FATORES ASSOCIADOS À UMA BOA CONDUTA EM EMERGÊNCIAS CARDIOLÓGICAS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10055994


Júlio César M. Carvalho
Maria Nogueira da Costa
Giovanna Baldotto Liberatore
Jhennifer Oliveira Vimercati
Karol Oliosi Paulino de Oliveira
Maria Eduarda Zanette Macedo
Júlia Bernardes Moreira
Roberta Garruth Bazilio
Gabriel Bueno Fonseca
Julia Roberta Parrini Araujo


RESUMO

Introdução: Os manejos executados em pacientes que apresentam emergências cardiológicas são muito importantes para o desfecho e prognóstico. Para isso, é importante a implantação de protocolos de transferência e transporte para agilizar o atendimento, além do início rápido e uma conduta adequada, que são os pilares para uma boa recuperação do indivíduo. Objetivo: Compreender como se dá a incidência e as melhores escolhas e condutas no manejo de pacientes em emergências cardiológicas. Metodologia: O presente estudo trata- se de um artigo de revisão bibliográfica relacionada à emergência cardíaca, realizado entre junho e setembro de 2023, foram selecionados 13 artigos, no qual a revisão dos artigos foi realizada na base de dados SciELO e Sciencedirect, Journal of the American College of Cardiology. Definiu-se os seguintes critérios de seleção: textos completos, livros, análise e revisões sistemáticas, entre os anos de 2002 e 2022, no idioma português e inglês. Resultados:As descrições referentes a sintomatologia das emergências cardíacas são descritas como dores de origem torácica com característica de queimação, fraqueza, dispneia, síncope ou até mesmo desmaio. Além de muitas queixas referentes a sintomas que indicam doenças isquêmicas do coração, paradas cardiorrespiratórias e acidentes vasculares cerebrais. É importante ressaltar que as estatísticas comprovam que uma comunidade devidamente treinada aumenta em 50% as chances de sobrevivência das vítimas de acidentes cardiovasculares. Conclusões: Conclui-se, dentre as doenças que mais incidem, as principais são: Arritmias cardíacas, doenças isquêmicas do coração, acidentes vasculares cerebrais e paradas cardiorrespiratórias.

Palavras-chave: Emergências. Doenças. Cardiológicas.

ABSTRACT

Introduction:The management of patients presenting with cardiac emergencies plays a crucial role in outcomes and prognoses. Implementation of transfer and transportation protocols to expedite care, along with prompt initiation and appropriate management, are essential pillars for a successful individual recovery. Objective:To comprehend the incidence rates and optimal choices and approaches in managing patients during cardiac emergencies. Methodology: This study is a review article focusing on cardiac emergencies, conducted between June and September 2023. Thirteen articles were selected for review from the SciELO database and Sciencedirect, Journal of the American College of Cardiology. Selection criteria included full- text articles, books, systematic analyses, and reviews published between 2002 and 2022, in both Portuguese and English languages. Results: Descriptions of cardiac emergency symptoms encompass chest-originating burning sensations, weakness, dyspnea, syncope, or even fainting. Numerous complaints also pertain to symptoms indicative of heart ischemic conditions, cardiac-respiratory arrests, and cerebrovascular accidents. It is imperative to highlight that statistics substantiate that a properly trained community increases the survival odds of cardiovascular accident victims by 50%. Conclusions:Among the most prevalent diseases, the primary ones include cardiac arrhythmias, heart ischemic conditions, cerebrovascular accidents, and cardiac-respiratory arrests.

Keywords: Emergencies. Diseases. Cardiological.

INTRODUÇÃO

As emergências cardiológicas representam um desafio significativo para os profissionais de saúde, exigindo ações rápidas, precisas e bem informadas para garantir a melhor assistência aos pacientes em momentos críticos. O sistema cardiovascular é fundamental para a manutenção da vida, e as patologias que envolvem esse sistema podem levar a complicações graves e até mesmo fatais se não forem abordadas adequadamente. Nesse contexto, compreender e aplicar as boas condutas em emergências cardiológicas é essencial para otimizar os desfechos clínicos e a sobrevida dos pacientes. As emergências cardiológicas são situações críticas que envolvem o sistema cardiovascular e que requerem intervenção imediata para evitar danos graves ao coração e outros órgãos vitais, bem como para salvar a vida do paciente. Algumas das principais emergências cardiológicas incluem: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Angina Instável, Fibrilação Ventricular (FV), Taquicardia Ventricular sem Pulso (TVSP), Insuficiência Cardíaca Descompensada, Bradiarritmias Severas, Embolia Pulmonar, Dissecção da Aorta, Síndrome de Takotsubo, Tamponamento Cardíaco e Hipertensão Arterial Maligna. De acordo com o consenso da Associação de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Europeia de Cardiologia, da Sociedade Europeia de Medicina de Emergência e da Sociedade Acadêmica de Medicina de Emergência, a avaliação clínica inicial e investigações na chegada ao pronto-socorro/unidade coronariana/unidade de terapia intensiva para a determinação da gravidade da instabilidade cardiopulmonar com base no nível de dispneia, estado hemodinâmico e ritmo cardíaco, devem ser as seguintes: Medir objetivamente a gravidade da dispneia, incluindo a frequência respiratória, intolerância à posição supina, esforço respiratório e grau de hipóxia, pressão arterial sistólica e diastólica, frequência e ritmo cardíacos, determinação objetiva da temperatura corporal e sinais/sintomas de hipoperfusão (extremidades frias, pressão de pulso estreita, estado mental). “O próximo passo deve incluir a pesquisa de congestão, incluindo edema periférico, estertores audíveis (especialmente na ausência de febre) e pressão venosa jugular elevada” (MEBAZAA, 2015 p. 1962). Testes adicionais que podem ser úteis incluem: ECG (Eletrocardiograma), Ultrassonografia torácica à beira do leito para sinais de edema intersticial e ultrassonografia abdominal para diâmetro da veia cava inferior e exames laboratoriais como: Dosagem de troponina: um marcador de lesão do músculo cardíaco que pode indicar infarto agudo do miocárdio, CPK, CK-MB, mioglobina: outras enzimas que podem ser liberadas na corrente sanguínea em caso de dano cardíaco, Hemograma: para avaliar a presença de anemia, infecção ou alterações na coagulação, Bioquímica: para verificar os níveis de glicose, ureia, creatinina, sódio, potássio, cálcio e magnésio, que podem afetar o funcionamento do coração, Hormônios tireoidianos: para descartar ou confirmar distúrbios da tireoide que podem causar arritmias ou insuficiência cardíaca, Lipidograma: para medir os níveis de colesterol e triglicerídeos, que são fatores de risco para doenças cardiovasculares. Sabendo das variáveis que podem influenciar no desfecho maligno ou benigno de uma emergência cardiológica, o objetivo do presente estudo é analisar os diversos tipos de fatores que podem influenciar no prognóstico do paciente, que foi vítima de tal condição.

REVISÃO DA LITERATURA

As emergências cardiológicas na urgência envolvem condições graves relacionadas ao sistema cardiovascular que requerem atenção médica imediata. Aqui estão algumas das principais doenças e situações de emergência cardiológica que podem ocorrer:

Infarto Agudo do Miocárdio(IAM):

O infarto ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do músculo cardíaco é interrompido devido a uma obstrução nas artérias coronárias. Os sintomas incluem dor no peito intensa, que pode irradiar para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula, costas ou estômago, sudorese, náuseas e falta de ar.

Em caso de um paciente com suspeita de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em uma unidade de urgência hospitalar, é crucial agir rapidamente para fornecer o tratamento adequado e reduzir o risco de danos cardíacos permanentes ou morte. Aqui estão as ações que devem ser tomadas: Chamar a equipe médica de emergência: A primeira ação é notificar imediatamente a equipe médica de emergência ou ligar para o serviço de emergência (192 no Brasil, 911 nos Estados Unidos) para solicitar assistência médica profissional. Quanto mais cedo a ajuda chegar, melhor. Avaliação inicial: O paciente deve ser avaliado rapidamente por um profissional de saúde. Isso inclui a verificação dos sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, oxigenação sanguínea e nível de consciência. Monitorização contínua: O paciente deve ser monitorizado de forma contínua, com particular atenção à atividade cardíaca por meio de um monitor de Eletrocardiograma (ECG) para verificar a presença de alterações características de um IAM. Administração de medicamentos: O médico pode prescrever medicamentos, como aspirina e nitroglicerina, para aliviar a dor no peito e reduzir a formação de coágulos sanguíneos. A aspirina é dada em doses mastigáveis para ajudar a afinar o sangue. Terapia de reperfusão: A terapia de reperfusão é fundamental para restaurar o fluxo sanguíneo para a área afetada do coração o mais rápido possível. Isso pode ser feito de duas maneiras principais:

  • a. Angioplastia coronária: Se disponível, este é o tratamento preferencial. Envolve a inserção de um cateter com um balão na artéria coronária obstruída para abrir o vaso e, às vezes, a colocação de um stent para manter a artéria aberta.
  • b. Administração de trombolíticos: Se a angioplastia não estiver prontamente disponível, os trombolíticos (medicamentos que dissolvem os coágulos sanguíneos) podem ser administrados por via intravenosa.

Manter o paciente em repouso: O paciente deve ser mantido em repouso absoluto para reduzir a carga de trabalho do coração. Controle da dor e ansiedade: Além da nitroglicerina, medicamentos para alívio da dor, como opioides, podem ser administrados conforme necessário. O paciente também pode receber tratamento para a ansiedade e o desconforto emocional associados ao evento. Avaliação de complicações: Durante a internação, o paciente deve ser avaliado quanto a complicações possíveis, como arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca ou problemas de coagulação. Aconselhamento e encaminhamento para reabilitação cardíaca: Após o tratamento inicial, é importante fornecer orientações sobre mudanças no estilo de vida, como dieta, exercícios e cessação do tabagismo. Encaminhar o paciente para um programa de reabilitação cardíaca é recomendado para promover a recuperação e a prevenção de futuros eventos cardíacos.

Angina Instável:

Semelhante ao infarto, a angina instável é caracterizada por dor no peito, mas geralmente ocorre em repouso ou com esforço mínimo. É um sinal de que o suprimento de sangue para o coração está comprometido e pode evoluir para um infarto se não for tratada adequadamente. A angina instável é uma condição cardíaca grave que requer atenção médica imediata, pois pode evoluir para um infarto agudo do miocárdio (IAM). Aqui estão as ações que devem ser tomadas na urgência hospitalar em caso de paciente com angina instável: Chamar a equipe médica de emergência: A primeira ação é notificar imediatamente a equipe médica de emergência ou ligar para o serviço de emergência (192 no Brasil, 911 nos Estados Unidos) para solicitar assistência médica profissional. A angina instável é uma condição de risco elevado que requer atenção médica imediata. Avaliação inicial: O paciente deve ser avaliado rapidamente por um profissional de saúde. Isso inclui a verificação dos sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, oxigenação sanguínea e nível de consciência. Monitorização contínua: O paciente deve ser monitorizado de forma contínua, com especial atenção à atividade cardíaca por meio de um monitor de Eletrocardiograma (ECG) para verificar se há alterações características de angina instável. Administração de medicamentos: O médico pode prescrever medicamentos para aliviar a dor no peito e reduzir a carga de trabalho do coração. Isso pode incluir nitroglicerina, que ajuda a relaxar os vasos sanguíneos e melhorar o fluxo sanguíneo para o coração. Avaliação adicional: Além do ECG, outros exames de diagnóstico, como exames de sangue para medir os níveis de enzimas cardíacas, podem ser realizados para avaliar o dano ao músculo cardíaco. Monitoramento do quadro clínico: O paciente deve ser observado de perto quanto a possíveis mudanças em seu quadro clínico. Se os sintomas piorarem ou se o paciente desenvolver sinais de infarto agudo do miocárdio (IAM), como dor no peito intensa e prolongada, falta de ar grave ou perda de consciência, o tratamento apropriado para um IAM deve ser iniciado imediatamente. Repouso absoluto: O paciente deve ser mantido em repouso absoluto para reduzir a carga de trabalho do coração. Controle da pressão arterial: Se a pressão arterial estiver elevada, medicamentos anti-hipertensivos podem ser administrados para controlá-la. Oxigenoterapia: Em alguns casos, a administração de oxigênio pode ser necessária para garantir uma oxigenação adequada. Aconselhamento e encaminhamento: Após o tratamento inicial, o paciente deve receber orientações sobre mudanças no estilo de vida, como dieta, exercícios e cessação do tabagismo. O encaminhamento para um cardiologista para uma avaliação mais detalhada e aconselhamento a longo prazo também é importante.

Dissecção da Aorta:

A dissecção aórtica é uma condição em que há uma separação das camadas da parede da aorta, a principal artéria que sai do coração. Os sintomas incluem dor súbita e intensa no peito ou nas costas, muitas vezes descrita como a “pior dor de sua vida”.

A dissecção da aorta é uma emergência médica grave em que as camadas da parede da aorta se separam, criando uma passagem para o sangue fluir entre elas. Isso pode levar a uma série de complicações potencialmente fatais. Se houver suspeita de dissecção da aorta em um paciente, as seguintes ações devem ser tomadas na urgência hospitalar: Chamar a equipe médica de emergência: A dissecção da aorta é uma condição potencialmente letal que requer atenção médica imediata. Notifique imediatamente a equipe médica de emergência ou ligue para o serviço de emergência (192 no Brasil, 911 nos Estados Unidos) para solicitar ajuda. Avaliação inicial: O paciente deve ser avaliado rapidamente por um profissional de saúde. Isso inclui a verificação dos sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca, respiração e oxigenação sanguínea. Monitorização contínua: O paciente deve ser monitorizado continuamente, incluindo a obtenção de Eletrocardiograma (ECG) e monitoramento da pressão arterial invasiva se disponível. Controle da pressão arterial: Em muitos casos, a pressão arterial deve ser reduzida para diminuir a força do bombeamento sanguíneo na aorta, reduzindo assim o risco de ruptura. Isso geralmente é feito com medicamentos intravenosos, como beta-bloqueadores e vasodilatadores. Analgesia: A dor no peito é um sintoma comum de dissecção da aorta, e medicamentos para alívio da dor, como opioides, podem ser administrados conforme necessário para controlar o desconforto do paciente. Avaliação de complicações: Os pacientes com dissecção da aorta estão em risco de várias complicações, incluindo ruptura da aorta, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e outras. O tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais do paciente. Avaliação por imagem: A confirmação do diagnóstico e a determinação da extensão da dissecção geralmente exigem exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do tórax e aorta. Cirurgia emergencial: Dependendo da extensão e gravidade da dissecção da aorta, uma cirurgia emergencial pode ser necessária para reparar a aorta e evitar complicações graves. Isso pode envolver o uso de próteses aórticas ou outros procedimentos de reparo. Transfusões sanguíneas: Em alguns casos, pode ser necessário administrar transfusões de sangue para corrigir anormalidades nos níveis sanguíneos, como a anemia. Encaminhamento para um centro especializado: Em algumas situações, pode ser necessário encaminhar o paciente para um centro especializado em cirurgia cardíaca ou vascular para tratamento adicional.

Fibrilação ventricular:

A fibrilação ventricular é uma arritmia cardíaca potencialmente fatal em que os ventrículos do coração tremem de forma desordenada, resultando na incapacidade do coração de bombear sangue eficazmente para o corpo. É uma emergência médica que requer ação imediata. Aqui estão as ações que devem ser tomadas na urgência hospitalar em caso de paciente com fibrilação ventricular: Chamar a equipe médica de emergência: A fibrilação ventricular é uma situação de vida ou morte. Notifique imediatamente a equipe médica de emergência ou ligue para o serviço de emergência (192 no Brasil, 911 nos Estados Unidos) para solicitar ajuda. Iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP): Se você for treinado em RCP, inicie a RCP imediatamente. Isso envolve compressões torácicas profundas (cerca de 100-120 por minuto) no centro do peito e ventilação com máscara ou dispositivo de bolsa-valva-máscara na proporção de 30 compressões para 2 ventilações. A RCP deve ser realizada até que a equipe médica de emergência chegue. Desfibrilação: O tratamento de escolha para a fibrilação ventricular é a desfibrilação elétrica. Se disponível, um desfibrilador deve ser aplicado o mais rápido possível para restaurar o ritmo cardíaco normal. Siga as instruções do desfibrilador e forneça choques conforme necessário. Administração de medicamentos: Os medicamentos podem ser administrados por pessoal médico treinado para ajudar a reverter a fibrilação ventricular e estabilizar o ritmo cardíaco. Isso pode incluir medicamentos antiarrítmicos, como amiodarona ou epinefrina. Intubação e ventilação mecânica: Em alguns casos, pode ser necessário intubar o paciente e fornecer ventilação mecânica para garantir uma oxigenação adequada. Acesso intravenoso: Estabeleça um acesso intravenoso para administrar medicamentos diretamente na corrente sanguínea do paciente. Monitorização contínua: O paciente deve ser monitorizado de forma contínua para avaliar a eficácia do tratamento e para verificar se há recorrência da fibrilação ventricular. Avaliação da causa subjacente: Após a estabilização do paciente, é importante identificar a causa subjacente da fibrilação ventricular. Isso pode envolver a realização de exames, como um Eletrocardiograma (ECG) ou exames de sangue, para verificar se há problemas cardíacos ou outras condições médicas que contribuam para a arritmia. Encaminhamento para um centro de cardiologia: Após a estabilização, é importante encaminhar o paciente para um centro especializado em cardiologia para avaliação adicional e tratamento de qualquer condição cardíaca subjacente.

Embolia pulmonar:

O embolismo pulmonar é uma condição médica séria e potencialmente fatal que ocorre quando um coágulo sanguíneo (trombo) se desloca de uma área do corpo e fica preso nos vasos sanguíneos dos pulmões, obstruindo o fluxo sanguíneo. O tratamento imediato é essencial. Aqui estão as ações que devem ser tomadas na urgência hospitalar em caso de paciente com embolia pulmonar: Chamar aequipe médica deemergência: A embolia pulmonar é uma emergência médica que requer atenção imediata. Notifique imediatamente a equipe médica de emergência ou ligue para o serviço de emergência (192 no Brasil, 911 nos Estados Unidos) para solicitar ajuda. Avaliaçãoinicial: O paciente deve ser avaliado rapidamente por um profissional de saúde. Isso inclui a verificação dos sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, oxigenação sanguínea e nível de consciência. Monitorização contínua: O paciente deve ser monitorizado de forma contínua para avaliar a oxigenação, a frequência cardíaca e outros sinais vitais. Administração deoxigênio: A administração de oxigênio é frequentemente necessária para garantir que o paciente esteja recebendo oxigênio suficiente. Anticoagulação: O tratamento principal para embolia pulmonar envolve a administração de anticoagulantes, como heparina, para prevenir a formação de novos coágulos sanguíneos e impedir que o coágulo existente cresça. Trombólise: Em casos graves de embolia pulmonar, quando o paciente está instável ou apresenta grande obstrução dos vasos pulmonares, a trombólise com medicamentos que dissolvem o coágulo pode ser considerada. Cirurgia: Em situações raras, pode ser necessário realizar uma embolectomia, que é uma cirurgia para remover o coágulo dos vasos sanguíneos dos pulmões. Analgesia: Os medicamentos para alívio da dor podem ser administrados conforme necessário para controlar a dor no peito e o desconforto. Avaliação de complicações: Pacientes com embolia pulmonar estão em risco de complicações, como insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas e infarto do miocárdio. É importante monitorar e tratar essas complicações, se necessário. Avaliação dacausa: Uma vez que o paciente esteja estável, é importante realizar exames para determinar a causa subjacente da embolia pulmonar, como a presença de trombose venosa profunda (TVP) ou outras condições de risco. Anticoagulação a longo prazo: Após o tratamento inicial, o paciente pode precisar de anticoagulação a longo prazo para prevenir a recorrência de coágulos sanguíneos. Isso pode envolver medicamentos como varfarina ou anticoagulantes orais diretos.

Tamponamento cardíaco:

o tamponamento cardíaco é uma emergência médica crítica que ocorre quando o espaço pericárdico ao redor do coração se enche de líquido (sangue, fluido ou ar), comprimindo o coração e impedindo que ele se expanda e se encha adequadamente. Isso pode levar à insuficiência cardíaca e é potencialmente fatal. As ações que devem ser tomadas na urgência hospitalar em caso de paciente com tamponamento cardíaco incluem: Chamar a equipe médica de emergência: O tamponamento cardíaco é uma emergência médica que requer atenção imediata. Notifique imediatamente a equipe médica de emergência ou ligue para o serviço de emergência (192 no Brasil, 911 nos Estados Unidos) para solicitar ajuda. Avaliação inicial: O paciente deve ser avaliado rapidamente por um profissional de saúde. Isso inclui a verificação dos sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, oxigenação sanguínea e nível de consciência. Monitorização contínua: O paciente deve ser monitorizado de forma contínua para avaliar a pressão arterial, o ritmo cardíaco e a saturação de oxigênio. Administração de oxigênio: O paciente deve receber oxigênio suplementar para garantir uma oxigenação adequada. Acesso intravenoso: Estabeleça um acesso intravenoso para administrar medicamentos e fluidos intravenosos conforme necessário. Realização de um Eletrocardiograma (ECG): O ECG pode ajudar a identificar alterações típicas do tamponamento cardíaco, como complexos QRS elétricos baixos e alternância elétrica. Ecocardiograma: A ultrassonografia cardíaca (ecocardiograma) é uma ferramenta diagnóstica essencial para confirmar o diagnóstico de tamponamento cardíaco. Ela pode mostrar a presença de líquido pericárdico e ajudar na orientação do tratamento. Drenagem pericárdica: O tratamento primário para o tamponamento cardíaco é a drenagem do líquido acumulado no espaço pericárdico. Isso pode ser feito por meio de um procedimento chamado pericardiocentese, no qual uma agulha ou um cateter é inserido no espaço pericárdico para remover o líquido. Medicamentos: Medicamentos como vasopressores e inotrópicos podem ser administrados para ajudar a manter a pressão arterial e a função cardíaca até que o líquido seja drenado. Cirurgia: Em alguns casos, especialmente quando a pericardiocentese não é suficiente, é indicado toracotomia e pode ser necessária uma cirurgia chamada pericardiectomia, na qual uma porção do pericárdio é removida para prevenir recorrências futuras do tamponamento.

Insuficiência cardíaca crônica

A insuficiência cardíaca crônica é causada por disfunção do VE e comumente categorizada de acordo com a fração de ejeção do VE (FEVE): IC com FEVE≤40%: fração de ejeção reduzida, IC com FEVE de 41 a 49%: fração de ejeção média e AIC com FEVE≥50%: fração de ejeção preservada.

A IC é frequentemente referida como insuficiência do lado esquerdo – devido a hipertrofia ventricular; quando causada principalmente por patologias do coração esquerdo (por exemplo, disfunção do VE, da válvula mitral ou da válvula aórtica). A IC é chamada de lado direito quando causada por doenças cardíacas direitas (por exemplo, hipertensão pulmonar). Podem ocorrer simultaneamente ou separadas. A classificação de NYHA nos ajuda a graduar esses pacientes de acordo com o estado funcional deles.

Isso geralmente ocorre quando o músculo cardíaco enfraquece ou fica rígido devido a hipertrofia ventricular, ela ocorre quando as paredes dos ventrículos do coração (geralmente se referindo ao ventrículo esquerdo) aumentam em espessura e massa muscular. Isso é uma resposta adaptativa do coração a certas condições ou demandas impostas ao sistema cardiovascular. Existem duas principais formas de hipertrofia ventricular: a hipertrofia concêntrica e a hipertrofia excêntrica. Vamos a cada uma delas:

Hipertrofia concêntrica:

A hipertrofia concêntrica ocorre quando o músculo cardíaco se torna mais espesso em resposta a um aumento na pressão de trabalho do ventrículo esquerdo. Isso pode ser devido a condições como hipertensão arterial (pressão alta), estenose da válvula aórtica (estreitamento da válvula aórtica) ou outras obstruções ao fluxo sanguíneo que exigem que o coração bombeie o sangue com maior força. Mecanismo: O aumento da pressão faz com que o músculo cardíaco se contraia mais vigorosamente, resultando em um aumento na espessura da parede ventricular esquerda. Isso ajuda o coração a manter sua capacidade de bombear sangue contra a resistência aumentada. No entanto, com o tempo, essa hipertrofia pode levar a problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca, se não for controlada adequadamente.

Hipertrofia excêntrica:

A hipertrofia excêntrica ocorre em resposta a um aumento no volume sanguíneo que o ventrículo precisa bombear. Isso pode ser devido a condições como regurgitação da válvula aórtica (fluxo de sangue de volta para o ventrículo após a contração) ou insuficiência cardíaca congestiva, onde o coração está sobrecarregado devido a um volume excessivo de sangue a ser bombeado. Mecanismo: Nesse caso, o ventrículo se adapta aumentando sua capacidade de acomodar mais sangue e, assim, sua massa muscular se torna mais dilatada. No entanto, essa adaptação também pode sobrecarregar o coração e levar a disfunção cardíaca a longo prazo. A hipertrofia ventricular é uma resposta adaptativa inicial do coração a condições de estresse, mas se não for controlada ou se a causa subjacente não for tratada, pode levar a problemas mais graves, como insuficiência cardíaca, arritmias e até mesmo morte súbita. O tratamento da hipertrofia ventricular depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, intervenções cirúrgicas, ou outras medidas para controlar a pressão arterial, corrigir valvulopatias, ou aliviar o excesso de volume sanguíneo no coração. Com isso, tendo um dano no miocárdio acontecerá uma série de eventos no qual serão ativados mecanismos neuro-hormonais, que tem a função de compensação, uma vez que o débito cardíaco está reduzido, porém com o tempo irá apresentar sobrecarga no sistema cardiovascular, devido a mal adaptação, prejudicando sua funcionalidade, tornando-se de natureza crônica. Um dos principais exemplos de insuficiência cardíaca crônica é de etiologia hipertensiva, causado por uma disfunção diastólica, sendo uma das primeiras manifestações da doença. A pressão arterial elevada exerce uma sobrecarga crônica sobre o coração, fazendo com que ele trabalhe mais para bombear sangue contra a resistência aumentada nas artérias. Com o tempo, isso pode levar a uma remodelação do músculo cardíaco, diminuindo o volume sistólico e a distensibilidade, levando ao enfraquecimento do coração, o que pode eventualmente comprometer o enchimento ventricular, provocando insuficiência cardíaca com fração de ejeção normal (ICE-FEn) – FE maior que 50%. Por outro lado, a insuficiência cardíaca crônica também pode causar ou agravar a hipertensão arterial, isso pode ocorrer devido vários organismos estarem interconectados. Como por exemplo:

Ativação do Sistema Nervoso Simpático:

A ICC leva a uma diminuição na capacidade do coração de bombear sangue de maneira eficaz, resultando em uma diminuição do fluxo sanguíneo para os órgãos e tecidos. Para compensar essa diminuição no débito cardíaco, o sistema nervoso simpático é ativado. O sistema nervoso simpático é responsável por aumentar a frequência cardíaca e a força de contração do coração, bem como por causar constrição dos vasos sanguíneos periféricos. Essa constrição dos vasos sanguíneos pode aumentar a resistência vascular periférica e, portanto, elevar a pressão arterial, levando à hipertensão.

Retenção de Sódio e Água:

A ICC muitas vezes leva à retenção de sódio e água pelo corpo, devido à redução da capacidade do coração de bombear o sangue eficazmente. A retenção de sódio e água aumenta o volume sanguíneo circulante, o que, por sua vez, aumenta a pressão arterial.

Ativação do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA):

A insuficiência cardíaca crônica pode levar à ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que é um sistema hormonal que regula a pressão arterial e o equilíbrio de líquidos e eletrólitos no corpo. A ativação excessiva desse sistema pode resultar em vasoconstrição e retenção de sódio e água, elevando a pressão arterial.

Remodelação Cardíaca: A ICC pode causar remodelação do músculo cardíaco, levando ao aumento da espessura das paredes ventriculares. Isso pode aumentar a resistência nas artérias, contribuindo para o aumento da pressão arterial.

Doenças Renais: A diminuição do fluxo sanguíneo para os rins devido à insuficiência cardíaca pode prejudicar a função renal. Isso pode levar à ativação do SRAA e à retenção de sódio e água, contribuindo para a hipertensão.

É importante ressaltar que a relação entre insuficiência cardíaca crônica e hipertensão arterial é complexa e bidirecional. A hipertensão arterial não apenas pode ser uma causa subjacente da insuficiência cardíaca, mas a insuficiência cardíaca também pode levar ao desenvolvimento ou piora da hipertensão. O tratamento da insuficiência cardíaca crônica geralmente envolve o controle rigoroso da pressão arterial, juntamente com outras medidas terapêuticas, como diuréticos, inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona e beta-bloqueadores, para ajudar a gerenciar esses fatores contribuintes. Quando o coração não consegue bombear sangue de forma eficaz, o corpo muitas vezes responde aumentando a pressão arterial para tentar manter o fluxo sanguíneo necessário para os órgãos vitais. Isso pode levar a uma elevação da pressão arterial, o que agrava ainda mais a carga de trabalho do coração e pode levar a um ciclo vicioso. Além disso, pacientes com sobrecarga de volume, sendo obesos ou portadores de doença renal, portadores de hipertrofia ventricular esquerda (HVE) que possui níveis pressóricos elevados, a remodelação ventricular evolui para dilatação dos músculos cardíacos, ocasionando prejuízo ao débito cardíaco, levando a uma fração de ejeção reduzida (ICFEr) – FE menor que 40%. O aumento de marcadores cardíacos, como a troponina T, BNP eleva o risco de pacientes evoluíram para ICFEr.

Estágios de insuficiência cardíaca segundo diretriz da American Heart Association (AHA) de 2013:

  • Estágio A: paciente com hipertensão que não apresenta alteração estrutural
  • Estágio B:paciente com hipertensão e alteração estrutural, porém sem sintomas de IC.
  • Estágio C:paciente com hipertensão e alteração estrutural apresentando sinais de sintomas prévios ou atuais.
  • Estágio D:paciente com hipertensão e alteração estrutural com necessidade de múltiplas intervenções, sintomas mais graves.

Testes e exames que podem nos ajudar:

ECG: Embora o ECG seja menos preditivo de IC do que o nível do peptídeo natriurético tipo B (BNP), o ECG pode mostrar achados que favorecem a presença de uma causa especifica de IC (por exemplo, baixa voltagem na doença cardíaca amilóide) e também pode detectar arritmias (por exemplo, FA) que sugerem doença cardíaca e podem causar ou exacerbar IC. É importante para identificar evidências de infarto agudo ou prévio do miocárdio ou isquemia aguda. Níveis de peptídeo natriurético (BNP), troponina cardíaca, hemograma completo (pode sugerir condições simultâneas ou alternativas), eletrólitos, teste de função hepática, glicemia em jejum, dentre outros.

Radiografia de tórax: a radiografia de tórax é um teste diagnóstico inicial útil, principalmente na avaliação de pacientes que apresentam dispneia, para diferenciar IC de doença pulmonar primária. Os achados sugestivos de IC incluem: cardiomegalia (relação entre largura cardíaca e torácica acima de 50%), cefalização dos vasos pulmonares, linhas B de Kerley e derrame pleural. O tamanho e a silhueta cardíaca também podem revelar sinais de anomalias congênitas (comunicação interventricular ou atrial) ou doença valvar (estenose mitral ou estenose aórtica)

Diagnóstico diferencial: a IC deve ser diferenciada de outras causas de dispneia, incluindo isquemia miocárdica, doença pulmonar e outros distúrbios. Os testes de função pulmonar podem ser úteis na avaliação dos sintomas respiratórios. As causas da fadiga incluem descondicionamento, apnéia do sono e depressão. A IC deve ser diferenciada de outras causas de edema, incluindo trombose ou insuficiência venosa, retenção renal de sódio, efeito colateral de medicamento (por exemplo, bloqueador dos canais de cálcio) e cirrose.

Metas pressóricas: Em risco cardiovascular elevado é recomendado o controle pressórico menor que 130/80mmHg. Mantendo uma pressão maior que 120/70mmHg em pacientes idosos ou que apresentam doença arterial coronariana. Logo, em pacientes com risco baixo ou moderado deve ser inferior a 140/90mmHg. Assim, em pacientes com insuficiência cardíaca a meta pressórica é semelhante a de pacientes de risco elevado. Além disso, quadros de cardiopatia dilatada causa diminuição da PA, devido ao comprometimento de fração de ejeção, levando a um quadro de “hipertensão decapitada” possuem certa dificuldade em normalizar a PA com introdução de fármacos como inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs), bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRAs) e betabloqueadores (BBs).

Possíveis tratamentos incluem: Inibidores da enzima conversora da angiotensina e bloqueadores dos receptores da angiotensina II:

Os IECA constituem um grupo de fármacos com comprovados benefícios na evolução de pacientes com ICFEr, tanto em relação à morbidade, como à mortalidade, além de conferirem melhora na qualidade de vida. – Estes medicamentos ajudam a relaxar os vasos sanguíneos, reduzir a pressão arterial e melhorar a função cardíaca. Betabloqueadores: Os BB também são considerados fármacos de primeira linha no tratamento da ICFEr, pois determinam benefícios clínicos na mortalidade global, na morte por IC e por morte súbita, além de melhorarem sintomas e reduzirem taxas de re- hospitalizações por IC em inúmeros estudos clínicos. Eles diminuem a frequência cardíaca, reduzem o esforço do coração e melhoram a contratilidade cardíaca. Antagonistas dos receptores mineral o corticoides: Os antagonistas dos receptores mineralocorticoides (espironolactona/eplerenona) estão indicados em pacientes sintomáticos com disfunção sistólica do VE, em classes funcionais II a IV da NYHA, associados ao tratamento padrão, apresentando efeitos contundentes sobre mortalidade e taxas de re-hospitalização. Inibidores da neprilisina e dos receptores da angiotensina (sacubitril/valsartana):O sacubitril/valsartana representa uma nova classe terapêutica, que atua simultaneamente no sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e na endopeptidase neutra (inibidor da neprilisina e do receptor da angiotensina – INRA). Ainda, o tratamento com sacubitril/valsartana foi mais seguro que com o IECA, sobretudo em relação à função renal. Ivabradina: A frequência cardíaca (FC) elevada é um marcador de eventos em IC, podendo ser considerada um alvo terapêutico. A ivabradina inibe seletivamente a corrente If no tecido do nó sinoatrial, reduzindo a FC. No estudo SHIFT (Ivabradine and outcomes in chronic heart failure), a ivabradina, quando adicionada ao tratamento medicamentoso usual em pacientes em ritmo sinusal, sintomáticos, com FC ≥ 70 bpm e FEVE ≤ 35% foi associada à redução do desfecho combinado de morte cardiovascular ou hospitalização por IC, redução de hospitalização total, redução de hospitalização por IC e morte por IC. Diuréticos de alça etiazídicos: Os diuréticos são a classe terapêutica mais largamente utilizada em pacientes com IC para alívio de congestão. Isto se justifica pelo óbvio efeito terapêutico ao provocar diurese e alívio da sobrecarga volêmica. Nitrato e hidralazina: A associação de nitrato e hidralazina foi a primeira estratégia vasodilatadora que demonstrou efeitos benéficos sobre desfechos clínicos em pacientes com IC como por exemplo a Isossorbida dinitrato.

CONCLUSÃO

Conclui-se que, uma boa conduta em emergências cardiológicas é crucial para garantir a melhor assistência possível aos pacientes que sofrem de problemas cardíacos agudos. Vários fatores desempenham um papel fundamental na determinação da qualidade dessa conduta. Primeiramente, o conhecimento e a capacitação dos profissionais de saúde são essenciais. Isso inclui médicos, enfermeiros, técnicos de emergência médica e outros profissionais que atuam na linha de frente do atendimento. A atualização constante e a formação contínua são imperativas, uma vez que as diretrizes e protocolos de tratamento evoluem ao longo do tempo. Além disso, a comunicação eficaz entre os membros da equipe e com o paciente é um fator crítico para o sucesso no atendimento em emergências cardiológicas. A rapidez na identificação e no tratamento de condições cardíacas agudas é frequentemente determinante para o prognóstico do paciente, e a coordenação eficiente entre os membros da equipe desempenha um papel central nesse processo. A disponibilidade de equipamentos e recursos adequados também é essencial. Isso inclui a presença de desfibriladores, monitoramento cardíaco, medicações e a capacidade de realizar procedimentos invasivos, quando necessário. Este artigo abordou algumas das principais doenças cardíacas que podem levar a situações críticas, incluindo o Infarto Agudo do Miocárdio, a Angina estável, a dissecção de aorta, embolia pulmonar, fibrilação ventricular e tamponamento cardíaco. Após o atendimento emergencial, é igualmente importante considerar os cuidados pós-atendimento. A recuperação do paciente não termina na sala de emergência, mas é um processo contínuo que requer acompanhamento médico, reabilitação e mudanças no estilo de vida. A prevenção de futuros episódios cardíacos é uma parte crucial desse processo, que inclui a adesão a medicamentos, a adoção de uma dieta saudável, a prática regular de atividade física e a gestão do estresse.

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