O USO DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO PARA PREVENÇÃO DE DEBILIDADE FUNCIONAL

THE USE OF EARLY MOBILIZATION IN ADULT INTENSIVE CARE UNIT FOR THE PREVENTION OF FUNCTIONAL WEAKNESS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10124078


Kelvin Odilon Nascimento Ferreira1;
Victória dos Santos Costa2;
Vitória Rayane da Silva Dantas3;
Soraneide Carneiro Lopes4;
Orientador: Felipe Éden Souza de Oliveira5.


RESUMO

A mobilização precoce tem evidenciado redução no tempo de desmame ventilatório e é a base para recuperação funcional. O objetivo é reconhecer seu benefício, descrever as principais técnicas de mobilização precoce e realizar estudo bibliográfico. Um estudo embasado em 84 artigos, sendo incluídos 10. Utilizados os descritores: Mobilização Precoce, Unidades de Terapia Intensiva, Técnicas de Fisioterapia, Imobilização, Debilidade Muscular. Como resultado, concluiu-se que o uso da mobilização precoce é eficaz para o desmame da Ventilação Mecânica reduzindo o tempo de permanência na UTI além de promover melhora na qualidade de vida após a alta hospitalar.

INTRODUÇÃO

O serviço de fisioterapia deve ser compreendido como parte integrante da equipe multiprofissional em unidades de terapia intensiva (UTI) e tem importância junto à equipe em todos os ambientes hospitalares. A presença do fisioterapeuta é fundamental para um tratamento adequado ao paciente que necessita de cuidados intensivos levando em consideração o quadro clínico e a complexidade de cada indivíduo.

O repouso absoluto é imprescindível nas unidades de terapia intensiva, porém, a imobilidade como consequência da restrição ao leito, por um longo período é um fator agravante para retardar a recuperação e alta hospitalar do paciente. Essa imobilidade é uma comorbidade que se faz presente no ambiente de cuidados intensivos e traz prejuízos funcionais aos sistemas do corpo humano e se torna um fator determinante para o prolongamento de estadia no leito e consequentemente para o surgimento de limitações funcionais. 

O desmame ventilatório tem sido reduzido através da utilização de mobilização precoce e é a base para recuperação funcional. Ela inclui exercícios passivos, com assistências; ativos, com carga, sedestação a beira leito; transferências e deambulação e objetiva prevenir os efeitos indesejados gerados pela imobilidade, melhorar o nível de consciência, independência funcional e bem-estar mental do paciente.5

Nas UTI é comum os pacientes permanecerem restritos ao leito, e isso pode levar ao desencadeamento de disfunções graves devido a inatividade. Essas alterações desencadeiam fatores que aumentam o tempo de utilização de ventilador mecânico e postergando o desmame ventilatório. Há também a fraqueza muscular resultante da restrição no leito durante a internação nas UTI sendo os grupos musculares proximais geralmente os mais afetados além disso, o risco de desenvolver doenças tromboembólicas, atelectasias, lesão por pressão (LPP), dentre outros.

O profissional de fisioterapia representa um papel importante na manutenção do quadro clínico do paciente e desta forma a assistência prestada pela área de fisioterapia no paciente com alta demanda de cuidado pode auxiliar na identificação precoce de problemas funcionais sendo a programação de reabilitação recomendado como prática crucial para recuperação destes pacientes e fazendo uma diferença enorme na sua vida após este tempo internado.

Além da atuação durante o processo de internação, o fisioterapeuta pode ter papel fundamental aplicando práticas de mobilização na recuperação de pacientes e desempenhando atividades como sentar, rolar, ficar em pé e deambular. A prática de movimentos com a técnica de mobilização precoce é essencial na produção de hormônios que auxiliam a reduzir o estresse oxidativo ao qual o paciente é submetido durante todo seu processo de internação e recuperação trazendo benefícios para a diminuição da mortalidade além de contribuir com o estado físico geral e psicológico.8  

Para minimizar ou reverter os efeitos adversos ocasionados pela permanência no leito, a mobilização precoce assume um papel importante nas unidades de terapia intensiva. Com base nisso, esse estudo tem por finalidade responder à seguinte pergunta de pesquisa: “como se apresenta na literatura científica sobre a boa resposta da mobilização precoce para prevenir debilidade funcional em pacientes adultos em unidade de terapia intensiva?

JUSTIFICATIVA

Pacientes com tempo prolongado de internação apresentam diversas complicações durante o tempo que estão internados e após sua alta. Algumas apresentam como a atrofia muscular, úlceras por pressão e perda de massa óssea, por exemplo. O corpo parado de forma prolongada adquire danos aos sistemas cardiovascular, respiratório, tegumentar e musculoesquelético entre outros.1

A imobilidade é uma comorbidade que se faz presente no ambiente de terapia intensiva, que por sua vez, traz prejuízos funcionais aos sistemas do corpo humano e se torna um fator determinante para o surgimento de limitações funcionais. A prática da mobilização precoce como intervenção dentro da UTI é uma prática segura, visto que a mobilização é um dos recursos preconizados no cuidado intensivo e sua aplicação é conferida ao fisioterapeuta.2

O profissional fisioterapeuta tem função importante na avaliação e detecção da fraqueza muscular podendo assim prevenir futuras complicações e debilidade do sistema musculoesquelético dos pacientes que passaram por leitos de UTI. Em setores de longa permanência de pacientes já debilitados como na UTI e com uso de ventilação mecânica e medicações sedativas, a mobilização de pacientes se torna um desafio, porém ainda se mantém como a única forma de evitar debilidades prolongadas ou definitivas.1

O presente estudo tem como objetivo geral investigar a prática da mobilização precoce para prevenir debilidade funcional em pacientes após alta imediata e tardia de unidades de terapia intensiva. Visto toda a importância do profissional fisioterapeuta e os benefícios que suas práticas trazem ao paciente com internação prolongada e de setores críticos como a unidade de terapia intensiva, excluindo ou diminuindo as comorbidades que poderiam acompanhar esses pacientes caso o fisioterapeuta não estive presente e não executasse suas práticas.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

 Investigar a prática da mobilização precoce para prevenir debilidade funcional em pacientes após alta imediata e tardia de unidades de terapia intensiva.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

•      Descrever as principais técnicas da mobilização precoce desenvolvidas em unidades de terapia intensiva;

•      Identificar as principais debilidades funcionais apresentadas por pacientes após alta da unidade de terapia intensiva;

•      Apresentar os benefícios da mobilização precoce para pacientes de alta de unidades de terapia intensiva hospitalar.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1 Protocolos e métodos da mobilização precoce desenvolvida em unidades de terapia intensiva.

O repouso absoluto no leito tem sido recomendado há muitos anos e é necessário para o manejo de pacientes hospitalizados. No entanto, nos últimos anos, graças ao avanço da tecnologia, das pesquisas e do incentivo ao conhecimento científico sobre o assunto, tem sido demonstrado que a imobilidade no leito é um fator que auxilia no retardo da recuperação desses pacientes. O campo da mobilização precoce é considerado novo e necessita de mais evidências para poder financiar estudos em relação à sua finalidade, ajudando assim a fomentar o conhecimento científico sobre o tema subsidiando as ações de fisioterapia na UTI. 

Ao falar sobre a segurança da mobilização precoce, as principais premissas citadas são eventos adversos, mortalidade e padrões de segurança. Quanto aos padrões de segurança, eles devem ser verificados antes que a mobilização de pacientes gravemente enfermos possa ser iniciada.. “Os principais parâmetros identificados e descritos na literatura são os cardiovasculares, respiratórios e neurológicos. Do ponto de vista cardiovascular, os parâmetros de referência são frequência cardíaca > 40bpm e < 130bpm; pressão arterial sistólica (PAS) > 90mmHg e < 180mmHg; e pressão arterial média > 60mmHg e < 110mmHg. Do ponto de vista respiratório, os critérios de segurança recomendados são frequência respiratória > 5irpm e < 40irpm; e saturação periférica de oxigênio > 88%; caso o paciente esteja em VM, verificar fração inspirada de oxigênio < 60% e/ou pressão positiva expiratória final (PEEP) < 10cmH2O. Do ponto de vista neurológico, o paciente não deve apresentar elevação da pressão intracraniana, nem estar agitado; deve ser capaz de entender e cumprir os comandos adequadamente, e de abrir os olhos ao estímulo verbal.” 10,11

Em termos de eventos adversos, os principais eventos adversos mencionados foram efeitos cardiovasculares, perda do tubo endotraqueal, desconforto ou fadiga que resultou na interrupção, agitação, síncope, reinternação por poliartralgia , frequência respiratória, dor, diminuição da saturação de oxigênio e dessincronização do paciente com o ventilador. 

Eventos adversos ocorrem com baixa frequência durante a prática da mobilização precoce. Há também casos independentemente da execução da mobilização precoce e todos não são considerados graves, sendo considerado apenas redução na saturação de oxigênio caso grave, porém não exigem necessidade de intervenção médica específica e nem tratamento corretivo, bastando apenas suspender sua execução” 

 Um dos motivos mais comuns para pausar os exercícios durante a mobilização precoce é a recusa do paciente ou familiar em passar por um protocolo relacionado à terapia cognitiva. “Embolia pulmonar, pneumotórax, arritmia cardíaca grave, infarto do miocárdio e lesão muscular aguda foram considerados eventos adversos graves durante a mobilização precoce de um protocolo baseado em estágios. Hipoxemia e taquicardia também foram consideradas graves, mas sem os estágios da reabilitação. Dor na região dorsal aguda acompanhada de urgência hipertensiva ocorreu durante a mobilização precoce sendo considerada grave em um protocolo associado à terapia cognitiva, mas não impediu a participação em intervenções subsequentes.” 

“Também podem ser citados por meio de sua incidência cumulativa, como sendo as mais frequentes, sem citar a gravidade, a redução na saturação de oxigênio, as alterações hemodinâmicas e a remoção ou disfunção do cateter intravascular, além de taquipneia, bradicardia, intolerância de pacientes, perda de cânula endotraqueal e hipotensão.” 

 Os pacientes mais submetidos a mobilização precoce são: Preferencialmente adultos (idade ≥ 18 anos) internados em UTI clínica ou cirúrgica por pelo menos 72 horas, em respiração espontânea ou que necessitem de 48 ou mais horas de VM invasiva ou não invasiva; Pacientes preferencialmente cooperativos e sem hipertensão intracraniana. Ainda, aqueles com estabilidade hemodinâmica (definida como PAS > 90mmHg e < 170mmHg) e estabilidade respiratória (preferencialmente com saturação de oxigênio – SpO2 > 90%, sob fração inspirada de oxigênio ≤ 60% e frequência respiratória < 25irpm). 12, 20-25

Os pacientes que apresentam contraindicações são os que possuem: Doenças terminais, hipertensão arterial sistólica > 170mmHg; SpO2 < 90% independentemente da fração inspirada de oxigênio, hipertensão intracraniana, fraturas instáveis, infarto agudo do miocárdio recente, feridas abdominais abertas; queda de 20% ou mais da frequência cardíaca durante a realização das atividades de mobilização precoce. Défices cognitivo e neurológico profundo podem ser considerados como limitações, mas não como contraindicações. 18, 26 – 30

A tomada de decisão clínica precisa é fundamental à efetividade das práticas realizadas em fisioterapia. A escolha da dose deve se basear na eficácia clínica na tolerância individual de cada paciente, na idade e nas condições prévias em que o paciente se encontrava. O fluxo assistencial, frequentemente encontrado, contempla a funcionalidade ao assumir como princípio os domínios de locomoção e transferência, a saber: a partir da posição deitada, sentar, levantar e andar. As intervenções testadas estendem-se desde o posicionamento, até a atividade física de maior intensidade, sendo a progressão no fluxo descrito frequentemente associada ao aumento da dose. 

2 Principais debilidades funcionais apresentadas por pacientes de terapia intensiva hospitalar

O repouso no leito torna os músculos respiratórios dependentes de ventilação mecânica que assume o trabalho respiratório, reduzindo trabalho respiratório espontâneo. Em última análise, resultando em perda completa ou parcial de ativação neural e mecânica muscular, resultando em capacidade reduzida o diafragma deve gerar força. E esse comprometimento da função respiratória causa intolerância ao exercício, dispnéia e hipercapnia. 

A instabilidade hemodinâmica é considerada a maior limitação para se realizar a mobilização sendo a hipertensão arterial, com PAS > 170mmHg, considerada contraindicação. O segundo fator limitante foi relacionado à disfunção respiratória devido à intubação/extubação recente, posição prona ou ocorrência de hipoxemia grave em pacientes com fração inspirada de oxigênio (FiO2) específica.15

Na maioria dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), a ocorrência de fraqueza generalizada relacionada aos cuidados intensivos é uma complicação importante e comum. Ocorre em 30-60% dos pacientes internados em UTI. Além das condições preexistentes, vários fatores podem contribuir para essa fraqueza, incluindo inflamação sistêmica, uso de múltiplas drogas como corticóides, sedativos e bloqueadores neuromusculares, controle glicêmico inadequado, desnutrição, pressão hiperosmótica e administração parenteral. lactação, períodos de ventilação mecânica e imobilidade prolongada.

A imobilidade afeta os sistemas músculo-esquelético, gastrointestinal, urinário, cardiovascular, respiratório e cutâneo. O desuso, como repouso, inatividade ou imobilização de um membro ou corpo, e perda de resistência devido a doença ou lesão contribuem para a perda de massa muscular, força e resistência. Na imobilidade completa, a massa muscular pode ser reduzida à metade em 2 semanas e com sepse para 1,5 kg por dia. 

Estudos experimentais em pessoas saudáveis mostraram que há uma perda de força de 4-5% por semana. A atrofia muscular ocorre mais rapidamente quando as conexões nervosas com os músculos são interrompidas. A associação entre hiperglicemia e fraqueza pode ser devida a efeitos tóxicos que são compensados pelos efeitos neuroprotetores e anti-inflamatórios da insulina.32,33,36,35

Fatores inter-relacionados contribuem para o aumento do risco de complicações, aumento da mortalidade e aumento dos custos ao prolongar a permanência na UTI. Muitos pacientes recebem sedativos após serem admitidos na UTI, o que reduz a ansiedade, reduz os processos de dor e reduz o consumo de oxigênio pelo músculo. Sedativos, podem causar e piorar a imobilidade e se torna contraindicação à realização da mobilização precoce. Distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão, podem ter impacto social, aumentando a hospitalização à medida que aumenta o comprometimento físico e afetando a função e a qualidade de vida dos pacientes entre 1 e 7 anos após o evento.

3  Benefícios da mobilização precoce para pacientes terapia intensiva hospitalar

A mobilização precoce de pacientes críticos é eficaz na prevenção de problemas físicos e psicológicos. Exacerbado pela imobilidade, atua diretamente na redução do tempo de internação.  As indicações para mobilização precoce se devem principalmente à perda de força muscular, que pode chegar a 60%, resposta inflamatória sistêmica, controle glicêmico prejudicado, sedação, desnutrição, bloqueio neuromuscular a própria imobilidade prolongada e o tempo que o paciente se mantém no suporte ventilatório mecânico. 37,38

Um dos recursos mais eficazes para a mobilização precoce é o exercício passivo e, gradualmente, o exercício ativo até chegar nos exercícios ativos resistidos. Esta prática não só promove a recuperação da massa muscular perdida, como também contribui para uma melhor recuperação após a alta, aumentando a consciência da sua condição física. A mobilização precoce de pacientes acamados evita os desconfortos comuns do repouso no leito, pois o estresse oxidativo e a inflamação tendem a ser reduzidos pelo exercício, e o exercício de intensidade moderada pode mobilizar aproximadamente 60% do VO2 max muscular.

Não ocorrem mais casos de morte com a prática da mobilidade precoce, nem no período de internamento nem no pós-alta , mas foi identificada como fator protetor significativo para a mesma em UTI em 28 dias e no período intra-hospitalar. Se for contado o número de dias com sobrevida durante a internação e 6 meses após a alta, houve diferença significativa média, favorecendo o grupo que realizou a mobilização precoce. A sobrevida dos pacientes é influenciada pelo tempo em que a mobilização é aplicada e atua na sobrevida do paciente, mostrando que quanto mais exposto à terapia, maior a sobrevida. 10,13

O sucesso da implementação de um programa de mobilização precoce está intimamente relacionado ao envolvimento e conhecimento da equipe multidisciplinar e colaboração com o paciente, cuidador e/ou familiares. Os resultados dependem da periodicidade, intensidade e principalmente das metas estabelecidas. 

“Escalas funcionais, como a Functional Status Score (FSS) e a ICU Mobility Scale, devem ser usadas para avaliar a resposta funcional em relação à mobilização precoce. A escolha e a indicação do melhor modelo de intervenção dependem da condição funcional prévia e de avaliação diária da evolução do paciente, sendo dosificadas a partir do ganho funcional apresentado.”17

Um programa objetivando o condicionamento físico de pacientes críticos restritos ao leito pode acarretar em um prolongamento da ventilação mecânica, quando mal elaborado. Os estudos de Dantas et al. (2012) sugere um protocolo de 6 semanas para melhorar a força muscular das extremidades e reduzir o tempo sob suporte ventilatório. A mobilização é iniciada com movimentos passivos e ativos de membros inferiores e superiores sem carga ou carga mínima, podendo ser realizada no leito do paciente. Posteriormente, com estímulos de mudança de decúbito e sedestação, na beira do leito para evitar contraturas e úlceras por pressão. E, por fim, a deambulação associada a movimentos ativos de membros superiores e membros inferiores e exercícios respiratórios diafragmáticos.31

A intervenção de mobilização precoce proposta não afetou significativamente o tempo de permanência dos pacientes na UTI e no hospital, mas as melhorias funcionais na alta foram evidentes nos pacientes que receberam este modelo de intervenção. O início precoce e o estabelecimento de objetivos claros, bem como fases progressivas de intervenção através do diagnóstico funcional, são fatores relevantes e têm relação direta com a independência funcional e capacidade de deambulação do paciente no momento da alta.

A mobilização precoce de acordo com os padrões de segurança estabelecidos não promove nem aumenta a mortalidade dos pacientes submetidos a esse procedimento. A mortalidade por eventos adversos pode variar com base no estado funcional prévio, idade e comorbidades prévias ou adquiridas na UTI. Maior independência funcional, maior tolerância à atividade física e desenvolvimento de atividades de vida diária estão associados à mobilização precoce. Ganhos progressivos de força muscular corporal total e melhora do estado geral dependem de acompanhamento de vários profissionais, mesmo após a alta hospitalar.

MÉTODO

Procedeu-se uma busca sistemática da literatura por meio de consultas aos indexadores de pesquisa nas bases de dados MEDLINE/PubMed, SciELO e LILACS, abrangendo o período de 2010 a 2023. A procura foi feita com os descritores: Mobilização Precoce, Unidades de Terapia Intensiva, Técnicas de Fisioterapia, Imobilização, Debilidade Muscular, Physical Therapy Modalities, Intensive Care Units, Early Ambulation, Immobilization, Muscle Weakness.

Foram selecionados para estruturar a presente revisão, todos os artigos disponíveis referentes a mobilidade precoce, fisioterapia hospitalar e em unidade de terapia intensiva, assim como os benefícios da mobilização precoce para pacientes de alta de unidades de terapia intensiva hospitalar, envolvendo tanto estudos com crianças quanto adultos, nos idiomas inglês e português.

Inicialmente foram encontrados 94 títulos sobre o tema e, destes, 50 artigos corresponderam aos critérios de inclusão previamente estabelecidos, abordando aspectos da mobilização precoce.

RESULTADOS 

Quadro 1: Resumo dos autores utilizados na Pesquisa

Fonte: Os próprios autores

FLUXOGRAMA

Fonte: Os próprios autores

DISCUSSÃO

Diante das pesquisas realizadas trouxemos as mais significativas para uma discussão de resultados, iniciando por Gomes et al (2023)41 que nos mostra que pacientes de permanência prolongada nas UTIs podem desenvolver complicações físicas, psicológicas e fraqueza muscular generalizada, causada pela associação de lesão muscular e/ou nervosa e assim nos trazem a informação que a reabilitação precoce vem sendo apontada como uma intervenção viável no ambiente da UTI, com resposta positiva na função física e na força muscular dos pacientes gravemente doentes. No estudo dos autores é discutido sobre a situação de pacientes de UTI com oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) nos mostrando que estes pacientes desafiam os profissionais com situações como agitação, desconforto respiratório, posicionamento e mau funcionamento da cânula durante a mobilização, traumas e sangramentos locais. Mesmo com estes adventos os pacientes que iniciaram a  mobilização  precoce  em  até  72  horas, mantendo a ECMO por 7 dias, obtiveram melhora da independência funcional nas atividades de vida diária e alta hospitalar, mostrando assim que independente da situação de internação a mobilização precoce pode ser realizada e ter efeitos positivos nos pacientes.

Para Guerra-Veja et al (2022)42 em seu estudo mostra que a implementação de protocolos de fisioterapia do primeiro dia na UTI afeta positivamente a capacidade física de recuperação. Os autores citam que a reabilitação inclui benefícios de curto prazo para a força do quadríceps, levando a um aumento na funcionalidade e capacidade. Além disso, a reabilitação precoce reduz custos como resultado de uma estadia mais curta na UTI. A mobilização muscular esquelética precoce na UTI pode reduzir a mortalidade hospitalar e os tempos de desmame e preservar a força muscular das extremidades inferiores e força muscular respiratória. Os protocolos orientados pelas equipes de reabilitação alcançam resultados favoráveis na independência funcional, redução na taxa de delirium e menor incidência de fraqueza adquirida em unidade de terapia intensiva, além da redução de necessidade de sedação.

Foi estudado a viabilidade do uso de realidade virtual como ferramenta de reabilitação para pacientes na UTI no estudo de GOMES, SCHUJMANN, e FU (2019)43 onde podemos observar que a utilização de novas técnicas de mobilidade precoce para o paciente traz benefícios imensuráveis para aceitação deste e colaboração dos exercícios. Como os autores citam, a fisioterapia com utilização de realidade virtual conseguiu provocar níveis leves e moderados de atividade nos pacientes, e, em alguns pacientes, níveis vigorosos de atividade e esta ferramenta pode ser adequadamente utilizada na UTI. Os autores sugerem a necessidade de novas ferramentas para exercícios para aumento da mobilização e atividade física em pacientes de UTI, com o objetivo de reduzir o comportamento sedentário durante a hospitalização. Os resultados atendem as necessidades da literatura quanto a novas ferramentas para reduzir, com segurança, a imobilidade dos pacientes na UTI.

O estudo de Cameron et al (2015)44 nos reafirma sobre as técnicas de mobilidade precoce em pacientes internados em UTI. Os autores divulgam para nós que pacientes adultos que recebem mobilização precoce têm menos dias de dependência de ventilador, menor tempo de internação na UTI e no hospital e melhores resultados funcionais. Os dados da UTI pediátrica são limitados, mas também sugerem que a mobilização precoce é alcançável sem aumentar o risco do paciente. Os autores mostram que para que a mobilização precoce tenha impacto na prática clínica, deve tornar-se um padrão de cuidados, e incluir uma prescrição de exercício validada iniciada nas primeiras 48 horas após a admissão na UTI e que se adapta com a melhoria dos níveis de função do paciente. Citam ainda que para garantir o sucesso clínico, deve-se observar no momento do início do exercício, intensidade, frequência e duração. 

Uma das principais causas de internações em UTI desde o ano de 2020 se deu devido aos casos de COVID- 19. Godoy et al (2022)45 descreve em seu estudo a indicação e a seguridade da utilização da mobilização precoce em pacientes com a doença, trazendo a informação que a mobilização precoce previne, reduz e reabilita as consequências da doença e da síndrome pós-intensiva (PICS) que pode ser adquirida na UTI, sendo que a prescrição de exercícios para esses pacientes deve ser feita com cautela, observando cada estágio da doença e da condição clínica de cada paciente e que em casos mais graves onde os pacientes estejam ainda em sedação, os exercícios sejam realizados de forma passiva e com trocas posturais, ademais ela é suficiente para promover efeitos benéficos. Os benefícios da mobilização precoce em pacientes em fase crítica são citados em seu estudo como a diminuição do tempo de hospitalização, diminuição do tempo de ventilação mecânica, redução de deformidades e sequelas além da melhora da qualidade de vida.

Os autores Rocha, et al (2023)46 realizaram um estudo em uma UTI geral adulto de um hospital da rede privada, na cidade de Salvador/BA. Neste estudo avaliou em relação às mobilizações os seguintes  eventos:  cinesioterapia  passiva,  cinesioterapia  ativa,  sedestração  e  deambulação. Foram considerados efeitos adversos  da  mobilização:  a  ocorrência  de  frequência  respiratória  (FR) superior a 35 ipm, saturação periférica de oxigênio (SpO2) inferior a 90%, alteração de 20% da Pressão Arterial (PA) ou da Frequência Cardíaca (FC) e perda de dispositivos através de extubação acidental e perda de  acesso  venoso. Em seu estudo, o programa de mobilização em pacientes críticos pode ser considerado seguro, visto que não foram demonstradas alterações significativas em SpO2, FR, FC, PAS, nem surgimento de  eventos  adversos  como:  extubação  acidental,  alterações  importantes  de  FC  e  perda  de  acesso  venoso;  mesmo  quando  estes  estavam  sedados,  em uso de analgésicos e vasopressores, ou tinham maior gravidade clínica desmitificando assim possíveis barreiras para sua prática.

Corroborando com os estudos de autores como Godoy et al (2022), o estudo de Santos et al (2021)47 já falava sobre pacientes vítimas de COVID-19 que ficaram internados em UTI e foram os principais pacientes atendidos com técnicas de mobilização depois do ano de 2020. Santos et al (2021) reafirma outros autores quando cita que a  mobilização  precoce  é  um  recurso  fisioterapêutico  que  visa  antecipar  a  recuperação  do  paciente  hospitalizado, reduzir  a  incidência  de  complicações  pulmonares,  diminuir  o  tempo de  internação  hospitalar  e  da  ventilação  mecânica  (VM). O  manejo  realizado  nos  pacientes  restritos  ao  leito  pelo  fisioterapeuta,  desde  a  parte  respiratória  até  a  fisioterapia motora, iniciada precocemente, logo após estabilização dos maiores desarranjos fisiológicos é  segura  e  traz benefícios para  a recuperação desses indivíduos, como por exemplo, alivia os sintomas causados pelo imobilismo e melhora a funcionalidade. 

Em questões de atendimento pediátrico, Daloia, Pinto e Silva (2021)48 nos trazem informações nos seus resultados que completam o que Cameron já citou e demonstraram que existem mais barreiras do que facilitadores para que a mobilização ocorra de forma efetiva na UTI pediátrica diferenciando do atendimento a adultos, porém as barreiras encontradas são semelhantes às encontradas no atendimento adulto. As barreiras mais citadas foram número insuficiente de profissionais, insegurança da equipe, necessidade de consentimento dos pais/responsáveis, motivação da criança, necessidade de ordem médica/prescrição, indisponibilidade de equipamentos, falta de comunicação/conhecimento, instabilidade do paciente, sedação inadequada, ausência de diretriz/consenso, cultura de não aceitação. Para reverter isso, os facilitadores mais citados foram treinamento/educação da equipe, instituição de diretriz/consenso, influenciar a mudança cultural e diálogo com familiares, sedação/analgesia adequada, engajamento da equipe/pesquisa, protocolos individualizados e auxílio de outros profissionais e familiares. 

Ainda citando a importância da mobilidade precoce e seus benefícios, Carvalho LLM (2022)49 nos traz dados de sua pesquisa que demonstram um declínio funcional decorrente da internação na UTI, onde pacientes possuíam independência funcional elevada anteriormente à hospitalização, enquanto que no pós-alta imediata a independência funcional apresentou-se comprometida nos mostrando que o processo  de  internação  causou  impacto  na  funcionalidade  e  que  a  recuperação não havia  sido  completa mesmo depois de 90 dias após a alta da UTI trazendo de volta a discussão sobre a importância da mobilidade precoce e de promover a alta hospitalar, devolver este indivíduo para a sociedade com um melhor perfil funcional e de qualidade de vida.

Corroborando com os autores acima, quando se fala de qualidade de vida após alta de unidade de terapia intensiva, Cordeiro et al (2022)50 nos fala que as melhorias funcionais e a qualidade de vida dos pacientes acontecem com trinta dias e um ano após a alta da UTI. Independente do tempo de internação, presença de sepse e uso de ventilador mecânico. Trinta dias depois, variáveis como autocuidado, controle de uso do banheiro, mobilidade, movimento e cognição social foram significativas em comparação com aquelas no momento da alta. Um ano depois, com o aumento da comunicação, eles ainda têm significado. Em termos de qualidade de vida, as melhorias nas habilidades funcionais, dor, aspectos sociais e saúde mental foram significativas em comparação com a UTI.

CONCLUSÃO

Todo o manejo realizado pelo fisioterapeuta desde a parte respiratória com o ventilador mecânico, higiene brônquica até a fisioterapia motora, cardiovascular e neurológica deve ser estudado e compreendido para que as práticas fisioterápicas sejam mais valorizadas dentro da UTI, possam beneficiar os pacientes que dela dependem e possam ser olhadas de forma interdisciplinar.

Este estudo mostra que a mobilização precoce como abordagem terapêutica encontrou um lugar para a fisioterapia em terapia intensiva. As técnicas de mobilização são especialmente importantes para pacientes criticamente enfermos. Os mecanismos de recuperação precoce têm um impacto significativo sobre a manutenção de vários níveis de transporte de oxigênio, força muscular e mobilidade articular, melhorando a função pulmonar e a função do sistema respiratório. 

Com isso o paciente poderá ter mais facilidade para o desmame da Ventilação Mecânica, reduzir o tempo de permanência na UTI e, consequentemente, a permanência hospitalar, além de promover melhora na qualidade de vida após a alta hospitalar. A fisioterapia motora na UTI tem como alvo a independência funcional e melhora da qualidade de vida.

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1Graduando do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP);
2Graduando do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP);
3Graduando do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP);
4Graduando do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP);
5Docente do Curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP);