OSTEOPOROSE NA POPULAÇÃO FEMININA E O BENEFÍCIO DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA

OSTEOPOROSIS IN THE FEMALE POPULATION AND THE BENEFIT OF PHYSICAL EXERCISE TO IMPROVE THE QUALITY OF LIFE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504291342


Ana Lígia P. Maranhão¹
Iury Gabryell Nunes Batis2
Izabella Batista Alves Satelis3
Maria Jeovana B. Teixeira4
Yasmin Martins Rosa5
Cristiano da Silva Granadier6


Resumo 

Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre a osteoporose na população feminina e como o exercício físico pode ser um meio de prevenção e tratamento no decorrer da doença que afeta principalmente a população feminina. Diante disso, sabemos que essa doença pode ocorrer mais nas mulheres devido à menopausa, pois após isso há uma queda do estrogênio que exerce um papel muito importante levando cálcio para o osso. Além disso, a idade é um fator que predispõe a osteoporose, bem como o sexo do indivíduo. Logo, o exercício físico pode ajudar na prevenção como no tratamento, sendo o exercício que utilizam força e carga, esses são os ideais para que haja fortalecimento ósseo. O diagnóstico da osteoporose é feito pela densitometria óssea, a qual é padrão-ouro, onde será avaliado de acordo com o Z-score ou T-score, de acordo com a OMS. O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos como bisfosfonatos ou por meio de tratamento não farmacológico como atividade física e a alimentação rica em cálcio. Portanto, é necessário que a população feminina comece a praticar mais atividades físicas para que assim se tenha uma prevenção contra a osteoporose e no seu tratamento. 

Palavras-chave: Osteoporose; Exercício físico na osteoporose; Mulheres com osteoporose; Fisiopatologia. 

1. INTRODUÇÃO 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a osteoporose como uma alteração na densidade mineral óssea igual ou inferior a 2,5 desvios padrão abaixo do pico de massa óssea encontrada no adulto jovem enquanto a osteopenia é a baixa massa óssea entre 1 a 2,5 desvios padrão abaixo de um adulto jovem. A condição pode ser considerada grave quando, além do critério referido, existir fratura de acordo com o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas. 

Associada com a alteração da densidade mineral óssea da microarquitetura esquelética de acordo com os desvios padrões propostos pela Organização Mundial Da Saúde (OMS), a osteoporose resulta em um maior risco de fraturas, sendo prevalente entre mulheres na pós-menopausa, porém também ocorre tanto em mulheres quanto em homens em função da idade e na presença de condições subjacentes, associadas à desmineralização óssea (Hebert et al.,2017). 

Os principais fatores de riscos associados ao desenvolvimento da doença estão associados á idade, peso, estatura, índice de massa corporal, número de anos decorridos após a menopausa, peso relatado aos 25 anos de idade, uso de anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal, histórico de fraturas nos membros inferiores e fraturas em qualquer sítio (Nascimento, 2023). 

Sabe-se dessa forma que a osteoporose é a fragilidade óssea associada a fatores genéticos, biológicos, comportamentais e ambientais que provocam um quadro de fragilidade óssea e maior suscetibilidade à ocorrência de fratura (Nascimento, 2023). Dessa maneira, o presente artigo tem como objetivo discorrer acerca dos fatores associados a essa patologia bem como o diagnóstico, prevenção e tratamento. 

Tendo como objetivo geral investigar a osteoporose na população feminina e o papel do exercício físico. Além disso, identificar os principais benefícios do exercício físico focado nas mulheres com osteoporose, analisar o porquê de a população feminina ser mais afetada pela osteoporose do que os homens e discutir métodos de diagnóstico e tratamento da osteoporose. 

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA : 

Como o exercício físico pode atuar na prevenção e no tratamento da osteoporose, promovendo fortalecimento ósseo e melhor qualidade de vida. 

1.2 JUSTIFICATIVA : 

A osteoporose é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo particularmente prevalente na população feminina pós menopausa, decorrente da queda dos níveis de estrogênio que impacta negativamente o metabolismo ósseo. No Brasil, o envelhecimento populacional tem contribuído para o aumento da prevalência da doença, especialmente entre mulheres idosas, configurando um relevante problema de saúde pública.  

Embora existam tratamentos farmacológicos estabelecidos, como os bisfosfonatos e a terapia de reposição hormonal, ainda persiste a necessidade de intervenções não farmacológicas que promovam a prevenção e o tratamento eficazes da osteoporose. Estudos que apontam o exercício físico como uma estratégia promissora, com potencial para aumentar a densidade mineral óssea e reduzir o risco de fraturas motivam ou justificam a realização desse artigo com a finalidade de compreender como o exercício físico pode contribuir na prevenção e no tratamento da osteoporose.  

No entanto, permanecem lacunas significativas na compreensão do estabelecimento de políticas públicas de incentivo à essa prática com a finalidade de intervenção não farmacológica à osteoporose na população feminina, bem como a definição de protocolos que combinem segurança e eficácia, especialmente para mulheres idosas com maior risco de queda. A compreensão clara desses aspectos pode fundamentar práticas clínicas e programas de promoção da saúde que contribuam para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres idosas, além de fortalecer estratégias de prevenção de fraturas e comorbidades associadas. 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA 

Levando em consideração que a osteoporose consiste na diminuição da quantidade de osso que é considerado histologicamente normal, onde suas manifestações clínicas vão cursar dependendo de quais ossos estarão envolvidos, a discussão relacionada à osteoporose na população feminina e o papel do exercício físico fazem-se necessárias.   

Desse modo, levando em consideração que  as formas  mais comuns desta patologia são os tipo senil e pós-menopausa (Robbins, 2018), o artigo descreverá das principais formas de osteoporose, pontuando fatores como hormonais que expressão níveis de estrôgenio sérico reduzidos, bem como, os tipos de exercício físico relacionados a níveis de resistência, que são fundamentais para o aumento da massa óssea.  

2.1 FISIOPATOLOGIA 

Nos casos de pessoas que possuem a osteoporose é possível destacar que há um desequilíbrio entre a reabsorção e a formação óssea, no qual a reabsorção supera de certa forma a formação, além disso, essa patologia pode ser localizada ou generalizada, a maioria dos casos são de formas primárias, por mais que, possam vir a serem secundárias. De acordo, com as diretrizes para osteoporose da Organização Mundial de Saúde, recomenda-se o tratamento de mulheres que estão no período pós-menopausa e homens de 50 anos de idade (Norris, 2021). 

O tipo de osteoporose senil, é caracterizada como baixa remodelação, devido a redução do potencial proliferativo e biossintético dos osteoblastos, também, há uma diminuição nos fatores de crescimento com o avanço da idade. Ademais, a atividade física reduzida contribui para a osteoporose do tipo senil, bem como, fatores genéticos, estados nutricionais quando são relacionadas com o cálcio e influências hormônios relacionada com a queda do estrogênio (Robbins, 2018). 

As alterações da osteoporose ocorrem na diáfise e na metáfise dos ossos, as manifestações que cursam essa patologia dependem de quais ossos estarão envolvidos, contudo, costumam ocorrer de forma silenciosa, em alguns casos, a sintomatologia são acompanhadas de fraturas vertebrais, são mais prevalentes em regiões torácicas e lombares, gerando grandes processo dolorosos nos pacientes. Outrossim, a sintomatologia da osteoporose grave é caracterizada como uma porcelana frágil, devido ao fato dos ossos se assemelham a estruturas fracas (Norris, 2021). 

A fisiopatologia da osteoporose envolve diversos processos que levam à perda de massa óssea e à fragilidade óssea. Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose, incluindo idade avançada, sexo feminino, baixa ingestão de cálcio, deficiência de vitamina D, histórico familiar, tabagismo, consumo excessivo de álcool, uso prolongado de corticosteroides e menopausa. A predisposição genética desempenha um papel importante na determinação da densidade mineral óssea e do risco de osteoporose (Kumar et al., 2017).  

A formação óssea e o metabolismo mineral são processos complexos que requerem a interação entre o hormônio paratireoidiano (PTH), a calcitonina e a vitamina D. Além disso, outros hormônios, como cortisol, hormônio do crescimento, hormônio tireoidiano e hormônios sexuais, também exercem influência direta ou indireta na formação óssea (Silverthorn, 7a ed., 2017). 

O paratormônio é liberado quando se tem uma diminuição dos níveis plasmáticos de cálcio atuando nos ossos, rins e intestino. Através de sensores na membrana plasmática da paratireóide, os receptores de cálcio (CaSR) detectam a diminuição do nível de cálcio extracelular. Dessa forma, aumenta a liberação de cálcio, fosfato e a absorção intestinal e diminui a excreção renal do cálcio (Guyton, Hall, 2017). 

No intestino a partir da vitamina D que foi modificada no fígado e depois nos rins formando o calcitriol. Isso faz com que haja aumento da absorção intestinal de cálcio facilitando a reabsorção renal e óssea (Guyton, Hall, 2017).    

Calcitonina por sua vez exerce um papel contrário ao paratormônio. Sendo esta secretada por células parafoliculares da glândula tireoide. Com isso, exercendo uma função secundária, reduzindo a concentração sérica de cálcio, por meio do aumento da excreção renal de cálcio e redução da reabsorção óssea, impedindo a produção de novos osteoclastos (Norris, 2021). 

Diante disso, percebe-se que a via de sinalização WNT possui um papel na regulação da homeostase esquelética, contribuindo para a diferenciação de osteoblastos e na formação óssea. Sendo o gene envolvido nessa patologia é o LRP5 (Receptor de Lipoproteína de Baixa Densidade). Durante a sinalização WNT pode ocorrer uma mutação de função em LRP5 causando síndrome da osteoporose-pseudoglioma autossômica recessiva, sendo caracterizada por cegueira congênita e osteoporose juvenil (Stürznickel et al., 2020). 

2.2 IDADE  

Com a diminuição da taxa de fecundação e o aumento da expectativa de vida, resultou no envelhecimento da população e consequentemente o acometimento de diversas patologias, dentre elas a osteoporose. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) as mulheres brancas acima de 65 anos são as mais acometidas resultando em futuras fraturas ósseas, devido a sua perda de massa óssea mineralizada, causando um aumento da porosidade do esqueleto. 

Além disso, de acordo com IBGE (2022) em seu censo de 2022 mostra que haverá uma inversão da pirâmide demográfica no qual a população idosa irá se sobressair ao adulto/jovem. O número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% nos últimos 12 anos. Diante dos dados do IBGE (2022) em 2022, na população brasileira, 51,5% eram mulheres e 48,5% eram homens, com cerca de 6,0 milhões de mulheres a mais do que homens.. Com isso, o quantitativo de mulheres em fase de envelhecimento diminui em detrimento do masculina.  

Dessa forma, houve um aumento na expectativa de vida de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2022) na qual a velhice ficou 75,5 anos. Nas últimas décadas havia baixa expectativa de vida e agora há um salto de 20 anos a mais comparado com décadas anteriores. 

Certamente, as mudanças nas células e na matriz apresenta um grande impacto sobre o metabolismo ósseo, além disso, os osteoblastos em pessoas da terceira idade apresentam certa redução do potencial de replicação, também, os fatores de crescimento que induz a atividade osteoblástica, perdem seu potencial, quando comparados com pessoas mais jovens, resultando de certa forma, em um esqueleto que sua capacidade de síntese fique reduzida (Norris, 2021). 

Acidentes e fraturas podem causar a incapacidade funcional e, consequentemente, a redução no desempenho nas atividades executadas no dia a dia. Além de interferir na qualidade dos indivíduos afetados, a doença tem se tornado um importante problema de saúde pública uma vez que, dada a elevação da expectativa de vida da população, sobretudo devido a alteração demográfica sofrida no Brasil nos últimos 40 anos decorrente da mudança de uma população jovem para uma de idade mais avançada (Rodrigues et al., 2016). 

Com o decorrer dos anos, os osteoblastos sofrem uma diminuição em sua capacidade de se multiplicar e produzir substâncias biológicas, além de apresentarem uma resposta menos eficaz aos estímulos de crescimento em comparação com os osteoblastos de pessoas mais novas. Isso resulta em uma redução na capacidade de formação óssea. Esse tipo de osteoporose, chamado de osteoporose senil, é classificado como uma osteoporose com baixa atividade de renovação/remodelação (Kumar et al., 2017). 

2.3 SEXO 

Sabe-se que o sexo feminino tem uma pré-disposição para adquirir osteoporose do que os homens devido a fatores hormonais. Assim, estudos feitos na Espanha e Austrália mostram que as mulheres com osteoporose possuem uma incidência de 15% entre 50 a 59 anos para  80% em mulheres acima de 80 anos, principalmente naquelas que já passaram pela menopausa (Juan et al., 2020). Já o sexo masculino de acordo com o estudo demostra que quatro mulheres são acometidas para um do sexo masculino (Netto et al., 2020). 

Portanto, a menopausa é um processo gradativo de anulação dos ciclos menstruais e a redução dos níveis de estrogênio. Vale assim destacar que a privação crônica de estrogênio leva a alteração na absorção acelerada e a diminuição da deposição na matriz óssea (Norris, 2021). 

Diante disso, sabe-se que o estrogênio assim como a testosterona tem como uma das funções transportar o cálcio para dentro do osso. Por isso, após a menopausa os níveis de estrogênio faz com que haja uma regulação positiva do RANKL nas células da medula óssea, o qual desempenha um papel de aumentar a reabsorção óssea. Enquanto, o estrogênio estimula o osteoprotegerina nos osteoblastos, gerando um efeito anti reabsortivo nos ossos (Gomes et al., 2024). 

De acordo com estudo feito por (Soares et al., 2022) no sudoeste do estado goiano, o qual foi feito uma pesquisa sobre a prevalência da osteoporose em idosos e por meio do exame de densitometria óssea o qual percebeu-se que dos 315 pacientes 97,1% eram mulheres, tendo como idade média 71 anos. Além disso, durante este estudo não foi realizado nenhum exame no sexo masculino. 

Com isso, conclui-se que o sexo feminino possui uma maior prevalência de terem osteoporose devido o processo da perda de estrogênio após a menopausa fazendo com que haja essa diminuição da remodelação óssea e aumento da reabsoção óssea. 

2.4 EXERCÍCIO FÍSICO 

O exercício físico tem sido um dos principais aliados na prevenção de fraturas. Para que seja realizado de forma segura e efetiva, é necessário que o educador físico responsável tenha um conhecimento amplo e aprofundado sobre o tipo de exercício aplicado, uma vez que movimentos indevidos podem levar a fratura óssea. Os exercícios mais utilizados são de extensão isométrica de tronco, diminuindo o risco de fraturas vertebrais, abertura em cadeia cinética fortalecendo os músculos da coxa. Os exercícios resistidos são os mais eficazes para o fortalecimento ósseo, pois exigem maior esforço muscular e impacto mecânico sobre os ossos, estimulando o aumento da densidade mineral e contribuindo para a prevenção de fraturas ( Santos, 2021). Já atividades como a caminhada, embora tragam benefícios para a saúde geral e auxiliem na manutenção da massa óssea, não geram o mesmo nível de estímulo osteogênico que os exercícios com sobrecarga, sendo, por isso, consideradas menos eficazes nesse aspecto ( Santos,2021 ).   

Ainda assim, a prática regular de exercícios físicos como caminhada, remo, corrida e principalmente com sustentação e elevação de peso continuam sendo importantes para a saúde óssea como um todo, pois contribuem na redução da perda de massa,  e na deterioração do tecido ósseo ao longo do tempo (Norris, 2021). 

Assim, (Benati et al., 2020) fizeram um estudo com duração de 10 dias por 2 vezes na semana, no qual foi analisado os efeitos antes e após a prática de exercício físico que utilizam força, equilíbrio e combinado entre força e equilíbrio em pessoas com osteoporose. Neste estudo o qual foi realizado com 23 mulheres divididas em 3 grupos, o qual o 1° treinamento de equilíbrio, 2° treinamento de força e o 3° treinamento de equilíbrio e força. O grupo que realizou treinamento de equilíbrio apresentou resultados significativos na força muscular dos flexores de ombro direito, e os três grupos tiveram acréscimos significativos na força dos extensores de joelho bilateralmente. O grupo de treinamento de força teve aumento dos níveis de HDL e redução na taxa de triglicerídeos. Portanto, pode-se perceber que o exercício físico feito de forma regular pode influenciar de forma positiva na flexibilidade, força muscular e no perfil lipídico, além de obterem uma qualidade de vida das mulheres com osteoporose. 

De acordo com (Hejazi, Askari, Hofmeister, 2022) em sua revisão sistemática e metanálise, constatou que a densidade mineral óssea do colo femoral, coluna lombar e trocanter, aumentou depois do treinamento de atividade física. Portanto, a prática de exercício físico é um importante aliado para a prevenção quanto para o tratamento da osteoporose. 

Além disso, estudos mostram que dois a quatro tipos diferentes de exercícios apresentam desempenho melhor, por exemplo força, aeróbico, equilíbrio e flexibilidade. Por isso, a realização de vários exercícios combinados entre si mostra que há uma melhora na força, flexibilidade, qualidade de vida, densidade mineral óssea, equilíbrio e aptidão funcional e com isso, reduziu o risco de quedas em idosas com osteoporose (Linhares et al., 2022).  

A prática de atividade física influencia na função hormonal, regulando os níveis de estrogênio, PTH e glicocorticoides, que estão envolvidos no metabolismo ósseo. A constante prática de exercício físico faz com que haja  proliferação de estrogênios, os quais são protetores ósseos, e retardam a produção de citocinas osteoclásticas, favorecendo a proliferação de osteoblastos e diminuindo a apoptose ostecitária (Almazán et al., 2022). 

Diante disso, a prática de exercício físico possui grande influência na prevenção, bem como no tratamento daqueles que já se encontram acometidos pela osteoporose. Assim, faz-se necessário que os indivíduos façam prática de atividade física regularmente e de forma orientada, para evitar-se o surgimento de fratura. Além de se começar a prática de atividade física durante a juventude ajudar na prevenção da osteoporose (Selbmann et al., 2024). 

2.5 DIAGNÓSTICO    

Por ser uma doença silenciosa, por não ter sintomas específicos o diagnóstico se torna tardio e normalmente só ocorre mediante fraturas. Acredita-se que as lombalgias podem estar associadas a patologia e conter uma origem osteoporótica. Os fatores de risco devem ser levados em consideração dentre eles a idade, sexo, raça, hereditariedade, menarca precoce e a alimentação (Souza et al., 2010). 

A osteoporose não é facilmente identificada em radiografias convencionais até que cerca de 30% a 40% da densidade óssea já tenha sido perdida, e a avaliação dos níveis sanguíneos de cálcio, fósforo e fosfatase alcalina não é útil para o diagnóstico da doença, porém devem ser dosados para afastar outras patologias. É importante também fazer a dosagem do hormônio paratireoidiano, metabólicos da vitamina D, eletroforese de proteínas, e testosterona no homem (Kumar et al., 2017). 

A densitometria óssea é o padrão ouro para o diagnóstico da osteoporose por medir mensuração da densidade mineral óssea. Avaliando dessa forma o T-score é usado para apenas mulheres após a menopausa e para homens com idade igual ou superior a 50 anos. E o Z-score usado para mulheres na pré-menopausa, homens <50 anos e crianças segundo a OMS.  

Por isso, se faz necessário que a população feminina que tenha idade maior que 50 anos, que já tenha passado pela menopausa ou tenha uma predisposição genética faça um acompanhamento para que se faça o diagnóstico precoce. 

2.6 TRATAMENTO  

A prevenção e o diagnóstico precoce são muito importantes para prevenção de deformidades e de fraturas. O tratamento não farmacológico pode ser iniciado com a recomendação nas prática de atividades físicas, bem como, em uma alimentação rica em cálcio, sendo fatores importantes para o cuidado com essa patologia. Dessa forma, o tratamento farmacológico destacam-se os fármacos anti-reabsortivos, como estrogênios, bisfosfonatos e os estimuladores da formação óssea, como a vitamina D, sendo a ingestão diária de 400 a 800 UL (Norris, 2021). 

Algumas medidas para a prevenção da osteoporose além da prática de atividade física, temos outras formas como consumir leites e derivados, tomar sol em horários seguros, consumir vegetais de folhas verde-escuro, como alface, chicória e repolho. Essas são algumas medidas que podem ajudar no fortalecimento ósseo e assim prevenir com que ocorra fraturas ou o desenvolvimento da osteoporose (Félix et al., 2020). 

O tratamento da osteoporose tem como principal objetivo a prevenção de fraturas e assim ter uma melhor qualidade de vida, por isso quanto antes a identificação da osteoporose melhor prognóstico (Selbmann et al., 2024). 

3. MATERIAL E MÉTODOS 

3.1 Material 

A população escolhida para esta revisão de literatura foi composta por trabalhos publicados nas bases de dados como a: Lilacs, Scielo e Pubmed. 

Foram escolhidos artigos que abordam a osteoporose na população feminina, bem como o papel do exercício físico na prevenção e tratamento desta patologia. A partir da seleção de trabalhos publicados nas bases de dados Lilacs, Scielo e Pubmed, e em seguida foi feita a análise das informações. 

Foram excluídos os artigos que possuíam texto incompleto, publicados em língua que não seja inglesa ou portuguesa, aqueles publicados antes de 2020, e os que não continham os descritores “osteoporose”, “exercício físico na osteoporose”, “mulheres com osteoporose”. 

3.2 Métodos 

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, caracterizada como uma revisão organizada para responder à pergunta: Como o exercício físico pode ser um aliado na prevenção da osteoporose na população feminina? Obtendo métodos claros com o intuito de aprimorar a capacidade de identificar, selecionar e avaliar criticamente os estudos, além de avaliar os dados dos estudos que estão incluídos na revisão. 

O trabalho foi realizado na cidade de Porto Nacional – TO, no ano de 2024. 

Os estudos serão buscados nas seguintes bases de dados eletrônicos: Lilacs, Scielo e Pubmed, a partir dos descritores em saúde: “Osteoporose”, “Exercício físico na osteoporose”, “Mulheres com osteoporose”. Logo, serão aplicados os critérios de exclusão. 

Assim será realizada uma avaliação crítica dos estudos, que irão permitir determinar quais estudos serão utilizados nesta revisão. Para a coleta de dados, todas as variáveis estudadas irão ser analisadas e agrupadas. 

As variáveis analisadas incluem: 

Principais patologias que cursam com a diminuição da massa óssea. 

Fatores de risco que contribuem para um possível desenvolvimento de osteoporose em mulheres. 

Mecanismos fisiopatológicos da osteoporose como senil e pós-menopausa, incluindo os tipos de exercício físico que são importantes para o aumento da massa óssea. 

3.2.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA  

A população escolhida para esta revisão de literatura foi composta por mulheres com diagnóstico de osteoporose, com foco principal em mulheres na pós menopausa, com idade igual ou superior a 50 anos, visto que este grupo apresenta maior prevalência da doença em decorrência da queda de estrogênio. A amostra foi composta por trabalhos publicados entre os anos de 2020 a 2024, selecionados nas bases de dados como a: Lilacs, Scielo e Pubmed, que abordam diretamente a relação entre exercício físico e osteoporose na população feminina . O critério de seleção foi realizado de acordo com os dados publicados que preenchem os critérios de inclusão e exclusão discutidos a seguir. 

3.2.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO  

Foram escolhidos artigos que abordam a osteoporose na população feminina, bem como o papel do exercício físico na prevenção e tratamento desta patologia. Desta forma, foi feito uma seleção de trabalhos publicados nas bases de dados Lilacs, Scielo e Pubmed, e em seguida feita a análise das informações. 

3.2.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 

Foram excluídos os artigos que possuem texto incompleto, publicados em língua que não seja inglesa ou portuguesa, aqueles publicados antes de 2020, aqueles que não continham o descritor “osteoporose”, “exercício físico na osteoporose”, “mulheres com osteoporose”. 

3.3 VARIÁVEIS 

Principais patologias que cursam com a diminuição da massa óssea. 

Fatores de risco que contribuem para um possível desenvolvimento de osteoporose em mulheres. 

Mecanismos fisiopatológicos da osteoporose como senil e pós-menopausa, incluindo, os tipos de exercício físico que são importantes para o aumento da massa óssea. 

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS, ESTRATÉGIAS DE APLICAÇÃO, ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS DADOS 

Os estudos buscaram nas seguintes bases de dados eletrônicos: Lilacs, Scielo e Pubmed, a partir dos descritores em saúde: “Osteoporose”, “Exercício físico na osteoporose”, “Mulheres com osteoporose”. Logo, foram aplicados os critérios de exclusão.  

Assim foi realizada uma avaliação crítica dos estudos, que permitiram determinar quais estudos seriam utilizados nesta revisão. Para a coleta de dados, todas as variáveis foram estudadas, analisadas e agrupadas. 

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS 

Após a filtragem dos dados no Lilacs, Scielo e PubMed, foram encontrados 115 artigos e, dentre eles, 50 foram escolhidos e classificados com base em critérios de inclusão para a realização da discussão. Estudos que não se encaixavam no período de 2020 em diante não foram lidos ou incluídos de forma íntegra, devido à necessidade de uma discussão mais ampla. 

Dentre os 50 artigos selecionados, 25 foram escolhidos para compor o estudo por atenderem a todos os requisitos pré-estabelecidos. No entanto, foi evidenciada uma pequena quantidade de estudos que se encaixavam nos anos posteriores a 2020. 

Diante disso, foi considerado indispensável que a população feminina soubesse da importância que o exercício físico teve no envelhecimento. Dessa forma, promoveu-se um envelhecimento mais saudável, a fim de prevenir a osteoporose e seus efeitos no corpo. Segundo Silva et al. (2015), a falta de atividade física na adolescência fazia com que houvesse uma diminuição de até seis vezes na densidade óssea, comparada à de mulheres ativas durante esse período. 

Segundo Moura e Lima (2010), o tecido muscular tinha uma relação com o tecido ósseo, devido à adaptação do tecido ósseo em detrimento do tecido muscular, de forma que, quanto mais desenvolvida era a massa muscular, mais desenvolvida ficava a massa óssea. E o melhor exercício era o que gerava a hipertrofia muscular por meio de atividade de peso resistido. 

Mulheres na pós-menopausa sofriam uma diminuição dos níveis de estrogênio, o que afetava o metabolismo ósseo e a composição do tecido ósseo, ocasionando um maior risco de fratura. Por isso, fazia-se necessária a manutenção de cálcio e vitamina D no organismo, pois esses eram importantes para a remodelação e manutenção do tecido ósseo (Yanagawa et al., 2021). 

5. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS 

De acordo com os estudos incluídos, observou-se que a osteoporose consistia na diminuição da matriz óssea, havendo um desequilíbrio entre a absorção e a formação mineral. Vários fatores estavam associados, dentre eles o sexo e a idade, atingindo principalmente mulheres idosas acima de 65 anos após a menopausa, devido às alterações hormonais da privação do estrogênio. 

A prática de atividades físicas com elevação de peso foi uma grande aliada na prevenção de fraturas, uma vez que possibilitava o remodelamento ósseo e diminuía a deterioração da massa óssea. Diante disso, foi considerado essencial que a população feminina mantivesse uma prática de atividade física desde a juventude, para ajudar no fortalecimento ósseo e, durante a idade avançada, tivesse ossos fortes, evitando assim fraturas, as quais, com o envelhecimento, se tornavam recorrentes. 

O exercício físico não era apenas uma forma de se ter o corpo bonito, mas seu principal papel estava nos benefícios que gerava, como a melhora no bem-estar da população, bem como na saúde física e mental. Além disso, ajudava a estimular e combater doenças ósseas por meio do seu fortalecimento e da liberação de hormônios que colaboravam para a manutenção óssea. Então, o exercício físico devia ser aliado em todas as situações, proporcionando melhor qualidade de vida e bem-estar. 

Além disso, foi de grande valia nesse processo o consumo de alimentos ricos em cálcio, a exposição ao sol em horários seguros e o cuidado com a ingestão de certos alimentos com folhas escuras, que podiam interferir na absorção do cálcio. O tratamento farmacológico foi um aliado para evitar a reabsorção óssea e estimular a formação mineral, evitando assim a desmineralização. 

Dessa forma, a osteoporose afetava mais o sexo feminino devido às alterações hormonais, atreladas à idade, alimentação e à falta da prática de atividades físicas. Com isso, destacava-se a importância da orientação médica, da prevenção e do tratamento da patologia, bem como da escolha de exercícios seguros e de um bom profissional. 

REFERÊNCIAS 

ALMAZÁN, A.A.; MARTÍNEZ, A.V.; CABALLERO, Y.C.; RESTREPO, D.F.A.; FRAILE, M.C.C.; RUIZ, E.L. Status atual do diagnóstico e manejo da osteoporose. International Journal of Molecular Sciences v. 23 (2022). 

BENATI, R.M.; COSTA, N.N.da; LIMA, A.C.de; ANDREOLLA, C.L.; RECH, M.; SBARDELOTTO, M.L.; GUEDES, J.M. Efeitos de diferentes programas de exercícios em mulheres com osteoporose. Vivências, 17(32), 253-268. (2020). 

FÉLIX, R. de A.; ALMEIDA, I. T. H.; NUNES, L. S.; ALENCAR, R. A.; DE ALBUQUERQUE , B. F. V. O PROTAGONISMO DAS MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS NA PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE. Revista Multidisciplinar em Saúde, [S. l.], v. 1, n. 3, p. 41, 2020. Disponível em: https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/385. Acesso em: 2 abr. 2024. 

GALI, J. C.. Osteoporose. Acta Ortopédica Brasileira, v. 9, n. 2, p. 53–62, abr. 2001. GOMES MARTINS CORREIA, Felipe; AFONSO RESENDE, Bernardo; DOS ANJOS RODRIGUES, Yasmin; LACERDA COSTA MARINHO, Samira; FERNANDES MASCARENHAS, Ana Clara; RIBEIRO MARQUES NETO, Pedro; DE CAMPOS, Marcelo. 

EXERCÍCIO FÍSICO E O USO DE MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Revista de Patologia do Tocantins, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 298–302, 2024. DOI: 10.20873/10.20873/uft.2446-6492.2024v11n1p298. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/patologia/article/view/18809. Acesso em: 2 abr. 2024. 

GUYTON, Arthur C.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 13º ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2017. 

HEBERT, Sizínio; FILHO, Tarcísio E.P.B.; XAVIER, Renato; e outros. Ortopedia e Traumatologia . [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. E-book. ISBN9788582713778.Disponívelem:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885 82713778/. Acesso em: 17 de maio. 2024 

HEJAZI, K.; ASKARI, R.; HOFMEISTER, M. Efeitos do exercício físico sobre a densidade mineral óssea em mulheres idosas na pós-menopausa: uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados e controlados. Arquivos de Osteoporose v. 17 n 102 (2022). IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. 

JUAN, A., Frontera, G., Cacheda, A. P., Ros, I., Narváez, J., Marí, B., & Nolla, J. M. (2020). Epidemiology of osteoporosis and its determinants in physically active Majorcan elderly. Mediterranean journal of rheumatology, 31 (1), 42. 

KUMAR et al. Robbins & Cotran patologia: bases patológicas das doenças, 10a edição, 2017. LINHARES, D.G.; PINHEIRO, C.J.B.; CASTRO, J.B.P.; SANTOS, A.O.B.; SANTOS, L.L.; CORDEIRO, L.S.; DRIGO, A.J.; NUNES, R.A.M.; VALE, R.G.S. Efeitos do treinamento físico multicomponente na saúde de mulheres idosas com osteoporose: uma revisão sistemática e meta-análise. Int J Environ Res Saúde Pública v. 19 n 21 (2022). 

MOURA, E. C. C.; LIMA, Y. S. O treinamento de força e seus possíveis benefícios em pacientes com osteoporose. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires, año 15, n.148, 2010. Disponível em: 17 https://www.efdeportes.com/efd148/otreinamento-de-forca-empacientes-comosteoporose.htm. 

NASCIMENTO, Rayane Camila Freitas do. Exercício físico e osteoporose em mulheres na menopausa: uma revisão sistemática. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 

Netto,  L.  A.  V.,  Moraes,  F. B.,  Oliveira,  L.  G., Marques, R.,  Paranahyba, F.  L.  D.  C., Caiado,  U. R.,  &  Xavier,  S. E.D.M.  (2020). Osteoporose  masculina: principais fatores de riscos encontrados em uma campanha em Goiânia–go. Revista Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo, 17 (1), 56. 

NORRIS, Tommie L. Porth – Fisiopatologia . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527737876. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Acesso em: 27 mar. 2024. 

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Portaria SAS/MS nº 451, de 9 de junho de 2014. 

RODRIGUES, I. G.; BARROS, M. B. DE A.. Osteoporose autorreferida em população idosa: pesquisa de base populacional no município de Campinas, São Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 19, n. 2, p. 294–306, abr. 2016.  

SANTOS, Wagner Soares. Exercício resistido para a prevenção da osteoporose em idosos predispostos. 2021. 

SILVA, C. F. F. et al. Associação de força e nível de atividade física à densidade mineral óssea na pós-menopausa. Rev. Bras. Med. Esporte., São Paulo, v. 21, n. 2, p. 117-121, mar./abr. 2015. 

SELBMANN, A.; GOMES, C. H. P.; CAHINO, J. P. de A. B.; REZENDE, M. S. de; Magalhães Filho M. P. de; FREITAS, S. N.; BOMFIM, V. B.; SOUZA, A. K. P. de. Tratamento e medidas de prevenção capazes de promover qualidade de vida aos portadores de osteoporose. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 7, n. 2, p. e68410, 2024. DOI: 10.34119/bjhrv7n2-224. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/68410. Acesso em: 2 apr. 2024. 

SOARES, FAM.; WENNING, GD.; COSTA, S. de Q..; PRADO NETO, SC do. Osteoporose densitométrica: perfil epidemiológico de um município do sudoeste goiano. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 9, pág. e16011931505, 2022. DOI: 10.33448/rsdv11i9.31505. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31505. Acesso em: 2 abr. 2024. 

SOUZA, M. P. G. DE .. Diagnóstico e tratamento da osteoporose. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 45, n. 3, p. 220–229, maio 2010. 

STÜRZNICKEL, Julian et al. Fenótipo clínico e relevância das variantes LRP5 e LRP6 em pacientes com osteoporose de início precoce (EOOP). Revista de Pesquisa Óssea e Mineral , v. 2, pág. 271-282, 2020.

Yanagawa, S., Tahara, H., Tanaka, Y., Shimizu, S., Ohira, M., Ide, K., & Ohdan, H. (2021). Analysis of Risk Factors Affecting Incidence of Osteoporosis and Fragility Fractures in Liver Transplant Recipients. Annals of Transplantation,26, e925475-1.