PRESCRIÇÕES DE FITOTERÁPICOS EM FORMULAÇÕES MAGISTRAIS COM ÊNFASE NO EMAGRECIMENTO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

HERBAL MEDICINE PRESCRIPTIONS IN MASTERFUL FORMULATIONS WITH AN EMPHASIS ON WEIGHT LOSS: A LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10160519


Daiane Bezerra da Costa1
Jose Ferreira de Sousa Netto2


Resumo

Objetivo: Identificar os fitoterápicos mais utilizados nas formulações magistrais com ênfase no emagrecimento, evidenciando sua eficácia terapêutica, suas interações medicamentosas, e enfatizando os riscos do uso indiscriminado. Revisão Bibliográfica: Atualmente a obesidade é considerada um dos principais problemas mundiais de saúde pública, não devendo ser tratada como um parâmetro estético. Sendo assim, é classificada como uma doença crônica que afeta diretamente o funcionamento orgânico. Indivíduos diagnosticados com obesidade, geralmente, estão mais propensos a desenvolver outros problemas de saúde que estão diretamente interligados a esse desequilíbrio. A fitoterapia tem conquistado um espaço imenso no tratamento da obesidade, levando em consideração o fato da diminuição de efeitos adversos. Quando os fitoterápicos são utilizados no tratamento da obesidade e perda de peso, é cientificamente comprovado que eles podem possuir mecanismos de ação distintas no organismo. Conclusão: O uso dos fitoterápicos no tratamento da obesidade e no auxílio da perda de peso vem aumentando ao longo dos anos, principalmente diante das vantagens dos preços serem mais acessíveis e os efeitos adversos serem reduzidos quando comparado a medicamentos sintéticos. Porém, os medicamentos de origem vegetal não são isentos de potenciais efeitos adversos e interações medicamentosas, por vezes subestimados.

Palavras-chave: Fitoterapia. Emagrecimento. Obesidade.

ABSTRACT

Objective: To identify the herbal medicines most used in masterful formulations with an emphasis on weight loss, highlighting their therapeutic effectiveness, their drug interactions, and emphasizing the risks of indiscriminate use. Bibliographical Review: Obesity is currently considered one of the main global public health problems and should not be treated as an aesthetic parameter. Therefore, it is classified as a chronic disease that directly affects organic functioning. Individuals diagnosed with obesity are generally more likely to develop other health problems that are directly linked to this imbalance. Phytotherapy has gained immense space in the treatment of obesity, taking into account the fact of reducing adverse effects. When herbal medicines are used to treat obesity and weight loss, it is scientifically proven that they can have different mechanisms of action in the body. Conclusion: The use of herbal medicines to treat obesity and help with weight loss has increased over the years, mainly given the advantages of more affordable prices and reduced adverse effects when compared to synthetic medicines. However, medicines of plant origin are not free from potential adverse effects and drug interactions, which are sometimes underestimated.

Keywords: Phytotherapy. Weight loss. Obesity.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente a obesidade é considerada um dos principais problemas mundiais de saúde pública, não devendo ser tratada como um parâmetro estético. Sendo assim, é classificada como uma doença crônica que afeta diretamente o funcionamento orgânico, causando um desequilíbrio entre o ganho energético e o gasto calórico. Indivíduos diagnosticados com obesidade, geralmente, estão mais propensos a desenvolver outros problemas de saúde que estão diretamente interligados a esse desequilíbrio, tais como, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo II, além de transtornos psiquiátricos (BARROSO; SOUZA, 2020).

As plantas medicinais sempre possuíram um papel relevante e ativo na vida dos seres humanos, desde 2.600 anos a.C., o uso de plantas para tratar as mais diversas enfermidades é consagrado. O conhecimento sobre as propriedades farmacológicas das plantas vem se aperfeiçoando ao longo dos últimos anos, a partir das descobertas de novas espécies e/ou metabólitos, dos estudos fitoquímicos, e do uso de tecnologias para identificar e isolar moléculas. É importante salientar que a partir da tecnologia farmacêutica, parte de uma planta pode ser utilizada como matéria-prima, e incorporada a uma forma farmacêutica, como por exemplo, a pomada, a tintura e as cápsulas, sendo dessa forma o medicamento classificado como fitoterápico (SANTANA; RODRIGUES, 2022). 

A fitoterapia tem conquistado um espaço imenso no tratamento da obesidade, levando em consideração o fato da diminuição de efeitos adversos, se comparada com os clássicos medicamentos sintéticos utilizados. Sendo importante destacar que os fitoterápicos não são isentos de riscos, porém o risco-benefício é significativo, sendo um dos benefícios mais relevantes o fato da redução expressiva do paciente desenvolver dependência física e psíquica, quando comparado aos sintéticos (VIEIRA; MEDEIROS, 2019).

Geralmente nas prescrições observa-se associações de vários compostos fitoterápicos, sendo que na maioria das vezes cada biomolécula isolada apresenta um mecanismo de ação diverso, porém com um único objetivo, o auxílio na perda de peso. É possível identificar nas prescrições fitocompostos com ação diurética, inibidores de apetite, redutores da absorção de gordura, os que aceleram o metabolismo aumentando o gasto calórico, e aqueles que agem no sistema nervoso central, com finalidade de tratar a ansiedade associada a obesidade (SOARES et.al 2022; BRITO et.al 2019).

Os fitoterápicos também não estão isentos de interações farmacológicas, pois associações que parecem inofensivas, como o que acontece com a alcachofra e os diuréticos de alça, podem desencadear hipovolemia e hipocalemia. Outra interação observada é entre a cáscara sagrada, muito utilizada como laxante, e medicamentos como os anti-inflamatórios não esteroidais e anti-hipertensivos, pois nestes casos é notório um perfil diminuído de absorção dos fármacos dessas duas classes citadas. Ainda é possível evidenciar que a cáscara sagrada pode aumentar a toxicidade da digoxina quando utilizadas em conjunto (KIRCHNER et al., 2022).

Sendo assim, o objetivo principal desta revisão é identificar os fitoterápicos mais utilizados nas formulações magistrais com ênfase no emagrecimento, evidenciando sua eficácia terapêutica, suas interações medicamentosas, e enfatizando os riscos do uso indiscriminado.

2 METODOLOGIA 

Trata-se de uma revisão narrativa da literatura sobre prescrições de fitoterápicos em formulações magistrais com ênfase no emagrecimento, no qual foram consultadas as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico e Lilacs, aplicando os descritores “Medicamentos fitoterápicos” AND “Obesidade” AND “Fitoterapia” AND “Emagrecimento”, e seus correspondentes em inglês, identificados no portal de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Ao final da análise foram selecionados 70 artigos, no qual 21 preencheram os parâmetros de seleção estabelecidos. 

Foram incluídos artigos originais publicados nos últimos cinco anos, de livre acesso, disponíveis gratuitamente na íntegra e nos idiomas inglês e português. Os artigos foram classificados de acordo com o desenho do estudo e o nível de evidência, após a identificação daqueles com duplicidade. Foram excluídos os artigos que não responderam à pergunta norteadora (“Quais os fitoterápicos mais utilizados no processo de emagrecimento?”), além de teses, dissertações, trabalhos incompletos e os publicados fora do período de 2018-2023

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

Quando os fitoterápicos são utilizados no tratamento da obesidade e perda de peso, é cientificamente comprovado que eles podem possuir mecanismos de ação distintos no organismo, sendo esses: diminuição da absorção de carboidratos, diminuição de absorção lipídica, diminuição da lipogênese e aumento da lipólise, aumento do gasto energético, entre outros (KIRCHNER et al., 2022).

A tabela 01 demonstra as principais espécies vegetais utilizadas nas preparações magistrais com o intuito de promover o emagrecimento. A partir dela observa-se o principal metabólito e o mecanismo de ação proposto.

TABELA 01: Principais espécies vegetais e seus mecanismos de ação na promoção do emagrecimento.

ESPÉCIE VEGETALMETABÓLITO PRINCIPALMECANISMO DE AÇÃOREFERÊNCIA
Camelia sinensisCatequinasAumento do gasto energético, aumento da oxidação de gordura, supressão do apetite (inibindo as enzimas α-amilase  e  lipase,  no  controle  do apetite) PIRES, B. de C.; ZORTÉA, N. B.; NASCIMENTO, P. do; SILVEIRA, V. C. da; BERTOL, C. D. Camellia sinensis: benefícios no auxílio ao tratamento da obesidade/Camellia sinensis: benefits in aiding the treatment of obesity. Brazilian Journal of Development[S. l.], v. 7, n. 2, p. 15411–15420, 2021. DOI: 10.34117/bjdv7n2-251. https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/24638  
Hibiscus sabdariffaácido  hidroxicítrico, antocianinas, flavonoides, ácidos fenólicosaumento da taxa metabólica, com consequente aumento do  gasto  energético, o  aumento da  gliconeogênese e  redução na sensação de apetiteFONSECA, B. K. D.; SENA, J. da S.; SILVA, G. C. C.; RAHAL, I. L.; LAGINESTRA, B. de F. A.; GAZIM, Z. C.; JUNIOR, R. P. ALTERNATIVAS FITOTERÁPICAS NO CONTROLE DA OBESIDADE. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR[S. l.], v. 26, n. 3, 2022. DOI: 10.25110/arqsaude.v26i3.2022.8979. Disponível em: https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/8979. Acesso em: 25 set. 2023. https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/8979/4427 
Garcinia cambogiaácido hidroxicítrico natural (HCA)Supressão do apetite, inibição da lipogênese, aumento da oxidação de gordura.Santana A. P. de J.; Rodrigues J. L. G. Riscos e benefícios dos fitoterápicos para o emagrecimento. Revista Artigos. Com, v. 35, p. e10399, 25 jun. 2022 https://acervomais.com.br/index.php/artigos/article/view/10399/6248 
Gymnena sylvestreÁcidos gimnêmicos (I,II,II,IV). ⎫ Quercitol, lupeol, beta mairin e estigmasteroaumenta a secreção de insulina nas células beta do pâncreas, resultando em um controle maior da hiperglicemia. Influência em vias metabólicas, aumentando a utilização da glicose.  Os ácidos gimnêmicos podem também inibir o gosto doce da glicose na boca, diminuindo a ingestão açucares.PALHETA, R. A.; FREITAS, F. M. N. de O. . Integrative review on medicinal plants in the treatment of obesity and dyslipidemias on climacteric women. Research, Society and Development[S. l.], v. 11, n. 15, p. e283111537153, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37153.  https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37153 
Citrus aurantiumcompostos  fenólicos  e terpenóides, sinefrinaEla pode atuar nos receptores alfa-adrenergicos no sistema nervoso central, afetando as sensações de fome e saciedade. Suprimir o acúmulo de lipídios,FONSECA, B. K. D.; SENA, J. da S.; SILVA, G. C. C.; RAHAL, I. L.; LAGINESTRA, B. de F. A.; GAZIM, Z. C.; JUNIOR, R. P. ALTERNATIVAS FITOTERÁPICAS NO CONTROLE DA OBESIDADE. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR[S. l.], v. 26, n. 3, 2022. DOI: 10.25110/arqsaude.v26i3.2022.8979. Disponível em: https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/8979
Phaseolus vulgaris L.faseolaminaInibidor da enzima alfa- amilase, diminuindo assim a quantidade de carboidratos absorvidos. Santana A. P. de J.; RodriguesJ. L. G. Riscos e benefícios dos fitoterápicos para o emagrecimento. Revista Artigos. Com, v. 35, p. e10399, 25 jun. 2022 https://acervomais.com.br/index.php/artigos/article/view/10399/6248

Fonte: Os autores

Os medicamentos fitoterápicos tem sido mais utilizados desde a sua implementação no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2006, permitindo também mais estudos sobre a eficácia e segurança dos mesmos, além de estudos comparativos entre espécies vegetais. Porém, é perceptível e importante alertar para o aumento do uso de fitoterápicos no tratamento de perda de peso sem o acompanhamento de um profissional habilitado, partindo do princípio de que produtos naturais não causam efeitos adversos (BRITO et.al 2019; ESTEVE, C.O. 2020).

Sendo assim, a tabela 02 demonstra os principais efeitos adversos de espécies vegetais utilizadas com o intuito de emagrecer. Com base nos estudos já evidenciados na literatura, o potencial danoso do uso irracional de fitoterápico é real e o combate a automedicação precisa ser fortalecido. 

Tabela 02: Reações adversas observadas em espécies vegetais utilizadas para promover o emagrecimento.

ESPÉCIES VEGETAISPRINCIPAIS REAÇÕESADVERSASREFERÊNCIAS
Camellia sinensisTaquicardia, ansiedade, inquietação REBELO, I. de C. .; BARBOSA, S. M. .; OLIVEIRA, C. M. S. de . RISCOS ASSOCIADOS À AUTOMEDICAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação[S. l.], v. 8, n. 11, p. 2647–2655, 2022. DOI: 10.51891/rease.v8i11.7854. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/7854https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/7854/3089 
Hibiscus sabdariffaHipotensão, desconforto abdominal, hepatotoxicidade  FONSECA, B. K. D.; SENA, J. da S.; SILVA, G. C. C.; RAHAL, I. L.; LAGINESTRA, B. de F. A.; GAZIM, Z. C.; JUNIOR, R. P. ALTERNATIVAS FITOTERÁPICAS NO CONTROLE DA OBESIDADE. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR[S. l.], v. 26, n. 3, 2022. DOI: 10.25110/arqsaude.v26i3.2022.8979. Disponível em: https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/8979. Acesso em: 25 set. 2023. https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/8979/4427
Garcinia cambogiaCefaleia, hepatotoxicidade.REBELO, I. de C. .; BARBOSA, S. M. .; OLIVEIRA, C. M. S. de . RISCOS ASSOCIADOS À AUTOMEDICAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação[S. l.], v. 8, n. 11, p. 2647–2655, 2022. DOI: 10.51891/rease.v8i11.7854. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/7854https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/7854/3089 
Gymnena sylvestreHipoglicemia, náusea ,diarreia. PALHETA, R. A.; FREITAS, F. M. N. de O. . Integrative review on medicinal plants in the treatment of obesity and dyslipidemias on climacteric women. Research, Society and Development[S. l.], v. 11, n. 15, p. e283111537153, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37153. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37153 
Citrus aurantiumAumento da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, irritação gastrointestinal, ansiedade e insônia. FONSECA, B. K. D.; SENA, J. da S.; SILVA, G. C. C.; RAHAL, I. L.; LAGINESTRA, B. de F. A.; GAZIM, Z. C.; JUNIOR, R. P. ALTERNATIVAS FITOTERÁPICAS NO CONTROLE DA OBESIDADE. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR[S. l.], v. 26, n. 3, 2022. DOI: 10.25110/arqsaude.v26i3.2022.8979. Disponível em: https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/8979
Phaseolus vulgaris L.Vômitos, dor estomacal, diarreia, má absorção intestinalSantana A. P. de J.; RodriguesJ. L. G. Riscos e benefícios dos fitoterápicos para o emagrecimento. Revista Artigos. Com, v. 35, p. e10399, 25 jun. 2022 https://acervomais.com.br/index.php/artigos/article/view/10399/6248
Equisetum Arvense (cavalinhaToxicidade hepática e renal, deficiência de minerais, e por vezes hipotensão. RIBEIRO, A. F.; VALIATTI, T. B.; BARCELOS, I. B.; GOULART, R. R. Uso de plantas medicinais pela população do município de Presidente Médici, Rondônia, Brasil. Revista Saúde e Desenvolvimento[S. l.], v. 14, n. 19, 2020. Disponível em: https://www.revistasuninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/view/1122.

Fonte: Os autores

Vale salientar que o uso de medicamentos fitoterápicos também não é isento de interações medicamentosas, uma vez que as plantas medicinais, inclusive, podem interagir de forma significativa com medicamentos de origem sintética. Essas interações possuem origem na farmacocinética e farmacodinâmica, sendo as interações farmacocinéticas mais frequentes com medicamentos fitoterápicos, devido a alterações na concentração plasmática de alguns princípios ativos ser o mais relatado na literatura. O risco de interação acontece geralmente quando o fitoterápico tem o mesmo sistema de administração, absorção, metabolismo e/ou excreção do medicamento que está concomitantemente sendo utilizado (KIRCHNER et al., 2022). 

Conforme demonstrado na tabela 03 podemos evidenciar as principais interações entre espécies vegetais utilizadas em formulações magistrais com o objetivo da perda de peso e classes de fármacos sintéticos e quais os seus impactos.

Tabela 03: Interações entre espécies vegetais utilizadas no emagrecimento e fármacos sintéticos.

ESPÉCIES VEGETAISCLASSEFARMACOLOGICA/PRINCIPIO ATIVOINTERAÇÕESREFERENCIAS
Camellia sinensisAnticoagulantes, antihipertensivos, β-lactâmicos,Diminuição da eficácia.REBELO, I. de C. .; BARBOSA, S. M. .; OLIVEIRA, C. M. S. de . RISCOS ASSOCIADOS À AUTOMEDICAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação[S. l.], v. 8, n. 11, p. 2647–2655, 2022. DOI: 10.51891/rease.v8i11.7854. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/7854
Hibiscus sabdariffaDiuréticosPotencialização do efeito.HERNANDEZ, G. A. .; SAMPAIO, G. P. B. .; SOUZA, G. P. de .; SOUZA, K. F. A. R. de .; CASTANHARO, L. M. G. .; PEREIRA, G. J. V. . Assessment of the risks and benefits of the use of herbal medicines and weight loss medicines: Hibiscus rosa-sinensis L . Research, Society and Development[S. l.], v. 11, n. 14, p. e102111436132, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i14.36132. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36132.
AntiglicemiantesHipoglicemia
Garcinia cambogiaAntiglicemiantes HipoglicemiaREBELO, I. de C. .; BARBOSA, S. M. .; OLIVEIRA, C. M. S. de . RISCOS ASSOCIADOS À AUTOMEDICAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação[S. l.], v. 8, n. 11, p. 2647–2655, 2022. DOI: 10.51891/rease.v8i11.7854. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/7854
Citrus aurantiumAntiarrítmicos Diminuindo sua eficaçaciaSilva, Carolina Iosi; Silva, Maria Nataniele; Cesario, Rhebeca Maria Rodrigues. Risos dos medicamentos para emagrecer. Orientador: Roberto Tsuyoshhi Adati. 22 f. Trabalho de conclusão de Curso (bacharel em Farmácia) Universidade Cruzeiro do Sul, SãoPaulo, 2021. Disponível em: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/jspui/handle/123456789/3405
Anti-hipertensivosAumentando a pressão arterial e diminuindo sua eficácia.
Estimulantes Potencializando seu efeito.
Cáscara Sagrada (Rhamnus purshiana DC.)Diuréticos, corticoides.HipocalemiaKIRCHNER, Giovanna de Albuquerque et.al.  Possíveis interações medicamentosas de fitoterápicos e plantas medicinais incluídas na relação nacional de medicamentos essenciais do sus. Revisão sistemática. Revista Fitos. 2022, v.16, n.1, pp. 93-119. Disponível em: https://doi.org/10.32712/2446-4775.2022.811
Plantago (Plantago ovata Forssk.)Anticoagulantes, antiplaquetários, anti-inflamatórios Intefere na absoção gastrointestinal desses fármacos.KIRCHNER, Giovanna de Albuquerque et.al.  Possíveis interações medicamentosas de fitoterápicos e plantas medicinais incluídas na relação nacional de medicamentos essenciais do sus. Revisão sistemática. Revista Fitos. 2022, v.16, n.1, pp. 93-119. Disponível em: https://doi.org/10.32712/2446-4775.2022.811
Melissa officinalisL.(erva cidreira)Calmantes, antidepressivos, analgésicos, relaxante muscular.Potencializar o efeito sedativo. GONÇALVES, Rodrigo Noll et al. Plantas medicinais na atenção primária à saúde: riscos, toxicidade e potencial para interação medicamentosa. Revista de APS, v. 25, n. 1, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/16611/24826 

Logo, fica evidente que a utilização de medicamentos de origem vegetal é eficaz no tratamento da obesidade e perda de peso, no entanto, assim como os medicamentos sintéticos, é necessário cuidados e orientações de profissionais habilitados, com o objetivo do uso racional e seguro do medicamento (VIEIRA; MEDEIROS 2019). 

4 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso dos fitoterápicos no tratamento da obesidade e no auxílio da perda de peso vem aumentando ao longo dos anos, principalmente diante das vantagens dos preços serem mais acessíveis e os efeitos adversos serem reduzidos quando comparado a medicamentos sintéticos. Porém, os medicamentos de origem vegetal não são isentos de potenciais efeitos adversos e interações medicamentosas, por vezes subestimados, devido ao pensamento de que o natural não faz mal, causando o uso indiscriminado e sem acompanhamento adequado.

REFERÊNCIAS

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1Discente do Curso Superior de Bacharelado em Farmácia da Faculdade Integrada – CETE, Garanhuns- PE.
e-mail: daianecosta1@live.com
2Docente do Curso Superior de Bacharelado em Farmácia da Faculdade Integrada CETE – FIC, Garanhuns – PE e-mail: ferreira.netto@hotmail.com