoleta e teste de DNA HPV como método de rastreamento em mulheres privadas de liberdade no Amazonas.Avaliar o uso da autocoleta e a realização de testes moleculares para detecção do HPV, como estratégia de rastreio de lesões relacionadas com o HPV em sítios anatômicos distintos, como a região cérvico-vaginal e cavidades oral e anal em MPL no estado do Amazonas (AM).A utilização da auto-coleta juntamente com os testes moleculares  é uma metodologia que é o futuro do rastreio do HPV.
Rocha e Edelweiss (2012)Rastreio Citológico cervical: avaliação do dispositivo de autocoleta de Fournier®Avaliar a performance do dispositivo de coleta cervicovaginal de Fournier® para o diagnóstico citológico das lesões cervicais precursoras ou neoplásticas.O dispositivo foi capaz de alcançar a sensibilidade e especificidade comparáveis às obtidas através do exame Papanicolau, que é tradicionalmente coletado.
Rodrigues et al. (2019)Aceitabilidade da autocoleta cervicovaginal na determinação da prevalência de papilomavírus humano (HPV) e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTS) em mulheres portadoras ou não do vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV-1) vivendo na região tapajós, amazônia, brasil.  Verificar a aceitabilidade da autocoleta cervicovaginal e analisar a prevalência da infecção anogenital pelo papilomavírus humano (HPV), Alphaherpesvírus humano 2 (HHV-2) e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em mulheres infectadas ou não pelo Vírus da imunodeficiência humana 1 (HIV-1) vivendo na região do Tapajós, e atendidas em nove serviços públicos de saúde em Santarém, Pará.  As evidências mostram que as mulheres da região Tapajós necessitam da implementação de políticas públicas voltadas para detecção do HPV.
Santos e Corrêia (2021)Rastreamento do câncer do colo do útero, como avançar.Discutir os principais desafios e sobre como avançar no rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil nos próximos anos.Existe a necessidade de mudanças no modelo de rastreamento atual, com a inclusão de novas tecnologias de rastreamento e triagem.
Sena (2019)Análise do desenvolvimento de tecnologia para rastreio de lesões precursoras e de câncer invasivo de colo de úteroAnalisar o desempenho de             tecnologias alternativas para o rastreio de lesões precursoras e de câncer invasivo de colo de útero.Os                                       dispositivos Coari®   (Kolplast)                   e SelfCervix®                                   (Ziel Biosciences)              tiveram alto nível de aceitação, além disso, 98,2% das mulheres recomendariam o uso dos  dispositivos                    no Amazonas.
Silva et al. (2022)Avaliação das ações de controle do cÂncer do colo do útero no Brasil e regiões a partir dos dados registrados no Sistema Único de SaúdeAnalisar a realização de exames de rastreamento e diagnóstico para o câncer de colo do útero entre mulheres de 25 e 64 anos, bem como o atraso para o início do tratamento no Brasil e suas regiões geográficas no período de 2013 a 2020.  Frente aos problemas identificados no trabalho, são necessárias a aprimoração de estratégias de detecção.
Souza e Sena (2022)Identificação da autocoleta cervical como ferramenta de rastreio do câncer de colo de útero.Identificar a utilização da autocoleta cervical e a aceitação das mulheres de diferentes localidades no sentido de colaborar com essa nova ferramenta que deverá ser adotada como uma grande estratégia para o rastreio do câncer de colo de útero no Brasil.  Precisamos realizar a implementação de auto-coletas nos sistemas públicos de saúde, visando quebrar algumas barreiras sociais que impedem as mulheres de serem rastreadas.

No trabalho de Bokan et al. (2020) a autocoleta é considerada uma ferramenta importante, por se tratar de uma ferramenta que possibilita um melhor acesso aos cuidados e estimula uma maior adesão dos pacientes aos programas de rastreio, principalmente em mulheres que não realizam as consultas convencionais de Papanicolaou. Para Caetano et al. (2006) embora o exame de Papanicolaou apresentasse na época um maior custo-efetividade o trabalho já indicava outras tecnologias que poderiam ser introduzidas e que seriam mais bem introduzidas no setor da saúde, ajudando a alcançar outras mulheres que não eram rastreadas.

De acordo com as análises realizadas por Hawkes (2020), a autocoleta pode ser utilizada como um mecanismo atrativo para ajudar no aumento da adesão de testes de HPV. Além disso, se mostrou ser um método de baixo custo e uma alta aceitabilidade entre as mulheres. Sena, 2019 demonstrou em seu trabalho que houve uma grande aceitação de dois dispositivos fabricados no Brasil por mulheres doentes e que, apesar das condições em que se encontravam por lesões precursoras e câncer de colo de útero, ainda assim indicariam o uso do dispositivo.

Segundo Lichtenfels (2023) a utilização da autocoleta realizada pelo aplicativo SelfCervix® teve um alto desempenho na detecção de HPV-DNA, os resultados mostram que esse método não é inferior em relação a coleta médica.  De acordo com Sena (2019), a utilização de dispositivos , inclusive um dos dispositivos foi o SelfCervix®, para auxiliar no rastreamento do câncer de colo de útero teve um nível de aceitação das pacientes de quase 100%. E que, além disso, relatam que o uso do dispositivo é totalmente viável para utilização e implementação.

Na pesquisa realizada por Laskow (2017) as participantes apresentaram uma alta aceitabilidade, porém os resultados mostraram o não conhecimento acerca do câncer de colo de útero e a importância do rastreio da doença, por exemplo, em países de baixo rendimento. Segundo Pereira (2012) a autocoleta teve boa aceitabilidade, sendo fator determinante na diminuição de incidência de HPV em qualquer topografia.

Para Miranda (2022), além do potencial da autocoleta cervicovaginal para identificar mulheres com lesões intraepiteliais cervicais, as vantagens de privacidade na realização do exame e a facilidade de distribuição do teste em áreas de difícil acesso tornam esta tecnologia viável. Os autores Souza e Sena (2022) evidenciaram que a autocoleta com foco nas comunidades mais carentes e longínquas, em especial as comunidades indígenas e rurais, têm potencial para ampliar os programas de rastreamento de câncer de colo do útero.

No trabalho de Pereira (2021) foi relatado que a autocoleta em conjunto com testes moleculares têm a capacidade de identificar a presença do HPV. Além disso, o autor reforçou que a junção dos métodos pode ser a principal estratégia de rastreio no futuro. Frente a tais informações, se faz necessário a junção do rastreamento, através da autocoleta, e em casos de alterações o acompanhamento clínico, por meio dos exames recomendados. Segundo Silva et al. (2022) a atual método de rastreamento apresenta algumas falhas, que acarreta uma queda na cobertura e mulheres com resultados alterados que apresentam dificuldades na confirmação do diagnóstico, o que indica a importância das mudanças na estratégia na detecção do câncer de colo de útero, dando ênfase na constante avaliação e monitoramento da mulheres com exames com resultados reativos para o HPV.

Para Rocha e Edelweiss (2012) a utilização do dispositivo Fournier® foi uma alternativa viável para alcançar as pacientes que não realizam o teste citológico e o acompanhamento médico. Além disso, os autores deixam evidente que o uso isolado do Papanicolaou em muitos casos apresentou uma perda significativa de lesões de baixo grau. Os autores Santos e Corrêa (2021) reforçam a importância da mudança no modelo de rastreamento, auxiliado pelas novas tecnologias. Frente às barreiras de acesso que algumas mulheres têm, além da qualidade alguns outros problemas nos testes que atualmente são utilizados.

Os achados de Rodrigues (2019) evidenciam a aceitabilidade das mulheres da região do Tapajós em relação a autocoleta cérvico-vaginal na detecção do HPV, resultados semelhantes ao encontrado em países desenvolvidos. Alguns resultados publicados reforçam a importância de programas de rastreio como medida de prevenção. Segundo Souza & Sena (2022), existe a necessidade de autocoleta ser implementada nos sistemas nacionais de saúde e que alcance todas as mulheres, especialmente em áreas remotas, e aumente a cobertura dos programas de triagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Num cenário atual em que se evidencia que tanto a saúde pública quanto a sociedade já incluem novas estratégias de prevenção do câncer de colo do útero e que já são promissoras tanto na implementação quanto na eficácia. Este estudo conclui que levando em consideração a realidade de muitas regiões do Brasil existe uma necessidade latente de adaptar a tecnologia de autocoleta cervical à realidade do Amazonas e de outros Estados do Brasil.

A finalidade da implementação destas novas tecnologias já validadas e disponibilizada em diversos países tem o intuito de facilitar e incentivar as mulheres que apresentam barreiras sociais, econômicas, religiosas e culturais a terem uma maior adesão ao rastreio e prevenir  da infecção detectando o HPV precocemente e monitorando para que não ocorram lesões e consequentemente o câncer de colo de útero.

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Josiane Marques da Silva
Orcid: https://orcid.org/ 0009-0002-4223-1539

Marcelle da Silva Sousa
Orcid: https://orcid.org/0009-0006-3702-7006

Orientador: Alysson Bastos Sena
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0562-8433