COMO O PADRÃO IMPOSTO PELA SOCIEDADE DE BELEZA IMPACTA A SAÚDE MENTAL DAS MULHERES

HOW THE STANDARDS IMPOSED BY THE BEAUTY SOCIETY IMPACT WOMEN’S MENTAL HEALTH

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10075853


CLEISIETE COSTA SILVA¹
SYRLEN SOUZA SANTOS²
Orientador: SAMUEL REIS E SILVA³


RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar o que os impactos emocionais e fisiológicos causados pelos padrões de beleza impostos pela sociedade, através de pesquisa bibliográfica. Os dados onde foram realizados nas bases de dados: Google acadêmico, Scielo, utilizando as seguintes descrições: padrão de beleza, fator emocional e subjetividade, autoimagem e seus pilares. Os padrões de beleza muitas vezes podem trazer inúmeras consequências, como problemas de autoestima, problemas emocionais ou até mesmo distúrbios relacionados a autoimagem. Os distúrbios alimentares é uma das consequências perigosas da imposição do padrão de beleza.

Palavra-chave: causas, conceito de beleza, autoimagem, emoção e subjetividade.

1- Discente do curso de graduação em psicologia, ano de 2023, do centro universitário Fametro. Email: cleisietesilva@gmail.com

2- Discente do curso de graduação em psicologia, ano de 2023, do centro universitário Fametro. Email: syrlen.souza.ss@gmail.com

3- Email: psisamreis@gmail.com. Especialista em neuropsicologia

ABSTRACT

The present work aims to present the emotional and physiological impacts caused by beauty standards imposed by society, through bibliographical research. The data were collected in the databases: Google Scholar, Scielo, using the following descriptions: beauty standard, emotional factor and subjectivity, self-image and its pillars. Beauty standards can often have numerous consequences, such as self-esteem problems, emotional problems or even disorders related to self-image. Eating disorders are one of the dangerous consequences of imposing beauty standards.Keyword: causes, concept of beauty, self-image, emotion and subjectivity.

  1. INTRODUÇÃO

O trabalho a seguir mostrará dados quantitativos de como o ideal de beleza proposto pelo contexto cultural, destaca um conjunto de ideias mediáticos, isto é, aquilo que é divulgado ou expressado por meio de comunicações, tais como revista, televisões, rádio, jornal, propagandas, rádio, redes sociais, elabora esquemas de percepções subjetivas complexas, na qual a busca ocasiona prejuízos a saúde mental, física e social   das mulheres. 

A sua autoimagem, aquilo que vê perante ao espelho, é moldado por um juízo estético, gerando crenças desaptativas, produzindo comportamentos restritivos, exabundaste e também atitudes lesivas, tornando-se um grande opositor da sua saúde mental, atingido diretamente seu desenvolvimento mental e físico.

O conceito de beleza ao longo dos séculos passa por transformações, sendo um culto, traçando rituais, geometrias de corpos, cabelos, rosto, etc. E Como isso surge indagações e estudos acerca do tema, em exemplos temos, como isso vem atingindo a massa feminina? Como é vista a beleza é algo acompanhando de sofrimento?  Perguntas respondidas parafraseandamente mediantes as pesquisas quantitativas do trabalho.

Ademais, tornando-se escrava de beleza pragmática adotada por insatisfação. Autoimagem é criada por processos culturais, aprendida pelo processamento de informações, na qual será armazenada na memória, seja curto ou longo prazo. De acordo com Walter Risco, crenças e teorias, criam auto esquema, conceitos e teoria através   das experiências sociais como também grupos primários, secundários, podendo se achar imperfeito, feio, estranho, gerando comportamentos de esquivas, restritivos, na qual trazem um sofrimento psíquico aos indivíduos.

A Teoria ou ritual de corpo sem manchas, ângulos perfeitos, coexistindo uma assimetria, agregando uma imagem corporal, designado como um pressuposto, regra a seguir para muitas mulheres. Reforçando ideias e valores, que ramificam como instrumento para ter uma estética bonita, indicadores como atrativo, saudável, bonito, atingir esse fator poderá ser um fator influente na vida da mesma, passando a ser um recurso condicional para a felicidade, apresentado risco para o curso de transtornos alimentares, depressão, ansiedade social, baixa estima, prejuízos emocionais, etc.

2. JUSTIFICATIVA

Existe grande visibilidade acerca de como a população feminina sofre prejuízos sociais e primordialmente em sua saúde mental em virtude de padrões exigidos, eventualmente expondo pontos negativos, logo os estudos do tema proporcionará visualizações dessas influências socioculturais, como essa indução a determinadas referências, visto em modelos de fotografias,  revistas, propagandas, dentro outros, estipulados  desde da infância e percorrendo a vida adulta, é acompanhado por um grande sofrimento e prejuízos psíquicos.

Tal estudo torna-se conscientes, trazendo reflexões acerca do padrão imposto socialmente acerca da beleza, gerando apontamentos de valores, até mesmo saúde, gerando impactos na saúde mental de tal público.

A Relevância desse trabalho para a comunidade, assim como os profissionais da área psicológica, a partir das descobertas feitas com a pesquisa proposta, abrangendo conhecimentos necessários e aplicação adequada na população feminina, como instrumento de apoio às demais teorias e estudos já existentes no campo da psicologia.

Os resultados aqui, apresentados, irão fornecer informações úteis e necessárias, assim como conhecimento desde o básico ao mais aprofundado a respeito do assunto, o que será de grande importância para os leitores e usuários em geral deste conteúdo, e principalmente para a população feminina. O presente estudo vem colocando em questionamento sobre até que ponto o fator cultural poderá trazer crenças disfuncionais acerca da sua autoimagem.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. POSSIVEIS CAUSAS QUE LEVAM ÁS MUHERES A QUEREREM SEGUIR UM PADRÃO DE BELEZA

Como bem nos assegura Moreno (2016), o ideal de beleza cria um desejo de perfeição, introjetado e imperativo. Ansiedade, inadequação e baixa autoestima são os primeiros efeitos colaterais desse mecanismo.

A influência que as redes sociais estão impondo sobre as estéticas, onde as blogueiras vendem o corpo como forma de escultura, rosto perfeito, idealizando o que é beleza. Deixando assim as mulheres de uma certa forma com um certo delírio por determinado padrão de beleza.

Embora constitua objeto complexo para investigações, existem evidências de que a mídia tem influência sobre s distúrbios na esfera da alimentação e da imagem corporal, pois, ao mesmo tempo, em que exige corpos perfeitos, estimula práticas alimentares não-saudáveis.(Bossi,Luis,Morgado, et al.,2006).

Os distúrbios são um dos fatores que levam às mulheres a se sentirem pressionadas pelo padrão de beleza. Doenças como anorexia, bulimias entre outros ou até mesmo bullyng que geralmente acontece na adolescência. Onde jovens começa a fazer determinadas comparações e até buscar procedimentos estéticos.

3.2O PAPEL DA AUTO-IMAGEM PARA AS MULHERES

O processo de construção da autoimagem corporal se dá a partir das mudanças que perpassam nos diferentes momentos da vida de um indivíduo e influenciam na percepção do corpo “A insatisfação com a imagem corporal aumenta à medida que a mídia expõe belos corpos, fato que tem determinado, nas últimas décadas, uma compulsão a buscar uma anatomia ideal” (DAMASCENO et al, 2006, p. 82).

A percepção da imagem corporal se inicia na infância, passa pela adolescência e segue até a vida adulta. E passa por diferentes fatores que influenciam o processo de desenvolvimento da subjetividade. Entretanto a mídia, escola, família, são condicionados para a subjetivação de uma imagem corporal, e eventualmente, um padrão ideal.

3.3. COMO INDENTIFICAR OS FATORES NA SUA EMOÇÃO E SUBJETIVIDADE

A forma como a mulher é representada na contemporaneidade impacta suas emoções e atravessa sua subjetividade, por consequência o sofrimento e a angústia podem sobrevir (Barros, Rodrigues, Gentil, et al.,2018).

A autoimagem é uma base para a autoestima, onde pode ser realista, positiva, negativa ou idealizada. Irá depender de como isso é construído ao longo da vida, história e vivências. Construir uma boa autoestima atualmente está ficando cada vez mais difícil, já que para uma boa construção necessita um autoconhecimento, ou seja, é saber se voltar para dentro de si mesma, é necessárias mudanças de atitude. GONÇALVES, MENEGON, OLIVEIRA et al., (2020). Diz que:

É notável a importância dada à imagem, aparência, corpo, beleza e estética, o culto ao corpo belo e atlético é predominante, fazendo com que as Pessoas busquem uma aparência física imposta. Acredita – se que a Mídia de massa é um transmissor e reforçador de ideias, que influenciam valores, normas e padrões estéticos impostos pela sociedade moderna.

A autoestima precisa se manter em equilíbrio, para que a autoavaliação de si próprio seja bem mais justa, e assim, às mulheres não teria que fazer uma distorção da sua própria imagem, ou seja, fazer comparações com outras pessoas. Atualmente as mulheres constroem uma imagem baseada na maioria em um padrão de beleza apresentado nas redes sociais, revistas, etc.

Por se tratar de uma experiência social e mediada por padrões e leis imersas em cada cultura, a construção de uma autoimagem está sempre sujeita a transformações e programações, assim como está sujeita a transformações e reprogramações, assim como está sujeita a versões depreciativas que se comparam a estes padrões, normalmente inalcançáveis. ABASTIAN (2020, p.13)

Portanto, o padrão de beleza gera um conflito no psicológico das mulheres, onde as mesmas não valorizam os seus pensamentos e atitudes, pois a uma influência gigantesca que determina padrões que fazem a acreditar que somente serão aceitas socialmente se tiverem no padrão ou bem próximo do mesmo.

3.4. INFLUENCIADORAS E CONCEITO DE BELEZA

Com o crescimento das redes sociais ao redor do mundo, aplicativos como Instagram e Facebook ganharam grande visibilidade, com isso surge novos conceitos e comportamento acerca de diversos fatores e profissões. As digitais influências, estão sendo profissionais, nas quais produzem conteúdo na Internet nas plataformas digitais, tais como, Instagram, YouTube e TikTOK, poderá trazer influências de hábitos, conceitos e comportamentos.

Sendo assim, trazendo padrões de comportamentos, ou melhor, o conceito de beleza, através de publicidades de marcas, ditando receitas milagrosas, remédios para emagrecimento, crescimento de cabelo, etc., compartilhando inclinação para a manutenção da ditadura da beleza, produzindo comparações e pressão para se colocar mediante ao que é estruturado como beleza.

Segundo Lima e Maynard, (2019) relatam várias pesquisas e análises sobre essa referência e como vem compactuando no processo de baixa estima e para os critérios de transtorno relacionados a autoimagem, atingindo a população feminina, pois as questões culturais e ambientais, são fatores para o desenvolvimento do curso de transtornos mentais e outras doenças físicas.

Assim, é evidente que as mídias sociais disseminam um corpo cheio de perfeições, alcançado por produtos, remédios, dietas nocivas, assim as mulheres podem se esforçar para se enquadrarem mediante ao padrão, visto que a mesma uma vez não conseguindo poderá passar por discriminações, ou melhor, excluídas e jugadas na sociedade.

Dessa maneira, veiculação de tratamentos estéticos e milagrosos é compartilhado sobre as plataformas, através dos influenciadores, por exemplos, cremes modeladores, dieta do ovo, jejum intermediário, na qual a pessoa passar horas sem comer, dieta da água, entre outros.

Em outras palavras, as autoras Lima e Maya (2019) em suas pesquisas e estudos mostram a relação da mídia para o desenvolvimento de transtornos como, anorexia, bulimia, e transtorno Dismorfico corporal, ao todo impactando a massa feminina, pois o contato com isso dá mediante as experiências sociais e fatores da mídia , a visto disso temos os  desenhos animados, na qual transcreve a perfeição, em exemplos temos a boneca Barbie, Penélope charmosa, acompanhadas de suas silhuetas perfeita e magreza.

A dieta das modas vem ganhando grande espaços nas redes sociais “dietas milagrosas” promovendo resultados em curto tempo, dada como receita da autoestima, como aponta Soiheta e Silva (2019) as dietas da moda prometem obter resultados, contundo agregando para o sofrimento acerca de hábitos prejudiciais à saúde mental e física, e isso se faz efeito nas demandas nas áreas da saúde, como psicologia e nutrição.

Bem como contribuindo para criações de mensagens e esquemas, que a perfeição faz parte da autoestima e felicidade, difundindo que qualquer mulher poderá alcançar ao padrão de beleza, basta apenas se esforçar e praticar comportamento dito como soluções, desse modo as influenciadoras compartilham ideias e hábitos para manter o corpo perfeito, muitas vezes cercado de restrições alimentar e exercícios excessivos, acompanhado por um grande sofrimento.

Por isso Silva e Souza (2017) em outras palavras destaca, a mulher procura desenfreadamente utilizar mecanismo para contribuir para sua formulação de autoestima e autoimagem, em buscar de  sentimentos e crenças adaptativas e positivas, ao se olhar no espelho.

A vista disso, os cultos da beleza são constantes no cotidiano, seja para o corpo perfeito, como também a cobrança de sempre está bem produzida, os modelos expostos tais como as blogueiras, foto de revistas, propagandas, curtidas, etc., poderá ser um fator contribuinte para que a mulher tenha distorções sobre si e suas vidas singulares.

De acordo com Silva e Souza (2019) as redes sociais dão enfase a perfeição, por meio dos blogueiros e personagens de influenciadores, reproduzindo vídeos, fotos, pensamento, estilos de vidas no ambiente, reforçando para o processo de adoecimento psicológico.

3.5. PADRÃO DE BELEZA E CIRURGIAS PLÁSTICAS  

O conceito de beleza vem se adequando ao um processo cheio de regras, conjuntos de normas, na qual podem mudar a maneira como as mulheres se relacionam com seus corpos, segundo Julia (2017) caracterizada por ação centralizada em modelo, predominante desde das primeiras experiências e se expandindo ao longo da vida, e uma mulher que possui esses traços e características é denominada, como bela, satisfeita, denominado como um processo de bem-estar.

As modificações começam a fazer parte do cotidiano, induzidas pela sociedade, trazendo grandes reproduções de um padrão estético pré-determinado, em exemplos temos, cintura fina ou com músculos, seios e nariz geometricamente padronizados. A busca para se enquadrar poderá se direcionar para cirurgias plásticas, o que antes denominado para correções de imperfeições, passando a ser para o bem-estar pessoal de muitas mulheres. VIVIANE (2017).

De acordo com (ISAPS) sociedade internacional de estética, o Brasil é um dos pais, na qual entra na estética de nos maiores números de procedimentos estéticos feitos por ano, ultrapassando países como Estados Unidos e o México, em 2013 cerca de 13 mil, foram realizadas, já   no ano posterior esse recorde foi ultrapassado, visto que desde de 2013 o País passou a lidera, entre os procedimentos estéticos mais feitos temos, aumento mamário, lipoaspiração (Abdominoplastia.) Plástica das pálpebras (blefaroplastia), suspensão das mamas (mastopexia). Redução mamária. Plástica do nariz (rinoplastia) e Cirurgia do rejuvenescimento da face (lifting facial).

Ao todo registrado cerca de 1 milhão e 498 mil cirurgias plásticas, excluindo 969 procedimentos não estéticos “uma espécie de dismórfia corporal, mulheres por todo mundo, demostrar insatisfação” Julia et al. 2017. Esse objetivo em alcançar o padrão imposto, traz o surgimento de diversas cirurgias e métodos para se chegar ao modelo, como também aplicativos de modificação facial, estabilizado na rede sociais, tudo isso fortalecendo a ditadura de uma beleza.

Outrossim, é notório como autoestima é dado mediante ao físico, aprendizagem essa dada de acordo com nossas experiências, trazendo criações de teorias e crenças, a cerca de uma beleza satisfatória, criando autoconceito, este sendo o que pensamos sobre nós mesmo.

Conforme Machado et al., (2021) a beleza é uma via de contexto ditado socialmente, adotado como regras de menor porcentual de gordura possível nas nádegas, braços, cintura e seios uniformes, ou músculos evidenciados, um corpo sem celulites ou quaisquer vestígios de manchas. Assim poderá contribuir para os números de procuras e cirurgias feitas, sendo um método que será cura para autoestima.

O ideal da beleza feminina, ultrapassa filtros do Instagram e Photoshop, podendo ser um grande contribuinte para aumento de cirurgias plásticas, tal como procedimento feito a domicílio, sem uma adequação médica e ambiente, sendo altamente perigosos e muito desnecessários, tudo para entrar na estatística do corpo perfeito, na busca de mudar sua autoavaliação.

Para alcançar esse estigma de padrão utópico requer produzir situações que podem colocar em risco tanto a saúde mental como física, processo esse que somos expostos desde da infância até a terceira idade, acompanhado diversas gerações e a cada dia mais difícil alcançar essa demanda social. MELO E SANTOS (2020)

Contudo, é evidente como a autoestima é visualizada conforme seu estado físico, mediante as aprendizagens culturais, fornecidas ao longo de nossas histórias e experiências, trazendo criações e conceitos acerca de si, podendo ser positivo ou negativo.

A beleza e um contexto que é ditado através das regras e normas. De acordo com a norma de determinada cultura, podendo ser desde o menor porcentual de gordura ao corpo musculoso, e as cirurgias plásticas ramificam para se enquadrar e também se estabilizar modelos referenciado. MACHADO et. al., (2021)

Visto que as exposições constantes de fotografias, revistas, modelos, efeitos do Instagram, entre outros, leva a mulheres a ficarem insatisfeitas com a própria imagem corporal, cooperando para um sonho de ter o corpo perfeito, para salvar seu autoconceito e estima, utilizando o critério dicotômico acerca da mesma e próprio aspecto de vida.

Portanto, a busca incansável por um corpo sonhado, é devastada por sofrimento, tornando-se um grande pesadelo, erros cirúrgicos, procedimentos sem exceto e invasivo, e também médicos e clínicas clandestinas, contribuem para o aumento de mortes por cirurgias plásticas, como também deixando as pacientes em estados vegetativos.

Mesmo com as realizações de muitos procedimentos cirúrgicos alguns indivíduos nunca estão satisfeitos, como conta no Transtorno disformico corporal, na qual um dos critérios é um enfoque obsessivo em sua imagem, acreditado ter falhas corporais e físicas, na qual só poderá ser tratado com especialista da saúde mental, psicólogos e psiquiatras em conjunto com uso de psicofármacos. ALBUQUERQUE et. tal (2021)

3.6. A BELEZA IDEAL DE CADA PAÍS

Mediante a cada cultura perpassando o ideal de cada corpo, cabelos, peso, e seus repertórios comportamentais, na qual valorizam e cultuam como fonte do padrão de beleza, cada país transcende a diversidade desse padrão.  Ao longo da história a beleza, ou o mito a beleza vem construindo e se reconstruindo.

Em meados do século XIX na pintura era configurado um padrão de corpo volumoso e redutos, a visto disso a gordura era sinônimo de saúde e sedução. O excesso de peso era típico das classes nobres dominante. De acordo com Barros (2010) está acima do peso era declarado como sinal de poder aquisitivo e política estável, associado ao poder e ostentação.

Desarte, o corpo feminino passa por configurações de acordo com culturas e localidade, podendo existir atributos parecidos ou singularidades atribuídas. Nos primórdios do século XXI vem elevando-se mudança da visão estética, abrindo espaço para a beleza magra, mirando no viés do corpo magro, atravessando por rituais da mídia ou expansão de revista, fotografia, anúncios.

A vista disso a configuração também vem com carregamento de arquétipos da Grécia antiga, conforme Cassimiro (2020) na base da filosofa ocidental a idealização de um corpo sendo representado pelos deuses um corpo nu, tal como um objeto de admiração e saúde consagrado.

Assim, a conceituação da beleza passou por inúmeras variações obtendo recorde por culturas de diversos países, a seguir alguns padrões femininos de países em exemplo, acompanhado por valorização.

Estados Unidos são valorizados seios grandes, mulheres loiras de olho azuis pontuados a magreza. Já na Inglaterra o recorde é através da altura pele pálida, pouca maquiagem, enquanto na França trata-se corpos magros visual casual, maquiagem e cabelo levemente bagunçado, por diante Espanha, é visualizado cabelo, corpo cheio de curvas, relacionado a sexualidade, pele morena e olhos negros e também cabelos escuros.

Deste modo, na Turquia o padrão imposto é cabelos naturalmente castanhos, pois muitas mulheres opinam por seus cabelos loiros, logo o natural é posto como beleza natural.  Na Coreia a pele branca é fundamental para adentrar no conceito de formosura, olhos e bocas carnudos, assim agregando para grandes números de cirurgias plásticas, pois o mercado vai oferecer conjuntos para se colocar a nível do padrão e uso constante de guarda sol, para não ter vestígio de ter uma pele com manchas ou usam produtos para trazer tal claramente.

Assim para Candido (2017) os olhos ocidentais e com pálpebras duplas são características fundamentais e mais desejadas como o ideal de beleza coreana, logo e bastante comuns meninas com idade de 15/16 anos ganharem a cirurgias plásticas como presente.

Outrora, em países ocidentais e orientais, a magreza é vista como sinônimo de ideal de beleza, mas na Coreia do Sul existe uma radicalização nessa magreza, não podendo existir nenhum vestígio de gordura, o que acaba colocando as mulheres em comportamentos e situações de risco para assim manter o corpo ou cultivar.

A vista disso no México é destinado às mulheres o culto de ter cabelos longos e ondulados, pele morena e olhos claros são sinais de afirmações de boniteza. No oriente médio a característica de uma mulher marcante trata-se do protótipo longos, grossos volumosos, por ser uma cultura peculiar em que o estilo e cultura são através da, assim roupas cobertas, as mulheres devem vestir roupas longas e largas, baya, (lenço), turbantes, véu, túnicas, assim olhos marcantes e traços grossos, ganham reconhecimento.

A beleza e são referência de cada simbologia da estimada cultura, sendo singulares para diversos povos passando por percepções, até considerado bizarro para outros povos, mas faz parte daquilo que é considerado mediante aquela cultura e sua simbologia fazendo parte habitual da população. ÁMBROSIO (2016)

Na África o predominante são traços delicados, poucas curvas, cabelos raspados ganham destaques e magreza em conjunto. Adentrando no Brasil é existente e consolidados 3 tipos de padrão imposto como modelo (Gisele Bündchen) principal referência  primeiro através da magreza, cintura fina, rosto assimétrico, seios, e o segundo vamos enquadrar as mulheres de quadril largos, (Valesca popozuda) acordo com os pesquisadores surge uma outra padronização em virtude das  novas mudanças e tendências, dando ênfase  à barriga de tanquinho, uma barriga chapada e músculos evidentes,  como atributos temos o grande números de cirurgias plásticas para ter a barriga tão sonhada e aplicações numerosas de silicone, em terceiro colocamos mulheres com quadris largos e silhueta, logo uma vez sendo divergente desses poderá ser enquadrado tal como sinônimo daquilo  que não possui beleza.

Portanto cada país de acordo com seu costumes, hábitos, simbologias, obtém a diversidade e conceituação de beleza feminina, abastecendo a ditadura e rituais para ser designada tal como formosura, beleza, encanto de uma mulher, logo uma vez estando completamente diferente disso é considerado estranho, feio, excêntrico, provendo como consequências danos a saúde mental “ muitas mulheres chinesas desejam silhueta das mulheres ocidentais, e as ocidentais querem ter a beleza incomum do corpo magríssimo” (Cury, Jorge, 2005, pág. 7).

3.7.A MAGREZA COMO SINONIMO DE BELEZA E SAÚDE PARA A POPULAÇAO FEMININA

Ser magra traz marca como aquilo que é belo, conceituando beleza e saúde para a população feminina, através disso, características advém de cintura fina, corpo sem gordura corporal, rosto fino, assim uma vez fugindo desse padrão é denominado como estranho, defeituoso, impotência, feio, ratificando aquilo que não transmite e não é belo “Ao analisar a beleza corporal é possível afirmar que, sobre ela recai um padrão“ (Soares, 1997, pg 104).

Para freiras (2010) o corpo magro ganha narrativa de modo perante as mulheres através de reproduções de desfiles, modelos nas passarelas, o espaço da mídia expandindo através de programas, revistas, fotografias vem como mais um dos fatores contribuinte para a simbologia do corpo magro de forma imposta, atribuindo e apresentando crenças e pressuposto do modo de ser saudável e ter felicidade através de um corpo magro

A obesidade também passa a ser estudada por cientistas e pesquisadores, logo em conjunto com organização mundial de saúde é decretada ser uma doença, passando como fruto de umas condições não querendo ser adquirida ou contribuindo pela população feminina, assim a significância através do corpo magro vem com esquematização de transbordar felicidade e também moda e bem-estar.

Como aponta Romão (2022) o corpo com maiores dimensões do esperado ou o corpo gordo é associado a termos de grotesco, monstruosos, horrível e também disforme, produzindo mediadores sociais, para fonte do que é considerável “belo” assim ter um corpo magro e formas bem definidas também pode ser alcançado e atingido, através dos procedimentos estéticos e uso de produtos cosméticos.

Além disso, o sistema capitalista da indústria de cosméticos e estética ganha espaços cada vez mais, reforçando a dimensão da beleza por intermédio da magreza, o corpo feminino e marcado não só por padrões relacionado a papéis de gêneros, como também o padrão de beleza estética, um exemplo disso é o grande número de procedimentos estéticos feito por ano no Brasil, colocando no terceiro lugar de grandes níveis de procedimentos cirurgias plásticas.

O corpo é atribuído significados constantemente, vinculados e relacionados ao poder, considerando fatores biológicos como cor, sexo de nascimento, assim o corpo feminino passa a dimensão de sexualidade através do corpo. MADUREIRA (2016)

A mulher passa a se preocupar com a estética de seu corpo de maneira disfuncional, considerando diversos métodos e maneiras para se enquadrar no padrão pré-estabelecido, pois o corpo magro transmite conceituação de sucesso, atração, amor, estabilidade psicológica conquista de um amor, saúde.

Nas palavras de OLIVEIRA (2020) a cultura do emagrecimento, permite aceitação social, comportamentos aceitáveis ou mensurações de valor e crenças como riquezas, atração, entre outros, uma vez estando fora desse juízo estético é vindo desprezos, e estimado aquilo não é valioso, belo.

Sua autoimagem aquilo que ver perante ao espelho, bem como autoconceito acaba sendo limitado por regras e padronização do ideal estético, moldando para aquilo que gostaria de ser ou como deveria ser ver no espelho, se comparando a outras realidades, ou fantasias, por lado fugindo até mesmo da própria realidade subjetiva.

Para Cury (2005) psiquiatra e pesquisador de psicologia essa ditadura assassina e asfixia a autoestima das mulheres, perpassando corpos ideais, em conformidade com a magreza, vem acompanhado de grandes sofrimentos psíquicos, emocional, trazendo recorde de anorexia nervosa, isto é controlando seus alimentos que engordam para manter ou atingir a magreza, logo dezenas de mulheres bloqueiam sua necessidade e controla sua alimentação, a vista disso sem nenhum acompanhamento de profissional, pontuando dietas milagrosas, jejum por longas horas, etc.

A ideia do corpo enxuto aparece entre as mulheres, perpetuando uma preocupação excessiva, exigindo uma produção para estar em numeração pequena 32,34, 36, 38, tamanho pequenos, passando a construir e produzir comportamentos de privar o corpo de alimentos com regras rígidas que faz parte dessa regulamentação de ingerir alimentos.

Damasceno (2010) reforça que a magreza implica em privação auto imposta a anorexia expressa a tentativa de meninas e mulheres se enquadrarem a essa enfermidade e se afirmar como valorosas e poderosas, assim privar o corpo e alimentos ingeridos é o mecanismo para obter resultados do corpo.

3.8. PRINCIPAIS TRANSTORNOS COMO CONSEQUÊNCIA DO PADRÃO DE BELEZA

a) Distorção da imagem corporal

A distorção de imagem é umas das características mais marcantes dos transtornos alimentares, Bernardes (2010) afirma que esse distúrbio é um sintoma central dos transtornos alimentares, caracterizado por uma autoavaliação negativa dos indivíduos acometidos, é influenciada pela experiência com seu peso e forma corporal.

Essas distorções cognitivas que estão relacionadas à aparência ou se critica muito em relação ao seu corpo. Assim como a comparação injusta que e quando as mesmas fizerem comparação da sua aparência, e erro cognitivo, fazendo as mesmas entrarem no padrão imposto por outras pessoas. Pensando que as outras pessoas estão criticando sua aparência.

b) Transtornos alimentares

Os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial (APA, 2014, p.329).

Esses transtornos alimentares são chamados de TCA que são quadros psiquiátricos, que apresentam como questões centrais relacionados ao indivíduo em relação a alimentação.

c) Transtorno Dismorfico corporal

Segundo o DSM-IV 2014) o transtorno Dismorfico corporal é caracterizado pela preocupação com a percepção de um ou mais defeitos ou aparência física que não são observáveis ou comparando com outras pessoas. Geralmente pessoas que possui esse transtorno, vivem em ambientes que tendem a ter uma supervalorização dos padrões estéticos. No qual levam a mulher ter parecem apenas leves, para os outros e por comportamentos repetitivos. (p.ex., verificar-se no espelho, arruma -se arrumar- se excessivamente, beliscar a pele, buscar tranquilização) ou atos mentais (p.ex. comparar a própria aparência de outra pessoa) em respostas as preocupações com a aparência.

Em consequência disso, é possível notar que a mulher tem um sofrimento por não estar satisfeitas com sua própria aparência. Na qual as mesmas se sentem frustradas, ou até mesmo inferiores ansiosas e deprimidas. Além de ter uma vida social afetada. Pois, ao sair ficarem se com preocupações levando em consideração o seu defeito em alguma parte do seu corpo.

d) Transtornos de tricotilomania

Conforme DSM-IV (2014) A Tricotilomania (transtorno de arrancar o cabelo) é caracterizado pelo comportamento redecorrentes de arrancar os próprios cabelos em perda de cabelo, e tentativas repetidas de reduzir ou parar de arrancar -lós.

Dentre as razões que levaram a mulher ter esse transtorno, é possível destacar que o distúrbio também está associado a problemas emocionais, ansiedade, depressão, e transtorno obsessivo e compulsivo (TOC). Com isso, uma mulher que sofre com o transtorno tende a ter o desejo de arrancar os cabelos, e fios do seu corpo. Muitas mulheres tendem a ter grande apego aos cabelos, e por isso, ao comparar os cabelos com o de outras pessoas. A mesma pode se sentir inferiorizado por achar que seu cabelo não estar bonito como o de determinada pessoa.

e) Bulimia nervosa

O termo bulimia vem da união dos termos gregos 12 boul (boi) ou bou (grande quantidade) com lemos (fome), ou seja, uma fome muito intensa ou suficiente para devorar um boi (CORDÁS, 2004).

A bulimia nervosa e caracterizada por uma grande quantidade de ingestão de alimentos, com a sensação de perda de controle, onde são conhecidos como episódios bulimicos. Essa preocupação excessiva com o peso, e a imagem corporal leva o paciente a vários métodos compensatórios que são inadequados para o controle do peso, assim como vômitos, uso de medicamentos (inibidores de apetite, laxantes, dietas exageradas, exercícios físicos). A compulsão alimentar e o sintoma principal da doença geralmente surge no processo de emagrecer.

f) Anorexia nervosa

Córdas (2004) define anorexia nervosa como uma perda de peso intensa e intencional utilizando de dietas extremamente rígidas com uma busca desenfreada pela magreza, uma distorção grosseira da imagem corporal e alterações do ciclo menstrual.

            A anorexia nervosa possui três características essenciais como. A restrição da ingestão calórica, medo de ganhar e perder peso, que são comportamentos que interferem no ganho do peso, perturbação sobre a percepção do peso e da sua própria forma. 

Campos e Haack. (2012) descrevem que o perfil de personalidade dos pacientes com anorexia nervosa apresenta: ansiedade elevada, perfeccionismo extremo, incapacidade de encontrar formas de satisfação, além de acentuada fragilidade, e estes são bem propensos à utilização de mecanismos arcaicos de defesa, caracterizado por uma restrição do potencial adaptativo onde controlam os próprios impulsos com excessivo rigor e tendem à passividade, introversão, obsessividade e dependência de medicamentos.

Uma das principais complicações causadas pela bulimia nervosa e a desnutrição, que promove as alterações metabólicas e hormonais que podem comprometer o caso clinico da paciente.

3.9. ATUAÇAO DO PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA

O profissional de saúde mental vem trabalhar comportamentos e crenças desaptativas, na qual trazem sofrimento clinicamente por indivíduos, isto é, as mulheres nesse eixo, pontuando a desconstrução do pelo através da aceita do outro.

O processo de psicoterapia vem para contribuir com a saúde mental e desempenhar isso durante seus dia a dia, autoimagem, autoestima, comportamentos, assim teremos um leque de abordagens, na qual vem com métodos e estratégias científicas trabalhar acerca do sofrimento observado e pontuado pelo sujeito. 

Assim, as teorias humanistas e construindo autoconhecimento, autoestima, adentrando a liberdade de escolher ser você.  

Olham de forma holística, isto olhar o ser de forma integral, teoria transpessoal. Para Maslow (19970) o indivíduo estar constantemente sendo motivado através de uma necessidade, a autorrealização, assim atravessando uma pirâmide com necessidades fisiológicas, segurança, amor e pertencimento, estima e autorrealização. 

De acordo com Maslow (1950) as necessidades de autorrealização tornando-se potentes quando as necessidades de estima estão satisfeitas estas sendo, autorespeito, autoestima, sentimentos de valores e confiança do próprio a sí mesmo. 

Para Fiest e Robson (2015) a satisfação das necessidades estéticas perpassa saúde psicológica, uma vez estando em privação adentra as patologias. Ser enquadrado no buscar diário, trazendo frustração, logo um adoecimento.  

As pessoas com fortes sentimentos de querer ser bonito, entorno, organizado, perfeito poderá ser enquadrado no buscar diária, trazendo frustração, logo um adoecimento.  

A teoria centrada na pessoa desenvolvida por Rogers, o autoconceito. Para Fiest e Robert (2015) o desequilíbrio começa psíquicos começa quando não validados as próprias experiências, boa simbolizando a consciência. A incongruência entre o autoconceito e self ideal, aquilo que desejo uma vez possuindo discrepância de personalidade não sadia. 

3.10. INTERVENÇAO PSICOLOGICA PARA MULHERES COM TRANSTORNOS ALIMENTARES.

O sofrimento pode ser causado por não saber lidar com os mecanismos defesa saudáveis, gerando mecanismos de defesas problemáticos que comprometam o funcionamento da personalidade (Oliveira & Santos, 2006).

A intervenção psicológica tem como objetivo ajudar o indivíduo a lidar com o sofrimento emocional. Quando se fala de anorexia, o tratamento tem como finalidade ganhar peso. Para que o tratamento funcione, o psicólogo precisa trabalhar com a desconstrução de crenças, no qual o paciente tem sobre o seu próprio corpo. E junto com a terapia individual, e a terapia familiar, onde os psicólogos deixam os pais assumir o comando dos padrões alimentares. Em relação aos pacientes que sofrem de bulimia nervosa, manifestam se de pensamentos e emoções disfuncionais sobre os costumes alimentares e da imagem de si. Fazendo se assim ter uma autoestima instável, a ponto de se submeter a fazer uso de dietas e metas fora de controle.

Destacando-se que existe uma importância para o acompanhamento psicológico, não somente durante o tratamento do transtorno, mas também durante o tempo necessário para o paciente entender suas necessidades emocionais (Diniz & Lima, 2017).

Quando os pacientes com os transtornos alimentares são diagnosticados precocemente, tem um bom condicionamento para um manejo clinico e prognostico de suas condições. Sendo assim, a utilização da abordagem terapêutica assertiva e de extrema importância para um prognostico da condição clínica. É necessário o paciente entender que sua crença é destrutiva e aceitar que o mesmo precisa se cuidar-se é a parte mais difícil do tratamento. É quando o paciente começa a desenvolver o auto respeito e uma percepção de suas necessidades psicológicas.

3.11. A TCC NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL

 

Segundo RAMOS et al. (2005) a terapia cognitiva comportamental (TCC) é a mais eficaz. A terapia ativa busca ensinar aos pacientes, a reconhecer os seus pensamentos, suas crenças, e principalmente as ideias disfuncionais que causam os problemas. A mesma indica a importância da relação entre pensamento afeto e comportamento, fazendo se examinar os pensamentos distorcidos, instruindo assim o indivíduo a substituir os pensamentos, por interpretações voltadas a realidade, trazendo afetos e comportamentos positivos.

Como nos assegura (MORIYAMA, 2007), O questionamento socrático, é uma técnica bastante utilizada na TCC, que tem por objetivo buscar reestruturar as crenças irracionais ou pouco realistas, fazendo com que o paciente faça uma avaliação das evidências que apoiam e as que são contrárias ao seu pensamento disfuncional; a fim de descobrir formas alternativas de interpretar suas sensações e emoções.

É quando serão elaboradas perguntas ao paciente com o destino de facilitar o pensamento independente do seu auto exploração. Em vez de instruir diretamente o paciente o terapeuta vai fazer com que ele se envolva no processo de sua descoberta, é uma maneira mais eficaz de acessar o paciente.

De acordo com Moriyama (2007), conclui que o comportamento verbal do terapeuta, baseado nos estímulos discriminativos, reforçadores e nas instruções, estão intimamente relacionadas às mudanças de comportamento do paciente.

É necessário o psicólogo compreender que cada paciente necessita de um reportório de técnicas, por algumas delas podem contribuir para a melhora bem como, dependendo do paciente.


4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1. Tipo de pesquisa

Está pesquisa trata-se de uma abordagem qualitativa, com natureza descritiva e bibliográfica. A pesquisa de caráter qualitativa neste trabalho é destinada a verificar como o padrão de beleza que são impostos pela sociedade, traz muitas vezes o adoecimento físico e mental das mulheres. Fazendo as mulheres terem uma baixa autoestima, e desenvolver uma autoimagem distorcida do corpo.  

De acordo com (MINAYO, 2014), A pesquisa qualitativa se preocupa com o nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, de motivações, aspirações, crenças, valores e atitudes. Então a pesquisa qualitativa tenta compreender a totalidade do fenômeno, mais do que focalizar os conceitos específicos.

Ainda segundo (ALVESMAZZOTTI, 2002): a construção de uma contextualização para o problema e a análise das possibilidades presentes na literatura consultada para a concepção do referencial teórico da pesquisa. Essa pesquisa tem como objetivo ter um embasamento teórico para uma pesquisa que está sendo desenvolvida.

4.2. Instrumentos

Nesta pesquisa foram utilizados levantamento bibliografico, afim de te ter informacoes essencias para a construcao do projeto. A pesquisa qualitativa busca compreender os fenômenos a partir de sua explicação e motivos. A interpretação e a análise dos dados atribuem significados aos fenômenos.

4.3. Procedimento de coleta

Foram feitas pesquisas em livros e sites acadêmicos como Google Acadêmico, Scielo, Pepsic, sites governamentais como revistas científicas, entre outros. Desta forma coletamos todo o material necessários para nossa pesquisa.

4.4. Análise de dados

Na análise de dados foram coletadas informações a respeito do assunto abordados as informações para pesquisa com todo cuidado a fim de evitar qualquer tipo de erro e chegar ao melhor resultado possível.

4.5. População e amostra

Na presente investigação define-se, a população do sexo feminino na faixa etária de 18 a 30 anos, que adquiram conceitos em relação ao seu corpo, devido a cobrança estabelecida pela sociedade. Segundo Camargo BV, et al. (2011) enfatiza que as representações e percepções que cada indivíduo tem sobre o seu corpo está intrinsecamente relacionada com a relação estabelecida entre demandas individuais e coletivas, pois o contexto macro da cultura necessita dos fragmentos individuais de cada sujeito, para que esta seja estruturada e perpassada culturalmente. É notório que as mulheres cada vez mais estão em busca de um corpo padrão.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para chegarmos a esses dados de pesquisa foi realizado por meio de 21 artigos e livros sendo uma pesquisa quantitativa e qualitativa. Foram procurados temas relacionados aos padrões de beleza, distorções relacionados ao corpo, transtornos relacionados as pessoas que buscam um padrão de beleza, intervenções psicológicas para lidar com determinados transtornos e entre outros. Um dos pontos notados na pesquisa A imagem corporal é hoje um tema que está muito em evidência, vários estudos vêm sendo realizados, dada a relevância do problema.

Assim, a insatisfação com a imagem corporal é entendida como um

Sentimento negativo que o indivíduo tem em relação ao seu peso e à sua forma corporal e está associada a fatores como baixa autoestima, depressão, estados de ansiedade social e, principalmente, atitudes inadequadas de controle do peso, como uso de substâncias anorexígenas, esteroides anabólicos, técnicas purgativas e comportamentos alimentares inadequados (CARVALHO PHB, et al.,2013).

Em relação a isso, é sabido que o público feminino demonstra preocupação excessiva com a quantidade de gordura no corpo e com a aparência, o que leva a adoção de dietas, do consumo de produtos dietéticos e prática de exercício físico.

De acordo (ALVARENGAMS et al.,2010). O papel da mídia no desenvolvimento dos TAs, tem uma relação muito importante na insatisfação corporal, acometendo principalmente adolescentes e mulheres jovens, em países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Então a mídia de massa é um transmissor e reforçador de ideias, que influenciam valores, normas e padrões estéticos impostos pela sociedade moderna.

Como bem nos assegura (FROIS E, et al., 2011). Contudo, sabe – se que o perfil exigido e padronizado pela ordem social não está compatível com o uso de procedimentos especificamente saudáveis, com a pluralidade das características étnicas da população; isso influencia na articulação de aspectos e crenças desfavoráveis sobre si próprio, logo, impacta na saúde psicossocial, uma vez que o autoconceito é definido como um elemento significativo para a instalação de quadros de TAs.

Então o interesse na insatisfação corporal vem crescendo, motivado, em grande parte, pelo reconhecimento crescente dos TAs, como anorexia nervosa e bulimia, sendo estas classificadas como um dos principais problemas de saúde mental entre adolescentes e adultas jovens.

Por meio dessa pesquisa foi notório como as intervenções psicológicas podem ajudar a diminuir os índices de alguns transtornos, e como a psicologia tem trabalhado para um resultado positivo.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No termino dessa pesquisa, tivemos a percepção que ainda tem muito a ser trabalhado em relação a saúde mental da mulher. A mídia e os telejornais nas telenovelas aparecem corpos brancos e magros, como um padrão de estética esperados pelas mulheres. Logo esse tipo de divulgação de um modelo de corpo acaba por enfatizar um padrão de beleza eurocêntrico em detrimento da diversidade da composição da população feminina.

A insatisfação com a imagem corporal pode influenciar nos processos de adoecimento físico e mental das pessoas. Mulheres e adolescentes são mais suscetíveis as exigências impostas pela mídia e redes sociais, que divulgam um determinado padrão de beleza que não corresponde a maioria dos corpos da população no geral.

Contudo é de extrema importância que os profissionais de saúde se juntem para ter um resultado positivo em relação a esse determinado assunto.

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