HIPERTENSÃO ARTERIAL E ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: CORRELAÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202506032138


Gabriel de Matos Brito Ribeiro1
Gustavo Dantas de Almeida Fernandes2
Raviere de Sousa Nogueira3
Marlene Guimarães Santos4


RESUMO

A hipertensão arterial é potencial causador de acidente vascular encefálico, a prevenção e o tratamento eficazes são fundamentais para reduzir esse risco e preservar a saúde cerebral. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA), frequentemente associada a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo, como o coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos. OBJETIVOS: Analisar relações causais fisiopatológicas entre a Hipertensão arterial sistêmica e o Acidente Vascular Encefálico, determinar a influência exercida pelos valores pressóricos patológicos sobre danos vasculares encefálicos, relatar a fisiopatologia da hipertensão arterial e sua repercussão sistêmica, definir novas perspectivas no tratamento e manejo da HAS e AVE. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se que uma revisão integrativa da literatura, exploratória-descritiva, de finalidade básica, caráter qualitativo, utilizado bases de dados Lilacs, Scielo e PubMed e de temporalidade longitudinal. Foram inclusos trabalhos originais, plataformas digitais da Organização Mundial da Saúde e boletins do ministério da saúde que abordassem a informações atuais sobre a epidemiologia, fisiopatologia e correlação de ambas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados apontam que cerca de 30% da população adulta brasileira é hipertensa e que mais da metade dos casos de AVE está diretamente relacionada à HAS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: destacam a importância de medidas preventivas, como mudanças no estilo de vida, controle farmacológico e ações de saúde pública para mitigar o impacto dessas doenças. Conclui-se que o controle da pressão arterial é fundamental para a redução da incidência de AVE e melhora da qualidade de vida populacional.

Palavras-chave: Angiotensina. Hemorragia. Hipertensão. Isquemia

ABSTRACT:

High blood pressure is a potential cause of stroke; effective prevention and treatment are essential to reduce this risk and preserve brain health. Systemic arterial hypertension (SAH) is a multifactorial clinical condition, characterized by high and sustained levels of blood pressure (BP), often associated with functional and/or structural changes in target organs, such as the heart, brain, kidneys and blood vessels. OBJECTIVES: To analyze pathophysiological causal relationships between systemic arterial hypertension and stroke, determine the influence exerted by pathological pressure values on brain vascular damage, report the pathophysiology of arterial hypertension and its systemic repercussions, define new perspectives in the treatment and management of hypertension and stroke. METHODOLOGY: This study is an integrative, exploratory-descriptive literature review, with a basic purpose, qualitative character, using Lilacs, Scielo and PubMed databases and longitudinal temporality. Original works, digital platforms from the World Health Organization and bulletins from the Ministry of Health that addressed current information on epidemiology, pathophysiology and correlation of both were included. RESULTS AND DISCUSSION: The results indicate that approximately 30% of the Brazilian adult population is hypertensive and that more than half of stroke cases are directly related to hypertension. FINALS CONSIDERATIONS: highlight the importance of preventive measures, such as lifestyle changes, pharmacological control and public health actions to mitigate the impact of these diseases. It is concluded that blood pressure control is essential to reduce the incidence of stroke and improve the population’s quality of life.

Keywords: Angiotensin. Bleeding. Hypertension. Ischemia

1. INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial, frequentemente superiores a 140/90 mmHg, conforme as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (NOBRE et al., 2013). É considerada um dos principais fatores de risco modificáveis para doenças cardiovasculares, sendo fortemente associada ao acidente vascular encefálico (AVE), tanto em sua forma isquêmica quanto hemorrágica (BIANCO; BOMBIG; FRANCISCO, 2021).

Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que 17,1 milhões de mortes anuais são decorrentes de doenças cardiovasculares, sendo a hipertensão responsável por cerca de 7,5 milhões dessas mortes, o que representa 16,5% do total global (PARK; KARIO; WANG, 2015). No Brasil, aproximadamente 30% da população adulta é hipertensa, e mais da metade dos casos de AVE estão diretamente relacionados à HAS (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2020).

A elevação contínua da pressão arterial compromete a integridade dos vasos sanguíneos, favorecendo a rigidez arterial, a disfunção endotelial e a formação de placas ateroscleróticas. Esses mecanismos fisiopatológicos contribuem tanto para o bloqueio do fluxo cerebral (AVE isquêmico) quanto para a ruptura de vasos (AVE hemorrágico) (PEREIRA et al., 2017; CANCELA, 2008). Além disso, a ativação exacerbada do sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensinaaldosterona (SRAA) desempenha papel central na manutenção da hipertensão crônica e nas suas repercussões sistêmicas (COLAFELLA; BOVÉE; DANSER, 2019; POURZITAKI et al., 2016).

Do ponto de vista epidemiológico, o AVE representa uma das principais causas de morte e incapacidade funcional no Brasil, com impacto significativo sobre os sistemas de saúde e a qualidade de vida dos pacientes (MARGARIDO, 2021). Por isso, torna-se essencial compreender a correlação entre HAS e AVE, especialmente no que tange à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Diante desse panorama, o presente estudo tem como objetivo analisar as relações fisiopatológicas entre a hipertensão arterial e o acidente vascular encefálico, discutir a influência dos valores pressóricos sobre os danos cerebrais e destacar medidas preventivas e terapêuticas que possam mitigar os efeitos dessas doenças de alta prevalência.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Doença

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA), frequentemente associada a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo, como o coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos. Essa condição é um dos principais fatores de risco para o acidente vascular encefálico (AVE), tanto do tipo isquêmico quanto hemorrágico (NOBRE et al., 2013). O AVE, por sua vez, é definido como uma interrupção súbita do suprimento sanguíneo cerebral, podendo causar sequelas graves ou morte (CANCELA, 2008).

2.1.1 Causas

As causas da HAS envolvem fatores genéticos, ambientais e fisiológicos. Genética familiar, dieta rica em sódio, sedentarismo, obesidade, estresse crônico e alterações hormonais são alguns dos principais fatores predisponentes. A ativação do sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) contribuem para o aumento da pressão arterial (COLAFELLA; BOVÉE; DANSER, 2019). Quanto ao AVE, suas causas podem ser tromboembólicas (AVE isquêmico) ou relacionadas à ruptura vascular (AVE hemorrágico), frequentemente secundárias à elevação crônica da PA (PEREIRA et al., 2017).

2.1.2 Sintomas

A HAS é muitas vezes assintomática, mas pode provocar sintomas como cefaleia, tontura, palpitações e alterações visuais em estágios avançados (VICTOR, 2018). Já o AVE se manifesta de forma abrupta com sinais de fraqueza unilateral, assimetria facial, dificuldade para falar, perda de coordenação e visão turva. A gravidade e o tipo de sintomas dependem da área cerebral afetada (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO, 2018).

2.1.3 Diagnóstico

O diagnóstico da hipertensão é clínico, sendo confirmado após aferições repetidas com valores ≥140/90 mmHg, conforme as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (NOBRE et al., 2013). O AVE é diagnosticado por meio da avaliação clínica, utilizando escalas como a de Cincinnati, além de exames laboratoriais (coagulograma, eletrólitos) e de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, esta última considerada padrão-ouro (RUBENS, 2004; UFSB, 2022).

2.1.4 Tratamento

O tratamento da HAS é baseado na adoção de hábitos saudáveis, como dieta com baixo teor de sódio (DASH), prática regular de atividade física e cessação do tabagismo, além do uso de medicamentos anti-hipertensivos como diuréticos, inibidores da ECA, antagonistas de angiotensina II e bloqueadores dos canais de cálcio (CHIU et al., 2016; FREITAS; NIELSON; PORTO, 2015).

No caso do AVE, o tratamento varia conforme o tipo: para o AVE isquêmico, usam-se anticoagulantes, antiagregantes plaquetários e, em casos agudos, trombolíticos. No AVE hemorrágico, o foco é o controle da PA, suporte intensivo e, eventualmente, intervenção neurocirúrgica. Além disso, a reabilitação precoce é fundamental para recuperação funcional (CANCELA, 2008; HABIB, 2000).

3. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, exploratória-descritiva, de caráter qualitativo, utilizando as bases de dados Lilacs, Scielo e Pubmed, por meio do uso dos descritores: “doença coronariana”, “hipertensão arterial”, “regulação”, “fisiopatologia”, “acidente vascular encefálico”, “angiotensina”, ambos nas línguas portuguesa e inglesa, no período de 2002 a 2023. Foram inclusos trabalhos originais, plataformas digitais da Organização Mundial da Saúde e boletins do ministério da saúde que abordassem a informações atuais sobre a epidemiologia, fisiopatologia e correlação de ambas – hipertensão arterial e acidente vascular encefálico – a nível nacional, sendo excluídos trabalhos que fugissem da temática, resumos de congresso, dissertações ou teses. O presente estudo apresenta riscos ínfimos, já que se trata de uma revisão integrativa da literatura, de caráter qualitativo e sem a participação direta de participantes. Já em relação aos benefícios, é imprescindível destacar a relevância no âmbito social e científico, já que o tema tratato apresenta prevalência significativa na sociedade e há grande impacto na saúde pública, abrengendo as possíveis prevenções e tratamentos que possam ser implementados para beneficiar a população.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diversos estudos evidenciam a relação direta entre a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o acidente vascular encefálico (AVE), especialmente o do tipo isquêmico. Dados epidemiológicos recentes estimam que cerca de 30% da população brasileira adulta sofre de hipertensão, sendo esta responsável por mais de 50% dos casos de AVE (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2020).

Quadro 1 – Principais fatores de risco e dados epidemiológicos associados à hipertensão arterial sistêmica e acidente vascular encefálico.

Fator de RiscoPrevalência / ImpactoFonte
Hipertensão arterial sistêmicaPresente em >50% dos casos de AVE no BrasilSociedade Brasileira de Cardiologia, 2020
População hipertensa (Brasil)Cerca de 30% da população adultaSociedade Brasileira de Cardiologia, 2020
Redução da PA diastólica (5 mmHg)Reduz o risco de AVE em 34%Bianco, Bombig, Francisco, 2021
Redução da PA diastólica (10 mmHg)Reduz o risco de AVE em 56%Bianco, Bombig, Francisco, 2021
AVE isquêmicoResponsável por 80% dos casos de AVC no BrasilPereira et al., 2017
AVE hemorrágicoMais frequentemente associado à hipertensão não tratadaCancela, 2008; Habib, 2000
Taxa de mortalidade por AVE (♀)14,09%Margarido, 2021
Taxa de mortalidade por AVE (♂)13,69%Margarido, 2021

A HAS atua na gênese do AVE ao promover alterações crônicas na hemodinâmica cerebral. A pressão arterial elevada leva à rigidez vascular e à perda de complacência arterial, tornando os vasos mais suscetíveis a rupturas e obstruções. Estudos como os de Pereira et al. (2017) relatam que a manutenção da pressão arterial em níveis adequados reduz em até 40% o risco de AVE.

Além do risco direto, a HAS também contribui para a formação de placas ateroscleróticas e à disfunção endotelial, promovendo a oclusão de vasos cerebrais. A literatura também destaca a importância da adesão ao tratamento, com abordagens farmacológicas (inibidores da ECA, antagonistas do cálcio, diuréticos) e mudanças de estilo de vida como a dieta DASH e a prática regular de atividade física (Chiu et al., 2016; Lima et al., 2021).

A atuação da Atenção Primária à Saúde é decisiva na detecção precoce da HAS e no seu acompanhamento. Estratégias de saúde pública, como a expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF), têm promovido maior acesso à triagem e tratamento, reduzindo as taxas de complicações cardiovasculares (SILVA et al., 2021).

Dessa forma, reforça-se a relevância de medidas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento contínuo da HAS, contribuindo diretamente para a redução da incidência de AVE e melhora da qualidade de vida dos pacientes acometidos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente revisão demonstrou que a hipertensão arterial sistêmica é o principal fator de risco modificável para o acidente vascular encefálico, tanto isquêmico quanto hemorrágico. Os mecanismos fisiopatológicos que ligam ambas as patologias estão bem estabelecidos na literatura. A prevenção da HAS, com controle rigoroso da pressão arterial, estilo de vida saudável, tratamento medicamentoso e acompanhamento contínuo, é essencial para a redução da morbimortalidade por AVE. Além disso, destaca-se a importância da atuação da Atenção Primária à Saúde na triagem e monitoramento da população em risco. Conclui-se que o controle da pressão arterial deve ser prioridade em políticas públicas de saúde, promovendo ações preventivas eficazes e ampliação do acesso ao cuidado.

6. REFERÊNCIAS

BIANCO, M. H.; BOMBIG, M. T. N.; FRANCISCO, J. R. A. hipertensão arterial sistêmica e sua relação com o acidente vascular cerebral. Revista Brasileira de Clínica Médica, São Paulo, v. 19, n. 2, p. 105-110, 2021.

CANCELA, D. M. G. O acidente vascular cerebral: classificação, principais consequências e reabilitação. Porto: Universidade Lusófona do Porto, 2008.

CHAPPELL, M. C. Avaliação bioquímica do sistema renina-angiotensina: o bom, o ruim e o absoluto? American Journal of Physiology – Heart and Circulatory Physiology, v. 310, p. H137-H152, 2016.

CHIU, S. et al. Efeitos da dieta DASH na hipertensão arterial. Journal of Hypertension, v. 34, n. 3, p. 456-462, 2016.

COLAFELLA, K. M. M.; BOVÉE, D. M.; DANSER, A. H. T. The renin-angiotensinaldosterone system and its therapeutic targets. Experimental Eye Research, v. 186, n. 107680, p. 1-7, 2019.

FREITAS, L. A.; NIELSON, A. M.; PORTO, A. P. Terapias farmacológicas na hipertensão arterial. Revista de Ciências Médicas, v. 23, n. 1, p. 45-52, 2015.

HABIB, G. A. Doenças vasculares cerebrais. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.

LIMA, J. A. et al. tividade física como prevenção e tratamento da hipertensão arterial. Revista Saúde & Movimento, v. 14, n. 1, p. 45-53, 2021.

MARGARIDO, L. S. Dados epidemiológicos sobre o AVE no Brasil. Boletim de Saúde Pública, v. 8, n. 2, p. 5-10, 2021.

NOBRE, F. et al. Diretrizes brasileiras de hipertensão VI. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 101, n. 3, p. 1-51, 2013.

PARK, J. B.; KARIO, K.; WANG, J. G. Perspectives on antihypertensive treatment in Asia. Journal of Clinical Hypertension, v. 17, n. 1, p. 15–20, 2015.

PEREIRA, I. M. et al. Acidente vascular cerebral isquêmico: diagnóstico e conduta. Revista Neurociências, v. 25, n. 1, p. 123-130, 2017.

POURZITAKI, C. et al. Cardiovascular regulation and baroreceptor reflex: the role of the nucleus tractus solitarii. Current Hypertension Reviews, v. 12, n. 3, p. 182190, 2016.

RUBENS, J. C. Diagnóstico por imagem no AVE. Revista de Radiologia Brasileira, v. 37, n. 1, p. 45-52, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO. Protocolo de atendimento ao paciente com AVC agudo. Vitória: SESA, 2018.

SILVA, R. L. D. T.; BARRETO, M. S.; ARRUDA, G. O.; MARCON, S. S. Implantação do Programa de assistência às Pessoas com Hipertensão arterial Sistêmica na Estratégia Saúde da Família. Cadernos de Saúde Coletiva, v. 29, n. 3, p. 366-375, 2021.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial – 2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 116, n. 3, p. 516658, 2021

UFSB – UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA. Material didático sobre acidentes vasculares cerebrais. Ilhéus, 2022.

VICTOR, R. G. Manual de hipertensão. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2018.


1Bacharelando em Medicina /Faculdade Metropolitana, União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental (UNNESA) E-mail: ravisous10@outlook.com

2Bacharelando em Medicina/ Faculdade Metropolitana, União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental (UNNESA) E-mail: gustavoluis2147@gmail.com

3Bacharelando em Medicina/ Faculdade Metropolitana, União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental (UNNESA) E-mail: gabrieldematos.gm@gmail.com

4Doutora em Biologia Experimental pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Faculdade Metropolitana, União de Ensino Superior da Amazônia Ocidental (UNNESA) E-mail: marlene.santos@metropolintana-ro.com.br