PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES ATENDIDAS NO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

CLINICAL PROFILE OF PATIENTS ATTENDED IN HIGH-RISK PRENATAL PARTY: A LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10085680


Luana Vitória da Costa Silva1
Diógenes de Medeiros Araújo2
Andrew Luís de Albuquerque Cabral3
Heitor Belinati Pereira Perez4
Jose Gerdes Soares Neto5
Mauricio Brenno Pinheiro Ribeiro6
Angelina Dantas Martins7
Victor Ken Igari8
Henrique Kazuhiko Kageyama9
Julia Terra Molisani10
Miguel Afonso da Silva Patriota11
Rejane Amélia Reis Gonçalves12
Ana Pedrina Freitas Mascarenhas13


RESUMO

O acompanhamento de gestantes no pré-natal de alto risco visa garantir a redução da mortalidade materno-infantil, buscando prestar assistência necessária a gestantes durante todo o período de gestação, possibilitando o acesso ao cuidado integral as pacientes, realizando o diagnóstico e tratamento das patologias que podem afetar o binômio mãe-bebê. O referido estudo busca identificar na literatura científica o perfil clínico de pacientes gestantes acompanhadas em pré-natal de alto rico e quais as principais doenças que afetam estas gestantes. Entre os estudos avaliados foi identificado maior prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e da Diabetes Mellitus (DM), em seguida, foi possível identificar outras patologias, como doenças virais, Infecção do Trato Urinário (ITU), obesidade, toxoplasmose, cardiopatias, entre outras. A prevalência dessas doenças em pacientes gestantes pode resultar em desfechos materno-infantis desfavoráveis, o que evidencia a necessidade do fortalecimento das políticas públicas de saúde que visam o cuidado destas pacientes. Além disso, profissionais da área da saúde, como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e demais profissionais que compõem as equipes multidisciplinares de saúde, devem receber capacitações e treinamentos contínuos quanto a assistência prestada a essa classe de pacientes para efetivação da promoção integral de saúde.

Palavras-chave: Gravidez de Alto Risco. Cuidado pré-natal. Perfil de Saúde.

1. INTRODUÇÃO

A gestação, parto e puerpério são processos naturais da fisiologia feminina, e devem ser vistos pelas gestantes e equipes de saúde como parte de uma experiência de vida saudável envolvendo mudanças biopsicossociais que refletem de forma única cada mulher, todavia, vários fatores podem estar relacionados à morbidade e cursar com danos para a saúde do binômio materno-infantil (BRASIL, 2012).

No início do século XX, muito se valorizou a ampliação de saberes sobre a gestação e a natalidade. A fim de evitar danos, reduzir malformações fetais e neonatais, o obstetra escocês John Ballantyne propôs o cuidado pré-natal (LÖWY, 2014). Aprimorado ao longo do tempo, e realizado nos dias atuais, o acompanhamento denominado pré-natal, e realizado nos serviços de saúde durante o período gestacional, proporciona um efeito protetor para a saúde do binômio mãe-filho, pois tem como objetivo promover, proteger e recuperar a saúde da gestante e do concepto (DALLA COSTA et al., 2017).

Atrelado ao cuidado pré-natal, em 2011, foi instituído no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) o programa intitulado “Rede Cegonha”, com o intuito de implementar novo modelo de atenção à saúde da mulher e da criança, promovendo organização na Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil, buscando reduzir a mortalidade materno-infantil (BRASIL, 2011).

O programa organiza-se baseando em 4 componentes, são eles, Pré-natal, Parto e Nascimento, Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança e por último o Sistema Logístico: Transporte Sanitário e Regulação. Destaca-se neste estudo o componente pré-natal, entre algumas ações realizadas neste âmbito, estão, o acompanhamento nas unidades básicas de saúde, captação precoce da gestante, classificação de risco, com garantia de acesso ao pré-natal de alto risco, realização dos exames de risco habitual e alto risco, prevenção e tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), entre outros (BRASIL, 2011).

A estratificação do risco obstétrico é fator determinante no pré-natal e visa reduzir a mortalidade materna, garantindo cuidado necessário às gestantes de acordo com suas demandas. A avaliação de risco é dinâmica e contínua devendo ocorrer desde a primeira consulta e sendo revista nas seguintes, quando necessário há encaminhamentos para acompanhamentos na rede de atenção secundária ou terciária, mantendo sempre o vínculo da paciente com a Atenção Primária em Saúde (APS) (BRASIL, 2022).

A identificação de mulheres que possuem risco obstétrico favorece a redução da mortalidade materna e perinatal, permitindo redução no tempo de identificação do risco e consequente melhora no manejo das condições relacionadas à mortalidade materna (BRASIL, 2022). Um estudo realizado com 95 gestantes no interior do Maranhão, identificou a Hipertensão Arterial, a Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), o abortamento habitual e a idade >15 e <15 como os principais fatores relacionados ao diagnóstico de gestação de alto risco (SILVA et al., 2019).

Compreendendo a mortalidade materno-infantil em decorrência de condições de saúde tratadas no pré-natal de alto risco como um problema de saúde pública, este estudo busca identificar na literatura científica pesquisas que abordem o perfil clínico de gestantes acompanhadas no pré-natal de alto risco no Brasil e quais as principais doenças que acometem este grupo de indivíduos.

2. METODOLOGIA

Este estudo trata-se de uma revisão narrativa de literatura realizada entre os meses de agosto a outubro de 2023. Rother (2007) descreve a revisão narrativa como um tipo de estudo que permite descrever e discutir determinados assuntos, permitindo aos leitores atualizações sobre temáticas específicas num curto período de tempo.

O levantamento bibliográfico foi realizado nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Base de Dados em Enfermagem (BDENF) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Utilizando descritores registrados no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), sendo eles, “Gravidez de Alto Risco”, “Cuidado pré-natal” e “Perfil de Saúde”, combinados através do operador booleano “AND”.

Estiveram elegíveis para compor a amostra deste estudo, artigos que abordassem a temática pesquisada com acesso integral disponível, que estivessem disponíveis em português ou inglês, publicados nos últimos 5 anos. Foram excluídos artigos que não estivessem disponíveis na integra ou duplicados, dissertações e teses. Na seleção dos estudos, optou-se por realizar busca inicial a partir da leitura de títulos e resumos, posteriormente, havia leitura integral dos estudos que abordassem a temática e inclusão na amostra considerando os critérios de elegibilidade.

3. RESULTADOS

Foram encontrados 48 artigos, após aplicação dos critérios de elegibilidade e exclusão, 8 artigos foram incluídos na amostra final deste estudo, conforme quadro 1.

Quadro 1. Artigos incluídos na revisão de literatura.

Fonte: Autoria própria, 2023.

Neste estudo, verificou-se que diversas doenças e condições de saúde estiveram relacionadas ao acompanhamento no pré-natal de alto risco. Numa análise retrospectiva em 405 prontuários de um serviço especializado, observou-se média de idade entre as gestantes de 29 anos, os principais diagnósticos encontrados no estudo foram a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) prévia a gestação com prevalência de 19% e 14,2% da amostra com desenvolvimento da Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), a pesquisa ainda destaca que pacientes com renda de até um salário mínimo possuem mais chances (2,1) de serem encaminhadas ao pré-natal de alto risco após 12 semanas de gestação, quando comparadas aquelas com renda maior, outro achado importante foi a prevalência de HIV, sífilis e hepatite na população do estudo (GUEDES et al., 2022).

Em estudo realizado com 33 gestantes em Santa Quitéria, localizada no estado do Ceará, além da HAG e DMG, outras doenças foram descritas com maior prevalência, sendo elas pré-eclâmpsia e eritroblastose, quanto ao ganho de peso durante a gestação, cerca de 60,6% tiveram ganho de peso ponderal adequado, no entanto o sobrepeso foi observado em 45,4% (SILVA et al.,2022). Soares et al. (2021) descrevem em sua pesquisa realizada com 314 gestantes que 27,8% foram classificadas com algum grau de obesidade, 46,2% referiram diagnóstico prévio de Doenças Crônicas Não transmissíveis (DCNT), além disto, 33,4% já haviam tido gestação anterior de alto risco, contudo 20,1% afirmou não terem recebido orientação quanto aos riscos nas gestações futuras. Outro estudo destacou infecção do trato urinário, ganho de peso excessivo, sangramento de origem uterina, anemia e hipertensão gestacional como as principais condições clinicas e obstétricas identificadas em 326 gestantes (SAMPAIO; ROCHA; LEAL, 2018).

Lima e Santos (2018) identificaram em seu estudo desenvolvido na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará com 127 pacientes, que 36,22% possuíam síndromes hemorrágicas nos antecedentes obstétricos, cerca de 72,44% tinham apenas uma única patologia, onde as mais prevalentes foram HAS e a malformação fetal. Outro estudo avaliou apenas gestantes cardiopatas acompanhadas em pré-natal de alto risco, a cardiopatia mais prevalente foi a arritmia cardíaca com 28,30% de prevalência, também foi identificado associação entre a HAS com outros fatores de risco, sendo eles, a obesidade, pré-eclâmpsia, sobrepeso, tabagismo e Diabetes Mellitus (DM), em 15,02% da amostra da pesquisa, ademais, 20% das gestantes realizou pelo menos seis consultas durante o acompanhamento e 11,6% realizou apenas uma consulta (FELCZAK et al., 2018).

Segundo Silva et al. (2018) numa análise com 140 gestantes, as doenças mais prevalentes foram a DM, HAS e as cardiopatias, o estudo ainda relata que 24,3% das participantes possuíam condições clínicas preexistentes e outras 47,2% apresentaram doença obstétrica na gravidez atual, quanto ao número de consultas no pré-natal, pelo menos 63,9% possuíam seis ou mais consultas. Em estudo realizado por Nagai e colaboradores (2022), com 386 gestante, a HAS e a DM também estiveram entre as patologias mais prevalentes, com 20,5% e 19,7% respectivamente, seguidas da toxoplasmose com 15,8% e da obesidade com 14,8%. Os autores ainda discorrem acerca do uso de medicamentos entre as participantes do estudo, onde 99,7% realizava uso de algum medicamento, no entanto, 32,9% afirmou não ter conhecimento da indicação dos remédios utilizados e 42% referiu não ter recebido orientações quanto ao uso de medicamentos na gestação.

4. DISCUSSÃO

Neste estudo a DM e a HAS foram identificadas como as doenças mais prevalentes nos estudos analisados. Estes achados corroboram com dados encontrados em outros estudos (PAIVA et al., 2018; TIBES-CHERMAN et al., 2021). Em estudo com 2072 pacientes, Silva e colaboradores (2019) abordam as chances desfechos materno-fetais adversos em gestante com e sem DMG, as chances para incidência de DHEG foram iguais para ambos os grupos, além disto, fatores como Apgar baixo no 1º/5º minuto, necessidade da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e óbito fetal, também apresentaram razão de chances semelhantes, fatos associados ao acompanhamento e tratamento efetivo da patologia, no entanto, no grupo de pacientes acometidas pela doença, foram observadas maiores chances de nascimentos por partos cesáreos e de recém-nascidos grandes para a idade gestacional (GIG). Já em estudo realizado por Carvalho (2017), foram analisados os desfechos maternos e perinatais da hipertensão, onde os principais identificados na população do estudo foram nascimento de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (PIG), prematuridade, reanimação e elevado número de partos cesáreos.

Quanto aos diagnósticos das cardiopatias, numa análise com 132 gestantes as cardiopatias reumáticas foram as mais presentes (62,12%), seguidas das congênitas (13,65%), além disto, entre as complicações mais presentes estiveram a descompensação cardíaca e arritmias, em relação aos resultados perinatais ocorreram, nascimento de PIG e a prematuridade (MARTINS et al., 2016). Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (2020) a pré-eclâmpsia e eclâmpsia estão entre as principais causas de mortes maternas, o órgão ainda destaca que a maioria das mortes são por causas evitáveis, enfatizando a necessidade do acesso ao pré-natal durante a gestação, visando prevenir/administrar possíveis complicações durante a gestação. Como visto nos artigos analisados neste estudo, evidencia-se que estes grupos de doenças podem trazer impactos negativos para o binômio mãe-bebê.

Outras doenças observadas nos estudos analisados foram a infecção por HIV, a sífilis, hepatites e a toxoplasmose. Um estudo ecológico realizado no estado do Paraná através de informações coletadas no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), avaliou as principais doenças infecciosas em gestantes, sendo observada tendências crescentes na incidência em todo o estado para a sífilis, toxoplasmose, dengue e HIV/Aids, foram consideradas estáveis a influenza e as hepatites, os autores acrescentam a importância do estudo ao identificar a incidência dessas patologias que podem trazer riscos à saúde materno-infantil (FALAVINA; LENTSCK; MATHIAS, 2019). Acompanhar os níveis de prevalência e incidências dessas patologias permite aos órgãos de saúde gestores uma ampla visão epidemiológica das doenças, favorecendo o desenvolvimento de ações preventivas acerca das fragilidades em saúde identificadas nas populações dos estudos.

Outro fator relevante e observado nos estudos diz respeito ao número de consultas pré-natais realizadas pelas gestantes. Sabe-se que segundo o protocolo do Ministério da Saúde, pelo menos 6 consultas devem ser realizadas durante a gestação (BRASIL, 2022). No entanto, é possível perceber que nem sempre o acompanhamento ocorre de forma contínua. Walter et al. (2023) relatam em seu estudo realizado com 8 gestantes atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), a importância do acompanhamento do pré-natal e apresentam os motivos que levam ao abandono do pré-natal segundo os relatos das pacientes, as mesmas consideram desleixo, falta de interesse/conhecimento e dificuldade de acesso aos serviços como motivos para a não realização do acompanhamento.

Mas sabe-se que é durante o pré-natal que a gestante poderá ter acesso a todas informações necessários para garantir uma gestação com mínimo de risco para mãe e bebê, é durante o acompanhamento que as pacientes podem ter acesso a atividades educativas, consideradas importantes aliadas das boas práticas em saúde. Diversos estudos apresentam a importância das atividades educativas para a promoção em saúde com gestantes, realizando as ações por meio de oficinas, rodas de conversa, aulas práticas, entre outras atividades, abordando assuntos como, pré-natal, parto e pós-parto, aleitamento materno, cuidados com o RN, vias do parto, alimentação saudável, cuidados no banho do RN, uso de medicamentos, entre outros (SILVA et al., 2020; SOUZA, BASSLER, TAVEIRA, 2019; BAQUIÃO et al., 2020).

5. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do levantamento bibliográfico realizado neste estudo, foi possível identificar na literatura algumas das principais doenças que acometem as gestantes acompanhadas em pré-natal de alto risco. Foi visto maior prevalência da DM/DMG, HAS, cardiopatias, infecção do trato urinário, obesidade, toxoplasmose e infecções virais como HIV/Aids, sífilis e hepatites. Todas consideradas como possíveis causas de complicações materno-infantis e que levam ao acompanhamento no pré-natal de alto-risco, visando a diminuição dos riscos para o binômio mãe-bebê.

Além disto, também foi possível identificar fragilidades relacionadas ao acompanhamento, que por vezes ocorre de forma indevida e sem a instrução necessária as pacientes. Onde as gestantes acabam realizado uso de medicações sem o mínimo conhecimento acerca dos fármacos utilizados. Outro fator observado nos estudos, diz respeito ao número de consultas abaixo do mínimo recomendado pelo Ministério da Saúde, o que evidencia a necessidade da busca ativa por essas pacientes, buscando evitar evasão ao pré-natal.

Cabe aos órgãos gestores em saúde buscar o fortalecimento das políticas públicas de saúde que abrangem estas pacientes, buscando cada vez mais melhorias nos serviços ofertados, com a capacitação continua através da educação permanente com médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e demais profissionais que compõem as equipes multidisciplinares de saúde.

REFERÊNCIAS

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1 Enfermeira graduada pela Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – FACISA/UFRN. E-mail: luanavitoria50@gmail.com

2 Enfermeiro graduado pela Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – FACISA/UFRN. E-mail: diogenesmedeiros@hotmail.com

3 Psicólogo graduado pela Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – FACISA/UFRN. E-mail: andrewluiscabral@hotmail.com

4 Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário Ingá – UNINGÁ. E-mail: heitor22072003@gmail.com

5 Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário Ingá – UNINGÁ. E-mail: gerdesneto@hotmail.com

6 Discente do Curso Superior de Medicina do Centro Universitário Ingá – UNINGÁ. E-mail: brenno_2009@hotmail.com

7 Discente do Curso Superior de Enfermagem do Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU. E-mail: angelinadm.enf@gmail.com

8 Discente do Curso Superior de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes. E-mail: victorkenn48@gmail.com

9 Discente do Curso Superior de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes. E-mail: kageyama.henrique@gmail.com

10 Discente do Curso Superior de Medicina da Universidade Federal de Lavras. E-mail: molisani.julia@gmail.com

11 Farmacêutico graduado pelo Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU. E-mail: miguelafonsopatriota@gmail.com

12 Fisioterapeuta – Mestrado Acadêmico pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU. E-mail: rejane.reis.rr2@gmail.com

13 Orientador (a) – Mestre em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – FACISA/UFRN. E-mail: anapedrinajp@hotmail.com