REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202507311122
Vitória de Sousa Novais; Maria Mirelly Ferreira Vidal; Cicera Tamires Daniel Monte; Maria Deusinete Gonçalves Vieira; Cicera Kauanna Chagas de Brito; Maria Talita de Lima Leite; Drielly Bezerra Holanda; Maria de Lourdes Silva Lima; Emille de Souza Apolinário Barreto; Kessler Pantaleão de Araújo Pereira Quinderé.
RESUMO
Este artigo apresenta um relato de experiência sobre a atuação da fisioterapia no contexto da assistência domiciliar, integrada à Atenção primária à Saúde. A experiência foi vivenciada na UPA e nas residências, destacando o papel do fisioterapeuta na promoção da saúde, prevenção de agravos e reabilitação funcional de pacientes domiciliares. O atendimento em casa permitiu observar de forma mais abrangente as condições de vida dos pacientes, fortalecendo o vínculo entre profissional, paciente e família. A prática mostrou-se essencial para ampliar acesso dos pacientes aos cuidados fisioterapêuticos, contribuindo para humanização do atendimento e a continuidade do cuidado dentro do Sistema Único de Saúde.
Palavras-chaves: Fisioterapia domiciliar; Reabilitação; Atenção primária à saúde.
INTRODUÇÃO
A fisioterapia no atendimento domiciliar é definida como uma assistência, em que os cuidados fisioterapêuticos são prestados na própria casa do paciente. Essa modalidade tem como objetivo prover um conjunto de ações com foco na promoção à saúde, na prevenção e na reabilitação de doenças. No Brasil, houve um aumento considerável nos serviços de fisioterapia domiciliar devido a comodidade, facilidade do atendimento e a fatores como incapacidade física, funcional, dificuldade de locomoção e restrição ao leito (Pires; Arantes, 2022).
A atenção primária à saúde (APS) é a porta de entrada para que os pacientes tenham acesso aos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atua no âmbito individual e coletivo, resguardando os princípios básicos de universalidade, acessibilidade e promoção à saúde mediante programas de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da vida (Brasil, 2017). Essa assistência é oferecida gratuitamente à população, por uma equipe multidisciplinar, direcionada às necessidades e demandas territoriais, considerando os determinantes e condicionantes de saúde.
Os pacientes restritos ao leito e/ou ao domicílio necessitam de uma assistência contínua de fisioterapia, geralmente por tempo prolongado. Tendo em vista as comorbidades que são adquiridas devido ao imobilismo, dentre elas: incapacidades funcionais, diminuição da amplitude de movimento, redução da força muscular, atrofias, rigidez articular e déficits cognitivos. Diante disso, a fisioterapia almeja prevenir agravos nas enfermidades, promover a independência nas atividades de vida diária (AVD), restaurar a mobilidade, evitar complicações secundárias e melhorar a qualidade de vida (Viana, 2024).
Vários estudos indicam que a fisioterapia domiciliar traz benefícios assertivos como a redução do risco de quedas, o fortalecimento muscular e a prevenção de complicações relacionadas à síndrome do imobilismo. Dessa forma, sugerem que os atendimentos à domicílio podem contribuir positivamente para aumentar a autonomia dos idosos, melhorar o condicionamento físico e o bem-estar geral desses pacientes (Langowski et al., 2025).
Diante desse contexto, ressalta-se a importância da participação do fisioterapeuta junto a equipe multidisciplinar na atenção primária à saúde (APS) com foco na promoção da saúde e na prevenção de agravos, dessa forma o objetivo do presente relato é analisar a integração do estágio supervisionado em Fisioterapia Coletiva de uma instituição de ensino privada juntamente com a Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF 22) da cidade de Juazeiro do Norte, CE. Pretende-se com isso, aprofundar a compreensão das práticas fisioterapêuticas com vista à prevenção de complicações, restauração da mobilidade funcional e qualidade de vida dos pacientes assistidos pela fisioterapia domiciliar.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicos do curso de fisioterapia durante a disciplina de estágio supervisionado em Saúde Coletiva, realizado na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF 22), localizada na rua Pedro Guilherme, 198, no bairro Fátima, em Juazeiro do Norte – CE, no período entre o mês de fevereiro até o início do mês de abril de 2025.
A organização da equipe nesta Unidade é formada por um médico, uma enfermeira, uma dentista, dois técnicos de enfermagem, um auxiliar bucal, oito agentes comunitários de saúde, um auxiliar de serviços gerais, um auxiliar de farmácia, um nutricionista e um porteiro. O horário de funcionamento da unidade é de segunda-feira à sexta-feira , das 07:30 às 11:30 e 13:30 às 17:00.
A inclusão dos pacientes para atendimento domiciliar ocorreu por intermédio dos agentes comunitários de saúde (ACS) que selecionaram os pacientes mais críticos que não possuíam condições físicas para se deslocarem até a UBS, um dos critérios necessários seria residir na área coberta pela unidade.
As visitas domiciliares (VD) ocorreram no período de 18 fevereiro a 08 de abril de 2025, os atendimentos foram realizados duas vezes por semana (terças e quintas-feiras) com duração média de 40 minutos para cada atendimento, totalizando 10 assistências domiciliares durante o período de estágio. Inicialmente, foram realizadas as avaliações fisioterapêuticas dos pacientes contendo anamnese, queixa principal, história da doença atual e atividades de vida diária, além do exame físico contendo a avaliação da força muscular, amplitude de movimento, teste Timed Up and Go (TUG) para avaliar a mobilidade, o equilíbrio e o risco de quedas, teste de sentar e levantar, postura e padrão da marcha.
Após cada avaliação, foram elaborados diagnósticos fisioterapêuticos e construídos os objetivos, condutas e plano de tratamento específico para cada paciente. Diante disso, os acadêmicos foram divididos em três grupos, G1, G2 e G3, sendo que G1 e G2 atenderam 3 pacientes cada e G3 ficou responsável por 4 pacientes. No total, 10 pacientes foram atendidos, destes 3 são acamados. Tais pacientes, possuem diagnóstico de AVC isquêmico, síndrome do imobilismo, artroplastia total de quadril, pós câncer de mama, gonartrose, artrose coxofemoral, demência, escoliose, hérnia de disco. Esses apresentaram disfunções locomotoras e alterações nas atividades de vida diária
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As visitas domiciliares conduzidas por acadêmicos de fisioterapia sob supervisão foram realizadas no período de 18 de fevereiro a 08 de abril de 2025 dentro do estágio da disciplina de saúde comunitária que permitiu o contato direto com a realidade de pacientes em condições de saúde que exigem acompanhamento contínuo e personalizado. Durante esse período, foram realizadas 10 assistências fisioterapêuticas, totalizando 30 atendimentos, possibilitando uma escuta ativa das demandas individuais e a aplicação de intervenções alinhadas às necessidades de cada paciente. Os estagiários foram divididos em grupos de duas ou três pessoas, formando os grupos G1, G2 e G3 para melhor divisão da demanda de pacientes
O atendimento foi direcionado a pacientes previamente selecionados pelos agentes comunitários de saúde da UBS 22 da Vila Fátima, considerando critérios como a limitação de mobilidade e a residência na área de abrangência da unidade. Cada atendimento teve duração média de 40 minutos e envolveu uma avaliação fisioterapêutica completa, incluindo anamnese, exame físico e aplicação de testes funcionais como o Timed Up and Go (TUG) e o teste de sentar e levantar. Com base nas avaliações, foram traçados diagnósticos fisioterapêuticos, objetivos terapêuticos e condutas individualizadas, respeitando as limitações e potencialidades de cada paciente.
A primeira admissão do G1 foi indicada pela agente de saúde responsável pela área. Paciente de 79 anos, sexo femino, mãe de 5 filhos incluindo uma adulta atípica, viúva, cardíaca, com diagnóstico extenso de hérnia de disco lombar, osteofitos lombares, escoliose com curva em C para a esquerda, gonoartrose à esquerda e artrose de quadril. Há dois anos fraturou o fêmur esquerdo e desde então sua locomoção ficou ainda mais prejudicada. Já passou por uma cirurgia cardíaca e um tratamento quimioterápico para combater a hanseníase, doença que enfrentou no período de 2017 a 2018. O cuidado fisioterapêutico em doenças reumáticas é de extrema importância para a recuperação da funcionalidade dos pacientes (Valença et al., 2021).
Atualmente, sua queixa principal é a dor nos joelhos e no quadril. Foi pontuado como diagnóstico cinético funcional a fraqueza muscular de MMII associada a redução de ADM (amplitude de movimento) com prejuízo funcional. Os objetivos de tratamento foram voltados para a redução da dor, ganho de ADM e ganho de força muscular. Durante os atendimentos foram realizadas mobilizações na articulação do joelho e quadril, alongamentos de cadeia anterior e posterior dos MMII (membros inferiores) e fortalecimento dos músculos: glúteo médio, quadríceps, isquiotibiais, gastrocnêmio e sóleo. Segundo Santos e Vieira (2021) os exercícios de fortalecimento são essenciais para devolver a funcionalidade dos pacientes fraturados.
T. M. F., segunda paciente atendida pelo G1, é uma mulher de 86 anos, viúva, que vive sozinha e recebe visitas das filhas aos finais de semana. Apresenta comorbidades como diabetes, hipertensão, dislipidemia e ansiedade diagnosticada. Já foi submetida a cirurgias para correção de hérnia umbilical, retirada de tumor intestinal e punção articular para drenagem de cisto de Baker no joelho direito, mesma articulação que tem osteoartrite. A osteoartrite de joelho é uma condição crônica que acomete principalmente pessoas idosas. Caracteriza-se por dor intensa, redução da amplitude de movimento e rigidez articular (Teixeira; Santos, 2023)
A principal queixa de T. M. F. é dor no joelho direito, que compromete sua deambulação e, consequentemente, suas atividades de vida diária. Por isso, faz uso de dispositivo auxiliar de marcha. Após avaliação fisioterapêutica detalhada, foi estabelecido o diagnóstico cinético-funcional de dificuldade de locomoção decorrente de osteoartrose de joelho. O plano de tratamento inclui alívio da dor, alongamento e fortalecimento da musculatura do membro inferior, com ênfase na articulação do joelho, além de treino de marcha. A paciente foi orientada a realizar ao menos uma caminhada diária, já que relatava sair de casa apenas para varrer a calçada. No terceiro atendimento, referiu melhora significativa da dor e informou estar realizando pequenas caminhadas matinais nas proximidades de sua residência. De acordo com Teixeira e Santos (2023) a participação ativa do paciente é essencial para a melhora do quadro clínico, priorizando-se, sempre que possível, uma abordagem conservadora, ou seja, sem a necessidade de intervenção cirúrgica.
O primeiro paciente atendido pelo G2 foi L. P. S., sexo masculino, 79 anos, mora com a sobrinha, apresenta hipertensão, dislipidemia (níveis de colesterol e/ou triglicérides elevados), possui histórico de insuficiência cardíaca, já realizou tratamentos anteriores para hanseníase, seu diagnóstico clínico é de AVC isquêmico com predominância do lado esquerdo do corpo. Atualmente, apresenta como queixa principal dor moderada nos membros inferiores e superiores do lado esquerdo mais predominante no período matutino. Deambula com auxílio de um andador e apresenta rotação externa de quadril no lado esquerdo. No Brasil, o AVC é considerado a doença com maior prevalência de óbitos, em 2020 houve 99.010 registros de mortes por essa doença (Rezende; Veneziano, 2023).
Após minuciosa avaliação fisioterapêutica, o diagnóstico cinético funcional de L. P. S., é de hemiparesia à esquerda, espasticidade e fraqueza de glúteo médio, tendo em vista que apresenta uma marcha instável e deambula com o pé esquerdo arrastando no chão. Os objetivos traçados foram: reduzir o quadro álgico, ganho de ADM, fortalecimento muscular de MMII e MMSS e promover a independência nas AVD ‘S. As condutas realizadas foram: alongamento muscular MMSS e MMII, fortalecimento muscular de (deltóide, bíceps e tríceps braquial) e de quadríceps, glúteo médio, isquiotibiais, gastrocnêmio, sóleo e plantar. Ademais, foi realizado treino de transferência (sentar e levantar), exercícios de preensão palmar para reduzir padrão flexor.
A segunda paciente atendida pelo G2 foi D. A. P., sexo feminino, 93 anos, reside com a filha, possui diagnóstico clínico de glaucoma avançado, com perda total da visão, e hipertensão arterial sistêmica (HAS), fazendo uso contínuo de medicações. Em decorrência da limitação visual, a paciente não deambula mais e permanece grande parte do tempo em leito ou sentada em cadeira de rodas. Sua principal queixa relatada é rigidez muscular, principalmente em membros inferiores, associada à fraqueza muscular generalizada.
Após uma avaliação fisioterapêutica detalhada, foi constatado como diagnóstico cinético-funcional o quadro de síndrome do imobilismo. A síndrome do imobilismo é uma condição frequente em idosos acamados, caracterizada pela perda progressiva da funcionalidade, diminuição da mobilidade, fraqueza muscular e maior risco de complicações secundárias, como úlceras por pressão e infecções respiratórias (Silva et al., 2021). Diante disso, os objetivos fisioterapêuticos traçados para ela foram: reduzir a rigidez muscular, diminuir o quadro álgico e melhorar a amplitude de movimento (ADM).
As condutas realizadas ao longo do atendimento incluíram: cinesioterapia passiva, mobilizações passivas, liberação miofascial e drenagem manual. Durante o acompanhamento fisioterapêutico, foi possível observar melhora significativa na rigidez muscular. Segundo relato da filha, a paciente apresentou diminuição das queixas anteriores, mostrando-se mais atenta, comunicativa e participativa nas atividades do dia a dia.
A paciente M. M. B, terceira paciente admitida pelo G2, sexo feminino, 85 anos, viúva, hipertensa, diabética, DLP (dislipidemia), histórico de AVC, mora sozinha, possui uma cuidadora durante o dia, utiliza um andador como auxílio e relata quedas recorrentes. No ano de 2020, sofreu uma queda e fraturou o fêmur esquerdo, sendo necessária a realização de uma cirurgia de artroplastia total de quadril para colocação de uma prótese. Paciente apresenta instabilidade postural e sua queixa principal são dores difusas pelo corpo decorrente de quedas. De acordo com Medeiros et al. (2024), as fraturas de fêmur são responsáveis por 84% das lesões ósseas em idosos com mais de 60 anos, sendo considerada causa importante para mortalidade e incapacidade funcional nesse público.
O diagnóstico cinético funcional da paciente M. M. B. É de fraqueza muscular de abdutores e adutores do quadril. Os objetivos do tratamento foram: reduzir a dor, ganhar ADM, fortalecer a musculatura do quadril ( adutores, abdutores, flexores, extensores, quadríceps e glúteos), isquiotibiais. As condutas realizadas foram: alongamento dos MMII, exercícios de dorsiflexão, plantiflexão, inversão e reversão ativa dos tornozelos, treino de marcha com o andador, treino de transferência com sentar e levantar, descarga de peso, equilíbrio.
A paciente M. F. G, primeira admissão do G3 é do sexo feminino, 75 anos, viúva, mora com o filho e o mesmo trabalho o dia todo, deambula com auxílio de andador, apresenta osteoporose, artrose, artrite no joelho esquerdo e AVC. Apresenta algumas comorbidades como diabetes, colesterol e hipertensão. Paciente já passou por procedimentos cirúrgicos para retirada de útero e ovário. Atualmente, apresenta como queixa principal fraqueza de MMII, dormência e dor principalmente no joelho.
Após uma avaliação fisioterapêutica detalhada, foi exposto que a paciente apresenta o diagnóstico cinético funcional de fraqueza muscular em membros inferiores associada à diminuição da amplitude de movimento, resultando em prejuízo funcional e necessidade do uso de andador. Ao longo das sessões, foram aplicadas técnicas de mobilização nas articulações do joelho e quadril, além de alongamentos das cadeias musculares anterior e posterior dos membros inferiores, e exercícios de fortalecimento para gastrocnêmio, sóleo, glúteo médio, quadríceps, e isquiotibiais.
O paciente J.A.C, segundo paciente atendido pelo G3, sexo masculino, 70 anos, casado e mora com sua esposa, o mesmo apresenta colesterol, gastrite e depressão. Seu diagnóstico clínico é de hérnia de disco e osteófitos (bico de papagaio). Relata como principal queixa a limitação da mobilidade acompanhada de dores intensas na região da coluna.
Com base em uma cuidadosa avaliação feita pela fisioterapia, foi apresentado que o paciente tem como diagnóstico cinético funcional diminuição da amplitude de movimento (ADM), fraqueza e encurtamento muscular, alterações posturais, déficits de equilíbrio, coordenação ou marcha, dores relacionadas ao movimento ou função, além de prejuízo funcional nas atividades diárias. Foram estabelecidos como objetivos de tratamento: reduzir a dor na região da coluna, melhorar a amplitude de movimento (ADM) da coluna vertebral, fortalecer e alongar os grupos musculares afetados, especialmente os músculos estabilizadores da coluna e da pelve, corrigir alterações posturais para reduzir a sobrecarga nas estruturas vertebrais, melhorar o equilíbrio e a coordenação motora, prevenindo novas lesões ou agravamentos do quadro.
Paciente M. N. D, admitida pelo G3, 76 anos, sexo feminino, casada. Paciente apresenta limitação de amplitude de movimento do MMSS direito, decorrente da cirurgia de câncer de mama, apresenta além disto dispneia aos esforços, decorrente da retirada de 75% do pulmão, logo após a mastectomia. A mesma mora com o marido, mas a filha que a acompanha todo processo de atendimento. Apresenta como queixa principal o comprometimento da função motora, causada pela limitação do movimento e a perda de força. Os principais objetivos de tratamento é fortalecer, alongar, reduzir limitações, melhorar edemas se houver, trabalhar cognição e coordenação motora.
Paciente J. M. S, admitido pelo G3, 78 anos, sexo masculino, casado e acamado. A cônjuge relata que o paciente apresenta escoliose acentuada e que o mesmo já teve um AVC, mas nunca foi diagnosticado. Nisto ao avaliarmos observamos que o mesmo apresenta uma hemiparesia do lado direito. Além disso, apresenta sempre secreção, pois foi fumante há 60 anos. A sua queixa principal é a perda funcional, comprometimento motor e restrição de mobilidade. Os principais objetivos a serem trabalhados com o paciente é diminuir a rigidez articular, fortalecer MMSS e MMII, e amenizar dores.
CONCLUSÃO
A realização do estágio supervisionado em fisioterapia coletiva, com ênfase nos atendimentos domiciliares realizados pela UBSF 22 de Juazeiro do Norte -CE, proporcionou uma vivência enriquecedora que ampliou a compreensão sobre a importância da atuação do fisioterapeuta no contexto da atenção primária à saúde. Através da escuta ativa, da avaliação criteriosa e da aplicação de condutas individualizadas, foi possível contribuir de forma significativa para a melhoria da funcionalidade e da qualidade de vida dos pacientes atendidos. A prática em domicílio se mostrou desafiadora, porém essencial, especialmente diante das limitações impostas pela idade avançada, presença de comorbidades e restrição à mobilidade. A integração com a equipe multiprofissional da unidade e a articulação com os agentes comunitários de saúde foram fundamentais para o sucesso das intervenções fisioterapêuticas. Conclui-se que a inserção da fisioterapia no contexto domiciliar é uma estratégia eficaz para promover autonomia, prevenir complicações associadas ao imobilismo e oferecer suporte contínuo aos pacientes em situação de vulnerabilidade. Além disso, reforça-se a relevância da formação prática dos acadêmicos como meio de desenvolver competências técnicas e humanas voltadas ao cuidado integral e humanizado ao Sistema Único de Saúde.
REFERÊNCIAS
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Acadêmica de fisioterapia, Centro Universitário Paraíso- UniFAP – E-mail: vick.novais17@gmail.com
Acadêmica de fisioterapia, Centro Universitário Paraíso- UniFAP – E-mail: talitaleite906@gmail.com
Acadêmica de fisioterapia, Centro Universitário Paraíso- UniFAP – E-mail: mirellyferreira@aluno.fapce.edu.br
Acadêmica de fisioterapia, Centro Universitário Paraíso- UniFAP – E-mail: driellyholanda07@gmail.com
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Acadêmica de fisioterapia, Centro Universitário Paraíso- UniFAP – E-mail: kauana@aluno.unifapce.edu.br
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Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Neurofuncional, Mestra em Ciências da Reabilitação UFRN/FACISA – Docente do Curso de Fisioterapia da UniFAP, Centro Universitário Paraíso-UniFAP – E-mail: Emille.souza@fapce.edu.br
Fisioterapeuta, Especialista em Gerontologia, Docente do Curso de Fisioterapia da UniFAP, Centro Universitário Paraíso-UniFAP – E-mail: Kessler.quindere@fapce.edu.br