IMPACTOS DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA GESTÃO DE HIGIENE MENSTRUAL E POBREZA MENSTRUAL DE ADOLESCENTES

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10161737


Anna Thallyta Barbosa Silva
Maria Evelin Leandro Da Silva
Aline Barros de Oliveira.


RESUMO

Introdução: A higiene menstrual, que também é conhecida como saúde menstrual, significa administrar a menstruação de uma forma digna e segura, pois esse conhecimento é de extrema relevância para a honra e o bem-estar de adolescentes e mulheres no geral. Objetivo: Analisar na literatura quais são os impactos da educação em saúde na gestão de higiene menstrual e pobreza menstrual de adolescentes. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão integrativa da literatura, de caráter qualitativo. A busca foi realizada no período de outubro de 2023, nas bases de Pubmed e nas bibliotecas Scientific Eletronic Library Online e Biblioteca Virtual em Saúde. Os descritores utilizados foram: Educação em Saúde, Menarca e Estrutura Socioeconômica. Resultados e discussão: Os estudos evidenciaram que nos países de baixo e médio rendimento, as mulheres e as adolescentes enfrentam desafios sociais e de saúde relacionados com a gestão da higiene menstrual. No entanto, os impactos da educação em saúde melhoraram o nível de conhecimento das adolescentes sobre menstruação e práticas de higiene menstrual, pois adolescentes requerem atenção específica e especial, visto que constituem o grupo mais vulnerável, não só socialmente, mas também em termos de saúde. Conclusão: O objetivo do presente estudo foi alcançado, permitindo demonstrar que a intervenção de educação em saúde tem um impacto positivo na melhoria do conhecimento, atitude e prática em relação à higiene menstrual de adolescentes. Há necessidade de implementar melhores estratégias para incentivar as adolescentes a adotarem práticas seguras vivenciando seu ciclo menstrual de modo saudável. 

Palavras-chave: Higiene; Pobreza; Menstrual; Adolescentes; Educação em saúde; 

ABSTRACT 

Introduction: Menstrual hygiene, which is also known as menstrual health, means managing menstruation in a dignified and safe way, as this knowledge is extremely relevant for the honor and well-being of adolescents and women in general. Objective: To analyze in the literature the impacts of health education on the management of menstrual hygiene and menstrual poverty among adolescents. Methodology: This is a descriptive study, of an integrative literature review type, of a qualitative nature. The search was carried out in October 2023, in the Pubmed databases and in the Scientific Electronic Library Online and Virtual Health Library. The descriptors used were: Health Education, Menarche and Socioeconomic Structure. Results and discussion: Studies have shown that in low- and middle-income countries, women and adolescents face social and health challenges related to menstrual hygiene management. However, the impacts of health education have improved adolescents’ level of knowledge about menstruation and menstrual hygiene practices, as adolescents require specific and special attention, seen as the most vulnerable group, not only socially, but also in terms of health. . Conclusion: The objective of the present study was to improve, allowing to demonstrate that a health education intervention has a positive impact on improving knowledge, attitude and practice regarding menstrual hygiene in adolescents. There is a need to implement better strategies to promote adolescents to adopt safe practices and experience their menstrual cycle in a healthy way.

Keywords: Hygiene; Poverty; Menstrual; Teenagers; Health education;

INTRODUÇÃO

Os registros históricos da cultura paleolítica relatam que as mulheres eram vistas como seres muito poderosos. O sangramento menstrual, dito como a própria menstruação, geralmente sem complicações, englobava o potencial para uma nova vida, pois descrevem o estado de fertilidade das mulheres. Apesar de se tratar de algo fisiológico e de demonstrar necessidades específicas para o bem-estar e cuidado das mulheres durante esse período, ainda existe uma resistência devido ao tabu criado historicamente, e isso causa impacto na saúde menstrual, que necessita de informações e conhecimentos sobre o seu corpo, durante esse período, e colocar em prática os cuidados que lhes foram passados (Marinho, 2019). 

A higiene menstrual, que também é conhecida como saúde menstrual, significa administrar a menstruação de uma forma digna e segura. Historicamente, muitas culturas e religiões, dentre elas, o cristianismo e judaísmo, tratavam o sangue como algo impuro e repugnante, desse modo, eles o condenavam, por apropriá-lo a algo “ruim”. Porém, na época, o sangue também era símbolo inaceitável do poder feminino (Marinho, 2019).

Desde 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece a relevância dos direitos das mulheres e do controle menstrual adequado. A partir disso, a ONU divulgou dados sobre irregularidades menstruais em todo o mundo. Segundo a ONU, 12,5% da população feminina do planeta não tem acesso a absorventes menstruais devido ao seu alto custo. Por outro lado, a falta de condições para a saúde menstrual pode trazer consequências gravíssimas para a saúde. Um exemplo disso é quando usam papel ou jornais para reter o sangue, o que pode causar alergias e irritações na pele além de infecções como candidíase, vaginose bacteriana e outras complicações. Quando se fala de saúde mental, a vulnerabilidade social causa vergonha, dor e isolação. Em alguns casos, isso pode levar a distúrbios como ansiedade e depressão (Amorim et al., 2021). 

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a adolescência é a fase da vida que se compreende entre a infância e a idade adulta, indicada por um complicado desempenho de desenvolvimento psicológico e social, além do crescimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS), abrange o período da adolescência entre 10 a 19 anos, ou seja, iniciando na segunda década da vida (Brasil, 2007).

O conhecimento acerca da menstruação e higiene menstrual é de extrema notabilidade para a honra e o bem-estar de adolescentes e mulheres no geral. As adolescentes precisam de informações básicas, que independe da cultura, idade e estado civil. Essas informações precisam ser completas e claras sobre sua estrutura e funções corporais, assim como sobre outras questões de saúde reprodutiva e sexual. Opções e práticas mal informadas têm grande potencial para efeitos prejudiciais profundos de longo prazo em sua saúde reprodutiva (Ubandoma, et al., 2021).

Para a população desprovida de renda, a compra mensal desses itens pode ter um efeito considerável no rendimento familiar, fazendo com que muitas mulheres procurem alternativas menos onerosas e de mais fácil acesso (Guitarrara, 2021).

É necessário que todas as mulheres conheçam as boas práticas de higiene durante esse período. Muito do ciclo está envolto em vergonha e desinformação. No entanto, conhecer os fundamentos da higiene menstrual pode ajudar a se sentir revigorada e confiante durante a menstruação, além de se manter saudável. Diante desse cenário, é possível entender que a educação em saúde no manejo adequado da saúde menstrual pode proporcionar dignidade as mulheres adolescentes (Baldwin et al., 2021).

Quando esses direitos são garantidos, a integridade física e psicológica das adolescentes é protegida. Assim, é possível ter mais saúde, autoestima e felicidade durante a menstruação. Ainda que existam tabus, mitos e vergonhas relacionados à menstruação, entende-se que isso tudo pode levar a provocações e exclusão das atividades diárias e podem afetar negativamente a autoestima. Dessa forma, a educação em saúde pode dissipar percepções errôneas sobre a menstruação, aumentar a autoestima das adolescentes e capacitá-las para uma participação plena na sociedade (Baldwin et al., 2021).

Ações de educação em saúde devem ser realizadas por parte de uma equipe multiprofissional, e é de extrema seriedade para que ocorram mudanças de comportamentos na sociedade e, principalmente para a autonomia em saúde da população. Essas ações podem ser realizadas de forma individual ou coletiva, isto significa, de um jeito que possa conquistar a participação das pessoas, auxiliando a população feminina em conjunto com os profissionais de saúde (Brasil, 2014; Barreto et al., 2019).

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

  • Analisar na literatura quais são os impactos da educação em saúde na gestão de higiene menstrual e pobreza menstrual de adolescentes;

2.2 Objetivos específicos

  • Discutir acerca da pobreza menstrual no processo saúde-doença das adolescentes;
  • Verificar as dificuldades das adolescentes de terem acesso aos seus direitos menstruais e o impacto da pobreza menstrual na saúde destas;
  • Verificar as experiências de menarca e menstruação que as adolescentes vivenciam.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

No livro “A menina que virou lua” da escritora Morena Cardoso, descreve o processo da menstruação de forma sensível, indicando as mudanças do corpo que a mulher enfrenta durante esse período, e que cada fase da vida é única e essencial, como é refletido no trecho: 

Ela, há pouco, muito se estranhava. Seus ouvidos escutavam novas palavras não ditas. Seus olhos miravam o que nunca antes haviam observado. Seu cheiro também mudara, como quem reconhece a si mesma em um novo tempero. Na sua voz não cabia mais manha, e o seu corpo já não cabia mais no colo. Era qualquer coisa esquisita esse negócio de crescer… um ser sem se tornar, um quase que ainda não, esse meio sem volta e sem vai, num eterno enquanto. O início de um fim que se perde de vista (CARDOSO, 2019).

A menstruação é um fator biológico, assim como respirar, além de envolver mudanças em diversos aspectos corporais de uma mulher, apesar disso, a realidade ao redor do mundo ainda é difícil, e esse processo que envolve uma nova fase da vida, de crescimento e desenvolvimento, não é de fato vivido nesse estereótipo tão belo, exemplo disso é no Reino Unido, onde metade das meninas (48%) sentem vergonha quando estão menstruadas. No Níger e em Burkina Faso, geralmente as mulheres são proibidas de praticar suas devoções ou frequentar mesquitas durante o período em que estão menstruadas. Na Índia, 71% das garotas desconhece o conceito de menstruação, até chegar na menarca. Na Colômbia, 45% delas não conhecem a origem do sangue menstrual e 20% o considera sujo. E no Brasil, a situação do manejo da higiene menstrual de mais de 1,5 milhões de brasileiras é uma realidade tortuosa, pois muitas estão vivendo em residências em que inexistem banheiros (Cavalcante, 2021).

A menarca e o ciclo menstrual são indícios da fertilidade e saúde feminina. A idade da menarca sofre influência de vários fatores, dentre eles pode-se citar: clima, genética, etnia, condições socioeconômicas, exercício físico e estado nutricional. A idade média da menarca nas adolescentes brasileiras fica entre 12,2 ± 1,2 anos. Nos primeiros anos, os ciclos menstruais podem variar e as adolescentes apresentam irregularidades menstruais, onde os estudos apontam que a explicação para esse fato se dá pela alteração fisiológica decorrente da imaturidade do eixo hipotálamo – hipófise – ovário, onde há ausência do feedback positivo do estradiol sobre a secreção do LH, o hormônio luteinizante (Lima et al., 2021).

O tempo médio para regularizar esses ciclos menstruais ainda não apresentam consenso. Nos dias de hoje, existe por parte da comunidade científica um movimento em direção a avaliação do ciclo menstrual na adolescência, onde permita identificar precocemente doenças. Para proporcionar saúde reprodutiva feminina e o bem-estar no geral, é fundamental promover educação em saúde para adolescentes sobre as características de um ciclo menstrual normal, e as medidas de higiene a serem seguidas durante esse período, para tornar esse processo saudável (Marques et al., 2021).

Visto que a menstruação é um processo habitual, vivenciar esse momento com acesso a informações e aos materiais necessários para higiene é um direito de toda adolescente e pessoa que menstrua, para que ela viva sua vida e rotina de maneira agradável. A criação e a execução de programas de educação em saúde que possam garantir a saúde menstrual de adolescentes são necessárias, assegurando assim o bem-estar e possibilitando conhecimento de si próprio e segurança durante o ciclo menstrual. (Motta et al., 2021).

É justo assegurar que a menstruação no tocante a carência de materiais adequados para o controle  do  fluxo  e  sustento  da higiene  menstrual  vulnera  o  direito  da  adolescente posicionando-a em condição desvantajosa e em desequilíbrio em relação a sua saúde, diante desse fato, torna-se necessário proporcionar o conhecimento necessário das vantagens de uma boa higiene menstrual diante do contexto socioeconômico onde essa adolescente vive, visto que a realidade de cada uma pode ser totalmente diferente (Mundim et al., 2020).

Contudo, apesar   da   diversidade   de   produtos   disponíveis   no   mercado consumidor, não é democratizado o acesso aos mesmos, por isso faz-se necessário prover artifícios e mecanismos onde a adolescente dentro da sua realidade possa utilizar para promover seu bem estar durante o período da menstruação. A desigualdade social que se traduz na falta de recursos para adquirir tais cuidados, aliada a utilização de materiais inadequados, chamada de pobreza menstrual, tem refletido na saúde e na rotina do seu dia a dia, pois causa constrangimentos   e   privações.   Estas situações importam, pois, ferem o direito ao reconhecimento de usufruir de uma vida digna de adolescentes e mulheres, sobretudo as mais pobres e marginalizadas (Motta et al., 2021).

4 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão integrativa da literatura, de caráter qualitativo. Esse tipo de pesquisa é de grande relevância na área da saúde, pois condensa as pesquisas e estudos existentes disponíveis sobre a temática escolhida, conduzindo assim, a prática embasada em conhecimento científico (Batista; Kumada, 2021).

A coleta de dados ocorreu no mês de outubro do ano de 2023. A busca para elaboração do estudo procedeu-se a partir do levantamento bibliográfico na base de dados PubMed e nas bibliotecas Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). 

Foram delimitados os seguintes critérios de inclusão: artigos primários, publicações entre 2019 e 2023, nos idiomas em português e inglês e publicações disponíveis na íntegra na internet com acesso gratuito. E como critérios de exclusão: teses, dissertações, capítulos de livro e artigos que não respondem ao objetivo do estudo. 

Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs) utilizados na busca foram:  Educação em Saúde, Menarca e Estrutura Socioeconômica. Foi realizado o cruzamento dos mesmos utilizando o conector booleano AND da seguinte forma: Educação em Saúde AND Menarca; Educação em Saúde AND Estrutura socioeconômica; Menarca AND Estrutura Socioeconômica.

A busca emergiu um total de 4605 artigos, posteriormente, foram aplicados os filtros Educação em Saúde, Menarca e Estrutura Socioeconômica para melhor norteamento e busca em relação a temática. Após aplicar os filtros foram identificados 410 artigos que tiveram seus títulos e resumos lidos. Após essa etapa 15 estudos foram selecionados para leitura na íntegra, desses, cinco artigos foram selecionados para subsidiar os resultados. Para uma melhor visualização da etapa de buscas e da seleção dos estudos foi utilizado o fluxograma adaptado do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) (Page et al., 2020). (Figura 1).

Figura 1 – Fluxograma dos artigos selecionados adaptado do modelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), Caruaru, PE, Brasil, 2023.

Os estudos foram selecionados por meio de um instrumento adaptado de Ursi; Gavão (2006) que tinha em sua composição: idioma, título, autores, objetivo do estudo, ano, periódico, metodologia, nível de evidência, síntese do resultado, sendo esses catalogados em tabela.

5 RESULTADO E DISCUSSÃO

Dos cinco estudos selecionados (quadro 1), foram encontrados 3 na SCIELO, 1 na BVS, e 1 na PUBMED, representando 5 estudos sobre o referido tema.  Os artigos selecionados para a amostra deste estudo, foram organizados no quadro 1, composto por informações referentes a título, autores, ano de publicação, idioma, objetivo e principais resultados.

Quadro 1.  Informações dos artigos selecionados para o estudo.

TÍTULOAUTOR E ANOIDIOMAOBJETIVOPRINCIPAIS RESULTADOS
Intervenção educacional para melhorar a gestão da higiene menstrual em meninas adolescentes em Kalimantan, IndonésiaNastiti, 2023InglêsDeterminar o efeito da educação em saúde no manejo da higiene menstrual em adolescentes Verificou-se que a educação em saúde sobre a gestão da higiene menstrual tem uma influência benéfica no conhecimento e nas atitudes dos adolescentes.
Prática de menstruação entre adolescentes escolares e fora da escola, República Popular Democrática do LaosSychareun, 2020InglêsO objetivo deste estudo foi compreender as práticas de manejo da higiene menstrual de adolescentes dentro e fora da escola, fontes de informação e atitudes em relação à menstruação.Neste estudo, nem todas as participantes foram capazes de praticar uma gestão ideal da higiene menstrual. Isto é importante porque uma boa gestão da higiene menstrual está associada a uma melhor saúde e à capacidade de participar plenamente na educação e no trabalho. É necessária mais educação, mas também é importante garantir que todas as adolescentes tenham acesso às ferramentas necessárias para uma gestão eficaz da higiene menstrual.
Um estudo qualitativo das experiências de menarca e menstruação de meninas adolescentes na zona rural de Tamil Nadu, ÍndiaGold-Watts, 2020InglêsNeste estudo, procurámos explorar como as adolescentes na zona rural de Thirumalaikodi, Tamil Nadu, Índia, experienciam a menarca e a menstruação, como as suas experiências se ligam ao contexto sociocultural e que estratégias utilizam para gerir a menstruação. Este estudo também informou a adaptação e o desenvolvimento de uma intervenção escolar sobre água, saneamento e higiene.Os resultados revelaram que a menarca inaugura transições biológicas da puberdade e códigos culturais que moldam as normas de género. As normas de género, por sua vez, geram, mantêm e reproduzem atitudes, crenças e práticas estigmatizantes que influenciaram o desenvolvimento de mecanismos de sobrevivência em casa e na escola. As adaptações resultantes da intervenção consistiram em duas atividades (aula escolar e uma atividade extracurricular) que abordam lacunas de conhecimento e mitos.
Gestão da saúde menstrual e experiência escolar entre estudantes do sexo feminino em Gauteng, África do Sul: um estudo de método mistoCrankshaw, 2020InglêsTem havido uma maior atenção às necessidades de gestão da saúde menstrual (GHM) das adolescentes e mulheres jovens na África Oriental e Austral, relacionadas com a dignidade, e à potencial ligação entre a falta de acesso a produtos sanitários e o absentismo escolar. Na África do Sul, não existem evidências adequadas para orientar respostas nacionais adequadas. Este estudo explorou a extensão do acesso a produtos sanitários modernos entre as alunas do ensino secundário e a gama de necessidades e desafios que enfrentam na gestão da sua menstruação em ambientes escolares em Gauteng, África do Sul.Uma em cada sete alunas relatou não ter produtos sanitários suficientes para todos os períodos nos últimos 3 meses e isto refletiu-se em todos os quintis escolares. Houve uma interação complexa entre os desafios relacionados à menstruação (desconforto físico, provocações e distração nas aulas) vivenciados pelas alunas, muitas vezes amplificados ou agravados por fatores do ambiente escolar (instalações sanitárias anti-higiênicas e áreas de descanso inadequadas) e a participação escolar. e comparecimento. As adolescentes que não tinham produtos suficientes para todos os períodos nos últimos 3 meses relataram maior probabilidade de faltar à escola do que aquelas que relataram produtos suficientes. No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos no número de dias perdidos.
Impacto da intervenção de educação em saúde sobre a menstruação e sua higiene entre meninas adolescentes que frequentam escolas urbanas em Thiruvallur, TamilnaduGomathy, 2022InglêsEste estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o impacto da educação em saúde na higiene menstrual entre adolescentes escolares urbanas.Houve uma melhora estatisticamente significativa (P = 0,0001) no conhecimento sobre menstruação, atitude percebida e prática de boa higiene menstrual do pré ao pós-teste após a intervenção. Fatores demográficos, como idade, escolaridade da mãe e status socioeconômicos, e características menstruais, como idade da menarca, fluxo menstrual regular, ausência de dismenorreia e aconselhamento sobre menstruação antes da menarca, foram significativamente associados à mediana pós-teste pontuações.

Fonte: elaborado pelos autores, 2023.

Dentre os trabalhos selecionados para esta revisão, 05 estudos (Nastiti, 2023,  Sychareun, 2020, Gold-Watts, 2020, Crankshaw, 2020, e Gomathy, 2022) destacavam que a carência de acesso aos recursos de higiene menstrual, situações socioeconômicas, infraestrutura, tabus, preconceitos, e até mesmo a falta de informações fidedignas a respeito da própria menstruação são as características primordiais da pobreza menstrual, trazendo uma situação de precariedade e vulnerabilidade da higiene menstrual, levando a prejuízos na qualidade de vida e surgimento de diversas infecções, que afetam exclusivamente a saúde de adolescentes no mundo inteiro, demonstrando assim, que há importância na educação em saúde para trabalhar essa temática entre as adolescentes. 

Nastiti (2023) ao realizar o estudo quase experimental, dividiu a população em dois grupos: O Grupo A recebeu intervenção de educação em saúde com auxílio de videoconferências em 2 encontros e ganharam um folheto depois de cada encontro com a duração de 90 minutos. O Grupo B apenas recebeu um folheto. Diante dos resultados observou-se que o grupo A aumentou o nível de conhecimento após intervenção, mas o grupo B não demonstrou diferença, no entanto, no quesito de atitude, os dois grupos demonstraram mudanças importantes após a intervenção. Esse estudo mostrou um impacto positivo da intervenção em saúde no conhecimento e atitude da gestão de higiene menstrual das adolescentes. A educação em saúde é fundamental para moldar o conhecimento que afetará a percepção dos adolescentes sobre a saúde menstrual.

Gomathy (2022) comprovou que a má higiene menstrual pode acarretar no desenvolvimento de infecções e outros problemas de saúde e suas complicações. Adolescentes requerem atenção específica e especial, pois são o grupo mais vulnerável, não só socialmente, mas também em termos de saúde. Nesse estudo, foi aplicada uma intervenção multifacetada de educação em saúde e sua eficácia foi medida após quatro meses usando a mesma ferramenta. 

Gomathy, 2022, identificou que o nível pré-teste de conhecimento, atitude e práticas em relação à menstruação e higiene entre os sujeitos do estudo foi de 37,6%, 37,6%, 40,1%, respectivamente, que melhorou para 79%, 79,9% e 76,9% após a intervenção de educação em saúde. Além disso, a pontuação geral de todos esses domínios melhorou de 48,7% para 71%. No pós-teste, quase 79% dos sujeitos desse estudo apresentaram bom conhecimento, e o presente estudo também demonstrou que existe uma diferença relevante entre o nível de conhecimento e atitude pré-teste e pós-teste em relação à higiene menstrual no nível 0,05 de significância, o que mostra nitidamente que a educação para a saúde proporcionada foi eficiente para melhorar o nível de conhecimento das adolescentes sobre menstruação e higiene. 

Crankshaw (2020), em sua pesquisa, analisou que 1 em cada 7 alunas relatou não ter produtos sanitários suficientes para todos os períodos entre os últimos 3 meses. De modo geral, os dados indicaram que a realidade do acesso diferenciado a produtos sanitários teve um impacto negativo. A falta de limpeza e as más condições das casas de banho foram firmemente destacadas por todas as categorias de participantes do estudo. Apesar de as participantes do estudo demonstrassem uma boa compreensão das necessidades de higiene pessoal durante a menstruação, pouquíssimas conseguiam explicar ou entender corretamente e totalmente o processo menstrual, sendo concedido um conhecimento irregular e muitas vezes incorreto. 

A pesquisa realizada por Gold-Watts (2020), apontou que as mulheres e as adolescentes enfrentam desafios sociais e de saúde relacionados com a gestão da higiene menstrual, tais como infecções do trato urinário, estigma social e absentismo escolar e no local de trabalho. 

Na entrevista realizada no estudo de Gold-Watts (2020), as meninas refletiram sobre as preocupações, medos e angústias sentidas em relação às mudanças que sofreram, tanto biologicamente como socialmente. Na entrevista conduzida, as adolescentes também partilharam como a menstruação teve um impacto negativo na sua vida cotidiana através de atitudes e crenças que reproduzem tabus que estimulam preocupações e angústia.  As meninas na escola saem das atividades por medo de manchas nas roupas. Esta retirada e isolamento durante a menstruação têm impacto tanto no desempenho acadêmico como no bem-estar. Na entrevista várias participantes descreveram não saber sobre a menstruação até atingirem a menarca, outra investigação demonstrou resultados semelhantes, onde sugerem que o conhecimento insuficiente sobre a puberdade e a menstruação é transferido entre gerações, deixando as adolescentes mal informadas e mal equipadas para lidar com a menstruação. É comum que as adolescentes aprendam sobre a menstruação através de outras pessoas, mas foi revelado que a educação em saúde sobre higiene menstrual era limitada (Gold-Watts, 2020).

Idades mais precoces da menarca e do início da puberdade têm sido fatores de risco bem comprovados para doenças. Por isso dá-se a importância da realização de uma boa higiene menstrual.  Existe relação entre o estatuto socioeconômico e a menstruação, onde possuem implicações para a compreensão das influências sociais no desenvolvimento da primeira infância e consequentemente nas doenças da fase adulta (Hiatt, 2021). No entanto, Ulubay, 2023, diz que a idade da menarca varia ao longo do tempo de acordo com o nível de desenvolvimento da sociedade. Entretanto, é importante notar que cada país e sociedade é diferente e tem suas particularidades, e há vários fatores que influenciam a idade da menarca. É crucial lembrar que a idade da menarca é determinada por uma variedade de fatores, incluindo fatores socioeconômicos, genéticos, nutrição, saúde, estilo de vida e influências ambientais.

Rawat (2023) realizou um estudo onde os pesquisadores conduziram 5 discussões em grupos. Essas discussões sugeriram que é comum não ter um produto menstrual disponível quando é necessário, muitas vezes, a depender do local onde estiver. Isso sugere que a falta de acesso ao produto muitas vezes não é uma solução fácil e pode causar estresse. Este estudo também enfatiza e apoia a necessidade de existir o acesso a produtos menstruais em espaços públicos. 

A pesquisa realizada por Sychareun, (2020) demonstrou um resultado de que das 343 mulheres que atingiram a menarca, 44% relataram boas práticas de gestão da higiene menstrual. Mais de metade das participantes, não conseguiram aderir aos materiais de boas práticas de gestão da higiene menstrual. Por fim, somente 44% das meninas alcançaram 80% de boas práticas de gestão da higiene menstrual. Outros estudos em países de baixa e média renda sugeriram práticas de gestão da higiene menstrual normalmente inapropriadas. 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O presente estudo de revisão da literatura demonstrou por meio de artigos científicos que a intervenção de educação em saúde tem um impacto imensamente positivo na melhoria do conhecimento, atitude e prática em relação à higiene menstrual de adolescentes. Tendo em vista os efeitos negativos que ocorrem devido à higiene menstrual inadequada e às crenças erradas que existem na comunidade, há necessidade de implementar melhores estratégias para incentivar as adolescentes a adotarem práticas seguras vivenciando seu ciclo menstrual de modo saudável. Um programa de educação em saúde bem estruturado deve ser dirigido às adolescentes.

Estudos também demonstraram que a pobreza menstrual é um desafio sofrido por um número significativo de adolescentes, abrangendo o acesso ou escassez de itens essenciais de higiene menstrual e pessoal, assim também sendo um problema estrutural, como o saneamento e banheiros, afetando de forma negativa a vida de inúmeras pessoas. Relaciona-se um considerável problema de educação em saúde que impõe mudanças direcionadas para sua resolução, uma vez que traz consequências no processo de saúde-doença de adolescentes e mulheres no geral, sendo capaz de afetar a anatomia e fisiologia, com a obtenção de irritações nas mucosas, na pele e afecções, trazendo também problemas no psicológico das mesmas, levando em conta os preconceitos existentes e o isolamento gerado. 

Em vista disso, se entende a imposição de um maior encorajamento a pesquisa científica com a finalidade de que se encontre uma análise dos riscos dessa realidade para as adolescentes em questão, associada ao acesso, infraestrutura e sobretudo educação, com o propósito de que seja realizada uma diminuição de todos esses riscos apontados. Esta revisão integrativa também demonstrou, através da literatura científica, a importância da inserção de políticas de educação em saúde para a temática trabalhada, sugerindo também que tais problemas poderiam ser solucionados ou, pelo menos, reduzidos, com ações do poder público e das políticas de saúde.

REFERÊNCIAS

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