HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM FIBROMIALGIA

HYDROTHERAPY IN THE TREATMENT OF PATIENTS WITH FIBROMYALGIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10080896


Felipe Eden Souza de Oliveira1
Kathllen De Souza Lopes2
Jaqueline Gama Falcão3
Jucilene Pereira dos Santos3
Mirian Souza dos Santos3
Samara da Silva Pinho3


RESUMO

A hidroterapia é uma opção de tratamento terapêutico que ajuda a reduzir a dor, o enrijecimento e melhora a estabilidade muscular. O presente estudo é voltado para a aplicabilidade da técnica da hidroterapia, com a finalidade de evidenciar a melhoria na qualidade de vida dos pacientes com a síndrome de fibromialgia – SFM, pois os movimentos na água são lentos e dão suporte às estruturas corporais permitindo maior mobilidade e, consequentemente, alongamentos mais eficientes. Foram utilizados mais de 20 artigos, SciELO, livros, revistas e outras bases de dados dos últimos 10 anos. Com os estudos, é possível destacar uma notável melhoria no estado geral dos pacientes que sofrem de fibromialgia, pois apresentam redução da percepção da dor, diminuição dos sintomas de depressão e do aumento na qualidade de vida dos pacientes.

Palavra-chave: hidroterapia; fibromialgia; fisioterapia.

INTRODUÇÃO

A fisioterapia é uma área da saúde que tem como objetivo prevenir, tratar e reabilitar pessoas com deficiências, lesões musculares, articulares, neurológicas, respiratórias, cardíacas e outras condições de saúde. Dentro da fisioterapia existem diversos métodos que visam tratar doenças especificas como a síndrome de fibromialgia por meio da técnica da hidroterapia.

Segundo Jakaitis1 Fibromialgia é considerada uma síndrome reumática que afeta principalmente o gênero feminino, que por sua vez possuem maior sensibilidade nos músculos, tendões e ligamentos, que causam rigidez muscular, cansaço excessivo, desregulação do sono, mudanças de humor, hormonais, quadros depressivos, ansiedade e alterações no âmbito emocional.

A hidroterapia é uma opção de tratamento terapêutico que ajuda a reduzir a dor, o enrijecimento e melhora a estabilidade muscular em pacientes com síndrome de fibromialgia. Através das técnicas de hidroterapia, que por meio da água morna se obtém um relaxamento dos músculos, enquanto em ambientes aquáticos de baixa gravidade proporciona segurança para a prática de exercícios. Além do que, a hidroterapia pode ajudar o fortalecimento do musculo, ocasionalmente melhora a prática de atividades diárias dos pacientes com síndrome de fibromialgia, ajudando na coordenação, postura e equilíbrio. Fazendo com que essas atividades outrora dificultadas pelo quadro de incapacidade, sejam descaracterizadas por uma vida anormal, fazendo com que o paciente viva uma vida “normal”.14

Contudo, é importante dizer que a hidroterapia só pode ser realizada por um fisioterapeuta especializado e com experiência no tratamento de pacientes com a síndrome. Pois, cada sessão é personalizada de acordo com as peculiaridades de cada paciente, a fim de se obter benefícios e minimizar possíveis lesões e riscos.

JUSTIFICATIVA

A hidroterapia é uma técnica muito eficaz no processo da dor, pois aumenta o fluxo sanguíneo, aumentando o relaxamento muscular devido ao calor e a pressão hidrostática da água, e alguns estudos citam seus benefícios, até mesmo mais significativos que os realizados por meios terapêuticos em solo.2

E é por meio desta técnica que a síndrome de fibromialgia, que é atestada pela Organização Mundial de Saúde – OMS como uma síndrome desconhecida, multifatorial, crônica e sem cura, usa de seus métodos para o tratamento de pacientes com essa condição. Existem critérios para que o diagnóstico de fibromialgia seja realizado corretamente, e eles foram propostos pela AmericanCollegeofRheumatology, em 1990.18

Dessa forma podemos dizer que a hidroterapia em suas diferentes particularidades, e associadas a outras formas de tratamento, ajuda diminuir os sintomas da fibromialgia. Os exercícios utilizados na hidroterapia promovem alívio das dores, reduz os tender point, fazendo com que os músculos tencionados relaxem, assim melhoram a qualidade do sono e a saúde mental, possibilitando uma crescente na qualidade de vida desses pacientes.

OBJETIVOS GERAL:

  • Reconhecer Avaliar os benefícios da hidroterapia como métodos terapêuticos no tratamento de pacientes com síndrome fibromialgia.

ESPECÍFICOS:

  • Descrever os métodos da hidroterapia no tratamento da síndrome de fibromialgia;
  • Demonstrar a eficácia desse método por meio da melhoria dos pacientes com fibromialgia;

HIPÓTESES

  1. A hidroterapia pode ser utilizada em conjunto com outras técnicas de tratamento, auxiliando na redução dos sintomas da fibromialgia, liberando endorfina, aumentando a mobilidade, a força muscular e a resistência, melhorando assim a qualidade do sono e a saúde mental dos pacientes.
  2. A hidroterapia não pode ser considerada a ser utilizada como método de tratamento eficaz em conjunto com outras técnicas de tratamento, pois não

apresenta resultados significativos na evolução do quadro clínico dos pacientes com fibromialgia, dessa maneira torna-se dispensável na inclusão do protocolo de tratamento.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Fibromialgia

A fibromialgia é uma palavra derivada do latim fibro (definida como tecido fibroso, presente em tendões, ligamentos e fáscias), mio deriva do grego (tecido muscular) algos (dor) é ia (condição). É uma síndrome multifatorial, sem causa conhecida, sem diagnostico exato, onde variam em análises de diversos protocolos, afim de se obter um resultado característico da doença.15

A esse conceito Jakaitis1 (2017, p. 310) cita:” A fibromialgia é considerada uma síndrome reumática que resulta de anormalidades no processamento central de sinais álgicos, provavelmente resultantes das combinações de interações entre neurotransmissores, estressores externos, perfis comportamentais, hormônios e sistema nervoso simpáticos.”

A fibromialgia é uma síndrome crônica, dolorosa e não inflamatória, sendo considerada o segundo distúrbio reumatológico mais encontrado, superada apenas pela osteoartrite.2

Essa patologia atinge cerca de 2 a 5% da população e é bem mais recorrente em pessoas do sexo feminino entre 30 e 50 anos de idade.3 Como a Fibromialgia é uma doença com pouca dificuldade momentânea, o que chamamos de incidentes, não possui tanto interesse em estudos mais aprofundados no país e no mundo, porém as causas e sintomas refletem quando esses pacientes são expostos ao esforço físico, criando estresse emocional, alterando o sistema nervoso, que prejudicam o desenvolvimento nas atividades do cotidiano, causando desanimo e má qualidade de vida.

Outros dados afirmam que SFM ainda permanece obscura e a falta de conhecimento sobre suas causas dificulta o direcionamento de um tratamento específico para um indivíduo.4 Embora a fisiopatologia da fibromialgia ainda seja de origem desconhecida e incerta, as análises atuais sugerem que esse distúrbio resultou de uma disfunção de neurotransmissores que podem ser desencadeadas por algum estresse psicológico, traumas ou mesmo infecções.

Para Lavín5 tratar a fibromialgia é preciso entender que ela não é uma doença imaginária, que a dor e os demais sintomas são reais. Compreender que os nervos responsáveis de transmitir a dor estão efetivamente irritados e que constantemente existe um efeito emocional negativo, que encarregar-se de um ponto importante na reprodução da dor.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico clínico é baseado nas queixas e exames físicos do paciente, sem a necessidade de muitos exames complementares. A causa da fibromialgia é desconhecida. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica que progride envolvendo outras partes do corpo. Atualmente não há cura para síndrome de fibromialgia, portanto seu tratamento visa reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do indivíduo através de tratamento farmacológico e terapias alternativas.6

As dores geralmente aparecem em pontos específicos como coluna vertical e torácica, bacias, nádegas, cotovelos e joelhos. Em conjunto são 18 pontos de dor em todo corpo 9 de cada lado, visto que, a identificação dos pontos de dor contribui para o diagnóstico precoce da fibromialgia, possibilitando início imediato ao protocolo de tratamento.16

Para Silva, et al,7 pessoas diagnosticadas com fibromialgia caracterizam-se por apresentar sensibilidade exagerada no corpo, normalmente relatam dificuldade em relacionar a característica e localização da dor, na maioria das vezes são inúmeras áreas dolorosas.

Segundo Helfenstein et. al,8 o tratamento deve ser sempre multidisciplinar e individualizado, com participação ativa do paciente, combinando modalidades farmacológicas e não farmacológicas elaboradas de acordo com as características de cada indivíduo. Isso porque o tratamento dever ser de interesse mútuo.

O tratamento farmacológico ajuda a melhorar o sono e diminuir a dor, algumas opções costumam incluir analgésicos como (ibuprofeno, paracetamol ou naproxeno sódico). Os antidepressivos ajudam aliviar a dor e a fadiga, assim como os anticonvulsivos que são remédios para tratar a epilepsia e são úteis na redução de determinados tipos de dor como o da síndrome de fibromialgia.14

Para Pasqual et al,9 os tratamentos farmacológicos para fibromialgia ajudam no controle da dor, depressão e ansiedade, e assim permitindo que o mesmo melhore a qualidade do sono, vista que o tratamento deve ser associado a prática de exercícios físicos de forma que progrida a capacidade funcional.

O tratamento não farmacológico é recomendado a realização de fisioterapia através de atividade física aeróbica, exercícios de alongamento correção postural e fortalecimento muscular. Também são eficazes a terapia cognitiva comportamental e programas de educação em saúde.15

O prognóstico funcional geralmente é benéfico para os pacientes tratados com um programa extenso e de suporte, mesmo com tratamento apropriado, muitas pessoas continuam apresentando sintomas em certos graus. Por isso que o tratamento exige um compromisso a longo prazo, supervisionado dentro de um programa de reabilitação. Sendo assim a hidroterapia é uma terapia alternativa que ameniza e previne a dor e sofrimento ocasionado por essa patologia.16

Hidroterapia na síndrome de fibromialgia

A hidroterapia consiste em um recurso terapêutico que utiliza os exercícios aquáticos para ajudar na recuperação de várias patologias, dentre ela a síndrome de fibromialgia, esse recurso proporciona grande alívio dos sintomas da fibromialgia, pois os movimentos na água são lentos e dão suporte às estruturas corporais permitindo maior mobilidade e, consequentemente, alongamentos mais eficientes.10

Essa modalidade profissional da fisioterapia que historicamente sempre foi utilizada para tratar afecções que acometem o sistema musculoesquelético. Em pacientes com a síndrome de fibromialgia as terapias realizadas em água mornas são indicadas devido aos benefícios proporcionados nesse meio, visto que a água permite a flutuação e a imersão corporal, permite a reprodução dos movimentos de maneira segura e múltiplo, e acaba reduzindo os impactos, tornando o trabalho de mobilidade corporal e de flexibilidade de modo seguro e gradual. Para Pasqual et al,9 constatou- se que a melhoria nas dores ocasionadas pela síndrome, mantiveram-se até dois anos após o tratamento.

A hidroterapia estabelece um meio ideal para o tratamento de pacientes com SFM, de forma que a imersão na água diminui a carga nas articulações tornando os movimentos mais fluidos e leves, além do grande relaxamento muscular proporcionado pela água aquecida. Os exercícios realizados na água favorecem a reabilitação, visto que os efeitos apresentam menos estresses articulares, melhorando a circulação e a mobilidade. A hidroterapia hoje é utilizada em todas as áreas na medicina com algumas limitações específicas, mas que de uma forma geral pode utilizar de uma maneira bem abrangente.11

Para Oliveira et al,12 afirma que a hidroterapia representa um dos recursos terapêuticos mais completos para os pacientes atingidos pela fibromialgia. Os exercícios físicos realizados dentro da água reduzem a tensão, melhorando a qualidade do sono, mantem o corpo em movimento reduzindo a dor, podendo evitar o agravamento do mesmo no futuro.

Esta modalidade terapêutica não apresenta nenhuma contraindicação para a síndrome de fibromialgia, com exceção dos pacientes com patologia relacionadas a insuficiência cardíaca e respiratória, alterações na tensão arterial, incontinência e infecções urinárias, incontinência fecal, infecções cutâneas e alergias aos componentes químicos da água.14

Eficácia

A eficácia da hidroterapia vai além do progresso físico, pois ela permite ao paciente mudanças significativas, essa técnica apresenta resultados positivos capaz de alterar e aprimorar as atividades aeróbica, também melhora a sintomatologia como a dor, e diminui o impacto da fibromialgia sobre a qualidade de vida, além dos efeitos psicológicos influenciando no bem-estar desses indivíduos.1

De acordo com Ferragine,17 enfatiza que os exercícios de hidroterapia são eficazes no tratamento da fibromialgia, pois produzem equilíbrio emocional, alívio álgico, melhorando a mobilidade, flexibilidade e a fadiga, visto que também os exercícios realizados dentro da água ajudam na manutenção das habilidades funcionais do paciente.

Dentre os estudos realizados foram relatados que no tratamento da dor, a hidroterapia é vista como uma forma eficaz de exercícios. Tal pelo motivo que ela teve um papel bastante significativo no tratamento de pacientes com fibromialgia, reduzindo significativamente os estresses articulares, assim, possibilitando uma qualidade de vida deles.2

Foi possível observar em alguns estudos, que a hidroterapia associada ao método de bad ragaz obtiveram resultados positivos e satisfatório. Os fisioterapeutas optam por essa técnica, tendo em vista, que o método de bad ragaz é eficaz, pois trabalha todo o corpo de uma só vez com inúmeras capacidades de exercícios, assim permite a estabilização do tronco, a redução do tônus muscular, o fortalecimento dos músculos, o treino da marcha, o alongamento, o relaxamento e a melhora da ADM, diminuindo analgesia e rigidez articular.3

Para Mello,15 foi constatado em seu estudo que o método de Bad Ragaz é eficaz, pois utiliza as propriedades físicas da água, ao mesmo tempo em que possibilita a função anatômica e fisiológica normal dos músculos e articulações e que o alívio da dor também é possível devido o realinhamento que as estruturas sofrem após o fortalecimento muscular e a melhora da circulação nas articulações. Ressaltam ainda que no ambiente aquático os pacientes são capazes de se mover ao extremo através da amplitude de movimento.

Além do que a abordagem da hidroterapia ligada ao método de bad ragaz ajudam na melhora dos tender point, por esse motivo, é de suma importância o contínuo estudo dos benefícios da hidroterapia na síndrome de fibromialgia, para aprimoramento e aplicabilidade de novos métodos.14

MÉTODO

O presente relatório foi realizado por meio da abordagem qualitativa para seu desenvolvimento, uma vez que dentro dos seus objetivos é identificar o resultado da técnica de hidroterapia na melhoria da síndrome de fibromialgia. Essa pesquisa metodológica voltado para a aplicabilidade da técnica da hidroterapia, com a finalidade de evidenciar a melhoria na qualidade de vida dos pacientes com a SFM, essa

Revisão bibliográfica metodologia é exposta com o intuito de aplicá-la nas hipóteses propostas pelo tema, através do objetivo de descrever de forma organizada os assuntos abordados com base em material previamente elaborados, principalmente de livros e artigos científicos.

Dentre eles foram utilizados mais de 20 artigos, livros, revistas entre os anos de 2010 à 2023, com a coleta de amostragem através dos relatos das técnicas da hidroterapia, na melhoria dos pacientes com a síndrome de fibromialgia, descrevendo os métodos usados na reabilitação desses pacientes, onde será demonstrado a eficácia da técnica de hidroterapia por meio das pesquisas bibliográfica, qualitativa entre outros aspectos.

Foram considerados elegíveis os artigos que continham os seguintes itens atendidos: o nível de relevância em relação ao tema; Pacientes adultos com Fibromialgia em qualquer estágio; Comprovação científica; contendo dados sobre a aplicação da hidroterapia na doença; publicado nos últimos 10 anos. Para exclusão dos materiais foram artigos que que abordam o assunto de maneira secundária, estudos relacionados a determinados grupos que não se encaixam no critério de inclusão.

FLUXOGRAMA

Fonte: próprios autores

RESULTADOS

Tabela 1 – Resultados da pesquisa

AUTORESOBJETIVOMETODOLOGIA
Rivas Neira S, et al., 2017Determinar a eficácia de dois protocolos de fisioterapia para melhorar o equilíbrio e diminuir a dor em mulheres com fm.O estudo será um ensaio clínico randomizado, cego e controlado.
Andrade CP, et al., 2019Sintomatologia clínica em mulheres com fibromialgia.Ensaio cego randomizado controlado.
Bidonde J, ET AL., 2014Avaliar os benefícios e malefícios do treinamento físico aquático em adultos com fibromialgia.Revisão sistemática.
Avila MA, et al., 2017Eficácia de um programa de hidroterapia na cinemática escapular, dor e qualidade de vida em mulheres com fibromialgia.Estudo de braço único.
Nakata T, ET AL., 2020Efeito do exercício de marcha em piscina usando camundongos modelo induzidos por fibromialgia.Clínico randomizado, cego e controlado.
Latorre PÁ, ET AL., 2013Analisar o efeito de um programa de treinamento físico de 24 semanas na água e em terra em mulheres com fibromialgia.Estudo controlado
Deborah CT, et al., 2015Avaliar os efeitos de um programa de hidroterapia de 16 semanas no controle postural e na dor de mulheres com síndrome de fibromialgia.Estudo de braço único.
Sevimli D, et al. 2015Investigar os efeitos de exercícios aquáticos, aeróbicos e de alongamento de força isométrica sobre os parâmetros físicos e psicológicos de pacientes com SFM.Clínico randomizado, cego e controlado.
Naumann J, et al., 2014Eficácia de diferentes formas de balneoterapia (BT) e hidroterapia (HT) no manejo da síndrome da fibromialgia (SFM).Revisão sistemática e meta-análise
Galvão-Moreira LV, et al. 2021Avaliar os efeitos dos exercícios em piscina na sintomatologia dolorosa em adultos com síndrome de fibromialgia.Revisão sistemática e meta-análise

Fonte: Próprio autor (2023)

DISCUSSÃO

Nestes resultados, de modo geral é possível destacar uma notável melhoria no estado geral dos pacientes que sofrem de fibromialgia. Esta melhora é evidenciada através dos 10 estudos que demonstram da redução da percepção da dor, da diminuição dos sintomas de depressão e do aumento na qualidade de vida dos pacientes. Isso é alcançado por meio da utilização de uma piscina com água quente e a realização de exercícios subaquáticos de condicionamento. As propriedades da água, ao proporcionar maior suavidade aos movimentos, induzem um estado de relaxamento na musculatura em geral.

Estudos conduzidos por Rivas Neira S, et al.19 revelaram que a terapia aquática já vem sendo empregada como uma abordagem para atenuar os sintomas da fibromialgia. O objetivo primordial deste estudo é avaliar a eficácia de dois protocolos de fisioterapia, um realizado em ambiente aquático e outro em terra firme, com o propósito de melhorar o equilíbrio e reduzir a dor em mulheres diagnosticadas com fibromialgia. O protocolo de pesquisa foi constituído em um ensaio clínico randomizado, cego e controlado. Um total de quarenta mulheres previamente diagnosticadas com fibromialgia será distribuído aleatoriamente em dois grupos: Terapia Aquática (n = 20) e Terapia Terrestre (n = 20).

Ambas as intervenções englobam sessões de terapia com duração de 60 minutos, estruturadas em quatro partes distintas: Aquecimento, Exercícios, Alongamentos, Proprioceptivos e Relaxamento. Essas sessões foram realizadas três vezes por semana ao longo de um período de três meses. Os resultados primários foram relacionados ao equilíbrio (tanto estático quanto dinâmico) e à dor (intensidade e limiar). Os resultados secundários incluíram avaliações do equilíbrio funcional, qualidade de vida, qualidade do sono, níveis de fadiga, autoconfiança no equilíbrio e capacidade física.

Nesta pesquisa realizada por Andrade CP, et al.,20 o treinamento físico aquático demonstrou benefícios significativos na melhoria dos sintomas clínicos e na capacidade funcional aeróbica de mulheres diagnosticadas com fibromialgia. Um ensaio clínico controlado, conduzido de forma cega e aleatória, teve como objetivo avaliar as variáveis relacionadas ao consumo de oxigênio (VO2) em relação à massa magra corporal (MCM) e a sintomatologia clínica em mulheres afetadas pela fibromialgia. Para este estudo, foram selecionadas cinquenta e quatro mulheres com fibromialgia, que foram divididas aleatoriamente em dois grupos: o grupo treinado, composto por 27 participantes, e o grupo controle, com 27 participantes. Todas as mulheres foram submetidas a um teste de exercício cardiopulmonar e a uma avaliação da composição corporal para estimar o VO2 e a MCM, respectivamente. Além disso, os sintomas clínicos foram avaliados antes e após 16 semanas de treinamento, seguidas de 16 semanas de período sem treinamento.

O grupo treinado seguiu um programa de hidroterapia realizado duas vezes por semana durante 16 semanas. Após o período de treinamento, o grupo treinado apresentou um aumento significativo do VO2 em relação à MCM (P = 0,01). Houve também um aumento notável no limiar de dor à pressão (PPT) (P = 0,02), na Escala Visual Analógica (EVA) de dor (P = 0,01), no bem-estar avaliado pela Escala Visual Analógica (VAS) (P < 0,01) e uma diminuição do escore do Questionário de Impacto da Fibromialgia (FIQ) (P = 0,04). No entanto, é importante destacar que essas melhorias não foram sustentadas após o período de destreinamento de 16 semanas (P > 0,05). Além disso, não foram encontradas correlações significativas entre a melhora dos sintomas clínicos e o aumento do VO2 em relação à massa magra após o APT (P > 0,05).

Esta pesquisa Bidonde J, et al21 avaliou os efeitos de programas de treinamento aquático em grupo supervisionados em indivíduos com fibromialgia. Foram incluídos 16 estudos com um total de 881 participantes (866 mulheres e 15 homens). Ao comparar o grupo de exercício aquático com o grupo de controle, observaram-se melhorias significativas em vários aspectos. Em uma escala de 100 pontos, a função multidimensional melhorou em média 6 unidades, a função física autorrelatada melhorou 4 unidades, a dor diminuiu em 7 unidades, e a rigidez melhorou em 18 unidades.

Além disso, a força muscular aumentou em 0,63 desvios padrão, o que equivale a uma melhoria considerável. A função cardiovascular submáxima teve um aumento de 37 metros no teste de caminhada de seis minutos. Importante notar que apenas a rigidez e a força muscular atingiram um limiar de relevância clínica, com melhorias de 27% e 37%, respectivamente. As taxas de desistência foram semelhantes nos grupos de exercício aquático e controle, e os efeitos adversos foram pouco relatados, sem ocorrência de efeitos adversos graves. Em comparação com o exercício terrestre, o exercício aquático mostrou resultados semelhantes em muitos aspectos, exceto na força muscular, que favoreceu o treinamento terrestre.

Este estudo de Avila MA, et al,22 avaliou os efeitos de um programa de hidroterapia na cinemática escapular, dor e qualidade de vida em mulheres com fibromialgia. Vinte participantes foram submetidas a avaliações antes e após 8 e 16 semanas de hidroterapia. A cinemática da escápula foi analisada durante a elevação do braço em dois planos. Resultados mostraram melhorias significativas na dor e qualidade de vida (p < 0,05), porém, a cinemática escapular permaneceu inalterada (p > 0,05). O programa de hidroterapia demonstrou eficácia na melhoria da qualidade de vida e redução da dor, mas a ausência de mudanças na cinemática escapular pode sugerir padrões de movimento adaptativos devido à condição crônica de dor das participantes.

O artigo de Nakata T, et al,23 investigou o efeito do exercício de marcha em piscina em camundongos modelo de fibromialgia. Os camundongos foram induzidos com fibromialgia e divididos em dois grupos: controle e marcha na piscina. O exercício não afetou limiares sensoriais ou comportamento locomotor, mas melhorou significativamente a recuperação após o teste de marcha em águas rasas, reduzindo o tempo de início e a distância percorrida. Além disso, houve melhorias na frequência cardíaca e menor irregularidade no grupo de marcha em piscina. Conclui-se que a marcha na piscina facilitou a recuperação pós-exercício, apesar de não afetar os limiares sensoriais relacionados à fibromialgia.

Latorre PÁ, et al,24 investigou os efeitos de um programa de treinamento físico de 24 semanas, realizado tanto na água como em terra, em mulheres com fibromialgia. Setenta e duas participantes foram divididas em um grupo de exercícios e um grupo controle. Os resultados demonstraram que o grupo de exercícios experimentou melhorias significativas em diversos aspectos, incluindo redução da dor, aumento da capacidade funcional, diminuição do percentual de gordura corporal e melhorias na qualidade de vida. Conclui-se que o programa de treinamento físico reduziu a dor e o impacto da fibromialgia, melhorando a qualidade de vida das participantes.

Deborah et al,25 buscou avaliar os efeitos de um programa de hidroterapia de 16 semanas no controle postural e na dor em mulheres com síndrome de fibromialgia (SFM). Dezessete participantes foram submetidas a avaliações antes, no meio e ao final do programa. Os resultados mostraram uma melhora significativa no controle postural, particularmente nas posições tandem com os olhos fechados e abertos. Além disso, houve redução da dor e melhora da função após 8 e 16 semanas de tratamento de hidroterapia. Esses achados indicam benefícios significativos da hidroterapia para mulheres com SFM em termos de controle postural, alívio da dor e função.

Sevimli D, et al26 investigou os efeitos de diferentes modalidades de exercícios no tratamento da síndrome da fibromialgia (SFM) em pacientes do sexo feminino. Setenta e cinco pacientes foram divididas em três grupos que realizaram exercícios isométricos de força e alongamento em casa, exercícios aeróbicos em academia e exercícios aeróbicos aquáticos em piscina. Os resultados indicaram que o programa de exercícios aeróbicos aquáticos foi o mais eficaz, com melhorias significativas em várias variáveis, incluindo número de tender points, dor, qualidade de vida e função física. Conclui-se que o programa de exercícios aquáticos é uma abordagem promissora no tratamento da SFM em comparação com exercícios aeróbicos em academia e isométricos de força e alongamento em casa.

Esta revisão sistemática e meta-análise Naumann J, et al,27 avaliou a eficácia da balneoterapia (BT) e da hidroterapia (HT) no tratamento da síndrome da fibromialgia (SFM). Os resultados mostraram evidências moderadas a fortes de uma pequena redução da dor e melhoria na qualidade de vida relacionada à saúde com a hidroterapia. Não houve efeito significativo nos sintomas depressivos e contagem de pontos sensíveis. A idade dos participantes variou de 18 a 73 anos, com a maioria sendo mulheres. A BT e a HT são alternativas interessantes no manejo da SFM, embora os mecanismos pelos quais essas intervenções aliviam os sintomas sejam ainda desconhecidos. São necessários estudos de alta qualidade com amostras maiores para confirmar os benefícios terapêuticos da BT e da HT, com foco em resultados a longo prazo e manutenção dos efeitos benéficos.

Nesta revisão sistemática e meta-análise, Galvão-Moreira LV, et al28 investigou-se o impacto dos exercícios realizados em piscina na sintomatologia dolorosa de adultos com síndrome de fibromialgia. Após análise de 14 estudos aprofundados, 10 deles foram utilizados para a meta-análise. Os resultados combinados de 10 ensaios clínicos randomizados demonstraram que os pacientes submetidos a exercícios em piscina apresentaram uma redução significativa da dor, conforme avaliado pela Escala Visual Analógica (EVA) (SMD = -0,27), em comparação com grupos de controle. Além disso, a análise das pontuações do Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ) mostrou uma melhoria significativa nos pacientes que participaram de programas de exercícios aquáticos (SMD = -0,29). Embora este estudo tenha algumas limitações, como tamanho amostral reduzido e taxas moderadas de desistência nos ensaios clínicos, conclui-se que o exercício em piscina pode oferecer benefícios adicionais no alívio da dor em adultos com fibromialgia em comparação com a ausência de exercício ou exercício terrestre.

CONCLUSÃO

A hidroterapia demonstrou ser altamente eficaz no tratamento de pacientes com fibromialgia, trazendo melhorias notáveis em sua capacidade funcional. Isso se reflete na otimização do sistema cardiovascular e do músculo esquelético, resultando em uma melhoria na capacidade de transporte de oxigênio no sangue, aumento do subsídio cardíaco, maior vascularização muscular e redução da resistência à difusão de oxigênio das hemácias para as fibras musculares. Além disso, os músculos exercitados experimentam mudanças positivas, como a transformação de fibras de contração rápida em fibras de contração lenta e um aumento no número e na capacidade das mitocôndrias nas células musculares.

Esses benefícios se traduzem em uma melhoria geral no quadro clínico dos pacientes, incluindo uma redução na percepção da dor, menos sintomas de depressão e um aumento na qualidade de vida. Isso ocorre em parte devido à água quente da piscina e aos movimentos subaquáticos suaves, que induzem um estado de relaxamento muscular, contribuindo para essas melhorias.

No entanto, é importante ressaltar que as melhorias alcançadas por meio da hidroterapia podem não ser sustentadas após o término do tratamento, destacando a necessidade contínua de pesquisa e desenvolvimento de técnicas terapêuticas adicionais. Isso é essencial para oferecer abordagens terapêuticas mais duradouras e eficazes para pacientes com fibromialgia.

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1- Graduado em Fisioterapia, pela FAMETRO. Pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais, pela Biocurso Pós-graduação, Docente do Curso de Fisioterapia na Universidade Paulista (UNIP);

2 Graduado em Fisioterapia, pela FAMETRO. Pós-graduado em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais, pela Biocurso Pós-graduação e Pós-graduando em fisioterapia em gerontologia pela Faculdade Dom Alberto.

3 Graduando(a) do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP).