FATORES DE RISCO E FATORES PROTETIVOS DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10080663


Ana Paula Martins da Silva
Lucas Augusto de Carvalho Ribeiro
Camilla Carneiro Silva Queija
Marcelo Vinicius Costa Amorim
Dayeli Francisca Ferreira da Silva
Jerline da Silva Rocha
Marcella Antunes Sousa Luiz de Oliveira
Priscilla Paiva Medeiros Dias


RESUMO

A Depressão Pós-parto é um transtorno de humor que surge na fase perinatal e seus sintomas geralmente tem início entre a quarta e a oitava semana do período Pós-parto. Este transtorno depressivo pode causar consequências graves à díade mãe-bebê, acarretando em rupturas e atrasos de desenvolvimento. O presente trabalho tem como principal objetivo a coleta de dados acerca dos fatores de risco e dos fatores protetivos da depressão Pós-parto, abrangendo também as suas consequências. Propomos uma revisão de literatura construída através das fontes de pesquisa CAPES e BVS, utilizando os descritores “Depressão Pós-parto Psicologia”. Com a análise dos artigos coletados, constatou-se que o apoio social quando presente durante o período gestacional pode ser um fator protetivo, mas quando ausente, pode se caracterizar como o maior fator de risco.

PALAVRAS-CHAVE: Depressão Pós-parto. Psicologia. Fatores.

ABSTRACT

Postpartum Depression is a mood disorder that occurs during the perinatal phase, and its symptoms usually begin between the fourth and eighth week of the postpartum period. This depressive disorder can have serious consequences for both the mother and baby, causing disruptions and developmental delays. The primary aim of this study is to gather data on the risk factors, protective factors, and consequences of postpartum depression. To achieve this, we conducted a literature review using CAPES and VHL research sources, with the descriptors “Postpartum Depression Psychology”. Analysis of the articles collected revealed that social support during the gestational period can act as a protective factor. However, when absent, it can be considered the most significant risk factor.

KEYWORDS: Postpartum Depression, Psychology, Factors.

1. INTRODUÇÃO

Segundo Davidoff (2000) Psicologia busca compreender os comportamentos e os processos mentais. As patologias que são desenvolvidas dentro da mente são identificadas a partir de uma categorização (Gazzaniga e Heatherton, 2005). O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição (DSM 5 TR) é um manual científico e estatístico utilizado para auxiliar na construção de um diagnóstico de determinadas patologias assim como nos seus respectivos tratamentos, desde sua criação, em 1952, foram contabilizadas diversas patologias, e dentre elas, a doença considerada como a mais incapacitante do mundo, a depressão (Paho, 2018).

A depressão é uma doença que apresenta uma variação de humores, entre tristes, vazios e irritáveis, além de alterações físicas, cognitivas e afetiva. Pesquisas apontam para as mulheres como o sexo com mais prevalência de desenvolvimento da depressão com menos risco de acometimento do suicídio, porém mais propensas a tentarem realizar o ato (APA, 2022). Esta patologia pode ser desenvolvida através de diversos fatores como os sociais, os biológicos e os psicológicos (Paho, 2018).

Schmidt, Piccoloto e Müller (2005) citam que dentre as classes categorizadas de Transtornos Depressivos, a Depressão Pós-parto é tida como um transtorno depressivo que surge na fase perinatal. Os sintomas da Depressão Pós-parto comumente originam-se entre a quarta e a oitava semana do período pós-puerpério, com a possibilidade de duração estimada para um ano ou mais. Entre seus principais sintomas, podem ser citados o choro, a irritabilidade, falta de energia e motivação, além de falta de desejo sexual e a sensação de incapacidade. Suas principais consequências incluem redução da afetividade entre mãe e criança, assim como nos cuidados direcionados para este infante.

De acordo com pesquisas, estima-se que de 25 a 35% das mulheres apresentam sintomas depressivos na gravidez e que até 20% das mulheres podem preencher os critérios para depressão (Zinga, Phillips e Nascido, 2005). A prevalência deste transtorno no Brasil é de 13,4% em Brasília, 37,1% em São Paulo e 19,1% em Pelotas (Konradt et al. 2011). Outros estudos demonstram a prevalência da depressão Pós-parto em 10% a 15% das mulheres (Schmidt, Piccoloto e Müller, 2005).

Os autores ainda relatam que diversos elementos podem estar interligados ao desenvolvimento desta psicopatologia, onde predominam os sintomas relacionados à saúde do neonato, os fatores socioculturais envolvendo a perda de algum familiar, má nutrição e higiene do sono, além de estar vinculada a rupturas na relação mãe-bebê, tais como a diminuição de interações como tocar e sorrir, atenção e comunicação visual (Schmidt, Piccoloto e Müller, 2005).

De acordo com Zinga, Phillips e Nascido, (2005) um histórico de psicopatologias anteriores e até familiares, além da baixa autoestima em mães primíparas e com o agravante da gestão concebida de forma não planejada, são potenciais fatores de risco para a manifestação da depressão Pós-parto.

As consequências de depressão Pós-parto englobam rupturas no funcionamento da relação mãe-bebê, envolvendo a atenção, comunicação vocal e visual além de demonstrarem “comportamentos invasivos e irritáveis em relação a seus bebês e responderam de forma menos sensível e contingente e mais negativa a seus bebês” (Zinga, Phillips e Nascido, 2005, p. 58).

O ministério da cidadania, pela Secretaria Especial de Desenvolvimento Social formulou o programa Criança Feliz, com implementação de políticas públicas, cuja estratégia promover o desenvolvimento integral desde a primeira infância, com foco nos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil e no desenvolvimento do ser humano. Um dos objetivo desse programa seria de “apoiar a gestante, bem como a família na preparação para o nascimento e os cuidados perinatais” (Brasil, 2018)

Devido à grande prevalência deste transtorno em mulheres, estatisticamente comprovado em pesquisas de bases científicas e uma nova possibilidade de prevenção a partir das estratégias de vínculo criadas pelo Programa Criança Feliz, viu-se uma possibilidade de realização de um estudo futuro, caracterizando o vínculo materno, como um reforçador de prevenção à depressão Pós-parto.

O objetivo do artigo é de identificar os fatores de risco e de proteção no desenvolvimento da Depressão Pós-parto, partindo dos seguintes objetivos específicos: investigação na literatura o fenômeno da depressão Pós-parto; verificar o conteúdo de diretrizes de políticas públicas sobre o vínculo materno-fetal; identificando os fatores de risco e fatores protetivos da depressão Pós-parto.

O trabalho, tem-se como base metodológica o levantamento bibliográfico, identificando e analisando produções científicas em periódicos nacionais ligados com o tema vínculo afetivo materno e depressão Pós-parto. Partindo-se de uma busca em plataformas científicas de pesquisa eletrônicas que contenham artigos com a temática proposta.

2. REFERENCIAL TÉORICO

Segundo Arrais (2005), durante a fase pré-natal, as ansiedades são vinculadas aos cuidados práticos. Raramente discute-se sobre os problemas emocionais que a maioria das mães vivencia durante a gestação e após esta, bem como sobre as atividades que o casal terá de exercer para atravessar esta etapa.

O puerpério é um momento provisório, porém, de ampla vulnerabilidade psíquica com possível desencadeamento de variações psicoemocionais e corporais (Maciel et al., 2019). Conforme Maciel et al (2019), este é um período onde a imaginação da parturiente é colocada em prática e alguns elos são construídos objetivando a formação e estruturação familiar. O nascimento de um filho é um acontecimento de grande repercussão na vida da mulher e dos familiares, exigindo mudanças em vários aspectos (Santos e Serralha, 2015). Contudo, nem todas as mulheres estão preparas para as mudanças psicológicas e fisiológicas que ocorrem durante gestação e no Pós-parto (Maciel et. al 2019).

Devido a esta dificuldade de reajustamento, têm-se suscitado a hipótese de que mulheres grávidas podem ser mais vulneráveis a agravos da saúde mental, desenvolvendo psicopatologias (Morais et al., 2017). De acordo com Santos e Serralha (2015) entre as patologias que podem ser desenvolvidas no período Pós-parto estão o baby blues, a depressão Pós-parto e a psicose puerperal.

O baby blues é um quadro passageiro caracterizado por hipermotividade, estado de fragilidade, sentimentos de falta de confiança e de incapacidade para cuidar do bebê (Santos e Serralha, 2015). Para Arrais (2005) blues puerperal é considerada a forma mais leve dos distúrbios de humor do período Pós-parto, e sua duração varia de alguns dias a poucas semanas. De acordo com Maciel et al. (2019), o blues puerperal é a psicopatologia de maior prevalência no período puerperal. Ainda segundo Arrais (2005), a psicose Pós-parto é antagonista do baby blues, sendo um transtorno grave e raro, e na sua forma mais extrema, é altamente relacionado ao infanticídio.

2.1. Depressão Pós-parto

A depressão é um episódio depressivo não psicótico (Arrais, 2005). Segundo Arrais (2005), seu surgimento envolve características semelhantes a das depressões em geral, envolvendo tristeza prolongada, perda de autoestima e perda de motivação, sendo incapacitante e ocasionalmente necessitando de psicofármacos para auxiliar no tratamento. A depressão Pós-parto é uma patologia derivada de uma combinação de fatores biopsicossociais, dificilmente controláveis, que atuam de forma implacável no seu surgimento (Silva e Souza, 2003). Ainda de acordo com Silva e Souza (2003), a manifestação de seus sintomas pode variar em relação à intensidade e forma, dependendo da personalidade e da história de vida da parturiente, bem como de suas mudanças bioquímicas que ocorrem no período pós- parto. Arrais (2005), afirma que esta psicopatologia pode acometer mulheres independentemente de suas idades, classes socioeconômicas e escolares, assim como seus desejos ou não de gerar um filho.

De acordo com Silva et al (2019), atualmente a depressão Pós-parto é considerada um problema de saúde pública, e pode acontecer em qualquer período entre a concepção e o primeiro ano depois do parto.

A prevalência de depressão Pós-parto (DPP) é de 10-15%, com estudos apontando para 22%. Já o risco de recorrência é de 50% e aproxima-se dos 100% em mulheres com histórico de transtorno de humor e DPP prévios. Esta patologia não traz prejuízos apenas para sua portadora, mas também seu bebê e o pai, uma vez que afeta todo o âmbito familiar (Guedes et al., 2011).

Silva et al. (2003) classifica esses prejuízos entre tardios e precoces. As consequências precoces envolvem suicídio ou infanticídio, negligências envolvendo a alimentação do bebê e machucados “acidentais’ neste bebê, bem como morte súbita do bebê, irritabilidade do bebê, rupturas no relacionamento com o pai, depressão do cônjuge e divórcio. Em se tratando de consequências tardias, os autores abordam os maus tratos infantis, o desenvolvimento cognitivo inferior e o retardamento na aquisição da linguagem, bem como o distúrbio do comportamento e o risco do desenvolvimento de psicopatologias futuras. Portanto, como afirma Silva et al. (2003), as consequências da depressão Pós-parto são múltiplas, oferecendo inclusive risco de suicídio para a portadora.

Santos e Serralha (2015) ao abordarem o relacionamento estabelecido pela díade mãe- bebê, afirmam que a parturiente pode interagir de forma diferente com seu bebê em comparação às mães que não desenvolveram depressão Pós-parto. De acordo com os autores, a parturiente deprimida pode ser menos sensível e encontra dificuldades para se envolver com o bebê, inclusive para responder ao seu choro, gerando interações menos positivas, desenvolvendo uma predisposição a omitir comentários sobre o estado mental do bebê.

Segundo os achados de Santos e Serralha (2015), a depressão Pós-parto é considerada um fator de risco para o desenvolvimento infantil. Silva e Souza (2003) destacam ainda a importância do trabalho preventivo à depressão Pós-parto aplicado no período pré-natal, envolvendo, no mínimo, três tipos de cuidados, sendo eles o ginecológico, o psiquiátrico e o psicológico. Os autores também ressaltam que o tratamento não deve objetivas apenas a qualidade de vida da parturiente, mas também a prevenção de distúrbios de desenvolvimento do bebê e a manutenção do relacionamento conjugal e familiar.

Na compreensão de Santos, Silveira e Gualda (2009), quanto mais rápida a percepção dos sintomas depressivos e a busca de ajuda profissional, mais rápida poderá ser a regressão do quadro, o que auxiliaria na diminuição do isolamento da puérpera e também minimizaria os impactos na interação com a estrutura familiar.

2.2. Fatores de risco e fatores protetivos

Considera-se fator de risco (FR) alguma exposição que aumenta a probabilidade de ocorrência de uma doença ou agravo à saúde. Podendo ocorrer em qualquer parte da cadeia causal (MALTA et al., 2017). Os fatores de risco podem estar presentes em características individuais, psicológicas e também em fatores ambientais (Romagnolo et al., 2017).

Arrais (2005) define que temas como feminilidade, transformações culturais do papel da mulher e o mito da mãe perfeita, ao serem trabalhados dentro da maternidade, podem ser um dos fatores de risco para o desenvolvimento da depressão Pós-parto.

Para os autores Guedes et al. (2011), a gestação não planejada, baixo nível-sócio econômico, pouca idade materna, ajuda insatisfatória com a criança e a história prévia de depressão, podem ser inclusos como fatores de risco ao desenvolvimento dessa patologia. Santos, Silveira e Gualda (2009) incluem histórico de problema obstétricos, preocupações com a própria saúde e a do bebê e condições físicas decorrentes do parto como fatores de risco.

Os fatores protetivos são definidos por Romagnolo et al. (2017) como variáveis que podem modificar, melhorar ou alterar a resposta do sujeito à um ambiente desfavorável, sendo entendidos como propriedades que podem diminuir os fatores de risco. Fatores protetivos podem ser características individuais, como exemplo, autoestima e autonomia; ou características familiares, como exemplo, afetividade, ausência de negligência, entre outros (romagnolo et al., 2017).

Além desses fatores, Romagnolo et al. (2017) cita a família e o apoio parteno e social também podem atuar como fatores de proteção e de enfrentamento de situações estressantes para a parturiente, corroborando com as pesquisas de Maciel et al., (2019).

2.3. Diretrizes e políticas públicas

O bebê récem-nascido é um ser completamente dependente e a confiança que adquire no mundo se dá por intermérdio dos cuidados, da estimulação e da atenção que recebe (Santos e Serralha, 2015).

Ainda que toda família seja necessária para oferecer suportes saudáveis ao bebê, para Santos e Serralha (2015), a puérpera é apontada como a pessoa fundamental para adaptar-se aos cuidados do neonato. Como ressaltado no trabalho de Santos e Serralha (2015), essas relações iniciais permitem o desenvolvimento do apego, um vínculo que é mútuo e duradouro entre o neonato é o cuidador.

De acordo com o Programa Criança Família, a estimulação e o desenvolvimento de crianças devem ser promovidos desde a primeira infância. O Programa também propicia a gestante e o seu círculo familiar, com o intuito de construir os vínculos e desenvolver os papeis familiares, além de preparar a gestante para o nascimento do bebê e seus cuidados perinatais. Tais iniciativas objetivam articular o desempenho da função de cuidado, proteção e educação infantil, incluindo crianças de até seis anos de idade. (Brasil, 2018)

Tal estratégia também viabiliza o acesso da gestante, do seu bebê e de sua família às políticas e serviços públicos que necessitem. O público prioritário dessa diretriz envolve crianças de até três anos e suas famílias que são beneficiárias do Programa Bolsa Família, crianças de até seis anos e suas famílias beneficiárias do BPC2 e crianças de até seis anos afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida protetiva prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente. (Brasil, 2018)

O Programa foi construído a partir de dois eixos, sendo eles eixo I e eixo II, aplicando Visitas Domiciliares e a Integração das políticas de atenção à Primeira Infância no Território, respectivamente. As visitas domiciliares constituem a principal ação do Criança Feliz e são realizadas por visitadores na residência familiar dos participantes. A função dos visitadores é possibilitar perspectivas de prevenção, proteção e promoção do desenvolvimento infantil na primeira infância, uma vez que durante as visitas, são ofertadas estratégias de aproximação dos serviços, o que favorecem um reconhecimento das características, potencialidades e necessidades de cada ambiente, facilitando as propostas de intervenção singulares em cada realidade. (Brasil, 2018)

Através das medidas da Diretriz propiciam orientações importantes para o fortalecimento de vínculos familiares além de impulsionar o desenvolvimento infantil.

Os objetivos do Programa vão de encontro aos achados de Santos e Serralha (2015), onde afirmam que “o bebê precisa sentir segurança nos cuidadores para apresentar comportamentos de exploração e receber respostas de encorajamento dos pais” (Santos e Serralha, 2015), ressaltando a importância da confiança desenvolvida no ambiente. Ainda segundo os autores, a falta ou ausência de estímulos pertinentes aos primeiros meses de vida podem impulsionar a diminuição ou a não formação de sinapses neuronais de forma apropriada.

3. METODOLOGIA

Este artigo possui como método de pesquisa a revisão bibliográfica, e possui como objetivo verificar quais são os fatores de risco e de proteção no desenvolvimento da Depressão Pós-parto.

A seleção de artigos para a fundamentação deste trabalho foi realizada através de buscas em três plataformas, a fim de avaliar na literatura os seguintes tópicos: (1) Depressão Pós-parto segundo a Psicologia e Psiquiatria; (2) Fatores de risco da Depressão Pós-parto; (3) Consequências desta patologia para a díade mãe-bebê. As plataformas eleitas para esta avaliação foram: Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Biblioteca Virtual da Saúde (BVS).

O termo de busca utilizado foi: “Depressão Pós-parto e Psicologia” nas plataformas Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e na plataforma de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), uma vez que, ao realizar a pesquisa apenas com o primeiro termo, encontrou-se muitos artigos que não constituíam o campo da Psicologia. Os resultados foram selecionados de acordo com sua concordância temática, e sua linguagem, no caso, no idioma português, nos últimos dez anos. Foram excluídos artigos que não estavam em concordância com o tema, bem como artigos estrangeiros.

Após uma análise dos resumos dos quarenta e nove artigos encontrados nas plataformas, foram selecionados dezoito artigos que envolviam os fatores de risco e proteção da depressão Pós-parto. Dois dos artigos foram encontrados em ambas as plataformas, tendo uma análise final para a discussão, então, com dezesseis trabalhos. Segundo Lüdke e André (1986) esse tipo de pesquisa constitui uma fonte importante de conhecimento, pois fornece informações acentuadas sobre uma temática, além de ser um estudo de baixo custo para os pesquisadores. Na Tabela 1, foram representados os elementos quantitativos encontrados.

Tabela 1: Seleção dos artigos para estudo

Fonte do levantamentoQuantidade sem AnáliseQuantidade após análiseArtigos Repetidos
CAPES3415
2
BVS153
Total4918Total: 16

Fonte: Elaborado pelos autores (2020)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com Frizzo et al. (2011), a chegada de um bebê traz mudanças para o sistema familiar, mudanças estas que englobam a imagem que cada um tem de si, do outro e do próprio relacionamento. Essas mudanças influenciam determinados aspectos da relação do casal, fazendo com que este período seja vivenciado de forma estressante.

Frizzo et al. (2010) conceitua que a depressão está fortemente associada com as dificuldades entre os cônjuges, porém indica que existem diferentes aspectos que podem ser afetados em cada família, especialmente em relação à comunicação e a consequente estruturação do casal.

Referindo-se às tarefas exercidas pela mãe, Frizzo et al. (2019) afirma que a mãe realizará à tarefa de maternidade conforme suas características pessoais, e que da mesma forma, ela solicita ajuda e apoio nos cuidados com o bebê.

Os autores Corrêa e Serralha (2014) realizaram um estudo exploratório-descritivo, no qual o objetivo era compreender através de falas de mulheres acometidas pela Depressão Pós-parto suas vivências em relação à maternidade que tiveram com suas mães e verificar se essas vivências viabilizaram o acometimento da patologia. Os dados coletados demonstraram que a maioria das participantes mantinham relações conflituosas com suas mães, revelando que os modelos de mulher e de maternidade por elas vivenciados tiveram influência no desenvolvimento da Depressão Pós-parto.

Greinert e Milani (2015) definem que a mulher sofre alterações fisiológicas durante a gestação, o que pode contribuir para o surgimento de sintomas de angustia e depressão ocasionados pela falta de adaptação a esta nova fase.

Sousa, Prado e Piccinini (2011) afirmam que a mulher enquanto principal cuidadora do bebê vê-se diante de uma reestruturação do seu mundo e que o caráter conflituoso de tais reestruturações pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da Depressão Pós-parto.

A pesquisa de Sousa, Prado e Piccinini (2011) complementou a pesquisa realizada por Greinert e Milani (2015) ao afirmar que o fato de a mulher apresentar angústia e insegurança relacionada à sua capacidade de cuidar do bebê, pode ser um fator de risco preponderante para o desenvolvimento da Depressão Pós-parto, assim como Arrais, Araujo e Schiavo (2019) afirmaram que a ansiedade e a depressão gestacionais constituem um fator de risco para a Depressão Pós-parto.

Segundo Campos e Rodrigues (2015) primeiras interações envolvendo o bebê e o mundo é amparada pela mãe. Os autores alegam que a puérpera enquanto deprimida interage pouco com o neonato, o que pode causar déficits comportamentais e cognitivos durante o desenvolvimento.

As autoras Arrais, Araujo e Schiavo (2018) afirmam que a Depressão Pós-parto é a soma de diversos fatores de risco, tanto fisiológicos quanto hormonais, sociais e psicológicos. Ainda, segundo as autoras, é necessária uma triagem a fim de detectar mulheres que possuem estes fatores de risco e assim prevenir o desenvolvimento desta patologia.

Em se tratando dos fatores de risco, Arrais, Araujo e Schiavo realizaram um estudo com três amostras, sendo inicialmente 198 gestantes na primeira fase, 47 na segunda fase e 76 colaboradoras na terceira fase, demonstrou que o fator mais frequentemente citado foi a intercorrência durante a gestação, seguido pelo processo da cesariana. Ainda de acordo com as autoras, a análise dos dados não tornou possível uma associação de variáveis socioeconômicas, participação no Pré-Natal Psicológico e o desejo de engravidar aos fatores de risco. Segundo as autoras, a OMS afirma que a taxa ideal de cesáreas deveria ficar entre 10% e 15% do total de partos, contudo, a taxa desse tipo de partos no Brasil é muito superior, alcançando 47,8% nas redes públicas e 90,8% nos hospitais privados.

Segundo Morais et al. (2015) os fatores baixa renda, baixa escolaridade, baixo prestígio ocupacional e idade mais baixa, ser solteira e ter muitos filhos são fatores preditivos da Depressão Pós-parto, sendo o nível de renda o fator mais significativo sobre a prevalência nesta patologia, principalmente pelo nível de estresse desencadeado pelas condições econômicas. Os autores afirmam que a maior parte dos estudos realizados em diversos países confirmam esses resultados, discordando do que afirmou Arrais, Araujo e Schiavo (2018).

Outros fatores de risco foram apontados por Corrêa e Serralha (2014), como a falta de suporte social, emocional e psicológico, bem como a sobrecarga e a falta de suporte por parte dos familiares. Além disso, os autores asseguraram que o fato de algumas mães se sentirem compelidas a se adequarem às pressões da sociedade para se adaptarem a uma visão estereotipada da maternidade, pode lhes provocar grande ansiedade e culpa o que impulsiona a geração de conflitos que favorecem o desenvolvimento da Depressão Pós-parto.

Frizzo et al. (2011) afirmam que as dificuldades na relação conjugal podem influenciar o curso e a severidade na Depressão Pós-parto, assim como a Depressão Pós-parto pode influenciar a existência de dificuldades no relacionamento do casal.

Em relação à prematuridade do neonato e a saúde mental da parturiente, Favaro, Peres e Santos (2012) realizaram um estudo com a finalidade de equiparar a ocorrência de sintomas de ansiedade e depressão em mães de bebês prematuros e mães de bebês a termo. Os resultados demonstraram que entre as mães de bebês prematuros, 75% apresentavam sintomas de ansiedade e 50% apresentavam sintomas depressivos, e quando comparadas com as mães de bebês a termo, 65% não apresentavam sintomas de ambos. A pesquisa corrobora com a literatura ao comprovar que a prematuridade tem impacto negativo na saúde mental da mãe, fazendo com que ela esteja suscetível ao desenvolvimento de transtornos mentais específicos da fase puerperal, sendo a Depressão Pós-parto um desses transtornos, e a prematuridade um de seus maiores fatores de risco.

Ao falarmos de Depressão Pós-parto durante a maternidade adolescente, Frizzo et. al. (2019) demonstraram em sua pesquisa realizada com oito mães adolescentes, que o fato de estarem gestantes e ao mesmo tempo vivenciarem a adolescência pode ser um grande potencializador de aspectos dessas etapas, devido a oposição entre questões de identidade presentes nesta fase. Ainda de acordo com os autores, a oferta de uma rede social de apoio pode ser um fator que auxilie a mãe adolescente a obter uma responsividade materna, desenvolvendo uma interação de qualidade com o bebê.

Com relação aos fatores protetivos da Depressão Pós-parto, tanto Arrais, Mourão e Fragalle (2014) quanto Almeida e Arrais (2016) e Araujo e Schiavo (2018) defendem o Pré- Natal Psicológico (PNP) associado aos fatores de proteção já presentes na história da puérpera como um fator preventivo no desenvolvimento da Depressão Pós-parto. A pesquisa de Almeida e Arrais (2016) demonstrou que tanto o grupo participante do PNP quando o grupo de colaboradoras não participantes possuíam vários fatores de risco e estavam vulneráveis em relação a Depressão Pós-parto, porém apenas as colaboradoras que não participaram do PNP desenvolveram a patologia.

Os achados de Carvalho e Morais (2014) examinaram artigos online para estabelecer uma relação entre Depressão Pós-parto e apoio social. De acordo com os resultados da pesquisa, 96% dos estudos sugeriram que quanto maior o apoio social concebido às mães, menor a ocorrência da psicopatologia. O estudo também corroborou para mostrar a importância de identificar previamente os sintomas de depressão. Ainda segundo os autores, há grande associação entre fatores de risco e depressão Pós-parto indicada por diversas revisões, mostrando que é importante a obtenção do apoio social como fator de proteção, o que respalda os trabalhos de Frizzo et al (2019), que afirmam que uma rede social de apoio pode favorecer a responsividade materna para mães adolescentes, trazendo benefícios para a mãe e toda sua estrutura familiar.

Morais et al. (2015) justifica esses estudos, afirmando que em diversos estudos o apoio social é um fator protetor para Depressão Pós-parto.

Ao abordarmos as consequências do desenvolvimento da Depressão Pós-parto em puérperas, Frizzo et al. (2010) realizou um trabalho com o intuito de examinar a conjugalidade em duas famílias onde a esposa apresentava a patologia mas os maridos não apresentavam depressão. De acordo com os resultados, ambas as famílias apresentavam dificuldades em particularidades de seu relacionamento, principalmente com relação à comunicação. Estes resultados corroboram com a literatura, que afirma existir grande associação da Depressão Pós-parto com as dificuldades na conjugalidade.

Os instrumentos de Servilha e Bussab (2015) analisaram uma amostra de 80 díades mãe-bebê em seu artigo, todas atendidas pelo SUS, tendo em vista que dentre as mães existiam 30 indicativos de Depressão Pós-parto. O objetivo da pesquisa era verificar a influência da patologia e do contexto afetivo de criação no desenvolvimento da linguagem de crianças com 36 meses. Após a análise, os testes demonstraram que, a maioria das crianças que eram filhas de mães deprimidas (60%), apresentou um desempenho abaixo do esperado para a idade, se comunicando de forma mais gestual, enquanto apenas 48% das crianças filhas de mães não depressivas apresentaram este desempenho, se comunicando de forma mais verbalizada. A análise concluiu que os aspectos relacionados aos fatores da Depressão Pós- Parto influenciaram, de forma direta na interação da díade e no desenvolvimento da linguagem infantil. Essa análise corrobora com a afirmação de Campos e Rodrigues (2015), onde os trabalhos mostraram uma importante relação entre práticas de estimulação e presença da Depressão Pós-parto. Sendo assim, a presença da mãe com comportamentos depressivos e pouco responsiva pode desenvolver déficits na interação da díade, ocasionando em prejuízos no desenvolvimento.

A pesquisa de Favaro, Peres e Santos (2012) também vão de encontro aos estudos de Campos e Rodrigues (2015), onde se evidenciou as dificuldades que as mães deprimidas encontram para fornecer ao bebê estimulação adequada, dificultando o estabelecimento de um relacionamento sincronizo e a sustentação de sequências interativas estáveis.

Segundo Abuchaim et al. (2016), ter médio ou alto desenvolvimento na amamentação diminui em 27,4% ou 38,8% respectivamente, o escore de depressão, e ao utilizar a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EDPE), o fator Depressão Pós-parto reduz em 11,84% o escore de autoeficácia da amamentação. O artigo concluiu que a amamentação foi um fator protetor evidenciado pelos resultados, pois as mães que demonstraram níveis elevados de amamentação – entre 39% (médio) e 36% (alto) –mostraram-se confiantes, motivadas e persistentes na função de nutriz , ainda que 62% das participantes tenham tido alguma forma de intercorrência na amamentação.

Como resultado, Abuchaim et al. (2016) defendem que há vantagens de se adotar na clínica, instrumentos que auxiliem os profissionais da saúde a identificar previamente aspectos de menor confiança da mulher em relação à prática de amamentação, com o objetivo de permitir o planejamento de intervenções individualizadas e efetivas que possam solucionar as dificuldades experimentadas no processo e prevenir o desmame precoce.

Greinert e Milani (2015) alertam sobre a necessidade de produzir programas objetivando a prevenção da Depressão Pós-parto, assim como o desenvolvimento de cuidados e recomendações.

Os autores Arrais, Mourão e Fragalle (2014) defendem que a assistência psicológica para a puérpera através da utilização do Pré-Natal Psicológico é um importante instrumento que poderia ser implementado através de políticas públicas em unidades básicas de saúde, maternidade e serviços de pré-natal.

O trabalho de Sousa, Prado e Piccinini (2011) reforça a necessidade de profissionais da saúde e psicoterapeutas atentarem para as necessidades de intervenções em situações onde a puérpera apresente exacerbada preocupações com a saúde do bebê, pois a escuta das representações maternas torna-se indispensável para o planejamento de estratégias de intervenção voltadas para a estrutura familiar da parturiente.

5. GERAÇÃO E RECOMENDAÇÕES

Os resultados advindos do presente estudo demonstraram que a maternidade é um processo complexo, e que envolve diversos âmbitos da estruturação do indivíduo, sendo eles sociais, econômicos, culturais ou familiares, como afirmou Campos e Rodrigues (2015).

Este período inicia-se desde as primeiras identificações com imagens femininas de acordo com Côrrea e Serralha (2014), e as pressões existentes na sociedade para que a futura mãe desempenhe papéis pré-determinados de uma forma estereotipada, pode fazer com que esta venha a ter Depressão Pós-parto.

O trabalho de Frizzo et al. (2001) demonstrou que a Depressão Pós-parto traz prejuízos à parturiente, mas também ao seu cônjuge, sendo um desencadeador de insatisfações e conflitos. Servilha e Bussab (2015) ressaltaram que as consequências da patologia atingem também a construção da díade mãe-bebê o que pode dificultar a estimulação e o desenvolvimento da criança, trazendo inúmeros prejuízos futuros.

De acordo com os achados de Campos e Rodrigues (2015), aspectos biológicos e psicossociais podem estar associados ao desencadeamento da Depressão Pós-parto.

Em relação aos fatores de risco associados à Depressão, grande parte dos autores como Morais et al. (2015), Corrêa e Serralha (2014) e Frizzo et al. (2019) afirmam que o apoio social é um dos principais fatores de risco ao desenvolvimento da patologia.

Contudo, Carvalho e Morais (2014) Frizzo et al. (2019) e Morais et al. (2015) apontam que a construção de uma rede social de apoio pode ser um fator protetivo para a Depressão Pós-parto, principalmente ao ser apoiada pelo parceiro. Os trabalhos de Campos e Rodrigues (2015) ainda afirmam que os cuidados básicos ligados à saúde e a higiene do bebê estão relacionados com a presença do apoio social na vida da parturiente. Conclui-se, portanto, que o fator apoio social pode tanto prevenir quanto viabilizar a depressão Pós-parto.

A análise de Carvalho e Morais (2014) também alertam os profissionais da saúde e psicoterapeutas a fim de que estes possam estabelecer medidas preventivas e práticas de escuta e orientação para a gestante. Além disso, trabalhos como os de Arrais, Mourão e Fragalle (2014) e Almeida e Arrais (2016) defendem a implementação de um Pré-Natal Psicológico através de políticas públicas, a fim de auxiliar a mulher de maneira psicológica durante o período gestacional.

Apesar de quarenta e nove estudos sobre o tema Depressão Pós-parto terem sido encontrados antes da filtragem, pouco se fala sobre as intercorrências que ocorrem durante a gestação e suas associações ao desenvolvimento de patologia, bem como artigos que analisem o impacto do nascimento de bebês “não-saudáveis” na saúde mental da puérpera, o que nos leva a concluir que ainda há muito espaço para pesquisas sobre fatores envolvendo as dimensões e os aspectos da Depressão Pós-parto.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REVISADAS

ABUCHAIM, Erika de Sá Vieira et al. Depressão Pós-parto e autoeficácia materna paraamamentar: prevalência e associação. Acta Paul Enferm. Vol. 29, Núm. 6, Pág. 664-70, 2016.

ALIANE, Poliana Patrício et al. Revisão Sistemática sobre Fatores de Risco Associados àDepressão Pós-parto. Psicologia em Pesquisa. Juiz de Fora, Vol. 5, Núm. 2, Pág. 146-155, 2011.

ALMEIDA, Natália Maria de Castro; ARRAIS, Alessandra da Rocha. OPré-NatalPsicológico como Programa de Prevenção à Depressão Pós-parto. Psicologia: Ciência e Profissão. Vol. 36, Núm. 4, Pág. 847-863, out./dez. 2016.

ALVARENGA, et al. Relações Entre Apoio Social e Depressão Pós-parto em Puérperas. Interação em Psicologia. Curitiba, Vol. 17, Núm. 1, Pág. 47-57, jan./abr. 2013.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manualdiagnósticoeestatísticodetranstornosmentais: DSM-5. 5. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

ARRAIS, Alessandra Rocha da. As Configurações Subjetivas da Depressão Pós-parto:Para Além da Padronização Patologizante. 2005. 139p. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade de Brasília, Brasília, 2005.

ARRAIS, Alessandra da Rocha; ARAUJO, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de; SCHIAVO, Rafaela de Almeida. DepressãoeAnsiedadeGestacionaisRelacionadasàDepressão Pós-parto e o Papel Preventivo do Pré-Natal Psicológico.Revista Psicologia e Saúde, Vol. 11, Núm. 2, Pág. 23-34, maio/ago. 2019.

ARRAIS, Alessandra da Rocha; ARAUJO, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de; SCHIAVO, Rafaela de Almeida. Fatores de Risco e Proteção Associados à Depressão Pós-Parto no Pré-Natal Psicológico. Psicologia: Ciência e Profissão. Vol. 38, Núm. 4, Pág. 711- 729, jun./set. 2018.

ARRAIS, Alessandra da Rocha; MOURÃO, Mariana Alves; FRAGALLE, Bárbara. O pré-natal psicológico como programa de prevenção à depressão Pós-parto. Saúde Soc. São Paulo, Vol. 23, Núm. 1, Pág. 251-264, 2014.

AZEVEDO, Kátia Rosa; ARRAIS, Alessandra da Rocha; O Mito da Mãe Exclusiva e seuImpacto na Depressão Pós-parto. Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre, Vol. 19, Núm. 12, Pág. 269-276, 2006.

BRASIL. Decreto n. 9.579, de 22 de novembro de 2018. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9579.htm>. Acesso em 15 março de 2020.

BRUM, Evanisa Helena Maio de; SCHERMANN, Lígia. O Impacto da Depressão Maternanas Interações Iniciais. PSICO. Porto Alegre, Vol. 37, Núm. 2, Pág. 151-158, maio/ago. 2006.

CAMPOS, Bárbara Camila de; RODRIGUES, Olga Maria Piazentin Rolim. Depressão Pós-Parto Materna: Crenças, Práticas de Cuidado e Estimulação de Bebês no Primeiro Ano de Vida. PSICO. Porto Alegre, Vol. 46, Núm. 4, Pág. 483-492, out./dez. 2015.

CARVALHO, Flávia Almeida de; MORAIS, Maria de Lima Salum e. RelaçãoentreDepressão Pós-parto e Apoio Social: Revisão Sistemática da Literatura. PSICO-PUCRS. Porto Alegre,Vol. 45, Núm. 4, Pág. 463-474, out./dez. 2014.

CORRÊA, Fernanda Pavão; SERRALHA, Conceição Aparecida. A depressão Pós-parto e afigura materna: uma análise retrospectiva e contextual. Acta Colombiana de Psicologia, Vol. 18, Núm. 1, Pág. 113-123, 2015.

DAMIÃO, Abraão Pustrelo. O Renascimento e as origens da ciência moderna: Interfaceshistóricaseepistemológicas. História da Ciência e Ensino: construindo interfaces. São Paulo. V 17. Pág. 22-49,12 jun.2018. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/hcensino/article/view/34411/25535. Acesso em: 12 nov. 2019

DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. 3. Ed. São Paulo: Makron Books do Brasil Editora Ltda, 2000.

FAVARO, Marina de Souza Filho; PERES, Rodrigo Sanches; SANTOS, Manoel Antônio dos. Avaliação do impacto da prematuridade na saúde mental de puérperas. PSICO- USF. Bragança Paulista, Vol. 17, Núm. 3, Pág. 457-465, set./dez. 2012.

FIGUEIRA, Emílio. História da Epistemologia Psicológica: O Desenvolvimento e o Papel dos Cientistas no Campo da Psicologia. 1 Ed. São Paulo: Figueira Digital/Agbook, 2018.

FRIZZO, Giana Bitencourt et al. MaternidadeAdolescente:AMatrizdeApoioeoContextodaDepressãoPós-parto.Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, Vol. 35, 2019.

FRIZZO, Giana Bitencourt et al. ComunicaçãoConjugalDuranteaTransiçãoParaParentalidade no Contexto de Depressão Pós-parto. Psicologia. Lisboa, Vol. 25, Núm. 2, Pág. 39-60.

FRIZZO, Giana Bitencourt et al. Depressão Pós-parto: Evidências a partir de dois Casos Clínicos. Psicologia: Reflexão e Crítica. Vol. 23, Núm. 1, Pág. 46-55, 2010.

FRIZZO, Giana Bitencourt; PICCININI, Cesar Augusto. Interação Mãe-Bebê em Contextode Depressão Materna: aspectos teóricos e empíricos. Psicologia em Estudo. Maringá, Vol. 10. Núm. 1, Pág47-55, jan./abr. 2005.

GAZZANIGA, Michael S., HEATHERTON, Todd F. Ciência Psicológica: Mente, Cérebro e Comportamento. 1 Ed. São Paulo: Artmed, 2005.

GREINERT, Bruna Rafaele Milhorini; MILANI, Rute Grossi. Depressão Pós-parto: uma compreensão psicossocial. Revista Psicologia: Teoria e Prática. São Paulo. Vol. 17, Núm. 1, Pág. 23-36, jan./abr. 2015.

GUEDES, Ana Carolina Emerenciano et al. Depressão Pós-parto: incidência e fatores de risco associados. Rev Med. São Paulo, Vol. 90, Núm. 3, Pág 149-54, jul/set. 2005.

HOTHERSALL, David. HistóriadaPsicologia. 4. Ed. Porto Alegre: AMGH, 2019.

Informativo da Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS/OMS. Brasil. Disponível em http://twixar.me/16hT. Acesso em: 12 de nov. 2019.

KONRADT, Elizabeth Caroline et al. Depressão Pós Parto e Percepção de Suporte SocialDurante a Gestação. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Vol. 33, Núm. 2, Pág 76-79, 29 jul. 2011.

LÜDKE, M; ANDRÉ, M. E. D. A. “Métodos de coletas de dados: observação, entrevista e análise documental”. In: Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MACIEL, Luciana Pessoa et al. Transtorno mental no puerpério: riscos e mecanismos de enfrentamento para a promoção da saúde. J. res.: fundam. care. online. Vol. 11, Núm. 4, Pág. 1096-1102, abr./jun. 2019.

MATIAS, Kamila Dantas. ALoucuranaIdadeMédia: Ensaio Sobre Algumas Representações. 2015. 72p. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2015. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/36024?mode=full. Acesso em: 12 nov. 2019

MORAIS, Adriana Oliveira Dias de Sousa et al. Sintomas depressivos e de ansiedadematernos e prejuízos na relação mãe/filho em uma coorte pré-natal: uma abordagem com modelagem de equações estruturais. Cad. Saúde Pública. Vol. 33, Núm. 6, 2017.

MORAIS, Maria de Lima Salum e et al. Fatores psicossociais e demográficos associados àdepressão Pós-parto: Um estudo em hospitais público e privado da cidade de São Paulo, Brasil. Estudos de Psicologia. Vol. 20, Núm. 1, Pág. 40-49, jan./mar. 2015.

MORAIS, Maria de Lima Salum et al. Fatores Psicossociais e Sociodemográficos Associados a Depressão Pós-parto: um estudo em hospitais público e privado da cidade de São Paulo, Brasil. Estudos de Psicologia. Natal. Vol. 20, Núm. 1, Pág. 40-49, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1413- 294X2015000100040&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

ROMAGNOLO, Adriana Navarro et al. A família como fator de risco e de proteção nagestação, parto e Pós-parto. Semina: Ciências Sociais e Humanas. Londrina, Vol. 38, Núm. 2, Pág. 133-146, jul./dez. 2014.

SANTOS, Luísa Parreira; SERRALHA, Conceição Aparecida. Repercussões da DepressãoPós-parto no Desenvolvimento Infantil. Barbarói. Santa Cruz do Sul, Núm. 43, Pág. 5-26, jan./jun. 2015.

SANTOS JUNIOR, Hudson Pires de Oliveira; SILVEIRA, Maria de Fátima de Araújo; GUALDA, Dulce Maria Rosa. Depressão Pós-parto: um problema latente. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre, Vol. 30, Núm. 3, Pág 516-24, set. 2009.

SARAIVA, Evelyn Rúbia de Albuquerque; COUTINHO, Maria da Penha de Lima; OSofrimentoPsíquiconoPuerpério:um estudo psicossociológico. Revista Mal-Estar e Subjetividade. Fortaleza, Vol. 8, Núm. 2, Pág. 505-527, jun. 2008.

SCHMIDT, Eluisa Bordin; PICCOLOTO, Neri Maurício; MÜLLER, Marisa Campio. Depressão Pós-parto: fatores de risco e repercussões no desenvolvimento infantil. PSICO- USF. Itatiba. Vol.10, Núm.1, Pág. 61-68, jan./jun. 2005.

SCHWENGBER, Daniela Delias de Sousa; PICCININI, Cesar Augusto. OImpactodaDepressão Pós-parto para a Interação Mãe-Bebê. Estudos de Psicologia. Natal, Vol.8, Núm. 3, Pág 403-4011, 2003.

SERVILHA, Beatriz; BUSSAB, Vera Silvia Raad. InteraçãoMãe-CriançaeDesenvolvimento da Linguagem: A Influência da Depressão Pós-parto. PSICO. Porto Alegre, Vol. 46, Núm. 1, Pág. 101-109, jan./mar. 2015.

SILVA, Damiana Guedes et al. Depressão Pós-parto: prevenção e consequências. Revista Mal-Estar e Subjetividade. Fortaleza, Vol. 3, Núm. 2, Pág 439-450, set. 2003.

SILVA, Elda Terezinha da Silva; BOTTI, Nadja Cristiane Lappann. Depressão Puerperal:Uma Revisão de Literatura. Revista Eletrônica de Enfermagem. v. 07, n. 02, Pág. 231-238, 2005. Disponível em: http://www.fen.ufg.br

SILVA, Vanessa et al. Sintomatologia depressiva no termo da gestação, em mulheres debaixorisco. J. Bras. Psiquiatr. Vol. 68, Núm. 2, Pág. 65-72, 2019.

SOUSA, Daniela Delias de; PRADO, Luiz Carlos; PICCININI Cesar Augusto. Representações Acerca da Maternidade no Contexto da Depressão Pós-parto. Psicologia: Reflexão e Crítica. Vol. 24, Núm. 2, Pág. 335-343, 2011.

SOUSA, Daniela Delias de et al. Representações Acerca da Maternidade no Contexto daDepressão Pós-parto. Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre, Vol. 24, Núm. 2, Pág. 335-343, 2011.

WEYNE, Bruno Cunha. A Contribuição do Humanismo Renascentista para a Construçãoda Ideia de Dignidade Humana. PLURA – Revista de Estudos de Religião. Brasil. Vol. 4, Núm. 1, Pág. 213-225, 2013.

ZINGA, Amanhecer; PHILLIPS, Dae Shauna; NASCIDO, Leslie. Depressão Pós-parto:conhecemos os riscos, mas podemos preveni-la. Revista Brasileira de Psiquiatria. São Paulo. Vol. 27, 27 Suppl. 2, Pág 56-64, out. 2005.